01 – CONHECIMENTO DA BÍBLIA I
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Tm 3:16).
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Tm 3:16).
LEITURA BÍBLICA: II Tm 3:10-17
1.1 – UM LIVRO DIFERENTE
“Uma percentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma percentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia porém, tem sobrevivido um circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de duas mil línguas e ainda é o livro mais lido do
mundo.”“Uma percentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma percentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia porém, tem sobrevivido um circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de duas mil línguas e ainda é o livro mais lido do
Deus se revela à humanidade mediante: 1) revelação geral ou natural como a) a criação (revelação externa), conforme Rm 1:20 – “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;”, ou Sl 19:1 que diz: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” b) Através da consciência (revelação interna): “porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei; pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2:14-15). 2) Por intermédio da Sua Palavra: a) a Palavra Viva: Jesus Cristo – encarnação (Jo 1:1) e b) a Sua Palavra escrita: a Bíblia Sagrada (II Tm 3:16). A Palavra de Deus (Viva ou Escrita) é a forma única de revelação da salvação à humanidade.
Muitos dos profetas que escreveram o Velho Testamento afirmaram que as suas profecias vieram de Deus. Veja Jr 2:12, como exemplo. O apóstolo Paulo disse: “Toda a Escritura é divinamente inspirada…” A Bíblia Sagrada se apresenta como a Palavra de Deus para o homem. A Bíblia Sagrada como é um livro diferente, exige uma forma diferente de se estudar:
– O Espírito Santo que guiou os escritores da Bíblia, guia hoje os seus leitores (II Pe 1:21).
– Cristo ensinou a seus discípulos: “Quando vier aquele Espírito de Verdade, Ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16:13). O Espírito Santo veio no dia de Pentecoste para ficar com a Igreja, então, aproveitemos o ministério do Espírito Santo na orientação da verdade, para estudarmos a Bíblia.
– O apóstolo Paulo disse a mesma verdade: “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (I Co 2:12).
Afirmamos que a Bíblia é um livro diferente por causa da sua origem divina, que é uma declaração daqueles que o escreveram, segundo a experiência dos que vivem por ele. É diferente porque fala profundamente a alma humana, regenerando este homem tão carente, porém muitas vezes não receptivo à palavra de Deus. Alguém já disse: “A Bíblia é um livro que pode ser lido por nós porque outros sofreram para que o tivéssemos em nosso próprio idioma.”
“Como se Deus houvesse querido mostrar aos homens a importância da palavra escrita, a Bíblia, o livro mais antigo do mundo, o primeiro livro que escreveram os homens, o livro por excelência, chegou as nossas mãos através de cerca de quatro mil anos. Quando o renascimento das ciências, depois dos séculos de barbarismo, alargou a esfera de ação de inteligência sobre o globo, a publicação da Bíblia foi o primeiro ensaio da imprensa; a leitura lançou as bases da educação popular que tem mudado a face das nações que a possuem” (Domingo Faustino Sarmiento, grande pensador argentino, 1811-1888).
Apenas uma percentagem muito pequena de livros conseguem sobreviver 25 anos, uma parcela ainda menor dura um século, e um residual quase insignificante chega a mil anos. “A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo”.
1.2 – DESTAQUES
a) O homem natural (sem o Espírito Santo), o apóstolo Paulo diz que “não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucuras; não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Coríntios 2:14). b) A transformação do homem natural em espiritual é pelo ato de fé em Jesus Cristo sob a orientação do Espírito Santo. c) Os mestres humanos da Bíblia também têm seus espaços nos ensinos das Escrituras. É necessário que a Igreja também disponha de mestres para o ensino escriturístico (Ef 4:11). O Velho Testamento adverte que profetas e sacerdotes podem tornar-se falsos (leia Ez 22:25); da mesma forma o Novo Testamento também confirma que na Igreja visível pode haver falsos mestres (II Pe 2:1). d) É necessário que cada crente tenha a sua experiência de conhecimento bíblico, examinando na Bíblia cada dia se as coisas realmente são assim (leia At 17:11). e) Ao indivíduo não pode ser negado o direito do estudo bíblico à parte de alguma autoridade religiosa. Negar este direito é ir de encontro aos versículos: Dt 6:6-25, Js 1:8, Sl 1:1-2, Sl 78:1-8, Sl 119:105, Mt 4:4, Jo 14:23-24, Cl 3:16, Cl 4:16, e II Tm 3:16-17. Algumas pessoas querem contrariar essa liberdade com a interpretação distorcida de II Pe 1:20.
A Bíblia é best-seller desde a invenção da imprensa por Gutenberg, em torno de 1440. É um milagre da comunicação universal. As Sociedades Bíblicas Unidas distribuíram no mundo em 1996, 19,3 milhões de exemplares da Bíblia. No Brasil católicos e evangélicos no ano de 1997, distribuíram 6,9 milhões de exemplares. Na China circula no mínimo 2,7 milhões de Bíblias entraram em circulação.
“A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!” (anônimo).
