Lição 4, O Senhor e Salvador JESUS CRISTO

Lição 4, O Senhor e Salvador JESUS CRISTO
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos, assim Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454
 
 
TEXTO ÁUREO
"Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." (Jo 14.6).
 
 
VERDADE PRÁTICACremos no Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS, plenamente Homem e o único Salvador do mundo.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.16-18 JESUS é o Filho Unigênito de DEUS
Terça - Rm 1.3,4 JESUS é o verdadeiro DEUS e o verdadeiro homem
Quarta - Is 7.14; Mt 1.20,23 JESUS foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO e nasceu da virgem Maria
Quinta - Hb 10.12 A morte de JESUS foi expiatória
Sexta - Rm 8.34 JESUS ressuscitou dentre os mortos e intercede por nós
Sábado - At 1.9 JESUS subiu aos céus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 1.1-141 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. 2 - Ele estava no princípio com DEUS. 3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; 5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 6 - Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João. 7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. 8 - Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. 9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, 10 - estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. 11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que  creem no seu nome, 13 - os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de DEUS. 14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
 
OBJETIVO GERALExplicar porque cremos que JESUS é o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS e plenamente homem.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender que JESUS é o Filho Unigênito de DEUS;
Mostrar a deidade do Filho de DEUS;
Apresentar a humanidade do Filho de DEUS.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor, nesta lição estudaremos a respeito do Homem mais importante que já viveu nesta terra, JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS. O seu nascimento foi e é um marco na história da humanidade. Depois da sua vinda ao mundo a História passou a ser dividida em antes de CRISTO e depois dEle. É importante lembrar que quando JESUS veio ao mundo, a Palestina estava debaixo do jugo romano. César Augusto era o imperador e o imperador romano era visto por todos como um deus. Porém, o Rei dos reis veio habitar entre nós. Ele nasceu em um lugar simples, em um estábulo. Seu berço não foi de ouro, mas foi uma simples manjedoura. Ele abriu mão de toda a sua glória para vir ao mundo salvar todos os perdidos e revelar-se aos piedosos e às minorias. 
 
PONTO CENTRAL - Cremos que JESUS é o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS e plenamente homem.
 
Resumo da Lição 4, O Senhor e Salvador JESUS CRISTO
I - O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
1. O Filho de DEUS.
2. Significado.
3. Significado de "unigênito" (v.14b).
II - A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
1. O Verbo de DEUS (Jo 1.1).
2. Reações à divindade de JESUS.
3. O relacionamento entre o Pai e o Filho.
III - A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a).
2. Características humanas.
3. Necessidade da encarnação do Verbo.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - JESUS CRISTO é o Filho Unigênito de DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO II - JESUS CRISTO é o verdadeiro DEUS e o verdadeiro homem.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Cremos na humanidade do Filho de DEUS.
 
PARA REFLETIR - A respeito do Senhor e Salvador JESUS CRISTO, responda: Que ideia transmite o termo "unigênito" em relação a JESUS? A etimologia do termo "unigênito", monogenés, em grego, indica a deidade do Filho. Unigênito, quando empregado em relação a JESUS, transmite a ideia de consubstancialidade.
O que representa para o sabelianismo, "e o Verbo estava com DEUS"? Significa um golpe mortal, pois "o Verbo estava com DEUS" é uma indicação do relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. 
O que identificam as construções bipartidas no Novo Testamento? As construções bipartidas identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade. Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o Filho são o mesmo DEUS, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade.
Como começa e termina o prólogo do evangelho de João? O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de JESUS e conclui com a sua humanidade.
Por que o Senhor JESUS é a personagem mais controvertida da História? O Senhor JESUS CRISTO é a mais controvertida de todas as personagens da História porque é o único que é o verdadeiro DEUS e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira identidade só é possível pela revelação.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 71, p38
SUGESTÃO DE LEITURA - Teologia do Novo Testamento, Introdução ao Novo Testamento e As Grandes Doutrinas da Bíblia
 
Cremos (Confissão de Fé) - POR FAVOR, LEIA PARA A IGREJA
1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);
2. Em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);
3. No Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);
4. No ESPÍRITO SANTO, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);
5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de DEUS e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de JESUS CRISTO podem restaurá-lo a DEUS (Rm 3.23; At 3.19);
6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO e pelo poder atuante do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);
7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por JESUS CRISTO em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);
8. Na Igreja, que é o corpo de CRISTO, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo ESPÍRITO SANTO para seguir a CRISTO e adorar a DEUS (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);
9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Senhor JESUS CRISTO (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);
10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do ESPÍRITO SANTO, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de JESUS CRISTO (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);
11. No batismo no ESPÍRITO SANTO, conforme as Escrituras, que nos é dado por JESUS CRISTO, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);
12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo ESPÍRITO SANTO à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);
13. Na segunda vinda de CRISTO, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);
14. No comparecimento ante o Tribunal de CRISTO de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de CRISTO na Terra (2 Co 5.10);
15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4).
16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por DEUS e ratificado por nosso Senhor JESUS CRISTO como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).
 
Resumo rápido do Pr. Henrique da Lição 4, O Senhor e Salvador JESUS CRISTO
INTRODUÇÃOJamais conseguiríamos um estudo completo sobre JESUS. Temos alguns vislumbres de Sua identidade nos evangelhos e em partes da Bíblia. Como desejamos saber mais sobre nosso amado Salvador e Senhor JESUS. Vamos nos esforçar por aprendermos um pouco sobre a verdadeira identidade de JESUS nesta lição.

I - O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
1. O Filho de DEUS.
"Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31).
Aqui o contexto são os vários sinais, prodígios e maravilhas que JESUS realizou,comprovando assim sua deidade.
Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22
Filho de DEUS - Tanto é filho de DEUS no sentido de ser DEUS mesmo, como é Filho de DEUS por se tornar homem por um nascimento milagroso, concebido pelo ESPÍRIRO SANTO e receber o ESPÍRITO SANTO e se tornar filho de DEUS como nós o somos e até somos co-herdeiros com Ele das mesmas promessas.
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:17

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (Is 9.6).
COMO DEUS já existia e sempre existiu, mesmo quando esteve em forma humana. O Filho foi gerado desde a eternidade (Jo 17.5, 24), pois transcende a criação: "E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17).
Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de DEUS, para expiar os pecados do povo. Hebreus 2:17
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; Filipenses 2:7
COMO HOMEM - Nasceu de Maria, concebido pelo ESPÍRITO SANTO, para viver como homem na Terra e levar sobre ELE nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições. Veio para nos salvar. Morreu em nosso lugar, a nossa morte. Venceu a morte, o pecado e Satanás.
 
Filho de DEUS
O nome "Filho de DEUS" é usado variadamente no Antigo Testamento. Aplica-se a Israel como nação (Ex 4.22; Os 11.1); ao rei prometido da casa de Davi (2 Sm 7.14; Sl 89.27); aos anjos (Jó 1.6; 38.7; Sl 29.1);e às pessoas piedosas em geral (Gn 6.2; Sl 73.15; Pv 14.26). No Novo Testamento JESUS apropria-se do nome, e os seus discípulos e até os demônios ocasionalmente lhe atribuíram esse nome ou o trataram por ele. O nome, quando aplicado a CRISTO, tem sentido diversificado. Por exemplo:
a) No Sentido Natalício
Serve para designar que a natureza humana de CRISTO teve sua origem na direta atividade sobrenatural de DEUS, e, mais particularmente, do ESPÍRITO SANTO. Em Lucas 1.35, o nome "Filho de DEUS" claramente indica este fato.
b) No Sentido Oficial ou Messiânico
Neste caso, o tratamento "Filho de DEUS" descreve mais o ofício do que a natureza de CRISTO. O Messias é freqüentemente chamado o Filho de DEUS, como seu herdeiro e representante. Os demônios evidentemente assim usaram esse nome (Mt 8.29; 24.36; Marc 13.32).
c) No Sentido Trinitário
Aqui o nome "Filho de DEUS", serve para designar o CRISTO como a segunda pessoa da Trindade augusta. É o sentido mais profundo em que se usa o nome. JESUS mesmo, invariavelmente, emprega o nome nesse sentido específico (Mt 11.27; 14.28-33; 16.16; 21.33-46; 22.41-46; 26.63).
Manual de Doutrina Cristã – Co-edição Luz para o Caminho e Ceibel – Págs. 159-162.

2. Significado.
Quando JESUS se declarou Filho de DEUS, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). E, mais adiante, no mesmo debate com os judeus, JESUS esclareceu o que significa ser Filho de DEUS: "àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?" (Jo 10.36). Alegar que JESUS não é DEUS, mas o Filho de DEUS apenas, como fazem alguns, é uma contradição.
Algumas seitas afirmam que JESUS só era homem e não DEUS. Exemplo disso são os Testemunhas de Jeová.
JESUS já era DEUS antes da criação da Terra - Sempre foi DEUS. Na trindade sempre foi filho de DEUS.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1
JESUS na Terra era filho de DEUS em sua concepção pelo ESPÍRITO SANTO, era filho de DEUS desde o ventre de Maria. Foi cheio do ESPÍRITO SANTO e guiado por ELE aqui na Terra.
JESUS é o mesmo tempo 100% DEUS e ao mesmo tempo 100% DEUS.
E o ESPÍRITO SANTO desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. Lucas 3:22
E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto; Lucas 4:1
JESUS não usou de suas prerrogativas divinas, mas nunca deixou de ser DEUS. Ele falava como DEUS, deu testemunho de DEUS, se auto-identificou como DEUS, só não realizou obras como DEUS porque em tudo se fez semelhante aos homens para nos salvar, mas realizou as obras de DEUS por intermédio do ESPÍRITO SANTO que nele estava.
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, Lucas 4:18
E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; Lucas 4:1 
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; Filipenses 2:7

3. Significado de "unigênito" (v.14b).
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14
μονογενης - monogenes - Dicionário Strong
1) único do seu tipo, exclusivo (como DEUS - mesmo - meu acréscimo)
1a) usado para os filhos ou filhas únicos (visto em relação a seus pais) 
1b) usado de CRISTO, denota o único filho nascido de DEUS (como homem - concebido do ESPÍRITO SANTO - meu acréscimo).

Quando empregado em relação a JESUS o termo Unigênito, não significa único filho gerado em algum dia, mas significa único igual ao PAI e ao ESPÍRITO SANTO, sendo a segunda pessoa da trindade divina. Não há outro como ELE fora de DEUS.
Quando JESUS se refere ao ESPÍRITO SANTO o chama de outro consolador - παρακλητος - parakletos - em tudo semelhante, de uma mesma essência, de uma mesma substância. JESUS disse que seria substituído por outro igual a ELE na verdade.
consolador - παρακλητος parakletos - Strong
Se diz do Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino.

Somente alguém que conhece completamente o Pai pode torná-lo totalmente conhecido. “Ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27; veja Lc 10.22).
Nas outras ocasiões em que o verbo exêgeomai aparece no NT (todas nos escritos de Lucas), ele significa contar ou narrar (Lc 24.35, At 10.8, 15.12,14, 21.19), e è este o seu significado no fim de João 1.18; podemos usar uma palavra em português derivada do verbo grego e dizer que o Filho é o “exegeta” do Pai. Originalmente, o verbo foi composto de hêgeomai (“guiar”) prefixado de ex. Um erudito francês (M.-E.Boismard) traduz a frase com o sentido etimológico do verbo: Ninguém jamais viu o Pai a não ser o unigênito.

UNIGÊNITO
Unigênito de DEUS até morrer e ressuscitar - De lá para cá é o primogênito. DEUS só tinha um filho. Após sua morte e ressurreição JESUS gerou muitos filhos para DEUS, irmãos e co-herdeiros com JESUS das mesmas promessas.
JESUS era o único filho de DEUS na Terra quando aqui estava - Era antes de chegar e continuou sendo depois. Quando morre na cruz por nós e ressuscita vai gerar muitos filhos para DEUS.
DEUS nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou. João 1:18
Nisto se manifestou o amor de DEUS para conosco: que DEUS enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. 1 João 4:9
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de DEUS. João 3:18
PRIMOGÊNITO
E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de DEUS o adorem. Hebreus 1:6  Outra vez é quando vai ao céu e volta depois de ressuscitar.
E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que DEUS me deu. Hebreus 2:13
Agora JESUS tem muitos irmãos.
JESUS gerou muitos filhos para DEUS, agora não é mais unigênito, mas primogênito.
Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. João 12:24 
O qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação; Colossenses 1:15
E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz:E todos os anjos de DEUS o adorem. Hebreus 1:6
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Lucas 2:7
E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Colossenses 1:18
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29
E da parte de JESUS CRISTO, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, Apocalipse 1:5
 
Quando JESUS saiu do túmulo disse a Maria que iria subir para o PAI e depois de falar com ela subiu -
Confere - Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.) Salmos 24:7-10
Depois sobe e recebe do PA todo poder no céu e na Terra.
Confere - E, chegando-se JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Mateus 28:18
Depois aparece aos discípulos por 40 dias. Nestes 40 dias foi introduzido de novo na Terra e quando aparece aos discípulos e lhes assopra o ESPÍRITO SANTO é tornando-os filhos de DEUS (para ser filho precisa ser parecido com o PAI, precisa nascer de Novo, precisa receber o ESPÍRITO SANTO).
Agora DEUS não tem só JESUS como filho na Terra, mas tem os discípulos também e logo os outros seguidores de JESUS se tornam filhos também (assim como nós - pela fé em que JESUS morreu e ressuscitou).
E de lá para cá todos são salvos por esta mesma graça e pela mesma fé são justificados e se tornam filhos de DEUS.
Confere - E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO. João 20:22
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9
Outra vez é outra vez.
Primeira vez o introduz - o coloca na terra como homem. ELE morre e ressuscita e volta depois à Terra para falar com os apóstolos e mostrar-lhes que ressuscitou.
Fica 40 dias aparecendo a eles.
Confere - Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de DEUS. Atos 1:3

JESUS ao perdoar pecados não estava usando suas prerrogativas divinas. ELE nunca na terra, enquanto apenas homem, usou de suas prerrogativas divinas, pois se o fizesse não poderia nos salvar. Você sabia que pode perdoar pecados também? Tudo o que JESUS fez como homem podemos fazer. JESUS perdoou quem lhe ofendeu - Quem ofende a DEUS ofende a JESUS - nós perdoamos também a quem nos ofende. Não perdoamos pecados referentes a DEUS e aos outros, nem podemos perdoar nossos próprios pecados, mas perdoamos de quem nos ofende.
Confere - Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos. João 20:23
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:15
O MESMO ESPÍRITO SANTO QUE ESTAVA EM JESUS O GUIANDO E DANDO-LHE PODER, É O MESMO ESPÍRITO SANTO QUE ESTÁ EM NÓS. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos. João 20:23 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12

Já estudamos trindade e sabemos que filho também significa da mesma essência, mesmo DEUS. Mas também significa filho mesmo. JESUS é filho também como homem que se tornou e nós somos seus irmãos neste sentido. Co-herdeiros com Ele das mesma promessas. SÃO DOIS SENTIDOS QUE TEMOS QUE ENTENDER. FILHO DEUS E FILHO HUMANO.
Confere - Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, Hebreus 2:11
A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em CRISTO pelo evangelho; Efésios 3:6
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de DEUS, e co-herdeiros de CRISTO: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:17

UNIGÉNITO - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - Dicionário Bíblico Wycliffe
O termo grego monogenes significa "único de seu tipo", "único", "singular", "unigênito". Este termo é usado no NT com relação a um filho único (Lc 7.12; 8.42; 9.38; Hb 11.17). E usado em relação a CRISTO no sentido de que Ele é o único Filho de DEUS (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9). A raiz da palavra grega, de acordo com a opinião atual de cuidadosos especialistas lexigráficos, não é gennao, "procriar ou gerar", mas genos, e portanto seu significado é "o único de seu tipo" ao invés de o único nascido. No Concílio de Nicéia, os defensores ortodoxos da fé contra Ário parecem não ter entendido isto, e, por esta razão, discutem a existência eterna de CRISTO ao invés do significado da palavra, isto é, sua existência, sempre única, como o Filho. (veja J. O. Buswell, Jeremias., Systema-tic Theology, I, 110-111). Bibliografia. F. Buchsel, "Monogenes", TDNT, IV, 737-741.  R. A. K.

II - A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
1. O Verbo de DEUS (Jo 1.1).
O VERBO (Jo 1.1, NTLH). JESUS é mais do que expressão falada: ele é DEUS em ação, criando (Gn 1.3), se revelando (Jo 10.30) e salvando (Sl 107.19-20; 1Jo 1.1-2).
Comentário Esperança NT Completo - O MISTÉRIO DA PESSOA DE JESUS – João 1.1-5
Jo 1:1-5– No princípio era o Verbo (o Logos), e o Verbo (o Logos) estava com DEUS, e o Verbo (o Logos, por espécie) era DEUS.
O propósito é relatar sobre a maior grandeza que existe no mundo, sobre aquilo que é a única magnitude realmente grande e importante, JESUS CRISTO, seu viver, falar, atuar, sofrer, morrer e ressurgir.
 
JESUS não apenas concede água, pão, vida, ressurreição. JESUS pessoalmente é tudo isso. Ele apenas tem condições de “dá-lo” verdadeiramente a nós porque ele próprio o é por essência. Por isso, João não consegue expressar o mistério da pessoa de JESUS em apenas breves palavras, como Marcos. Precisa dizer mais a respeito. Por essa razão, começa pelo começo, porém aquele começo que é “o princípio” em sentido último, aquele “princípio” com o qual começa, por isso, também a Bíblia: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 1.1).
 
Naquele princípio já “era” ele, a quem conhecemos como JESUS CRISTO e do qual há de falar todo o escrito de João. Ele não foi formado somente naquele tempo, junto com tudo o que foi criado, nem tampouco é o ápice maior da criação. Não, ele já “estava” lá, “estava com DEUS”. É por isso que seu lugar é ao lado de DEUS, não ao lado do que foi criado: Ele era “DEUS por espécie”. E é salientado mais uma vez: “Este estava no princípio com DEUS.” Nessa afirmação, o termo demonstrativo “este” e toda a repetição da primeira declaração podem conter uma conotação de exclusão e defesa, mais uma vez precisamente em relação à gnose. Não foram quaisquer outros entes e poderes que estiveram no princípio com DEUS; não, apenas “este” estava, apenas este único.
Independente do que viermos a ler sobre JESUS, independente de como pronunciarmos o nome JESUS, precisamos saber: JESUS é aquele que certamente está diante de nós como pessoa integral e que não obstante é totalmente diferente de todos nós, também dos maiores e mais nobres entre nós, em sua natureza. JESUS diz isso pessoalmente, em seu modo singelo e, apesar disso, radical: “E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou” (Jo 8.23; sobre isso, cf. Jo 8.58; 17.5; 17.24).
1 No entanto, João na verdade cita o nome “JESUS” somente no v. 29, embora já no v. 17 forneça um primeiro indício dele. Afinal, JESUS ainda está para se tornar pessoa humana, e isso constitui um evento fundamental da história da salvação. Agora, “no princípio”, é preciso falar de forma diferente de JESUS, a fim de expor diante de nós o mistério de sua pessoa. “No princípio era o Logos, o ‘Verbo’”.
“O Logos, o Verbo” –JESUS não foi chamado assim nenhuma outra parte do NT (com exceção de Ap 19,13). Tampouco no presente evangelho esse título retorna. Entre as grandiosas declarações de JESUS, nenhuma diz: “Eu sou o Verbo.” Por que neste começo do evangelho João sintetizou todo o mistério de JESUS nessa expressão? O que foi que ele compreendeu por “Logos”, o “Verbo”? A pesquisa histórica examinou com grande afinco onde essa expressão “o Verbo”, “o Logos”, ocorre no mundo contemporâneo judaico, grego e oriental do NT e o que significa ali. João declara: Tudo o que vocês possam ter imaginado ou presumido até agora sobre o “Logos” aparece com clareza e realidade plena somente em JESUS CRISTO. Somente em JESUS vocês encontram o que vocês presumiam, imaginavam e buscavam.
Desde o começo da Bíblia o criar, governar, julgar, dirigir e presentear de DEUS acontece constantemente por meio de seu “falar”, de sua “palavra”. Portanto, no AT fala-se muitíssimo do “Verbo” de DEUS.
O que era “no princípio”, quando DEUS “falou”, vocês não precisam mais deduzir pessoalmente. Está diante de vocês de forma palpável em JESUS.
João captou que esse “Verbo”, através do qual DEUS falou de forma criadora e, depois, repetidamente em forma de mandamento e de dádiva, é realmente uma pessoa autônoma em DEUS (como Pv 8.22ss expressa acerca da “sabedoria” de DEUS). João foi capaz de captar isso porque havia reconhecido JESUS como esse “Verbo”. E agora ele o anuncia a Israel, requestando e convocando para a fé: O “Verbo”, sobre o qual vocês têm conhecimento e falam muito, está presente em JESUS com toda a sua verdade e graça, precisamente para vocês. E declara-o à igreja de forma a esclarecê-la e alegrá-la: JESUS, no qual vocês crêem, é ainda maior e mais glorioso do que muitos de vocês pensam. Ele é o “Verbo” de DEUS, que já estava no princípio com DEUS”.
Será que João é realmente o único com essa mensagem no primeiro cristianismo, de modo que na verdade temos de ser cautelosos em acompanhá-lo? Não, Paulo também fez a mesma coisa em termos de conteúdo quando citou afirmações de Moisés de Dt 30.11-14 em Rm 10.6ss, reconhecendo JESUS CRISTO na “palavra” de que Moisés falava naquele texto. E também Hb 1.1-3 mostra que outros mestres do cristianismo compreenderam JESUS como a “palavra”, pela qual DEUS se expressa integralmente diante de nós.
É justamente a partir desse dado que se descortina a compreensão para as afirmações de João. Sabemos o que significa a “palavra” em nosso relacionamento mútuo. Somente por intermédio da “palavra” existe a ligação de pessoa para pessoa. Sim, ao fazer uso da palavra, eu mesmo de fato me torno “pessoa” em sentido pleno.
DEUS se expressa, quando o quer, de modo perfeito. Para isso ele não precisa de palavras numerosas e sempre renovadas. “Uma vez por todas”, como a carta aos Hebreus gosta tanto de afirmar (Hb 7.27;9.12; 10.10), ele atesta todo o seu coração e toda a sua natureza por meio de uma única palavra. E essa “palavra” não é um som, uma série de letras, mas uma pessoa, assim como o próprio DEUS é pessoa. Esse “Verbo” pronunciado por DEUS antes de todos os tempos agora aparece autonomamente ao lado de DEUS, mas ao mesmo tempo não é nada diferente de DEUS em sua essência. João destaca isso especialmente pelo fato de que em sua afirmação “O Verbo estava com DEUS” o “com” não apenas designa uma circunstância meramente espacial, mas faz soar a conotação de um íntimo “em direção de”. Aquele que é “o Verbo”, é “DEUS por espécie”, mas não está simplesmente “ao lado de” DEUS, mas permanece constantemente voltado “em direção de DEUS” em todo o seu ser, integralmente relacionado com DEUS e Pai, de cujo eterno “falar” se originou.
Nos v. 14 e 18 (e numerosas vezes mais tarde) esse “Verbo” enquanto “imagem de DEUS” (Cf. Cl 1.15; 2Co 4.4; Hb 1.3) também é chamado de “Filho”, o “único filho” do Pai, que “está no seio do Pai”. Contudo, é significativo que neste começo João não empregue o termo “Filho”, e sim a expressão “o Verbo”. Com a ilustração do “Verbo” proferido pelo Pai, o mistério de JESUS foi revelado com clareza e pureza e seu relacionamento com o Pai foi descrito em contraste com todos os mitos gentílicos.
JESUS, o “Filho”, o “Verbo”, é totalmente unido com o Pai e ao mesmo tempo é distinto dele, tendo vida independente. Apesar disso, não se trata de dois deuses lado a lado. Existe somente o único DEUS verdadeiro e vivo. Esse DEUS, no entanto, como DEUS vivo, não é uma unidade rígida e oca. Ele vive em três “pessoas”, uma das quais é o “Filho”. Justamente no testemunho de João a respeito do Filho, que é o “Verbo” no qual DEUS se expressou cabalmente e que por isso é totalmente um com DEUS e que ao mesmo tempo, como palavra “proferida” possui uma vida própria, o mistério pode tornar-se concreto e compreensível para nós, na proporção em que isso for de fato possível. As frases de João começam a brilhar e falar: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Este estava no princípio com DEUS.”
Sendo JESUS, o Filho, o “Verbo” segundo sua verdadeira natureza, também define-se de antemão o relacionamento correto das pessoas em relação a ele. O “Verbo” requer ser “ouvido”, e procura pela “fé” que se abre para ele e confia nele, obedecendo-lhe. É em torno disso, então, que girará a grande luta no evangelho, que testemunhamos capítulo após capítulo. E a partir dessa sua primeira frase João tem condições de declarar corretamente no final de sua obra que a fé em JESUS foi o alvo de todo o seu escrito (Jo 20.31).
3 A seriedade com que tudo isso é proferido evidencia-se no v. 3. Se ele, que é “o Verbo”, já “estava com DEUS” “no princípio” de todo o tempo e espaço e de todas as coisas, então esse mesmo Verbo tem de ser participante da criação. Assim como a formulação “no princípio” aponta para o relato bíblico da criação, assim João pensa agora em como toda a criação de DEUS aconteceu através de seu “falar”, de seu “Verbo”. “E disse DEUS…”, soa repetidamente ao longo do relato da criação. A criação, portanto, aconteceu através dele, que em sua natureza é totalmente “a palavra de DEUS”. É por isso que João testifica: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”
A expressão “todas as coisas” tem um sentido abrangente e está associada à palavra “universo”. O universo foi criado por JESUS e, com isso, também para ele. Também aquelas galáxias, aqueles sistemas de vias lácteas, que abrangem milhões de sóis a uma distância de milhões de anos-luz, foram criados por meio de JESUS e estão em correlação com ele e sua obra, mesmo que agora nós ainda não reconheçamos isso. Com isso nos são reveladas toda a magnitude e importância de JESUS, e ao mesmo tempo isso nos conforta, nós que lhe pertencemos, onde quer que estejamos no âmbito da criação. A mediação de JESUS não é desencadeada apenas por ocasião do pecado. O “Filho” não está inativo junto de DEUS até que a miséria de nossa perdição o chame à ação. Ele é Mediador da criação, assim como é Mediador da redenção. E ele é uma coisa justamente por ser também a outra.

VERBO - 1. JESUS, O VERBO DE DEUS (CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO)
JESUS, O VERBO DE DEUS
NO PRINCÍPIO, ERA O VERBO, E O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS... E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS, E VIMOS A SUA GLÓRIA, COMO A GLÓRIA DO UNIGÊNITO DO PAI, CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE
O apóstolo João começa seu evangelho apresentando JESUS como o Verbo de DEUS. Ele usa o termo grego logos, que a maioria de nossas versões traduz por “Verbo” ou “Palavra”. Ele emprega esse vocábulo apenas no prólogo, duas vezes (Jo 1.1, 14 ), e não no resto do evangelho, pois relata a história do JESUS Homem, o Verbo feito Carne. O apóstolo emprega, ainda, o referido termo em sua primeira epístola (1 Jo 1.1 ) e em Apocalipse 19.13. Trata-se de uma palavra que exige explicação para tornar-se compreensível ao povo na atualidade, entretanto, era conhecida aos leitores da época.
O LOGOS
“Logos” é, em si mesmo, um termo de cunho filosófico e raro na literatura homérica, mas de significado amplo na filosofia. Marilena Chauí, em seu livro Introdução à História da Filosofia, vol. 1, apresenta dezenas de significados, entre eles: “palavra, razão, pensamento, expressão” (CHAUI, 2003, vol. I, p. 504). Segundo Heráclito, o Logos era um princípio divino que governava o universo e impedia que o mundo, em constante mutação, se tornasse o caos. Era a capacidade do homem pensar e raciocinar, de discernir entre o bem e o mal. O conhecimento da verdade provém do Logos, dizia que era a Mente de DEUS. São vários os conceitos filosóficos do termo: para os sofistas, era o poder do pensamento, da fala e da persuasão, chegando a ser, predominantemente, a razão humana; para Aristóteles, era a fonte da virtude humana “já que as ações estão determinadas pelo entendimento, e é pela fala que chegamos ao entendimento” (KITTEL, 1993, vol. 4, p. 84).
Segundo o conceito desenvolvido pelos estóicos, o Logos é “a alma inteligente, interior, autoconsciente e universal, da qual a nossa razão é parte” (PFEIFFER; HOWARD; REA, 2006, p. 1176) e “expressa a natureza ordenada e teleologicamente1 orientada do cosmos” (KITTEL, 1993, vol. 4, p. 84). O estoicismo estava muito em voga no primeiro século da Era Cristã. O apóstolo Paulo encontrou-se com eles no areópago, em Atenas (At 17.18, 19). Segundo Filo de Alexandria (30 A.C. - 50 D.C.), o Logos divino era “uma figura mediadora que procede de DEUS, que forma um laço entre o DEUS transcendente e o mundo, e representa a humanidade como sumo sacerdote e advogado diante de DEUS. É a suma e o lugar do poder criador de DEUS, e como tal, ordena e governa o mundo visível” (KITTEL, 1993, vol. 4, p. 88).
Justino, o Mártir (100-165), afirmava que as sementes da sabedoria divina foram semeadas por todo o mundo, portanto, os cristãos podiam encontrar lampejos da verdade divina por toda parte, ou seja, na filosofia secular da Grécia. É a doutrina do Logos Spermatikos, “Palavra Germinadora”, isso significa que cada homem recebeu em seu intelecto um germe do Logos.
Nós recebemos o ensinamento de que CRISTO é o unigênito de DEUS e indicamos que ele é o Verbo, do qual todo o gênero humano participou. Portanto, aqueles que viveram conforme o Verbo são cristãos, quando foram considerados ateus, como sucedeu entre os gregos com Sócrates, Heráclito e outros semelhantes (Apologia I, 1995, 46.2,3).
Com efeito, tudo o que os filósofos e legisladores disseram e encontraram de bom foi elaborado por eles pela investigação e intuição natural, conforme a parte do Verbo que lhe coube. Todavia, como eles não conheceram o Verbo inteiro, que é CRISTO, eles freqüentemente se contradisseram uns aos outros (Apologia II, 1995, 10.2,3).
Portanto, tudo o que de bom foi dito por eles, pertence a nós, cristãos, porque nós adoramos e amamos depois de DEUS, o Verbo, que procede do mesmo DEUS unigênito e inefável. Todos os escritores só puderam obscuramente ver a realidade, graças à semente do Verbo neles ingênita (Apologia II, 1993, 13.4, 5).
O termo hebraico é דָּבָר (dābār), “palavra, fala, discurso, coisa” (HARRIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 292), traduzida na Septuaginta alternadamente por λόγος e ῥῆμα (logos e rhēma). Esses vocábulos gregos são usados nela como sinônimos, sendo que rhēma é mais comum no Pentateuco, Josué, Juízes, Rute e Jó. Para o judeu ou qualquer oriental da antiguidade, a palavra não era um mero som, mas algo de existência independente e cheio de poder (Sl 33.6; 107.20; 147.15; Jr 23.29). Veja que a palavra de Isaque, quando abençoou a Jacó, não podia mais voltar atrás (Gn 27.33).

“E o Verbo era DEUS” (Jo 1.1c). A idéia nesse versículo é progressiva, uma declaração vai esclarecendo a anterior até culminar com a declaração enfática “e o Verbo era DEUS”. Se o prólogo do evangelho João (1.1-14) fosse o único lugar nas Escrituras em favor da divindade do Verbo já teríamos subsídios suficientes, entretanto, essa doutrina é ensinada em todo o contexto bíblico. JESUS é DEUS igual ao Pai (Jo 5.18, 10.30; Cl 2.9).
Ele é apresentado como Criador de todas as coisas: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O Criador do mundo agora estava ele entre os homens: “estava no mundo e o mundo foi feito por ele” (Jo 1.10); como Vida e Luz: “nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.4). Tanto o Pai como o Filho são a fonte da vida: “amando o SENHOR, teu DEUS, dando ouvidos à sua voz e te achegando a ele; pois ele é a tua vida” (Dt 30.20); “como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26).
Vida é contrário de morte, de destruição, e a vida que JESUS veio trazer é a vida eterna, não simplesmente pela sua duração, mas pela sua qualidade, é a vida de DEUS cheia de gozo e alegria, oferecida a todos os pecadores que se arrependerem de seus pecados. JESUS disse: “eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). No penúltimo capítulo do evangelho de João, o apóstolo declara “que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30).
Luz é um atributo divino, é verdade que JESUS ensinou no Sermão do Monte que seus discípulos são “a luz do mundo” (Mt 5.14), mas não temos luz própria. Assim, como a lua reflete na Terra a luz do sol, da mesma maneira nós refletimos para o mundo a luz de CRISTO. Todo o contexto bíblico mostra e ensina de maneira enfática e expressa que DEUS é Luz (1 Jo 1.5), que “habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16). Esse termo aparece mais de 20 vezes no evangelho de João, e JESUS é apresentado nele como a luz do mundo: “Falou-lhes, pois, JESUS outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12). No relato da Criação afirma que DEUS, pelo poder de sua Palavra, fez aparecer a luz, que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor JESUS é a “luz que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (Jo 1.9) e desfaz o caos da vida humana.

2. Reações à divindade de JESUS.
Um dos pontos relevantes da doutrina Cristológica, consiste da afirmação, segundo a qual JESUS CRISTO possui dupla natureza, o que o faz cem por cento DEUS e cem por cento homem. Apesar disto, não poucas vozes, ao longo dos séculos, se têm levantado contra esta verdade. Dentre os movimentos que no decorrer da história da Igreja se insurgiram contra a doutrina das duas naturezas de CRISTO, se destacam os seguintes:
1.O Gnosticismo
O gnosticismo compreende a fusão de elementos culturais colhidos de diversos gêneros ou opiniões, até mesmo antagônicas, filosófico religiosas. Surgiu no I Século da nossa Era. Independentemente de classe, quanto à pessoa de CRISTO, o gnosticismo procurava explicá-lo em termos filosófico pagãos, ou da "teosofia". O Salvador, conforme Saturnino, não nasceu, não teve corpo nem forma, mas foi visto em forma humana apenas em aparência. O DEUS dos judeus, segundo ele, era um dos sete anjos; visto que todos os principados quiseram destruir seu Pai, CRISTO veio para aniquilar o DEUS dos judeus e para salvar os que nele acreditassem. (Documentos da Igreja Cristã -Juerp – Pág. 68).
Quando apareceu sobre a terra, diziam os gnósticos, só parecia ter corpo físico. Ao mesmo tempo, os gnósticos também ensinavam que este CRISTO não sofreu e morreu. O gnosticismo, em outras palavras, proclamava uma Cristologia docética. Face o perigo do ensino gnóstico para a integridade da doutrina Cristológica, Irineu afirmou que os gnósticos nunca receberam os dons do ESPÍRITO SANTO e que desprezavam os profetas.
2. O Docetismo
O docetismo afirmava que o corpo de CRISTO não passava de um fantasma; que seus sofrimentos e morte eram meras aparências. Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu um engano, que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de CRISTO, escapando JESUS, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág18).
Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. De que me valeria estar em cadeias, se CRISTO sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não passam de meras aparências" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág.68).
3. O Monarquianismo
O Monarquianismo negava basicamente o conceito trinitário da divindade. Sustentava que a doutrina da Trindade se opunha à fé no DEUS único. Seus adeptos repudiavam a idéia da "economia", segundo a qual DEUS, que certamente é um, rebelou-se de tal maneira que apareceu como Filho e como ESPÍRITO SANTO. O monarquianismo se manifestou de duas formas: Dinamista e Modalismo.
a) O Monarquianismo Dinamista
O primeiro defensor desta forma de monarquianismo foi o curtidor Teodoto - Era hostil à cristologia do Logos e, em geral, negava a divindade de CRISTO. Em vez disso, acreditava ser CRISTO mero homem. Nasceu duma virgem, mas apesar disso não passava dum mero homem. Para Teodoto JESUS vivera como os demais homens; por ocasião de seu batismo, contudo, CRISTO veio sobre ele como um poder que estava ativo dentro dele a partir de então... Considerava-se JESUS um profeta que não se tornou DEUS, embora estivesse equipado com poderes divinos por algum tempo. Só se uniu a DEUS depois de sua ressurreição (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág. 58).
b) O Monarquianismo Modalista
A história responsabiliza Noeto e seus discípulos como divulgadores dessa forma de monarquinismo. Noeto rejeitava a doutrina da Trindade divina, inclusive a cristologia do Logos e as tendências subordinacionistas implícitas nela. Para Noeto, apenas o Pai é DEUS, e embora esteja oculto à vista dos homens, manifestou-se e se fez conhecer segundo o seu beneplácito.
4. O Sabelianismo
O sabelianismo, um movimento religioso organizado por Sabélio, cerca do ano 375, confundia a pessoa de CRISTO apenas com uma faceta ou manifestação de DEUS. Ensinava que o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são uma só e a mesma essência, três nomes apenas dados a uma só e mesma substância..Atribui-se a Sabélio a frase: "DEUS, com respeito à hipóstase é um, mas foi personificado na Escritura de várias maneiras segundo a necessidade do momento" (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág. 59).
5. O Arianismo
Ário, presbítero em Alexandria por volta do ano 310, estabeleceu a sua doutrina cristológica partindo de um conceito filosófico de DEUS. Segundo ensinava, não era possível a DEUS conferir sua essência a qualquer outro, em virtude do fato de ser uno e indivisível. Não se podia conceber que o Logos ou o Filho pudesse ter chegado a existir a não ser por um ato de criação. Desse modo, na opinião de Ário, CRISTO não podia ser DEUS no sentido pleno do termo; devia, em vez disso, fazer parte da criação. Como resultado, Ário considerava CRISTO como "ser intermediário", menos do que DEUS e mais do que o homem. Também dizia ser CRISTO criatura, tendo sido criado ou no tempo ou antes do tempo. Ário, portanto, negava a preexistência do Filho em toda a eternidade, e lhe conferia atributos divinos apenas em sentido honorífico, baseado na graça especial que CRISTO recebera e na justiça que manifestou.
6.O Apolinarianismo
Apolinário (apareceu em cena pela metade do IV século), teve dificuldade em aceitar a idéia de divindade de JESUS CRISTO, como sendo ele da mesma substância do Pai. O principal problema, como ele o via, era este: Como pode o homem conceber a existência humana de CRISTO? Segundo Apolinário, a natureza humana de CRISTO tinha de possuir qualidade divina. Não fosse esse o caso, a vida e a morte de CRISTO não poderiam ter conquistado a salvação dos homens. A teologia cristológica de Apolinário tem o ranso do velho modalismo com fortes traços docéticos. O apolinarianismo sofreu forte oposição de Diodoro de Tarso, Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto e João Crisóstomo.
7. O Nestorianismo
O nestorianismo deve a sua existência à pessoa de Nestório, bispo em Constantinopla no período 428-431. Nestório parece atribuir o seu discipulado a Teodoro de Mopsuéstia que ilustrava a união das duas naturezas de CRISTO com a união conjugal de marido e mulher tornados uma só carne sem deixarem de ser duas pessoas e duas naturezas separadas.
8. O Eutiquianismo
Eutiques, abade de um mosteiro em Constantinopla, dizia que CRISTO, depois de se tornar homem, tinha apenas uma natureza. Sua humanidade, contudo, não era da mesma essência que a nossa.
Em novembro de ano 448, Eutiques foi condenado como heresiarca pelo Sínodo de Constantinopla.

9- Testemunhas de Jeová e o verbo de DEUS - Livro Seitas e Heresias - Raimundo F. de Oliveira - CPAD
JESUS, O Verbo Divino
Na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, versão bíblica forjada pelas "testemunhas-de-jeová", lê-se João 1.1, assim: "No princípio era a Palavra e a Palavra estava com DEUS e a Palavra era um deus". Note o final da expressão: "... um deus".
Entre as famosas traduções da Bíblia conhecidas hoje, pelo menos «dezenove delas afirmam que "A Palavra era DEUS"; não "deus" com "dl" minúsculo, ou "um deus" qualquer. Veja, por exemplo:
• KING JAMES VERSION - A Palavra era DEUS.
•THE NEW INTERNATIONAL VERSION (A Nova Versão Internacional) - A Palavra era DEUS.
• ROTHERHAM - A Palavra era DEUS.
• DOUAY - A Palavra era DEUS.
• JERUSALÉM BIBLE (A Bíblia de Jerusalém) - A Palavra era DEUS.
• AMERICAN STANDARD VERSION (Versão Padrão Americana) - e a Palavra era DEUS.
• REVISED STANDARD VERSION (Versão Padrão Revista) - e a Palavra era DEUS.
• YOUNG'S LITERAL TRANSLATION OF THE BIBLE (Tradução Literal da Bíblia, de Young) - e a Palavra era DEUS.
• THE NEW LIFE TESTAMENT (O Testamento da Nova Vida) - a Palavra era DEUS.
• MODERN KING JAMES VERSION (Versão Moderna da King James) - a Palavra era DEUS.
• NEW TRANSLATION - DARB Y (Nova Tradução) - a Palavra era DEUS.
• NUMERIC ENGLISH NEW TESTAMENT - a Palavra era DEUS.
• THE NEW AMERICAN STANDARD BIBLE (A Nova Bíblia Padrão Americana) - e a Palavra era DEUS.
• THE NEW TESTAMENT IN MODERN SPEECH -WEYMOUTH (O Novo Testamento em Linguagem Moderna) - e a Palavra era DEUS.
• THE NEW TESTAMENT IN BASIC ENGLISH (O Novo Testamento em Inglês Básico) - e a Palavra era DEUS.
• THE NEW TESTAMENT IN MODERN ENGLISH -MONTGOMERY (O Novo Testamento em Inglês Moderno) - e a Palavra era DEUS.
• THE NEW TESTAMENT IN ENGLISH (Phillips) - essa Palavra estava com DEUS e era DEUS.
• THE BERKLEY VERSION (A Versão de Berkley) - e a Palavra era DEUS.
• EMPHATIC DIAGLOTT (Publicação das testemunhas-de-jeová) - e o Logos era DEUS.
Quatro traduções não usam exatamente a expressão "a Palavra era DEUS", mas evidenciam a divindade de CRISTO conforme o texto de João 1.1. São elas:
• AN EXPANDED TRANSLATION - WEST (Uma Tradução Ampliada) - e a Palavra era, quanto à sua essência, divindade absoluta.
• THE AMPLIFIED BIBLE (A Bíblia Ampliada) - e a Palavra era o próprio DEUS.
• LIVING BIBLE (A Bíblia Viva) - antes que algo mais existisse, existia CRISTO com DEUS. Ele sempre tem vivido e é Ele o próprio DEUS.
• LAMSA - E DEUS era essa Palavra.
Quatro traduções não ensinam claramente a divindade de CRISTO, conforme João 1.1. São elas:
• MOFATT - O Logos era divino.
• TODAVS ENGLISH VERSION (Versão em Inglês de Hoje) - e Ele era o mesmo que DEUS.
• GOODSPEED - A Palavra era divina.
• NEW ENGLISH BIBLE (Nova Bíblia Inglesa) - e o que DEUS era, a Palavra era.
Apenas quatro traduções, negam a divindade de CRISTO em João 1.1. São elas:
• THE NEW WORLD TRANSLATION OF THE HOLY SCRIPTURES (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas) - e a Palavra era um deus.
• EMPHATIC DIAGLOTT (tradução interlinear do grego) - e um deus era a Palavra.
• THE KINGDOM INTERLINEAR OF THE SCRIPTURES (Tradução do Reino, Interlinear, das Escrituras Gregas) - e deus era a Palavra.
• THE KINGDOM INTERLINEAR (A Interlinear do Reino) - e a Palavra era um deus.
Todas estas últimas quatro versões citadas são publicadas e distribuídas pelas testemunhas-de-jeová.

Depoimento da Teologia
Das dezenove traduções mencionadas, que afirmam que "a Palavra era DEUS", pelo menos treze delas foram feitas por piedosos cristãos. Quanto aos tradutores das versões citadas pelas testemunhas-de-jeová, as quais afirmam que "a Palavra era um deus", põe-se em dúvida a sanidade espiritual dos seus tradutores, inclusive se tinham mesmo algum conhecimento das línguas originais das Escrituras. De maneira especial, a Emphatic Diaglott, citada pelas "testemunhas" com maior freqüência, foi feita por Benjamin Wilson, cristadelfiano, membro de uma seita falsa.
A esperteza das "testemunhas" não conhece limites, seja quando têm de torcer a Bíblia, seja falsificando as traduções ou interpolando textos de obras alheias.
Em um artigo intitulado "Uma Tradução Errada e Chocante", o doutor Julios R. Mantey, escreve:
"A Manual Grammar of the Greek New Testament, do qual sou co-autor, é citado pelos tradutores do apêndice da Tradução do Reino, Interlinear, das Escrituras Gregas. Eles citaram-me fora do contexto. Apuradas pesquisas descobriram ultimamente abundante e convincente evidência de que a tradução de João 1.1 por 'deus era a Palavra' ou 'a Palavra era um deus' não tem qualquer apoio gramatical."
Em carta de 11 de julho de 1974, encaminhada à Sociedade Torre de Vigia, quartel-general das testemunhas-de-jeová, escreve o doutor Mantey: "Não existe qualquer afirmação na nossa gramática que alguma vez quisesse implicar que 'um deus' era a tradução admissível em João 1.1... Não revela erudição, nem mesmo é razoável traduzir João 1.1 por 'a Palavra era um deus'. A ordem das palavras tornou obsoleta e incorreta tal tradução. A vossa citação da regra de Colwell é inadequada, porque indica apenas parte das suas conclusões... Ambos os eruditos escreveram que, quando pretendiam dar a idéia indefinida, os escritores dos Evangelhos colocavam regularmente o nome predicativo depois do verbo, e tanto Colwell como Harner afirmaram que Theos, em João 1.1, não é indefinido e não deve ser traduzido por 'um deus. Os escritores da Torre de Vigia parecem ser os únicos a advogar tal tradução agora. A evidência contra eles parece de 99%.
"Em vista dos fatos precedentes, principalmente por me terdes citado fora do contexto, peço-vos por meio desta que não volteis a citar A Manual Grammar ofthe Greek New Testament, como fazeis há 24 anos. Peço ainda que, de agora em diante, não me citeis, nem a mim nem a esta obra, em qualquer das vossas publicações.
"Também, que pública e imediatamente apresenteis desculpas na revista Torre de Vigia, uma vez que as minhas palavras não tiveram nenhuma relevância no que toca à ausência do artigo antes de Theos, emJoão 1.1", conclui o doutor Mantey.
Se João 1.1 quisesse dizer "a Palavra era um deus", o apóstolo teria usado no grego a palavra theios, que significa "um deus", um ser meio divino; em vez de Theos (DEUS), que João usou conscientemente.
O doutor James L. Boyer, do Seminário Teológico da Graça, de Winona Lake, Indiana, Estados Unidos, escreveu: "Para um estudante familiarizado com a língua grega, João 1.1 é a expressão mais forte possível da absoluta divindade da Palavra, muito mais do que seria com o uso do artigo. O fato de não ser usado o artigo no grego descreve, qualifica e enfatiza a natureza e a característica do substantivo usado. O emprego do artigo particulariza e identifica, aponta para o indivíduo. Se João tivesse escrito o artigo definido com a palavra DEUS, teria significado que a Palavra e DEUS eram o mesmo indivíduo, uma negação da Trindade. Mas ao empregar a Palavra DEUS sem o artigo, diz qual é o caráter da Palavra. Ele é DEUS. Ele é alguém cujo caráter é descrito pela palavra DEUS".

Os judeus confrontavam JESUS e acusavam de blasfêmia por lhes dizer que era DEUS, que era filho de DEUS e que era igual a DEUS, etc...

