Leo Hohmann
Os cristãos caldeus na cidade de Sterling Heights estão lutando, há mais de um ano, contra um projeto de construção de uma mega-mesquita numa área residencial em que eles vivem. Agora, até 200 membros de suas famílias estão para ser deportados pelo governo Trump.
As batidas foram conduzidas pela Polícia de Imigração e Alfândega, ou ICE. Os agentes do ICE apareceram sem aviso nos lares dos cristãos caldeus em Sterling Heights, Michigan.
A maioria dos que foram detidos era residente legal nos EUA, alguns tendo passado a maior parte de suas vidas nos EUA.
Nathan Kalasho, presidente de uma escola independente de orientação caldeia em Madison Heights, disse que muitos dos caldeus visados para deportação para o Iraque estão tão americanizados que eles nem falam árabe. Ele disse que as mais de 100 pessoas cercadas e capturadas estão entre as idades de 25 a 70.
Ele disse que a maioria da comunidade caldeia de Michigan votou em Donald Trump na eleição presidencial do ano passado, achando que ele protegeria a eles e suas famílias que ficaram no Oriente Médio.
Numa entrevista de junho de 2015 com David Brody, correspondente da CBN News (Noticiário da Rede de Televisão Cristã), o candidato Trump se gabou: “Serei o maior representante dos cristãos que eles já tiveram num longo tempo.”
Ele disse para Brody que ele estava “indignado” que tantos cristãos estavam presos na Síria e Iraque ainda que eles queiram ir para os Estados Unidos.
Por esse motivo, Kalasho disse que muitos dos católicos caldeus em Michigan votaram em Trump, ainda que o Papa Francisco estivesse contra Trump.
“Depois da Guerra do Iraque, grande parte da comunidade cristã caldeia se desligou completamente da política ou pelo menos foi privada, pelo Partido Republicano, do direito de votar,” Kalasho disse, citando a derrubada de Saddam Hussein, que protegia a comunidade cristã no Iraque. Quando Saddam foi removido pelo ex-presidente George W. Bush, uma fúria infernal foi desencadeada contra os cristãos — seus padres foram sequestrados, suas igrejas destruídas a fogo e muitos de seus membros fugiram de seus lares, e eles eram degolados ou fuzilados se não se convertessem ao islamismo.
“Mas eles começaram a mostrar seu apoio a Trump quando ele adotou uma abordagem de linha dura contra o ISIS e a situação no Iraque,” Kalasho disse. “Muitos deles hoje se sentem desapontados e angustiados. Eu vejo isso como traição.”
Traduzido e condensado do original em inglês do WND (WorldNetDaily): U.S. sending Christians back to Iraq to face 'slaughter'
Fonte: www.juliosevero.com