A Bíblia é best-seller desde a invenção da imprensa por Gutenberg, em torno de 1440. É um milagre da comunicação universal. As Sociedades Bíblicas Unidas distribuíram no mundo em 1996, 19,3 milhões de exemplares da Bíblia. No Brasil católicos e evangélicos no ano de 1997, distribuíram 6,9 milhões de exemplares. Na China circula no mínimo 2,7 milhões de Bíblias entraram em circulação.
“A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!” (anônimo).
1.3 – CURIOSIDADES BÍBLICAS
A MENOR BÍBLIAA menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5cm de comprimento, 3cm de largura e 2cm de espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma série de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente.
A MAIOR BÍBLIA A maior Bíblia que se conhece, contém 8048 páginas, pesa 547 kg e tem 2,5m de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1m de comprimento, em cuja superfície estão gravados os textos.
VAMOS LER A BÍBLIA?A Bíblia contém 31.000 versículos e 1.189 capítulos. Para sua leitura completa são necessárias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 para o Novo Testamento. Para lê-la audivelmente, em velocidade normal de fala, são necessárias cerca de 71 horas. Se você deseja lê-la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia.
A BÍBLIA NO MUNDO A Bíblia já atravessou 3 mil anos, sendo traduzida em 2167 línguas.
A BÍBLIA NO MUNDO A Bíblia já atravessou 3 mil anos, sendo traduzida em 2167 línguas.
2 – CONHECIMENTO DA BÍBLIA II
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”(II Tm 3:16-17).
LEITURA BÍBLICA: II Tm 3:14-17
2.1 – DIVISÕES DIDÁTICAS DA BÍBLIA
A palavra Bíblia significa livros, vem da palavra grega biblios, portanto, é o conjunto dos livros sagrados do Antigo e Novo Testamentos. Este livro sagrado (não muda com o tempo) contém 66 livros, escritos por 40 autores, abrangendo um período de aproximadamente 1600 anos.
A Bíblia está dividida em dois grandes blocos: O Velho Testamento, composto por 39 livros e o Novo Testamento, por 27 livros. A palavra “testamento” quer dizer pacto, aliança. Portanto o Antigo Testamento é o pacto que Deus fez com o homem para a sua salvação de Cristo vir ao mundo, basicamente com o povo judeu. O Novo Testamento é a nova aliança de Deus com o homem para a salvação após Cristo vir. O Antigo Testamento é a aliança da lei, o Novo Testamento é a aliança da graça, a primeira foi uma encaminhamento à segunda, leia Gálatas 3:17-25.
No Antigo Testamento temos: 5 livros Lei, 12 Históricos, 5 Poéticos, 17 Proféticos (5 Maiores e 12 Menores, pela extensão do livro). Veja o que Henrietta C. Mears escreve no seu livro Estudo Panorâmico da Bíblia:
O Antigo Testamento começa o que o Novo completa.
O Antigo se reúne ao redor do Sinai.
O Novo ao redor do Calvário.
O Antigo está associado com Moisés.
O Novo com Cristo (João 1:17).
O Novo Testamento foi escrito com a finalidade da revelação da pessoa e ensinos do Senhor Jesus Cristo, o mediador da Nova Aliança. Oito pessoas escreveram o NT, no mínimo quatro (Mateus, João, Pedro e Paulo, eram Apóstolos. Marcos e Lucas foram companheiros dos apóstolos. Tiago e Judas eram irmãos do Senhor Jesus. Os livros do NT são assim agrupados: 4 Evangelhos, 1 Histórico, 21 Epístolas (14 Paulinas e 7 Gerais) e 1 livro Profético.
2.2 – CONTEÚDO DO ANTIGO TESTAMENTO
O Pentatêuco, conjunto dos 5 primeiros livros bíblicos, escritos por Moisés, confirmados pelo próprio Senhor Jesus Cristo, é assim formado:
• 1-Gênesis, é o livro das origens, apresenta Jesus Cristo, nosso Deus Criador. Escrito em: 1450-1410 A.C.. 2-Êxodo, é o livro da redenção, apresenta Jesus Cristo nosso Cordeiro Pascal. Escrito em 1450-1410 A.C.. 3-Levítico, é o livro do culto e da comunhão, apresenta Jesus Cristo como Nosso Sacrifício pelo Pecado, escrito em 1450-1410 A.C.. 4-Números fala das experiências de um povo peregrino apresentando Jesus Cristo como o que Foi Levantado, escrito em: 1450-1410. 5-Deuteronômio é um livro de instruções para o povo que iam tomar posse da terra prometida. Escrito também entre 1450-1410 A.C., aproximadamente.