JESUS CRISTO: UM HOMEM COMO NENHUM OUTRO
Os críticos de Jesus acreditavam que ele merecia ser morto como castigo pelo pecado da blasfêmia. No evangelho de João lemos sobre o encontro dele com alguns judeus, na área do templo conhecida como Pórtico de Salomão, durante a Festividade da Dedicação: Os judeus reuniram-se ao redor dele e perguntaram: Até quando nos deixará em suspense? Se é você o Cristo, diga-nos abertamente. Jesus respondeu: Eu já lhes disse, mas vocês não creem. As obras que eu realizo em nome de meu Pai falam por mim, mas vocês não creem, porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um. João 10:24-30 Ao ouvir isso, eles começaram a pegar pedras com a intenção de matá-lo, ao que Jesus respondeu: Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar? Responderam os judeus: Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus. João 10:31-33 Em outra ocasião, um grupo de fariseus e mestres da lei estava presente em meio a uma multidão de pessoas, quando um homem paralítico foi baixado no meio deles pelo telhado. Jesus sentiu-se tocado por essa demonstração de fé e disse ao paralítico: Homem, os seus pecados estão perdoados. Os fariseus e os mestres da lei começaram a pensar: Quem é esse que blasfema? Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus? Lucas 5:20, 21.
Curar as pessoas no sábado era especialmente ofensivo para a comunidade religiosa judaica. Em certa ocasião, em resposta às objeções deles, Jesus disse: Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando. Por essa razão, os judeus mais ainda queriam matá-lo, pois não somente estava violando o sábado, mas também estava até mesmo dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus. João 5: Outro campo de forte crítica sobre Jesus era a maneira dele de ensinar com autoridade. No famoso Sermão do Monte, Jesus disse: Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: Não matarás, e quem matar estará sujeito a julgamento. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Mateus 5:21, 22. Vez após vez observamos Jesus pregando suas declarações, dizendo: Eu lhes digo. Em visita a uma sinagoga de Cafarnaum, Jesus começou a ensinar com autoridade incomum: Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei. Marcos 1:22 Ao contrário do costume de apelar para escolas rabínicas de pensamento e tergiversar interminavelmente sobre minúcias, Jesus falava de maneira clara, simples e direta, com base em sua própria autoridade. Os escribas e os fariseus também se ofenderam com a maneira como Jesus se apresentava, porque ele alegava ser maior do que os profetas do passado e maior até do que o rei Salomão. Em uma ocasião, quando lhe pediram para mostrar um sinal miraculoso, ele respondeu: Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas. A rainha do Sul se levantará no juízo com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e agora está aqui o que é maior do que Salomão. Mateus 12:41, 42 Os oponentes religiosos de Jesus ficaram muito ofendidos com o que parecia ser uma atitude rebelde para com a observância do dia do sábado. Em certa ocasião, ele e os seus discípulos foram vistos passando por um campo de cereais no sábado, tirando espigas e comendo-as. Quando confrontado com a acusação de que seus discípulos estavam violando a lei do sábado, ele concluiu sua réplica com uma declaração notável: Pois o Filho do homem é Senhor do sábado. (Mateus 12:1-8) Não é de admirar que os líderes religiosos tenham ficado muito alarmados por causa deste Galileu e concluíram que matá-lo era a única opção que tinham. Dentro de seu próprio grupo íntimo, Jesus falou muitas vezes sobre a importância de se guardar, não os mandamentos de Deus, e sim os mandamentos dele: Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos... Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele. (João 14:15, 21) Se vocês obedecerem aos meus mandamentos permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. João 15:10. Resumindo este breve panorama de como Jesus se apresentou aos seus discípulos e à comunidade judaica mais ampla, descobrimos que (1) ele alegou ser um com o Pai, o próprio Filho de Deus; (2) ele alegou ter autoridade para perdoar pecados; (3) ele disse que os seus mandamentos tinham de ser obedecidos se alguém quisesse vida; (4) ele declarou que iria dar às pessoas a vida eterna; (5) ele alegou ser maior do que Jonas e o rei Salomão; (6) ele falou com autoridade e não como um rabino; (7) ele se declarou Senhor do sábado! Não é de admirar que os líderes religiosos tenham concluído que ele era um blasfemador e merecedor da morte. Mesmo os que vieram a aceitá-lo como o Messias prometido muitas vezes ficavam perplexos quanto à sua pessoa. Depois de vários deles terem sobrevivido a uma terrível tempestade no Mar da Galileia que Jesus acalmou milagrosamente, eles exclamaram: Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem? (Lucas 8:25) E a tudo isso é preciso acrescentar o assunto da pré-existência. O Relacionamento entre o PAI e o FILHO Ronald E. Frye

3. O relacionamento entre o Pai e o Filho.
O RELACIONAMENTO DURANTE A EXISTÊNCIA PRÉ-HUMANA DE JESUS - O Relacionamento entre o PAI e o FILHO Ronald E. Frye
Os autores evangélicos Mateus e Lucas nos fornecem a genealogia humana, a concepção e o nascimento de Jesus Cristo. (Mateus 1:1-25, Lucas 1:26-2:20; 3:23-38) Claramente, o Senhor é apresentado como um descendente humano, tanto do patriarca Abraão como do rei Davi. O apóstolo Paulo nos lembra: Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei. (Gálatas 4:4). Todavia, durante seu ministério, Jesus fez declarações que apontavam para um tempo antes de sua existência humana, quando ele tinha um relacionamento com seu Pai. Algumas destas declarações são: Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem. João 3:13 Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. João 6:38 Vocês são daqui de baixo; eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo; eu não sou deste mundo. João 8:23 Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! João 8:58 Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes! João 6:62 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. João 17:5 Declarações como essas levantam a questão sobre a natureza do relacionamento entre o Pai e o Filho antes de sua vida humana. A informação que temos sobre isso na Bíblia é limitada e cria tantas perguntas quanto respostas. Três das declarações mais específicas sobre isso podem ser encontradas no Evangelho de João e nas cartas do apóstolo Paulo às congregações em Filipos e Colossos:  No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens... Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. João 1:1-4, 18 Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Filipenses 2:5-8 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. Colossenses 1: Tem havido interminável discussão e debate sobre o relacionamento que existia antes da criação entre Deus e o que é chamado de Palavra ou Verbo. O Dr. Spiros Zodhiates, professor de Novo Testamento no Trinity Theological Seminary, dedicou um livro inteiro ao prólogo do Evangelho de João, intitulado: Was Christ God? [Era Cristo Deus?] (edição de 1981), no qual ele analisa o texto grego e oferece sua avaliação sua interpretação do que encontrou lá. Sobre a sentença final em João 1:1: e o Verbo era Deus, ele escreveu: O apóstolo João, em sua declaração na terceira sentença do primeiro versículo de seu Evangelho, não fala apenas de alguns dos atributos visíveis de Jesus Cristo, que indicariam que Ele é divino, que Ele alcançou a divindade, mas declara que Ele é Deus, que Ele é divindade que se tornou humano sem deixar de ser deidade. O homem, por aceitar Deus por meio de Jesus Cristo torna-se divino, mas Ele não se torna Deus. Ele tem dentro dele a natureza divina, mas ele não se tornou Deus. A palavra theotees, deidade, ocorre em Colossenses 2:9: Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. A palavra traduzida como divindade aqui é theotees, deidade, não divindade. Refere-se, não à manifestação de Cristo em seus atos externos, e sim à natureza essencial dele. Seria, portanto, totalmente errado traduzir a declaração que João faz em João 1:1 como E o verbo era divino. A palavra usada no original grego é theos, Deus, não theios, divino. Jesus Cristo não só possuía os atributos divinos, mas Ele era Deus, em sua essência e natureza. Ele não era um homem que atingiu a divindade, mas Deus, que se humilhou tomando sobre si a natureza humana, em adição à Sua deidade. Was Christ God? [Era Cristo Deus?], Spiros Zodhiates (edição de 1981), página 102. (Os itálicos não estão no original). É verdade que o texto grego diz, E o Verbo era Deus. À primeira vista, concluiríamos naturalmente que o Verbo era o Deus com quem se diz que ele estava, porque o versículo inteiro diz, No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (SBB) Para se dizer o mínimo, este é um conceito difícil de entender. Por que alguns tradutores da Bíblia para idiomas modernos verteram o versículo de modo diferente? Por exemplo, o Dr. James Moffatt traduziu do grego para o inglês como, O Logos existia bem no princípio, o Logos estava com Deus, o Logos era divino. Por que dizer divino se a palavra na língua original é theos Deus? Existe alguma diferença entre ser Deus e ser divino? Outra versão diz: Antes de o mundo ser criado, a Palavra já existia; ela estava com Deus, e ela era o mesmo que Deus. (Versão no Inglês de Hoje) Por que dizer, ela era o mesmo que Deus, e não simplesmente a Palavra era Deus? Outra tradução moderna diz: Quando todas as coisas começaram, a Palavra já existia. A Palavra habitava com Deus, e o que Deus era, a Palavra era. (Nova Bíblia Inglesa) Obviamente, deve haver algo aqui que o leitor mediano não entende sobre o grego nesta sentença. Porém, a maioria das versões bíblicas nas línguas modernas diz: A Palavra era Deus. O que isso nos diz sobre o relacionamento entre a Palavra e o Deus com quem se diz que a Palavra está e que é aparentemente idêntico a ela? Estamos preocupados não só com a forma como João 1:1 está redigido, mas também com o que ele quis dizer quando escreveu isso. Obviamente, isto é tanto uma questão gramatical como teológica. O Dr. Zodhiates está convicto de que João está dizendo claramente que o Verbo era o Deus com quem ele estava. Todavia, existem outros teólogos que basicamente concordam com o Dr. Zodhiates acerca da trindade, mas reconhecem que este versículo em particular apresenta certas dificuldades. Um deles é o Dr. Millard J. Erickson, professor de Teologia no Southwestern Baptist Theological Seminary [Seminário Teológico Batista do Sudoeste, EUA], que diz o seguinte sobre João 1:1: A sentença: O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, tem sido objeto de grande debate exegético. Traduzida literalmente, ela deve ser vertida da maneira acima. A verdadeira questão aqui, porém, vai além da mera tradução até a interpretação. Colocado de outra maneira, o que ela significa versus o que ela diz precisa ser determinado em termos lógicos mais amplos, em vez de simplesmente em considerações gramaticais. Na primeira sentença, Deus tem o artigo definido, enquanto que na segunda falta o artigo. Várias possibilidades foram propostas quanto ao significado disso. Alguns argumentam que esta construção anartra [sem o artigo], refere-se à qualidade. Outros apelaram para a Regra de Colwell, a qual diz que num predicativo do sujeito que antecede o verbo, o predicativo aparece geralmente sem o artigo, para se distinguir do sujeito. Se adotarmos esta última abordagem [a Regra de Colwell], então a verdadeira leitura, com o escritor não colocando o predicativo antes, presumivelmente para dar ênfase, seria, l goj hn ton qe n. Isso poderia, então, ser interpretado de várias maneiras: - Como uma declaração de identidade. O Verbo é a mesma pessoa que Deus. O significado das duas frases seria algo assim: O Verbo era Deus e o Verbo estava com ele próprio. - Como uma declaração de inclusão. O Verbo está sendo descrito como estando com Deus e sendo o próprio Deus. A tradução, então, seria algo como, O Verbo estava com Deus, e o Verbo estava com ele próprio, sendo também Deus. Isto deixaria o caminho aberto para algo como o biteísmo. Parece melhor entender a afirmação como sendo de predicação ou qualidade. A mesma qualidade de deidade é verdadeira no caso do Verbo, como é no caso do Deus, com quem ele está presente. A tradução seria, então, O Verbo estava com Deus, e o Verbo era da mesma qualidade de deidade que Deus é. God in Three Persons A Contemporary Interpretation of the Trinity [Deus em Três Pessoas Uma Interpretação Contemporânea da Trindade], págs. 199, 200. (Os itálicos não estão no original). Aqueles dentre nós que não são eruditos na gramática do grego bíblico podem derivar algum conforto em saber que mesmo entre os que têm essa perícia existem diferenças de opinião. Enquanto o Dr. Zodhiates está convicto em seu conceito de que a terceira frase de João 1:1 aponta para a identidade do Verbo ser o Deus com quem se diz que ele está, outros concluem que a frase significa que o Verbo tinha a qualidade do Deus com quem se diz que ele está. As várias versões bíblicas já citadas apresentam o assunto de maneira similar. O altamente respeitado erudito bíblico F. F. Bruce acrescenta o seguinte ao nosso questionamento sobre a terceira frase do versículo que abre o Evangelho de João: A estrutura da terceira frase do versículo 1, theos en ho logos, exige a tradução O Verbo era Deus. Uma vez que logos é precedido pelo artigo, ele é identificado como sujeito. O fato de theos ser a primeira palavra depois da conjunção kai ( e ) mostra que a ênfase principal da frase está nela. Se tanto theos como logos fossem precedidos pelo artigo, o significado seria que o Verbo é completamente idêntico a Deus, o que é impossível se o Verbo também está com Deus. O sentido é que o Verbo compartilha da natureza e do ser de Deus ou (para usar uma expressão moderna) era uma extensão da personalidade de Deus. A paráfrase da NEB [Nova Bíblia Inglesa]: o que Deus era, a Palavra era transmite o sentido da frase da melhor maneira que uma paráfrase pode fazê-lo. João deseja que todo o seu evangelho seja lido à luz deste versículo. As ações e palavras de Jesus são as ações e palavras de Deus; se isto não for verdade, o livro é blasfemo. Portanto, quando céu e terra foram criados, o Verbo de Deus estava lá, já existia na associação mais íntima com Deus e partilhando da essência de Deus. Não importa até onde tentemos remontar nossa imaginação, nunca chegaremos a um ponto em que poderíamos dizer o que Ário disse sobre o Verbo divino: Houve um tempo em que ele não era. The Gospel of John [O Evangelho de João], F. F. Bruce, D.D., F.B.A. 1983, página 31 (alguns itálicos não estão no original). O que nos parece estar contido tanto no que Jesus disse sobre si mesmo, como no que os discípulos dele concluíram é que houve um momento em que Jesus, como a Palavra (logos), existia ao lado de Deus e compartilhava de sua natureza divina. Paulo contrasta esta natureza ou forma de Deus com sua natureza ou forma de homem: Tende em vós este sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não julgou que o ser igual a Deus fosse coisa de que não devesse abrir mão, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens; e sendo reconhecido como homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu o nome que é sobre todo o nome, para que em o nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai. Filipenses 2:5-11, SBB. A palavra traduzida como forma (SBB) ou condição (CBC) em Filipenses 2:6, 7 é morphe e significa a forma especial, característica ou funcionalidade de uma pessoa ou coisa. Vine s Expository Dictionary of New Testament Words [Dicionário Expositivo das Palavras do Novo Testamento], de Vine, página 123 em inglês. Outra fonte, ao comentar estes versículos, diz: A renúncia do Senhor pré-existente encontra expressão numa morfh [morphe: forma] que está em antítese absoluta à morfh [morphe: forma] anterior dele. Assim, a frase morfh qeo [literalmente forma Deus forma de Deus], cunhada por Paulo, em antítese óbvia a morfh do lou [literalmente forma servo a forma de um servo], só pode ser compreendida à luz do contexto. A aparência assumida pelo Senhor encarnado, a imagem de humilhação e submissão obediente, está no mais gritante contraste concebível com a aparência anterior dele, a imagem da majestade divina soberana, cuja restauração em uma forma nova e até mais gloriosa é descrita para o exaltado k rioj [Senhor] no final do hino. The Theological Dictionary of the New Testament [Dicionário Teológico do Novo Testamento], Vol. IV, páginas 750, 751. O apóstolo disse que Jesus Cristo, embora compartilhando a forma, ou natureza de Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se (Filipenses 2:6) A palavra grega traduzida por apegar-se na NVI é harpagmos, e representa a única ocorrência deste verbo no Novo Testamento. Ele foi tratado de maneira diferente pelos tradutores e vários exemplos são reproduzidos aqui: Que, sendo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus como usurpação. ALF Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. NTLH Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. BJ. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. THO Com base nestes vários exemplos pode-se constatar que os tradutores variam no entendimento de como harpagmos deve ser tratado aqui. Assim como ocorre no caso de João 1:1, há diferenças de conceito expressas nestas e em outras traduções para línguas modernas. Por um lado, algumas traduções colocam o assunto como se a igualdade com Deus já fosse uma realidade, mas outras sugerem que a igualdade com Deus era algo a se atingir por tomar ou conquistar. Se adotarmos a visão de que a Palavra compartilhava a mesma natureza ou forma com o Pai, mas não a igualdade com o Pai, como Deus, então podemos entender que ele não tentou tomar ou conquistar essa  igualdade com o Pai. Se, no entanto, for favorecido o conceito de que ele já tinha essa igualdade de posição com o Pai, então a ideia transmitida seria a de que ele não se apegou a essa igualdade, mas voluntariamente a deixou de lado. O comentário que segue oferece alguns pensamentos adicionais sobre Filipenses 2:6: Não considerou como usurpação é uma tradução da palavra-chave harpagmos que pode ser extraída ativamente, como na V[ersão] A[utorizada] ou passivamente, como na V[ersão] R[evisada]: não considerou como alvo estar em igualdade com Deus. Ambas as versões são linguisticamente possíveis. A verdadeira dificuldade encontra-se na questão: Será que isso significa que Cristo usufruía a igualdade com Deus, mas renunciou a ela por tornar-se homem, ou significa que ele poderia ter se apegado à igualdade com Deus, por autoafirmação, mas se recusou a fazê-lo e em vez disso submeteuse à vontade de Deus nas circunstâncias da encarnação e da cruz? Aqui, mais uma vez, se a chave para o texto reside no paralelo entre o primeiro Adão e o segundo Adão, a segunda alternativa deve ser a preferida; e este é geralmente o conceito moderno prevalecente que Stauffer acredita ter sido definitivamente resolvido: Assim, a velha disputa em torno de harpagmos está terminada: a igualdade com Deus não é uma res rapta... uma posição que o Cristo pré-existente tinha e renunciou, e sim uma res rapienda, uma possibilidade de consecução da qual ele declinou. Há, porém, outra possibilidade que pode ser resumida como segue. Harpagmos pode ter o significado de uma porção de boa sorte, um achado de sorte. Bonnard faz a ilustração de um trampolim (tremplin) com o mesmo pensamento essencial de uma oportunidade que o Cristo pré-existente tinha diante de si. Ele existia na condição [morphe] divina como a imagem ímpar e glória de Deus, mas recusou-se a fazer uso desta posição favorecida para explorar seus privilégios e afirmar-se em oposição ao seu Pai. Tyndale New Testament Commentaries [Comentários Tyndale do Novo Testamento], Vol. 11 (Filipenses / Ralph P. Martin), páginas 97, 98. O status e os privilégios que inevitavelmente decorrem de ter a própria natureza de Deus. Algo a que se deve aferrar. Talvez algo a ser mantido à força a glória que Cristo tinha com o Pai antes de sua encarnação. Mas ele não considerou essa alta posição como algo do qual ele não poderia desistir. Por outro lado, pode ser algo ainda a ser atingido, como um prêmio, como se ele ainda não possuísse isso. Bíblia de Estudo NVI, nota de rodapé sobre Filipenses 2:6. (Os itálicos estão no original). Enquanto a palavra harpagmos só é encontrada em Filipenses 2:6, no Novo Testamento, o verbo do qual ela se deriva ocorre diversas vezes e, sobre seu sentido, Albert Barnes nos diz: A noção de violência, ou captura, ou tomada entra no significado da palavra em todos estes lugares. (Barnes New Testament Notes [Notas ao Novo Testamento de Barnes], Vol. 12, pág. 171, itálicos no original). O verbo em questão é harpazo, que ocorre catorze vezes no Novo Testamento e é vertido de modo variado na NVI como: apanhar (3), arrebatar (3), ataca (1), levar (1), forçar (1), lançar mão (1), arrebatou (1), arrebata (1), tomou de súbito (1), tomar à força (1). Independentemente de como se entende o texto em questão, o verbo harpagmos contém o sentido de uma oportunidade ou vantagem que existia e não foi aproveitada para ganho egoísta. Em vez disso, manifestou-se uma atitude modesta e parece ser sobre isso que Paulo estava falando  aqui. É este exemplo estabelecido por Jesus que Paulo usa para enfatizar quão importante é para os que afirmam ser discípulos de Jesus mostrarem esta mesma atitude discreta. Minha própria conclusão sobre este texto é que a Palavra teve uma oportunidade de alcançar e tomar algo que não era propriamente dela, mas não quis fazer isso. Outros podem concluir de maneira diferente. As várias dificuldades bíblicas apresentadas na tradução que foram apresentadas até agora ilustram alguns dos problemas que os tradutores enfrentam e como as opções deles influenciam o que lemos em nossas Bíblias. É por isso que é bom comparar traduções em situações críticas para, desse modo, tirar proveito de diferentes possibilidades de versão. Embora alguns trechos das Escrituras sejam problemáticos, o sentido geral da mensagem de Deus para nós na Bíblia é claro e seu significado não depende de alguns versículos críticos. Um versículo ou partes de versículos podem levantar questões, mas outros textos que tratam do mesmo assunto muitas vezes as esclarecem para nós. Assim, não devemos desanimar se de vez em quando ficarmos intrigados com certas declarações ou conceitos presentes nas Escrituras. Devemos ter em mente que nenhuma escritura está isolada. Um único texto pode resumir um ensinamento, mas existem outros textos que ajudam a preencher esse resumo. Devemos evitar a tentação de nos apegar a um texto-prova da Bíblia e dar justa consideração à Bíblia como um todo. Só desta forma é que podemos esperar chegar a uma exata compreensão das Escrituras. Com relação ao assunto em questão, sabemos que existe a natureza divina e a natureza humana. Ou, se o leitor preferir, uma forma divina e uma forma humana. A pessoa que João identifica como a Palavra compartilhava a natureza divina com Deus. Ele renunciou a essa natureza e assumiu a natureza do homem. Ele renunciou a uma em favor da outra. Ele não se limitou a materializar-se como homem como alguns anjos fizeram em vários momentos. Não, ele passou por uma profunda transformação na natureza. Ele tornou-se nada, ou como a Today s English Version [Versão no Inglês Atual] coloca, ele desistiu de tudo. Houve uma renúncia à natureza divina. Em outras palavras, a Palavra se fez carne completa e totalmente carne. Como foi possível que ele se submetesse a esta mudança completa na natureza, mas permanecer com a mesma personalidade? Somos informados de que isto ocorreu, mas não nos é dito como ocorreu. Mas, conforme o anjo disse à mãe dele, nada é impossível para Deus. (Lucas 1:37). Essa humanidade sem pecado foi vivida e oferecida a Deus quando ele morreu sacrificialmente para expiar o pecado de Adão. Somos constantemente lembrados nas Escrituras de que foi esta preciosa oferta de carne e sangue a essência da natureza humana que foi entregue. Ele morreu e teve de ser restaurado à vida por meio duma ressurreição dos mortos. Desde sua ressurreição e glorificação Jesus Cristo recuperou a natureza ou forma divina que ele tinha deixado de lado. A exaltação prometida foi realizada: E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Filipenses 2:8-11, NVI O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles. Hebreus 1:3, 4, NVI. O que isso nos diz sobre relacionamento atual deles? Parece claro o suficiente, não é? O Filho é o reflexo a expressão exata de seu Pai (uma singularidade não compartilhada com qualquer outro) e foi exaltado pelo Pai à mais alta posição à própria direita dele! E tudo isso é para a glória de Deus, a Pessoa que enviou seu Filho ao mundo para realizar sua vontade. Há e sempre houve o aspecto da subordinação na relação deles. Ao lermos sobre esse relacionamento na Bíblia dificilmente despercebemos isso. Mesmo agora, em seu estado glorificado ele não ocupa a glória posicional e a excelência de seu Pai, o único que é chamado de Majestade. Não, ele está sentado à direita dessa Majestade. Ele tem essa posição única ao lado da Majestade Deus. Isso é o que nós visualizamos. É assim que se apresenta o relacionamento a nós. Qualquer que seja o contexto, vemos a pessoa que existia antes do começo do mundo, tornou-se homem e depois morreu, foi ressuscitado e glorificado, ele é sempre comparado com Deus e colocado ao lado dele. Ele não foi o primeiro de muitos de sua espécie, e sim verdadeiramente único em sua pessoa e seu relacionamento com Deus em todos os pontos de envolvimento com o mundo da criação. Agindo de acordo com seu amor por Deus, ele fez-se nada (NVI) ou esvaziou-se (RSV), para nascer como um ser humano sem pecado e oferecer-se como o sacrifício que iria lançar as bases para a redenção do mundo. Durante o período de sua condição humana, ele se humilhou ainda mais. Paulo escreveu que Jesus, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte. (Filipenses 2:8). E o escritor da carta aos Hebreus diz: Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, sendo designado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:7-10, NVI.

A LIDERANÇA NO RELACIONAMENTO ENTRE O PAI E O FILHO
A Bíblia diz claramente que durante a vida humana de Jesus ele mostrou reverente submissão ao seu Pai celestial. Esta condição de submissão é repetidamente enfatizada nos relatos da vida dele. Creio que esta submissão começou realmente no céu quando ele deixou voluntariamente de lado seu lugar exaltado ao lado de Deus para se tornar o sacrifício necessário. Toda a missão dele foi a de levar uma vida de submissão à vontade de seu Pai. Portanto, temos uma imagem clara do relacionamento entre o Pai e o Filho durante sua vida humana. Este relacionamento foi de submissão e subordinação. A disposição de Jesus de submeter-se à vontade de seu Pai, exemplifica o amplo princípio da chefia. Quando explicou a natureza universal desse princípio e como isso afeta vários relacionamentos, o apóstolo Paulo escreveu: Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus. (1 Cor. 11:3) A palavra grega traduzida como cabeça neste versículo é kephal, e ela é encontrada muitas vezes no Novo Testamento, referindo-se geralmente à cabeça humana literal. Em 1 Coríntios 11, porém, a palavra é usada em sentido metafórico para definir o relacionamento Pai / Filho, o relacionamento Cristo / homem e o relacionamento homem / mulher.
Os que creem que o Verbo feito carne nunca renunciou à sua divindade confrontam-se com o problema óbvio de crer que Jesus Cristo era Deus e homem ao mesmo tempo. No que se refere a essa humanidade o professor Zodhiates escreve: Hebreus 9:22 nos diz que sem derramamento de sangue não há remissão. No propósito de Deus, era o sangue de Jesus Cristo, que serviria para a remissão dos pecados de todo o mundo. Tinha de ser o sangue de um homem perfeito e sem pecado, e Jesus Cristo era o único que poderia atender a esse requisito. Was Christ God? [Era Cristo Deus?], pág. 64 Mesmo reconhecendo que o sangue de um homem sem pecado era necessário para reconciliar os homens com Deus, o professor Zodhiates insiste também em que este mesmo homem sem pecado era também o Deus eterno. Ele escreve: Temos de dizer novamente, porém, que Ele, o Logos eterno, mesmo quando se tornou carne e andou pelas estradas desta terra, continuou, ao mesmo tempo a ser Deus eterno. Esta é a conclusão inevitável que precisamos chegar ao lermos sobre a vida dele. Seu nascimento foi contrário às leis da vida. Sua morte foi contrária às leis da morte. Ele não tinha milharais ou indústrias de pesca, mas podia montar uma mesa para cinco mil com pão e peixe de sobra. Ele não caminhou em nenhum belo carpete ou tapete de veludo, mas andou sobre as águas do Mar da Galileia e elas o sustentaram. Por três anos ele pregou Seu Evangelho. Ele não escreveu nenhum livro, não construiu nenhuma casa nem igreja e não tinha apoio financeiro. Porém, depois de 2.000 anos, ele é o único personagem central da história humana, o pivô em torno do qual os eventos das eras giram, e o único Regenerador da raça humana. Era ele apenas o filho de José e Maria, que cruzou o horizonte do mundo há 2.000 anos? Foi simplesmente sangue humano que foi derramado no monte do Calvário para a redenção dos pecadores? Que homem pensante poderia deixar de exclamar: Meu Senhor e meu Deus!? Was Christ God? [Era Cristo Deus?], página 67 (os itálicos não estão no original.) Foi simplesmente sangue humano que foi derramado no monte do Calvário para a redenção dos pecadores?, pergunta o professor Zodhiates. A evidência bíblica responde: Sim! Ao expressar a questão da maneira que expressa, o professor Zodhiates parece sugerir que algo mais do que sangue humano foi derramado. Mas repetidamente se diz a nós que a carne e o sangue do homem Jesus é o sacrifício valioso que nos redime do pecado e da morte. Devemos ser cuidadosos em nossos esforços de glorificar o Filho de Deus de maneira que não rebaixemos a natureza sem pecado de sua carne e sangue, porque são estes componentes e apenas estes que nos são apresentados como os preciosos elementos fundamentais que nos purificam do pecado. (1 Cor. 11:27) O Deus eterno (imortal) não morreu, nem poderia ter morrido pelos pecados do mundo. Quanto aos muitos sinais que Jesus realizou para estabelecer que ele era o Filho de Deus, mencionados pelo professor Zodhiates acima, a Bíblia diz que todos eles foram possíveis porque Deus estava com ele não porque ele era Deus. Seus poderes não eram inerentes. Ele foi capacitado pelo Espírito de Deus, segundo seu próprio testemunho. (Mat. 12:28) Anteriormente neste tratado, citou-se Atos 10, onde o apóstolo Pedro testificou como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava ele. (Atos 10:38) Jesus tinha o poder de fazer essas coisas por meio do Espírito de Deus. Certo dia, quando ele ensinava, estavam sentados ali fariseus e mestres da lei, procedentes de todos os povoados da Galileia, da Judéia e de Jerusalém. E o poder do Senhor estava com ele para curar os doentes. (Lucas 5:17) No dia de Pentecostes, Pedro exclamou: Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais que Deus fez entre vocês por intermédio dele, como vocês mesmos sabem. (Atos 2:22) Repetidamente, as Escrituras declaram que Deus estava realizando essas obras poderosas por meio do Filho do Homem. Em parte alguma lemos ou mesmo se insinua que esse poder era um poder pessoal autônomo. Não, ele foi ungido com o Espírito e poder de uma forma superlativa, como o Messias prometido. O poder de Deus se manifestou da maneira mais dramática para estabelecer as credenciais da alegação messiânica de Jesus. Mas, ao mesmo tempo em que estes poderes de Deus se manifestaram para com outros, ele próprio, embora sem pecado, atuou dentro de suas próprias limitações humanas. O professor Zodhiates, assim como muitos outros teólogos, apela ao que Paulo tem a dizer em Filipenses 2:6 como se isso fosse algum tipo de prova irrefutável de que uma vez que Jesus estava em forma (ou natureza) de Deus significa que ele era, de fato, Deus. O texto não diz isso. Diz apenas que eles compartilhavam da mesma natureza. Para entendermos o que um texto significa para nós, precisamos tentar determinar o que significava para as pessoas a quem ele foi destinado originalmente. Qual foi a tônica do pensamento de Paulo em Filipenses 2:5-11? Foi a humilde disposição de nosso Senhor em deixar o lugar com o Pai e assumir a natureza do homem para cumprir uma causa nobre. Sobre isso, eu gostaria de trazer à atenção o que outro erudito disse sobre Filipenses 2:6: Pode ser útil observar certas precauções que devem ser observadas se o pensamento do apóstolo há de ser verdadeiramente compreendido. (a) Este não é um debate técnico sobre teologia. Paulo não está especulando sobre as grandes questões da natureza de Cristo. As teorias elaboradas que se criaram sobre este trecho e designadas como kenóticas provavelmente surpreenderiam o apóstolo. Paulo está lidando com uma questão de ética prática, a maravilhosa condescendência e abnegação de Cristo, e ele traz à atenção as várias etapas desse processo como fatos da história, tanto apresentados à experiência dos homens como inferidos dela... Muitos problemas desapareceriam se os intérpretes, em vez de fazerem uma minuciosa investigação dos refinamentos da metafísica grega, sob o pressuposto de que eles estão presentes aqui, perguntassem a si mesmos, que outros termos o apóstolo poderia ter usado para expressar suas concepções? The Expositor s Greek Testament [O Testamento Grego do Expositor], editado por W. Robertson Nicoll, MA, LL. D., Volume III, página 435. Não precisamos ser confundidos ou intimidados pelas diferentes conclusões que eruditos bíblicos possam apresentar sobre determinadas palavras ou versículos da Bíblia. Pois, na maior parte, a Bíblia apresenta uma revelação compreensível de Deus e sua vontade. Embora exista um pequeno número de textos que poderíamos chamar de problemáticos, estes são poucos e distantes entre si e podem ser razoavelmente compreendidos à luz da Bíblia como um todo. Podemos nos aproximar da Bíblia com a confiança de que ela nos ensinará claramente o que devemos crer para ser aceitos por Deus e ter uma compreensão viável de sua vontade e propósito para nós. Os textos problemáticos devem ser adequados ao padrão de ensino salutar.
  
III - A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a). O “Logos”. O Evangelho afirma que só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de DEUS: JESUS CRISTO, a vida eterna que pulsa de DEUS para nós. É vida verdadeira que dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, Logos, que quer dizer “verbo” ou “palavra”. O apóstolo escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS” (Jo 1.1). Esse versículo descreve JESUS como o início de todas as coisas e o significado último da vida: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de DEUS: JESUS CRISTO, a vida que pulsa de DEUS para nós. Só ele é quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o “servo” JESUS é Senhor e CRISTO. Sejamos servos disponíveis no serviço, olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé. (Texto extraído da revista Ensinador Cristão. Nº 71. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.38.)
 
 
 
JESUS é o primeiro filho de DEUS na Terra, em um corpo humano. não deixou de ser DEUS em momento algum. Aqui na Terra foi gerado no útero virgem de Maria, pelo ESPÍRITO SANTO. é a cabeça do corpo, a igreja.
Colossences 1.18  Ele é a Cabeça do corpo formado pelo Seu povo - isto é, sua igreja - começou por Ele; e Ele é O Líder de todos os que se levantam dentre os mortos, de modo que Ele é primeiro em tudo; 
Colossences 1.18  E Ele é a cabeça do corpo, da assembleia; o Qual é o princípio e oprimeiro- nascido para- fora- de- entre os mortos, a fim de que esteja Ele, em todas as coisas, tendo o primeiro lugar. 
Colossences 1.18  Ele é a cabeça do corpo que é a igreja. Ele é a origem, é o primeiro dos ressuscitados, de modo que tem o primeiro lugar em tudo. 
E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz:E todos os anjos de Deus o adorem. Hebreus 1:6 
Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, Hebreus 2:11
 
“E O VERBO SE FEZ CARNE”
No prólogo do seu evangelho, o apóstolo João descreve algumas características e atributos divinos e encerra afirmando explicitamente que o Verbo se tornou homem: “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Ele habitou entre nós. O verbo grego usado, aqui, para “habitar” é σκηνόω (skēnoō) “morar em uma tenda”, (BALZ & SCHNEIDER, 2002, vol. II, p. 1431); σκηνή (skēnē) significa “tenda, cabana, tabernáculo”. O apóstolo empregou um verbo que indica morada provisória, diferente daquele que o apóstolo Paulo usou para enfatizar a sua divindade: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). O verbo grego, nesse caso, é κατοικέω (katoikeō), “viver, habitar” e cuja idéia é de morada permanente (BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2269, 2270). Ele andou entre nós, manifestando os atributos da divindade. As características divinas do Verbo feito carne são demonstradas ao longo de sua narrativa.
O termo Logos foi estratégia do ESPÍRITO SANTO ao inspirar o apóstolo João na produção de seus escritos. Esse vocábulo foi um recurso extraordinário, naquela época, para alcançar judeus e gregos, pois era do conhecimento desses povos o conceito de “palavra”, ou seja, dâbâr, em hebraico e logos, em grego. Porém, a discussão é sobre o conceito joanino do Logos, era o dos gregos ou o dos judeus? Ou mais precisamente de Filo de Alexandria? O certo é que há elementos de todas as correntes na cristologia bíblica, e, mais especificamente, no Logos joanino, tendo alguns lampejos nas escolas gregas e em Filo. As traduções hebraicas do Novo Testamento usam dābār, em João 1.1, 14; 1 João 1.1 e Apocalipse 19.13. Convém ressaltar que a idéia grega é impessoal, porém, o Logos de João 1.1 é pessoal e recebeu o nome JESUS ao vir ao mundo. Foi o termo usado para que a mensagem do evangelho fosse perfeitamente compreensível pelas civilizações semítica e grego-romana, “primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). A palavra é o principal recurso numa comunicação, por isso DEUS revelou-se a si mesmo por meio de sua Palavra: “DEUS nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que no seio do Pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18), ou “o DEUS unigênito”, de acordo com alguns manuscritos (ARA).
Reúnem-se em JESUS todas as qualidades divinas que o descreve como o único Salvador da humanidade. Sua história e suas obras não se limitam ao período entre o nascimento e a morte, ele esteve presente desde a eternidade passada, atuou na história do povo de Israel, veio como homem e sua glória foi vista pelos de sua geração, realizou a obra da redenção na cruz do Calvário, retornou ao Céu, de onde dirige a sua igreja, e voltará em glória para estabelecer a paz universal.
 
2. Características humanas.
JESUS não usou de suas prerrogatvas divinas como homem na Terra. Continuou sendo deus, mas não fêzsuas obras poelo seu prórpio poder, mas pelo poder do ESPÍRITO SANTO
JESUS SE FEZ HOMEM PARA NOS SALVAR. - PARA ISSO TINHA QUE SER SEMELHANTE A NÓS.
Lev 25.25 Quando teu irmão empobrecer e vender alguma parte da sua possessão, então virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que vendeu seu irmão. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Filipenses 2:6 
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; Filipenses 2:7
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Filipenses 2:8
JESUS ENTROU NO MUNDO DO MESMO JEITO QUE TODOS OS HOMENS - PELA PORTA DO NASCIMENTO FÍSICO - POR UMA MULHER
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. João 10:1,2
NASCEU COMO HOMEM - MAS SEM PECADO - SEM A SEMENTE DE ADÃO
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Mateus 1:18 
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Filipenses 2:8 
FOI MAIS UMA PROVA - PODER FAZER E NÃO FAZER. 
2. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; (1 João, 4) 
5. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, (1 Timóteo, 2)
 
AS NATUREZAS DE JESUS CRISTO
O problema real da cristologia se espelha nesta questão: Como se relaciona a divindade de CRISTO com sua humanidade? Como pode aquele que é verdadeiro DEUS ser também verdadeiro homem ao mesmo tempo? Como pôde viver sob condições humanas e aparecer em forma humana? É, sem dúvida alguma grande este mistério: "Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória" (1 Tm 3.16).
A Natureza Humana de JESUS CRISTO
JESUS era o Filho do homem, conforme Ele mesmo se proclamou. É nessa condição que Ele se identifica com toda a raça humana.
Para ele convergem todas as linhas da nossa comum humanidade."Ele era o 'Filho do homem' no sentido de ser o único que realiza tudo que está incluído na idéia do homem, na qualidade de segundo Adão, o cabeça e representante da raça - a única verdadeira e perfeita flor que já se desdobrou da raiz e do tronco da humanidade. Tomando para si esse título, Ele testifica contra pólos opostos de erro acerca de sua Pessoa: o pólo ebionita, que seria o resultado final do título 'Filho de Davi'; e o pólo gnóstico, que negava a realidade da natureza humana que levava esse nome" (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág. 90,91). A humanidade de JESUS CRISTO é demonstrada:
a) Pela sua ascendência humana (Gl 4.4; Mt 1.18; 2.11; 12.47; Jo 2.1; Hb 10.5; Rm 1.3; Act 13.22,23; Lc 1.31-33; Mt 1.1).
b) Por seu crescimento e desenvolvimento naturais (Lc 2.40,46,52).
c) Por sua aparência pessoal (Jo 4.9).
d)Por possuir natureza humana completa, inclusive corpo, alma e espírito (Mt 26.12,38; Lc 23.46).
e) Pelas suas limitações humanas, sem pecado, evidentemente. Deste modo Ele estava sujeito à fadiga corporal, à necessidade de sono, à fome, à sede, ao sofrimento e à dor física. Tinha capacidade para morrer. Tinha limitações intelectuais. Tinha capacidade para crescer em conhecimento, e de adquirir conhecimento mediante observação (Jo 4.6; Mt 8.24; 21.18; Jo 19.28; Lc 22.44; 1 Co 15.3; Lc 2.52; Marc 11.13; 13.32; 1.35; Act 10.38).
 
A APARÊNCIA FÍSICA DE JESUSNa profeta de Isaías: “Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens... como raiz duma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (Is 52.14; 53.2). Devemos ter em mente que essas passagens falam de seu sofrimento quando Ele encontrava-se desfigurado pela dor e sofrimento na cruz. De acordo com Salmos 45.2 — “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens...” — e outras informações históricas, JESUS era formoso.
e partes de uma casa, de barcos, etc... Sua aparência mesmo foi escondida dos homens, por DEUS, para não haver idolatria a uma imagem ou escultura. Nos evangelhos, nenhum evangelista o descreveu em sua aparência humana, pois o que importava não era seu porte físico, mas seu porte espiritual.
Ninguém nunca falou como Ele (cf. Jo 7.46). Seu porte era impressionante. Ele tinha senso de humor, e era simpático, e bondoso. Além de seu coração amoroso JESUS era sentimental. Seus hábitos eram os de uma pessoa humilde e simples. Sempre que podia descansava em uma pequena popa duma barca. Parece que somente fazia uma refeição diária ou duas n o máximo devido à sua vida excessiva de trabalho e escassez de tempo. Nunca se atrasava. Sempre chegava na hora certa (Lc 8.45, 54, 55; Jo 11.6, 43,44).
Paulo indicou que JESUS não tinha cabelo comprido quando disse que para o homem ter cabelo comprido era desonroso. A própria natureza não vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido? 1 Coríntios 11:14
Com certeza JESUS usava barba e não eram arrendondos nas pontas nem seu cabelo e nem sua barba. Levítico 19:27 Não cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis a barba pelos lados. Levítico 19:27
JESUS era um judeu normal como qualquer outro em sua aparência.
Para JESUS ser identificado pelos soldados Judas teve que beijá-lo. Lucas 22:48 JESUS perguntou-lhe: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem! 
Para Zaquel identificar JESUS ELE teve que parar e falar com ele. JESUS ia passar e ele não saberia quem era ele. 
Lucas 19:5 Chegando JESUS àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa.
 
 
LIÇÃO Nº 4 – JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE - Elienai Cabral - 3º Trimestre  e 2013
I – CRISTO JESUS SE FAZ HOMEM
- Ao descrever o comportamento que gostaria de ver nos crentes filipenses, o apóstolo Paulo estava a simplesmente dizer que aqueles crentes, como todo e qualquer salvo, deveriam ser imitadores de Jesus Cristo, assim como o próprio apóstolo se identificara aos coríntios (I Co.11:1).
- Para bem descrever qual era este sentimento de Cristo Jesus, o apóstolo passa, então, a tratar daquilo que os estudiosos da Bíblia denominam de “kenosis”, ou seja, o esvaziamento da glória divina e a encarnação de Jesus, a Sua humilhação que dos céus até a morte de cruz proporcionou a redenção da humanidade.
- Como diz Spurgeon: “…o apóstolo sabia que, para criar concórdia, você precisa, em primeiro lugar, de gerar uma mente humilde. Homens não disputam quando suas ambições chegam a um fim. Quando cada um deseja ser o menor, quando todos desejam que seus companheiros sejam superiores a si mesmos, há um fim no espírito faccioso. Cismas e divisões são todos superados. Agora, para criar uma mente humilde, Paulo, sob o ensino do Espírito Santo, falou a respeito da humildade de Cristo. Ele tinha de nos fazer descer e então ele nos leva a ver a descida do nosso Mestre…” (op.cit.) (destaque original) (texto original em inglês) (tradução nossa).
- Alguns estudiosos, mencionados pela Bíblia de Jerusalém, dizem que “… os vv.6-11 [Fp.2:6-11, observação nossa] são provavelmente um hino cristão antigo, semelhante a Cl.1:15-20; I Tm.3:16; II Tm.2:11-13, que Paulo cita. Tradicionalmente, foi interpretado em função de esquema divino descendente-ascendente da Divindade (Gn.11:5; 17:22; 28:12; Is.55:10,11), segundo o qual a kenose de Cristo era a entrega de Sua glória divina a fim de viver a vida humana e consequentemente sofrer. Sua estrutura, contudo, é manifestamente baseada no esquema bíblico da humilhação (vv.6-8) seguida pela exaltação (vv.9-11), segundo o qual a pessoa justa que sofre é recompensada por Deus (sl.49:15,16; Eclo.49:14; Ez.21:31; Lc.14:11; 18:14; Mt.23:12; Tg.4:10). É mais provável, por isso, que Jesus como o segundo ou último Adão (I Co.15:45), seja implicitamente contrastado ao primeiro Adão (Gn.3:4,5).…” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, nota f, p.2049).
O verdadeiro e genuíno crente tem em si mesmo o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o mesmo desprendimento, o mesmo despojamento, a mesma negação de si mesmo que caracterizou toda a obra salvífica de Jesus.
- No já mencionado sermão de Charles Spurgeon, o príncipe dos pregadores mostra que este desprendimento de Cristo acompanhou toda a Sua vida terrena. Jesus desprendeu-Se não só ao encarnar, mas em nascer numa família pobre. Jesus desprendeu-Se ao esconder a Sua divindade em uma infância, adolescência e juventude de submissão e anonimato em Nazaré, criando uma imagem que, inclusive, impediu os nazaritas de reconhecê-l’O como o Messias.
- Jesus, também, desprendeu-Se ao Se deixar ser tentado pelo diabo, no deserto, inclusive permitindo ser transportado pelo adversário ao pináculo do templo. Jesus também Se desprendeu quando Se deixou cercar por publicanos e pecadores, bem como quando foi tido por louco, beberrão e comilão pelos escribas e fariseus. Não houve um só instante em Seu ministério terreno em que Jesus não tenha Se desprendido de tudo quanto pudesse Lhe representar conforto ou bem-estar.
- Paulo aqui não inova, mas repete o ensinamento do próprio Senhor que já afirmara que aquele que quisesse segui-l’O deveria, por primeiro, renunciar a si mesmo, negar a si mesmo (Mt.16:24; Mc.8:34; Lc.9:23). A vida cristã é uma vida em que o “eu” não tem lugar. Temos sido, sob este aspecto, genuínos cristãos?
- Jesus Cristo, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus (Fp.2:6). Embora fosse Deus, o Senhor Jesus não Se prendeu à Sua divindade, mas aceitou abrir mão da glória divina para poder vir nos salvar.
- Ainda citando Spurgeon: “…Eu e você não podemos ter ideia alguma da altura e da honra de ser igual a Deus! Como podemos, por conseguinte, medir a descida de Cristo, quando nossos pensamentos mais altos não podem sequer compreender a altura de onde Ele veio? A profundidade para onde Ele desceu é imensuravelmente mais abaixo de qualquer ponto que nós já tenhamos chegado e a altura de onde Ele veio é inconcebivelmente mais alta do que nossos maiores pensamentos. Não se esqueça, porém, da glória que Jesus deixou por um tempo. Lembre-se de que Ele é verdadeiro Deus de verdadeiro Deus e que ele habitou no altíssimo céu com Seu Pai. Mas, embora Ele fosse infinitamente rico, por nossa causa, Ele Se fez pobre para que nós, pela Sua pobreza, tornássemos ricos…” (op.cit.) (texto original em inglês) (tradução nossa).
- Este desprendimento do Deus Filho, que aceitou despir-se desta Sua glória, cantada incessantemente pelos serafins (Is.6:3), é o primeiro sentimento que deve existir entre aqueles que querem com o Filho viver eternamente na glória.
- Se queremos ser imitadores de Cristo Jesus, devemos entender que o desprendimento de si mesmo é o primeiro passo para podermos alcançar a vida eterna. O Senhor Jesus abriu mão de toda a Sua glória em prol do ser humano. Sendo em forma de Deus, abriu mão desta forma, ou seja, despiu-Se da glória para vir ao mundo como um simples mortal, a fim de alcançar a nossa salvação.
- É bom frisarmos que Jesus não deixou de ser Deus, pois é impossível que Deus deixe a Sua natureza (II Tm.2:13), mas o amor de Deus foi tanto que Ele abriu mão do máximo que poderia abrir, ou seja, da “forma de Deus”.
Russell Norman Champlin assim explica esta circunstância: “…embora Cristo, o Filho de Deus, o Verbo de Deus, possuísse eternamente a natureza e os atributos de Deus, não pensou que isso deveria ser ‘retido’, ou que essa retenção fosse questão de busca ansiosa. Pelo contrário, o grande objetivo de Cristo, que Ele buscava ansiosamente concretizar, era identificar-Se com os homens, a fim de produzir a redenção humana. Seu grande propósito não era parecer totalmente divino, mas, sim, tornar-se humano. ‘Antes de Sua encarnação, estando na forma de Deus, Cristo não reputou a Sua igualdade divina como um prêmio que devesse ser agarrado e retido a todo o transe; pelo contrário, deixou de lado a forma divina, e tomou sobre Si mesmo a natureza divina (Vincent, in loc., o qual, ao usar a ideia de ‘forma de Deus posta de lado’ como os ‘atributos da natureza divina’ e não a própria natureza divina).…” (O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, v.5, pp.28-9).
- Não foi por outro motivo que, durante Seu ministério terreno, o Senhor Jesus jamais Se utilizou de Sua divindade, embora o adversário, por vezes, O tenha tentado para que usasse de Seus atributos divinos, o que, certamente, invalidaria toda a obra da redenção, que tinha de ser feita por Cristo enquanto homem, enquanto o “último Adão” (I Co.15:45).
- Dizemos isto porque alguns, equivocada ou maliciosamente, procuram ver na expressão “não quis ser igual a Deus” alguma “prova bíblica” de que Jesus não seria Deus. Nada mais falso, porém!
- Por primeiro, porque o texto deve ser entendido no contexto e o apóstolo Paulo fez questão de afirmar que Cristo era “em forma de Deus”. Ora, como diz Champlin, “…Cristo exibe ‘forma’ de Deus, pelo que também deve possuir a substância daquela forma, mesmo que esse vocábulo vise apenas falar de como Sua essência se manifesta e se exibe (…). O fato de que este versículo fala de uma ‘igualdade’ que Jesus Cristo poderia reclamar juntamente com Deus, se assim tivesse querido fazer, mostra-nos, de modo inequívoco, a divindade de Jesus; de outra forma, esta declaração seria absurda… (op.cit., v.5, p.28).
- Por segundo, quando se afirma que Ele não quis ser igual a Deus, apenas se está a dizer que Ele aceitou assumir uma forma subordinada ao Pai com a encarnação. Como afirma, ainda Champlin, “…é óbvio que, quando de Sua encarnação, o Filho assumiu posição subordinada, mas não demonstrou um zelo equivocado, procurando ‘reter’ igualdade com o Pai, embora isso fosse inerente à Sua natureza divina, como Deus Filho. Embora fosse igual quanto à natureza, como o Filho, e até como membro da Trindade, Ele tomou uma posição de subordinação, e isso por Sua própria determinação, tendo em vista Sua realização e missão, sobretudo como quem Se identificaria com os demais filhos de Deus, dentro da mente e do plano de Deus…” (op.cit., v.5, p.28) (destaques originais).
- Como diz o poeta sacro traduzido/adaptado por Paulo Leivas Macalão, de forma magistral, na primeira estrofe do hino 481 da Harpa Cristã, com a “kenosis”, o Senhor Jesus “deixou a Sua glória, esplendor, quando ao mundo quis descer”.
OBS: Por oportuno, vemos como os hinos da Harpa Cristã, hoje, lamentavelmente, abandonados em muitas igrejas locais, são, além de belos poemas, verdadeiros tesouros doutrinários para as Assembleias de Deus no Brasil. Cantemos, pois, os hinos de nosso hinário, amados irmãos!
Nós, como imitadores de Cristo, devemos, também, abrir mão do livre-arbítrio que o Senhor nos deu, sujeitando-nos à Sua vontade, apesar de podermos escolher livremente recusá-la. Não podemos agir como os nossos primeiros pais que, tendo este poder de escolha, preferiram aceitar a sugestão satânica e quiseram ser iguais a Deus, viver independentemente d’Ele (Gn.3:5).
O primeiro passo da vida cristã é, portanto, o desprendimento da glória. Como diz o já mencionado Tomás de Kempis: “…A suprema sabedoria é esta: pelo desprezo do mundo tender ao reino dos céus.…” (op.cit., I, 1,3.).Se Cristo abriu mão da Sua glória, uma glória verdadeira e eterna, para poder nos salvar, por que não haveríamos de abrir mão da vanglória, da glória ilusória e passageira criada pelos homens e que para nada aproveita? Jamais poderemos ser iguais a Deus e o caminho do desprendimento, do despojamento em prol do Senhor Jesus é o único passo que poderá nos levar à glória verdadeira. Quem se desprende da vanglória acabará indo para a glória com o Senhor Jesus! Pense nisto!
- O Senhor Jesus deixou de ser glorificado entre os serafins, deixou o esplendor da Sua glória para assumir um corpo, corpo que Lhe havia sido preparado pelo Pai (Hb.10:5), corpo que já sabia que seria aviltado, desprezado e açoitado. No entanto, mesmo “sabendo o destino aqui”, o Senhor aceitou vir a este mundo, demonstrando, com atitudes concretas, o Seu amor para conosco.
- Este mesmo desprendimento em prol do outro, outro que não tem valor, que não tem qualquer merecimento, que devemos também ter, diz o apóstolo Paulo aos filipenses e não só aos crentes de Filipos, mas a todos quantos querem servir ao Senhor Jesus. Temos esta disposição, amados irmãos?
- Jesus não quis “ser igual a Deus”, ou seja, não quis contrariar a vontade do Pai, que quis enviá-l’O para a salvação dos homens por amor. Jesus, sendo um com o Pai, também assentiu neste amor e Se dispôs a vir a este mundo para nos salvar. Não quis assumir, “por usurpação”, o lugar do Pai, que é a Pessoa deliberadora do envio, aceitando a Sua posição de enviado, de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb.3:1).
Para termos uma real vida cristã, precisamos, também, saber exatamente qual é o nosso lugar, ou seja, assumirmos a posição que o Senhor tem nos dado, posição esta que é a de Seu servo, atendendo à vocação para a qual fomos chamados na Sua obra.
- Hoje em dia, muitos que cristãos se dizem ser perderam esta noção. Em vez de se sujeitarem ao Senhor, como servos, querem ditar-Lhe ordens, “exigindo”, “determinando”, “não aceitando” aquilo que o Senhor lhes tem reservado em suas vidas. Preferem “colocar Deus contra a parede”, “perdoar Deus” e outras tolices que andam sendo propaladas por falsos mestres em nossos dias.
- A vida cristã exige que tenhamos absoluta noção de nossa posição, que é a de sermos submissos à vontade divina, ocupando o lugar que Ele nos tem reservado em Sua Igreja, para que, então, venhamos a ocupar o lugar que Ele já nos tem preparado nas moradas celestes. Não façamos como os anjos caídos, que “…não guardaram seu principado, mas deixaram a sua própria habitação” e que, por isso, o Senhor “reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia” (Jd.6). Que Deus nos guarde!
Jesus manteve a Sua posição, não quis “ser igual a Deus” e, por isso, assumiu um corpo humano e veio ao mundo para morrer em lugar do pecador. Por isso, podia dizer que a Sua comida era fazer a vontade do Seu Pai, d’Aquele que O havia enviado para realizar a Sua obra (Jo.4:34). Era este também o sentimento de Paulo, que já dissera aos filipenses, antes nesta mesma carta, que o seu viver era Cristo (Fp.1:21), repetindo o que já afirmara aos gálatas, de que a vida que vivia, vivia na fé do Filho de Deus, pois não mais ele vivia, mas, sim, Cristo n’Ele (Gl.2:20). Tem sido este o sustento de nossa vida sobre a face da Terra?
II – JESUS CRISTO HOMEM SE FAZ OBEDIENTE ATÉ A MORTE
Jesus, diz o apóstolo, aniquilou-se a Si mesmo (Fp.2:7), expressão que é também traduzida por “despojou-se”, a já mencionada “kenosis”. Sendo o Senhor, o Rei da Glória (Sl.24:7-10), tomou a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens (Fp.2:7). Servo que seria um servo sofredor, cujo sofrimento foi profetizado por Isaías nos chamados “cânticos do Servo” (Is.42:1-4; 49:1-6; 50:4-9; 52:13-53:12).
- Como servo, Jesus seria sustentado pelo Senhor, teria o Espírito do Senhor sobre Ele, produziria juízo entre as nações. Seria um servo que não clamaria, não Se exaltaria nem faria ouvir a Sua voz na praça (Is.42:1-4), algo bem diferente do atrevido e soberbo Herodes Agripa, que, por sua soberba, acabou comido de bichos (At.12:21-23).
- Jesus não só Se humilhou, deixando a forma de Deus e assumindo a forma de homem (observemos que Jesus não deixou de ser Deus, mas tão somente deixou a Sua glória divina), como também, enquanto homem, foi sempre um servo de Deus, alguém que Se fez dependente de Deus em todos os sentidos, sendo por Ele sustentado e que teria de ser ungido pelo Espírito Santo.
- Já o próprio ato da encarnação mostra a dependência de Jesus em relação ao Espírito Santo, que O gerou no ventre de Maria (Lc.1:35), como também O ungiu para o ministério terreno, o que se deu no ato de Seu batismo por João (Mt.3:16; At.10:38). Não só o Espírito Santo, mas o próprio Pai, também, sempre esteve com Ele em toda a Sua trajetória terrena (Jo.16:32), pois Ele era o Eleito em quem o Pai Se comprazia (Is.42:1; Mt.3:17; 17:5). Por isso, quando os pecados da humanidade recaíram sobre Ele, ter Ele sentido fortemente a ausência do Pai naquele instante e clamado: “Eli, Eli, lama sabactâni” (Mt.27:46).
- Ser servo é ter a noção de que dependemos do Senhor em todos os momentos, em todos os sentidos. É assumir a nossa condição de dependência do Espírito Santo, para que bem possamos nos conduzir neste mundo, pois os filhos de Deus são aqueles que são guiados pelo Espírito (Rm.8:16).
- O apóstolo queria que os crentes de Filipos fossem como o Senhor Jesus, absolutamente dependentes do Espírito Santo, absolutamente dependentes do Pai, que vivessem em função de fazer a vontade do Senhor. Isto é ser servo, isto é assumir a forma de servo.
- Quando temos consciência desta dependência de Deus, nós não nos exaltamos, não queremos que nossa voz se faça ouvir na praça, não queremos tomar para nós o clamor, mas, simplesmente, vivendo conforme a vontade do Senhor, produzimos justiça entre as nações. É precisamente por isso que o Senhor Jesus disse que nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus se quisermos entrar no reino dos céus (Mt.5:20).
O verdadeiro e autêntico servo do Senhor não se chama justo, mas entende que é justificado pela fé em Cristo Jesus e, por isso, ao renunciar à sua autojustificação, à justiça provinda de seus atos, dá um passo decisivo para produzir verdadeira justiça entre as nações. Por isso, os crentes de Antioquia foram chamados de “cristãos”, ou seja, “pequenos Cristos”, precisamente porque passaram a produzir, entre aqueles gentios, a justiça que fora vivida pelo Senhor.
- Mas ser servo, também, importava em ser o “profeta do Senhor”, aquele que, chamado desde o ventre, desde as entranhas de sua mãe, teria uma boca como “espada aguda”, instrumento de glorificação de Deus no meio do Seu povo, ainda que o povo não lhe fosse dar ouvidos (Is.49:1-6).
- O Senhor Jesus disse tudo quanto o Pai Lhe havia mandado dizer (Jo.15:15), consumando a obra que Lhe fora ordenado realizar, servindo, assim, de instrumento de glorificação do Pai (Jo.17:4), ainda que Israel, mesmo, O tenha rejeitado (Jo.1:11).
- Assim, também, os salvos em Cristo Jesus devem ser “profetas”, ou seja, anunciadores do Evangelho, sabendo que têm a obrigação de anunciar a salvação em Cristo Jesus, ainda que os homens rejeitem este anúncio. Paulo tinha esta consciência bem presente em sua mente (I Co.9:16). Esta mesma responsabilidade deveria estar entre os crentes de Filipos, que, como já temos visto em lições anteriores, tinham esta consciência a ponto de ser o suporte do ministério apostólico de Paulo.
- Temos, também, esta consciência. Será que temos sido servos no sentido de anunciadores do Evangelho, de incansáveis divulgadores das boas novas da salvação na pessoa de Jesus Cristo? Será que temos percebido que os discípulos de Jesus são, ao mesmo tempo, missionários? Pensemos nisto!
- Mas, ao anunciar a mensagem da salvação, o servo não só diria a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado, mas deveria estar pronto para sofrer a perseguição, a aflição e o suplício (Is.50:4-9). O servo deve confiar em Deus e se submeter a todo o sofrimento decorrente da rejeição da mensagem salvadora por parte daqueles que se recusam a se converter.
- Tem-se aqui, aliás, o prosseguimento da humilhação do Senhor Jesus. Achado na forma de servo e semelhante aos homens, Cristo desce ainda mais, visto que Se humilha a Si mesmo e é obediente até a morte, e morte de cruz (Fp.2:8).
Jesus não só tomou a forma de homem, mas, por obediência, assumiu, entre os homens, a posição mais humilhante, que foi a de um condenado, a de um maldito, que se submeteria à morte de cruz, a mais cruel forma de morte, a mais aviltante forma de morte, fazendo-se maldito por nós (Dt.21:23; Gl.3:13).
- Como afirma Spurgeon: “…O meio de humilhação de Nosso Senhor foi a obediência. Ele não inventou método algum para fazê-l’O ridículo! Ele não pôs sobre Si nenhum traje singular que pudesse atrair atenção para Sua pobreza. Ele simplesmente obedeceu Seu Pai e, observem, não há humilhação como a obediência.: ‘obedecer é melhor do que sacrificar e atender melhor é do que a gordura de carneiros’. Obedecer é melhor do que usar uma veste especial ou reduzir suas palavras em alguma forma peculiar de suposta humildade! Obediência é a melhor humildade — pôr-se aos pés de Jesus e realizar a sua vontade somente quando você souber que é a vontade de Deus para você. Isto é ser verdadeiramente humilde! …” (op.cit.) (texto original em inglês) (tradução nossa).
O verdadeiro servo deve “levar a sua cruz”, se realmente quiser ser discípulo de Cristo Jesus (Mt.10:38; 16:24; Mc.8:34; Lc.9:23; 14:27). Não há vida cristã sem cruz, de forma que são verdadeiros impostores aqueles que andam pregando um Evangelho sem sofrimento e sem dificuldades.
OBS: Destes já falava Tomás de Kempis: “…Muitos encontram Jesus agora apreciadores de seu reino celestial; mas poucos que queiram levar a sua cruz. Tem muitos sequiosos de consolação, mas poucos da tribulação; muitos companheiros à sua mesa, mas poucos de sua abstinência. Todos querem gozar com ele, poucos sofrer por ele alguma coisa. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão. Muitos veneram seus milagres, mas poucos abraçam a ignomínia da cruz.…” (op.cit., I, 11.1).
- A cruz é sinal de vergonha, de ignomínia, de vitupério. A cruz é a maior demonstração de desapego ao ego, de submissão à vontade divina. A cruz é o mais eloquente sinal da obediência que temos em relação a Deus, obediência absolutamente imprescindível para quem deseja entrar no céu. A entrada no céu exige, antes, que suportemos a cruz (Hb.12:2).
OBS: Como diz, ainda, mais uma vez, Tomás de Kempis: “…A muitos parece dura esta palavra: Renuncia a ti mesmo, toma a tua cruz e segue a Jesus Cristo (Mt 16,24). Muito mais duro, porém, será de ouvir aquela sentença final: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno (Mt 25,41). Pois os que agora ouvem e seguem, docilmente, a palavra da cruz não recearão então a sentença da eterna condenação. Este sinal da cruz estará no céu, quando o Senhor vier para julgar. Então todos os servos da cruz, que em vida se conformam com Cristo crucificado, com grande confiança chegar-se-ão a Cristo juiz. Por que temes, pois, tomar a cruz, pela qual se caminha ao reino do céu? Na cruz está a salvação, na cruz a vida, na cruz o amparo contra os inimigos, na cruz a abundância da suavidade divina, na cruz a fortaleza do coração, na cruz o compêndio das virtudes, na cruz a perfeição da santidade. Não há salvação da alma nem esperança da vida, senão na cruz. Toma, pois, a tua cruz, segue a Jesus e entrarás na vida eterna …(op.cit., I.12,1 e 2).
- Como afirma o poeta sacro Antônio Almeida, o verdadeiro cristão deve sempre ter como lema da vida os seguintes versos: “Eu aqui com Jesus, a vergonha da cruz quero sempre levar e sofrer, Cristo vem me buscar e com Ele, no lar, uma parte da glória hei de ter” (quarta estrofe do hino 291 da Harpa Cristã).
- Num mundo em que todos querem sofrer o menos possível, onde a busca do prazer é obrigatória e não se permite qualquer privação ou necessidade, falar em “tomar a cruz”, “suportar a cruz” parece ser completamente inviável e antipático. Todavia, se não seguirmos a orientação do Senhor no sentido de sermos servos dispostos a tudo sofrer por amor ao Senhor, de tudo padecer por causa do gozo que nos está proposto no além, jamais poderemos alcançar a salvação, jamais poderemos ser verdadeiros imitadores de Cristo. Como afirma Tomás de Kempis, “…Portanto, procura desapegar teu coração do amor às coisas visíveis e afeiçoá-lo às invisíveis: pois aqueles que satisfazem seus apetites sensuais mancham a consciência e perdem a graça de Deus.” (op.cit., I.1,5).
A cruz é o caminho que nos conduz à glória. Não há outro meio pelo qual alcançaremos a vida eterna, a glorificação. Jesus disse que Ele é o caminho (Jo.14:6) e não há pelo qual devamos ser salvos (Mt.7:14; At.4:12).Desta maneira, não se pode seguir a Cristo sem, antes, tomar a sua cruz e sofrer todo o vitupério de Cristo, pois só assim, alcançaremos as riquezas eternas (Hb.11:24-26).
- No entanto, no quarto e último cântico do servo de Isaías (Is.52:13-53:12), temos um aspecto que somente se aplica ao Senhor Jesus, porquanto ali se toma a cruz mais pesada de todas, aquela em que estavam os pecados e enfermidades de todos os homens, aquele que somente foi suportada por Cristo no Calvário. Aquela cruz em que se levou o castigo que traz a paz a todos os homens, aquela cruz onde foram elvadas todas as nossas enfermidades.
Jesus humilhou-Se mais do que todo e qualquer outro homem, pois, nunca tendo pecado, levou o pecado de todos na cruz. Por isso, é dito que Ele Se fez semelhante aos homens (Fp.2:7), porque a eles não Se igualou, visto que jamais pecou (Hb.4:15). Mas, precisamente por não ter pecado, Ele Se fez pecado por nós para que, n’Ele, fôssemos feitos justiça de Deus (II Co.5:21).
- Neste ponto, não temos como imitar o Senhor Jesus, pois Ele agiu solitariamente, pois ninguém poderia fazê-lo a não ser o próprio Deus feito homem. Por isso, Ele é o único mediador entre Deus e os homens (I Tm.2:5), por isso Ele é o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai a não ser por Ele (Jo.14:6).
-Em seu já tantas vezes mencionado sermão, Charles Spurgeon mostra que, na humilhação de Cristo, temos grandes lições a aprenderA primeira delas é a firmeza de fé no sacrifício expiatório de Jesus, pois, diz o príncipe dos pregadores britânicos, ao percebermos quanto Jesus nos amou e até onde foi para nos salvar, não podemos deixar de reconhecer que este sacrifício é suficiente para nos redimir e, por isso, não tememos a morte. Como dizia Lactâncio (240-320), um dos pais da Igreja: “…o Senhor quis recobrir com a Sua morte extremamente dolorosa e ignominiosa, toda modalidade de morte que os homens possam experimentar; saibam todos que Deus feito homem já atravessou e santificou todas as angústias que afetam os homens (Instituições IV, 26), e abracem a Sua cruz com ânimo confiante e esperançoso; quem padece com Cristo, ressuscitará com Cristo.…” (apud AQUINO, Felipe. Reflexões sobre a cruz. Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/03/04/reflexoes-sobre-a-cruz/ Acesso em 04 jun. 2013).
- A segunda lição que Spurgeon diz que temos com a humilhação de Cristo é o ódio ao pecado. Pois, quando vemos a que ponto Nosso Senhor desceu, temos a compreensão exata do horror que é o pecado, pois, em virtude dele é que Nosso Salvador morreu. Teve de ser obediente até a morte por causa do pecado. Foi o pecado que matou Jesus e, por isso, devemos aborrecer o pecado.
- A terceira lição que o grande pregador britânico retira da humilhação de Cristo é a obediência. O exemplo de Cristo leva-nos à obediência. Assim como o Senhor foi obediente até a morte e morte de cruz, também devemos ser obedientes a Deus. “…Se é a vontade de Deus, tem de ser feito e feito imediatamente. Isto renderá algo que me seja agradável, isto causará um mar de lágrimas, deve ser feito. Ele Se humilhou e Se tornou obediente. A obediência me humilhará? Isto diminuirá minha estima diante dos homens? Isto me ridicularizará? Isto prejudicará a honorabilidade do meu nome? Serei empurrado para fora da sociedade na qual era admirado se eu for obediente a Cristo? Senhor, esta é uma questão que não vale a pena perguntar! Eu tomo a Sua cruz alegremente, pedindo graça para ser perfeitamente obediente no poder do Espírito Santo!…” (SPURGEON, Charles H. Nosso Senhor no vale da humilhação. end.cit.) (texto original em inglês) (tradução nossa).
- A quarta lição que se retira da humilhação de Jesus Cristo descrita por Paulo aos filipenses é a negação de si mesmo, de que já tratamos supra, o “tomar a sua cruz”.
OBS: “…Àqueles que pertencem a Cristo ‘crucificaram a carne’, ou seja, dominaram eficazmente as paixões sensuais da natureza e aceitaram a renúncia cristã. Por meio da cruz de Jesus Cristo, Paulo é crucificado para o mundo e o mundo é crucificado para Paulo. (Gl. 6,14). Essa metáfora indica uma renúncia completa: o mundo é a cruz sobre a qual a vida de Paulo é sacrificada.…” (AQUINO, Felipe. Exaltação da Santa Cruz. Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/05/23/exaltacao-da-santa-cruz/#more-8831 Acesso em 04 jun. 2013).
- A quinta lição que se retira da humilhação de Jesus é o desprezo pela glória humana. O exemplo de Cristo revela-nos, com absoluta clareza, que a glória humana não tem valor algum, é algo ilusório e passageiro. Jesus, tendo deixado a verdadeira glória, não quis, em momento algum, assumir a glória humana e isto não O impediu, pelo contrário, habilitou-O à exaltação, como veremos infra. Por que, então, lutar pelas vaidades humanas?
- A sexta lição que se retira da humilhação de Cristo é a de que devemos amar cada vez mais o nosso Senhor e Salvador. Quando verificamos o quanto Ele nos amou, e vemos a profundidade deste amor na absoluta grandeza de Sua humilhação por nós, temos de amá-l’O mais e mais, pois nós O amamos porque Ele nos amou primeiro e provou o Seu amor morrendo por nós no Calvário (I Jo.4:19; Rm.5:8).
- Quando contemplamos a cruz e vemos o sublime amor de Cristo por nós, não temos como reconhecer que ainda nem começamos a amá-l’O como Ele deve ser amado e, assim, temos um revigoramento em nossa vida espiritual. Não é por outro motivo que o Senhor nos manda comemorar periodicamente a Sua morte e ressurreição, pois a “visão do Calvário” faz com que nutramos o nosso amor por Cristo e nos esforcemos para amá-l’O mais e mais.
- A sétima e última lição que retiramos da humilhação de Cristo é o desejo de honrar a Cristo. “…Se Ele Se humilhou, honremo-l’O. Toda vez que Ele pareça tirar a Sua coroa, ponhamo-la em Sua cabeça. Toda vez que nós O ouvirmos ser difamado — e os homens continuam a difamá-l’O — falemos alto a favor d’Ele muito corajosamente: ‘Vocês, que são homens, agora O sirvam, contra inimigos inumeráveis,. Sua coragem cresce com o perigo, e a força com a força da oposição’.…” (SPURGEON, Charles. Op.cit.,) (texto original em inglês) (tradução nossa).
 
