Não se intimide com o tamanho do texto!
Resolvi usar o blog para gritar a todos que puderem ouvir, toda a minha indignação!
O que eu chamar de “igreja”, não se refere à nenhuma denominação ou grupo específico, mas aos cristãos que meus olhos conseguem enxergar!
Quando menciono a palavra “líderes” eu me refiro aos padres, pastores, bispos, apóstolos, missionários e qualquer tipo de liderança eclesiástica!
Vamos ao desabafo:
“A igreja brasileira está em crise!
Em uma mesma congregação temos gente que anda com Deus, gente apática e gente que já chutou o balde há muito tempo.
Numa mesma congregação tem gente que vive e morre pela verdade e também aqueles que a negociam e a trocam por vantagens imediatas.
Estamos vivendo uma crise de integridade na igreja.
Há um abismo entre o que pregamos e o que vivemos; entre o que falamos e o que praticamos.
A igreja tem discurso, mas não tem vida; tem carisma, mas não tem caráter; tem influência política, mas falta-lhe poder espiritual.
Há uma esquizofrenia instalada em nosso meio.
Tornamo-nos uma igreja ambígua e contraditória, em que o discurso mascara a vida, e a vida reprova o discurso.
Uma igreja que se encanta com seu próprio crescimento numérico ao mesmo tempo em que se apequena na vida espiritual.
Uma igreja que cresce em números, mas se atrofia em espírito.
Uma igreja que tem 5.000 quilômetros de extensão e 5 centímetros de profundidade.
Uma igreja que se vangloria de produzir dezenas de bíblias de estudo, mas produz uma geração analfabeta em Bíblia.
Gente rifando a verdade por dinheiro, que joga a ética para debaixo do tapete e, mesmo assim, vocifera palavras de ordem chamando as pessoas ao arrependimento.
No passado, a igreja tinha autoridade para chamar o mundo ao arrependimento.
Hoje, é o mundo que ordena que a igreja se arrependa.
Uma igreja que constrói novos templos como se abre franquias, não com o propósito de pregar o Evangelho, mas de granjear riquezas.
Templos viraram praças de negócios.
Púlpitos viraram balcões de comércio.
Igrejas viraram lucrativas empresas.
Somos uma igreja sincrética, mística e que prega um outro Evangelho muito diferente das Escrituras.
Uma igreja que prega o que o povo quer ouvir e não o que o povo precisa ouvir.
Uma igreja que prega prosperidade, mas não prega salvação; prega milagres, mas não prega a cruz.
Uma igreja centrada no homem, e não em Deus.
Uma igreja amante dos holofotes, embriagada pelo sucesso, sedenta de aplausos, em que seus pregadores e cantores são tratados como astros de cinema.
Estamos trocando nosso “direito de primogenitura por um prato de lentilhas” das glórias humanas.
Os líderes das igrejas se tornaram a classe mais desacreditada na nação.
Há líderes que ainda não se tornaram cristãos.
Há uma legião de líderes não vocacionados no ministério.
Há muitos que entram no ministério por causa do seu bônus, mas não aceitam seu ônus; querem os louvores do ministério, mas não querem suas cicatrizes.
Existem aqueles que fazem do ministério um refúgio para esconder sua preguiça e seu comodismo.
Líderes que deveriam cuidar de si mesmos antes de cuidar do rebanho de Deus.
Líderes confusos doutrinariamente no ministério, indivíduos que não sabem para onde caminham, por isso, são influenciados por todo vento de doutrina, deixando seu rebanho à mercê dos lobos travestidos de ovelhas.
Líderes que não vão às Escrituras para ganhar com Deus e partilhar com o povo, mas que repetem o que leem e ouvem de outros líderes.
Há líderes que estão em pecado no ministério e perderam a sensibilidade espiritual, pois condenam nos outros os mesmos pecados que praticam em secreto.
Estamos em crise!
Abandonamos a simplicidade do Evangelho.
Substituímos a sã doutrina pelas novidades do mercado da fé.
Trocamos a verdade pelo sucesso.
Colocamos no lugar da oração, em que nos quebrantávamos e chorávamos pelos nossos pecados, os grandes ajuntamentos, em que saltitamos ao som estrondoso e ensurdecedor dos nossos instrumentos eletrônicos.
Igrejas que reúnem mais de um milhão de pessoas em torno de uma banda com músicas gospel e afirmam com isso, estarem ganhando o Brasil para Cristo!
É tempo de rasgar as nossas vestes!
É tempo de demonstrar toda a nossa indignação com o que estão fazendo com o Evangelho!
Precisamos de uma igreja fiel, que prefira a morte à apostasia.
Uma igreja santa, que prefira o martírio ao pecado.
Uma igreja que ame mais a Palavra de Deus do que o lucro.
Uma igreja que chore pelos seus pecados e pelas almas daqueles que perecem, ao invés de olhar para o próprio umbigo.
Uma igreja que se preocupe em falar de Cristo, ao invés de se preocupar tanto com o Diabo.
Uma igreja que se dedique a buscar Deus, e não os milagres!
Precisamos desesperadamente voltar ao primeiro amor!”
Se eu creio que ainda há esperança?
“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.” (Rm.11:5)
Graças à Deus, ainda há exceções no meio de tudo isso!
Um grande abraço!