Livros Históricos, são doze que narram a ascenção e a queda da teocracia, os cativeiros de Israel e Judá, o retorno à terra prometida e a restauração do templo e da cidade de Jerusalém. Os livros Históricos são assim apresentados:
• 1-Josué, apresenta Jesus Cristo como Capitão da Nossa Salvação, escrito por Josué, apresentando a conquista de Canaã, escrito no XIV século A.C.. 2-Juízes, é um livro de autor desconhecido, escrito no século XI A.C., apresentando Jesus Cristo como nosso Juiz Libertador, descrevendo derrotas e livramentos do povo de Deus. 3-Rute, também de autor desconhecido, escrito no século XI A.C., onde o Senhor Jesus Cristo é apresentado como Nosso Parente Resgatador. 4-I Samuel, também é um livro de autor desconhecido que apresenta Jesus Cristo como Nosso Rei, escrito no século X A.C., onde se destacam as pessoas de Samuel, Saul e Davi. 5-II Samuel, cuja autoria é desconhecida, continua apresentado Jesus Cristo como nosso Rei, descreve o reinado de Davi, escrito também no século X A.C.. Os livros 6/7-I e II Reis têm autorias desconhecidas, escritos no VI século A.C., apresentam Jesus Cristo como Rei e trabalha a história de Israel e Judá. Como também 8/9-I e II Crônicas, de autor (es) desconhecido (s) apresentam Jesus Cristo como Rei, apresenta descrições genealógicas e escritos no V século A.C.. 10-Esdras, é o nome do autor desse livro, onde Jesus Cristo é apresentado como Nosso Restaurador, descreve a volta do cativeiro babilônico e foi escrito no V século A.C..11-Neemias também é outro livro que traz o nome do seu autor, o Senhor Jesus Cristo continua apresentado como o Único Restaurador com a narrativa da reconstrução dos muros de Jerusalém. 12-Ester é o livro que apresenta Jesus Cristo como Nosso Advogado, de autoria desconhecida, destaca a providência de Deus, foi escrito no V século A.C..
Livros Poéticos e da Sabedoria são seis, apesar de todo o VT ter passagens poéticas, como em Êxodo 15:1-21, Juízes5, e em grande parte das obras proféticas, mas esse segmento bíblico se destaca pela extensão e beleza poética. A base da poesia hebraica é o paralelismo do pensamento. Na introdução do Livros Poéticos da Bíblia com as referências e anotações de Dr. C.I. Scofield, temos o comentário: “O rítmo não é buscado pela semelhança de sons, como nos versos com rima, ou pelo acento métrico, como nos versos brancos (embora a poesia hebraica não seja totalmente sem acento), mas principalmente pela repetição, pelo contraste e pela elaboração de idéias”. Veja Salmo 25:4, Salmo 1:6 e Jó 11:8
• Jó é um livro de autor desconhecido apresentando Jesus Cristo como Meu Redentor, tendo uma forte abordagem sobre o problema do sofrimento. Os Salmos apresentam Jesus Cristo, Nosso Tudo em Todos. O Tema deste livro é o louvor, escrito por Davi e outros no X século A.C. e mais tarde. Salomão e outros autores escreveram Provérbios onde Jesus Cristo é a Nossa Sabedoria, no século X A.C.. Esclesiastes é o livro seguinte que foi escrito por Salomão onde o assunto básico é o raciocínio do homem, escrito também no século X A.C., onde o Senhor Jesus Cristo é apresentado como a Finalidade da Vida. Salomão também escreveu Cantares, Jesus é O que Ama Nossa Alma, escrito no século X A.C..
Os Livros Proféticos foram escritos por homens chamados por Deus para um ministério profético com objetivos de reavivamento em nome de Deus, não perdendo a consciência patriótica. A mensagem tanto era para o momento como também tinha o aspecto preditivo Em relação a invasão de Israel e o seu cativeiro pelo reino babilônico, Exílio, os livros proféticos podem ser divididos em três grupos: 1-Pré-exílicos: Isaias, Jeremias, Oséias, Joel, Amós, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias. 2-Exílicos: Ezequiel, Daniel e Obadias. 3-Pós-Exílicos: Ageu, Zacarias e Malaquias. A divisão em profetas maiores e menores, com base no simples volume dos livros, não é histórica e não é cronológica.
• A ordem cronológica dos profetas I) Pré-Exílios é: 1-Joel (cerca 850-700A.C.), Jesus o Restaurador; 2-Jonas (cerca 800 A.C.), Jesus Cristo Nossa Ressurreição e Vida; 3-Amós (cerca 780-755 A.C.), Jesus é o Divino Lavrador; 4-Oséias (cerca 760-710 A.C.), Jesus, O que Encaminha o Desviado; 5-Miquéias (cerca de 740 A.C.), Jesus Cristo é apresentado como o a Testemunha Contra Nações Rebeldes; 6-Isaías (cerca de 740-680 A.C.), apresenta Jesus Cristo como o Messias; 7-Naum (cerca 700-615 A.C.), Jesus Cristo e a Fortaleza no Dia da Angústia; 8-Sofonias (cerca de 700-615 A.C.), Jesus é o Senhor Zeloso; 9-Habacuque (630-620 A.C.), Jesus, O Deus da Minha Salvação; 10-Jeremias (626-580 A.C.), Jesus e o Renovo da Justiça. II) Os Profetas Exílicos são: 1-Daniel (604-535 A.C.), Jesus e a Pedra que Esmiuça; 2-Ezequiel (593-570), Jesus é O Filho do Homem; 3-Obadias (cerca de 585 A.C.), Jesus é o Nosso Salvador. III) Os profetas do Pós-Exílio são: 1-Ageu (520 A.C.), Jesus, O Desejado de Todas as Nações; 2-Zacarias (520-518 A.C.), Jesus, O Renovo da Justiça; 3-Malaquias (450-400 A.C.), Jesus é o Sol da Justiça.