 
3. Necessidade da encarnação do Verbo.
- Para nos salvar era preciso um homem na terra que nunca cometeu nenhum pecado. Isso era para satisfazer a paz do homem com DEUS condenando o pecado.
- Depois era necessário que este homem aceitasse levar sobre ele os nossos pecados e doenças e enfermidades e maldições, enfim, tudo de mal que o pecado trouxe à raça humana. Isso era para satisfazer a justiça de DEUS.
- Depois era necessário que aceitasse morrer nossa merecida morte na cruz, satisfazendo o juízo de DEUS sobre o pecado.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. João 16:8
E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. Ezequiel 22:30
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS; Romanos 3:23
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas 22:42
 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. Isaías 53:1-12
 Encarnação - assumiu a natureza humana em sua integridade primitiva, com todas as suas propriedades essenciais e limitações sem pecado, em união com sua pessoa Divina. O resultado é que a natureza humana agora pertence à sua pessoa, vida, e experiência pessoal. Ele pensa, deseja e age como DEUS; e Ele pensa,
 
CONCLUSÃO
JESUS é o Filho Unigênito De Deus. Filho De Deus Significa único em ser DEUS. O Significado De "Unigênito" (V.14b) é ser o mesmo DEUS, de mesma essência e substância. A Deidade Do Filho De Deus está registrada nos evangelhos em várias declarações de JESUS. JESUS é o Verbo De Deus (Jo 1.1), tudo passou a existir a partir DELE e subsiste por ELE. Muitas foram as reações contrárias dos judeus à  Divindade De Jesus. O Relacionamento Entre O Pai E O Filho sempre foi de harmoniosa relação entre um pai e um filho amado. A Humanidade Do Filho De Deus foi provada e atestada, jamais usou de suas prerrogativas divinas para se manter na Terra. Era 100% DEUS e 100% Homem. "E O Verbo Se Fez Carne" (Jo 1.14a).  – isso implica em que foi concebido no útero virgem de Maria por uma ação do ESPÍRITO SANTO que tornou JESUS um homem, na Terra. JESUS possuía todas as Características Humanas, se cansou, teve sede, comeu, bebeu, dormiu, chorou, se alegrou, mas nunca pecou. Havia s Necessidade Da Encarnação Do Verbo para que fossemos salvos. JESUS como homem levou sobre ele ossos pecados, doenças, enfermidades e maldições. Ele nos salvou de todos os nossos pecados e nos reconciliou com DEUS. Glória a DEUS.
 
 
COMENTÁRIOS DE ALGUNS LIVROS E DICIONÁRIOS
 
CRISTOLOGIA - As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo F. de Oliveira - CPAD
ÍNDICE
I.A PESSOA DE JESUS CRISTO
1. JESUS - 2. CRISTO - 3. Filho do Homem - 4. Filho de DEUS - 5. Senhor
II.HERESIAS SOBRE A PESSOA DE JESUS CRISTO
1. O Gnosticismo - 2. O Docetismo - 3. O Monarquianismo - 4. O Sabelianismo - 5. O Arianismo - 6. O Apolinarianismo - 7. O Nestorianismo - 8. O Eutiquianismo - 9. A Definição Cristológica de Calcedônia
III. AS NATUREZAS DE JESUS CRISTO
1.A Natureza Humana de JESUS CRISTO - 2. A Natureza Divina de JESUS CRISTO - 3.Atributos da Divindade de JESUS CRISTO 
IV. O CARÁTER DE JESUS CRISTO
1. A Santidade de JESUS CRISTO - 2. O Amor de JESUS CRISTO - 3. A Mansidão de JESUS CRISTO - 4. A Humildade de JESUS CRISTO 
V. A OBRA DE JESUS CRISTO
1. A Morte de JESUS CRISTO - 2. A Necessidade da Morte de JESUS CRISTO - 3. Resultados da Morte de JESUS CRISTO
VI. A RESSURREIÇÃO E GLORIFICAÇAO DE CRISTO
1. A Realidade da Ressurreição de CRISTO - 2. Resultados da Ressurreição de CRISTO - 3. A Glorificação de CRISTO
 
INTRODUÇÃO
Toda a discussão Cristológica passa, inevitavelmente, pela resposta que se dá à pergunta do próprio CRISTO: "Quem diz o povo ser o Filho do homem?" (Mt 16.13) e da crença na declaração bíblica "...e o Verbo era DEUS" (Jo 1.1). CRISTO foi para os seus contemporâneos o que poderíamos chamar de um personagem controverso. Dificilmente duas pessoas pensavam e diziam a mesma coisa acerca dele. Muitos daqueles que o viam comendo, diziam: "Ele é um glutão" (Mt 11.19). E eram esses mesmos que, ao saberem que Ele se abstivera de comer, diziam: "Este tem demônios". Muitos daqueles que testemunhavam a operação de seus milagres, diziam: "Ele engana o povo", ou "Ele opera sinais pelo poder dos demônios".Quanto ao seu ministério, aqueles que o viam citando a Lei, diziam: "Este é Moisés". Aqueles que viam o seu zelo em despertar nos homens fé no verdadeiro DEUS, diziam: "Este é Elias". Aqueles que o viam chorando enquanto consolava os infelizes abandonados, diziam: "Este é Jeremias". Aqueles que o viam pregar o arrependimento como condição única para o homem alcançar o perdão divino, diziam: "Este é João Batista". Ninguém, contudo, exceto os seus discípulos, conhecia a verdadeira identidade do Messias.À pergunta: "Mas vós... quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15)respondeu o apóstolo Pedro: "Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (Mt 16.16). Face a esta inspirada e eloqüente resposta de Pedro, disse o Senhor JESUS CRISTO: "Não foi carne e sangue quem te revelou, mas meu Pai que está nos céus" (Mt 16.17).
 
I. A PESSOA DE JESUS CRISTO
O estudo da pessoa de JESUS CRISTO se reveste de grande importância, decorrente da sua ligação com o cristianismo, e com a vida de todos quantos nele crêem e esperam. Neste ponto CRISTO se distingue dos fundadores das grandes religiões conhecidas no mundo de hoje. Não há nenhum grau de comparação entre CRISTO e Confúcio, Maomé, e Buda. O confucionismo poderá existir sem Confúcio, o maometismo sem Maomé, e o budismo sem Buda. Porém, cristianismo sem CRISTO é inconcebível. O cristianismo é CRISTO e CRISTO é o cristianismo. O cristianismo não é, primeiramente, uma religião. Antes de qualquer outra coisa, cristianismo é um modo de vida, a vida de JESUS posta em ação através da vida dos santos. Cristianismo é "CRISTO em vós, a esperança da glória" (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág. 87).
Aqueles que o amam e o servem, conhecem-no pelo nome, como é mostrado a seguir.
1. JESUS
O nome JESUS é a forma grega do nome hebraico "Jehoshua" (Josué), (Js 1.1; Zc 3.1) do qual a forma regular nos livros históricos pós-exílicos é "Jeshua" (JESUS) (Ed 2.2). O nome parece derivar do termo hebraico "salvar", o que está inteiramente de acordo com a interpretação dada pelo anjo em Mateus 1.21: "E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados".Este nome foi usado por dois conhecidos personagens, tipos de JESUS no Antigo Testamento. Um deles foi Josué, filho de Num e servidor de Moisés, prefigurando CRISTO como o grande General e Líder real, dando a seu povo a vitória sobre os seus inimigos, conduzindo-os à Terra Prometida. O outro é Josué, o filho de Jeozedaque, que tipifica o CRISTO como sendo o grande sumo sacerdote levando os pecados do seu povo (Zc 3.1).
2.CRISTO
O nome "CRISTO" ê o equivalente neotestamentário de "Messias", do Antigo Testamento, e significa "ungido". Reis e sacerdotes foram regularmente ungidos durante a velha dispensação (Ex 29.7; Lv 4.3; Jz 9.8; 1 Sm 9.16; 10.1; 2 Sm 19.10). O Rei em Israel é chamado o "ungido de Jeová" (1 Sm 24.6). O conceito de "Messias" ou "ungido", inclui três importantes elementos: a) a designação para um ofício específico; b) o estabelecimento de uma relação sagrada entre o ungido e DEUS; e c) a comunicação do ESPÍRITO de DEUS ao que tomou posse do ofício (1 Sm 16.13). CRISTO foi indicado ou designado para o seu ofício desde a eternidade, mas, historicamente, sua unção se consumou quando foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 1.35), e quando recebeu o ESPÍRITO, principalmente por ocasião de seu batismo (Mt 3.16; Marc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32; 3.34).Isto serviu para qualificá-lo para a sua grande comissão.
3.Filho do Homem
É geralmente admitido que o nome Filho do homem quando aplicado a CRISTO, se deriva de Daniel 7.13. O nome "Filho do homem" era uma auto-designação mais comumente usada por JESUS. Ele o usou em mais de quarenta ocasiões, enquanto que outras pessoas quase nunca o empregavam em relação a CRISTO, sendo as únicas excessões as indicadas em João 12.34; Atos 7.56 e Apocalipse 1.13; 14.14. O nome é, por certo, expressivo à humanidade de CRISTO, e é usado, às vezes, em passagens em que JESUS fala de seus sofrimentos e da sua morte; mas é também claramente sugestivo da singularidade de JESUS, de seu caráter sobre-humano e de sua vinda futura com as nuvens do céu em glória celeste (Mt 16.27,28; Marc 8.38; Jo 3.13,14; 6.27; 8.28). Alguns estudiosos da Bíblia são da opinião de que JESUS dava especial preferência a este nome porque era pouco assimilável pelos judeus, e serviria muito bem para ocultar a sua missão messiânica. É mais provável, porém, que Ele o preferiu porque não continha nenhuma sugestão das interpretações errôneas do Messias, interpretações correntes entre os judeus.
4.Filho de DEUS
O nome "Filho de DEUS" é usado variadamente no Antigo Testamento. Aplica-se a Israel como nação (Ex 4.22; Os 11.1); ao rei prometido da casa de Davi (2 Sm 7.14; Sl 89.27); aos anjos (Jó 1.6; 38.7; Sl 29.1);e às pessoas piedosas em geral (Gn 6.2; Sl 73.15; Pv 14.26). No Novo Testamento JESUS apropria-se do nome, e os seus discípulos e até os demônios ocasionalmente lhe atribuíram esse nome ou o trataram por ele. O nome, quando aplicado a CRISTO, tem sentido diversificado. Por exemplo:
a) No Sentido Natalício
Serve para designar que a natureza humana de CRISTO teve sua origem na direta atividade sobrenatural de DEUS, e, mais particularmente, do ESPÍRITO SANTO. Em Lucas 1.35, o nome "Filho de DEUS" claramente indica este fato.
b) No Sentido Oficial ou Messiânico
Neste caso, o tratamento "Filho de DEUS" descreve mais o ofício do que a natureza de CRISTO. O Messias é freqüentemente chamado o Filho de DEUS, como seu herdeiro e representante. Os demônios evidentemente assim usaram esse nome (Mt 8.29; 24.36; Marc 13.32).
c) No Sentido Trinitário
Aqui o nome "Filho de DEUS", serve para designar o CRISTO como a segunda pessoa da Trindade augusta. É o sentido mais profundo em que se usa o nome. JESUS mesmo, invariavelmente, emprega o nome nesse sentido específico (Mt 11.27; 14.28-33; 16.16; 21.33-46; 22.41-46; 26.63).
5.Senhor
O nome "Senhor", quando aplicado a CRISTO no Novo Testamento, tem diversos sentidos. Em certos casos é usado simplesmente como forma de tratamento cortês e de respeito (Mt 8.2; 20.33). Em tais casos significa pouco mais do que a palavra "Senhor" que se usa com freqüência no tratamento entre os homens. Noutros casos é expressivo de domínio e autoridade, sem indicar algo quanto ao caráter divino de CRISTO e sua autoridade em assuntos espirituais e eternos (Mt 21.3; 24.42). Finalmente, o nome "Senhor" é expressivo do caráter de CRISTO e sua suprema autoridade espiritual, e é quase equivalente ao nome de DEUS (Marc 12.36,37; Lc 2.11; 3.4; Act 2.36; 1 Co 12.3; Fp 2.11). É especialmente depois da ressurreição que se aplica de forma plena e apropriada este nome a CRISTO, indicando que Ele é o dono e governante da Igreja (Manoel de Doutrina Cristã – Co-edição Luz para o Caminho e Ceibel – Págs. 159-162).
 
II. HERESIAS SOBRE A PESSOA DE JESUS CRISTO
Um dos pontos relevantes da doutrina Cristológica, consiste da afirmação, segundo a qual JESUS CRISTO possui dupla natureza, o que o faz cem por cento DEUS e cem por cento homem. Apesar disto, não poucas vozes, ao longo dos séculos, se têm levantado contra esta verdade. Dentre os movimentos que no decorrer da história da Igreja se insurgiram contra a doutrina das duas naturezas de CRISTO, se destacam os seguintes:
1.O Gnosticismo
O gnosticismo compreende a fusão de elementos culturais colhidos de diversos gêneros ou opiniões, até mesmo antagônicas, filosófico-religiosas. Surgiu no I Século da nossa Era. Visa conciliar todas as religiões e explicar o sentido mais profundo da "gnose". Sendo notadamente sincretista, o gnosticismo viu no cristianismo muitos elementos de que podia lançar mão e usar da maneira como bem lhe parecesse.O gnosticismo se dividia em quatro classes distintas: sírio, egípcio, judaizante, e pôntico. Independentemente de classe, quanto à pessoa de CRISTO, o gnosticismo procurava explicá-lo em termos filosófico-pagãos, ou da "teosofia".O gnosticismo de tipo sírio encontrou em Saturnino o seu principal arauto. Ele ensinava que há um Pai absolutamente desconhecido que fez anjos, arcanjos, virtudes e potestades; o mundo, porém, e tudo quanto nele existe, foi feito por anjos em número de sete...O Salvador, conforme Saturnino, não nasceu, não teve corpo nem forma, mas foi visto em forma humana apenas em aparência. O DEUS dos judeus, segundo ele, era um dos sete anjos; visto que todos os principados quiseram destruir seu Pai, CRISTO veio para aniquilar o DEUS dos judeus e para salvar os que nele acreditassem. Esses são os que possuem uma fagulha da vida de CRISTO. Saturnino foi o primeiro a afirmar a existência de duas estirpes de homens formados pelos anjos: uma de bons e outra de maus. Sendo que os demônios davam seu apoio aos maus, o Salvador veio para destruir os demônios e os perversos, salvando os bons. Mais ainda, segundo Saturnino, casar-se e procriar filhos é obra de Satanás (Documentos da Igreja Cristã -Juerp – Pág. 68).
Observação do Pastor Henrique quanto à aparência de JESUS - Precisamos nos lembrar de que JESUS era um forte carpinteiro. Com certeza um homem de feições fortes e musculoso, pois carregava e limpava árvores para fabricar móveis e partes de uma casa, de barcos, etc... Sua aparência mesmo foi escondida dos homens, por DEUS, para não haver idolatria a uma imagem ou escultura. Nos evangelhos, nenhum evangelista o descreveu em sua aparência humana, pois o que importava não era seu porte físico, mas seu porte espiritual.
 
O gnosticismo tomou de empréstimo certos elementos do cristianismo e os introduziu em seu conceito geral de salvação. CRISTO, por exemplo, era considerado pelos gnósticos como salvador, visto que dizem ter sido ele quem trouxe o conhecimento salvífico ao mundo. Mas este não é o CRISTO da Bíblia; o CRISTO do gnosticismo era uma essência espiritual que emanara dos eons. Este CRISTO não podia ter assumido a forma de homem. Quando apareceu sobre a terra, diziam os gnósticos, só parecia ter corpo físico. Ao mesmo tempo, os gnósticos também ensinavam que este CRISTO não sofreu e morreu. O gnosticismo, em outras palavras, proclamava uma Cristologia docética.Face o perigo do ensino gnóstico para a integridade da doutrina Cristológica, Irineu afirmou que os gnósticos nunca receberam os dos do ESPÍRITO SANTO e que desprezavam os profetas.
2. O Docetismo
O docetismo afirmava que o corpo de CRISTO não passava de um fantasma; que seus sofrimentos e morte eram meras aparências. Deste modo pontificavam os apóstolos do docetismo: "Ou [CRISTO] sofria e então não podia ser DEUS; ou era verdadeiramente DEUS e então não podia sofrer."O docetismo assumiu várias formas: ou negava a verdadeira humanidade de CRISTO empregando teorias sobre corpo fantasmagórico, ou então escolhia certos aspectos da vida terrena de CRISTO, como sendo potencialmente verídicos, enquanto negava o restante dos relatos bíblicos através de suas explicações. Estava em frontal oposição à declaração joanina: "Nisto conhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo o espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO não veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do anticristo..."(1 Jo 4.2,3). Cerinto, habitante da Ásia Menor, defendia a opinião de que JESUS fora unido a CRISTO, o Filho de DEUS, por ocasião do seu batismo, e que CRISTO abandonou o JESUS terreno antes da crucificação. Acreditava que o sofrimento e a morte de JESUS eram incompatíveis com a divindade de CRISTO. Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu um engano, que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de CRISTO, escapando JESUS, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág18).
Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. Quanto ao docetismo, aos crentes seus contemporâneos, escreveu ele:"Torna-te surdo quando te falam de um JESUS CRISTO fora daquele que foi da família de Davi, filho de Maria, nasceu autenticamente, comeu e bebeu, padeceu verdadeiramente sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado e morreu verdadeiramente... De que me valeria estar em cadeias, se CRISTO sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não passam de meras aparências" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág.68).
3. O Monarquianismo
O Monarquianismo negava basicamente o conceito trinitário da divindade. Sustentava que a doutrina da Trindade se opunha à fé no DEUS único. Seus adeptos repudiavam a idéia da "economia", segundo a qual DEUS, que certamente é um, rebelou-se de tal maneira que apareceu como Filho e como ESPÍRITO SANTO. O monarquianismo se manifestou de duas formas: Dinamista e Modalismo.
a) O Monarquianismo Dinamista
O primeiro defensor desta forma de monarquianismo foi o curtidor Teodoto, que chegou a Roma vindo de Bizâncio no ano 190, como resultado de uma perseguição. Era hostil à cristologia do Logos e, em geral, negava a divindade de CRISTO. Em vez disso, acreditava ser CRISTO mero homem. Nasceu duma virgem, mas apesar disso não passava dum mero homem. Era superior aos demais homens apenas com respeito à sua justiça. Mais especificamente, Teodoto concebeu a relação entre CRISTO e o homem JESUS do seguinte modo. JESUS vivera como os demais homens; por ocasião de seu batismo, contudo, CRISTO veio sobre ele como um poder que estava ativo dentro dele a partir de então... Considerava-se JESUS um profeta que não se tornou DEUS, embora estivesse equipado com poderes divinos por algum tempo. Só se uniu a DEUS depois de sua ressurreição (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág. 58).
b) O Monarquianismo Modalista
A história responsabiliza Noeto e seus discípulos como divulgadores dessa forma de monarquinismo. Noeto rejeitava a doutrina da Trindade divina, inclusive a cristologia do Logos e as tendências subordinacionistas implícitas nela. Para Noeto, apenas o Pai é DEUS, e embora esteja oculto à vista dos homens, manifestou-se e se fez conhecer segundo o seu beneplácito. DEUS não está sujeito a sofrimento e morte, mas pode sofrer e morrer se ele assim o quiser. Ao dizer isto, Noeto procurou ressaltar a unidade de DEUS. O Pai e o Filho não são apenas da mesma essência; são também o mesmo DEUS sob nome e forma diferentes. Noeto negou-se a diferenciar entre as três pessoas da Divindade. Como ele entendia o problema, podia-se dizer tão bem que o Pai sofreu como dizer que CRISTO sofreu.
4. O Sabelianismo
O sabelianismo, um movimento religioso organizado por Sabélio, cerca do ano 375, confundia a pessoa de CRISTO apenas com uma faceta ou manifestação de DEUS. Ensinava que o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são uma só e a mesma essência, três nomes apenas dados a uma só e mesma substância. Propõe uma analogia perfeita tomada do corpo, da alma e do espírito do homem. O corpo seria o Pai, a alma seria o Filho, enquanto o ESPÍRITO SANTO seria para com a divindade o que o espírito é para com o homem. Ou tome-se o Sol: o Sol é uma só substância, mas com Tríplice manifestação: luz, calor e globo solar. O calor... é (análogo a) o ESPÍRITO; a luz, ao Filho; enquanto o Pai é representado pela verdadeira substância. Em certo momento, o Filho foi emitido como um raio de luz; cumpriu no mundo tudo o que cabia à dispensação do Evangelho e à salvação dos homens, e retirou-se para os céus, semelhantemente ao raio enviado pelo sol que é novamente incorporado a ele. O ESPÍRITO SANTO é enviado mais sigilosamente ao mundo e, sucessivamente, aos indivíduos dignos de o receberem (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág. 71).Atribui-se a Sabélio a frase: "DEUS, com respeito à hipóstase é um, mas foi personificado na Escritura de várias maneiras segundo a necessidade do momento" (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág. 59).
5. O Arianismo
Ário, presbítero em Alexandria por volta do ano 310, estabeleceu a sua doutrina cristológica partindo de um conceito filosófico de DEUS. Segundo ensinava, não era possível a DEUS conferir sua essência a qualquer outro, em virtude do fato de ser uno e indivisível. Não se podia conceber que o Logos ou o Filho pudesse ter chegado a existir a não ser por um ato de criação. Desse modo, na opinião de Ário, CRISTO não podia ser DEUS no sentido pleno do termo; devia, em vez disso, fazer parte da criação. Como resultado, Ário considerava CRISTO como "ser intermediário", menos do que DEUS e mais do que o homem. Também dizia ser CRISTO criatura, tendo sido criado ou no tempo ou antes do tempo. Ário, portanto, negava a preexistência do Filho em toda a eternidade, e lhe conferia atributos divinos apenas em sentido honorífico, baseado na graça especial que CRISTO recebera e na justiça que manifestou.
Em suma, o arianismo ensina que "o Filho não existiu sempre, pois quando todas as coisas emergiram do nada e todas as essências criadas chegaram a existir, foi então que também o Logos de DEUS procedeu do nada. Houve um tempo em que ele não era, e não existiu até ser produzido, pois mesmo ele teve um princípio, quando foi criado. Pois DEUS estava só, e naquele tempo não havia nem Logos nem Sabedoria. Quando DEUS decidiu-se criar-nos, produziu, em primeiro lugar, alguém que denominou Logos e Sabedoria e Filho, e nós fomos criados por meio dele". O arianismo encontrou em Atanásio o seu mais corajoso oponente. Ao seu tempo escreveu Atanásio: "A verdade revela que o Logos não é uma das coisas criadas; ao invés disso, é seu Criador. Pois ele tomou sobre si o corpo criado de homem, para que ele, tal como Criador, pudesse renovar este corpo e deificá-lo em si mesmo, de modo que o homem, em virtude da força de sua identificação com CRISTO, pudesse entrar no reino do céu. Mas o homem, que é parte da criação, jamais poderia tornar-se como DEUS se o Filho não fosse verdadeiramente DEUS... Igualmente, o homem não poderia ter sido libertado do pecado e da condenação se o Logos não tivesse tomado sobre si nossa carne natural, humana. Nem poderia o homem ter-se tornado como DEUS se o Verbo, que se tornou carne, não tiyesse vindo do Pai -se não fosse seu próprio Verbo verdadeiro".
6.O Apolinarianismo
Apolinário (apareceu em cena pela metade do IV século), teve dificuldade em aceitar a idéia de divindade de JESUS CRISTO, como sendo ele da mesma substância do Pai. O principal problema, como ele o via, era este: Como pode o homem conceber a existência humana de CRISTO? Segundo Apolinário, a natureza humana de CRISTO tinha de possuir qualidade divina. Não fosse esse o caso, a vida e a morte de CRISTO não poderiam ter conquistado a salvação dos homens. Parece, pois, que Apolinário ensinava o seguinte: DEUS em CRISTO foi transmutado em carne, e esta carne foi então transmutada pela natureza divina. De acordo com esse ponto de vista, CRISTO não recebeu sua natureza humana e sua carne, da Virgem Maria: antes, trouxe consigo do Céu uma espécie de carne celestial. O ventre de Maria simplesmente teria servido de local de passagem.Apolinário, portanto, acreditava que CRISTO tinha apenas uma natureza e uma hipóstase. Essa natureza é a do Logos, que em CRISTO foi transmutada em carne. Esta, por sua vez, assumiu a qualidade divina ao mesmo tempo. Apolinário combatia vigorosamente a idéia segundo a qual os elementos divino e humano se combinam em CRISTO, que 'o Logos simplesmente se revestiu da natureza humana e ligou-se a ela de modo espiritual.É óbvio que Apolinário enfatizava a divindade de CRISTO a ponto de perder de vista sua verdadeira humanidade. CRISTO, segundo Apolinário, não possuía alma humana. Ele só tem uma natureza, a natureza encarnada do Logos divino. A teologia cristológica de Apolinário tem o ranso do velho modalismo com fortes traços docéticos. O apolinarianismo sofreu forte oposição de Diodoro de Tarso, Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto e João Crisóstomo.
7. O Nestorianismo
O nestorianismo deve a sua existência à pessoa de Nestório, bispo em Constantinopla no período 428-431. Nestório parece atribuir o seu discipulado a Teodoro de Mopsuéstia que ilustrava a união das duas naturezas de CRISTO com a união conjugai de marido e mulher tornados uma só carne sem deixarem de ser duas pessoas e duas naturezas separadas. Em vez de união, ele dizia conjugação, termo que representa perfeitamente a opinião nestoriana e justifica sua inadmissibilidade.Cirilo conseguiu a condenação de Nestório no Sínodo romano de agosto de 430, ratificada no Sínodo de Alexandria. Cirilo enviou a Constantinopla uma carta extensa que expunha sua doutrina e terminava com doze anátemas, transcritos a seguir:
1.Se alguém não confessar que o Emanuel é verdadeiro DEUS e que, portanto, a Santa Virgem é Theotókos (Mãe de DEUS), porquanto deu à luz, segundo a carne, ao Verbo de DEUS feito carne, seja anátema.
2.Se alguém não confessar que o Verbo de DEUS Pai estava unido pessoalmente [kath'hypóstasin] à carne, sendo com ela propriamente um só CRISTO, ou seja, um só e mesmo DEUS e homem ao mesmo tempo, seja anátema.
3.Se, no único CRISTO, alguém dividir as pessoas [hipóstaseisj já unidas, unindo-as mediante uma simples união de acordo com o mérito, ou uma união efetuada através de autoridade e poder, e não propriamente uma união de natureza [kath'hénosin physíken], seja anátema.
4.Se alguém distingue entre dois caracteres [prósõpo] ou pessoas [hipóstaseis]... aplicando algumas apenas ao homem JESUS concebido separadamente do Verbo... outras apenas ao Verbo... seja anátema.
5.Se alguém presumir chamar CRISTO de "homem portador de DEUS" [theohóron ánthrôpon]... seja anátema.
6.Se alguém presumir chamar de Verbo a DEUS ou Senhor de CRISTO... seja anátema.
7.Se alguém disser que JESUS, enquanto homem, era operado [enêrgêsthai] por DEUS o Verbo, que a "glória do Ungido" lhe foi concedida como algo existente fora do Verbo... seja anátema.
8.Se alguém tentar afirmar que, "juntamente com o Verbo Divino, se deve co-adorar, co-glorificar, co-proclamar DEUS ao homem assumido pelo Verbo, como se fosse estranho ao Verbo, - e a conjunção 'com' ou 'co', necessariamente, indica tal assunção, - e que não se deve adorar com a mesma adoração, glorificar com a mesma glorificação ao Emanuel feito carne", seja anátema.
9.Se alguém ensinar que o Senhor JESUS CRISTO foi glorificado pelo ESPÍRITO SANTO, como sé ele operasse um poder estranho a si concedido mediante o ESPÍRITO SANTO... seja anátema.
10....
11....
12.Se alguém não confessar que o Verbo de DEUS sofreu na carne e foi crucificado na carne... seja anátema ((Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág. 79/81). O Concilio de Éfeso, realizado em 431, aprovou esta carta contendo os doze anátemas de Cirilo.
8. O Eutiquianismo
Eutiques, abade de um mosteiro em Constantinopla, dizia que CRISTO, depois de se tornar homem, tinha apenas uma natureza. Sua humanidade, contudo, não era da mesma essência que a nossa. Indagado por Flaviano e Florêncio, quanto à sua crença cristológica, Eutiques respondeu o seguinte:
Flaviano (Arcebispo de Constantinopla): Confessais que CRISTO possui duas naturezas?
Eutiques:Nunca presumi especular acerca da natureza de meu DEUS, Senhor dos céus e da terra; admito que nunca confessei ser Ele consubstanciai conosco... A Virgem, sim, confesso que é consubstanciai conosco, e que dela se encarnou nosso DEUS...
Florêncio:Sendo ela consubstanciai conosco, certamente também seu Filho, nos é consubstanciai?
Eutiques:Note, por obséquio, que não afirmei que o corpo de um homem passou a ser corpo de DEUS, mas que este corpo foi humano e o Senhor encarnou-se da Virgem. Se desejais que acrescente que o seu corpo foi consubstanciai com os nossos corpos, assim fá-lo-ei, mas entendo a palavra consubstanciai de modo que não acarreta a negação da filiação divina de CRISTO. Sempre evitei terminante-mente a expressão "consubstanciai na carne". Mas, sendo que Vossa Santidade mo pede, usá-lo-ei...
Florêncio:Admitis ou não que Nosso Senhor nascido da Virgem é consubstanciai (conosco) e perdoador, após a encarnação, de duas naturezas?
Eutiques:...Admito que Nosso Senhor teve duas naturezas antes da encarnação e uma só depois dela... Sou discípulo, neste particular, do bem-aventurado Cirilo, dos santos padres e de SANTO Atanásio; eles falaram de duas naturezas antes da união; depois da união e encarnação, apenas falam de uma natureza, não de duas.
Em novembro de ano 448, Eutiques foi condenado como heresiarca pelo Sínodo de Constantinopla.
9. A Definição Cristológica de Calcedônia
Numa tentativa de pôr fim às demandas Cristológica dos primeiros quinhentos anos da história da Igreja, o Concilio de Calcedônia, reunido em 451, firmou e aprovou o seguinte documento:"Fiéis aos santos padres, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor JESUS CRISTO, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade, verdadeiramente DEUS e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo; consubstanciai [homooysios], segundo a divindade, e consubstanciai a nós, segundo a humanidade; 'em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado', gerado segundo a divindade, antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria...
"Um só e mesmo CRISTO, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis; a distinção de natureza de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e substância [hipóstasis]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, DEUS Verbo, JESUS CRISTO Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo CRISTO nos ensinou e o credo dos pais nos transmitiu".
 
III. AS NATUREZAS DE JESUS CRISTO
O problema real da cristologia se espelha nesta questão: Como se relaciona a divindade de CRISTO com sua humanidade? Como pode aquele que é verdadeiro DEUS ser também verdadeiro homem ao mesmo tempo? Como pôde viver sob condições humanas e aparecer em forma humana? É, sem dúvida alguma grande este mistério: "Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória" (1 Tm 3.16).
1. A Natureza Humana de JESUS CRISTO
JESUS era o Filho do homem, conforme Ele mesmo se proclamou. É nessa condição que Ele se identifica com toda a raça humana.
Para ele convergem todas as linhas da nossa comum humanidade."Ele era o 'Filho do homem' no sentido de ser o único que realiza tudo que está incluído na idéia do homem, na qualidade de segundo Adão, o cabeça e representante da raça - a única verdadeira e perfeita flor que já se desdobrou da raiz e do tronco da humanidade. Tomando para si esse título, Ele testifica contra pólos opostos de erro acerca de sua Pessoa: o pólo ebionita, que seria o resultado final do título 'Filho de Davi'; e o pólo gnóstico, que negava a realidade da natureza humana que levava esse nome" (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág. 90,91). A humanidade de JESUS CRISTO é demonstrada:
a) Pela sua ascendência humana (Gl 4.4; Mt 1.18; 2.11; 12.47; Jo 2.1; Hb 10.5; Rm 1.3; Act 13.22,23; Lc 1.31-33; Mt 1.1).
b) Por seu crescimento e desenvolvimento naturais (Lc 2.40,46,52).
c) Por sua aparência pessoal (Jo 4.9).
d)Por possuir natureza humana completa, inclusive corpo, alma e espírito (Mt 26.12,38; Lc 23.46).
e) Pelas suas limitações humanas, sem pecado, evidentemente. Deste modo Ele estava sujeito à fadigacorporal, à necessidade de sono, à fome, à sede, aosofrimento e à dor física. Tinha capacidade paramorrer. Tinha limitações intelectuais. Tinha capacidade para crescer em conhecimento, e de adquirirconhecimento mediante observação (Jo 4.6; Mt 8.24; 21.18; Jo 19.28; Lc 22.44; 1 Co 15.3; Lc 2.52; Marc 11.13; 13.32;1.35; Act 10.38).
2.A Natureza Divina de JESUS CRISTO
"As dimensões do cristianismo melhor se medem pelas dimensões da Pessoa que o fundou elimita seu horizonte. Da realidade da sua divindade dependem todas as demais realidades do cristianismo, e isso por toda a eternidade" - Champion.Ao mesmo tempo que JESUS CRISTO era verdadeiro homem, também era verdadeiro DEUS. Disse Napoleão ao conde de Montholon: "Penso que compreendo um pouco da natureza humana, e digo-te que todos esses heróis da antigüidade foram homens, como eu o sou, mas não como JESUS CRISTO: Este era mais que homem" (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág. 106).
As Escrituras Sagradas afirmam peremptória e categoricamente que:
a) CRISTO é DEUS
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS" (Jo 1.1). Outras passagens das Escrituras corroboram com a Divindade de JESUS CRISTO, como seja: João 10.30,33,38; 14.9,11;20.28; Romanos 9.5; Colossenses 1.25; 2.9; Filipenses 2.6; Hebreus 1.3; 2 Coríntios 5.19; 1 Pedro 1.2; 1 João 5.2; e Isaías 9.6.Muitas afirmações feitas no Antigo Testamento a respeito de Jeová, são interpretadas e cumpridas no Novo Testamento, referindo-se à Pessoa de JESUS CRISTO. Veja, por exemplo os casos seguintes:
Vaticínio Cumprimento
Isaías 40.3,4 ........................................Lucas 1.68,69,76
Êxodo 3.14 ..........................................João 8.56-58
Jeremias 17.10 ....................................Apocalipse 2.23
Isaías 60.19 ........................................Lucas 2.32
Isaías 6.1............................................João 12.37-41
Isaías 8.13,14......................................1 Pedro 2.7,8
Números 21.6,7 ..................................1 Coríntios 10.9
Salmo 23.1 ........................................João 10.11; 1 Pedro 5.4
Ezequiel 34.11,12................................Mateus 4.10
b) CRISTO é Todo-poderoso
"Toda autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mt 28.18)."Eu sou o Alfa e o ômega, diz o Senhor DEUS, aquele que é, que era, e que há de vir, o Todo-poderoso" (Ap 1.8).
c) CRISTO é Eterno
"Respondeu-lhe JESUS: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo 8.58). O Evangelho de João destaca este aspecto da divindade de CRISTO nos seguintes textos: 1.18; 6.57; 8.19; 10.30,38; 14.7,9,10,20; 17.21,26.
d) CRISTO é Criador
"Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu" (Jo 1.3,10)."Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16). "Havendo DEUS antigamente faladomuitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro da sua glória, por quem fez também o mundo" (Hb 1.1,2).
3.Atributos da Divindade de JESUS CRISTO
Atributos inerentes a DEUS Pai, relacionam-se harmoniosamente com JESUS CRISTO, provando a sua divindade. Por isso a Bíblia o apresenta como:
O Primeiro e o Último(Is 41.4; Cl 1.15,18; Ap 1.17; 21.6).
O Senhor dos senhores (Ap 17.14).
Rei dos reis(Is 6.1-5; Jo 12.41; 1 Tm 6.15).
J u i z (Mt 16. 27; 25. 31,32; 2 Tm 4.1; Act 17. 31).
Pastor(Sl 23.1; Jo 10.11,12).
Cabeça da Igreja(Ef 1.22).
Verdadeira Luz(Lc 1.78,79; Jo 1.4,9).
Fundamento da Igreja (Is 28.16; Mt 16.18).
Caminho(Jo 14.6; Hb 10.19,20).
A Vida(Jo 11.25; 1 Jo 5.11,12).
Perdoador de pecados(Sl 103.3; Marc 2.5; Lc 7.48,50).
Preservador de tudo(Hb 1.3; Cl 1.17).
Doador do ESPÍRITO SANTO(Mt 3.11; Act 1.5).
Onipresente (Ef 1.20-23).
Onipotente(Ap 1.8).
Onisciente (Jo 21.17).
Santificador(Hb 2.11).
Mestre (Lc 21.15; Gl 1.12).
Restaurador de si mesmo(Jo 2.19).
Inspirador dos profetas(1 Pd 1.17).
Supridor de ministros à Igreja(Ef 4.11).
Salvador(Tt 3.4-6).
 
IV. O CARÁTER DE JESUS CRISTO
O caráter imaculado de JESUS CRISTO tem recebido a aprovação e a recomendação não apenas de DEUS Pai, dos seus anjos e dos santos, mas até os demônios têm reconhecido isto. Ao longo de quase dois milênios o seu nome e a sua vida impõem respeito e ternura e têm sido motivo inspirador de milhões de vidas em toda a terra e em todos os tempos. Dentre tantos testemunhos quanto o caráter santo de CRISTO, destacamos os seguintes, de três pensadores cristãos.
"O caráter de JESUS dá tremenda força à nossa crença nele. Sua vida foi tudo quanto uma vida deve ser, quando julgada segundo os padrões mais elevados" - Bispo McDowell.
"Ainda que algo do caráter de CRISTO se tenha revelado em uma Era e algo mais dele em outra, a própria eternidade, todavia, não é suficiente para manifestá-lo inteiramente" - Flavel.
"Seu caráter saiu aprovado através dos ataques maliciosos de dois mil anos, e hoje, perante o mundo apresenta-se impecável em todos os sentidos. Seu nome é sinônimo de DEUS sobre a terra" - Bispo Foster (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág.116).
1. A Santidade de JESUS CRISTO
A santidade de JESUS CRISTO, quanto ao seu verdadeiro significado, indica que Ele era isento de toda contaminação (1 Jo 3.5), absoluta e imaculadamente puro (1 Jo 3.3). Ele era absolutamente livre de todos os elementos de impureza. Ele possuía todos os elementos de pureza positiva e perfeita santidade.A santidade como parte inseparável do caráter divino de JESUS foi constatada e motivo de apreciação da parte de santos e pecadores. A santidade de JESUS foi testemunhada pelos espíritos imundos, por Judas Iscariotes, Pilatos, pela esposa de Pilatos,.pelo malfeitor moribundo na cruz, pelo centurião romano por ocasião da crucificação, pelos apóstolos Pedro e João, Ananinas de Damasco, por todo o grupo apostólico, pelo apóstolo Paulo, pelo próprio JESUS CRISTO, e por DEUS, o Pai (Marc 1.23,24; Mt 27.3,4; Jo 18.38; Mt 27.19; Lc 23.41; Act 3.14; 1 Jo 3.5).
A santidade de JESUS é manifesta de forma muito patente nos seguintes casos do Novo Testamento:
a)Por sua atitude para com o pecado e a justiça (Hb 1.9).
b)Por suas ações referentes ao pecado e à vontade de DEUS (1 Pd 2.22).
c)Pela sua exigência de santidade da parte dos outros (Mt 5.48).
d)Pela sua repreensão do pecado dos pecadores (Mt 16.23).
e)Mediante seu sacrifício para salvar os homens do pecado (1 Pd 2.24).
f)Pelo castigo destinado aos impenitentes (2 Ts 1.7-9).
2.O Amor de JESUS CRISTO
Por "amor de JESUS CRISTO" se entende seu desejo e disposição na promoção do bem-estar dos objetos de sua afeição pessoal, e de sua devoção particular. Neste particular, são objetos do amor de JESUS CRISTO:
DEUS Pai (Jo 14.31).
A Igreja (Ef 5.25).
Os crentes como indivíduos (Gl 2.20).
Aqueles que lhe pertencem (Jo 13.1).
Os discípulos obedientes (Jo 14.21).
Seus próprios inimigos (Lc 23.34).
Seus próprios familiares (Jo 19. 25-27).
As crianças (Marc 10. 13-16).
Os pecadores perdidos (Rm 5.6-8).
3.A mansidão de JESUS CRISTO
A mansidão de JESUS CRISTO é manifesta ao longo do Novo Testamento
Na longanimidade e tolerância para com os fracos e faltosos (Mt 12.20).
Na concessão do perdão e da paz a quem merecia censura e condenação (Lc 7. 38,48,50).
No proporcionar cura a quem procurava obtê-la de modo indigno (Marc 5.33,34).
No repreender mansamente a incredulidade renitente (Jo 21.15-17).
No corrigir de modo terno a autoconfiança, a infidelidade e a tríplice flagrante negação por parte de Pedro (Jo 21.15-17).
No repreender mansamente a Judas Iscariotes que o traía (Mt 26.48-50).
 