3 – CONHECIMENTO DA BÍBLIA III
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 2:15).
LEITURA BÍBLICA: II Tm 2:1-15.
3.1 – O CONTEÚDO DO NOVO TESTAMENTO
Os quatro primeiros livros do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João), são os Evangelhos (a palavra “evangelho” significa “boa nova’). Esses quatro livros traz uma Boa Nova: JESUS CRISTO, filho de Deus, Sua vida, morte e ressurreição. O livro seguinte, o quinto livro, é chamado de Atos dos Apóstolos, que na realidade são atos do Espírito Santo. Este livro é histórico: contém o relato dos primeiros anos da Igreja, numa expressão de poder na propagação da Verdade. Os livros seguintes são as cartas chamadas “Epístolas”. Alguns desses livros levam os nomes da igrejas a que foram dirigidas, por exemplo: Romanos, Coríntios, Colossenses, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses; outros, de indivíduos para os quais foram dirigidas as cartas, como Timóteo, Tito e Filemon. Há um livro que se refere a uma comunidade geral: Hebreus. Também temos os que receberam os nomes dos seus autores: Tiago, Pedro, João e Judas. Dessas cartas treze são do Apóstolo Paulo, uma cujo autor não conhecemos com certeza (Hebreus); uma de Tiago (ou Jacó), duas de Pedro, três de João e uma de Judas; totalizando vinte e uma cartas, que objetivam um ensinamento direcionado para que conheçamos melhor a graça e vontade de Deus. Por último temos, o último livro do Novo Testamento: O Apocalipse. “Apocalipse” é uma palavra de origem grega que significa “revelação”. É um livro escrito forte em símbolos e sinais que realisticamente trata das coisas que acontecem e ainda estão para acontecer. Destacamos o seguinte trecho deste livro: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1:3).
3.2 – RESUMO DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento (NT) compõe-se de: a) Quatro (4) livros sobre a vida de Cristo, chamados Evangelhos”. b) Um (1) livro sobre a história da Igreja durante seus primeiros passos. c) 21 cartas que ampliam o ensinamento sobre as verdades maiores: o Evangelho. d) Um (1) livro profético.
“Por detrás e por baixo da Bíblia, acima e além, está o Deus da Bíblia”. A mensagem central da Bíblia é a salvação mediante Jesus Cristo, esta é a grande mensagem escrita em todos os seus 66 livros, por 40 autores, abrangendo um período de aproximadamente 1600 anos. A maior parte do Velho Testamento foi escrita em hebraico, pequenos trechos em aramaico e o Novo Testamento foi escrito na língua grega. O apóstolo Pedro escreveu: “Homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1:21). Na Bíblia temos a expressão da comunicação humana, sob o pensamento e inspiração divina. A Bíblia é uma forma de revelação contínua ligando uma eternidade passada com uma eternidade futura.
“O Antigo Testamento é o alicerce; O Novo Testamento é a superestrutura. O alicerce é inútil se não se construir sobre ele. Um edifício é impossível ser construído, a não ser que haja um fundamento. Assim, o Antigo Testamento e o Novo Testamento são essenciais um ao outro. O Novo está contido no Antigo. O Antigo está explicado no Novo. O Novo está latente no Antigo. O Antigo está patente no Novo. “Jesus Cristo é o amor de Deus revelado, a Bíblia é a Sua palavra escrita. Sejamos leitores da Bíblia obedientes, práticos e ativos no serviço do Reino do Senhor Jesus.
4 – OS AUTORES DA BÍBLIA
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Tm 3:16).
LEITURA BÍBLICA: II Tm 3:1-17 4.1
4.1 – QUEM SÃO OS AUTORES DA BÍBLIA?
Já falamos sobre os diversos autores de livros da Bíblia, como Moisés, Paulo e outros. Talvez você esteja perguntando: Como pode ser a Bíblia a palavra de Deus se os homens a escreveram?
Deus se tem revelado ao homem principalmente por três recursos: a) A revelação na natureza. Sl 19:1; At 14:17 e Rm 1:20. b) A revelação pessoal em Seu Filho (Jo 1:18). c) A Bíblia, Sua Palavra escrita: uma forma exata e permanente (sagrada).
Conforme II Tm 3:16, Deus inspirou as Sagradas Escrituras. Inspirou prejudicar as características de cada escritor. “Se o próprio Deus tivesse escrito, a Palavra escrita não seria mais exata e mais autoritária do que é.” Há trechos bíblicos que foram dados diretamente por Deus, como Ex 20:1; Lv 1:1 e Dt 5:4. A inspiração bíblica é divina, não é a inspiração psico-física de um poeta ou artista.
4.2 – A FONTE DIVINA
O apóstolo Pedro foi bem claro na sua afirmação: “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens de Deus [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1:21).
4.3 – OS AUTORES HUMANOS
O apóstolo Paulo escrevendo aos romanos (Rm 3:2), diz, referindo-se aos judeus: “…as palavras de Deus lhes foram confiadas.” Então, sob a inspiração divina a Bíblia foi escrita, inspiração esta testada pelos próprios escritores do V.T. (II Sm 23:2-3; Is 59:21 e Jr 1:9), inclusive há diversas expressões “assim diz o Senhor”, ou expressões semelhantes. Cristo afirma a inspiração do V.T. (Mt5:18; 22:42-43; Mc 12:36; Jo 10:35). Os apóstolos dão o mesmo testemunho (At 1:16; 4:24-25; 28:25; Hb 3:7; 10:15-16; II Pe 1:20-21). Esta confirmação da veracidade das Escrituras, não foi só de palavra, mas com a própria vida.
Henrietta C. Mears, diz em seu livro Estudo Panorâmico da Bíblia: “O Antigo Testamento é o relato de uma nação (a nação hebraica). O Novo Testamento é o relato de um Homem (o Filho do homem). A nação foi estabelecida e alimentada por Deus com o fim de trazer o Homem ao mundo” (Gn 12:1-3). Os escritores da Bíblia foram judeus, com exceção do Evangelho de Lucas e provavelmente e Livro de Atos.
Então, há uma diversidade de autores humanos da Bíblia: 1. Todos, provavelmente exceto Lucas, eram judeus. 2. A Bíblia foi escrita num período de aproximadamente 1600 anos. 3. Deus usou para escrever este livro aproximadamente 40 pessoas. – Desconhecemos a autoria literária de alguns livros. – De outros não há absoluta certeza. 4. Interessante que todos os 66 livros apresentam uma unidade.
4.3 – A PALAVRA VIVA: CRISTO
“Deus se fez homem para que saibamos o que pensar quando pensamos em Deus (Jo 1:14; 14:9). Sua aparição na terra é o acontecimento central de toda a História. O Antigo Testamento prepara o terreno para isso. O Novo Testamento o descreve” (H.C. Mears).
A Bíblia tem vencido o tempo, as culturas, as perseguições direcionadas, tanto de cunho religioso como ideológico, assim, tem demonstrado uma prática secular que realmente é uma revelação escrita de Deus, nos trazendo a história de Cristo e a vida eterna aos homens.
5 – A BÍBLIA ATÉ NÓS
“Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I Jo 5:13).
LEITURA BÍBLICA: 5:1-13
5.1 – DIRECIONAMENTO BÍBLICO
É lógico que os primeiros ouvintes do V.T. foram os israelitas, porém a sua mensagem é dirigida ao mundo inteiro. Deus sempre incluiu estrangeiros no Seu serviço e na participação da sua graça. O N.T. tem um direcionamento mais universalista, como diz Paulo: “Digo pois que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas de Deus aos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia” (Rm 15:8-9).
OS QUATRO EVANGELHOS – De acordo com a época, Mateus dirigiu-se num estilo próprio para os judeus. Marcos aos romanos. Lucas e João ao mundo grego. O livro de Atos começa com a ordem de Cristo aos discípulos de levar o Evangelho até os confins da terra (At 1:8).
AS CARTAS – São ensinamentos a crentes espalhados em toda a terra, após receberem a mensagem evangélica. “Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I Jo 5:13).
5.2 – A BÍBLIA ATÉ HOJE
O V.T. foi escrito em hebraico, a linguagem dos israelitas, uma língua própria para expressar os anúncios, as antecipações e as profecias. O N.T. foi escrito em grego, que era a língua única da época, suficiente para o propósito de Deus na comunicação universal do Evangelho. Por ser uma língua precisa, foi própria para levar com exatidão a mensagem da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus. Os judeus tinham a prática de queimarem reverentemente os manuscritos bíblicos, depois de havê-los copiado com a maior meticulosidade, quando estavam quase inutilizados pelo uso, o que implicou em não termos mais nenhum dos originais do V.T. Quanto ao N.T. existem hoje aproximadamente quatro mil manuscritos em grego, referentes ao todo ou a certas partes. A crítica textual é a ciência extensiva que investiga o texto original do N.T. Os drs. Wescott e Hort, grandes cientistas nesta área, afirma que “A soma do que se pode chamar uma variação considerável, apenas tem algo mais que uma milésima parte do texto inteiro”. E o sábio inglês, Sir Frederic Kenyon, afirma que nenhuma doutrina do cristianismo está baseada em versículo discutível”. No Museu Britânico existe um manuscrito completo do N.T. com data do Século IV. E, recentemente descobriram porções que procedem do Século II, havendo um fragmento do Evangelho de João feito no ano 125, sendo escrito pelo apóstolo em cerca de 85-90 A.D.
5.3 – AS PRIMEIRAS TRADUÇÕES
Sempre houve empenhos para que a Bíblia fosse traduzida para línguas comuns. Há três traduções que são importantes por serem antigas , são testemunhas primitivas dos textos antigos.