-Na compassiva oração a favor dos seus algozes (Lc 23.34).
4. Á Humildade de JESUS CRISTO
A humildade de CRISTO manifesta no Novo Testamento, é demonstrada nos seguintes casos:
Ao assumir a forma e posição de servo (Jo 13.4,5).
Por não buscar sua própria glória (Jo 8.50).
Ao evitar a notoriedade e o louvor (Is 42.2).
 
-Ao associar-se aos desprezados e rejeitados (Lc 15. 1,2).
- Por sua paciente submissão e silêncio em vista de injúrias, ultrajes e injustiças (1 Pd 2.23).
 
V. A OBRA DE JESUS CRISTO
A obra de CRISTO envolve toda a sua vida e ministério terrenos. Envolve a sua pregação, os seus milagres, a sua morte, ressurreição e glorificação. Abordamos a obra de CRISTO aqui, apenas no que diz respeito à nossa redenção.
1.A Morte de JESUS CRISTO
A importância da morte de CRISTO é demonstrada:
Pela relação vital que ela tem com a sua Pessoa.
Por sua conexão vital com a encarnação (Hb 2.14).
Pela posição de relevo que lhe é dada nas Escriturãs (Lc 24. 27,44).
Por ter sido alvo de investigação fervorosa por parte dos santos do Antigo Testamento (1 Pd 1.11).
Por ser elemento de interesse e pesquisa dos anjos (1 Pd 1.12).
Como uma das verdades cardeais do Evangelho (1 Co 15.1,3,4).
Como assunto único da conversa por ocasião da sua transfiguração (Lc 9.30,31).
 
Sendo uma religião nitidamente redentora, o cristianismo prioriza a morte de CRISTO como tema da sua pregação. Deste modo o cristianismo assume posição de destaque, elevando-se acima de todas as religiões do mundo.
2.A Necessidade da Morte de JESUS CRISTO
A morte de JESUS CRISTO tornou-se necessária por causa da santidade, do amor e do propósito de DEUS, face ao pecado do homem e ao cumprimento das Escrituras (Hc 1.13; Jo 3.16; 1 Pd 2.25; Lc 24.25-27; Act 2.23). JESUS não morreu acidentalmente, nem como mártir; também não morreu meramente para exercer influênciamoral sobre os homens, nem para manifestar o desprazer de DEUS contra o pecado; nem meramente para expressar o amor de DEUS pelos homens. A morte de CRISTO foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos necessários à redenção do homem caído. Positivamente considerada, a morte de CRISTO
  • Foi predeterminada (Act 2.23).
  • Foi voluntária - por livre escolha, não por compulsão (Jo 10.17,18).
  • Foi viçaria - a favor de outros (1 Pd 3.18).
-Foi sacrificial - como holocausto pelo pecado (1 Co 5.7).
Foi propiciatória - cobrindo ou tornando favorável (1 Jo 4.10).
Foi redentora - resgatando por meio de pagamento (Gl 4.4,5).
Foi substitutiva - em lugar de outros (1 Pd 2.24).
 
Em seu escopo, a morte de CRISTO tem duplo aspecto: o universal e o restrito. Assim sendo, entendemos que a morte de CRISTO foi:
a) Pelo mundo inteiro (1 Jo 2.2).
b)Por cada indivíduo da raça humana (Hb 2.9).
c)Pelos pecadores, pelos justos e pelos ímpios (Rm 5.6-8).
d)Pela igreja e por todos os crentes (Ef 5.25-27).
O mundo inteiro foi incluído no alcance e providência da morte de CRISTO, e até certo ponto compartilha de seus benefícios. Mas essa provisão só se torna plenamente eficaz e redentora no caso daqueles que crêem. Isto é, a morte de CRISTO é universal em seu alcance, mas restrita em sua eficácia, uma vez que só aqueles que a aceitam é que serão salvos.
3.Resultados da Morte de CRISTO
Dentre os incontáveis resultados da morte de CRISTO, salientam-se os seguintes:
Uma nova oportunidade de reconciliação do homem com DEUS (Rm 3.25).
Os homens são atraídos a Ele (Jo 12.32,33).
A propiciação total dos pecados (1 Jo 1.9).
 
• A remoção do pecado do mundo (Jo 1.29).
• A potencial anulação do poder do pecado (Hb 9.26).
A redenção da maldição da lei é assegurada (Gl 3.13).
Remoção da barreira entre judeus e gentios (Ef 2.14-16).
É anulada a distância entre o crente e DEUS (Ef 2.13).
Garantia do perdão de pecados (Ef 1.7).
A derrota dos poderes e principados (Cl 2.14,15).
 
VI. A RESSURREIÇÃO E GLORIFICAÇÂO DE CRISTO
A ressurreição física e corporal do Senhor JESUS CRISTO é o fundamento inabalável do Evangelho e da nossa fé. De fato, o cristianismo não seria mais do que uma religião, se CRISTO não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Portanto, é a ressurreição de CRISTO, dentre outras coisas, que o faz diferente dos grandes filósofos e fundadores de religiões humanas. É a ressurreição de CRISTO que faz do cristianismo o elo de comunhão entre o homem e uma Pessoa, o próprio CRISTO ressurreto. Portanto, não é sem motivo que o Diabo e muitos homens ímpios, tendo tentado destruir o cristianismo, foram impedidos de fazê-lo, pois, em qualquer direção em que se encontrassem, sempre se viam diante dum túmulo vazio, o túmulo daquele que foi morto, mas vive para jamais morrer.
1. A Realidade da Ressurreição de CRISTO
A realidade da ressurreição de CRISTO se evidencia ao longo da narrativa novitestamentária. Suas provas se vêem:
a) No sepulcro vazio (Lc 24.3).
b)Nas aparições do Senhor a Maria Madalena, às mulheres, a Simão Pedro, aos dois discípulos no caminho de Emaús, aos discípulos no Cenáculo, a Tome, a João e Pedro, a todo o grupo dos discípulos (Jo 20.16; Mt 28.,8,9; Lc 24.13,14,25-27,30-32; Jo 20.19,26,29; 21.5-7; 1 Co 15.4-7).
c)Na transformação operada nos discípulos (Jo 7.3-5).
d)Na mudança do dia de descanso e adoração semanais (Act 20.7; 1 Co 16.2).
e)No testemunho positivo de Pedro no dia de Pentecoste, e de Paulo, no Areópago (Act 2.14,22-24; 17.31).
f)No testemunho do próprio CRISTO quando se revelou a João, em Patmos (Ap 1.18).
2.Resultados da Ressurreição de CRISTO
A ressurreição de JESUS CRISTO:
É o cumprimento da promessa de DEUS aos pais (Act 13.32,33).
Confirma a divindade de JESUS CRISTO, colocando-a acima de qualquer dúvida (Rm 1.4).
 
-É prova de justificação dos crentes (Rm 4. 23-25).
-Torna possível o imutável sacerdócio de CRISTO (Hb 7. 22,25).
Possibilita o crente tornar-se frutífero para DEUS (Rm 7.4).
É o penhor divino do julgamento futuro (Act 17.41).
 
3. A Glorificação de CRISTO
Na sua carta aos Filipenses,, quanto à encarnação, humilhação e glorificação de JESUS CRISTO, escreveu o apóstolo Paulo:"...pois ele, subsistindo em forma de DEUS, não julgou como usurpação o ser igual a DEUS; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que DEUS também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS cristo é Senhor, para glória de DEUS Pai" (Fp 2.6-11). Do estudo deste texto do apóstolo Paulo, compreendemos que a glorificação de JESUS CRISTO se evidencia nos seguintes fatos:
a)DEUS exaltou a JESUS dando-lhe a dignidade de soberano.
b)Não apenas a Pessoa de CRISTO, mas também o seupróprio nome está acima de todo nome que se possanomear nos céus, na terra e no inferno.
c)O nome de JESUS impõe reverência da parte dos anjos, dos homens e dos demônios.
d)No futuro, o nome de CRISTO será declarado em suaplenitude como Rei dos reis, Senhor de todos e Senhor da glória.
e)A glorificação plena de JESUS CRISTO está intimamente associada à própria glória de DEUS Pai.
Não há melhor defesa contra a especulação do que a fé no Senhor tal como DEUS no-lo revelou. Toda a especulação é derrotada pela fé que vence o mundo, pela fé que ouviu as promessas: "Tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33). CRISTO é o Senhor vivo que domina todos os tempos. Em 1742, alguém, glosando o mencionado final de João, escrevia: "Oxalá, pelo menos, o nosso mundo desse guarida aos livros que descrevessem a obra do Senhor exaltado!"Certamente a exaltação de CRISTO está indissoluvelmente ligada a tudo quanto Ele fez na terra e que João descreve com admiração; mas, de fato, merece ponderação especialíssima a realidade de que este Senhor vivo é o Senhor da Igreja, o CRISTO exaltado, que está a fazer uma obra indescritível e continuada em seu Reino, e cuja proteção nunca cessa. A viva fé da comunidade tampouco cessará, mas sempre ecoará a antiga proclamação cristológica: Verdadeiro DEUS e Verdadeiro Homem, baseada no testemunho dos profetas e apóstolos. Perfeito resumo desta fé são as palavras lapidares de Hebreus 13.8; "CRISTO é o mesmo, ontem, hoje e para sempre". Esta inalterabilidade do Ser de CRISTO vence qualquer especulação. Aquele que sabe quem ele é, conhece sua Obra e repousa confiado: "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim" (A Pessoa de CRISTO – Aste – Págs. 274-275).
 
Comentários Bíblico TT W. W. Wiersbe
João 1
Mas, de fato, habitaria DEUS na terra?", perguntou Salomão ao consagrar o templo (1 Rs 8:27). Uma ótima pergunta! A glória de DEUS havia habitado no tabernáculo (Êx 40:34) e no templo (1 Rs 8:1011), mas essa glória fora embora do meio do povo desobediente de Israel (Ez 9:3; 10:418; 11:22, 23).
Então, algo maravilhoso aconteceu; a glória de DEUS voltou a habitar com seu povo na Pessoa de seu Filho, JESUS CRISTO. Os autores dos quatro Evangelhos apresentam apenas alguns episódios da vida de JESUS na Terra, pois seria impossível redigir uma biografia completa (Jo 21:25). Mateus escreveu especialmente a seus compatriotas judeus e enfatizou que JESUS de Nazaré havia cumprido as profecias do Antigo Testamento. Marcos escreveu aos romanos atarefados e, enquanto Mateus enfatizou o caráter de Rei, Marcos apresentou o Servo ministrando ao povo necessitado. Lucas escreveu seu Evangelho aos gregos e lhes apresentou o Filho do Homem, o Salvador compassivo.
Mas coube a João, o discípulo amado, escrever um livro tanto para judeus quanto para gentios, apresentando JESUS como o Filho de DEUS. Sabemos que, quando João escreveu seu relato, tinha em mente tanto os gentios quando os judeus, pois em várias ocasiões "interpretou" palavras e costumes judaicos para seus leitores (Jo 1:38, 41, 425:2; 9:7; 19:13, 17 ; 20:16). Para os judeus, enfatizou que JESUS não apenas cumpriu as profecias do Antigo Testamento, mas também seus tipos. JESUS é o Cordeiro de DEUS (Jo 1:29) e a Escada entre o céu e a Terra (Jo 1:51; ver Gn 28). Ele é o Novo Templo (Jo 2:19-21) e oferece um novo nascimento (Jo 3:4ss). É a serpente que Moisés levantou no deserto (Jo 3:14) e o Pão de DEUS que desceu do céu (Jo 6:35ss).
Enquanto os três primeiros Evangelhos concentram-se em descrever acontecimentos da vida de CRISTO, João enfatiza o significado desses acontecimentos. Por exemplo, os quatro Evangelhos relatam a ocasião em que JESUS alimentou os cinco mil, mas somente João registra o sermão sobre "O Pão da Vida", proferido logo depois do milagre e no qual JESUS interpretou ao povo o que havia feito.
Ao longo de todo o Evangelho de João, pode-se ver um tema constante: JESUS CRISTO é o Filho de DEUS, e, se nos entregarmos a ele, receberemos dele a vida eterna (Jo 20:31). Neste primeiro capítulo, João registra sete nomes e títulos de JESUS que o identificam como DEUS eterno.
1.0 Verbo (Jo 1:1-3, 14)
Assim como nossas palavras revelam a outros o que se passa em nossa mente e coração, também JESUS CRISTO é o "Verbo" de DEUS, que nos revela sua mente e seu coração. "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). Uma palavra é composta de letras, e JESUS CRISTO é "Alfa e ômega" (Ap 1:8), a primeira e a última letra do alfabeto grego. De acordo com Hebreus 1:1-3, JESUS CRISTO é a última palavra de DEUS para a humanidade, pois ele é o ápice da revelação divina.
JESUS é o Verbo eterno (vv. 1, 2). Existia desde o princípio, não por ter um princípio como criatura, mas por ser eterno. Ele é DEUS e estava com DEUS. "Antes que Abraão existisse, Eu Sou" (Jo 8:58).
JESUS CRISTO é o Verbo criador (v. 3). Sem dúvida, há um paralelo entre João 1:1 e Gênesis 1:1, a "nova criação" e a "antiga criação". DEUS criou o mundo por meio da sua palavra: "Disse DEUS [...] e houve [...]". "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (SI 33:9). DEUS criou todas as coisas por meio de JESUS CRISTO (Cl 1:16), o que significa que JESUS não é um ser criado. Ele é o DEUS eterno.
No grego, a expressão "foram feitas" encontra-se no tempo verbal perfeito, que indica um "ato concluído". A criação está consumada. Não é um processo em andamento, apesar de DEUS certamente continuar a operar em sua criação (Jo 5:17). A criação não é um processo, mas sim um produto acabado.
JESUS CRISTO é o Verbo encarnado (v. 14). Quando ministrou na Terra, JESUS não era um fantasma nem um espírito, e seu corpo não era uma ilusão. Tanto João quanto os outros discípulos tiveram uma experiência pessoal que os convenceu da realidade do corpo de JESUS (1 Jo 1:1, 2). Apesar da ênfase de João sobre a divindade de CRISTO, ele deixa claro que o Filho de DEUS veio em carne e osso e, ainda que sem pecado, se sujeitou às fragilidades da natureza humana.
Em seu Evangelho, João ressalta que JESUS sentiu cansaço (Jo 4:6) e sede (Jo 4:7). Agitou-se no espírito e comoveu-se (Jo 11:33) e chorou abertamente (Jo 11:35). Quando estava na cruz, sentiu sede (Jo 19:28), morreu (Jo 19:30) e sangrou (Jo 19:34). Depois de sua ressurreição, provou a Tomé e aos outros discípulos que ainda possuía um corpo real (Jo 20:24-29), porém glorificado.
De que maneira "o Verbo se fez carne"? Pelo milagre do nascimento virginal (Is 7:14Mt 1:18-25; Lc 1:26-38). Assumiu uma natureza humana sem pecado e se identificou conosco em todos os aspectos da vida, desde o nascimento até a morte. "O Verbo" não era um conceito abstrato nem uma filosofia, mas uma Pessoa real, que podia ser vista, tocada e ouvida. O cristianismo é CRISTO, e CRISTO é DEUS.
A revelação da glória de DEUS é um tema importante no Evangelho. JESUS revelou a glória de DEUS em sua Pessoa, em suas obras e em suas palavras. João relata sete sinais maravilhosos (milagres) que declararam publicamente a glória de DEUS (Jo 2:11). A glória da antiga aliança era passageira, mas a glória da nova aliança em CRISTO é crescente (ver 2 Co 3). A Lei podia revelar o pecado, mas não removê-lo. JESUS CRISTO veio com plenitude de graça e verdade, e essa plenitude encontra-se à disposição de todos os que crerem nele (Jo 1:16).
2. A luz (Jo 1:4-13)
A vida é um tema-chave de João, sendo um termo usado 38 vezes neste Evangelho. Quais são os elementos essenciais da vida humana? Há pelo menos quatro: luz (se o Sol apagasse, tudo morreria), ar, água e alimento. JESUS é todas essas coisas! Ele é a Luz da vida e a Luz do mundo (Jo 8:12). Ele é "o sol da justiça" (Ml 4:2). Por meio do seu ESPÍRITO SANTO, ele nos dá "fôlego de vida" (ver Jo 3:8; 20:22) e água viva (Jo 4:10, 1314; 7:37-39). Por fim, JESUS é o Pão da Vida que desceu do céu (Jo 6:35ss). Não apenas tem vida e dá vida, mas também é vida (Jo 14:6).
Luz e trevas são temas que se repetem ao longo de todo o Evangelho de João. DEUS é luz (1 Jo 1:5), Satanás é o "poder das trevas" (Lc 22:53). As pessoas amam a luz ou as trevas, e esse amor controla seus atos (Jo 3:16-19). Os que crêem em CRISTO são "filhos da luz" (Jo 12:35, 36). Assim como a primeira criação começou com a injunção "Haja luz!", também a nova criação começa com a entrada da luz no coração do que crê (2 Co 4:3-6). A vinda de JESUS CRISTO ao mundo foi a aurora de um novo dia para o ser humano pecaminoso (Lc 1:78, 79).
Espera-se que pecadores cegos recebam a luz com alegria, mas nem sempre é o caso. A vinda da verdadeira luz gerou conflito, pois sofreu a oposição dos poderes das trevas. Pode-se traduzir João 1:5, literalmente, assim: "E a luz continua resplandecendo nas trevas, e as trevas não a sobrepujaram nem compreenderam". O verbo grego pode significar "superar" ou "captar, compreender". Ao longo de todo o Evangelho de João, vemos as duas atitudes reveladas: as pessoas não entendem o que JESUS está dizendo e fazendo e, como resultado, opõem-se a ele. João 7 a 12 mostra o crescimento dessa oposição, que, por fim, levou à crucificação de CRISTO.
Sempre que JESUS ensinava uma verdade espiritual, seus ouvintes a interpretavam de maneira material ou física. A luz não conseguia penetrar as trevas de sua mente. Foi assim quando falou sobre seu corpo ser o templo (Jo 2:19-21), sobre o novo nascimento (Jo 3:4), sobre a água viva (Jo 4:11), sobre a importância de comer sua carne (Jo 6:51 ss), sobre a liberdade espiritual (Jo 8:30-36), sobre a morte como um sono (Jo 11:11-13) e sobre várias outras verdades espirituais.
Satanás esforça-se para manter as pessoas nas trevas, porque trevas significa morte e inferno, ao passo que luz significa vida e céu.
Esse fato ajuda a explicar o ministério de |oão Batista (Jo 1:6-8). João foi enviado como testemunha de JESUS CRISTO, para dizer ao povo que a Luz havia chegado ao mundo. Apesar de todas as suas vantagens espirituais, a nação de Israel estava cega para o próprio Messias! O termo testemunho é uma palavra-chave nesse livro; João emprega o termo testemunho e co-relatos 26 vezes. João Batista foi uma das muitas pessoas que testemunharam sobre JESUS afirmando: "Este é o Filho de DEUS!" Infelizmente, João Batista foi martirizado, e os líderes judeus não fizeram coisa alguma para impedir que isso acontecesse.
Por que a nação rejeitou JESUS CRISTO? Porque "não o conheceu". O povo de Israel era espiritualmente ignorante. JESUS é a "verdadeira Luz" - a Luz original da qual toda outra luz é cópia -, mas os judeus contentaram-se com as cópias. Tinham Moisés e a Lei, o templo e os sacrifícios, mas não entendiam que essas "luzes" apontavam para a verdadeira Luz, a conclusão e a consumação da religião do Antigo Testamento.
Ao estudar o Evangelho de João, veremos JESUS ensinando ao povo que ele é o cumprimento de tudo o que se encontrava tipificado na Lei. Não bastava nascer judeu; era preciso nascer de novo, nascer do ESPÍRITO (Jo 3). JESUS realizou dois milagres no sábado para ensinar que tem um novo descanso a oferecer (Jo 5; 9). Ele é o maná que sacia (Jo 6), a água vivificadora (Jo 7:37-39). Ele é o Pastor de um novo rebanho (Jo 10:16), é uma nova Videira (Jo 15). Mas o povo estava tão acorrentado pela tradição religiosa que não era capaz de compreender as verdades espirituais. JESUS veio a seu mundo, mundo criado por ele, mas seu próprio povo não o compreendeu nem o recebeu.
Viram suas obras e ouviram suas palavras. Observaram sua vida perfeita. JESUS deu-lhes inúmeras oportunidades de compreender a verdade, de crer e de receber a salvação. JESUS é o caminho, mas se recusaram a andar com ele (Jo 6:66-71). Ele é a verdade, mas se recusaram a crer nele (Jo 12:37ss). Ele é a vida, mas o crucificaram!
Os pecadores de hoje, porém, não precisam cometer os mesmos erros. Em João 1:12, 13, DEUS promete que todo o que receber CRISTO nascerá de novo e se tornará parte da família de DEUS! João fala mais sobre esse novo nascimento em João 3, mas mostra aqui que se trata de um nascimento espiritual divino, não de um nascimento físico que depende da natureza humana.
A Luz continua a brilhar! Já recebeu essa Luz pessoalmente e se tornou um filho de DEUS?
 
Comentário - NVI (FFBruce)
I. A PALAVRA QUE SE TORNOU CARNE E FOI MANIFESTA (1.1—2.11)
1) Prólogo (1.1-18)
Provavelmente não há outro lugar no Novo Testamento em que se diga tanto, como aqui, com tão poucas palavras. Aqui estão afirmadas a singularidade de CRISTO e as grandes conseqüências desse auto-sacrifício incorporado na encarnação. Nesse prólogo, João anuncia o seu tema principal, que é a glória de JESUS CRISTO demonstrada por meio de tudo que ele disse e fez. v. 1. No princípio era aquele que é a Palavra-. Diferentemente dos autores sinópticos, o quarto evangelho começa a história na eternidade; e é a partir daqui que ele entende o significado da obra de CRISTO. No princípio (cf. Gn 1.1) leva a nossa concepção do propósito de DEUS para além da Criação, de forma que aquela Palavra, como a segunda pessoa da Trindade, existia por si mesma. O termo Palavra (gr. ho logos) foi supostamente empregado pelo autor para tornar o evangelho relevante para os seus primeiros leitores. Contudo, a concepção de ho logos é de suprema importância para a doutrina de CRISTO que o autor tem em mente à parte de qualquer outra razão especial que o tenha levado a usar o termo. [V. Comentário adicional 1, p. 1.263). Ele estava com DEUS (gr. kai ho logos ên pros ton theon): Isto é, desde a eternidade sempre houve uma distinção entre as pessoas da Trindade. Não nos ajuda muito entender isso como a Palavra que existia em contraste com o DEUS absoluto. O sentido mais simples sugerido aqui parece endossado em outros textos em que as preposições são usadas de maneira semelhante (cf. Mc 6.3; cf. tb. Mc 10.27). e era DEUS (gr. kai theos ên ho logos): A plenitude da divindade e a Palavra são identificadas. A Palavra ativa imanente no mundo não é menos DEUS do que o DEUS que transcende todo o tempo e espaço. A ausência do artigo definido diante de “DEUS”, interpretado por alguns estudiosos como a Palavra possuindo algo menos do que a divindade completa, sugere, no entanto, que outras pessoas existem além da segunda pessoa na Trindade, v. 2. Ele estava com DEUS no princípio: Tanto a Palavra quanto o seu relacionamento com o Eterno são eternos. Nunca houve uma parte da sua preexistência em que ela esteve separado da Trindade em qualquer sentido. Assim, a divindade de CRISTO é estabelecida mesmo sem que qualidades pessoais específicas sejam atribuídas a ele como a segunda pessoa da Trindade. C. K. Barrett comenta com propriedade: “Os atos e palavras de JESUS são os atos e palavras de DEUS; se isso não for verdade, o livro é blasfemo” (p. 130). v. 3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (gr. di’ autou): A Palavra, vinda de DEUS, foi o agente na Criação, que, diferentemente dele, não é eterna, e, mesmo assim, sem esse agente nada do que existe teria sido feito (cf. Pv 8.30). Não há, como alguns pensadores gnósticos estavam dispostos a acreditar, qualquer outro meio de criação que não o próprio DEUS. Há uma leitura alternativa possível aqui, i.e., “sem ele nada foi feito. O que foi feito, era vida nele”. No entanto, a leitura costumeira é melhor. João conta aos seus leitores que em CRISTO há um elo visível entre DEUS e o mundo material. Este mundo certamente pertence a DEUS, que o fez (cf. Hb 1.2; 11.3). Em geral, os estudiosos concordam em que o gnosticismo nunca esteve longe da mente do autor desse evangelho. Os gnósticos ensinavam que somente o espírito pode ser bom, e a matéria é essencialmente má. Mas João, em concordância com Paulo (cf. Cl 1.16), defende pela sua doutrina da criação por intermédio da Palavra de DEUS, e por meio da encarnação da Palavra, que este mundo de matéria é de fato a obra da mão do Todo-po-deroso, que entrou nele em JESUS CRISTO. O mundo não é essencialmente mau, embora o homem por meio do pecado tenha produzido miséria nele (cf. Gn 1.10,12,18,21,25). v. 4. Nele estava a vida: O Universo, feito pela Palavra de DEUS, e imerso na sua vontade viva e ativa, mostra em si mesmo a propriedade orgânica e ativa da vida. E esse princípio no mundo criado se revela novamente em CRISTO, que veio para conceder vida por meio da encarnação (cf. 10.10). Essa vida se torna a lu% dos homens. E o elemento vivo, em desenvolvimento no Universo, que mostra DEUS ao homem (cf. Rm 1.20); é a base da verdade da religião revelada, v. 5. A luz brilha...: Essa é a ênfase do quarto evangelho, isto é, que DEUS foi revelado absolutamente em JESUS CRISTO. Tudo que os homens possam esperar por via da revelação e salvação deve ser visto nele. Mas DEUS forneceu ao homem a revelação contínua, pois a luz brilha nas trevas, expressão que retrata a distância que separa o homem de DEUS e mostra que DEUS sempre se revelou ao homem de alguma forma. A encarnação, no entanto, revelou DEUS com clareza singular, assim que, de forma correspondente ao caso, “as trevas não a compreenderam” (Nota textual da NVI).
“Vida” e “luz” são duas palavras especialmente associadas com João no NT. Mais tarde no evangelho, JESUS afirma que ele é tanto a vida (cf. 11.25; 14.6) quanto a luz (cf. 8.12; 9.5). No prólogo, contudo, essas duas reivindicações são colocadas no seu contexto essencial. O que JESUS declara ser no mundo ele é sempre. Isso é característico de DEUS no AT. A atividade divina criou a vida e a sustenta. DEUS é, assim, a fonte da iluminação do homem (cf. SI 36.9,10). No evangelho, além disso, “vida” traz nuanças distintas de salvação e libertação. Na medida em que é trazida para dentro do mundo por CRISTO (cf. 2Tm 1.10), denota sua obra particular a favor da humanidade, a seção mais responsável do mundo criado. “Luz” em João sugere revelação que conduz os homens à “vida”, que coloca uma responsabilidade solene sobre os homens, e assim os conduz ao julgamento se eles a recusarem (cf. 3.19). A presença das trevas é em geral pressuposta onde a “luz” é mencionada. E quando não há resposta à verdadeira luz, então, qualquer que seja a “luz” que eles professem ter, na realidade não têm luz nenhuma (cf. 9.41).
v. 6. Surgiu um homem...: Agora o tema se volta de maneira distinta para a história humana. João Batista é mencionado aqui pela primeira vez, visto que ele agia como testemunha da luz ao ser “uma candeia que queimava e irradiava luz” (5.35) para que assim, por meio da obra dele, todos os homens cressem. v. 9. O significado é obscurecido pela ARG (“a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”). A melhor formulação associa a expressão chegando ao mundo à expressão verdadeira luz, e não a todos os homens. Ele, em contraste com João, é a verdadeira luz, grego to phõs to alêthinon, significando luz real ou genuína (não verdadeira como distinta de falsa, o que poderia ser expresso por alêthês). De que forma se pode dizer que ele iluminaria todo homem? Somente no sentido de que “luz” traz juízo (cf. v. 5 e 3.19-21). A vinda de CRISTO lançou luz sobre as trevas da situação humana e continua a fazê-lo na vida de todo homem. v. 10. o mundo foi feito por intermédio dele...: Isso se aplica à parte da criação que é capaz de fazer escolhas conscientes. O mundo (gr. kosmos) é o mundo das pessoas, especialmente aquelas que, nesse evangelho, são confrontadas com a verdade em CRISTO. (Muitas vezes no evangelho, contudo, ele é descrito como “este mundo”, que é uma referência ao nosso mundo em contraste com o mundo de cima, do qual CRISTO veio; cf. 8.23.) Ambos os usos do termo sugerem um antagonismo que foi demonstrado a CRISTO, o mundo não o reconheceu-. Esse uso do verbo “conhecer” (gr. ginõskõ) significa “reconhecer”. É digno de nota que o evangelista nunca usa o substantivo correspondente “conhecimento” (gr. gnõsis); ele faz todo o possível para evitar essa forma de gnos-ticismo que ensinava a salvação por meio do conhecimento para uma elite inteligente. Visto que “saber” em João implica observação, obediência e confiança, não é de admirar que “conhecer” e “crer” sejam quase sinônimos (cf. 17.3; 6.69). v. 11. Veio para o que era seu, mas os seus é uma tradução para-frástica do grego ta idia, embora expresse de forma adequada o que o autor tinha em mente ao se referir a uma área particular — a Palestina — que no mundo ocupava uma posição especial no favor de DEUS (cf. 19.27). Mas os seus (hoi idioi) não o receberam, embora a partir de 13.1o título hoi idioi seja restrito àqueles que de fato o receberam. Isso imediatamente resume a rejeição demonstrada contra CRISTO e as razões, humanamente falando, do seu sofrimento. Aos que, contudo, o receberam por fé em seu nome, deu-lhes (gr. edõken) o direito de se tornarem filhos de DEUS. Esse é o presente de DEUS. Os homens não têm direito algum de reivindicar serem filhos de DEUS. Somente CRISTO dá aos homens o poder (gr. exousia — “direito”) de se tornarem filhos de DEUS .filhos [...] nasceram-. Visto que a vida em CRISTO começa por meio do nascimento, i.e., por meio da atividade distinta de DEUS como fonte de tudo. Esse nascimento não contém nenhum elemento humano; nem está no escopo da realização humana, nem [ocorrei por vontade da carne, nem é mediado por motivo de maturidade — pela vontade de algum homem (gr. ek thelmatos andros). v. 14. a Palavra tomou-se carne-. Não há nenhuma sugestão nessas palavras de que na encarnação a Palavra se tornou uma pessoa. A personalidade sempre tinha sido sua propriedade. “Carne” (gr. sarx) denota o âmbito humano comparado ao celestial (cf. 3.6; 6.63). Aqui, então, está a grande parte inexplicável da doutrina de CRISTO, que a Palavra eterna entrou na vida humana. Ele, tampouco, entregou sua identidade à carne, pois, enquanto ele habitou entre os homens — um fato para o qual essencialmente o evangelho se volta —, houve aqueles que viram (vimos) a sua glória, i.e., a manifestação visível de DEUS, que era, em sua natureza, como os homens haviam entendido no passado, cheio de graça, denotando a iniciativa tomada por DEUS quando ele concede seu favor aos homens, e de verdade como a definitiva e perfeita personificação da revelação divina. A graça de DEUS e a verdade de DEUS estão igualmente envolvidas pela mensagem cristã. DEUS em CRISTO chama as pessoas a adorá-lo e a confiar nele. E o equilíbrio perfeito entre graça e verdade, demonstrado na serenidade infatigável exercida por JESUS na terra, é mostrada nos capítulos seguintes. Com freqüência, ele tomou a iniciativa de ir ao encontro das pessoas quando elas precisavam dele; e ele personificou a verdade na sua pessoa (cf. Ex 34.6; Jo 14.6), como o Unigénito vindo do Pai, isto é, singularmente Filho de DEUS. Sua eternidade impede qualquer noção de que seu ser era derivado do Pai, mas, como as palavras sugerem, sua existência e obra nunca foram independentes do Pai — um fato de que o próprio JESUS deu testemunho (cf. 10.25,30). João deixa a doutrina do Logos nesse ponto e agora se concentra no relacionamento entre o Pai e o Filho. v. 16. Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça-. A doutrina de CRISTO e de DEUS que abre esse evangelho nunca deve ser considerada uma mera declaração de um credo. A plenitude de graça e verdade é algo que é mediado aos homens por meio da experiência. E o evangelista não está sozinho nisso. “Nós a recebemos”, ele escreve, talvez associando o testemunho de outros crentes em Efeso nos seus dias, ou se unindo em espírito a todos os que subseqüentemente ao seu próprio testemunho teriam fé em CRISTO. Além disso, o testemunho combinado do povo de DEUS concluiu que a vida cristã era graça sobre graça, à medida que cada experiência da sua ajuda e amor conduzia a uma experiência mais abrangente e profunda da bondade de DEUS. v. 17. Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés: O presente de DEUS da salvação ao seu povo antigo veio por meio do poder compulsivo exterior da lei. Agora, em CRISTO, os homens são compelidos a amar a DEUS pelo poder constrangedor demonstrado em JESUS CRISTO, v. 18. Ninguém jamais viu a DEUS: Essa é uma pressuposição básica do AT. Até em situações em que se sugeriu que algo de DEUS havia sido visto pelos homens (e.g., Êx 33.22,23; Is 6.1; Ez 1.1), os targuns aramaicos, que eram paráfrases de certas partes do AT, tendiam a usar circun-locuções para o nome divino, e o teriam formulado em algum termo como memra, i.e., “a palavra”. Mas a importância disso para a compreensão do pano de fundo de João tem sido exagerada por alguns comentaristas. DEUS é visto agora na Palavra encarnada, no “Filho Unigénito” (nota textual da NVI). Há uma leitura variante aqui, i.e., DEUS Unigénito (como está no texto da NVI em português; cf. tb. ARA), que tem apoio de um bom número de manuscritos importantes. Isso estaria em concordância com o que João registra em outros trechos com relação à divindade de CRISTO (cf. 20.28; ljo 5.20). Mas a aceitação da leitura costumeira (“Filho Unigénito”; ARC, ACF) parece preferível, visto que isso também harmoniza bem com o estilo de João (cf. 3.16,18; ljo 4.9). CRISTO está junto do Pai, uma expressão que denota o relacionamento de amor e perfeita compreensão.
 
Comentários de Moody
I. Prólogo. 1:1-18.
Sem delongas o escritor apresenta a figura central do Evangelho, mas não a chama de JESUS ou CRISTO. Neste ponto Ele é o Logos (Palavra). Este termo tem raízes no V.T., sugerindo conceitos de sabedoria, poder e um relacionamento especial com DEUS. Era também largamente usado pelos filósofos para exprimir idéias tais como discussão e mediação entre DEUS e o mundo. No tempo de João toda sorte de leitores entenderiam sua adequabilidade aqui, onde a revelação é a nota principal. Mas o aspecto diferente é que o Logos também é o Filho do Pai, que se encarnou a fim de revelar DEUS plenamente (1:14,18).
A. O Logos Preexistente. 1:1,2.
1, 2. O princípio do Evangelho (Mc. 1:1) foi ligado ao princípio da criação (Gn. 1:1) e vai além dela dando uma visão da Deidade "antes que o mundo existisse" (cf. Jo. 17:5). A Palavra não se fez; era. Com DEUS sugere igualdade e também associação. O Verbo era DEUS (divindade) sem confusão de pessoas.
B. O Logos Cósmico. 1:3-5. Ele foi o agente da criação. Por ele. Por meio dele.
3. Todas as coisas inclui a totalidade da matéria e existência, mas considerada aqui em seu "status" individual e não universal.
4. A vida está nEle, não simplesmente através dEle. Como vida, a Palavra comunicava luz (conhecimento de DEUS) aos homens.
5. As trevas são em primeiro lugar morais. Nem todos têm vantagem da luz (cons. 3:19). Provavelmente o pensamento não é idêntico a 1:9, 10; assim as trevas não a prevaleceram é uma tradução menos aceitável do que as trevas não a venceram.
C. O Logos Encarnado. 1:6-18.
Aqui está incluído um sumário da missão de João, o precursor.
6. Houve. Antes, veio. Esta é a aparição de João na história, como enviado por DEUS. A frase resume o material contido em Lc. 1:5-80; 3:1-6.
7. Que João veio para testemunho, ou para testificar, é a maior ênfase deste Evangelho (1:15, 34; 5:33, 36, 37; 15:26, 27; 19:35; 21:24). Sua missão foi testemunhar da luz, que brilhava desde a Criação e estava ali para iluminar os homens com a sua presença. O testemunho foi idealizado para que os homens viessem a crer (a palavra "fé" não aparece neste Evangelho, mas o verbo quase se transforma em um refrão; cons. 20:31).
9. A luz verdadeira não transforma João em uma luz falsa. Dá a entender que é uma luz antitípica, máxima – o sol, não uma vela. Daí, venerar João indevidamente, depois que a Luz despontou, é errado (3:30; Atos 19:1-7). A sintaxe do versículo no grego é difícil. A verdadeira luz que, vinda ao mundo; ilumina a todo homem é a tradução mais provável. Através de sua presença entre os homens o Logos traria uma iluminação superior àquela que fora proporcionada aos homens antes de sua vinda.
10, 11. A Luz era verdadeira e resplandecente, mas a acolhida que teve foi desapontadora. Além da semelhança que há nos dois versículos, jazem neles diferenças deliberadas: estava, mundo; veio, o que era seu; e os seus não o receberam. Deixar de discernir o Logos pré-encarnado é mais compreensível do que a recusa trágica de seu próprio povo, em aceitá-lo quando veio entre eles.
12, 13. Nem todos recusaram a Luz. Aqueles que a receberam ganharam poder (autoridade, direito) de serem feitos (naquele exato momento) filhos de DEUS. Aqueles que o receberam são descritos como aqueles que crêem no seu nome (pessoa). Veja 20:31. Há duas maneiras de se dizer a mesma coisa. Os crentes são mais adiante descritos em termos do que DEUS faz por eles.
Eles nasceram ... de DEUS. Não é um processo natural que traz pessoas ao mundo – não do sangue (literalmente, sangues), sugerindo a mescla das correntes sanguíneas paterna e materna na procriação. Da vontade da carne sugere o desejo natural e humano de se ter filhos, como da vontade do varão (a palavra usada para marido) sugere o desejo especial de se ter uma descendência que continue com o nome da família. Assim, o novo nascimento, algo sobrenatural, foi cuidadosamente resguardado da confusão com o nascimento natural.
14. Antes que a fé possa produzir o novo nascimento, deve haver um objeto sobre o qual repousar, tal como a encarnação do Verbo, o Filho de DEUS. DEUS, tendo se expressado na criação e na história, onde a atividade do Logos era evidente mas a sua pessoa velada, agora se revelava através do Filho em forma humana, que não era simples semelhança, mas carne, João poderia ter usado "homem" mas escolheu declarar a verdade da encarnação enfaticamente como se quisesse contrariar aqueles que tinham tendências gnósticas. Essa falsa visão de CRISTO recusava-se a aceitar que a divindade pura pudesse assumir corpo material, uma vez que a matéria era considerada má (cons. I Jo. 4:2, 3; II Jo. 7).
Habitou. Tabernaculou. Em combinação com a glória sugere a personalização da nuvem luminosa que repousava sobre o tabernáculo no deserto (Êx. 40:34). O Verbo encarnado é também a resposta à oração de Moisés (Êx. 33:18). João não narra a Transfiguração, pois apresenta todo o ministério como uma transfiguração, exceto quanto à luz da qual fala, que é moral e espiritual (cheio de graça e de verdade e não algo visível, cons. Jo. 1:17).
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
 
A Divindade de CRISTO - João 1. 1-5
Austin diz (de Civitate Dei, liv. 10, Jo 29) que seu amigo Simplício lhe contou que tinha ouvido um filósofo platônico dizer que estes primeiros versículos do Evangelho de João mereciam ser escritos com letras douradas. O erudito Francis Junius, no relato que faz da sua própria vida, conta como, na sua juventude, foi infectado com noções frouxas de religião, e como, pela graça de DEUS, foi maravilhosamente recuperado ao ler acidentalmente estes versículos em uma Bíblia que seu pai tinha propositadamente deixado para que ele a encontrasse. Ele diz que observou tanta divindade no argumento, tanta autoridade e majestade no estilo, que sua carne tremeu, e ele foi dominado por tanto assombro, que, durante um dia inteiro, ele mal soube onde estava ou o que estava fazendo. E esta ocasião ele considera o início da sua conversão ao cristianismo. Vamos investigar o que há nestas fortes linhas. O evangelista aqui apresenta a grande verdade que ele deseja provar, que JESUS CRISTO é DEUS, um com o Pai. Observe:
I
De quem ele fala – “o Verbo” (ou “a Palavra”) – ho logos. Esta é uma expressão peculiar aos textos de João. Veja 1 João 1.1; 5.7; Apocalipse 19.13. Alguns pensam que em Atos 20.32; Hebreus 4.12 e Lucas 1.2 “a palavra” se refere a CRISTO. A paráfrase em caldeu muito freqüentemente chama o Messias de Memra – a Palavra de Jeová, e fala de muitas coisas no Antigo Testamento, que seriam feitas pelo Senhor, como feitas por aquela Palavra do Senhor. Até mesmo os judeus vulgares aprendiam que a Palavra de DEUS era como DEUS. O evangelista, no final do seu discurso (v. 18), nos diz claramente por que chama a CRISTO de “o Verbo” – porque Ele é o único Filho gerado, que está no seio do seu Pai, e que o declarou. O Verbo compõe-se de duas partes: logos endiathetos – palavra concebida; e logos prophorikos – palavra pronunciada. O logos ho eso e ho exo, ratio e oratio – inteligência e expressão. 1. Existe a palavra concebida, isto é, pensada, que é o primeiro e único produto imediato e a impressão da alma (da qual todas as operações são realizadas pelo pensamento), e que está unida à alma. E assim, a segunda pessoa da Trindade é, adequadamente, chamada “o Verbo” (ou “a Palavra”), pois Ele é o primogênito do Pai, a eterna e essencial sabedoria que o Senhor possuía, assim como a alma gera pensamento, no princípio dos seus caminhos, Provérbios 8.22. Não há nada de que tenhamos mais certeza do que aquilo que pensamos, e ainda assim, nada que desconheçamos mais do que aquilo que pensamos. Quem pode explicar a geração do pensamento na alma? Certamente, então, as gerações e os nascimentos da mente eterna podem ser aceitos como sendo grandes mistérios da Divindade, cujo fundamento nós não podemos compreender, embora apreciemos sua profundeza. 2. Existe a palavra proferida, e esta é a fala, a principal e mais natural indicação da mente. E assim, CRISTO é o Verbo, pois, por meio dele, DEUS falou-nos nestes últimos dias (Hb 1.1), e nos instruiu para que o escutássemos, Mateus 17.5. Ele nos fez conhecida a mente de DEUS, assim como a palavra ou o discurso de um homem dá a conhecer seus pensamentos até o ponto em que ele o desejar, e não além dele. CRISTO é chamado “um santo que falava” (veja as observações sobre Daniel 8.13), aquele que falava de coisas ocultas e estranhas. Ele é a Palavra que fala da parte de DEUS para nós, e que também fala a DEUS a nosso favor. João Batista era a voz, mas CRISTO era a Palavra. Sendo o Verbo, Ele é a Verdade, o Amém, a Testemunha fiel do pensamento de DEUS.
II
O que João fala a respeito de JESUS é suficiente para provar, sem sombra de dúvida, que Ele é DEUS. Ele declara:
1. Sua existência no princípio: “No princípio, era o Verbo”. Isto evidencia sua existência, não somente antes da sua encarnação, mas antes de todos os tempos. O princípio dos tempos, no qual todas as criaturas foram criadas e trazidas à existência, encontrou este Verbo eterno já existindo. O mundo passou a existir a partir de um instante inicial, na criação, mas o Verbo já existia. A eternidade é normalmente expressa como existindo “antes da fundação do mundo”. A eternidade de DEUS é descrita assim (Sl 90.2): “Antes que os montes nascessem”. Também em Provérbios 8.23. O Verbo existia antes que o mundo existisse. Aquele que existia no princípio nunca teve início, e, portanto, era sempre achronos – sem princípio de tempo, segundo Nono.
2. Sua coexistência com o Pai: “O Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS”. Que, ao convidarmos alguém para vir a CRISTO, esta pessoa não diga que a estamos afastando de DEUS, pois CRISTO está com DEUS, e é DEUS. Isto é repetido no v. 2: aquele em quem cremos, e que pregamos, estava no princípio com DEUS, isto é, sempre esteve, desde a eternidade. No princípio, o mundo originou-se de DEUS, pois foi criado por Ele, mas o Verbo estava com DEUS, sempre com Ele. O Verbo estava com DEUS: (1) Em termos de essência e substância, pois o Verbo era DEUS: uma pessoa ou substância distinta, pois estava com DEUS, e, apesar disto, o mesmo em substância, pois era DEUS, Hebreus 1.3. (2) Em termos de complacência e felicidade. Havia uma glória e uma felicidade que CRISTO tinha com DEUS antes que o mundo existisse (Jo 17.5), o Filho infinitamente feliz desfrutando do seio do seu Pai, e, da mesma forma, das delícias do seu Pai, o Filho do seu amor, Provérbios 8.30. (3) Em termos de conselho e desígnio. O mistério da redenção do homem por este Verbo encarnado esteve oculto em DEUS antes de todos os mundos, Efésios 3.9. Aquele que se responsabilizou por nos levar até DEUS (1 Pe 3.18) estava, Ele mesmo, desde a eternidade, com DEUS, o Pai. Assim, esta grande questão da reconciliação do homem com DEUS foi decidida entre o Pai e o Filho desde a eternidade, e Eles estão de pleno acordo quanto a isto, Zacarias 6.13; Mateus 11.27. O Senhor JESUS estava ao lado de DEUS, o Pai, como alguém que vive constantemente com Ele, tendo este serviço como seu objetivo maior, Provérbios 8.30. Ele estava com DEUS, e por isto se diz que Ele saiu do Pai.
3. Sua interferência na criação do mundo, v. 3. Isto, aqui, está: (1) Afirmado expressamente: “Todas as coisas foram feitas por Ele”. Ele estava com DEUS, não somente de modo a estar familiarizado com os conselhos divinos, desde a eternidade, mas para estar ativo nas operações divinas, no princípio do tempo. “Então, eu estava com Ele”, Provérbios 8.30. Pela palavra do Senhor foram feitos os céus (Sl 33.6), e CRISTO era a Palavra, o Verbo. Por meio dele, não como um instrumento subordinado, mas como um agente coordenado, DEUS fez o mundo (Hb 1.2), não como o trabalhador cria, com seu machado, mas como o corpo vê, com o olho. (2) O contrário é negado: “Sem ele nada do que foi feito se fez”, desde o mais elevado anjo até o verme mais inferior. DEUS, o Pai, não fez nada sem Ele na criação. Veja: [1] Isto prova que Ele é DEUS: “O que edificou todas as coisas é DEUS”, Hebreus 3.4. O DEUS de Israel freqüentemente provava que era DEUS com isto, como tendo criado todas as coisas (Is 40.12,28; 41.4; veja também Jr 10.11,12). [2] Isto prova a excelência da religião cristã, o fato de que o autor e o fundador da religião é o mesmo que tinha sido o autor e fundador do mundo. Como deve ser, necessariamente, excelente esta constituição, que deriva sua instituição daquele que é a fonte de toda excelência! Quando adoramos a CRISTO, nós adoramos àquele a quem os patriarcas honraram como o Criador do mundo, e em quem todas as criaturas confiam. [3] Isto mostra como Ele estava bem qualificado para a obra da nossa redenção e salvação. O socorro foi colocado sobre aquele que realmente é poderoso, pois foi colocado sobre aquele que fez todas as coisas, e o autor da nossa felicidade é o autor da nossa existência.
4. A vida e a luz estavam originalmente nele: “Nele, estava a vida”, v. 4. Isto prova ainda mais que Ele é DEUS, e que está, de todas as maneiras, qualificado para sua missão, pois: (1) Ele tem a vida em si. Ele não é somente o DEUS verdadeiro, mas é o DEUS vivo. DEUS é vida. Ele jura por si mesmo, quando diz: “Assim como Eu vivo”. (2) Todas as criaturas vivas têm sua vida nele. Não somente toda a matéria de sua criação foi feita por Ele, mas também toda a vida que está na criação é derivada dele, e sustentada por Ele. Foi a palavra de DEUS que produziu as criaturas que se movimentam, que têm vida, Gênesis 1.20; Atos 17.25. Ele é aquela Palavra pela qual o homem vive mais do que pelo pão, Mateus 4.4. (3) As criaturas racionais têm sua luz oriunda dele. A vida que “era a luz dos homens” vem dele. A vida no homem é alguma coisa maior e mais nobre do que é em outras criaturas; é racional, e não meramente animal. Quando o homem se tornou alma vivente, sua vida era luz, suas capacidades distinguiam-no e o colocavam acima dos animais que perecem. “A alma [ou “espírito”, versão RA] do homem é a lâmpada do Senhor”, e é a Palavra eterna que acende esta lâmpada. A luz da razão, assim como a vida dos sentidos, deriva dele, e depende dele. Isto o prova adequado para empreender nossa salvação, pois a vida e a luz, a vida espiritual e eterna e a luz, são as duas grandes coisas de que o homem caído, que está tão subjugado pelo poder da morte e das trevas, precisa. De quem podemos esperar a luz da revelação divina, a não ser daquele que nos deu a luz da razão humana? E se, quando DEUS nos deu a vida natural, esta vida estava no seu Filho, com que disposição nós devemos receber os registros do Evangelho, que mostram que Ele nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho!
5. Sua manifestação aos filhos dos homens. Alguém poderia objetar: “Se esta palavra eterna esteve, em geral, na criação do mundo, como é que Ele foi tão pouco observado e considerado?” A isto, Ele responde (v. 5): “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. Observe:
(1) A revelação da Palavra eterna ao mundo caído, antes mesmo que Ele se manifestasse em carne: “A luz resplandece nas trevas”. A luz evidencia a si mesma, e se faz conhecida. Esta luz, de onde vem a luz dos homens, resplandeceu, e resplandece. [1] A Palavra eterna, sendo DEUS, resplandece nas trevas da consciência natural. Embora os homens, pela queda, tenham se tornado trevas, ainda assim o que de DEUS se pode conhecer neles se manifesta. Veja Romanos 1.19,20. A luz da natureza é esta luz que resplandece nas trevas. Toda a humanidade tem um sentido inato de algo do poder do Verbo divino, tanto criando quanto ordenando. Se não fosse por isto, a terra seria um inferno, um lugar de escuridão completa. Bendito seja DEUS, ainda não é assim. [2] O Verbo eterno, como Mediador, resplandeceu nas trevas dos tipos e figuras do Antigo Testamento, e das profecias e promessas que haviam sobre o Messias, desde o princípio. Aquele que tinha ordenado que a luz deste mundo resplandecesse nas trevas foi, Ele mesmo, durante muito tempo, uma luz que resplandeceu nas trevas. Havia um véu sobre esta luz, 2 Coríntios 3.13.
(2) A incapacidade deste mundo degenerado para receber esta revelação: “As trevas não a compreenderam”. A maioria dos homens recebia a graça de DEUS, nestas revelações, em vão. [1] O mundo da humanidade não compreendia a luz natural que havia no seu entendimento, e tornou inútil sua imaginação a respeito do DEUS eterno e do Verbo eterno, Romanos 1.21,28. As trevas do erro e do pecado superaram, e praticamente eclipsaram, esta luz. “DEUS fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso”, Jó 33.14. [2] Os judeus, que tinham a luz do Antigo Testamento, também não compreenderam a CRISTO nela. Assim como havia um véu sobre a face de Moisés, também aqui havia um véu sobre os corações das pessoas. Nas trevas dos tipos e sombras, brilhou a luz, mas eram tantas as trevas do seu entendimento, que eles não puderam vê-la. Por isto, era essencial que CRISTO viesse, tanto para corrigir os erros do mundo gentio como para aprimorar as verdades da igreja judaica
 