1 – VERSÃO DOS SETENTA – É uma tradução em grego do V.T., feita entre os anos 280 e 130 A.C., e é conhecida por “Septuaginta”, porque a tradição diz que é o resultado de setenta sábios hebreus, convocados em Alexandria, no Egito, pelo rei Ptolomeu Filadelfo. Esta versão era muito usada pelos apóstolos.
2 – VULGATA LATINA – Versão foi feita por Jerônimo no fim do Século IV. No Século IV havia diversas versões em latim, divergentes entre si, e a igreja entregou a Jerônimo, grande conhecedor do hebraico e do grego, a tarefa de preparar uma versão confiável em latim. Os colegas de Jerônimo preferiam as antigas versões defeituosas. Somente no Século VI que a Vulgata Latina de Jerônimo começou a receber a aceitação da maioria. A Igreja Católica Romana, desde o fim do Século XVI, tem adotado esta versão como oficial.
5.4 – VERSÃO SIRÍACA PESHITO
Esta versão é a terceira de interesse, facilitada para o idioma da Síria. Provavelmente a primeira tradução do N.T. tenha sido esta. Estas versões citadas são importantes porque foram usadas para traduções mais recentes.
5.5 – LIVROS APÓCRIFOS
Nas versões dos Setenta e na Vulgata Latina encontram-se outros livros (I Esdras, II Esdras, Tobias, Judite, o resto de Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, a Epístola de Jeremias, o Canto do Três Mancebos, a História de Suzana, Bel e o Dragão, A Oração de Manassés, I Macabeus, II Macabeus, O Códice Alexandrino acrescenta ainda III e IV Macabeus, num total de 16 livros) que são considerados “apócrifos” (ocultos); os próprios judeus não aceitaram esses livros inspirados por Deus mesmo aparecendo na Vulgata Latina, o próprio Jerônimo não os aceitou como inspirados. A Igreja Evangélica considera esses livros fora do Cânon Sagrado pelas razões básicas: contem erros históricos geográficos e cronológicos, aprovam a mentira, o suicídio, o assassinato, os encantamentos mágicos, as orações aos mortos, salvação por meio de gratificações, descrição do sobrenatural de uma forma grotesca e ridícula. No Concílio de Trento (1546 D.C.) a Igreja Ocidental passou a considerá-los autoritários com o voto de 53 prelados sem conhecimentos históricos destacados sobre documentos orientais, encontrando oposição de grandes homens como o cardeal Polo que afirmou que assim agira o Concílio a fim de dar maior ênfase às diferenças entre católicos romanos e os evangélicos. Outro destacado líder católico, Tanner afirmou que a Igreja Católica Romana encontrou nesses livros o seu próprio espírito (apud Introdução ao Antigo Testamento, Dr. Donaldo D. Turner, IBB).
5.6 – VERSÕES PORTUGUESAS
Portugal com todo o seu valor histórico e sentimento religioso não deixou uma tradução da Bíblia em língua popular. O primeiro esforço para divulgação das Escrituras em português foi da rainha d. Leonora, esposa de D. João, rei de Portugal que em 1495 mandou imprimir uma tradução da Vida de Cristo, escrita em latim por Ludolfo da Saxônia. Em 1505 a mesma rainha mandou imprimir uma versão dos Atos dos Apóstolos e das Epístolas Universais de São Tiago, São Pedro, São João e São Judas. Em 1495 apareceu uma edição litúrgica da Epístolas e Evangelhos traduzidos por Gonçalo Garcia.
5.7 – A VERSÃO DE ALMEIDA
João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa em 1628, filho de católicos e entre os holandeses aceitou a fé na Igreja Reformada, aos treze anos de idade, cuja conversão se atribui à leitura de um folheto em espanhol sobre a diferença entre a Igreja Reformada e a Romana. Antes de completar quinze anos de idade traduziu de espanhol para o português um resumo dos Evangelhos e Epístolas. E aos dezesseis anos traduziu o N.T. do latim, consultando as versões espanholas, italianas e francesa, como também a Liturgia e Catecismo de Heidelberg. Em 1656 foi ordenado ministro, falecendo em 1691. Escreveu várias obras, sendo o destaque a Bíblia em português.. A primeira edição do Novo Testamento de Almeida foi impressa em Amsterdã, em 1681. A primeira edição completa do V.T. do padre Almeida foi impressa de 1748 a 1753 em dois volumes. A parte que Almeida não chegou a traduzir, de Ez 48:21, em diante, foi obra de Jacob Ofden Akkar, ministro na Batávia. Almeida levou sua vida pregando o Evangelho em Java, Ceilão e na Costa de Malabar.
6 – ENTRE O VELHO E O NOVO TESTAMENTO “Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis, e crescereis como os bezerros do cevadouro” ( Ml 4:2).
LEITURA BÍBLICA: M l 4
6.1 – ENTRE DOIS TESTAMENTOS
Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja, entre as palavra de Malaquias: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais…”, e as palavras de João Batista: “E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. Neste período há um profundo silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.
Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja, entre as palavra de Malaquias: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais…”, e as palavras de João Batista: “E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. Neste período há um profundo silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.
6.2 – ACONTECIMENTOS POLÍTICOS, RELIGIOSOS E LITERÁRIOS
a) Os persas dominam a Judéia até 334 A.C.. b) Com Alexandre o Grande, os gregos estendem seu poder e cultura sobre a Judéia. c) Ao morrer Alexandre, a Judéia passa para o poder de Ptolomeu, Soter e Filadelfo. d) Domínio da Síria, e perseguição dos judeus. e) Aparição de Matatias e “os macabeus” (165 A.C.); tratado de paz com a Síria. f) Pompeu conquista a Judéia, convertendo-a em província romana (63 A.C.). g) Destaque dos partidos religiosos – fariseus e saduceus. h) Aparecimento da versão dos Setenta, dos livros apócrifos, e dos “pseudepígrafa”. Quando sobreveio a luta entre judeus conservadores e os que favoreceram a introdução da cultura grega, o rei da Síria, Antíoco Epifano, que odiava os judeus, aproveitou-se da situação para desencadear uma perseguição terrível sobre eles, fazendo cessar os sacrifícios no templo de Jerusalém, e pondo sobre o altar de ofertas, uma estátua de Júpiter; foi quando surgiu líderes como Matatias, “os macabeus”. Por sua vez, o poder romano crescia no ocidente, e quando os sírios ameaçaram novamente a liberdade dos judeus, Judas Macabeu, pediu apoio de Roma. Quando se instala nova luta civil entre os judeus, o imperador romano, Pompeu, marchou contra a Judéia, logrando convertê-la numa província romana. Nesta época se inicia a história do Novo Testamento. O rei Herodes que encontramos no capítulo 2 de Mateus é nada mais que um vassalo do imperador romano. Com a conquista de Israel, o exílio babilônico e posteriormente a Diáspora, houve uma dispersão israelita (I Pe 1:1). Em cada cidade por onde os judeus passavam construíam sua sinagogas (congregação) para cultos e ensinos aos descendentes. Jesus Cristo e os apóstolos normalmente aos sábados iam as sinagogas para evangelizar. Surgiram dois grandes partidos religiosos: – os fariseus, com ênfase excessiva a lei e as tradições, que era uma reação forte aos costumes estrangeiros, formavam uma maioria hipócrita, legalista, e nada do Espírito. – os saduceus, eram o outro extremo: eram liberais em suas crenças, ignorando e passando por alto todo o pensamento do mundo espiritual e da vida futura. O interessante é que esses dois grupos tão polarizados entre si, para serem contra Jesus Cristo, formavam uma unidade. Neste período aparecem os livros considerados apócrifos, a Versão dos Setenta (tradução do V.T. em grego), e os livros chamados pseudepígrafa, que quer dizer falsamente escritos. Havia uma prática de atribuir a autoria de uma obra a alguma pessoa famosa. Este foi o mundo encontrado por nosso Senhor Jesus Cristo. Havia uma vontade de encontrar o Mestre, mas de uma forma confusa e marcada pela desorientação. Tão desorientada que Ele veio e os seus patriotas O rejeitaram. Nós O aceitamos.
a) Os persas dominam a Judéia até 334 A.C.. b) Com Alexandre o Grande, os gregos estendem seu poder e cultura sobre a Judéia. c) Ao morrer Alexandre, a Judéia passa para o poder de Ptolomeu, Soter e Filadelfo. d) Domínio da Síria, e perseguição dos judeus. e) Aparição de Matatias e “os macabeus” (165 A.C.); tratado de paz com a Síria. f) Pompeu conquista a Judéia, convertendo-a em província romana (63 A.C.). g) Destaque dos partidos religiosos – fariseus e saduceus. h) Aparecimento da versão dos Setenta, dos livros apócrifos, e dos “pseudepígrafa”. Quando sobreveio a luta entre judeus conservadores e os que favoreceram a introdução da cultura grega, o rei da Síria, Antíoco Epifano, que odiava os judeus, aproveitou-se da situação para desencadear uma perseguição terrível sobre eles, fazendo cessar os sacrifícios no templo de Jerusalém, e pondo sobre o altar de ofertas, uma estátua de Júpiter; foi quando surgiu líderes como Matatias, “os macabeus”. Por sua vez, o poder romano crescia no ocidente, e quando os sírios ameaçaram novamente a liberdade dos judeus, Judas Macabeu, pediu apoio de Roma. Quando se instala nova luta civil entre os judeus, o imperador romano, Pompeu, marchou contra a Judéia, logrando convertê-la numa província romana. Nesta época se inicia a história do Novo Testamento. O rei Herodes que encontramos no capítulo 2 de Mateus é nada mais que um vassalo do imperador romano. Com a conquista de Israel, o exílio babilônico e posteriormente a Diáspora, houve uma dispersão israelita (I Pe 1:1). Em cada cidade por onde os judeus passavam construíam sua sinagogas (congregação) para cultos e ensinos aos descendentes. Jesus Cristo e os apóstolos normalmente aos sábados iam as sinagogas para evangelizar. Surgiram dois grandes partidos religiosos: – os fariseus, com ênfase excessiva a lei e as tradições, que era uma reação forte aos costumes estrangeiros, formavam uma maioria hipócrita, legalista, e nada do Espírito. – os saduceus, eram o outro extremo: eram liberais em suas crenças, ignorando e passando por alto todo o pensamento do mundo espiritual e da vida futura. O interessante é que esses dois grupos tão polarizados entre si, para serem contra Jesus Cristo, formavam uma unidade. Neste período aparecem os livros considerados apócrifos, a Versão dos Setenta (tradução do V.T. em grego), e os livros chamados pseudepígrafa, que quer dizer falsamente escritos. Havia uma prática de atribuir a autoria de uma obra a alguma pessoa famosa. Este foi o mundo encontrado por nosso Senhor Jesus Cristo. Havia uma vontade de encontrar o Mestre, mas de uma forma confusa e marcada pela desorientação. Tão desorientada que Ele veio e os seus patriotas O rejeitaram. Nós O aceitamos.