 
O Testemunho de João Batista. A Encarnação de CRISTO
João 1. 6-14
O evangelista deseja apresentar João Batista dando um honroso testemunho a respeito de JESUS CRISTO. Nestes versículos, antes de fazer isto:
I
Ele nos dá algumas informações sobre a testemunha que irá apresentar. Seu nome era João, que significa “gracioso”. Suas palavras eram austeras, mas ele não era menos gracioso por isto. Veja:
1. Aqui nós lemos a respeito dele, de uma forma geral, que era um homem enviado por DEUS. O evangelista tinha dito, a respeito de JESUS CRISTO, que Ele estava com DEUS, e que Ele era DEUS. Mas aqui, a respeito de João, ele diz que se tratava de um homem, um mero homem. DEUS se agrada de falar conosco por meio de homens como nós mesmos. João era um grande homem, mas era um homem, filho de homem. Era enviado de DEUS, um anjo de DEUS, assim ele é chamado, Malaquias 3.1. DEUS deu a ele tanto sua missão quanto sua mensagem, tanto suas credenciais quanto suas instruções. João não realizou nenhum milagre, nem lemos que tenha tido visões e revelações, mas a rigidez e a pureza da sua vida e doutrina, e a tendência direta de ambas para transformar o mundo e reavivar os interesses do reino de DEUS entre os homens, eram indicações claras de que ele era enviado por DEUS.
2. Aqui nós lemos quais eram suas funções (v. 7): “Este veio para testemunho”, uma testemunha ocular, uma testemunha líder. Ele veio eis martyrian – para testemunho. As instituições legais tinham sido, por muito tempo, um testemunho de DEUS na igreja judaica. Por seu intermédio, a religião revelada era acompanhada. Nela, nós lemos sobre o Tabernáculo do testemunho, a Arca do testemunho, a Lei e o testemunho. Mas agora a revelação divina será dirigida a outro canal, agora o testemunho de CRISTO é o testemunho de DEUS, 1 Coríntios 1.6; 2.1. DEUS realmente não deixou a si mesmo sem um testemunho entre os gentios (At 14.17), mas o Redentor não tinha testemunhas a seu favor entre eles. Havia um profundo silêncio a respeito dele, até que João Batista veio para testificar sobre sua bendita pessoa. Observe: (1) O assunto do seu testemunho: “Para que testificasse da luz”. A luz é algo que testemunha por si mesma, e traz sua própria evidência consigo. Mas para aqueles que fecham seus olhos contra a luz, é necessário que haja aqueles que testifiquem dela. A luz de CRISTO não precisa do testemunho do homem, mas as trevas do mundo, sim. João era como o vigia noturno que anda pela cidade, proclamando a chegada da luz da manhã àqueles que têm os olhos fechados, e não desejam observá-la. Ou como aquele vigia que se colocava para dizer àqueles que lhe perguntavam o que houve de noite que “vem a manhã”, e, “se quereis perguntar, perguntai”,Isaías 21.11,12. Ele era o enviado de DEUS para dizer ao mundo que o tão esperado Messias era chegado, aquele que seria uma luz para iluminar os gentios, e a glória do seu povo, Israel, e para proclamar que era chegada a dispensação que traria à luz a vida e a imortalidade. (2) O desígnio do seu testemunho: “Para que todos cressem por ele”. Não nele, mas em CRISTO, cujo caminho ele tinha sido enviado para preparar. Ele ensinou os homens a olharem através dele, e a passarem, por seu intermédio, a CRISTO; através da doutrina do arrependimento do pecado, à doutrina da fé em CRISTO. Ele preparou os homens para a recepção de CRISTO e do seu Evangelho, despertando-os a uma visão e a uma percepção do pecado, e para que, com os olhos abertos, eles pudessem estar prontos para aceitar os raios de luz divina que, na pessoa e doutrina do Messias, agora estavam prontos para brilhar em seus rostos. Se eles apenas recebessem o testemunho dos homens, logo descobririam que o testemunho de DEUS é maior, 1 João 5.9. Veja Jo 10.41. Observe que o objetivo era que todos os homens, por seu intermédio, cressem, sem excluir das gentis e benéficas influências do seu ministério a ninguém que não se excluísse, como faziam as multidões que rejeitaram o conselho de DEUS contra si mesmas, e desta maneira receberam inutilmente a graça de DEUS.
3. Aqui somos avisados para não confundir com a luz aquele que somente veio para dar testemunho dela (v. 8): “Não era ele a luz”, que era esperada e prometida, mas somente se colocou para dar testemunho desta grande e soberana luz. Ele era uma estrela, como aquela que guiou os magos para que encontrassem a CRISTO, a Estrela da Manhã, mas ele não era o Sol; não era o Esposo, mas um amigo do Esposo; não era o Príncipe, mas seu arauto. Havia aqueles que se acomodavam ao batismo de João, e não iam adiante, como alguns efésios, Atos 19.3. Para corrigir este erro, o evangelista, aqui, ao falar muito honrosamente a respeito de João Batista, ainda assim mostra que ele deveria dar lugar a CRISTO. Ele era grande, como o profeta do Altíssimo, mas não era o Altíssimo. Observe que nós devemos tomar o mesmo cuidado para não supervalorizar os ministros, e também para não subvalorizá-los. Eles não são nossos senhores, nem têm domínio sobre nossa fé, mas são ministros pelos quais nós cremos, são administradores da casa do Senhor. Não devemos assumir uma fé cega em relação à sua conduta, pois eles não são a luz, mas devemos prestar atenção ao seu testemunho, e recebê-lo, pois eles são enviados para dar testemunho da luz. Devemos, então, estimá-los, não fazendo nada diferente disto. Se João fingisse ser aquela luz, ele não teria sido uma testemunha tão fiel daquela luz. Aqueles que usurpam a honra de CRISTO perdem a honra de ser servos de CRISTO. João era muito útil como uma testemunha da luz, embora não fosse a luz. Até mesmo aqueles que brilham com uma luz emprestada podem ser muito úteis para nós.
II
Antes de prosseguir com o testemunho de João, ele retorna para nos dar informações adicionais sobre este JESUS de quem o evangelista estava escrevendo. Tendo mostrado, no início do capítulo, as glórias da sua divindade, aqui ele vem mostrar as graças da sua encarnação, e seus favores ao homem como Mediador.
1. CRISTO era a “luz verdadeira” (v. 9). Não como se João Batista fosse uma falsa luz, mas, em comparação com CRISTO, ele era uma luz muito pequena. CRISTO é a grande luz, e merece ser chamado assim. Outras luzes são apenas figurativamente e equivocadamente assim chamadas. CRISTO é a verdadeira luz. A fonte de todo conhecimento e de todo consolo deve, necessariamente, ser a verdadeira luz. Ele é a verdadeira luz, por cuja prova nós não somos remetidos às emanações da sua glória no mundo invisível (os raios com os quais Ele o ilumina), mas aos raios da sua luz que são lançados para baixo, e com os quais este nosso mundo escuro é iluminado. Mas como CRISTO ilumina todo homem que vem ao mundo? (1) Pelo seu poder de criação, Ele ilumina todo homem com a luz da razão. Aquela vida, que é a luz dos homens, origina-se nele. Todas as revelações e orientações da razão, todo o consolo que ela nos dá, e toda a beleza que coloca em nós vêm de CRISTO. (2) Pela divulgação do seu Evangelho a todas as nações, Ele verdadeiramente ilumina todos os homens. João Batista era uma luz, mas ele iluminava somente Jerusalém e a Judéia, e a região próxima ao Jordão, como uma candeia que ilumina somente uma sala. Porém, CRISTO é a luz verdadeira, pois Ele é uma luz que ilumina os gentios. Seu Evangelho eterno deve ser proclamado a toda nação e língua, Apocalipse 14.6. Como o sol, que ilumina todo homem que abrir seus olhos, e receber sua luz (Sl 19.6), ao qual se compara a pregação do Evangelho. Veja Romanos 10.18. A revelação divina não deve agora ser confinada, como tinha sido, a um povo, mas deve ser difundida a todos os povos, Mateus 5.15. (3) Por obra do seu ESPÍRITO e graça, Ele ilumina todos aqueles que são iluminados para a salvação, e aqueles que não são iluminados por Ele perecem nas trevas. Está escrito que a luz do conhecimento da glória de DEUS está na face de JESUS CRISTO, e é comparada com a luz que no início recebeu a ordem de brilhar nas trevas, e que ilumina todo homem que vem ao mundo. Qualquer que seja a luz que o homem tenha, ele estará em dívida com CRISTO por ela, seja esta luz natural ou sobrenatural.
2. CRISTO “estava no mundo”, v. 10. Ele estava no mundo, como a Palavra essencial, antes da sua encarnação, sustentando todas as coisas. Mas isto se refere ao fato de que Ele estava no mundo quando assumiu sobre si nossa natureza, e habitou entre nós. Veja Jo 16.28: “Vim ao mundo”. O Filho do Altíssimo estava aqui, neste mundo inferior; aquela luz, neste mundo escuro; aquele santo, neste mundo pecador e corrompido. Ele tinha deixado um mundo de felicidade e glória, e estava aqui, neste mundo melancólico e miserável. Ele assumiu a missão de reconciliar o mundo com DEUS, e por isto estava no mundo, para tratar deste assunto e para decidir esta questão, para satisfazer a justiça de DEUS para o mundo, e revelar o favor de DEUS para o mundo. Ele estava no mundo, mas não era do mundo, e fala com um ar de triunfo quando pode dizer: “Eu já não estou mais no mundo”, Jo 17.11. A maior honra que já foi dada a este mundo, que é uma parte tão inferior e sem valor do universo, é que o Filho de DEUS esteve, certa vez, no mundo. E assim como isto deveria engajar nossos afetos às coisas do alto, onde CRISTO está, também deveria reconciliar-nos com nossa habitação atual neste mundo, em que CRISTO esteve certa vez. Ele esteve no mundo durante algum tempo, mas isto é mencionado aqui como algo já passado, e assim será dito a nosso respeito, dentro de pouco tempo: “Nós estivemos no mundo”. Oh! Que, quando não estivermos mais aqui, possamos estar onde CRISTO está! Observe aqui: (1) Que razão CRISTO tinha para esperar a mais afetuosa e respeitosa acolhida possível neste mundo: “O mundo foi feito por ele”. Ele veio para salvar um mundo perdido porque era um mundo feito por Ele. Por que Ele não deveria se preocupar em restaurar a luz que tinha sido acesa por Ele mesmo, restaurar uma vida que Ele mesmo tinha infundido, e renovar a imagem que foi, originalmente, cunhada por Ele mesmo? O mundo foi feito por Ele, e, portanto, deve render-lhe homenagem. (2) A fria recepção que Ele teve, apesar disto: “O mundo não o conheceu”. O grande Criador, Soberano e Redentor deste mundo estava nele, e poucos, ou nenhum, dos habitantes do mundo soube disto. “O boi conhece o seu possuidor”, mas o mundo mais embrutecido não o conheceu. Eles não o aceitaram, não lhe deram as boas-vindas, porque não o conheceram. E eles não o conheceram porque Ele não se deu a conhecer da maneira como eles esperavam – em glória e majestade externas. Seu reino não veio com alarde, porque deveria ser um reino de lutas e provações. Quando Ele vier como Juiz, o mundo o conhecerá.
3. Ele “veio para o que era seu” (v. 11). Não somente ao mundo, que era seu, mas ao povo de Israel, que era particularmente seu, acima de todos os povos. Deles, Ele veio; entre eles, Ele viveu; e a eles, Ele foi enviado, em primeiro lugar. Os judeus eram, nesta época, um povo desprezível. A coroa tinha caído de suas cabeças, mas, em memória do antigo concerto, por mais que fossem maus, e por mais que fossem pobres, CRISTO não se envergonhava de considerá-los como seus. Ta idia – suas próprias coisas, não tous idious – suas próprias pessoas, como os verdadeiros crentes são chamados, Jo 13.1. Os judeus eram seus, assim como a casa de um homem, e as terras, e os bens são seus, e ele os usa e possui. Mas os crentes são seus, assim como a esposa e os filhos de um homem são seus, e ele os ama e aprecia. Ele veio para os seus, para procurá-los e salvá-los, porque eram seus. Ele foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel, pois as ovelhas eram suas. Observe:
(1) Que muitos o rejeitaram: “Os seus não o receberam”. Ele tinha razões para esperar que aqueles que eram seus viessem a dar-lhe uma boa acolhida, considerando como eram grandes as obrigações pelas quais estavam sujeitos a Ele, e como eram boas as oportunidades que tinham de conseguir o conhecimento dele. Eles tinham os oráculos de DEUS, que lhes diziam, de antemão, onde e quando esperá-lo, e de que tribo e família Ele nasceria. Ele veio entre Eles, pessoalmente, apresentado com sinais e milagres, sendo Ele mesmo o maior deles, e por isto não está escrito, a respeito deles, como estava, a respeito do mundo (v. 10), que não o conheceram. Mas os seus, embora não pudessem deixar de conhecê-lo, ainda assim não o receberam. Não receberam sua doutrina, não o receberam como o Messias, mas se fortificaram contra Ele. Os principais dos sacerdotes, que eram, de uma maneira particular, os seus (pois os levitas eram a tribo de DEUS), foram líderes deste desprezo que foi direcionado a Ele. Isto era muito injusto, porque eles eram seus, e por isto Ele poderia exigir seu respeito. E era muito grosseiro e ingrato, porque Ele veio a eles para procurá-los e salvá-los, e obter, assim, seu respeito. Observe que muitos que professam pertencer a CRISTO, não o recebem, porque não desejam se afastar dos seus pecados, nem tê-lo reinando sobre si.
(2) Que ainda havia alguns que o reconheciam, e que eram fiéis a Ele. Embora os seus não o recebessem, havia aqueles que o receberam (v. 12): “Mas a todos quantos o receberam”. Embora Israel não estivesse reunido, ainda assim CRISTO era glorioso. Embora o corpo daquela nação persistisse e perecesse na incredulidade, ainda assim houve muitos deles que foram transformados para submeter-se a CRISTO, e muitos mais que não pertenciam a este grupo. Observe aqui:
[1] A descrição e a característica do verdadeiro cristão. Ela consiste em que ele receba a CRISTO e que creia no seu nome. As últimas atitudes explicam as primeiras. Observe, em primeiro lugar, que ser verdadeiramente um cristão é crer no nome de CRISTO, é concordar com a revelação do Evangelho, e estar de acordo com a proposta do Evangelho a respeito dele. Seu nome é Verbo de DEUS; o Rei dos reis; o Senhor, Justiça Nossa; JESUS, o Salvador. Crer no seu nome consiste em reconhecer que Ele é o que estes grandes nomes evidenciam, e estar de acordo com isto, para que Ele possa ser tudo isto para nós. Em segundo lugar, crer no nome de CRISTO é recebê-lo como um presente de DEUS. Nós devemos receber sua doutrina como sendo verdadeira e boa; receber sua lei, como justa e santa; receber suas ofertas, como gentis e benéficas; e devemos receber a imagem da sua graça, e as impressões do seu amor, como o princípio governante dos nossos afetos e ações.
[2] A dignidade e os privilégios do verdadeiro cristão possuem duas partes:
Em primeiro lugar, o privilégio de adoção, que os conduz para junto dos filhos de DEUS: “Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS”. Até aqui, a adoção pertencia somente aos judeus (“Israel é meu filho, meu primogênito”). Mas agora, pela fé em CRISTO, os gentios são os filhos de DEUS, Gálatas 3.26. Eles têm poder, exousian – autoridade. Pois nenhum homem toma o poder para si mesmo, exceto aquele que é autorizado pela carta de direitos do Evangelho. A eles, Ele concedeu um direito, a eles, Ele deu esta proeminência. Todos os santos possuem este poder. Observe: 1. É o privilégio indescritível de todos os bons cristãos, o fato de que se tornam filhos de DEUS. Eles eram, por natureza, filhos da ira, filhos deste mundo. Se eles devem ser filhos de DEUS, eles assim se tornam, assim são feitos. Fiunt, non nascuntur Christiani – As pessoas não nascem cristãs, mas se tornam cristãs. – Tertuliano. Vejam que grande caridade é esta, 1 João 3.1. DEUS os chama de seus filhos, eles o chamam de Pai, e têm direito a todos os privilégios dos filhos, os do seu caminho e os da sua casa. 2. O privilégio da adoção deve-se inteiramente a JESUS CRISTO, Ele deu este poder àqueles que creram no seu nome. DEUS é seu Pai, e também o nosso, e é por virtude da nossa adoção por Ele, e pela nossa união com Ele, que nos relacionamos com DEUS como nosso Pai. Foi em CRISTO que fomos predestinados à adoção. Dele, nós recebemos tanto o caráter quanto o ESPÍRITO de adoção, e Ele é o primogênito entre muitos irmãos. O Filho de DEUS tornou-se um Filho do homem, para que os filhos e filhas dos homens pudessem se tornar os filhos e filhas do DEUS Todo-Poderoso.
Em segundo lugar, o privilégio do novo nascimento (v. 13): “Os quais... nasceram”. Observe que todos os filhos de DEUS nascem novamente. Todos os que são adotados, são nascidos novamente. Esta transformação real acompanha sempre a relativa. Sempre que DEUS confere a dignidade de filhos, Ele cria a natureza e a disposição de filhos. Os homens não podem fazer isto quando adotam filhos. Aqui temos uma avaliação do modelo deste novo nascimento. 1. Negativamente: (1) Ele não se propaga pela geração natural dos nossos pais. Ele não é de sangue, nem da vontade da carne, nem de semente corruptível, 1 Pedro 1.23. O homem é chamado de carne e sangue, porque ali está seu modelo, mas nós não nos tornamos os filhos de DEUS da mesma maneira como nos tornamos os filhos dos nossos pais naturais. Observe que a graça não corre no sangue, como corre a corrupção. O homem corrompido gerou um filho à sua semelhança (Gn 5.3), mas o homem santificado e renascido não gera um filho a esta semelhança. Os judeus vangloriavam-se muito da sua ascendência, e do sangue nobre que corria em suas veias: “Nós somos a semente de Abraão”, e por isto a eles pertencia a adoção, porque eles eram nascidos daquele sangue. Mas esta adoção do Novo Testamento não é encontrada em nenhum relacionamento natural. (2) Ele não se produz pelo poder natural da nossa própria vontade. Assim como não é de sangue, nem da vontade da carne, também não é da vontade do varão, que opera sob uma impotência moral para determinar o que é bom, de modo que os princípios da vida divina não são plantados por nós. É a graça de DEUS que faz com que desejemos ser seus. Nem podem as leis ou textos humanos prevalecer para santificar e regenerar uma alma. Se pudessem, o novo nascimento seria pela vontade do varão. Mas, 2. Positivamente: é de DEUS. Este novo nascimento deve-se à Palavra de DEUS, como meio (1 Pe 1.23), e ao ESPÍRITO de DEUS, como o grande e único autor. Os verdadeiros crentes são nascidos de DEUS, 1 João 3.9; 5.1. E isto é necessário para sua adoção, pois nós não podemos esperar o amor de DEUS, se não tivermos algo da sua semelhança, nem clamarmos pelos privilégios da adoção, se não estivermos sob o poder da regeneração.
4. “O Verbo se fez carne”, v. 14. Isto expressa a encarnação de CRISTO mais claramente do que aquilo que foi dito antes. Pela sua divina presença, Ele sempre esteve no mundo, e pelos seus profetas, Ele veio para os seus. Mas vindo a plenitude dos tempos, Ele foi enviado de outra maneira, nascido de mulher (Gl 4.4). DEUS manifestado na carne, de acordo com a fé e a esperança do santo Jó: “Ainda em minha carne verei a DEUS”, Jó 19.26. Observe aqui:
(1) A natureza humana de CRISTO, com a qual Ele se recobriu, e que expressava dois caminhos.
[1] “O Verbo se fez carne”. “Visto como os filhos”, que deviam tornar-se filhos de DEUS, “participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas”, Hebreus 2.14. Os socinianos concordam que CRISTO é, ao mesmo tempo, DEUS e homem, mas dizem que Ele era homem, e foi feito DEUS, como Moisés (Êx 7.1), diretamente o oposto ao que diz João aqui, Theos en – Ele era DEUS, mas sarx egeneto – Ele se fez carne. Compare o versículo 1 com este. Isto sugere não apenas que Ele era verdadeiramente um homem, mas que Ele se sujeitou às desgraças e calamidades da natureza humana. Ele se fez carne, a parte mais simples do homem. A carne evidencia a fraqueza do homem, e Ele foi “crucificado por fraqueza”, 2 Coríntios 13.4. A carne significa um homem mortal e morrendo (Sl 78.39), e CRISTO foi mortificado na carne, 1 Pedro 3.18. Na verdade, a carne significa o homem corrompido pelo pecado (Gn 6.3), e CRISTO, embora fosse perfeitamente santo e inocente, ainda assim manifestou-se em semelhança da carne do pecado (Rm 8.3), e foi feito pecado por nós, 2 Coríntios 5.21. Quando Adão pecou, DEUS disse a ele: “És pó”, não somente porque tinha sido feito do pó da terra, mas porque, pelo pecado, ele tinha se afundado no pó. Sua queda, somatoun ten psychen, transformou-o em corpo, o fez terreno. Portanto, aquele que se fez maldição por nós, se fez carne, e condenou o pecado na carne, Romanos 8.3. Maravilhe-se com isto, que o Verbo eterno fosse feito carne, quando a carne tinha uma tão má reputação; que aquele que fez todas as coisas se fizesse carne, uma das coisas mais inferiores, e se submetesse àquilo de que Ele se encontrava mais distante. A voz que apresentou o Evangelho clamou: “Toda carne é erva” (Is 40.6), para tornar mais maravilhoso o amor do Redentor, que, para nos redimir e salvar, se fez carne, e murchou como erva. Mas o Verbo do Senhor, que se fez carne, permanece para sempre. Mesmo quando se fez carne, Ele não deixou de ser o Verbo de DEUS.
[2] Ele “habitou entre nós”, aqui, neste mundo inferior. Tendo assumido a natureza de homem, Ele colocou-se no lugar e na condição de outros homens. O Verbo poderia ter-se feito carne, e habitado entre os anjos. Mas, tendo tomado um corpo do mesmo molde que nós, nele Ele veio, e habitou no mesmo mundo que nós. Ele habitou entre nós; nós, vermes da terra; nós, de quem Ele não precisava; nós, que éramos corruptos e depravados, e revoltados contra DEUS. O Senhor DEUS veio e habitou até entre os rebeldes, Salmos 68.18. Aquele que tinha habitado entre anjos, aqueles seres nobres e excelentes, veio e habitou entre nós, que somos uma raça de víboras, nós, pecadores, o que era pior para Ele do que a residência de Davi em Meseque e Quedar, ou a de Ezequiel entre escorpiões, ou a da igreja de Pérgamo, que habitava onde estava o trono de Satanás. Quando consideramos o mundo superior, o mundo dos espíritos, como parece inferior e desprezível esta carne, este corpo que nós levamos conosco, e este mundo no qual nossa sorte está lançada, e como é difícil que uma mente contemplativa se reconcilie com eles! Mas uma vez que o Verbo eterno se fez carne, vestiu-se com um corpo, como nós, e habitou neste mundo, como nós, isto colocou uma honra sobre ambos, e deve nos fazer desejar habitar na carne enquanto DEUS tenha algum serviço para fazermos, pois CRISTO habitou neste mundo inferior, ruim como ele é, até que tivesse terminado o que tinha que fazer aqui, Jo 17.4. Ele habitou entre os judeus, para que se cumprissem as Escrituras: “Habite nas tendas de Sem”, Gênesis 9.27. E veja Zacarias 2.10. Mesmo os judeus sendo cruéis com o Senhor JESUS, Ele continuou a habitar entre eles. Embora (como nos contam alguns dos autores antigos) Ele tivesse sido convidado a um tratamento melhor por Abgar, rei de Edessa, ainda assim Ele não se mudou para nenhuma outra nação. Ele habitou entre nós. Ele estava no mundo, não como um viajante que fica apenas por uma noite, mas Ele habitou entre nós, teve uma longa estada, a expressão original é notável, eskenosen en hemin – Ele residiu entre nós, como em um tabernáculo, o que sugere, em primeiro lugar, que Ele habitou aqui em circunstâncias muito humildes, como pastores que habitam em tendas. Ele não habitou entre nós como em um palácio, mas como em uma tenda, pois Ele não tinha onde reclinar a cabeça, e estava sempre se deslocando de um lugar para outro. Em segundo lugar, que sua situação aqui era uma situação militar. Soldados residem em tendas. Ele tinha, há muito tempo, proclamado a guerra com a semente da serpente, e agora Ele toma o campo, pessoalmente, ergue seu estandarte, e arma sua tenda, para prosseguir nesta guerra. Em terceiro lugar, que sua estada entre nós não seria perpétua. Ele habitou aqui como em uma tenda, não como em casa. Os patriarcas, residindo em tabernáculos, “confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra”, e procuravam uma pátria melhor, e assim também foi CRISTO, dando-nos um exemplo, Hebreus 13.13,14. Em quarto lugar, que assim como antigamente DEUS residiu no Tabernáculo de Moisés, na shekinah entre os querubins, assim também agora Ele habita na natureza humana de CRISTO, que agora é a verdadeira shekinah, o símbolo da presença peculiar de DEUS. E nós devemos nos dirigir a DEUS por meio de CRISTO, e dele receber os oráculos divinos.
(2) Os raios da sua glória divina que se lançavam através deste véu de carne: “Vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Assim como o sol, mesmo eclipsado ou nublado, ainda é a fonte de luz, também CRISTO ainda era o brilho da glória do seu Pai, mesmo quando Ele residia entre nós, neste mundo inferior. E ainda que os judeus pensassem de modo desprezível sobre Ele, havia aqueles que viam através do véu. Observe:
[1] Quem eram as testemunhas desta glória: nós, seus discípulos e seguidores, que convivemos mais livremente e familiarmente com Ele. Nós, entre os quais Ele habitou. Outros homens revelam suas fraquezas àqueles com quem têm mais familiaridade, mas não foi assim com CRISTO. Aqueles que tinham mais intimidade com Ele, viram principalmente sua glória. Como acontecia com sua doutrina, os discípulos conheciam seus mistérios, ao passo que outros a recebiam sob o véu das parábolas, assim também acontecia com sua pessoa, eles viam a glória da sua divindade, ao passo que os outros viam somente o véu da sua natureza humana. Ele se manifestou a eles, e não ao mundo. Estas testemunhas formavam um número adequado, eram doze, um júri completo de testemunhas, homens sinceros e íntegros, e distantes de qualquer tipo de plano ou intriga.
[2] Que evidência eles tiveram dela: “Vimos”. Eles não tiveram sua evidência por um relato, em segunda mão, mas foram, eles mesmos, testemunhas oculares das provas sobre as quais construíram seu testemunho de que Ele era o Filho do DEUS vivo: “Vimos”. A palavra significa uma visão permanente, que lhes proporcionava uma oportunidade de fazer suas observações. Este mesmo apóstolo explica isto: “O que vos anunciamos da Palavra da vida é o que temos visto com nossos olhos, e o que temos contemplado”, 1 João 1.1.
[3] Que a glória era: “como a glória do Unigênito do Pai”. A glória do Verbo feito carne foi uma glória como convinha ao Unigênito Filho de DEUS, e não poderia ser a glória de ninguém, além dele. Observe, em primeiro lugar, que JESUS CRISTO é o Unigênito do Pai. Os crentes são os filhos de DEUS pela graça especial da adoção e pela graça especial da regeneração. Eles são, de certa forma, homoiousioi – de uma natureza semelhante (2 Pe 1.4), e têm a imagem das suas perfeições. Mas CRISTO é homousios – da mesma natureza, e é a imagem expressa da sua pessoa, e o Filho de DEUS, por geração eterna. Os anjos são filhos de DEUS, mas Ele nunca disse a nenhum deles: “Hoje te gerei”, Hebreus 1.5. Em segundo lugar, Ele foi declarado como sendo o Unigênito do Pai por aquilo que foi visto da sua glória, quando habitou entre nós. Embora Ele estivesse sob a forma de servo, no que diz respeito às circunstâncias externas, ainda assim, no que diz respeito às graças, sua forma era como aquela do quarto homem no forno de fogo ardente, “semelhante ao filho dos deuses”. Sua glória divina aparecia na santidade e na divindade da sua doutrina. Nos seus milagres, que despertavam em muitos este reconhecimento, de que ele era o Filho de DEUS. Ela aparecia na pureza, bondade e caridade de todos os seus relacionamentos. A bondade de DEUS é sua glória, e Ele viveu fazendo o bem. Ele falava e agia, em tudo, como uma Divindade encarnada. Talvez o evangelista tivesse uma consideração especial pela glória da sua transfiguração, da qual ele tinha sido uma testemunha ocular. Veja 2 Pedro 1.16-18. DEUS, ao chamá-lo de seu Filho Amado, em quem Ele se comprazia, sugeria que Ele era o Unigênito do Pai, mas a evidência completa disto foi dada na sua ressurreição.
[4] Que vantagem tinham aqueles entre os quais Ele habitava. Ele habitou entre eles, “cheio de graça e de verdade”. No antigo Tabernáculo, onde DEUS habitava, havia a lei, neste havia a graça; naquele havia tipos, neste havia a verdade. O Verbo encarnado estava, de todas as maneiras, qualificado para sua missão de Mediador, pois Ele estava “cheio de graça e de verdade”, as duas grandes coisas de que os homens caídos necessitam. E isto evidenciava que Ele era o Filho de DEUS, tanto quanto o divino poder e a divina majestade que se apresentavam nele. Em primeiro lugar, Ele tinha a plenitude de graça e da verdade para si mesmo. Ele tinha o ESPÍRITO sem medida. Ele era cheio de graça, completamente aceitável ao seu Pai, e, portanto, qualificado para interceder por nós; e cheio de verdade, completamente informado das coisas que Ele deveria revelar, e, portanto, adequado para nos instruir. Ele tinha uma plenitude de conhecimento e uma plenitude de compaixão. Em segundo lugar, Ele tinha a plenitude de graça e verdade para nós. Ele recebeu, para que pudesse dar, e DEUS se comprazia nele, para que pudesse comprazer-se conosco, nele. E esta era a verdade da tipologia utilizada pelo Senhor.
 
 
DEIDADE DE CRISTO I - A DIVINDADE E OS ATRIBUTOS DIVINOS DO FlLHO
As Escrituras enfatizam textualmente, de maneira inconfundível, a divindade do Senhor JESUS CRISTO e os seus atributos divinos, como lemos em Isaías 9.6:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS Forte,
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Na profecia messiânica acima mencionam-se o nascimento e o ministério de JESUS. Dos nomes apresentados, um mostra expressamente que Ele é DEUS Forte, e o outro revela um atributo incomunicável exclusivo da deidade, a eternidade — Pai da Eternidade.
Analisemos outras passagens:
Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro: e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor Justiça Nossa (Jr 23.5,6).
O nome “O Senhor Justiça Nossa” é, em hebraico, YHWHTsidkenu.Temos, pois, outra profecia messiânica pela qual são mencionados atributos e títulos de JESUS: Re­novo de Davi, Renovo justo, Rei de toda a Terra, Salvador de Israel. Tais descrições estão reveladas no Novo Testamento na Pessoa de JESUS (Rm 1.3; At 3.14; 4.12; Ap19.16. Por fim, o Renovo de Davi, o Messias, é chamado de Jeová Justiça Nossa.
E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azei) efugims assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo, ó Senhor (Zc 14.5).
A profecia acima é escatológica e fala do grande livramento de Jerusalém, por ocasião da Segunda Vinda de JESUS. O Messias é chamado de “Jeová, meu DEUS”, com todos os santos com Ele. Comparemos a profecia de Zacarias com a citada em Judas v. 14: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos”.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez Jo 1.1-3).
Na segunda parte do primeiro versículo, em grego, aparece o artigo defini­do antes do nome de DEUS, ton theon, “o DEUS”. E já vimos, anteriormente, que theos, no Novo Testamento grego, quando acompanhado de artigo e sem outra qualificação, refere-se sempre ao DEUS-Pai.
O nome theos, na terceira cláusula da passagem, é predicativo do sujeito, ante­posto ao verbo e sem o artigo definido: kai theos en ho logos, “e o Verbo era DEUS”. Segundo Martinho Lutero, “a falta de um artigo é contra o sabelianismo e a ordem da palavra é contra o arianismo”.104 Portanto, o Senhor JESUS CRISTO é DEUS e tem todos os atributos do Pai, conquanto não seja a primeira Pessoa da Trindade.
Em Romanos 9.5, está escrito: “Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém”. Há, neste texto, em português, um problema de pontuação. Como na antiguidade não havia sinal gráfico para pontuar, a construção apresentada na versão Almeida Revista Atualizada (ARA) e na Tradução Brasileira é natural.
Acerca desse emprego Robertson afirmou:
Esta é a maneira natural de tomar o sentido da oração, cuja pontuação própria e literal é a seguinte: “O qual é sobre todas as coisas DEUS bendito pelos séculos... ”
A interposição de um ponto e seguido depois de “sarka’’ (ou de um ponto e vírgula) e a iniciação de uma nova oração para a doxología tem um resultado mui brusco e forçado.
O termo sarka, de sarx, é a palavra grega para “carne”. A pontuação pode, por conseguinte, mudar o sentido da mensagem.
Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS (Fp 2.6).
O texto sagrado acima afirma que o Senhor JESUS não considerou usurpação o ser exatamente igual a DEUS, e isso ensina a deidade absoluta de JESUS CRISTO. O verbo grego traduzido por “sendo” é hyparcho, “ser, estar em existência”106. Portanto, “tem o sentido de um estado permanente: CRISTO existia e existe eter­namente na forma de DEUS”.,
Vine afirmou:
Assim, em Fp 2.6, a expressão: '‘que sendo (sic) [hyparchon] em forma de DEUS” implica sua deidade preexistente, anterior ao seu nascimento e sua deidade que continua depois.
A palavra expressa a continuação de um estado ou condição anterior.109
Outra palavra que devemos considerar, nessa passagem, diz respeito ao substantivo morphe, que significa “forma”, na sua essência, e não simplesmente aparência. Morphe “denota ‘a forma ou traço especial ou característico’ de uma pessoa ou coisa. E usado com significado particular no Novo Testamento, somente acerca de CRISTO, em Fp 2.6, nas frases: ‘sendo em forma de DEUS’ e ‘tomando a forma de servo’.”110
O substantivo morphe aparece apenas três vezes no Novo Testamento gre­go (Fp 2.6,7Marcos 16.12). Contrasta-se com schema, que significa “forma”, no sentido de aparência externa, e não como essência e natureza, como acontece com o primeiro.
“Que, sendo em forma de DEUS” mostra que JESUS era DEUS antes da sua encarnação, assim como 2 Coríntios 8.9, onde o apóstolo usa a mesma construção: “que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre”. È correto afirmar que JESUS não era rico antes de sua encarnação? Não, absolutamente! No texto de Filipenses encontramos a mesma coisa: “sendo em forma de DEUS (...) tomou a forma de servo”. O verdadeiro DEUS tornou-se verdadeiro Homem.
A passagem enfatiza a humildade. Evidentemente, os cristãos devem imitar a CRISTO, não disputando com os irmãos os seus privilégios, pois Ele, sendo DEUS, não fez uso de suas prerrogativas, mas assumiu a forma de Servo, mantendo-se fiel até a morte. Da mesma maneira, os cristãos devem seguir tal exemplo de humildade e fidelidade. A ênfase do texto, pois, não indica que eles sejam “em forma de DEUS”.
O termo grego harpagmon, traduzido por “usurpação”, significa “apoderar-se, arrancar violentamente”.
F. Bruce declarou:
Não existe a questão de CRISTO tentar arrebatar ou apoderar-se da igualdade com DEUS: ele ê igual a DEUS; porque o fato de ele ser igual a DEUS, não é usurpação; CRISTO é DEUS em sua natureza. Tampouco existe a questão de CRISTO tentar reter essa igualdade pela força. A questão fundamental é, antes, que CRISTO não usou sua igualdade com DEUS como desculpa para auto-afirmação, ou autopromoção; ao contrário, ele a usou como ocasião para renunciar a todas as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como oportunidade para auto-empobreamento e auto-sacrificio sem reservas.111
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). As palavras “divindade” e “deidade” no texto grego é theotes, que só aparece uma vez no Novo Testamento grego. Essa essência divina ou deidade absoluta, disse o apóstolo Paulo, habita corporalmente em CRISTO — DEUS-Homem e Homem-DEUS.
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO (Tt 2.13).
Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO; aos que conosco alcançaram é igualmente preciosa pela justiça do nosso DEUS e Salvador JESUS CRISTO (2 Pe l.l).
O apóstolo Paulo empregou um só artigo tou, que significa “do”, para o “grande DEUS e nosso Salvador CRISTO JESUS”. O doutor Robertson afirma que a presença de um só artigo, nessas passagens — e a mesma coisa acontece em 2 Pedro 1.1 —, revela a menção de uma só Pessoa.112 O texto sagrado apresenta, pois, de maneira direta e inconfundível que JESUS é o “grande DEUS”, o “nosso DEUS e Salvador”.
Além de todos os textos que ensinam explicitamente que o Senhor JESUS é DEUS, en­contramos os atributos incomunicáveis (exclusivos) da divindade do Pai no Filho.
JESUS CRISTO é: Eterno (Is 9.6Mq 5.2; Jo I.I-3; 8.58; Hb 13.8); Onipotente (Mt 28.18; Ef I.2I); Onipresente (Mt 18.2028.20); Onisciente (Jo 2.242516.3021.17Cl 2.2,3); e Criador (Jo I.I-3; Cl 1.16-18Hb 1.2,10).
 
 
DEIDADE DE CRISTO - II A UNIÃO DAS DUAS NATUREZAS DE CRISTO - (CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO)
Essa doutrina é chamada de Hipóstase. Esse vocábulo vem de duas palavras gregas hypo, “sob”, e istathai, “ficar”. Nas discussões teológicas sobre a doutrina da Trindade, na era da patrística, era usada como sinônimo de ousia, “essência, ser”. Com relação a JESUS, significa a união das duas naturezas de CRISTO: divina e humana. Os elementos próprios da natureza humana na vida de CRISTO já foram apresentados anteriormente.
Os evangelhos não estabelecem a fronteira entre as naturezas humana e divina de JESUS durante o seu ministério terreno (1 Tm 3.16). Apresentam com clareza meridiana a natureza humana de JESUS durante seu ministério e não poderiam ser mais claros. Isso fazia parte do ensino apostólico “que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3); “dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne” (Rm 9.5); “JESUS CRISTO, homem” (1 Tm 2.5); “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” (Hb 5.7); “e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS” (1 Jo 4.3).
Os evangelhos, contudo, registram que diversas vezes JESUS declarou-se DEUS e agiu como tal. Ele aceitou adoração por diversas vezes (Mt 8.29.1814.3315.25Jo 9.38), algo que o apóstolo Pedro recusou de Cornélio e até repreendeu o centurião, por isso dizendo “...Levanta-te, que eu também sou homem” (At 10.25, 26); o mesmo aconteceu com o anjo, diante do qual o apóstolo João se prostrou para adorar: “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de JESUS; adora a DEUS” (Ap 19.10). Mais adiante o apóstolo tentou outra vez, mas a reação do anjo foi a mesma (Ap 22.89). JESUS perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados...” (Mc 2.10) e várias vezes igualou-se a DEUS, ele disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim” (Jo 14.1). Isso é exigir nele a mesma fé que se tem em DEUS.
Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.6- 8).
Até hoje, em nosso meio, às vezes, aparece alguém ensinando o kenotismo, ou kenosis, “esvaziamento”. O nome vem do verbo grego κενόω (kenoō), “esvaziar, aniquilar, destruir” ((BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2995), que aparece apenas uma vez no Novo Testamento: “aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7), a ARA e a TB empregam o verbo “esvaziar”. Essa doutrina afirma que JESUS se esvaziou a si mesmo de sua divindade durante a encarnação, afirmando possuir apenas a natureza humana, com isso nega a divindade de JESUS enquanto esteve na terra. Porém, tal pensamento não se sustenta, pois esse esvaziamento não é de sua divindade:
JESUS não deixou de ser DEUS durante a encarnação. Pelo contrário, abriu mão apenas do exercício independente dos atributos divinos. Ele ainda era plena Deidade no seu próprio ser, mas cumpriu o que parece ter sido imposto pela encarnação: limitações humanas reais, não artificiais (HORTON, 1996, p. 326, 327).
É inaceitável a idéia de ter deixado sua divindade no céu para recuperá-la depois da ressurreição. Quem perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum, ou ainda, quem foi adorado durante seu ministério terreno, foi o JESUS homem ou o JESUS DEUS? Claro que foi o JESUS DEUS! Diante do exposto, torna evidente a falácia da doutrina kenótica.
 
 
Comentário Bíblico - John Macarthur - 
Resposta à Palavra Encarnada (João 1: 6-13)
Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Não era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS, a saber, aos que crêem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de DEUS. (1: 6-13)
A vida sem pecado (João 8:46; 2 Cor. 5:21), palavras sem precedentes (Matt 07:29; João 7:46.), E reivindicações surpreendentes (João 4: 25-26; 8:58) de JESUS CRISTO prendeu a atenção das pessoas e obrigou-os a reagir, o que fizeram de várias maneiras.
Alguns foram superficialmente atraídos para JESUS. Mais tarde, no seu evangelho João registra que "alguns estavam dizendo [de JESUS]:" Ele é um bom homem '"(7:12). Indo um passo além do que, outros reconheceu como um grande líder religioso; um profeta (Mt 21:11, 46;. Lucas 7:16), possivelmente até mesmo "João Batista ... Elias ... Jeremias ou um dos profetas" (Mt 16:14).. Por causa do JESUS refeição criado para eles, a multidão Galileu decidiu fazê-Lo rei à força (João 6: 14-15), esperando que ele se libertar do jugo dos romanos odiavam e continuar a fornecer comida milagrosamente. Mas tal raso, o sentimento material era passageira. O mesmo tipo de multidão da Judeia inconstante que alegrou-se com a Sua entrada triunfal em Jerusalém, gritando: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas!" (Mateus 21: 9.) Teria poucos dias depois gritar: "Fora com ele, embora com-o, crucifica-O!" (João 19:15).
Alguns foram fortemente atraídos a JESUS, mas dispostos a comprometer-se a Ele. João 12:42 registros que "muitos mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga." O exemplo clássico de alguém que se encolheu a partir de um compromisso total a CRISTO é o jovem rico:
Como Ele estava assentado em uma viagem, um homem correu para Ele e ajoelhou-se diante dele, e lhe perguntou: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E JESUS disse-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão DEUS. Sabes os mandamentos: 'Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não defraudar , honra teu pai e mãe. '"E ele disse-lhe:" Mestre, eu guardava todas estas coisas desde a minha juventude. " Olhando para ele, JESUS sentiu um amor por ele e disse-lhe: "Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que possui e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me." Mas com essas palavras que ele estava triste, e ele foi embora de luto, pois ele foi um dos que possuía muitos bens. (Marcos 10: 17-22)
Outros ainda eram abertamente hostis a JESUS. De acordo com João 7:12 alguns estavam reivindicando, "Ele leva o povo ao erro." Em seu julgamento diante de Pilatos, as autoridades judaicas "começaram a acusá-lo, dizendo:" Achamos este homem enganosa nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é CRISTO, um rei '"(Lucas 23: 2 ). Mesmo depois de sua morte, a acusações caluniosas sobre Ele continuou: "Agora, no dia seguinte, o dia depois da preparação, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram-se com Pilatos, e disse: 'Senhor, lembramos que quando Ele ainda estava vivo que enganador disse: "Depois de três dias estou a subir novamente" "(Mat. 27: 62-63).
Para outros, JESUS era um louco: ou possuído por demônios, ou perturbado. João 10:20 registros que "muitos deles estavam dizendo, 'Ele tem um demônio e é insano. Por que você ouvi-lo?'" Os líderes judeus perguntou sarcasticamente: "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tem ? um demônio ... Agora sabemos que tens demônio "(João 08:48, 52; cf. 7:20; Mat. 09:34; 10:25). Mesmo Sua própria família em um ponto "saiu para assumir a custódia dele; para que eles estavam dizendo, 'Ele perdeu Seus sentidos'" (Marcos 3:21).
Os fariseus e os escribas, incapaz de negar seu poder sobrenatural, e não estão dispostos a atribuí-la a DEUS, ficaram com a alternativa blasfemo que Seu poder veio do próprio Satanás (Mt 0:24;. Marcos 3:22;Lucas 11:15) . Eles aparentemente espalhar essa mentira condenatório em todo Israel, como o evento registrado em Mateus e Marcos ocorreu na Galiléia e o descrito em Lucas meses depois, na Judéia.
O tema comum que liga todas essas respostas inadequadas é a incredulidade-o pecado que em última análise, condena todos aqueles que rejeitam a JESUS CRISTO. João 3:18 diz: "Quem nele crê não é julgado;. Aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de DEUS" JESUS repreendeu aqueles que repetidamente se recusou a acreditar nele:
Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou. (João 5:38)
Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo. (João 5:43)
Mas eu disse a você que você viu-me, e ainda não acredito. (João 6:36)
Mas porque eu digo a verdade, você não acredita em mim. (João 8:45)
JESUS respondeu-lhes: "Eu disse a você, e você não acredita;.. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim Mas você não credes, porque não sois das minhas ovelhas" (João 10: 25-26)
Mas em contraste com a incredulidade dos perdidos, aqueles a quem o Pai deu a JESUS (João 6:37) responder por acreditar totalmente em Suas reivindicações e ensino. Eles vão receber todas as bênçãos da salvação, a vida eterna, o perdão dos pecados, e adoção de filhos de DEUS:
Quem acredita que vai nele tenha a vida eterna. Porque DEUS amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois DEUS não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. (João 3: 15-17)
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de DEUS sobre ele permanece. (João 3:36)
Verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (João 5:24)
Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele tenha a vida eterna, e eu Eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:40)
Verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem a vida eterna. (João 6:47)
Dele todos os profetas dão testemunho de que em Seu nome todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados. (Atos 10:43; cf. 13:39)
Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de DEUS para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. (Rom. 1:16)
Aquele que crê que JESUS é o CRISTO é nascido de DEUS, e todo aquele que ama o Pai ama o filho nascido dele. (1 João 5: 1)
Os Evangelhos registram a crença de Pedro, Natanael (João 1: 48-50) (Mateus 16:16.), Os discípulos (Mt 14:33.), Uma mulher samaritana (João 4: 28-29) e os outros de sua aldeia (João 4:42), um homem cego a quem JESUS curou (João 9: 35-38), as mulheres que visitaram o túmulo vazio (Mat. 28: 9), e do ex-cético. Tomé (João 20:28). Atos 01:14 relatos de que os irmãos de nosso Senhor passou a acreditar depois da ressurreição (cf. Jo 7: 5).
Tendo estabelecido a divindade de JESUS CRISTO na abertura de cinco versos do prólogo, João agora se volta para as duas únicas respostas possíveis a essa realidade: a incredulidade ou crença. Antes de descrever essas respostas, no entanto, João descreveu aquele que veio para dar testemunho de JESUS para que as pessoas possam acreditar nEle.
 
João Batista: Testemunho
Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. (1: 6-8)
A mudança abrupta de assunto do exaltado Senhor JESUS CRISTO, o eterno, criador DEUS auto-existente (vv. 1-5), a um mero homem enviado de DEUS, é impressionante. Houve na verdade é "não apareceu", indicando o deslocar-se da Palavra divina para seu arauto terrena. Depois de descrever o Verbo que era DEUS, João virou-se para a pessoa que anunciou que o Verbo era DEUS. Isso arauto nome era JoãoBatista. (João, o apóstolo não nomeia a si mesmo em seu evangelho, por isso cada vez que o nome de João aparece, ele se refere a Batista [com exceção de quatro referências ao pai de Pedro; 01:42; 21:15, 16, 17].)
A frase enviado de DEUS confirma o papel de João, como arauto de várias maneiras. Em primeiro lugar, o Batista tinha uma missão divina como aquele que cumpriu as profecias do Antigo Testamento sobre precursor do Messias. Isaías previu ele (Isa. 40: 3; cf. Mt 3:. 3; Marcos 1: 2-3). O Antigo Testamento termina com a profecia de Malaquias do profeta Elias, como vir antes do Dia do Senhor (Malaquias 3: 1; 4: 5-6.), O que o anjo do Senhor disse a Zacarias que se refere o João (Lucas 1: 17). Em segundo lugar, Batista foi enviado exclusivamente de DEUS, porque sua concepção e nascimento eram milagrosas, desde que seus pais eram velhos e nunca tinha tido filhos (Lucas 1: 7, 36). Em terceiro lugar, o anjo do Senhor veio do céu para dizer a Zacarias que ele e Elisabete teria um filho que seria o arauto do Messias (Lucas 1: 8-17). Em quarto lugar, o ESPÍRITO SANTO encheu Zacharias para profetizar sobre João (Lucas 1: 67-79). Em quinto lugar, o Batista foi enviado do Senhor no momento divinamente designado para iniciar seu ministério público (Lucas 1:80).
João foi o primeiro profeta verdadeiro (Matt. 14: 5; 21:26) para aparecer em Israel em 400 anos, e seu corajoso, confrontadora pregação criou uma sensação. Marcos 1: 5 descreve seu enorme impacto ao relatar como "toda a terra da Judéia estava saindo com ele, e todo o povo de Jerusalém, e eles estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados" (cf. Mt . 3: 5-6). Ele foi preparar os corações das pessoas para o Messias; portanto, destemidamente confrontado pecado e chamado para o arrependimento: "Ora, naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo" (Mt 3: 1.) . João ainda repreendeu Herodes ", por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, porque tinha casado com ela Para João dizia a Herodes:" Não te é lícito ter a mulher de teu irmão "." (Marcos 6: 17-18). Mesmo que o rei ateu reconheceu que João "era um homem justo e santo, ... e quando ele ouviu, ele estava muito perplexo, mas ele gostava de ouvi-lo" (Marcos 6:20). Lucas registra, no entanto, que Herodes tinha João preso por confrontar o seu pecado. Mateus 14: 1-12 dá conta da decapitação de João de Herodes.
Porque a missão de João era também para anunciar a chegada do Messias, "ele estava pregando, e dizendo: 'Depois de mim One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de, abaixando-desatar a correia de suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o ESPÍRITO SANTO "(Marcos 1: 7-8). Como Herodes, os líderes religiosos judeus ficamos perplexos com João, e enviou uma delegação para interrogá-lo. Ele reiterou que sua missão era para anunciar a chegada do Messias. O apóstolo João registra o seu testemunho em 1: 19-36 (cf. Mt 3: 1-12; Lucas 7: 18-23.).
O ministério do Batista despertou tanto entusiasmo que, embora ele disse de si mesmo em relação a CRISTO, "One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de desatar a correia de suas sandálias" (Lucas 3:16), um culto de seguidores devotos cresceu em torno dele (cf. João 3:25). Infelizmente, alguns foram dedicados a João, em vez de o Messias cuja chegada, proclamou. Anos mais tarde, o apóstolo Paulo encontrou alguns deles em Éfeso:
Aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, atravessando a região superior e chegou a Éfeso, e encontrou alguns discípulos. Ele disse-lhes: "Vocês receberam o ESPÍRITO SANTO quando creram?"E eles disseram-lhe: "Não, nós nem sequer ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO." E ele disse: "Em que fostes batizados então?" E eles disseram: "No batismo de João." Paulo disse: "João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que nEle crêem que vinha depois dele, isto é, em JESUS." Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor JESUS. (Atos 19: 1-5)
Grupos de João Batista os legalistas persistiu no segundo século, e, portanto, ainda estavam por lá quando João escreveu seu evangelho. Portanto, ele salientou inferioridade de João Batista a CRISTO.
João Batista foi o maior homem que já viveu até sua época, como JESUS afirmou: "Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu ninguém maior do que João Batista!" (Mat. 11:11). Ele foi o maior homem, porque DEUS o escolheu para executar a tarefa mais importante a esse ponto em humano-estar história o precursor do Messias. Ele foi o primeiro a anunciar publicamente que JESUS era o Salvador (João 1:29). No entanto, apesar disso, ele próprio reconheceu: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim" (João 1:15). Alguns dos seus discípulos zelosos, preocupado com sua reputação,
veio a João e disseram-lhe: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele." João respondeu e disse: "Um homem não pode receber nada menos que tenha sido dado a ele do céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o CRISTO', mas, 'Eu fui enviado na frente dele." Aquele que tem a esposa é o esposo;. Mas o amigo do noivo, que está presente eo ouve, regozija-se muito com a voz do esposo Então, este meu gozo foi feito completo que ele cresça e que eu diminua ".. (João 3: 26-30)
William Hendriksen ressalta o contraste entre João Batista e JESUS:
CRISTO era ( PT ) desde toda a eternidade; João veio ( egeneto ).
CRISTO é a Palavra ( ho logos ); João é um mero homem ( Anthropos ).
CRISTO é o próprio DEUS; João é comissionado por DEUS.
CRISTO é a luz real; João veio a prestar declarações relativas a luz real.
CRISTO é o objeto de confiança; João é o agente através de cujo testemunho homens passaram a confiar na luz real, mesmo CRISTO. ( New Testament Commentary: O Evangelho Segundo João, Vol. 1. [Grand Rapids: Baker, 1953], 76. A ênfase no original)
A missão de João era não se exaltar, mas para ser uma testemunha sobre Messias, para dar testemunho da luz. Ele é o primeiro de oito testemunhas que aparecem no evangelho de João; os outros são o Pai (05:37), as palavras de JESUS (08:18) e obras (05:36; 10:25), Escrituras do Antigo Testamento (5:39), alguns daqueles que se encontrou com Ele (4: 29), os discípulos (15:27; 19:35; 21:24), e do ESPÍRITO SANTO (15:26). Os termos legal testemunha ( marturia ) e testemunhar ( manureō ) são palavras relacionadas ao fato, não opinião, como em um ambiente de sala de audiências. Os termos são usados ​​principalmente no Novo Testamento pelo apóstolo João (77 de seus 113 ocorrências são no evangelho de João, epístolas, ou Revelação).
João é propriamente chamado o Batista porque ele foi enviado por DEUS para batizar os pecadores arrependidos, em preparação para a vinda do Messias (1:31). No entanto, o propósito de tudo que ele fez foi dar testemunho de JESUS (1:15, 23, 29, 32, 34, 36; 05:33, 36), de modo que todos cressem por meio dele. As pessoas acreditam em CRISTO (1: 12; 03:18; 06:29) , através do depoimento de testemunhas como João. Eles são os agentes da crença, mas CRISTO é o objeto de crença. Salvação, então, como em todas as vezes era uma questão de fé em DEUS e no que Ele disse (cf. Rom. 4: 1-16).
Para contrariar qualquer exaltação falso de João Batista, o apóstolo João escreveu que ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz. À primeira vista, essa declaração parece contradizer a declaração de JESUS que João Batista "era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz "(5:35). Duas palavras gregas diferentes são usadas, no entanto. O termoLuz usada nesta passagem para se referir a CRISTO Phosphorus , que se refere à essência da luz. Em 5:35, no entanto, JESUS descreveu João como um luchnos , que se refere a uma lâmpada portátil. JESUS é a Luz; João meramente refletiu-lo (veja a discussão de v 4 no capítulo 1 do presente volume.).
Incrédulos: Testemunho Rejeitado
Não era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. (1: 9-11)
Que João Batista tinha que apontar a verdadeira Luz ilustra graficamente a cegueira do mundo, pois só os cegos não podem ver a luz. Os incrédulos são cegos espiritualmente, porque, como Paulo escreveu aos Coríntios, "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de CRISTO, que é a imagem de DEUS" (2 Cor. 4: 4; cf. Is 61: 1-2; Lucas 4: 17-18.).
Cegueira do mundo descrente é imperdoável, porque JESUS era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. alethinos ( verdadeiro ) é outro termo distintamente Joanino; todos, mas cinco de seus vinte e oito usos no Novo Testamento são nos escritos de João. Refere-se ao que é real e genuíno; de acordo com a de Thayer Lexicon grego, alethinos descreve "o que tem não só o nome e aparência, mas a verdadeira natureza correspondente ao nome." O povo de DEUS tinha visto reflexos da luz de Sua glória, mas em JESUS o "esplendor da sua glória" full (Heb. 1: 3) foi revelado.
Por meio de Sua vinda ao mundo JESUS ilumina todos os homens (cf. Isaías 49: 6.). Há várias explicações possíveis para que a verdade; cada um é ensinado no Novo Testamento. Isso pode significar que o Verbo encarnado não é outro senão a mais completa revelação de DEUS, que já se revelou em toda a alma humana, uma verdade Paulo expressa aos Romanos:
A ira de DEUS se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça, porque o que se sabe sobre DEUS é evidente dentro deles; pois DEUS tornou evidente para eles. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis. Pois, embora tendo conhecido a DEUS, não o glorificaram como DEUS, nem lhe deram graças, mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu. (Rom 1: 18-21; cf. Ef 4:18.).
A frase também pode significar que JESUS é a auto-revelação de DEUS da maneira mais glorioso para todos os homens que O viu ou ouviu falar sobre ele ou ler a sua história. Alguns poderiam limitar a ideia de restringir cada um somente para aqueles que o recebem. A primeira interpretação parece melhor no contexto, uma vez que se refere a aqueles no mundo que não recebê-lo, bem como aqueles que o fazem. Mesmo aqueles que nunca se tornarem filhos de DEUS são responsáveis ​​pelo conhecimento de DEUS e Sua luz revelado em CRISTO. Apesar de todos os homens são mortos espiritualmente (Ef. 2: 1-3) e cego, eles são responsáveis ​​pelo conhecimento de DEUS revelado na criação e na consciência (Rom. 2: 14-15).
A trágica realidade é que os pecadores rejeitar a "Luz do mundo" (João 8:12):
Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Para todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz para que as suas obras sejam manifestas. (João 3: 19-20)
As pessoas se recusam a vir para a luz de JESUS CRISTO, porque eles amam seu pecado e não quer que ele expostos; eles são deliberAdãoente cego. Assim, apesar de JESUS estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, ainda que o mundo não o conheceu. O Criador do mundo (1: 3) tornou-se seu Salvador (cf. 4:42), mas o mundo rejeitado Ele e, assim, não o conhecia de uma forma de poupança.
Kosmos ( mundo ) é outro termo usado frequentemente por João; mais da metade de suas ocorrências no Novo Testamento estão em seus escritos. Ele descreve o mundo físico (v 9;. 12:25; 16:21, 28; 21:25);humanidade em geral (3:16; 6:33, 51; 12:19); e, mais freqüentemente, o sistema mal dominada por Satanás (3:19; 7: 7; 14:17, 30; 15: 18-19). É este terceiro sentido de kosmos que João tinha em mente quando escreveu que o mundo não o conheceu CRISTO. Apesar de sua rejeição dEle, o mundo incrédulo vai, no entanto, um dia, ser forçado a reconhecer JESUS como Senhor (Fil. 2: 9-11) e juiz (João 5:22, 27).
Tão chocante e trágico como a rejeição do mundo de CRISTO, João virou-se para o ainda maior tragédia da rejeição de Israel. Que JESUS veio para os Seus lugar pode significar o mundo que Ele criou (cf. o segundo sentido de kosmos acima). Pode significar também o Seu lugar particular, a terra da promessa dada aos judeus por meio de Abraão, incluindo o reino terrestre vindo predito pelos profetas. Ele veio para a terra de DEUS, para a cidade de Davi, o terreno do templo. Os judeus haviam esperado ao longo dos séculos para o Messias e Salvador para vir. O mais trágico de tudo foi a triste realidade de que quando Ele o fez, quem fosse o seu próprio povo não o receberam. Este segundo uso próprio refere-se principalmente à nação de Israel, de quem DEUS disse: "Você só tem que conhecer de tudo as famílias da terra "(Amós 3: 2 NVI ). . Em todo o Antigo Testamento, DEUS se refere ao povo judeu como "meu povo" (por exemplo, Ex 3: 7, 10; 6: 7.; Lev 26:12; 1 Sm 02:29; 2 Sm 03:18;.. 1 Reis 06:13; 2 Reis 20: 5; 1 Crônicas 11: 2; 2 Crônicas 01:11; Sl 50:... 7; Isa 1:... 3; Jer 02:11; Ez 11:20; Oséias 4: 6; Joel 3:.. 2; Amos 7:15; Obad 1:13; Miquéias 6:. 3; Sf 2: 8; Zc. 8: 7-8), apesar de sua rebelião contra Ele freqüente.
Tal como os seus antepassados, os israelitas dos dias de JESUS endureceu seus pescoços (Dt 10:16;. 2 Reis 17:14; 09:29 Neh;.. Jer 07:26; 17:23) e rejeitaram apesar do testemunho claro da Escrituras do Antigo Testamento (João 5:39). Em vez de se arrepender de seus pecados e aceitá-Lo como seu Messias, eles gritaram: "Crucifica-o! ... O seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mat. 27:23, 25).Rejeição e colaboração de Israel no assassinato de seu Messias era um tema comum na pregação apostólica. No primeiro sermão cristão sempre pregou, Pedro disse às multidões se reuniram em Jerusalém para o Dia de Pentecostes,
Homens de Israel, ouçam estas palavras: JESUS, o Nazareno, homem aprovado por DEUS com milagres, prodígios e sinais, que DEUS realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis-este, entregou mais pelo plano predeterminado e presciência de DEUS, você pregado a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte .... pois, toda a casa de Israel saiba com certeza que DEUS o fez Senhor e CRISTO-este JESUS que vocês crucificaram . (Atos 2: 22-23, 36; cf. 3: 13-15; 4:10; 05:30; 10: 38-39; 13: 27-29)
O tema da rejeição será repetido durante todo o evangelho de João.
Os crentes: o testemunho Acreditado
Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS, a saber, aos que crêem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de DEUS. (1: 12-13)
A conjunção de ( mas ) é um pequeno ponto de apoio que marca uma mudança dramática. O ódio do mundo de DEUS e rejeição de CRISTO, de modo algum anula ou frustra o plano de DEUS, pois Ele faz mesmo a ira dos homens louvá-Lo (Sl. 76:10). Haverá alguns que receberam. Aqueles a quem DEUS quis para a salvação antes da fundação do mundo (Ef 1: 4; 2 Tim. 1: 9.) Vai na fé abraçar CRISTO. Como Ele declarou em João 6:37, "Tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora."
Lambanō ( recebido ) poderia ser traduzida como "tomar posse", "obter", ou "aperto". Para receber a CRISTO envolve mais do que mero reconhecimento intelectual de suas reivindicações. A última cláusula do versículo 12 se refere àqueles que recebeu como aqueles que crêem no seu nome. O conceito de crer em CRISTO, outro tema importante para João, será desenvolvido em várias passagens em seu evangelho (06:29; 08:30; 9: 35-36; 0:36, 44; 14: 1; 16:. 9; 17:20; cf. 1 João 3:23; 5:13Seu nome refere-se à totalidade do ser de CRISTO, tudo o que Ele é e faz. Assim, não é possível separar a Sua divindade de Sua humanidade, a Sua sendo Salvador a partir de seu ser DEUS, ou a Sua pessoa de Sua obra redentora. A fé salvadora aceita JESUS CRISTO em tudo o que a Bíblia revela a respeito dele.
Embora as pessoas não podem ser salvas até que eles recebem e crêem em JESUS CRISTO, a salvação não deixa de ser uma obra soberana de DEUS sobre o pecador morto e cego. João simplesmente afirma que ninguém viria a crer em JESUS a menos que Ele deu -los . o direito de se tornarem filhos de DEUS Eles são salvos inteiramente por "graça ... mediante a fé; e isto não vem de [si], é o dom de DEUS, não como resultado de obras, para que ninguém se glorie "(Ef 2: 8-9.), porque" DEUS escolheu [eles] desde o princípio para a salvação "(2 Ts 2:13.). Assim, eles nasceram de novo (João 3: 3, 7; 1 Pe. 1: 3, 23. não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de DEUS Essas três afirmações negativas salientar o facto que a salvação não pode ser obtido através de qualquer herança racial ou étnica ( sangue), desejo pessoal ( carne), ou sistema feito pelo homem ( homem). (Ver também Mateus 8: 11-12; Lucas 3:.. 8; Gl 3: 28- 29.)
A grande verdade da eleição e soberana graça é aqui introduzida de forma adequada à própria base de menção da salvação de João. Nosso Senhor vai falar desta verdade em 6: 36-47; 15:16; 17: 6-12.
Porque todos carregar a culpa de incredulidade e rejeição, a frase , mas de DEUS significa que a salvação, ou seja, receber e crer no Senhor JESUS CRISTO, é impossível para qualquer pecador. DEUS deve conceder o poder sobrenatural e com ela a vida divina e luz para o sem vida, pecador escurecido.
3. A glória do Verbo encarnado (João 1: 14-18)
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse:" O que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim '. "Para da sua plenitude todos nós recebemos, e . graça sobre graça Porque a lei foi dada por Moisés, a graça ea verdade vieram por JESUS CRISTO Ninguém jamais viu a DEUS a qualquer momento;. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele explicou-Lo (1. : 14-18)
Para os primeiros cinco séculos de sua existência, a igreja primitiva defendeu a verdadeira doutrina da Encarnação. Durante esse tempo, muitos ensinamentos errôneas sobre a união hipostática (a união das naturezas divina e humana em CRISTO) foram apresentados, analisados ​​e rejeitados. Por exemplo, alguns argumentaram que JESUS não tinha um espírito humano, mas sim que o Seu espírito divino, com um corpo humano. Essa visão preservada a Sua divindade, mas à custa de negar sua humanidade plena. Outros argumentaram que o divino CRISTO espírito entrou no homem JESUS em Seu batismo, e deixou-o antes de sua crucificação. Outra falsa visão defendida por alguns foi a de que JESUS era um ser criado, e, portanto, inferior a DEUS Pai. Ainda outros o viram como duas pessoas distintas, uma humana e outra divina; de acordo com que o ensino de JESUS era um homem no qual DEUS habitou.
Todos esses pontos de vista (e outros também) errou fatalmente ou negando plena divindade de JESUS CRISTO ou a sua plena humanidade. A verdadeira igreja rejeitou-los todos em favor da visão bíblica de JESUS como o DEUS-homem. O Concílio de Calcedônia (451 dC) declarou oficialmente que a verdade em uma das declarações mais famosas e importantes na história da igreja:
Portanto, seguindo os santos Padres, todos nós com um acordo ensinar os homens a reconhecer um só e mesmo Filho, Nosso Senhor JESUS CRISTO, ao mesmo tempo completo em Divindade e completo em masculinidade, verdadeiramente DEUS e verdadeiramente homem, composto também de uma alma racional e corpo; de uma substância [ homoousios ] com o Pai no que diz respeito a sua Divindade, e ao mesmo tempo de uma substância com a gente no que diz respeito a sua masculinidade; como nós em todos os aspectos, sem pecado; no que respeita à sua divindade, nascido do Pai antes dos séculos, mas ainda no que diz respeito ao seu sexo teve, por nós homens e para nossa salvação, a da Virgem Maria, o portador de DEUS [ Theotokos ]; um eo mesmo CRISTO, Filho, Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação; a distinção de naturezas sendo, de modo algum anulada pela união, mas sim as características de cada natureza a ser preservada e se unindo para formar uma pessoa e subsistência [ hupostasis ], não como parted ou separado em duas pessoas, mas um só e mesmo Filho e unigênito de DEUS da Palavra, Senhor JESUS CRISTO; até mesmo como os profetas, desde os tempos mais antigos falavam dele, e nosso Senhor JESUS CRISTO nos ensinou, e o credo dos Padres foi decretada para nós. (Citado em Henry Bettenson, ed,. Documentos da Igreja Cristã[Londres:. Oxford Univ de 1967], 51-52)
O fato de que a igreja invisível tem necessariamente sempre realizada a uma verdadeira doutrina da Encarnação, e tem em vários momentos reiterou a afirmação de Calcedônia, não significa que esta doutrina deixou de ser aguerrido. Ele ainda é alvo de falsos mestres, cultos e religiões falsas. O apóstolo João estava claro em suas epístolas que a verdadeira visão de JESUS como divino e humano foi um marco essencial da salvação (cf. 1 João 1: 1-3; 2: 22-24; 4: 1-3, 14; 5 : 1, 5, 10-12, 20; 2 João 3, 7, 9). Revelação abre com a glória de CRISTO (1: 4-20).
Durante todo o prólogo do seu Evangelho (1: 1-18) João declarou as verdades profundas da divindade e Encarnação de CRISTO, chegando a um poderoso crescendo nestes últimos cinco versos. Eles resumem o prólogo, que por sua vez resume todo o livro. Na sua linguagem caracteristicamente simples, João expressou a gloriosa realidade da Encarnação, apontando a sua natureza, as testemunhas, e impacto.
A Natureza da Encarnação
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (1:14)
O versículo 14 é a declaração bíblica mais concisa da Encarnação, e, portanto, um dos versos mais importantes da Escritura. As quatro palavras com que ele começa, o Verbo se fez carne, expressar a realidade que, na Encarnação DEUS assumiu a humanidade; o infinito tornou-se finito; eternidade entrou no tempo; o invisível tornou-se visível (cf. Cl 1.15); Criador entrou Sua criação. DEUS se revelou ao homem na criação:, Escrituras do Antigo Testamento (2 Tim 3:16; 2 Pe. 1: 20-21) (Rom 1 18-21.), E, acima de tudo e mais claramente, em JESUS CRISTO ( Hebreus 1: 1-2.). O registro de sua vida e obra, e sua aplicação e importância para o passado, presente e futuro, é no Novo Testamento.
Como observado na discussão de 1: 1 no capítulo 1 deste volume, o conceito da palavra era um rico de significado para ambos os gregos e judeus. João aqui claramente o que ele implícita no início do prólogo: JESUS CRISTO, final de DEUS Palavra à humanidade (Heb. 1: 1-2), tornou-se carne. Sarx ( carne ) não tem aqui a conotação moral negativa que, por vezes, leva ( eg, Rm 8: 3-9; 13:14; Gal 5:13, 16-17, 19; Ef 2:... 3), mas refere-se a estar físico do homem (cf. Mt 16:17; Rom.. 1: 3; 1 Cor 1:26; 2 Coríntios 5:16; Gl 1,16; Ef 5,29; Phil 1:22)...... Que Ele, na verdade, tornou-se carne afirma plena humanidade de JESUS.
Ginomai ( tornou-se ) não significa que CRISTO deixou de ser o Verbo eterno, quando Ele se tornou um homem. Embora DEUS é imutável, eterna pura "ser" e não "tornar-se" como todas as Suas criaturas são, na Encarnação o imutável (Hebreus 13: 8.) DEUS se tornou plenamente homem, mas manteve-se totalmente a DEUS. Ele entrou no reino dos que são de tempo e espaço criaturas e vida experiente como o é para aqueles que Ele criou. Nas palavras do pai da igreja do século V, Cirilo de Alexandria,
Nós não ... afirmar que não houve qualquer mudança na natureza da Palavra, quando se tornou carne, ou que foi transformado em um homem inteiro, composto de alma e corpo; mas nós dizemos que a Palavra, de uma forma indescritível e inconcebível, unido pessoalmente ... para si mesmo descarnar, animado com uma alma racional, e, assim, tornou-se homem, e foi chamado o Filho do homem .... As naturezas que foram trazidos juntos para formar uma verdadeira unidade eram diferentes; mas fora de ambos é um só CRISTO e um filho. Não queremos dizer que a diferença das naturezas é aniquilado por causa desta união; mas sim que a divindade ea humanidade, por seu concurso indizível e inexplicável em unidade, produziram para nós o único Senhor e Filho JESUS CRISTO. (Citado em Bettenson,Documentos, 47)
Não admira que Paulo escreveu sobre a Encarnação,
Por confissão comum, grande é o mistério da piedade: Ele, que foi revelado na carne,
Foi justificado no ESPÍRITO,
Visto pelos anjos,
Proclamado entre as nações,
Crido no mundo,
Recebido na glória. (1 Tim. 3:16)
Charles Wesley também capturou a maravilha da Encarnação em seu majestoso hino "Hark O Herald Angels Sing!":
 
Velado em carne Divindade ver, Hail th 'divindade encarnada! Satisfeito como o homem com os homens para habitar, JESUS, o nosso Emmanuel.
 
Alguns acharam a Encarnação tão totalmente além da razão humana de compreender que eles se recusaram a aceitá-lo. O grupo herética conhecida como os Docetistas (de dokeo ; "parecer", ou "aparecer"), aceitando o dualismo da matéria e espírito tão predominante na filosofia grega na época, considerou que a matéria era má e espírito era bom. Assim, eles argumentaram que CRISTO não poderia ter tido um material (e, portanto, o mal) corpo. Eles ensinaram em vez disso, que seu corpo era um fantasma, ou uma aparição, ou que o espírito divino CRISTO desceu sobre o simples homem JESUS em Seu batismo, então o deixou antes de sua crucificação. Cerinthus, adversário de João em Éfeso, foi um docetista. João se opôs fortemente Docetism, o que compromete não só a encarnação de CRISTO, mas também a sua ressurreição e expiação substitutiva. Como observado anteriormente neste capítulo, em sua primeira epístola, alertou,
Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se são de DEUS, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Por isso, você sabe o ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa a JESUS não procede de DEUS; este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. (1 João 4: 1-3)
 
João estava tão horrorizado com a heresia de Cerinthus que, como o historiador da igreja primitiva registros de Eusébio,
João, o apóstolo entrou de uma vez um banho para lavar; mas apurar Cerinthus estava dentro, ele saltou para fora do lugar, e fugiu da porta, não resistindo a entrar sob o mesmo teto com ele, e exortou os que com ele a fazer o mesmo, dizendo: "Vamos fugir, para que o banho cair, enquanto Cerinthus, esse inimigo da verdade, está dentro. " ( História Eclesiástica, livro III, cap. XXVIII)
O Filho eterno, não só se fez homem; Ele também habitou entre os homens de 33 anos. Viviam traduz uma forma do verbo skēnoō , que literalmente significa "viver em uma barraca." A humanidade de JESUS CRISTO não era uma mera aparência. Ele levou todos os atributos essenciais de humanidade e foi "feito à semelhança de homens" (Fil. 2: 7), "uma vez que os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte pode tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo "(Hb. 2:14). Como o escritor de Hebreus passa a explicar: "Ele tinha que ser feito como seus irmãos em todas as coisas, para que Ele possa se ​​tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a DEUS, para expiar os pecados do povo" (Heb. 2:17). E Ele armou a sua tenda no meio de nós.
No Antigo Testamento, DEUS de tendas com Israel por meio de Sua gloriosa presença no tabernáculo (Ex. 40: 34-35) e, mais tarde, no templo (1 Reis 8: 10-11), e revelou-se em algumas aparições pré-encarnado de CRISTO (eg, Gn 16: 7-14; Ex 3: 2; Josh. 5: 13-15.; Jz. 2: 1-4; 6: 11-24; 13: 3-23; Dan. 3: 25; 10: 5-6; Zc 1: 11-21).. Durante toda a eternidade, DEUS será novamente tenda com Seu povo redimido e glorificado:
E ouvi uma voz vinda do trono, dizendo: "Eis aqui o tabernáculo de DEUS está entre os homens, e Ele habitará [ skēnoō ] entre eles, e eles serão o seu povo, e DEUS mesmo estará entre eles, e Ele enxugará toda lágrima de seus olhos, e não haverá mais ser qualquer morte, não vai haver mais pranto, nem clamor, nem dor; as primeiras coisas passaram "(Ap 21: 3-4; cf. 12:12; 13: 6)
Embora JESUS manifestou divino de DEUS glória durante sua vida terrena com uma clareza nunca antes visto, ele ainda foi velado por Sua carne humana. Pedro, Tiago e João, vi uma manifestação física da glória celestial de JESUS na transfiguração, quando "o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz" (Mt 17: 2; cf. 2 Pedro 1.: 16-18). Essa foi uma prévia da glória revelada para ser visto em seu retorno (Matt. 24: 29-30; 25:31; Ap 19: 11-16) e a plenitude da Sua glória celestial como a única luz da Nova Jerusalém (Ap 21:23). Mas os discípulos viram santa natureza JESUS manifesta de DEUS principalmente por exibir atributos divinos, como a verdade, a sabedoria, o amor, a graça, conhecimento, poder e santidade.
JESUS manifesta o mesmo essencial glória como o Pai, porque assim como DEUS eles possuem a mesma natureza (10:30). Apesar das alegações dos falsos mestres, através dos séculos, monogenes ( unigênito) não implica que JESUS foi criado por DEUS e, portanto, não é eterno. O termo não se refere a origem de uma pessoa, mas descreve-o como único, o único de sua espécie. Assim Isaque poderia ser corretamente chamado de Abraão monogenes (Heb. 11:17), mesmo que Abraão teve outros filhos, porque Isaque sozinho era o filho do pacto. Monogenes distingue CRISTO como o único Filho de DEUS dos crentes, que são filhos de DEUS em um sentido diferente (1 João 3: 2). BF Westcott escreve: "CRISTO é o Filho unigênito, para Aquele a quem o título pertence em um sentido completamente original e singular, distinto daquele em que há muitos filhos de DEUS (vv. 12-F)." ( O Evangelho De acordo com St. João [Reprint; Grand Rapids: Eerdmans, 1978], 12). Relação única de JESUS ao Pai é um dos principais temas do evangelho de João (cf. 1:18; 3:35; 5: 17-23, 26, 36-37; 6:27, 46, 57; 08:16, 18 -19, 28, 38, 42, 54; 10:15, 17, 30, 36-38; 12: 49-50; 14: 6-13, 20-21, 23, 31; 15: 9, 15, 23 -24; 16: 3, 15, 27-28, 32; 17: 5, 21, 24-25; 20:21).
Manifestação dos atributos divinos de JESUS revelou Sua glória essencial como o Filho de DEUS ", pois nele toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2: 9). Os dois atributos mais estreitamente relacionadas com a salvação é graça e verdade. A Bíblia ensina que a salvação é inteiramente de DEUS crendo verdade no evangelho, pelo qual alguém recebe Sua poupança de graça.
O Concílio de Jerusalém, declarou: "Mas nós acreditamos que nós [os crentes judeus] são salvos pela graça do Senhor JESUS, da mesma forma como eles [os gentios] são também" (Atos 15:11). Apolo "muito ajudado aqueles que pela graça haviam crido" (Atos 18:27). Paulo descreveu a mensagem que ele pregou como "o evangelho da graça de DEUS" (Atos 20:24). Em Romanos 3:24, ele escreveu que os crentes são "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em CRISTO JESUS", enquanto em Efésios 1: 7, ele acrescentou: "No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão de nossos pecados, segundo as riquezas da sua graça ". Mais tarde, na mesma carta, Paulo escreveu: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2: 8-9). Ele lembrou a Timóteo que DEUS "nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS desde toda a eternidade" (2 Tim. 1: 9) . Essa mesma "graça de DEUS se manifestou, trazendo salvação a todos os homens" (Tito 2:11), com o resultado de que os crentes ", sendo justificados pela sua graça ... seriam feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tito 3: 7).
Não há graça salvação a não ser para aqueles que acreditam que a verdade da mensagem do evangelho. Paulo lembrou aos Efésios: "Nele, você também, depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo também crido, fostes selados nEle com o ESPÍRITO SANTO da promessa" (Ef. 1:13). Em Colossenses 1: 5, ele definiu o evangelho como a "palavra da verdade" (cf. Tiago 1:18). Paulo expressou aos Tessalonicenses sua gratidão que "DEUS ha [d] escolhida [eles] desde o princípio para a salvação, pela santificação do ESPÍRITO e fé na verdade" (2 Ts. 2:13). As pessoas são salvas quando "cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2: 4; cf. 2 Tm 2:25..). Por outro lado, "os que perecem" irá fazê-lo ", porque não receberam o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts. 2:10). Todo mundo vai "ser julgados os que não creram a verdade, mas tiveram prazer na iniqüidade" (2 Ts. 2:12).
JESUS CRISTO foi o completo expressão da graça de DEUS. Toda a verdade necessária para salvar está disponível nele. Ele era o completo expressão da verdade de DEUS, que foi apenas parcialmente revelado no Antigo Testamento (cf. Cl 2: 16-17). O que foi prenunciado por meio da profecia, tipos, e as imagens se tornaram substância realizado na pessoa de CRISTO (cf. Heb. 1: 1-2).
Ele, portanto, poderia declarar: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida .... Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará "(João 14: 6; 8: 31-32).
A vaga crença em DEUS para além da verdade sobre CRISTO não resultará em salvação. Como o próprio JESUS advertiu: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24).Aqueles que pensam que estão adorando a DEUS, mas são ignorantes ou rejeitar a plenitude do ensinamento do Novo Testamento a respeito de CRISTO, estão enganados, porque "quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23 ; cf. 15:23). Em sua primeira epístola João afirmou que "todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai" (1 João 2:23; cf. 2 Jo 9). Aqueles que rejeitam a revelação plena do próprio DEUS em JESUS CRISTO será eternamente perdidos.
Resumindo a magnificência deste verso, Gerald L. Borchert escreve:
Ao analisar este versículo crucial do Prologue, torna-se rapidamente claro que este versículo é como uma grande jóia com muitas facetas que espalha raios de implicação nas várias dimensões da cristologia-a teologia de CRISTO. Como um resumo deste versículo pode-se dizer que o evangelista reconhecido e deu testemunho ao fato de que as características atribuídas somente a DEUS pelo Antigo Testamento estavam presentes no Logos encarnado, messenger exclusivo de DEUS para o mundo, que não só sintetizou em pessoa a incrível senso da presença de DEUS no meio deles como um povo peregrino, mas também evidenciou esses estabilizadores qualidades divinas povo d
e DEUS tinha experimentado várias vezes. ( João 1-11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 121-22 . itálico no original.)
 
As Testemunhas da Encarnação
João deu testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim'." Para da sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça. (1: 15-16)
De acordo com seu objetivo ao escrever seu evangelho (20:31), João trouxe outras testemunhas da verdade sobre o divino, preexistente, Verbo encarnado, o Senhor JESUS CRISTO. Ele primeiro convidou JoãoBatista, que também testemunhou sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim'." João testemunho será relacionado em mais detalhes a partir do versículo 19. Aqui, o apóstolo João meramente resume ele. João Batista, é claro, havia morrido muito antes de este evangelho foi escrito. Mas, como observado no Capítulo 2 deste volume, ainda havia um João Batista culto na existência. Assim como fez no versículo 8, o apóstolo observa inferioridade de João Batista a CRISTO, desta vez nas próprias palavras do Batista. Em contraste com alguns de seus seguidores, ele entendeu claramente e aceitou de bom grado o seu papel subordinado.
Isso João gritou fala da negrito natureza, pública do seu testemunho de JESUS; ele era "a voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas!" (Mat. 3: 3). Ele era o arauto, anunciando a chegada do Messias, e chamar as pessoas ao arrependimento e preparar seus corações para recebê-Lo. Reconhecendo preeminência de JESUS João disse a Ele, "Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim." JESUS, o Esperado (lit., "vinda") One (Matt. 11: 3; Lucas 7: 19-20; João 6:14) veio depois de João no tempo; Ele nasceu seis meses mais tarde (Lucas 1:26) e começou Seu ministério público depois de João começou sua. No entanto, como João reconheceu, JESUS tinha um posto mais alto do que ele fez, pois Ele já existia antes dele. A referência aqui, como nos versos 1 e 2, é a preexistência eterna de JESUS (cf. 8:58).
Então João convidou o testemunho dos crentes, incluindo a si mesmo e tudo que tiver recebido a plenitude da bênção daquele que é "cheio de graça e de verdade" (v. 14). Porque em CRISTO "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Colossenses 2: 9), Ele prevê todas as necessidades do Seu povo (Rm 5: 2; Ef. 4: 12-13.; Col. 1:28; 2:10; 2 Pedro 1: 3). Essa oferta abundante nunca será esgotado ou diminuído; graça continuamente siga graça em um ilimitado, interminável fluxo (cf. 2 Cor. 12: 9.; Ef 2: 7).
 
O Impacto da Encarnação
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça ea verdade vieram por JESUS CRISTO. Ninguém jamais viu a DEUS a qualquer momento; O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele explicou ele. (1: 17-18)
 
Obviamente, o impacto foi monumental. Em primeiro lugar, a graça triunfou sobre a lei. Uma vez que a Lei foi dada por DEUS através de Moisés (05:45; 09:29; Ex 31:18; Lev 26:46; Dt 4:44; 5:... 1; Atos 7: 37-38), foi imbuídos de Sua glória e refletiu Seu caráter santo e justo. Portanto Paulo pôde escrever: "O que diremos, pois é o pecado lei pode nunca ser ... a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom?!" (Rom. 7: 7, 12; cf . 2 Cor. 3: 7-11). No entanto, se DEUS foi gracioso no Antigo Testamento (por exemplo, Gênesis 6: 8; Esdras 9: 8; Sl 84:11; Pv 03:34; Jer 31:... 2; Zc. 4: 7), a Lei não era um instrumento de graça. Em vez disso, DEUS lhe concedeu graça e perdão para os pecadores arrependidos que violaram Sua santa lei, com base no que CRISTO faria para fornecer expiação. A Lei não salva ninguém (Atos 13: 38-39; Rom 3: 20-22; 8:. 3; 10:. 4; Gl 2,16; 3: 10-12; Fl 3.. 9; Heb 7 : 18-19; 10: 1-4); limita-se convence os pecadores de sua incapacidade para manter perfeitamente padrões justos de DEUS, e condena-los para o castigo eterno da justiça divina; e revela, assim, a sua necessidade de a graça do perdão. Paulo escreveu aos Gálatas que "a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a CRISTO, para que fôssemos justificados pela fé" (Gal. 3:24).
Mas como Filho sobre a casa em que Moisés era apenas um servo (Heb. 3: 5-6), JESUS CRISTO trouxe a plena realização de graça e de verdade (cf. a discussão de v 14 acima.). A graça de DEUS no Antigo Testamento foi aplicado para os penitentes crentes em antecipação da plena revelação da Sua graça em JESUS CRISTO. Na salvação de DEUS Lhe verdade foi plenamente revelado e realizado. A "verdade está em JESUS" (Ef 4:21; cf. João 14: 6.).
Em segundo lugar, DEUS se fez visível com uma clareza nunca antes visto ou conhecido. Não apenas porque ele é um espírito que é invisível (Colossenses 1:15; 1 Tm 1:17;.. Hebreus 11:27), mas o mais importante, porque para fazê-lo traria morte instantânea (Ex 33:20;. Cf . Gen. 32:30;. Dt 05:26;. Jz 13:22), ninguém jamais viu a DEUS a qualquer momento (João 06:46;. 1 Tm 6:16; 1 João 4:12, 20). É através de JESUS CRISTO, a "imagem do DEUS invisível" (Cl 1,15), que DEUS é revelado.
O NASB segue a leitura melhor atestada em manuscritos gregos, DEUS unigênito (em vez da leitura alternativa, "Filho unigênito" encontrado em algumas traduções em inglês). É uma conclusão adequada para o prólogo, que sublinhou a divindade de CRISTO e absoluta igualdade com o Pai. A expressão íntima , que está no seio do Pai, é uma reminiscência da frase pros ton Theon ("com DEUS") no versículo 1 (cf. a discussão no Capítulo 1 deste volume). Ela expressa natureza compartilhada de CRISTO com o Pai (cf. 17:24).
DEUS, que não pode ser conhecido, a menos que Ele se revela, tornou-se mais plenamente conhecida, porque JESUS explicou ele. JESUS é a explicação de DEUS. Ele é a resposta para a pergunta: "O que é DEUS?" Em João 14: 7-9, JESUS declarou que a verdade aos Seus discípulos obtusos:
"Se você me tivesse conhecido, teria conhecido meu Pai; a partir de agora o conheceis, eo tendes visto." Filipe disse-lhe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso é o suficiente para nós." JESUS disse-lhe: "Estou há tanto tempo convosco, e ainda assim você não chegaram a conhecer-me, Filipe Quem me vê a mim vê o Pai;? Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai'"
Explicado traduz uma forma do verbo exēgeomai , a partir do qual a palavra Inglês "exegese" (o método ou prática de interpretar as Escrituras) deriva. JESUS é o único qualificado para exegese ou interpretar DEUS ao homem, uma vez que "ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11. : 27).
O prólogo apresenta uma sinopse introdutório de todo o evangelho de João. Ele introduz temas que serão expandidas em todo o resto do livro. Nada é mais importante do que isso: (v. 14) JESUS, que existia em comunhão íntima com o Pai desde toda a eternidade (v. 1), tornou-se carne, trouxe a expressão cheia de graça e de verdade para a humanidade (v. 17), e revelou DEUS ao homem (v. 18). Como Ele fez isso será visto no restante do evangelho de João.
1.1 O VERBO. João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como a Palavra de DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS CRISTO é a sabedoria multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também CRISTO, como "o Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9; ver o estudo A PALAVRA DE DEUS). João nos apresenta três características principais de JESUS CRISTO como "o Verbo". (1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai. (a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele. (b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11 nota). (2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6). (3) O relacionamento entre o Verbo
e a humanidade. "E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: CRISTO deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23 nota)
 
 
BEP - CPAD
1.2 NO PRINCÍPIO COM DEUS. CRISTO não foi criado; Ele é eterno, e sempre esteve em comunhão amorosa com o Pai e com o ESPÍRITO SANTO (ver Mc 1.11 nota sobre a Trindade).
1.4 VIDA... A LUZ DOS HOMENS. CRISTO é a personificação da genuína e verdadeira vida (cf. João 14.6; 17.3). Sua vida era a luz para todos, i.e., a verdade de DEUS, sua natureza, propósito e poder tornam-se disponíveis a todos por meio dEle (João 8.12; 12.35,36,46).
1.5 A LUZ RESPLANDECE NAS TREVAS. A luz de CRISTO brilha num mundo mau e pecaminoso controlado por Satanás. A maior parte do mundo não aceita sua vida, nem sua luz; mesmo assim "as trevas não a compreenderam", i.e., não prevaleceram contra ela.
1.9 ALUMIA A TODO HOMEM. CRISTO ilumina toda pessoa que ouve o seu evangelho, concedendo-lhe certa medida de compreensão e graça para que essa pessoa possa livremente escolher, aceitar ou rejeitar a mensagem. Além da luz de CRISTO, não há outra mediante a qual possamos conhecer a verdade e sermos salvos.
1.10 O MUNDO NÃO O CONHECEU. O "mundo" se refere à totalidade da sociedade organizada e que age independente de DEUS, da sua Palavra e do seu governo. O mundo nunca concordará com CRISTO; permanecerá indiferente ou hostil a CRISTO e ao seu evangelho, até o final dos tempos (ver Tg 4.4). O mundo é o grande oponente do Salvador na história da salvação (cf. Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.5).
1.12 FILHOS DE DEUS. O homem tem o poder -(o direito) de se tornar filho de DEUS somente se crer no nome de CRISTO. Quando ele o recebe, nasce de novo e é feito filho de DEUS (João 3.1-21). Portanto, nem todas as pessoas são "filhos de DEUS" no sentido bíblico.
1.12 CRÊEM. É importante notar que João nunca emprega o substantivo "fé" (gr. pistis). Entretanto, emprega o verbo "crer" (gr. pisteuo) 98 vezes. Para João, a fé salvífica é, pois, uma atividade; algo que as pessoas realizam. A verdadeira fé não é crer e confiar de modo estático em JESUS e na sua obra redentora, mas uma dedicação amorosa e abnegada que continuamente nos aproxima dEle como Senhor e Salvador (cf. Hb 7.25).
1.12 RECEBERAM... CRÊEM. Este versículo retrata claramente como a fé salvífica é tanto um ato instantâneo como uma atitude da vida inteira. (1) Para alguém se tornar filho de DEUS, deve "receber" (gr. elabon, de lambano) a CRISTO. O tempo pretérito do aoristo aqui denota um ato definido de fé. (2) Após este ato de fé, de receber a CRISTO como Salvador, deve haver da parte do pecador uma ação contínua de crer. O verbo "crer" (gr. pisteuosin, de pisteuo) é um particípio presente ativo, indicando a necessidade da perseverança no crer. A fé genuína precisa continuar após o ato inicial da pessoa aceitar a CRISTO para que ela seja salva. "Aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 10.22; 24.12,13; Cl 1.21-23; Hb 3.6, 12-15).
1.13 NASCERAM... NEM DA VONTADE DA CARNE. Esta passagem mostra que DEUS não tinha obrigação de prover salvação para o homem mediante a morte de CRISTO. Na provisão da salvação, DEUS não teve outra compulsão senão o seu próprio amor e compaixão. A iniciativa em prover a salvação do perdido pecador, parte de DEUS.
1.14 O UNIGÊNITO DO PAI. O termo "unigênito" não significa que CRISTO foi um ser criado. Pelo contrário, a declaração refere-se ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, i.e., ao fato de Ele ser o Filho de DEUS desde toda a eternidade. Aqui temos a sua filiação em relação ao DEUS trino (João 1.1,18; 3.16,18; ver Mc 1.11 nota).
1.14 E O VERBO SE FEZ CARNE. CRISTO, o DEUS eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). NEle se uniram a humanidade e a divindade. De modo humilde, Ele entrou na vida e no meio-ambiente humanos com todas as limitações das experiências humanas (cf. João 3.17; 6.38-42; 7.29; 9.5; 10.36).
 
 
LIÇÃO 1 - JESUS, O VERBO DE DEUS - 1º TRIMESTRE DE 2008 - TEMA: JESUS CRISTO, Verdadeiro Homem, Verdadeiro DEUS. Lições Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos - 2008 - Comentários: Pr. Esequias Soares. Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antônio Gilberto. - Complementos para ajuda aos estudantes e professores: Pr. Henrique           
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 1.1-10, 14
1No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. 2Ele estava no princípio com DEUS. 3Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; 5e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 6Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João. 7Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. 8Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. 9Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, 10estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
 
14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
 
1.1 O VERBO. João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como a Palavra de DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS CRISTO é a sabedoria multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também CRISTO, como "o Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9). João nos apresenta três características principais de JESUS CRISTO como "o Verbo".
 
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai.
(a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele.
(b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11).
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade.
"E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: CRISTO deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23).
1.2 NO PRINCÍPIO COM DEUS. 
CRISTO não foi criado; Ele é eterno, e sempre esteve em comunhão amorosa com o Pai e com o ESPÍRITO SANTO (ver Mc 1.11).
1.4 VIDA... A LUZ DOS HOMENS. C
RISTO é a personificação da genuína e verdadeira vida (cf. 14.6; 17.3). Sua vida era a luz para todos, i.e., a verdade de DEUS, sua natureza, propósito e poder tornam-se disponíveis a todos por meio dEle (8.12; 12.35,36,46).
1.5 A LUZ RESPLANDECE NAS TREVAS. 
A luz de CRISTO brilha num mundo mau e pecaminoso controlado por Satanás. A maior parte do mundo não aceita sua vida, nem sua luz; mesmo assim "as trevas não a compreenderam", i.e., não prevaleceram contra ela.
1.9 ALUMIA A TODO HOMEM. 
CRISTO ilumina toda pessoa que ouve o seu evangelho, concedendo-lhe certa medida de compreensão e graça para que essa pessoa possa livremente escolher, aceitar ou rejeitar a mensagem. Além da luz de CRISTO, não há outra mediante a qual possamos conhecer a verdade e sermos salvos.
1.10 O MUNDO NÃO O CONHECEU. O
 "mundo" se refere à totalidade da sociedade organizada e que age independente de DEUS, da sua Palavra e do seu governo. O mundo nunca concordará com CRISTO; permanecerá indiferente ou hostil a CRISTO e ao seu evangelho, até o final dos tempos (ver Tg 4.4). O mundo é o grande oponente do Salvador na história da salvação (cf. Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.5).
 
1.14 O UNIGÊNITO DO PAI. O termo "unigênito" não significa que CRISTO foi um ser criado. Pelo contrário, a declaração refere-se ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, i.e., ao fato de Ele ser o Filho de DEUS desde toda a eternidade. Aqui temos a sua filiação em relação ao DEUS trino (1.1,18; 3.16,18; ver Mc 1.11).
1.14 E O VERBO SE FEZ CARNE. 
CRISTO, o DEUS eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). NEle se uniram a humanidade e a divindade. De modo humilde, Ele entrou na vida e no meio-ambiente humanos com todas as limitações das experiências humanas (cf. 3.17; 6.38-42; 7.29; 9.5; 10.36).
  
O EVANGELHO DE JOÃO,
O evangelho do filho de DEUS é o evangelho do rosto de águia, na visão de Ezequiel, no capítulo 10 e versículo 14, é o evangelho que nos mostra o homem perfeito que DEUS criou, JESUS CRISTO; é também o evangelho eterno de DEUS para o homem. Aqui, JESUS é apresentado como dador da vida. Este evangelho, segundo os estudiosos, tem como autor o apóstolo João, filho de Zabedeu e Salomé (irmã de Maria), que foi discípulo de João Batista, escolhido para ser um dos doze (Mt 10.2), chamado de filho do trovão juntamente com seu irmão Tiago. João foi conhecido como o discípulo a quem JESUS amava, gostava de andar com Pedro. Escreveu outros livros: 1, 2 e 3 João e Apocalipse, sendo o único de quem se tem notícia, dentre os apóstolos, que não morreu assassinado. A data provável da escrita do livro é entre 85 e 100 a.D. O versículo chave é: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.(Jo 20.31).
 
 O Verbo (Logos)
  Jo 1.1- “No princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o verbo era DEUS”.
 Para compreender porque JESUS CRISTO é chamado de verbo, precisamos saber que uma frase para ser construída é necessário que haja um sujeito, um verbo e um complemento.
DEUS é um ser triuno, ou seja, é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO (Jo 3.13-17).
Vamos aprender mais se construirmos uma frase, vejamos então:
        
Conclusão:     
DEUS PAI planejou a salvação do homem,
DEUS FILHO morreu por nós na cruz do calvário, executando o plano de DEUS (AÇÃO DO VERBO),
DEUS ESPÍRITO SANTO revelou-nos esta salvação, convencendo-nos do pecado, da justiça e do juízo.
  
Outra demonstração para fácil assimilação da trindade de DEUS é tomarmos como exemplo o sol:
O sol em si representando o PAI, a ordem para fazer;
A luz do sol representando o FILHO, o cumprimento da ordem;
O calor do sol representando o ESPÍRITO SANTO, a revelação, o poder como resultado.
 
 O VERBO.
João, a pedido dos presbíteros da igreja da Ásia menor, escreve sua epístola onde sua preocupação não é outra senão de contestar as perigosas heresias a respeito da divindade, natureza e pessoa de CRISTO, que estavam sendo difundidas por um certo judeu. Portanto, em virtude desta preocupação, João inicia sua epístola referindo-se a JESUS  como "o Verbo" procurando demonstrar no contesto de Jo 1:1 ao 3 a Sua divindade e que Ele é " A Palavra de DEUS personificada". E é dentro desta linha de pensamento que João passa a relatar o testemunho de João Batista (Jo 1:19). Mas, vamos mais uma vez ao texto? Só que desta vez quero apresentá-lo de uma forma que facilitará a compreensão de qualquer pessoa:
João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como a Palavra de DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS CRISTO é a sabedoria multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também CRISTO, como "o Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9). João nos apresenta três características principais de JESUS CRISTO como "o Verbo".
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai.
(a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele.
(b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11).
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. "E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: CRISTO deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23).
 
LOGOS
João 1.1 apresenta CRISTO mediante o termo grego logos, que significa palavra, demonstração, mensagem, e declaração " ou o ato da fala". Mas Oscar Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência distinta e pessoal de um ser real e específico.
João 1.1 demonstra que o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS" são duas expressões simultaneamente verídicas. Isto significa jamais ter havido um período em que o Logos não existisse juntamente com o Pai.
João passa, então, a demonstrar o Verbo atuante na criação.
Gênesis 1.1 nos ensina que DEUS criou o mundo. João 1.3 especifica que o Senhor JESUS  CRISTO, no seu estado pré encarnado, fez a obra da criação, executando a vontade e o propósito do Pai.
Descobrimos também que é no Verbo que a vida se encontra. João 1.4 diz: Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens". Porque JESUS  é o referencial da vida, o único lugar onde ela pode ser conquistada. E aqui se descreve a existência de uma qualidade de vida: a vida eterna. Esta espécie de vida está disponível em DEUS, pelo seu poder vivificante através do Verbo vivo. Somente obtemos a vida eterna como a vida de CRISTO em nós. O fato de não ter o mundo compreendido o Logos, indica-o João 1.5: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Na continuação, João Batista aparece como testemunha enviada daquela Luz. Mas queremos focalizar a nossa atenção neste ponto: "Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu" (1.9,10). O Criador do mundo, a segunda Pessoa da Trindade, DEUS Filho, estava aqui no mundo, mas este não o reconheceu. O versículo seguinte é mais específico: "Veio para o que era seu [seu próprio lugar, a Terra que criara], e os seus [seu próprio povo, Israel] não o receberam" (1.11). Os herdeiros da aliança, os descendentes físicos de Abraão, não o receberam.
Este tema é destaque e percorre todo o Evangelho de João: a rejeição de JESUS .
Quando JESUS  pregava, alguns judeus zombavam. Quando JESUS  disse: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou,se", os judeus, na sua incredulidade, retrucaram: "Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão?" Então JESUS  declarou: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo 8.57,58). O tempo presente do verbo, "sou", indica existência linear. Antes que Abraão fosse, o Filho já é.
Embora muitos rejeitassem a mensagem, alguns nasceram de DEUS. Em João 1.12 lemos: "Mas a todos quantos o receberam deu,lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome". Em outras palavras, JESUS  estava redefinindo toda a realidade de alguém tornar,se filho de DEUS. Até aquele momento, a pessoa precisava nascer especificamente no povo de Israel, chamado segundo a aliança (ou pelo menos afiliar,se a ele), para ter aquela oportunidade. João, porém, enfatiza que a mensagem espiritual, o Evangelho poderoso, chegara às pessoas, e que elas haviam recebido JESUS , o Logos. Recebê-lo importava em obter o direito ou autoridade de se tomar filho de DEUS. Alguns dos que o receberam eram judeus, e outros eram gentios. JESUS  derrubou o muro divisório e franqueou a salvação a todos os que desejassem chegar a Ele e recebê-lo pela fé (1.13).
A verdade essencial a respeito do Logos ora descrito, vê-se em João 1.14: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós". Aqui o termo logos é aproveitado para descrever JESUS  CRISTO, mas a realidade da sua Pessoa vai além do que abrange o sentido secular do conceito. Para os antigos gregos devotados à filosofia, um logos feito carne seria uma impossibilidade. Por outro lado, para os que crerem no Filho de DEUS, um logos na carne é a chave para se entender a encarnação. E é exatamente isto que a encarnação significa: o Logos preexistente tomou sobre si a carne humana e andou entre nós.
 
Palavra (Jo 1.1-14). JESUS  é o Logos (1Jo 1.1; Ap 19.13, RC e NTLH), isto é, a Palavra, que é mais do que expressão falada: é DEUS em ação, criando (Gn 1.3), se revelando (Jo 10.30) e salvando (Sl 107.19-20; 1Jo 1.1-2).
 
JESUS CRISTO, A VIDA DE VISÃO GERAL
JESUS CRISTO é o Messias, Salvador e fundador da igreja cristã. Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas vidas. Embora tenha vivido na terra somente 33 anos, tem exercido grande impacto nas pessoas – mesmo naqueles que não crêem que Ele é o Filho de DEUS. JESUS  CRISTO é descrito em detalhe na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos – nos Evangelhos, cada um focando diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o esperado Rei do povo judeu. Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a destacar seu caráter compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um relacionamento amoroso com JESUS . No entanto todos concordam que JESUS  é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis.
 
A VIDA DE JESUS A história contada nos Evangelhos abrange estágios que vão da encarnação de CRISTO, ou sua entrada no mundo, até sua morte na cruz. A apresentação total da vida de CRISTO está centrada na cruz e na sua ressurreição triunfal.
 
A PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS João começa o seu Evangelho com uma referência à Palavra (João 1:1), e com isso dá uma visão gloriosa de JESUS , que existia mesmo antes da criação do mundo (1:2). JESUS  tomou parte no ato da criação (1:3). Entretanto, o nascimento de JESUS  foi ao mesmo tempo um ato de humilhação e de iluminação. A luz brilhou, mas o mundo preferiu permanecer nas trevas (1:4-5, 10)
 
 
CRISTO Em Cada Livro Da Bíblia
Em Gênesis JESUS é o Cordeiro no altar de Abraão
Em Êxodo é o cordeiro da Páscoa
Em Levítico ele é o sumo sacerdote
Em Números ele é a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite
Em Deuteronômio ele é a cidade de nosso refúgio
Em Josué, ele é o tecido vermelho na janela de Raabe
Em Juízes ele é o nosso Juiz
Em Ruth ele é o nosso parente redentor
Em I e II Samuel ele é o nosso profeta confiável
Nos livros de Reis e Crônicas é o nosso soberano
Em Esdras ele é o nosso escriba fiel
Em Neemias é o reconstrutor de tudo que está destruído
Em Ester ele é Mordecai assentado fielmente no portão
Em Jô ele é o nosso redentor que vive para sempre
Em Salmos ele é o meu pastor e nada me faltará
Em Provérbios e Eclesiastes ele é nossa sabedoria
Em Cantares ele é o belo noivo
Em Isaias ele é o servo sofredor
Em Jeremias e Lamentações JESUS é o profeta que chora
Em Ezequiel ele é o maravilhoso homem de quatro faces
Em Daniel ele é o quarto homem na fornalha
Em Oséias ele é o amor sempre fiel
Em Joel ele nos batiza com o ESPÍRITO  SANTO e com fogo
Em Amós ele leva nossos fardos
Em Obadias nosso salvador
Em Jonas ele é o grande missionário que leva ao mundo a palavra de DEUS
Em Miquéias ele é o mensageiro dos pés formosos
Em Naum ele é o vingador
Em Habacuque ele é a sentinela orando sempre pelo reavivamento
Em Sofonias ele é o Senhor poderoso para salvar
Em Ageu ele é o restaurador de nossa herança perdida
Em Zacarias é a nossa fonte
Em Malaquias ele é o filho da justiça com a cura em suas asas.
Em Mateus ele é o CRISTO o filho do DEUS vivo
Em Marcos ele é o operador de milagres
Em Lucas ele é o filho do homem
Em João ele é a porta pela qual todos devem passar
Em Atos é a luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco
Em Romanos é a nossa justificação
Em Coríntios é nossa ressurreição e o que leva os nossos pecados
Em Gálatas ele nos redime da lei
Em Efésios ele é nossa riqueza insondável
Em Filipenses ele supre todas as nossas necessidades
Em Colossenses ele é a plenitude do DEUS encarnado
Em Tessalonicenses ele é o nosso Rei que virá
Em Timóteo ele é o nosso mediador entre DEUS e os homens
Em Tito ele é nossa bendita esperança
Em Filemon ele é o amigo mais chegado que um irmão
Em Hebreus ele é o sangue do pacto eterno
Em Tiago ele é o Senhor que cura o doente
Em Pedro ele é o pastor principal
Nos livros de João é JESUS que tem a ternura do amor
Em Judas ele é o Senhor que vem com milhares de santos
E em Apocalipse, a igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada sua redenção
JESUS é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
(Autor anônimo)  
  
Capítulo 3 - Cristologia — A Doutrina de CRISTO - Severino Pedro da Silva - CPAD - TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTALCristologia é o estudo que se ocupa dos atributos de CRISTO como DEUS e como Homem, bem como do relacionamento dessas duas naturezas. Começaremos a nossa análise pelos nomes e títulos do Senhor JESUS CRISTO e as significações de cada um deles, além das características de sua perfeita humanidade.
Nomes e títulos de JESUS CRISTO
JESUS. Este nome designa a Pessoa e a existência do Filho de DEUS, que veio ao mundo para salvar os pecadores. Quando Ele é invocado como Senhor, Redentor e Salvador, é esse o seu nome íntimo e pessoal. JESUS CRISTO — o nome completo —compõe-se do nome próprio JESUS e de um título: CRISTO. Ligados, designam o Filho de DEUS bendito, o Salvador universal. Além de “JESUS CRISTO”, há cerca de trezentos títulos e designações na Bíblia que se referem à sua gloriosa Pessoa. Senhor é o título da sua divindade; JESUS, além de um nome, é título da sua humanidade; CRISTO, de seu oficio como Sumo Sacerdote, Rei e Profeta, e o Messias prometido nas profecias do Antigo Testamento. CRISTO. O Credo de Nicéia, realizado na Bitínia (na atual Turquia), em 325, apresenta algumas declarações importantes a respeito de JESUS CRISTO quanto ao fato de ser Ele tanto Homem como DEUS, gerado, e não criado. Originalmente, o tal credo afirma:
Creio em um DEUS, o Pai Todo-poderoso, Criador dos céus e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis. F no Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigêmto de DEUS } Luz de Luz, verdadeiro DEUS do verdadeiro DEUS, gerado, não-feito, sendo de uma substância como o Pai, por quem todas as coisas foram feitas... “Achamos o Messias (que, traduzido, é o CRISTO)”; “Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO) vem” (Jo 1.41; 4.25). Estas passagens mostram que judeus e samaritanos tinham a mesma esperança redentora em relação ao Messias prometido aos pais pelo DEUS de Israel. A idéia de um Messias (hb. mashiach, “Ungido”) para ser o Salvador ou Redentor de seu povo estava presente na mente dos povos, mesmo os que professavam diferentes religiões e crenças. Mas todos esperavam um Messias político. Também havia a idéia de um Libertador humano militar, eleito por DEUS, para Israel e, por extensão, a toda a humanidade, comandando um poderoso exército, encontrava-se na mente de Israel. JESUS CRISTO, o Senhor. Nos campos da adoração e da reverência, JESUS é chamado de Senhor. Especialmente depois de sua ressurreição, surgiu a expressão “Senhor JESUS”, que ocorre através do Novo Testamento. Lucas escreveu sobre as mulheres que tinham preparado especiarias para embalsamar o corpo JESUS. Chegando ao local, “acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS” (Lc 24. 3). Daqui em diante, a expressão em apreço aparece em numerosas passagens neotestamentánas. A palavra “senhor” (gr. kyrios'), que é usada com relação a JESUS CRISTO, é empregada, às vezes, apenas para fazer uma referência polida a um superior (Mt 13.27; 21.30; 27.63; Jo 4.11). Em outras ocasiões pode significar simplesmente o senhor de um escravo (Mt 6.24; 21.40). Ela também foi empregada na Septuaginta como tradução do tetragrama YHWH. Kyrios é um termo empregado para traduzir o nome de DEUS mais de 6.500 vezes na versão grega do Antigo Testamento supramencionada. Nesse caso, qualquer leitor do grego do Novo Testamento reconheceria quando a palavra “Senhor” era uma referência ao nome do Criador dos céus e da terra, o Todo-Poderoso. Há muitos casos no Novo Testamento em que o vocábulo “senhor”, ao ser aplicado a CRISTO, reveste-se do sentido que tem no Antigo Testamento: o Senhor, o Todo-Poderoso, isto é, YHWH. 1 al uso pode ser notado na afirmação do anjo aos pastores de Belém: “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador que é CRISTO, o Senhor” (Lc 2. 11). A palavra “CRISTO”, nesse sentido, é a tradução grega de mãshtah (hb.). Conquanto, esses termos nos sejam familiares, pelo uso freqüente que deles fazemos no período do Natal, devemos considerar o quão surpreendentes foram para os judeus do primeiro século que conheceram um bebê chamado de “o Messias” e de “o Senhor” — isto é, o próprio Senhor DEUS encarnado! Quando Mateus mencionou a pregação de João Batista: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3.3), fez uma citação de Isaías 40.3, que fala a respeito do próprio Senhor DEUS manifesto entre seu povo. Mas o contexto aplica tal profecia ao fato de João preparar o caminho para a chegada de JESUS. Ou seja, quando JESUS viesse, seria o próprio Senhor quem viria! JESUS identificou-se como o Senhor soberano do Antigo Testamento quando perguntou aos fariseus sobre Salmos 110.1 (cf. Mt 22.44). A força dessa afirmação é que o DEUS Pai disse ao DEUS Filho (o Senhor de Davi): “Assenta-te à minha direita...” E os fariseus sabiam que Ele estava falando a respeito de si próprio. Nas Epístolas, Senhor é um título aplicado com freqüência a JESUS CRISTO. O apóstolo Paulo afirmou: “Todavia para nós há um só DEUS, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, JESUS CRISTO, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (I Co 8. 6). 1 Outros nomes e títulos. Há vários títulos atribuídos a CRISTO no Antigo Testamento: Siló (Gn 49.10); Maravilhoso Conselheiro, DEUS forte, Pai da eternidade e Príncipe da paz (Is 9.6); Renovo (Jr 33.15; Zc 3.8; Is 4.2; Jr 23.5), etc. No Novo Testamento, além dos mencionados, encontramos: CRISTO JESUS (I Tm 1. 15); Senhor de todos (Atos 10.36); Senhor dos senhores (Ap 17.14); Senhor e Salvador JESUS CRISTO (2 Pe 2.20), etc.