O CÂNON E AS TRADUÇÕES MAIS RECENTES
A palavra “cânon” significa “regra, padrão, vara de medir”. Portanto, canônico é o livro que satisfaz a certos critérios ou padrões. A história das versões da Bíblia é comovente:
1) SEPTUAGINTA (250-150 a.C.)
Com as conquistas de Alexandre, o Grande, o grego tornou-se a língua do comércio, dos negócios e da educação no Oriente Próximo e no Médio Oriente. A cidade de Alexandria, no Egito, veio a tornar-se o grande centro da erudição e da culta grega.
É conhecida por “Septuaginta”, porque a tradição diz que é o resultado de setenta sábios hebreus, convocados em Alexandria, no Egito, pelo rei Ptolomeu Filadelfo. Esta versão era muito usada pelos apóstolos.
2 – VULGATA LATINA
Quatro séculos depois de Cristo, quando já não era falado nem o grego, nem o latim, JERÔNIMO encetou nova tradução da Escritura para o latim “vulgar” ou “comum”, que é a Vulgata Latina.
3 – JOÃO WYCLIFFE (1324-1384)
Traduziu a Vulgata Latina para o inglês, muitas pessoas converteram-se a Cristo. Deus, porém, estava trabalhando. A invenção da imprensa foi responsável pela grande mudança. Entre 1462 e 1522, apareceram, só em alemão, pelo menos 17 versões e edições da Bíblia.
VERSÃO SIRÍACA PESHITO
Esta versão é a terceira de interesse, facilitada para o idioma da Síria. Provavelmente a primeira tradução do N.T. tenha sido esta. Estas versões citadas são importantes porque foram usadas para traduções mais recentes.
Martinho Lutero apelou para os originais hebraicos e grego a fim de preparar uma melhor tradução da Palavra de Deus em Alemão. Influenciado por Lutero, William Tyndale elaborou, em 1525, a primeira tradução impressa do Novo Testamento em inglês.
4 – A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA, nascido em Portugal, nas proximidades de Lisboa, traduziu a Bíblia para o português, em 1628. Era ministro da Igreja Reformada Holandesa. Refugiado na Ilha de Java, no Oceano Índico traduziu primeiro o Novo Testamento, que foi publicado na Holanda em 1681. O Velho Testamento ele traduziu até Ezequiel, quando o Senhor o recolheu. Seus amigos concluíram o seu trabalho. Hoje, onde quer que se fale o portugês, João Ferreira de Almeida é lembrado pela bravura e pioneirismo de seu espírito.
REVISÕES DA OBRA DE ALMEIRA
Em 1951 – ARC, Almeida Revista e Corrigida – Imprensa Bíblica Brasileira.
Em 1958 – ARA, Almeida Revista e Atualizada – Sociedade Bíblica do Brasil.
Em 1995 – ARC/ARA, pela Sociedade Bíblica do Brasil.
Em 1951 – ARC, Almeida Revista e Corrigida – Imprensa Bíblica Brasileira.
Em 1958 – ARA, Almeida Revista e Atualizada – Sociedade Bíblica do Brasil.
Em 1995 – ARC/ARA, pela Sociedade Bíblica do Brasil.
5 – OUTRAS VERSÕES DA BÍBLIA EM PORTUGUÊS
• IBB – Imprensa Bíblica Brasileira
• Tradução Brasileira
• Figueiredo
• Matos Soares e outras traduções pela Igreja Católica
BIBLIOGRAFIA
Doutrina Bíblicas – William W. Menzies e Stanley M.Horton, segunda edição/1996, Casa Publicadora da Assembléia de Deus.http://www.ademsantarita.org/site/bibliologia/
Doutrina Bíblicas – William W. Menzies e Stanley M.Horton, segunda edição/1996, Casa Publicadora da Assembléia de Deus.http://www.ademsantarita.org/site/bibliologia/