A ETERNIDADE DE CRISTOJESUS é o Filho de DEUS bendito, enviado por DEUS Pai; vindo ao mundo, humanizou-se, ao ser gerado pelo Pai no ventre de uma virgem, a fim de cumprir a vontade divina. As instruções sobre o mistério de sua encarnação foram dadas a Maria, de Nazaré, a qual recebeu a visita do anjo Gabriel. Entrando ele a sua casa, saudou-a: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo: bendita és tu entre as mulheres”. O anjo instruiu Maria quanto ao processo sobrenatural da encarnação de JESUS mediante o ESPÍRITO SANTO (Lc 1.28,31-35) e, no tempo assinalado, o Senhor nasceu numa estrebaria, em Belém, vivendo entre os homens, cheio de graça e de verdade. Ninguém há, pois, que possa negar a sua existência, haja vista que isso significa negar o próprio DEUS e tudo o que sabemos a seu respeito. Mas não devemos limitar JESUS CRISTO ao tempo e à história. Ele é preexistente — existe antes que todas as coisas. Essa doutrina é clara nas Escrituras. O próprio CRISTO fala de sua glória e relacionamento com o Pai “antes que o mundo existisse” ou “antes da fundação do mundo” (Jo 17.5; 17.24b). Tanto o contexto imediato quanto o remoto, nas páginas sagradas, evidenciam que CRISTO foi, é e sempre será, como Ele mesmo afirmou, em João 8.58: “... em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou” (Jo 8.58). Sim, Ele é antes de todas as coisas (Cl I. 17). E tanto os escritores do Antigo como do Novo Testamentos asseveram que Ele é o DEUS Eterno. Em Salmos 45.6,7, vemos o Senhor como o Todo-Poderoso, haja vista o autor de Hebreus ter aplicado tal passagem a Ele: “Mas, do Filho, diz: O DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso DEUS, o teu DEUS te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” (Hb 1.8-9). CRISTO é eterno. E verdade que, como Filho do homem, o seu nascimento marcou uma fase da história. Contudo, quando o contemplamos do ponto de vista divino, Ele é eterno. E não somente isso; é o “Pai da eternidade” (Is 9.6). Miquéias também acrescenta que aquEle que nasceria em Belém e seria Senhor em Israel já existia “desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). JESUS tanto é eterno como histórico. Muitos afirmam que Ele somente existiu como homem, enquanto outros negam até a sua existência no contexto histórico. Entretanto, negar essa realidade é negar a própria História, à qual estão atrelados inúmeros fatos sobre JESUS. Basta observar as siglas a.C. e d.C., que significam “antes de CRISTO” e “depois de CRISTO”. CRISTO é o mesmo. O Novo Testamento diz que “JESUS CRISTO é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Essas três dimensões da sua existência revelam a sua eternidade. Elas refletem o que Ele foi, é e será para sempre, o Pai da eternidade (Is 9.6), acerca do qual está escrito, em Colossenses 1.15-17: O qual é a imagem do DEUS invisível\ o primogênito de toda a criação. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

A HUMANIDADE DE JESUSCRISTO humanizou-se para aniquilar o que tinha o império da morte, o Diabo. O autor de Hebreus mostra isso de maneira sublime e sem igual: “E, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hb 2.14). Esse triunfo de CRISTO sobre o Inimigo e seu império anulou a “cédula” que era contra nós (Jo 5.24; Ap 2.11). Por isso, o apóstolo Paulo, inspirado por DEUS, afirmou: “Havendo [CRISTO] riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.14,15). O corpo de CRISTO. Ao se fazer Homem, JESUS tornou-se tríplice, constituído de corpo, alma e espírito. Quanto ao seu corpo, Ele mesmo disse: “Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu enterramento” (Mt 26.12). JESUS falou tanto da formação como do sofrimento e da morte de seu próprio corpo. Em Hebreus 10.5, está escrito: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste”. Essa predição apontava para a formação do corpo do Senhor no ventre da virgem Maria (Lc 1.35). Quanto à sua morte, JESUS respondeu aos judeus, quando lhes pediram um sinal de sua autoridade, em João 2.19-22: Derríbaí este templo e, em três dias, o levantarei. Disseram pois os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edtfcado este templo e tu o levantarás em três dias?
Mas ele falava do templo do Seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os Seus discípulos se lembraram de que lhes dissera isto, e creram na Escritura, e na palavra que JESUS tinha dito. Foi o mesmo corpo que José de Arimatéia pediu para sepultar: “Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de JESUS. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol” (Mt 27.58,59). Quando as mulheres chegaram ao jardim onde Ele fora sepultado, “entrando fno sepulcro], não acharam o corpo do Senhor” (Lc 24.3).^ J Por conseguinte, após a sua ressurreição, JESUS apresentou-se com o mesmo corpo físico que recebera ao humanizar-se. Há, ainda, outras citações no Novo Testamento que mencionam o seu corpo após ter ressurgido dentre os mortos (Mt 28.9; Lc 24.15,30,39,40; Jo 20.14,20,27; 21.13; Atos 1.3; 10.41). Através de seu corpo, ao morrer, JESUS cumpriu a sua missão terrena. Seu corpo, agora embalsamado por ervas aromáticas e envolvido num finíssimo lençol, fora depositado em uma sepultura comprada por um homem rico de Arimatéia e honrado membro do sinédrio, chamado José. José envolveu o corpo do Senhor naquele lençol e o sepultou no túmulo novo que mandara escavar na rocha. Ali o corpo do Senhor repousaria da tarde da sexta-feira até à manhã do domingo, quando seria ressuscitado pelo supremo poder de DEUS. A alma àe CRISTO. “O trabalho da sua alma ele verá, e ficará satisfeito...” (Is 53.11,12). Neste texto, vemos que não somente o corpo de CRISTO, mas a sua alma e toda a extensão do seu Ser foram entregues pelos pecados da humanidade. Durante a sua vida terrena, o Senhor JESUS tinha uma alma — que é o centro das emoções humanas — ligando ao seu corpo tanto a parte psíquica como a somática. Por isso, Ele sentiu pavor e angústia (Marcos 14.33), indignação (Mac 10.14), compaixão (Mt 9.36) e agonia (Lc 22.44), além de chorar (Jo 11.35) e se perturbar (Jo 12.27). No seu corpo, durante o seu viver aqui, JESUS experimentou as necessidades básicas do ser humano. Na cruz, sobre Ele caíram todos os nossos pecados, enfermidades, tristezas, males e dores (Is 53.4; Hb 2.14); (Mac 14. 34). Em Salmos 16.9,10, os seus corpo e alma são mencionados: “... a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno...” (SI 16. 9,10). O salmista Davi, “nesta previsão, disse da ressurreição de CRISTO: que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção” (Ato 2.31). O espírito de CRISTO. Há na Bíblia a expressão “ESPÍRITO de CRISTO”, que não se refere ao espírito humano do Senhor — diz respeito a um dos nomes do ESPÍRITO SANTO.
Contudo, ao se fazer Homem, JESUS passou a ter, evidentemente, um espírito, como lemos em Lucas 23.46: “E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Ao entregar o seu espírito ao Pai, JESUS cumpriu sua missão na Terra. Quando isso aconteceu, Ele, fisicamente, estava morto; o seu espírito voltara a DEUS, sendo “mortificado, na verdade, na carne”. O próprio centurião certificou-se de que Ele estava morto! Contudo, a sua parte espiritual, o seu ser interior, fora “vivificado pelo ESPÍRITO”. Foi em espírito que JESUS cumpriu outra missão, além da terrena. Ele foi ao Hades, impelido pelo ESPÍRITO, que outrora — quando o Senhor ainda estava em seu corpo físico — fizera o mesmo, levando-o para o deserto (Lc 4.1). Agora, o Senhor deveria entrar no Hades, em espírito, movido pelo ESPÍRITO, para proclamar a sua vitória “aos espíritos em prisão (...) os quais, noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de DEUS esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca...” (I Pe 3.18-20). No espaço de tempo entre a sua morte e a sua ressurreição, enquanto o seu corpo (e apenas o seu corpo) repousava, o seu espírito encontrava-se no mundo dos mortos. Tudo isso foi possível porque, como Homem, Ele tornou-se semelhante a nós, possuindo corpo, alma e espírito. A dupla natureza de CRISTO. A igreja do período apostólico enfatizava a divindade e a humanidade de JESUS, especialmente a sua origem divina e o milagre de sua encarnação no ventre de Maria. Isto é, JESUS, ao andar na Terra, era verdadeiro DEUS e verdadeiro Homem. O conceito de que Ele era 50% homem e 50% DEUS não tem fundamento bíblico. Filho do homem e Filho de DEUS são a mesma pessoa. JESUS na eternidade estava com DEUS e era DEUS (Jo I.I). Ao humanizar-se, não deixou de ser divino, pois atributos exclusivos da deidade foram manifestos por Ele entre os homens. Ao abrir mão, voluntariamente, de sua glória junto ao Pai, limitou-se, esvaziou-se, aniquilou-se a si mesmo, a fim de sofrer pela humanidade (Fp 2.6-8). No ventre de Maria, pois, uniram-se duas naturezas: a divina e a humana. Por amor de nós, para nos salvar, DEUS se fez Homem.
 
Ensinamentos falsos sobre a dupla natureza de CRISTOO mistério das duas naturezas de CRISTO tornou-se motivo de controvérsia entre certos grupos cristãos a partir do primeiro século. Apareceram no seio do cristianismo certos ensinamentos que foram posteriormente condenados e rejeitados tanto pelos apóstolos como pelos pais da igreja.
Cnóstícos. E provável que o gnosticismo tenha surgido como um segmento cristão, no Egito, entre o fim do século I e o início do século II. Muitos escritos do gnosticismo do segundo século foram encontrados, incluindo o chamado Evangelho Segundo Tomé. Os gnósticos formularam três conceitos diferentes: 1)Negavam a realidade do “corpo humano” de CRISTO. Ensinavam que CRISTO apareceu na pessoa de JESUS, mas que este nunca foi realmente um ser humano. Tal “Cristologia” é conhecida por docetismo (gr. dokeo, “aparecer” ou “parecer”). Para eles, JESUS apenas se parecia com o homem. Toda a sua existência na terra teria sido uma farsa; Ele teria fingido ser carne e sangue, visando ao bem dos discípulos. 2)Afirmavam que CRISTO tinha um “corpo real”, mas negavam que fosse material. 3)Ensinavam uma “Cristologia” dualista, pela qual “CRISTO” teria entrado em “JESUS” no batismo e o abandonado pouco antes de sua morte. “CRISTO” teria, por exemplo, usado as cordas vocais de “JESUS” para ensinar os discípulos, porém nunca foi realmente um ser humano. Afirmava, portanto, que “JESUS” e “CRISTO” eram duas pessoas distintas. Há menções indiretas ao gnosticismo nas epístolas de João: “Porque já muitos- - enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne [como homem]. Este tal é o enganador e o anticristo” (2 Jo v.7). Como e por que essa falácia surgiu entre os cristãos são perguntas sem respostas concretas. Alguns estudiosos acreditam que Pedro também teria feito menção dos gnósticos ao falar dos falsos mestres, que introduziriam, de modo sutil, heresias de perdição no meio do povo de DEUS. Tais enganadores (gnósticos?), naqueles dias, após convence-rem cristãos a seguirem às suas dissoluções, exigiam deles que fizessem uma confissão pública, a fim de negarem “o Senhor que os resgatou” (2 Pe 2.1,2). Os gnósticos acreditavam na existência de DEUS, mas, ao mesmo tempo, afirmavam não ser possível conhecer a existência e a natureza divinas. Aceitavam a idéia da emanação — ou platomsmo —, doutrina pela qual diziam que tudo quanto existe derivou-se do “Ser Supremo”, representado pelo Sol, cuja emanação mais forte é o Filho. Um pouco mais distantes estão os seres angelicais; depois, os homens... Enfim, DEUS é mabordável. Por isso, não existia um mediador que pudesse conduzir o homem a Ele. Eles eram também liberais; não aceitavam a autoridade de CRISTO. Estudavam a Bíblia como “DEUS”, porém, de modo paradoxal, rejeitavam a sua deidade. As Escrituras mostram que eles estavam enganados (Jo 1.1; Fp 2.6; Ap 1.8; Hb 1.8). E o Credo Atanasiano deixa claro que o Pai é DEUS, o Filho é DEUS e o ESPÍRITO SANTO é DEUS: “NestaTrindade nada é antes ou depois, nenhum é maior ou menor: mas as três pessoas são co-eternas, unidas e iguais. As pessoas não são separadas, mas distintas. A Trindade é composta de três Pessoas unidas sem existência separada, tão completamente unidas, que formam um só DEUS”. Agnósticos. O termo “agnóstico” provém de duas palavras gregas: a, “não”, tgnosís, “conhecimento”. Empregado pela primeira vez porT. H. Huxley (1825-1895), indicava literalmente “não-conhecimento”, numa oposição ao gnosticismo. Os agnósticos procuravam negar a DEUS e a sua existência, dizendo que não se pode conhecê-lo. Ensinavam que a mente humana não podia conhecer a realidade; negavam, pois, a DEUS e o sacrifício redentor de JESUS CRISTO pela humanidade perdida. Muitos cristãos dos primeiros séculos deram ouvidos às doutrinas agnósticas — e também às gnósticas —, apesar de o ESPÍRITO SANTO tê-los advertido por meio dos escritores do Novo Testamento. Alguns estudiosos sugerem que as religiões da Índia conseguiram iludir alguns cristãos egípcios, ou que estes teriam sido influenciados pelas idéias sincréticas vigentes à época. Nitidamente, o objetivo do agnosticismo e do gnosticismo era diminuir o Filho de DEUS, negando, aberta ou encobertamente, a sua deidade. Gnósticos e agnósticos, certamente, faziam parte dos “muitos an ti cristos” (I Jo 2.18), uma vez que a sua filosofia e os seus ensinamentos continham algo daquilo que os falsos cristos procuravam ensinar. Ebionitas. Os ebionitas — “pobres” ou “indigentes” — surgiram no começo do século II. Eram judeus-cristãos que não abriram mão das cerimônias mosaicas. Segundo Justino e Orígenes, havia dos tipos de ebionitas, os brandos e rígidos. Os brandos, chamados de nazarenos, não denunciavam os crentes gentios que rejeitavam a circuncisão e os sábados judaicos. Já os rígidos (sucessores dos judaizantes dos tempos de Paulo) afirmavam que JESUS havia promulgado a Lei de uma forma rígida; ensinavam que, quando ao ser batizado no Jordão, Ele foi agraciado com poderes sobrenaturais. Mas todos eles negavam a realidade da natureza divina de CRISTO, considerando-o como mero homem sobrenaturalmente encarnado. Para os ebionitas, a crença na deidade de CRISTO lhes parecia incompatível com o monoteísmo. Um outro ponto discordante entre eles eram as epístolas de Paulo, porque, nelas, este apóstolo reconhecia os gentios convertidos como cristãos e, portanto, integrantes do corpo de CRISTO. Maniqueus. De origem persa, foram assim chamados em razão de seu fundador, Mani, morto no ano de 276 por ordem do governo da Pérsia. O ensino deles dava ênfase ao fato de o Universo compor-se dos reinos das trevas e da luz, bem como ambos lutarem pelo domínio da natureza e do próprio homem. Recusavam JESUS; criam num “CRISTO Celestial”. Severos quanto à obediência e ao ascetismo, renunciavam ao casamento. O apóstolo Paulo profetizou acerca do surgimento dos maniqueus em I Timóteo 4.3: “Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que DEUS criou para os fiéis...” Eles foram perseguidos tanto por imperadores pagãos, como pelos primitivos cristãos. Agostinho, em princípio, era maniqueu. Entretanto, depois de sua conversão, escreveu contra o maniqueísmo. Arianos. Ario foi presbítero de Alexandria, nascido por volta de 280, na Africa do Norte, onde está atualmente a Líbia — não muitos detalhes de sua vida na História. Os seus seguidores diziam que CRISTO é o primeiro dos seres criados, através de quem todas as outras coisas são feitas. Por antecipação, devido à glória que haveria de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho, o Unigênito. Segundo os arianos, JESUS pode ser chamado de DEUS, apesar de não possuir a deidade no sentido pleno. Ele estaria limitado ao tempo da criação, ao contrário do que diz a Palavra de DEUS: “... ele [JESUS] é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17). As heresias de Ario foram rejeitadas pelos cristãos de seu tempo. E um bispo de Alexandria chamado Alexandre convocou um sínodo, em 321, depondo-o do presbitério e o excluindo da comunhão da igreja. Em 325, no Concilio de Nicéia, o arianismo foi condenado, e o ex-presbítero Ario, juntamente com dois de seus amigos, banidos para a Ilína. Apolinarianos. Apolinário, bispo de Laodicéia a partir de 361, ensinou que a pessoa única de CRISTO possuía um corpo humano, mas não uma mente ou espírito humanos. Além disso, para ele, a mente e o espírito de CRISTO provinham da sua natureza divma. As idéias de Apolinário foram rejeitadas pelos líderes da igreja. Eles perceberam que não somente o corpo humano necessitava de redenção; a mente e o espírito (espírito +alma) humanos também. Nesse caso, CRISTO tinha de ser plena e verdadeiramente homem a fim de nos salvar de modo igualmente pleno (Hb 2.17). Por isso, o apolinarianismo foi rejeitado  mesmo CRISTO, uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só Pessoa. Nestor — ou Nestório, como aparece em outras versões — nasceu em Antioquia. Ali, tornou-se um pregador popular em sua cidade natal. Em 428, tornou-se bispo de Constantinopla. Embora ele mesmo nunca tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome, em razão de uma combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de política eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos, condenados. Não há nas Escrituras a indicação de que a natureza humana de CRISTO seja outra pessoa, capaz de fazer algo contrário à sua natureza divina. Não existe uma indicação sequer de que as naturezas humana e divina conversavam uma com a outra, ou travavam uma luta dentro de CRISTO. Ao contrário, vemos uma única Pessoa agindo em sua totalidade e unidade, e em harmonia com o Pai (Jo 10.30; 14.23). A Bíblia não diz que Ele “por meio da natureza humana fez isto” ou “por meio de sua natureza divina fez aquilo”, mas sempre fala a respeito do que a Pessoa de CRISTO realizou. Eutiquistas. A idéia do eutiquismo acerca de CRISTO é chamada de monofisis- mo — idéia de que CRISTO possuía uma só natureza (gr. monos, “uma”, e physis, “natureza”). O primeiro defensor dessa idéia foi Êutico (378-454), líder de um mosteiro em Constantinopla. Ele opunha-se ao nestorianismo, negando que as naturezas humana e divina em CRISTO tivessem permanecido plenamente humana e plenamente divina. Êutico asseverava que a natureza humana de CRISTO foi tomada e absorvida pela divina, de modo que ambas foram mudadas em algum grau, resultando em uma “terceira natureza”. Uma analogia ao eutiquismo pode ser vista quando pingamos uma gota de tinta em um copo de água. A mistura resultante não é nem pura tinta nem pura água, mas uma terceira substância. Para Êutico, JESUS era uma “mistura dos elementos divinos e humanos”, na qual ambas as naturezas teriam sido, em algum sentido, modificadas para formar uma nova natureza. Assim, CRISTO não era nem verdadeiramente DEUS nem verdadeiramente homem; não poderia, pois, representar-nos como Homem nem como DEUS. O que a Bíblia diz. O ensino bíblico a respeito da plena divindade e plena huma-nidade de CRISTO é claro, mediante as muitas referências bíblicas. O entendimento exato de como a plena divindade e a plena humanidade se combinavam em uma só Pessoa tem sido ensinado desde o início pela igreja, mas só alcançou a forma final na Definição de Calcedônia, em 451. Antes desse período, diversas posições doutrinárias inadequadas quanto às naturezas de CRISTO foram propostas e rejeitadas. Primeiro, pelos apóstolos. Depois, pelos chamados pais da igreja. No caso do gnosticismo — que surgiu ainda quando o Novo Testamento estava sendo escrito —, alguns livros o refutaram, de alguma forma: João, Efésios, Colossenses, I e 2 Timóteo, Tito, 2Pedro, I, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Com a finalidade de resolver os problemas levantados pelas tais controvérsias, um grande concilio eclesiástico foi convocado em Calcedônia, em 451, chamado de a Definição de Calcedônia. Ela foi considerada a definição padrão da ortodoxia sobre a Pessoa de CRISTO pelos grandes ramos do cristianismo: catolicismo, protestantismo e ortodoxia oriental. Diz a Definição de Calcedônia: Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor JESUS CRISTO, perfeito quanto à divindade e perfeito quanto à humanidade, verdadeiramente DEUS e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo; consubstanciai (“homoousios”) ao Pai, segundo a divindade, e consubstanciai a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade; por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, por parte de DEUS (“theotókos Um só e mesmo CRISTO, Filho, Senhor; Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis. A distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e substância Ç‘hypostasisnão dividido ou separado em duas pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, DEUS Verbo, JESUS CRISTO Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo JESUS CRISTO nos ensinou e o credo que país da igreja nos transmitiu. 2 Alguns estudiosos encontram dificuldades para entenderem a combinação da divindade e da humanidade de JESUS CRISTO. A maturidade cristã, o andar com DEUS e a livre ação do ESPÍRITO SANTO são vitais aqui. Este assunto, evidentemente, é mais ligado ao campo da revelação do que mesmo o da explicação. Contudo, quando bem analisado do ponto de vista investigativo e teológico, existe uma certa facilidade de ser entendido pela mente natural. Examinando o Novo Testamento e observando a cada detalhe, veremos como a humanidade e a divindade de CRISTO se harmonizam.

O HOMEM -DEUS E SEUS ATRIBUTOSA questão maior entre os pensadores liga-se aos atributos naturais da divindade e as limitações de JESUS: Onipotência. Nas Escrituras é apresentado o supremo poder pessoal do Filho de DEUS, evidenciando-se os seus atributos naturais e morais, próprios de DEUS Pai. Em várias passagens, menciona-se a onipotência do Senhor JESUS. Em Isaías são citados cinco nomes de CRISTO em uma mesma passagem; um deles (DEUS forte) refere-se à onipotência de CRISTO: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz” (Is 9.6). Onipresença. “Como JESUS continuou onipresente se, ainda na Terra, estava limitado pelo tempo e o espaço, ocupando apenas um só lugar ao mesmo tempo?” Como Filho do homem (sua humanidade), Ele estava limitado às dimensões geográficas: quando estava na Galiléia, não se encontrava, é claro, na Judeia. No entanto, como Filho de DEUS (sua divindade), sempre esteve presente em todo o lugar (Mt 28.20). O próprio Senhor JESUS disse aos seus discípulos: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18.20). E ainda: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo 14.23). Como Filho do homem, estava no mundo (Jo 1.10); como Filho de DEUS, disse: “Eu já não estou no mundo” (Jo 17. II). Como Homem, o Senhor estava na Terra; como DEUS, podia estar no Céu, ao mesmo tempo: “Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). Depois de sua ressurreição, Ele declarou: “... estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20). Onisciência. “Se JESUS é onisciente, por que confessou, em certa ocasião, não saber o dia nem a hora de sua Segunda Vinda?” Como coexistiam DEUS e Homem numa mesma Pessoa, sabemos que “toda a plenitude” da divindade encontrava-se em JESUS CRISTO. Daí o profeta Isaías ter afirmado profeticamente que Ele seria possuidor da septiforme sabedoria divina: “E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). CRISTO é uma das Pessoas da Santíssima Trindade. Sendo igual a DEUS em seus atributos, pôde administrar sem nenhum empecilho as naturezas divina e humana. As expressões ditas por Ele que mostram certas limitações estão ligadas à sua humanidade. Mas, quando preciso, Ele fez valer os seus atributos divinos. Quando JESUS disse: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mac 13.32), fê-lo como Homem, não se valendo do seu atributo divino da onisciência. Ao dizer “nem o Filho”, expressou a sua humilhação e o seu esvaziamento decorrentes de sua encarnação (Fp 2.6-8). A despeito disso, a Ele foi dado todo o poder no Céu e na Terra; neste “todo” está incluído o atributo da onisciência (Mt 28.18; Jo 16.30; 21.17), que Ele nunca perdeu, em potencial (cf. Jo 6.61), mas dele abriu mão parcialmente e em alguns momentos em que agiu como Homem. Outros atributos naturais. Além dos atributos acima existem outros em CRISTO: unicidade (Jo 3.16; At 4.12); verdade (Jo 14.6); infinidade (Mq 5.2; Hb 1.12); imensidade (At 10.36); ubiqüidade (Mt 18.20; 28.20); eternidade (Is 9.6); inteligência (Lc 2.47); sabedoria (Mt 23.34; Lc 11.49; I Co 1.24); amor (Ef 3.19); justiça (Jr 23.6); retidão (2Tm 4.8); presciência (Jo 2.24-25; 6.64); providência (Mc 16.20); vontade (Mt 8.3); misericórdia (Hb 4.15-16). Atributos morais de CRISTO. Ele era e é: santo (Lc 1.35); justo (Ato 3.14); manso (Mt 11.29); humilde (Mt 11.29); inocente (Hb 7.26); obediente (Fp 2.8); imaculado (Hb 7.26); amoroso (Jo 13.1). Em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).
 
APARÊNCIA DE JESUS
Observação do Pastor Henrique quanto à aparência de JESUS - Precisamos nos lembrar de que JESUS era um forte carpinteiro. Com certeza um homem de feições fortes e musculoso, pois carregava e limpava árvores para fabricar móveis e partes de uma casa, de barcos, etc... Sua aparência mesmo foi escondida dos homens, por DEUS, para não haver idolatria a uma imagem ou escultura. Nos evangelhos, nenhum evangelista o descreveu em sua aparência humana, pois o que importava não era seu porte físico, mas seu porte espiritual.
 
OS ATRIBUTOS DIVINOS DE JESUS SE MANIFESTARAM AQUI NA TERRA, ATRAVÉS DO ESPIRITO SANTO, PRESENTE EM JESUS, POIS ELE SE FEZ SEMELHANTE AOS HOMENS EM TUDO E NÃO USOU DA PRERROGATIVA DIVINA EM SEU MINISTÉRIO TERRENO.
Filipenses 2:7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.
Hebreus 2:17 e por isso convinha que ele se tornasse em tudo semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel no serviço de DEUS, capaz de expiar os pecados do povo.
Em momento algum ELE deixou sua deidade influenciar em sua condição humana. Todos os atos e milagres foram realizados pelo JESUS homem cheio do ESPÍRITO SANTO. Por esse motivo seus períodos de oração eram intensos para se fortalecer.
Lucas 4:1 Cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou JESUS do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto,
 
ESTA É A MELHOR DESCRIÇÃOD E JESUS NA BÍBLIA
Apocalipse 1.12-16 Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro. Tinha ele cabeça e cabelos brancos como lã cor de neve. Seus olhos eram como chamas de fogo. Seus pés se pareciam ao bronze fino incandescido na fornalha. Sua voz era como o ruído de muitas águas. Segurava na mão direita sete estrelas. De sua boca saía uma espada afiada, de dois gumes. O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força.
JESUS não tinha cabelo comprido ou Paulo era maluco.
Para JESUS ser identificado pelos judeus Judas teve que beijá-lo. Lucas 22:48  JESUS perguntou-lhe: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem!
Para Zaquel identificá-lo JESUS teve que parar e falar com ele. JESUS ia passar e ele não saberia quem era JESUS.
Lucas 19:5 Chegando JESUS àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. 
 

A ENCARNAÇÃO DE CRISTO“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (Jo I.14). Devemos observar aqui vários aspectos da vida de CRISTO, envolvendo tanto o contexto divino como o humano: Sua concepção virginal A concepção de JESUS foi um ato miraculoso de DEUS. A promessa divina de que isso aconteceria foi feita pelo próprio DEUS: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14b). Paulo disse que a encarnação de CRISTO foi um milagre e a chamou de “mistério da piedade” (I Tm 3.16). Existem os que sustentam a “virgindade perpétua de Maria”, dizendo que permaneceu ela virgem antes, durante e depois do parto. Mas essa doutrina não tem apoio nas Escrituras nem se coaduna com a história do nascimento de JESUS, que se processou de forma natural. Quanto à sua concepção pelo Espirito SANTO no ventre da virgem, essa, sim, foi miraculosa e sobrenatural. A preservação da “virgindade perpétua de Maria” procura isentá-la de ter sido mãe de outros filhos. Essa doutrina forma a base dos argumentos que explicam erroneamente a negação dos “irmãos de JESUS”, que aparecem em vários lugares das Escrituras. Através do tal ensino falso afirma-se que os irmãos de JESUS eram, na verdade, primos. Parece razoável que uma doutrina dessa natureza, caso tivesse tanta importância como alguns afirmam, pelo menos fosse apoiada por uma pequena afirmação bíblica nesse sentido. Pelo contrário, o Novo Testamento afirma que JESUS tinha uma família do ponto de vista humano, a princípio pequena, formada por José, Maria e JESUS. Depois, mencionam-se os seus irmãos, Tiago, José, Judas e Simão, bem como suas irmãs (Mc 6.3). Há inúmeras referências à família biológica de JESUS nas Escrituras (Sm 69.8; Mt 12.46-50; Mac 3.21,31-35; Lc 8.19-21; Jo 7; Ato 1.13,14; I Co 9.5; Gl 1.19;Tg 1.1; Jd v.1; etc.). JESUS nasceu na plenitude dos tempos
A Era Cristã. E um período que marca sistemas, computa intervalos de tempo determinados, com base em princípios astronômicos. Os calendários são baseados em unidades de tempo heterogêneas: as resoluções da Lua ou a translação aparente do Sol, conforme são apresentados pela ciência moderna. A escolha das unidades de tempo para periodizar a História é lógica em alguns casos e resultado do hábito em outros. A utilização da Era Cristã (E.C.) é um hábito entre escritores do Ocidente. Definições de tempos e períodos. A fim de que entendamos o que significa a expressão “plenitude dos tempos”(Gl 4.4), faremos algumas definições.
Na Antigüidade, a datação dos anos partia do início de certos reinados. Os romanos contavam os anos a partir da fundação de Roma. Os gregos usavam como referência os Jogos Olímpicos. A cronologia cristã firmou-se, definitivamente, no fim da Idade Média. Mas não é a única que existe. Os árabes contam os anos a partir da Hégira, fuga de Muhamad (vulgarmente, Maomé) para Medina, em 16 de julho de 622 da E.C. A aceitação universal da cronologia cristã fez com que os anos anteriores ao nascimento de CRISTO passassem a ser contados de trás para frente (e.g. 10 a.C.). 1)Geração. Um período de 25 a trinta anos corresponde a uma geração, tempo em que os indivíduos passam a constituir família e gerar filhos. Um século engloba quatro gerações. Entre os teólogos, existem opiniões de que uma geração cobre um período de quarenta anos; para os judeus, a palavra “geração” podia mdicar a sucessão do pai por um filho (cf. Mt 1.1-17; Lc 3.23-38). 2)Idade e época. Idade é um espaço de tempo durante o qual ocorreram fatos notáveis (Idade Média, Idade do Bronze, Idade do Ferro, etc.). Êpoca é um período miciado por fato importante (Êpoca do Dilúvio, Epoca do Renascimento). 3)Período e etapa. Período é o espaço de tempo entre dois acontecimentos ou duas datas; certo número de anos que mede o tempo de modo diverso para cada nação (o período tinita, o período ático). Etapa é parte de um processo que se realiza de uma só vez. 4)Fase e tempo. Fase é um estado transitório, menor que a etapa ou o período. Tempo divide-se em três partes: passado, presente e futuro. O tempo sem o movimento não seria tempo. Seria eternidade. O tempo é, pois, uma espécie de números. Mas não é um número descontínuo; é um número contínuo e fluente. 5)Dispensação. É um período de tempo em que o homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade divina. A frase vem do latim dispensatio e significa “dispensar”, “distribuir”. 6)Eternidade. E um atributo que decorre da imutabilidade. O termo denota, com efeito, aquilo que não muda e não pode mudar de maneira alguma. A eternidade é diferente do tempo. O tempo corresponde ao que muda, ao que comporta a sucessão e o vir-a-ser. A eternidade é uma duração, quer dizer, uma permanência de ser, sem nenhuma sucessão; sem começo nem fim. JESUS nasceu em Belém. A profecia de Miquéias dizia que o Messias prometido aos filhos de Israel, nasceria em Belém, que, mesmo pequena em dimensões, tornou-se notória pelo nascimento e pela infância de Davi, que nela nasceu e cresceu. Contudo, o que mais imortalizou o seu nome foi sem dúvida o nascimento de CRISTO.
A palavra “belém” significa “casa de pão” (hb.) e “casa de carne” (ar.). A cidade de Belém está localizada cerca de nove quilômetros ao sul de Jerusalém, sobre uma colina rochosa, com uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Seu nome primitivo era Efrata (Gn 35.19). Belém aparece pela primeira vez ligada a morte e sepultamento de Raquel, esposa de Jacó (Gn 35.19). Posteriormente, tornou-se famosa pela história de Rute, bisavó de Davi, nascida ali. Foi essa cidade escolhida por DEUS para que nela Maria desse à luz ao seu primogênito: o Senhor JESUS (Mq 5.2; Mt 2.1-6). Por isso, José, que era da casa e família de Davi, veio a Belém para se alistar com Maria, sua mulher (Lc 2.4-5). Desde esse acontecimento, que marcou a transição entre o Antigo e o Novo Testamentos, essa cidade se fez imortal. Atualmente, há em Belém duas pequenas entradas que conduzem a uma gruta, a da Natividade, que tem forma retangular e é iluminada por candelabros. Uma estrela de ouro, com a inscrição em latim Hic de Mana Virgine JESUS Chrístus natus este (“Aqui nasceu JESUS da Virgem Maria”), assinala o lugar do nascimento de CRISTO. Uma manjedoura está situada à direita. 3 Data do nascimento. Desde o início do cristianismo, a cristandade em geral comemora o Natal de nosso Senhor em 25 de dezembro. Esta data, entretanto, não é bem aceita pela maioria dos judeus; e até por historiadores e teólogos cristãos. Eles insistem em que a data verdadeira do nascimento de CRISTO, de acordo com a Bíblia e os pais da igreja, seria 14 de Nisã do ano zero. O dia 25 de dezembro é mencionado na História como sendo Natal pela primeira vez em 354. Na velha Roma, essa data era o díes natalis invkti (“dia do nascimento do invicto”). Segundo informações de escritores contemporâneos, no princípio do século III, em alguns círculos da igreja cristã se celebrava o aniversário natalício de JESUS no dia 6 de janeiro. Depois, essa data passou a se referir ao batismo, e não ao nascimento de JESUS. No século IV foi oficializada a data de 25 de dezembro. A visita dos anjos. Corroborando o que dizem as Escrituras (I Tm 3.16; Hb I. 6), o doutor William Cooke observa cuidadosamente como foi constante a assistência angelical ao Salvador encarnado durante a sua vida e ministério entre os homens. No seu nascimento eles foram seus arautos e com hinos exultantes anunciaram as boas novas à humanidade (Lc 2.10-12,15-17). Um anjo dirigiu sua fuga ao Egito (e o regresso) através de sonhos (Mt 2.13-20). Na tentação, os anjos o serviram; em sua agonia, o socorreram; na sua ressurreição, foram os primeiros a proclamar o seu triunfo; na sua ascensão, o escoltaram até ao trono; e, quando Ele voltar para julgar o mundo da presente Era, formarão o seu séquito!
 
Em momento algum ELE deixou sua deidade influenciar em sua condição humana. Todos os atos e milagres foram realizados pelo JESUS homem cheio do ESPÍRITO SANTO. Por esse motivo seus períodos de oração eram intensos para se fortalecer.
 
Os magos (astrólogos ou sacerdotes?) do OrienteO termo “mago” (gr. magoi) foi empregado pela primeira vez por Heródoto (historiador grego do século V a.C.), sobre uma tribo dos medos, que ocupavam funções sacerdotais no império persa (Hist. i). Outros escritores clássicos mencionam o termo como sinônimo de “sacerdote”. Complementando isso, o texto de Daniel 7.20; 2.27; 5.15 aplica a palavra a certa classe de sábios ou astrólogos que interpretavam sonhos e mensagens dos deuses do paganismo. Em termos hodiemos, “mago” pode significar “um erudito que se dedica e se distingue no campo da astronomia, da matemática, da astrologia, da alquimia e da religião”. Entre os babilônios, por exemplo, o vocábulo era aplicado aos escribas sagrados, uma ordem de sábios que tinha a seu cargo os escritos sacros, que passaram de mão em mão, desde o tempo da Torre de Babel. Talvez o vocábulo “mago”, no Novo Testamento, tenha assumido uma posição negativa generalizada devido aos acontecimentos que envolveram Simão e Elimas (Ato 8.9,24; 13.4-11). A origem dos magos. As Escrituras nos levam a entender que os magos vieram de uma mesma terra. As evidências extraídas das luzes da fé e da razão natural nos indicam que eles eram da descendência da ramha Makeda de Aksum, conhecida pelos escritores da Bíblia como: “a rainha de Sabá” (1 Rs 10.1); “a rainha do meio-dia” (Mt 12.42); “a ramha do Sul” (Lc 11.31). Oparalelismo entre as duas narrativas — a da rainha e a dos magos — reforça o sentido desse pensamento: “E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto lhe pediu o seu desejo, além do que lhe deu, segundo a largueza do rei Salomão. Então voltou e partiu para a sua terra...” (1 Rs 10.13). “E, sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de He- rodes, partiram para sua terra...” (Mt 2.12). Existe, entretanto, uma grande dificuldade para os eruditos no que diz respeito à terra natal dos magos. Eles “vieram do Oriente”. Mas o termo “oriente” se refere a “Oriente geográfico” ou a “Oriente astronômico”? Apesar de a forma singular anatole (gr. “leste”, em relação ao nascer do sol), induzir à conclusão de que o sentido é astronômico, o sentido geográfico mostra-se mais coerente quando se faz uma análise histórico-cultural. Para muitos, a expressão: “voltaram para sua terra” dá a entender que eles eram oriundos de um só país. Aqueles que identificam os magos como procedentes da Babilônia, acham que esses sábios foram influenciados pelas profecias de Daniel, Ezequiel, etc. Isso, entretanto, não oferece argumento lógico para tal afirmação. A posição mais lógica deve ser aquela já esboçada acima, isto é, de que tal influência deve ter sido originada na visita da rainha de Sabá à terra de Israel. A tradição ainda acrescenta que, durante uma expedição realizada pela mãe de Constantino, o Grande, ela encontrou os esqueletos dos magos. Da Igreja de Santa Sofia, seus ossos foram levados para Milão, e, por fim, transportados por Frederico Barba-Roxa, para Colônia, onde estariam os três crânios dos magos, numa urna de ouro. 4 A visita dos magos ao menino JESUS. Os ricos fidalgos do oriente não encontraram JESUS na manjedoura como aconteceu com os pastores. Eles encontraram o menino JESUS já em sua casa, com Maria, sua mãe, onde, prostrando-se, o adoraram (Mt 12). O relato da visita dos magos não encontra paralelo em outra parte do Novo Testamento. Portanto, temos de usar da imaginação dentro daquilo que se pode depreender dos doze versículos que narram essa história. Esses embaixadores não visitaram o Senhor JESUS por ocasião do nascimento dEle; antes, segundo o contexto da narrativa, fizeram isso cerca de dois anos depois do dia natalício de JESUS, como se depreende de Mateus 2.11 e Lucas 2.7,16. Os magos não encontraram JESUS na manjedoura (gr. phatne), e sim numa casa (gr.gikia). O plano de Herodes de matar JESUS foi executado dentro daquilo que eles tinham lhe informado (Mt 2.16). Há opiniões variadas sobre os magos. Existem várias opiniões e até mesmo lendas no que diz respeito à identificação deles. Algumas não têm paralelo em outra parte da Bíblia; são ficções. Outras, porém, se harmonizam com alguns detalhes vividos na História. Os antigos cristãos orientais conservam tradições de que os magos eram doze sábios, cada um dos quais representaria uma das tribos de Israel. Alguns também antigos mosaicos mostram apenas dois magos, ao passo que outros exibem sete ou mesmo doze. O número onze teve apoiadores especiais, haja vista afirmarem que esse número é espiritual, podendo também predizer os números dos fiéis apóstolos (exceto Judas Iscariotes) de CRISTO. No século IV, a Igreja Ocidental estabeleceu o número de três, tomando como ponto de referência as dádivas que os sábios ofereceram a CRISTO. Com o passar do tempo, os presentes foram considerados símbolos da verdade cristã: ouro para a sua humanidade, mirra para sua morte e incenso para sua divindade. Não obstante, o registro bíblico não diz quantos magos foram ver o Menino de quase dois anos em Belém.
Guiados por uma estrela. Sobre os magos (sacerdotes ou astrólogos) e a estrela que os guiara à terra de Israel (Mt 2.2). A estrela teria sido um fenômeno divino dado só aos magos como ponto de significação divina, pois ninguém, além deles, podia vê-la. À luz da Palavra do Senhor, a estrela foi um tipo de astro especial e miraculosamente preparado por DEUS, para guiar os magos (cf. Nm 24.7).
Existem várias interpretações errôneas desse fato entre os incrédulos.

A INFÂNCIA DE JESUS
Sua alimentação. Alguns têm opinado que JESUS, como DEUS, tenha sido uma super-criança, e que também a sua alimentação tenha sido exclusiva, diferente da das crianças de seus dias. Mas isso não é verdade. Ele teve um desenvolvimento natural, moldado de acordo com as regras do procedimento. Quando menino, JESUS gostava de comer o que quase toda criança gosta: “Manteiga e mel” (Is 7.15). Como recém-nascido, Ele foi amamentado nos seios de Maria, sua mãe. Depois, quando já bem crescido, comia de tudo que um judeu de seus dias podia comer. Foi até mesmo tachado de “comilão e beberrão” (Mt II.I9), de modo maldoso por aquela geração que não via nEle o brilho celestial da glória de DEUS. Sua obediência. O que mais marcou a infância de JESUS foi a sua obediência a DEUS e aos seus pais (Fp 2.6-8). O exemplo de obediência deixado por nosso Senhor deve ser seguido por seus servos na presente dispensação. Ele era Senhor, mas sempre se apresentou como Servo. Sua obediência com respeito ao Pai caracterizava a sua maneira de viver: foi “obediente até a morte”. A obediência deve fazer parte integral da vida cristã. A promessa feita pelo Senhor com respeito à coroa da vida é para aquele que for obediente e fiel a Ele até ao fim: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10). Foi esse o sentimento que houve em CRISTO JESUS (Fp 2.5), o de ser fiel a DEUS até à morte, e morte de cruz (Fp 2.8). A obediência, nesse caso, abrange todos os ângulos da vida do CRISTO. Ela diz respeito a DEUS e aos pais de JESUS (Lc 2.51). ,
OBSERVAÇÃO DO Pr. HENRIQUE - AOS DOZE ANOS DISPUTAVA COM ESCRIBAS E ENTENDIDOS NA LEI, NO TEMPLO, QUANDO FOI A JERUSALÉM PARA A FESTA DA PÁSCOA, COM SEUS PAIS.
 
A VIDA ADULTA DE JESUSA vida adulta de JESUS — dos doze aos trinta anos, chamados de os “anos de obscuridade” — tem gerado alguns questionamentos no meio teológico. Daí ser necessário considerarmos alguns pontos: Seu crescimento natural. “E crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens” (Lc 2.52). Um dos aspectos mais visíveis da vida de CRISTO foi seu desenvolvimento natural. Isto é, sofrendo e participando das mesmas circunstâncias de uma pessoa humana. As Escrituras mostram que o nosso Senhor, mesmo sendo DEUS, teve um desenvolvimento humano natural: “... o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de DEUS estava sobre ele” (Lc 2.40). O desenvolvimento físico e mental de JESUS não deve ser explicado como sendo causado por sua divindade tão-somente, mas sim pelo resultado das leis comuns do crescimento humano. Mas o fato de Ele não ter possuído uma natureza pecaminosa, sem dúvida alguma contribuiu para o seu crescimento em graça e sabedoria para com DEUS e os homens.
Outrossim, o seu desenvolvimento mental não pode ser atribuído ao seu aprendizado tão-somente nas escolas de seus dias (Jo 7.15); deve ser atribuído também à sua educação em um lar piedoso e temente a DEUS. Ele freqüentava com regularidade a sinagoga (Lc 4.16), como também o Templo (Lc 2.14,46,47), e sua familiaridade com as Escrituras Sagradas é percebido em Lucas 4.17b:achou o lugar em que estava escrito”. Partindo da manjedoura, temos a seguinte ordem cronológica de seu crescimento:
1)Com “um dia” de nascido, envolto em panos (Lc 2.7). 2)Oito dias depois, conduzido ao ato da circuncisão (Lc 2. 21). 3)Quarenta e um dias depois, seus pais o levaram ao Templo para a apresentação, segundo a lei cerimonial (Lc 2.22). 4)Talvez dois anos (ou menos) mais tarde, é visitado pelos magos, que o encontraram numa casa, e não numa manjedoura. 5)Não sabemos que espaço de tempo Ele passou no Egito. Mas antes dos doze anos, aconteceu o regresso (Os 11. 1; Lc 2.43). 6)Após os seus doze anos, as Escrituras fazem mais algumas referências à sua vida física (Lc 2.43-46).
Alguns teólogos ociosos fazem objeções quanto aos dezoito anos de silencio na vida de JESUS e resmungam que não temos nenhuma outra fonte de informação quanto a isso, a não ser o que diz a tradição. Isto é, que durante esse período JESUS esteve em meditação na cidade de Om, também chamada de Heliópolis, no Egito. Devemos silenciar onde a Bíblia silencia. Entretanto, as Escrituras quebram esse “silêncio”. Depois dos doze anos, temos al-gumas informações, como: “E crescia JESUS... em estatura...” (Lc 2.52); e: “E, chegando a Nazaré, onde fora criado...” (Lc 4.16a). Essas duas passagens mostram claramente que, no espaço de tempo antes de sua aparição pública, Ele viveu em Nazaré. Os meninos judeus, aos treze anos, deixavam a infância, mesmo que não fossem capazes de discutir, como o menino JESUS, com os doutores reunidos nos átrios do Templo (Lc 2.46,47). A partir dessa época exigia-se deles, como dos adultos em geral, que recitassem três vezes por dia a famosa oração Shema Israel, em que todo o crente deve proclamar sua fé no DEUS único e verdadeiro. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas...” (Hb 2.14a). Como Homem, JESUS cresceu também socialmente; participou da vida social dentro dos limites da aprovação divina. Ele foi a um casamento em Cana da Galiléia (Jo 2.1ss) e participou de diversos jantares (Mt 9.11; Lc 19.1-IO). Seu crescimento espiritual “E crescia JESUS... em graça para com DEUS” (Lc 2.52c). O desenvolvimento de JESUS em graça para com DEUS está ligado à observação das leis da natureza e da educação que recebeu em seu lar piedoso, bem como às instruções recebidas no Templo por sacerdotes piedosos (cf. SI 27.4; Lc 1.5,6), ao seu próprio estudo das Escrituras e, sobretudo, à sua íntima comunhão com o Pai. Paulo menciona o aperfeiçoamento no ministério cristão. E toma como base o modelo que existia no ministério de CRISTO. Então ele diz: “Até que todos cheguemos a unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13).

A GENEALOGIA DE JESUSJESUS provou, através de sua genealogia, que não foi alguém de origem duvidosa ou ignorada. Como DEUS não era necessário provar nada, haja vista não ter Ele princípio de dias nem fim de existência. Mesmo, DEUS Pai fez questão de mostrar a procedência de seu Filho: “Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?” (Hb 1.5b).

A Palavra de DEUS mostra também a origem de JESUS como Homem. Em Mateus I, a genealogia de JESUS abrange 42 gerações, cobrindo um período de dois mil anos — vai de CRISTO a Abraão. Abraão foi pai de oito filhos: Ismael (por meio de Agar), Isaque (por meio de Sara), Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá (por meio de Cetura). Todavia, o filho da promessa era Isaque, através do qual viria o Messias. Em Lucas 3, a genealogia cobre um período maior: cerca de quatro mil anos (vai de CRISTO a Adão). Difere da genealogia em Mateus 1.1-17, pois Lucas menciona os antepassados humanos de CRISTO, através de Davi e Abraão, até Adão, mostrando, portanto, sua conexão não somente com Israel, mas também com toda a humanidade. Mateus traça a linhagem real de Davi, desde Salomão até José, mostrando JESUS como herdeiro legal de Davi. Lucas traça os antepassados de JESUS, mostrando sua humanidade, pessoas de quase nenuma expressão“... da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3). As 42 gerações na genealogia de Mateus estão divididas em três partes de 14 gerações cada uma:
1) De Abraão a Davi (abrange mil anos aproximadamente).
2) De Davi ao exílio babilônico (abrange um período de quatrocentos anos).
3) Do exílio até CRISTO (abrange um período de seiscentos anos). Ela tem treze gerações, sendo que a décima quarta inclui Maria mulher de José, mãe de JESUS. Na genealogia registrada em Mateus, as gerações sobem. Em Lucas, descem.
Observalção do Pr. Henrique - Maria era da tribo de Levi - era prima de Isabel - uma descendente de Arão.
AS PROFECIAS NA VIDA DE JESUSO Senhor JESUS não veio ao mundo por acaso. Houve um planejamento da parte de DEUS antes da fundação do mundo, preparando o cenário da sua existência como homem. Do ventre da virgem à sua ascensão, os seus passos, palavras e atos foram preditos com antecedência de séculos. O plano de DEUS na formação das Escrituras e na redenção do homem não poderia se completar sem a presença de seu Filho. Sabemos que o Novo Testamento não existiria se JESUS não tivesse vindo; ele é formado por sua vida, suas palavras e obras, tanto as que foram realizadas durante a sua vida terrena, como as realizadas pelos apóstolos e discípulos sob a autoridade de seu nome (At 3.16). Com efeito, os dois Testamentos se completam em CRISTO. Sem a sua Pessoa jamais estariam completos. Portanto, em CRISTO temos a confirmação de tudo quanto estava escrito a seu respeito e de DEUS. Todos, agora, sem exceção, podem pregar a sua Palavra e afirmar que DEUS é o DEUS da verdade, pois todos os vaticínios que falaram de CRISTO, nos mínimos detalhes, foram cumpridos fielmente! Profecias messiânicas. As principais profecias acerca de CRISTO que tiveram o seu cumprimento nos tempos do Novo Testamento são: Filiação divina (SI 2.7; Ato 13.33; Hb 1. 5). Concepção no ventre de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.22,23). Nascimento natural (Gn 3.15; Gl 4.4). Descendência de Abraão (Gn 22.18; Mt 1.1). Procedência da tribo de Judá (Gn 49.10; Hb 7.14). Descendência de Davi, segundo a carne (2 Sm 7.12; Mt 1.1). Nascimento em Belém (Mq 5.2; Mt 2.4-6). Nome JESUS (Lc 1.31). Nome Emanuel (Is 7.14; Mt 1.13). 10)Nome de cidadão, o Nazareno (Mt 2.23). Quando Pilatos escreveu a inscrição em hebraico, grego e latim, chamou a JESUS de “JESUS Nazareno” (Jo 19.19-20). Os profetas também falaram sobre esse nome, mas nada deixaram escrito. Quando os dois discípulos caminhavam para Emaús, se lembraram de que, durante a vida terrena de CRISTO, em algum lugar, em certas ocasiões, Ele fora chamado de Nazareno (Lc 24. 19).

A APARÊNCIA DE JESUSNa profeta de Isaías: “Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens... como raiz duma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (Is 52.14; 53.2). Devemos ter em mente que essas passagens falam de seu sofrimento quando Ele encontrava-se desfigurado pela dor e sofrimento na cruz. De acordo com Salmos 45.2 — “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens...” — e outras informações históricas, JESUS era formoso.
Observação do Pastor Henrique - Precisamos nos lembrar de que JESUS era um forte carpinteiro. Com certeza um homem de feições fortes e musculoso, poois cvarregava e limpava árvores para fabricart móveis e e partes de uma casa, de barcos, etc... Sua aparência mesmo foi escondida dos homens, por DEUS, para não haver idolatria a uma imagem ou escultura. Nos evangelhos, nenhum evangelista o descreveu em sua aparência humana, pois o que importava não era seu porte físico, mas seu porte espiritual.
Ninguém nunca falou como Ele (cf. Jo 7.46). Seu porte era impressionante. Ele tinha senso de humor, e era simpático, e bondoso. Além de seu coração amoroso JESUS era sentimental. Seus hábitos eram os de uma pessoa humilde e simples. Sempre que podia descansava em uma pequena popa duma barca. Parece que somente fazia uma refeição diária ou duas n o máximo devido à sua vida excessiva de trabalho e escassez de tempo. Nunca se atrasava. Sempre chegava na hora certa (Lc 8.45, 54, 55; Jo 11.6, 43,44).
 
JESUS não tinha cabelo comprido - Paulo disse que para o homem ter cabelo comprido era desonroso.
1 Coríntios 11:14A própria natureza não vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido?
 
O MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTOA sua humilhação. CRISTO se fez Homem (Fp 2.6,7; Hb 10.5; ITm3.I6;Jo 1.14) e Servo (Fp 2.7). Sendo rico, fez-se pobre (2 Co 8.9); sendo santo, foi feito pecado (2 Co 5.21). Fez-se maldição (GI 3. 13) e foi contado com os transgressores (Is 53.12; Mac 15.28). Sendo digno, consideraram-no indigno (Is 53.3; cf. Ap 5.9). Foi, ainda, feito menor que os anjos (Sm 8.5; Hb 2.9), que devem ter ficado espantados ao verem DEUS encarnado, como servo, sendo tentado, sofrendo escárnio e crucificado! Mas, depois de tudo, o viram entronizado e glorificado! Inicio do ministério. Após o seu batismo, JESUS micia seu ministério. João Batista não via necessidade de que Ele fosse batizado: sentiu-se inferior e sabia que JESUS não tinha pecado — Ele não precisaria passar por um batismo de arrependimento nem tinha de que se arrepender. Mas JESUS fez questão de ser batizado, num ato de obediência e para cumprir toda a justiça, deixando- nos o exemplo (Mt 3.14,15). Seu ministério foi exercido na plenitude do ESPÍRITO (At 10.38). Sua preparação no deserto. Após ter sido batizado por João, no rio Jordão, JESUS foi impelido pelo ESPÍRITO SANTO, a fim de jejuar quarenta dias e quarenta noites no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar solitário, preparada pelo ESPÍRITO SANTO, Ele teve o seu preparo espiritual. São inúmeros os exemplos de pessoas, nas Escrituras, que, ao serem chamadas por DEUS, não foram colocadas de imediato em seus postos. Passaram primeiro pela fase de preparação e treinamento, como Abraão, Moisés, João Batista, os discípulos de JESUS e Saulo (também chamado Paulo), que, mesmo tendo a sua formação aos pés de Gamaliel, passou por uma nova fase de preparação depois de seu encontro com CRISTO no caminho de Damasco. A duração de seu ministério. O ministério de JESUS durou cerca de três anos. O cálculo da duração é feito com base nas festas pascais em que Ele esteve. O início de seu ministério se deu na véspera de uma Páscoa (Jo 2.11,13); depois, participou de mais duas (Jo 5.1; 6.1,4) e morreu na véspera de outra (Jo 19.14). O primeiro ano foi o da obscuridade; o segundo, o do favor público; e o terceiro, o da oposição. Ministério exercido em três regiões. As áreas cobertas pelo ministério de CRISTO foram as seguintes:
1) Oito meses na Judéia — região sul e sudeste. Aos quase trinta anos, JESUS deve ter tomado uma das rotas do vale do Jordão para chegar a João Batista, que se encontrava em Betábara. Ali batizado, percorreu toda a extensão do Jordão para o sul e entrou no árido deserto da Judéia, a oeste do mar Morto, onde jejuou por quarenta dias. Voltou a Betábara e chamou os primeiros discípulos.
2) Dois anos na Galiléia — região norte. Depois de ter chamado seus discípulos em Betábara, voltou à Galiléia, onde assistiu a uma festa de casamento (Jo 2.I-I I). Daí foi para Cafarnaum, cidade que ficava na curva noroeste do mar da Galiléia (Jo 2.12). 3)Quatro meses na Peréia — região leste. JESUS desceu de Jerusalém, passando por Jencó, ao vale do Jordão, a fim de levar seu ministério à Peréia, região situada a leste do rio. Terminando ali a sua missão, voltou pela longa subida do vale do Jordão a Betânia. Visitou, então, muitas cidades, além de aldeias e lugarejos. Supõe-se que Ele também tenha feito umas cinqüenta viagens de extensõe variáveis.
 
O MINISTÉRIO MESSIÂNICO DE CRISTO
O ministério messiânico de CRISTO envolve três ofícios: Sumo Sacerdote, Rei e Profeta. CRISTO como Sumo Sacerdote. Três sacerdotes, na Bíblia, receberam ofícios sacerdotais diretamente de DEUS: Melquisedeque, Arão e JESUS.
1) Melquisedeque. O historiador judeu Flávio Josefo fala em sua obra: “História dos Hebreus” bem pouco de Melquisedeque. A informação que temos dele, é esta: O rei de Sodoma veio até ele (Abraão) no lugar a que chamam de “campo real”, onde o rei de Salém, que agora é Jerusalém, o recebeu também com grandes demonstrações de estima e amizade. Este príncipe chamava-se Melquisedeque, isto é, rei justo; e ele era verdadeiramente justo, pois sua virtude era tal que, por consentimento unânime ele tinha sido feito sacrífcador do DEUS Todo- poderoso. Ele não se contentou de receber tão bem a Abraão, mas recebeu outrossim todos os seus; deu-lhes no meio dos banquetes que realizou, os louvores devidos à sua coragem e virtude e prestou a DEUS públicas ações de graças po uma tão gloriosa vitória. Abraão, por sua vez, ofereceu a Melquisedeque a décima parte dos despojos que tinha feito dos inimigos; e este os aceitou. O autor da Epístola aos Hebreus enfatizou que CRISTO é Sacerdote por ser o eterno Filho de DEUS, e não devido às circunstâncias de sua humanidade. O seu sacerdócio transcende a questão da descendência terrena, assim como o de Melquisedeque, reconhecido sacerdote do DEUS Altíssimo sem nunca ter pertencido à ordem levítica (Gn 14.18-20; II0.4).
2) Arão. No tocante ao sacerdócio araônico, está escrito: “... ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por DEUS, como Arão” (Hb5.4 A escolha dele para exercer o sacerdócio não se deu devido ao seu parentesco com Moisés. Foi um ato soberano de DEUS. Flávio Josefo — historiador judeu que viveu entre 37 e 103, cujo pai fora sacerdote da linhagem hasmoniana — afirmou: Tudo estava preparado e não restava mais que consagrar o Tabemáado. DEUS apareceu a Moisés e ordenou-lhe que fizesse a Arão, seu irmão, soberano sacrificador, porque era o mais digno do que qualquer outro para esse cargo. Moisés reuniu o povo, falou-lhe das virtudes da Arão, de seu interesse pelo bem público, que o tinha feito tantas vezes arriscar a vida. Todos aprovaram, não somente a escolha, mas o aprovaram com alegria. E então Moisés assim lhes falou: “Todas as obras que DEUS tinha ordenado estão terminadas, segundo sua vontade e segundo nossas posses. Com vós sabeis, Ele quer honrar este Tabemáculo, com sua presença; mas é preciso, antes de tudo o mais, criar o grande sacrifcador, aquele que é mais competente, para bem desempenhar esse cargo, afm de que ele cuide de tudo o que se refere ao culto divino e lhe ofereça vossos votos e vossas orações. Eu confesso que, se essa escolha tivesse dependido de mim, eu teria podido desejar essa honra, quer porque todos os homens são naturalmente levados a desejar incumbência tão honrosa, quer porque vÓ5 não ignorais quantas dificuldades e trabalhos sofri por vosso bem e da república; mas DEUS mesmo, quis determinar Arão, há muito tempo, para esse sagrado ministério...”' Os sacerdotes descendentes de Arão conservaram uma genealogia sacerdotal, e, segundo alguns, ela se estendeu desde o ano 350 a.C. até ao ano 70 d.C.
3) JESUS. A ordem sacerdotal à qual JESUS pertenceu não tinha origem nem numa família e nem numa tribo. “Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio” (Hb 7.14).
Portanto, JESUS pertence à ordem sacerdotal eterna e especial, como vemos em vários lugares da Epístola aos Hebreus 2.17; 3.1; 4.14,15; 5.6,10; 6.20; 7.11-28; 8.1; 9.11; 10.21). No que diz respeito à semelhança com Melquisedeque, as aplicações simbólicas parecem ser estas: CRISTO é o Rei-Sacerdote, tal como aquele (Gn 14.18; Zc 6. 12,13); CRISTO é o Rei justo de Salém ou Jerusalém (Is 11.5); CRISTO é o Rei Eterno, não havendo registro de seu início no tempo (Jo 1.1; Hb 7.3). Nunca tendo sido nomeado por homem algum para o seu ministério (Sm 110.4; Rm 6.9; Hb 7.23-25) e como o mesmo também não terá fim, assim Ele não teve “... princípio de dias nem fim de vida”, conforme é dito acerca de Melquisedeque. Portanto, embora a obra de CRISTO tenha seguido ao padrão do sacerdócio araômco, a alusão a Melquisedeque fala sobre sua autoridade real, sua eternidade e a natureza perene de sua obra. CRISTO como Rei dos reis. Observando-se as regras naturais da realeza, a criança nasce príncipe e depois se torna rei. Mas a realeza de JESUS é sem igual, especial. Ele já nasceu Rei: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?” (Mt 2.2). O próprio Senhor, quando argüido por Pilatos sobre a sua origem monárquica, respondeu-lhe: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci...” (Jo 18.33,37).
CRISTO como Profeta. A promessa de que DEUS levantaria um Profeta “semelhante a Moisés” teve cumprimento em CRISTO (Dt 18.18). As Escrituras do Novo Testamento afirmam que JESUS “... foi varão profeta, poderoso em obras e palavras” (Lc 24.19), assim como fora Moisés (Ato 7.22). 1)Obras. A sua função divina como Profeta está associada às suas predi- ções e aos seus milagres. JESUS era poderoso em obras e realizou muitos milagres: ressurreições (Lc 7.11-I6; Mt 9.18-26; Jo 11.32-44; Mac 16. 9-11); expulsões de demônios (Mac 1.23-26; Mt 12.22-23; 8.28-34; 9.32-35;15.22-28; 17.14-21); curas (Jo 4.46-54; Mt 8.2-4,14-17; 9.1-8; Jo 5.11,16; Lc 6.6-10; 7.1-10; Mac 5.25-34; Mt 9.27-31; Mac 37;8.22-26; Jo cap.9; Lc 13.11-17; 14.1-6; 17.11-19; 18.3543; Mac 10. 46-52; Lc 22.50-51); suprimentos (Jo 2.1-11; Lc 5.1-11; Mt 14.15-21; 15.32-39; 17.24-27; Jo 2I.6-I4); outros (Mt 8.30-32; 21.18-21; Lc 4.30; Mt 8.23-27; Mac 6.51; Mt 14.28-31; Jo 18.4-6; Mt 14.25-26; Mt 17.1-14; etc.). JESUS “... operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, fora escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30-31).
2) Palavras. JESUS também era um Profeta poderoso em palavras: “E entrando em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a multidão dizia: Este é JESUS, o Profeta de Nazaré da Galiléia” (Mt 2I.I0-I I). A palavra “profeta”’ é grega e significa “aquele que fala por 
alguém”. No Antigo Pacto, quando se queria invocar a autoridade da Lei, mencionavam-se “Moisés e os profetas” (Lc 16.29; 24.27). Com a vinda de JESUS, o Profeta, mudou-se essa terminologia. Agora, os profetas são mencionados ao lado dos apóstolos de CRISTO (cf. Lc 11.49; Ef 2.20).

O MINISTÉRIO DE CRISTO NA NOVA ALIANÇASua devoção como Obreiro. JESUS, como pessoa humana, se interessava profundamente pelas coisas de DEUS. Quando ainda tinha doze anos, interrogado por sua mãe sobre qual o motivo que o levara a ficar ali no Templo, Ele respondeu: “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). 1)JESUS orava e jejuava (Mt 4.2). Ele nasceu (Hb 10.5-7), viveu (Hb5.7 5.7)e morreu orando (Lc 23.46). No Céu, continua orando (Rm 8.34). Em algumas ocasiões, começava o dia orando: “Levantando-se de manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava” (Mac 1.35). Durante seu ministério terreno, o Senhor JESUS orou sem cessar (Mt 11.25-26; 14.19; 15.36; 23.34,46; 26.44; 27.46; Lc 3.21; 6.12-13; 21.32; 22.17-20; Jo 11.41-42; 14.16; cap.I7). 2)O Senhor freqüentava o Templo e as sinagogas. Quando estava em Jerusalém ou em uma outra localidade perto dali, ia com freqüência ao Templo. Quando se encontrava um pouco distante da Casa de DEUS, tinha o costume de ir a uma sinagoga (Lc 2.21-27,42-46; 22. 53; Jo 2.13-I7; 5. 14; 7. 14, 28; 8. 2; 10. 23; II. 56; Mac 1.21-23; Lc 4.16; 6.6; 13.10). Quando ia ao Templo ou às sinagogas, Ele curava os enfermos, expulsava os demônios e ensinava a Palavra aos que ali estavam. 3)JESUS lia as Escrituras. Ele não só as lia; era, também versado nelas. Sempre que fazia uso da Palavra de DEUS, achava “... o lugar onde estava escrito” (Lc 4.17). JESUS; o Apóstolo (Hb 3.1b). No grego, esta palavra significa “embaixador” ou “um enviado”. Entretanto, existem outros sentidos quando se aplica o termo para a pessoa e para o oficio. Pode significar “mensageiro”, “aquele que é enviado diante da face de outrem”. JESUS t o Profeta (Mt 21.11). A idéia de que JESUS era um grande Profeta tinha se propagado entre o povo. Após JESUS haver realizado uma série de milagres e ter ressuscitado o filho da viúva de Naim, a multidão exclamou: “Um grande profeta se levantou entre nós, e DEUS visitou o seu povo” (Lc 7.16).
JESUS ; o Evangelista (Lc 4.18). Encontramos no Novo Testamento o Senhor JESUS desempenhando essa importante função, a de evangelizar os pecadores. O apóstolo Paulo disse: “E, vindo ele [CRISTO], evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto” (Ef 2. 17). Em outras passagens, vemos esse grande Evangelista itinerante pregando em todas as partes (Mt 4.17,23; Mac 1.38,39). JESUS } o Pastor Qo 10. II). Como Bom Pastor, Ele cuidava de suas ovelhas como nenhum outro. No Novo Testamento, esse título, vindo do Antigo Testamento, é transferido para nosso Senhor JESUS CRISTO (Hb 13.20; I Pe 2.25; 5.4; Ap 7. 15, 17). JESUS, o Mestre (Jo 3. 2). Nas páginas neotestamentárias, JESUS aparece como o Mestre vindo de DEUS e, em inúmeras ocasiões, foi chamado de Rabi — que quer dizer mestre — até por seus inimigos (Mt 8. 19; 12. 38; 17. 24; 19. 16; 22. 16, 24, 35). Seus discípulos também o chamaram de Mestre (Mt 26.18, 25,49; Mac 5.36; 9. 5,17, 38; 10.17,20,51; 11.21; 13.1; Lc 8.45; Jo 1.49; 3.2) e de Rabboni, “meu Mestre” (Jo 20.16). Do ponto de vista formal, o ensino de JESUS era idêntico ao dos rabinos. Como eles, JESUS ensinava nas sinagogas (Mc 1.21) e se sentava depois da leitura (Mt 5.1; Lc 4.20; 5.3); como eles, comentava as Escrituras (Mt 5.17-48; 9.13; 19.16-20; Lc 4.16, 21). Mas, do ponto de vista divino, seu ensino é superior e revestido de suprema autoridade (Mc 1.27; Lc 4.22, 36; Jo 7.46).
JESUS, o Diácono. “... qual é o maior: quem está à mesa, ou quem serve? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve” (Lc 22.27). “Serve”, no original (aqui), é cognato de diácono.
 
A TRAJETÓRIA DE JESUS EM DIREÇÃO À CRUZA semana de sua morte. A sua ida a Betânia deu-se seis dias antes da Páscoa, que Ele deveria celebrar pela última vez neste mundo. Ali, no domingo, teve os seus pés ungidos (Jo 12.1-7). Depois, na segunda-feira, ocorreu a sua entrada triunfal em Jerusalém e a purificação do Templo (Mt 2I.I-I7). Ainda nesse dia, Ele amaldiçoou uma figueira (vv. 18-22). Ainda em Jerusalém, na terça, ensinou no Templo e no monte das Oliveiras (Mt 21 —26); dirigiu-se nesse mesmo dia a Betânia, onde teve a sua cabeça ungida (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9). Na quarta, em Jerusalém, houve uma conspiração contra Ele (Mt 26.14-16; Mc 14.10,11; Lc 22.3-6). Na quinta, em Jerusalém, na última Ceia (Mt 26.17-29; Mc 14.12-25; Lc 22.7-20; Jo I3.I-38), conforta seus discípulos (Jo I4.I—16.33); ora por si e por eles, no Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.40-46; Jo 17.1-26). Chega a sexta-feira, o dia de sua morte. Em Jerusalém, JESUS é preso e julgado (Mt 26.27,26; Mc 14.43—15.15; Lc 22.47—23.25; Jo 18.2—19.16), crucificado, no Gólgota (Mt 27.27-56; Mac 15.16-41; Lc 26-49; Jo 19.17-30), e sepultado no Jardim de Gordan (Mt 27.57-66; Mac 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.31-42). JESUS celebra a Páscoa. Na qumta-feira à noite, JESUS celebrara a Páscoa com os seus discípulos. Ele fizera questão de dizer-lhes que aquele ato encerrava um período e dava início a outro — a primeira Páscoa, celebrada pela primeira vez em Israel, na noite em que morreram os primogênitos do Egito, marcou um novo começo para Israel. A Ceia ministrada por Melquisedeque, que havia sido realizada há mais de dois mil anos, e a Páscoa, há mais 1.500 anos, tinham o mesmo sentido: apontavam para o Calvário. A Páscoa tmha um caráter prospectivo: apontava para a cruz de nosso Senhor; a segunda, a Ceia do Senhor, um caráter tanto retrospectivo como prospectivo, haja vista apontar hoje para a morte de CRISTO (“anunciais a morte do Senhor...”), no passado; e para a sua vmda (“até que venha”). Assim, a Páscoa judaica encontrou seu cumprimento na vida, na morte e na ressurreição de CRISTO. O Cordeiro de DEUS substituiu o cordeiro pascoal (I Co 5.7). JESUS no Qetsêmani. Terminada a Páscoa e tendo cantado o hino, JESUS foi “... para o monte das Oliveiras” (Mt 26. 30b), localizado no leste de Jerusalém, do outro lado do vale de Cedron. Cerca de cem metros mais alto que Jerusalém, do seu cume descobre-se uma magnífica vista da Cidade Velha e um impressionante panorama das colinas da Judéia até ao mar Morto e às montanhas de Moabe, ao leste. Descendo do monte das Oliveiras, há na parte inferior o jardim do Getsêma- ni. Tais lugares marcam a presença e os sofrimentos de CRISTO neste mundo. O Getsêmani é um dos mais impressionantes lugares da Terra Santa, o qual possui oito oliveiras cuja idade se perde no tempo. Alguns botânicos afirmam que elas poderiam ter três mil anos! O Getsêmani tem, hoje, a mesma aparência que tinha há vinte séculos. Cidades e civilizações se sucederam, mas o jardim conservou-se quase o mesmo dos tempos de JESUS. João afirmou que, quando o Senhor lembrou os seus discípulos com respeito à sua morte, atravessou o ribeiro para o outro lado: “Tendo JESUS dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedron, onde havia um horto, no qual Ele entrou e seus discípulos” (Jo 18.1). Trata-se do jardim no qual JESUS passou a hora mais triste e angustiante de sua paixão. Sua solidão. Alguns psicólogos enumeram cinco tipos de solidão, e todas elas foram vividas por JESUS no Getsêmani: I)Solidão opcional. Há pessoas que, por opção, circunstâncias ou um outro motivo, vivem sozinhas.
2)Solidão da sociedade. Ê vivida por alguém que nunca recebe uma única carta; jamais ouve uma palavra de encorajamento; nunca recebe o aperto de mão de um amigo.
3)Solidão do sofrimento. Algumas pessoas são vítimas de acidentes ou doenças que lhes deixam imóveis para o resto da vida. Algumas delas ocupam cadeiras de rodas, leitos hospitalares ou mesmo uma cama em suas próprias casas. Outras foram aprisionadas e cumprem prisões perpétuas. 4)A solidão da tristeza. Vem através de diversas maneiras: isolamento ou rejeição (do superior ou do subordinado) por falta de comunicação (cf. ITm 6.18; Hb 13.16); perda de um ente querido; um ideal que não se concretizou de acordo com aquilo que se esperava; depressão; tristeza; solidão do pecado. Sua agonia. Nesse estado, JESUS orou três vezes ao Pai, dizendo estas palavras: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua... E posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão” (Lc 22.42-44). Alguns teólogos interpretam que o suor no corpo de JESUS que se tornou em grandes gotas de sangue classifica-se na medicina moderna de haimatodes hidros (suor sangüíneo), que alguns tratam de diapedese, quando ocorre uma filtração dos glóbulos vermelhos através dos vasos sangüíneos sem que haja rotura. Sua prisão. Ao Getsêmani chegou Judas com os servos do sumo sacerdote, a fim de entregar-lhes o seu Mestre (Mt 26.47; Mac 14.44; Lc 22.47; Jo 18.2-3). Nesse jardim, o Senhor foi preso, sendo levado à casa de Caifás e condenado, no dia seguinte, à morte. Judas, juntamente com os principais sacerdotes, planejaram a prisão de JESUS na escuridão da noite, talvez pensando em circunstâncias favoráveis a eles e desfavoráveis a JESUS:
1)Podem ter pensado em aproveitar o silêncio da noite e da ausência de pessoas para dificultar a possibilidade de que alguma delas comparecem ao Tribunal e testificassem contra eles.
2)Podem ter pensado que, devido ao trabalho incessante de JESUS, sem uma pausa para o descanso, àquela hora da noite, Ele se encontraria dormindo.
3)Podem ter pensado — e essa seria uma grande preocupação deles — que, quando JESUS presenciasse a grande turba que vinha prendê-lo, abandonaria os discípulos à sua própria sorte, fugindo entre as árvores sombrias do jardim, o que os obrigaria a persegui-lo na escuridão. Por isso, teriam ido ali “com lanternas, e archotes e armas” (Jo 18.3).
4) Podem ter pensado no grande número de peregrinos que enchiam a cidade de Jerusalém. Nesse caso, concluiriam o julgamento de JESUS à noite; e, de manhã, quando a população acordasse, JESUS já seria apresentado como um criminoso condenado, em caminho para a execução. Seu julgamento. Preso, o Senhor foi conduzido ao Smédrio — uma forma hele-nizada da palavra grega synedríon, “assembléia” —, a Suprema Corte Judaica. Era composto por setenta membros, e um presidente, na maioria das vezes o sumo sacerdote, chamado de Nasi. Para os rabinos, o Smédrio foi criado por Moisés quando recebeu ordem de DEUS para fazê-lo (Nm 11.16,24). O Sinédrio era, ao que tudo indica, um organismo da classe alta. Era composto, na maior parte, de membros da nobreza e dos mais elevados sacerdotes do Templo, identificados, quase sempre, com o grupo dos saduceus. O Talmude faz uma referência clara ao Smédrio como sendo o Tribunal dos Saduceus. Esse tribunal tinha o poder de vida e de morte. As funções do Bet Din (hb. “Casa da Lei” ou “Corte Jurídica”) já existiam no período do Sinédrio sob três formas, conforme o Talmude: As disputas em Israel eram julgadas somente pela sorte de setenta e um (Sinédrio) na Câmara da Pedra Cinzelada (na área do Templo em Jerusalém), e outras cortes de vinte e três 05 juizes (para casos criminais) situadas em cidades da terra de Israel, e ainda outras cortes de três (para casos civis). Em épocas posteriores, o “Bet Din” consistia de um tribunal de três juizes, que só se reuniam nos grandes centros judaicos. Os juizes em número de três existiam para que não houvesse julgamento Jeito só por uma ou duas pessoas, pois ninguém pode julgar sozinho, a não ser UM (isto é, DEUS), era um dos conselhos dos Pais da “Mishnah”. b O julgamento de JESUS teve sete fases importantes: três eclesiásticas, três civis e uma divina. 1)Julgamentos eclesiásticos: diante de Anás, Caifás e Sinédrio (Jo 18.13,24; Mt 26.57). 2)Julgamentos civis: diante de Pilatos, de Herodes e de Pilatos outra vez (Jo 18.28; Lc 23.7,11). 3)Julgamento divino: diante do Pai (Gl 3.13). Ver também Isaías 53.6 e Deuteronômio 21.23. Sua condenação. Os fatos de JESUS ter sido “... entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS” e a condenação ter sido preparada pelos judeus com antecedência tornaram impossível a sua absolvição em qualquer das estâncias que passou. Mesmo havendo os esforços de Pilatos e de sua mulher (Mt 27.19) para que JESUS fosse solto, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o!” (Jo 19.6). No mesmo tempo em que JESUS e dois salteadores foram sentenciados à morte, um outro preso, Barrabás, também o fora. Este, bem conhecido, era um grande homicida. Não fazia muito tempo que ele fizera uma sedição e praticara um homicídio (Lc 23.25). Mas a multidão enfurecida pedia que se soltasse Barrabás. Ouvmdo os gritos da multidão enfurecida pedindo a crucificação de JESUS, Pilatos, para se ver livre do problema, “... julgou que devia fazer o que eles pediam”. Então, “... entregou JESUS à vontade deles”. Sua partida para o Gólgota. Assim se deu a sua partida para o lugar chamado Caveira: “E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para um lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota” (Jo 19.17). O nome “Calvário” talvez se derive do formato que esse lugar tem; seu aspecto físico, na sua parte frontal, parece com uma caveira. Ou, segundo Jerônimo, o nome origina-se do fato de vários corpos terem sido vistos ali insepultos.
 
A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram...” (Lc 23.33). Finalmente “... o cordeiro foi levado ao matadouro...” (Is 53.7); ali o crucificaram, cravejando suas mãos e seus pés como vaticinara Davi (Sm 22.16). O local de sua crucificação. O Gólgota não é um grande monte. Trata-se de uma elevação no formato de uma caveira ao lado norte do Portão de Damasco. Para os cristãos, é esse o verdadeiro local da crucificação e ressurreição de JESUS CRISTO, conquanto haja duas versões no tocante ao local onde nosso Senhor, foi crucificado e sepultado. I)O jardim de Gordon. Em 1833, o general inglês Charles Gordon, ao observar um montículo rochoso que se parecia a um crânio, sugeriu sua identificação com o verdadeiro Calvário. A presença de um túmulo cortado na rocha, bem próximo ao lugar, que, ao que parece, data do século I, ajudou a reforçar a idéia de que, de fato, se trata do sepulcro novo onde JESUS CRISTO foi sepultado. O local, de fato, tem a aparência de um jardim e dá uma clara visão do lugar da crucificação e do sepultamento de CRISTO naquela época. Haja vista a descrição feita por João: “E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ninguém havia sido posto. Ali pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a JESUS” (Jo 19.41,42).
JESUS foi, então, posto num túmulo novo escavado na rocha, aos pés do Calvário, feito para a família de José de Arimatéia. O tipo de túmulo, usado por judeus ricos, consistia de duas câmaras: a primeira servia como lugar de reunião dos enlutados, e na segunda era colocado o corpo do defunto sobre uma espécie de plataforma cortada na rocha. 2)A Igreja do SANTO Sepulcro. Outro local onde teriam ocorrido a crucificação, o sepultamento e a ressurreição de JESUS foi construída, em 324, a Igreja do SANTO Sepulcro. Esse lugar, também chamado de Calvário, é uma grande rocha que se eleva a quinze metros da superfície do solo. Nesse mesmo local, em 135, Adriano, querendo apagar toda e qualquer lembrança das religiões judaicas e cristã, mandou erigir um templo romano dedicado a Júpiter. Em 326, o templo de Adriano foi demolido pela rainha Helena, mãe de Constantino, e em seu lugar foi erigido uma basílica. Esse monumento de Constantino foi destruído no ano de 614 pelos persas; e, depois, reconstruído em proporções reduzidas pelo Abade Modesto. O monumento foi novamente destruído pelo Califa Haken, em 1009, e restaurado em 1048, por Constantino Monômaco. A Igreja atual tida como o local do SANTO Sepulcro foi erigida em 1149.
Como foi a crucificação.
A morte por crucificação era indescritivelmente horrível. Como Cícero, o orador e político romano — que a tinha presenciado muitas vezes — disse, “era o mais bárbaro e selvagem dos castigos. Que ele nunca se aproxime do corpo dum cidadão romano; nem do corpo, nem mesmo dos pensamentos, dos olhos, ou dos ouvidos”. Era reservado para os escravos e para os revolucionários cujo fim se quisesse cobrir de uma desonra. Para os romanos (e até para os judeus) nada mais fora do natural e mais revoltante do que suspender um homem vivo em tal posição. De acordo com Flávio Josefo, essa forma ignominiosa teve a sua origem inspirada pelo costume de se pregar em estacas, num lugar exposto, os animais daninhos, de modo a servir a um tempo de punição para eles e de divertimento para os assistentes. Era uma morte aflitiva. A vítima, em geral, durava dois ou três dias, sentm- do nas mãos e nos pés dores insuportáveis produzidas pelos cravos, torturada pelo entumecimento das veias e, pior do que tudo, uma sede abrasadora, que aumentava constantemente. Era impossível deixar de mover o corpo, a fim de obter alívio a cada nova atitude da dor, mas cada movimento trazia uma nova e cruciante agonia. Mas era necessário aquele grito de dor que partiu do recôndito de uma alma imaculada. “Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a mmha dor...” (Lm I.12). A inscrição sobre a cruz. Pilatos, ao mandar preparar a cruz para JESUS, lembrara- se de que era costume romano colocar uma descrição do crime do condenado acima de sua cabeça ou em seu pescoço. No caso de CRISTO, a inscrição foi colocada acima da cabeça, a fim de que todos que passassem pudessem ler a frase, escrita em hebraico, grego e latim: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”. Alguns teólogos afirmam que cada evangelista registrou uma parte do título completo: “JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS” (cf. Mt 27.37; Mac 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19). Este título teria sido escrito pelo próprio punho de Pilatos (Jo 19.22) e estava, sem dúvidas, colocado na parte vertical da cruz onde se encontrava a cabeça do Senhor. Aquela inscrição foi escrita nas línguas mais importantes daqueles dias. O motivo disso foi o poder de influência política que os idiomas hebraico, grego e latim tinham no mundo de então. Eram as línguas de maior valor para todos.
1) O hebraico indicava o lugar onde o suplício se consumou; era a língua da revelação, dos oráculos sagrados, pela qual DEUS fez conhecidas suas boas novas ao mundo — o aramaico, um hebraico modificado, era apenas o vernáculo para os palestinos, mas não possuía o valor da primeira língua.
2) O grego relacionava-se á grande turba helenista que veio para a Páscoa; era a língua da beleza, do comércio, da filosofia e da sabedoria.
3) O latim dizia respeito à majestade do Império Romano; era a língua da lei, do direito, da administração e dos documentos oficiais do império. Seu amor e compaixão. Mesmo sentindo as dores cruciantes que o levaram à morte, JESUS continuou amando os seus amigos e inimigos até ao fim. A sua promessa de redenção estendeu-se àqueles que rodeavam a cruz: justos ou malfeitores. Na cruz, JESUS dirigiu palavras:
1) As filhas de Jerusalém: “Porém JESUS, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos” (Lc 23. 23). Ele não se referiu àquelas que o seguiram durante o seu ministério terreno, mas às moradoras da cidade que batiam no peito e o lamentavam. No ano 70, as palavras de JESUS se cumpriram literalmente com a destruição da cidade de Jerusalém. 2) A sua mãe. Mesmo diante de suas dores e sofrimento, JESUS mostrou ao mundo por que veio: para servir a vontade divina e a necessidade humana. Olhando para a sua mãe, ao pé da cruz, e para João, filho de Zebedeu, disse: “Mulher, eis aí o teu filho” e depois disse a João: “Eis aí tua mãe” (Jo 19. 27-27). Usando duas expressões idiomáticas, Ele demonstrou amor e ternura para com a sua família. Como filho mais velho duma família de oito membros (seu pai por certo já havia morrido), não se esqueceu de deixar a sua mãe aos cuidados de João, seu primo; ordenou também que Maria adotasse João como filho. A Palavra de DEUS e a História confirmam que, desde “aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”. E cuidou dela até à sua morte, cumprindo fielmente a recomendação de JESUS.
3) Ao malfeitor que estava ao seu lado. Bem perto de sua cruz, encontrava- se um homem que iria morrer naquela tarde. De acordo com a tradição, um homem de físico avantajado, de parecer firme, que contava com uns cinqüenta anos de idade. Antes de sua prisão, teria sido chefe dos sicários. Agora, preso, foi condenado à pena de morte. Sua sentença dizia que ele deveria morrer ao lado de JESUS, naquele dia (Lc 23.40-43). Mas, ao se arrepender de tudo que fizera de errado em sua vida e num gesto de respeito e ternura, aquele criminoso voltou-se para JESUS: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” (Lc 23.42). E o Senhor lhe respondeu: “Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso”. O seu corpo deve ter ido para o vale do Filho de Hmom, onde teria sido queimado numa fornalha. Mas a sua alma arrependida foi para o Paraíso, onde aguarda a ressurreição por ocasião do arrebatamento da Igreja do Senhor.
4) Aqueles que estavam executando a sua morte. Em meio ao seu sofrimento CRISTO roga perdão ao Pai pelos seus inimigos, dizendo: “... Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lc 23.34). A cruz de CRISTO. Paulo gloriava-se na cruz de CRISTO: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor JESUS CRISTO, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6.14). A cruz de nosso Senhor é o ponto central de toda História. CRISTO foi desamparado para que nós fôssemos amparados; ferido para que fôssemos sarados! No seio da igreja cristã, quando se falava da cruz, era falar da significação de sua morte. Por isso, o Novo Testamento não dirige maior atenção às dores físicas que CRISTO sofreu no madeiro, e sim para a ignomínia desse suplício. Para os gregos e romanos era a morte infamante de escravos criminosos, que a gente decente nem sequer mencionava; para os judeus, era sinal da maldição de DEUS sobre o réu, separado do seu povo (cf. Hb 13.12). CRISTO JESUS, pois, suportando o suplício da cruz, desprezou a ignomínia (Hb 12.2) e deu a medida da sua obediência (Fp 2.6-8). Para nós, que cremos em CRISTO, a cruz é a fonte de toda vitória. Através dela seremos também vitoriosos em cincos aspectos: sobre a morte (ICo 15.56,57); sobre o “eu” (GI 2.20); sobre a carne (GI 5.24); sobre o mundo (GI 6.14); e sobre Satanás (Gl 2.15). O apóstolo Paulo falou da eficácia da obra de CRISTO na cruz da seguinte forma: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de DEUS” (1 Co 1.18). Isso significa que, pela morte na cruz, JESUS trouxe eterna salvação àqueles que, em qualquer tempo ou lugar, o aceitam como Salvador e Senhor. Quando cruz de CRISTO foi levantada, a sua mensagem se tornou eterna! E, como a cruz aponta para várias direções, isto é, para cima, para baixo e para os lados, assim é a mensagem da vitória de CRISTO na cruz: dirigida para todos os lados e também para o tempo e a eternidade (Jo 3.14-16).
 

A MORTE DE JESUSChega, pois, a hora do Cordeiro de DEUS expirar. Mas, antes disso, Ele pronuncia sete frases. As sete palavras (ou frases) da cruz. As três primeiras demonstram preocupação pelos outros; as outras três relacionam-se com o seu sacrifício. E a última mostram que Ele voluntariamente rendeu o espírito.

1)“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). 2)“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). 3)“Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe” (Jo 19.26,27). 4)“Eli, Eli, lamá sabactani” (Mt 27.46). 5)“Tenho sede” (Jo 19.28). 6)“Está consumado” (Jo 19.30). 7)Céu, Terra e remo das trevas, em silêncio profundo, aguardavam o momento em que a espada aguda da Justiça divina imolaria o Cordeiro. E JESUS olha para o mundo que tanto amou e, em seguida, contemplando o Pai, pronuncia a última palavra: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Fatos sobre a sua morte. Sangue e água jorraram de JESUS após a sua morte. “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19.34). O soldado romano talvez tivesse em mente atingir o coração de JESUS no local chamado septo, onde se localizaria a alma, segundo uma crendice da época. Mas a lança teria atingido o pericárdio — membrana que envolve o coração e se divide numa espécie de pasta sanguínea e soro aquoso. As informações que vieram dos soldados que tencionavam quebrar as pernas de JESUS, bem como o laudo feito pelo centurião que Pilatos enviara, confirmaram que
realmente Ele estava morto (Mac 15.44-45; Jo 19.32-33). Alguns fatos sobre a crucificação de JESUS chamam a nossa atenção.
1) O Pai teve de abandoná-lo. As palavras “Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” — que JESUS pronunciou antes de entregar o espírito ao Pai (Mt 27.46) — apontam para o momento fatal em que o aguilhão do pecado, a morte, atingiu o Filho de DEUS.
2) Ele mesmo entregou a sua vida. Isaías 53 mostra o mais impressionante relato sobre a morte sacrificial de CRISTO. Cada versículo dá um vislumbre do Cordeiro crucificado. O profeta Isaías salienta que nosso Senhor JESUS morreu voluntariamente. A sua morte foi voluntária: “Foi levado” (v.7). JESUS não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício! Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a tomá-la — e de fato fez isso. Sim, o eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a DEUS e à humanidade perdida.
3) Sua morte foi vicária. Sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de CRISTO foi duplo: morreu para nos salvar e ressuscitou para nossa justificação. CRISTO também é o Pão da vida, o nosso “alimento diário”.
4) Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro! Esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos!

O SEPULTAMENTO DE JESUSJosé de Arimatéia — discípulo oculto de JESUS por medo dos judeus — conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arratéis dum composto de mirra e aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram JESUS (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade, o que se poderia esperar de um homem como José de Arimatéia. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. As seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução. A proximidade da Páscoa explica a maneira como foram precipitados os acon-tecimentos do dia. A prisão noturna, o julgamento, execução e o sepultamento de JESUS, tudo em poucas horas. Mas, mesmo assim, havia algo de sobrenatural para que as Escrituras fossem cumpridas. Paulo disse: que JESUS foi sepultado segundo as Escrituras (1 Co 15.4). A preparação dc seu corpo. A fim de preparar um corpo para o sepultamento, os judeus o colocavam sobre uma mesa de pedra na câmara funerária. Primeiro o corpo devia ser lavado com água morna. O Talmude registra que essa lavagem era muito importante, não devendo ser feita por uma pessoa apenas, mesmo que se tratasse de uma criança. O morto não devia ser mudado de posição, a não ser por duas pessoas no mínimo. O corpo era colocado numa prancha, com os pés voltados para a porta, e coberto com um lençol limpo. Então, era lavado com água tépida da cabeça aos pés; durante esse trabalho cobria-se a boca do morto para que não escorresse água para dentro.
Tudo indica que José e Nicodemos, com seus auxiliadores, teriam feito tudo isso (cf. Ato 9.37). jIs especiarias. “E foi Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis dum composto de mirra e aloés” (Jo 19.39). Era costume, como se verifica no Novo Testamento, preparar o corpo, depois de lavado, com várias espécies de ervas aromáticas. Lucas disse que o mesmo cuidado tiveram as mulheres que haviam seguido a JESUS durante seu ministério terreno (Lc 23.56). O túmulo. O túmulo de CRISTO é uma sala de 4,60 metros de largura, 3,30 de fundo; e 2,50 de altura. Quem já teve a oportunidade de nele entrar, deve ter notado que, à direita, se vêem duas sepulturas: uma junto à parede da frente, e outra junto à dos fundos. Ficam um pouco abaixo do nível do piso da câmara mortuária, separadas por uma parede baixa. A sepultura da frente parece que nunca foi concluída. Tudo indica que só a sepultura dos fundos foi alguma vez ocupada, e ainda assim sem indícios de restos mortais. Quem por lá passou observa que o túmulo é suficientemente capaz de acomodar um grupo de mulheres, além dos anjos que ali estiveram, se é que esses limitam-se a espaços (Mac 16.5; Jo 20.12). Para o bom observador, à direita da porta vê-se uma janela por onde, ao romper do dia, a luz solar teria penetrado na sepultura ocupada até então. O corpo de JESUS foi colocado em um túmulo novo, cavado na rocha sólida, numa área de cemitérios particulares.Tudo agora tinha terminado, segundo aquilatavam aqueles que, durante sua vida terrena, foram seus inimigos. Ele agora encontrava- se morto; seu corpo sepultado debaixo de quase duas toneladas de pedra.
No texto de Marcos 16.4, do Manuscrito Bezae, da Biblioteca de Cambridge, na Inglaterra, foi encontrado um comentário intercalado que acrescenta: “E quando Ele foi colocado lá, ele (José) pôs contra o sepulcro uma pedra que vinte homens não podiam tirar”. Isso corrobora o que está escrito em Mateus 27.60: “... rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se”.
A vigilância do túmulo. Ali foi posta uma guarda. Existiam dois tipos de 1)A Guarda doTemplo. Composta por 270 homens que eram distribuídos em lugares diferentes do Templo. Um grupo de dez levitas fazia a supervisão, enquanto os demais permaneciam postados em seus lugares. 2)A Guarda Romana. No tempo de JESUS havia várias organizações militares do Império Romano. A prisão de JESUS no Getsêmane foi efetuada por uma coorte (Jo 18.3), constituída por seiscentos homens. Era dividida em três manípulos, e estes, em seis centúrias. Cada uma tinha cem homens, e duas centúrias formavam um manipulo. Três manípulos formavam a coorte. Contudo, no sepulcro de JESUS não estava a coorte, e, sim, a guarda (Mt 27.62-66), que era composta de cem homens comandados por um centurião.

Seu ministério além-túmuloQuando JESUS morreu, seu corpo foi levado por José de Arimatéia e sepultado. Envolto em lençóis, o seu corpo permaneceu até à manhã do domingo. Mas Ele, em espírito, foi ao Paraíso levar a mensagem de seu triunfo aos santos que tinham morrido na esperança messiânica. De lá foi ao reino dos mortos, o Hades, a fim de anunciar a sua vitória aos espíritos que estavam nas cadeias da escuridão. A mensagem anunciada por CRISTO aos espíritos é retratada em várias passagens do Novo Testamento. Isso ocorreu no período entre a sua morte e a sua ressurreição, isto é, da tarde da sexta-feira ao domingo pela manhã, enquanto o seu corpo permaneceu no túmulo. Mas a justiça que é da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a CRISTO). Ou: Quem descerá ao abismo? (iisto é, a tornar a trazer dentre os mortos a CRISTO)?” (Rm 10.6,1). Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do Dom de CRISTO. Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também antes tinha descida às partes mais baixas da terra Ef 4.7-9). Porque também CRISTO padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos
a DEUS; mortificado, na verdade na carne; mas vivificado pcb Espirito; no qual também joi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais, noutro tempo, foram rebeldes, quando a longanimídade de DEUS esperava nos dias de Noé, enquanto seprreparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram. Que também, como uma verdadeirafgura, agora vos salva, batismo<, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO (I Pe 3.18-21). Porque por isto foi também pregado o evangelho aos mortos, para que; na verdade; fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo DEUS em espírito (I Pe 4.6). A descida de CRISTO ao Hades é vista pelos teólogos com muita reserva. Pedro faz menção explícita desse acontecimento. Ver também Atos 2.27,31. Pedro disse que Ele foi pregar (no sentido de proclamar, anunciar) àqueles espíritos que “... rebeldes, quando a longanimídade de DEUS esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca” (I Pe 3.20). Mas a extensão da pregação de CRISTO, ali no Hades, conforme descreve o apóstolo, alcançou também todos os espíritos humanos que ali se encontravam (I Pe 4.6).
No primeiro caso, a passagem aponta diretamente para o tempo do dilúvio, quando Noé, sua esposa, seus filhos e respectivas noras foram salvos por DEUS da grande catástrofe. Os contemporâneos de Noé não deram ouvido à advertência divina, pregada em forma do evangelho da justiça de DEUS. Quando Noé lembrava aquela gente do perigo iminente que viria sobre o mundo, eles zombaram de tal advertência! E até pedirem a DEUS que se retirasse deles: “retira-te de nós” (Jó 22.15-17). Esses espíritos desincorporados foram lançados em prisões eternas e ali aguardam o dia do Juízo Final. Eles constituem o povo incrédulo e rebelde dos dias de Noé e que foi tragados pelas águas do dilúvio. Esse relato bíblico talvez inclua os anjos decaídos, mencionados em 2 Pedro 2.4 e Judas 6. Os anjos são às vezes chamados de “espíritos”, como em Hebreus I.I4.Também, nessa ocasião pode ter ocorrido a trasladação por JESUS, dos santos falecidos do Antigo Testamento, que se achavam no “seio de Abraão”(Lc 16.22,23), para o Paraíso de DEUS no Céu (Ef 4.8-10). Três dias e três noites no seio da Terra (Mt 12.40). Os teólogos liberais têm questionado a veracidade da afirmação de JESUS, de que, ao morrer, permaneceria três dias e três noites no seio da Terra. Os textos e contextos que mencionam isso são Jonas 1.17 e Mateus 12.40. Muitos perguntam: “Como o corpo de JESUS permaneceria no túmulo três dias e três noites se Ele foi crucificado na sexta-feira e ressuscitou no domingo pela manhã?” A expressão em apreço (Mt 12.40) eqüivale a “depois de três dias” (Mt 27.63; Mac 8.31; 10.34; Jo 2.19) e a “no terceiro dia” (Mt 16.21; 17.23; 20.19; Lc 9.22; 24.7; 21.46). Conforme o costume dos judeus e de outros povos da antigüidade, parte de um dia, no começo e no fim de um período, era contado como um dia (cf. Et 4.16; 5.1). Jerônimo afirmou: Tenho abordado mais completamente o trecho, sobre o projeta Jonas l. 17), em meu comentário. Direi agora somente que isto [esta passagem] deve ser explicado como o modo de Falar chamado sírtédoque, quando uma porção representa a totalidade. Não devemos exigir matematicamente que nosso Senhor passou três dias e três noites inteiras no sepulcro, mas sim, parte de sexta- feira, parte do domingo e todo o dia de sábado, o que é apresentado corno três dias e três noites. De acordo com os Evangelhos, JESUS foi crucificado e sepultado na sexta- feira, antes do pôr-do-sol, que era considerado o começo do dia seguinte, para os judeus. Ele ressuscitou no primeiro dia da semana, isto é, domingo, por ocasião do nascer do sol. Os três, portanto, reiterando, foram: parte da sexta-feira, o sábado inteiro e parte do domingo.
O doutor Josh McDowell disse: Se a frase “após três dias” não tivesse substituído a expressão “terceiro dia”, os fariseus teriam pedido um guarda para o quarto dia. Muitas vezes a expressão “um dia e uma noite” era a expressão idiomática usada pelos judeus para indicar um dia, mesmo quando somente parte de um dia era indicada, para expressar tal signifcado do pensamento. Em 1 Samuel 30.12, está escrito: “... havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água”. E no versículo seguinte lemos: “... meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias!” Em Gênesis 42.17,18 ocorre o mesmo. O Talmude Babilônico relata que “uma parte de um dia é o total dele”. No Talmude de Jerusalém, assim chamado porque foi escrito em Jerusalém — conforme descreve o doutor Artur C. Custance, em seu livro A Ressurreição de JESUS CRISTO — está escrito: “... um dia e uma noite são um Onah, e a parte de um Onah é como o total dele. Um Onah é, simplesmente, um período de tempo”.
 
Observação do Pr. Henrique - existe a possibilidade de a celebração da páscoa ter caído na Quinta Feira - JESUS celebra antes dos Judeus, com seus discíupulos - João diz que era um grande Sábado - Jo 19.31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados).
 
A RESSURREIÇÃO DE CRISTOA ressurreição de JESUS deu-se em confirmação de tudo o que DEUS e os profetas dEle falaram. Um líder de um certo segmento fazer discípulos e depois morrer como um mártir não é nenhuma novidade. Mas CRISTO — além de não ter morrido como mártir, pois entregou o seu espírito voluntariamente a DEUS (Jo 10.17,18) — ressuscitou dentre os mortos, demonstrando o seu supremo poder pessoal. Outros líderes morreram, mas não ressuscitaram. Na comprovação da escolha de Arão pelo próprio DEUS, quando a sua vara produziu flores, renovos e amêndoas, vemos a ressurreição de CRISTO tipificada, conforme Números 17.6-8: Falou pois Moisés aos filhos de Israel, e todos os seus maioraís deram-lhe cada um uma vara, por cada maioral uma vara, segundo as cassas de seus país, doze varas; e a vara de Arão estava entre as suas varas. E Moisés pôs estas varas perante o Senhor na tenda do testemunho. Sucedeu pois que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores, e brotara renovos e dera amêndoas. Doze varas foram postas ali, mas somente uma floresceu, a de Arão. Da mesma forma, vários fundadores de religiões do mundo têm morrido. Mas CRISTO ressuscitou dentre os mortos, mostrando-se diferente de todos os líderes religiosos. Conceitos errôneos sobre a ressurreição. De acordo com Sócrates, Platão e Aristóteles, há apenas uma espécie de ressurgimento: o da alma no mundo da imortalidade; negavam uma ressurreição corporal. Porém, a ressurreição de CRISTO trouxe algo novo e sem igual ao pensamento humano. A sua ressurreição também não foi natural, quando alguém volta a viver para depois morrer de novo. A crença egípcia — que, depois, passou para os gregos — da imortalidade da alma (através da transmigração da alma) era um tanto absurda; e é o que podia ser chamado, hoje, de espiritismo disfarçado. Segundo tal crença, a alma de Caim teria passado a Jetro; o espírito deste a Coré, e o corpo a um egípcio... A alma de Eva teria passado a Sara, a Ana, à Sunamita e à viúva de Sarepta. E assim por diante. A ressurreição de CRISTO e a imortalidade. Nesse sentido, de ressurreição final, plena, eterna, em glória, CRISTO tornou-se “... o primeiro da ressurreição dos mortos” (At 26.23). Isto é, da ressurreição para a imortalidade. Nessa “grande colheita” Ele foi “o primeiro exemplar”. Sua ressurreição foi a de seu corpo, e a não de sua alma, contrariando a falsa teoria filosófica citada (ICo 15.20,23). Por meio de sua ressurreição, CRISTO aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2 Tm 1.10). Antes disso, Ele tinha avisado aos saduceus de que a negação da ressurreição provinha da ignorância acerca de DEUS, da sua Palavra e do seu poder (Mt 22.29; cf. I Co 15.12,34). Somente com a morte e a ressurreição de CRISTO é que as idéias da ressurreição e da imortalidade emergiram das sombras do Antigo Testamento para a plena luz da realidade no Novo Testamento. A ressurreição de CRISTO trouxe-nos a imortalidade. Ele foi declarado “o primeiro da ressurreição dos mortos” — isto é, as primícias. A ressurreição dos salvos tem mais de uma etapa, segundo as Escrituras: “cada um por sua ordem”(I Co 15.23). A necessidade de sua ressurreição. A morte e a ressurreição de CRISTO é o tema central da salvação e da justificação da pessoa humana. CRISTO, como dizem as Escrituras, morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. Esse é o significado de sua morte e sua ressurreição. Triunfando sobre a morte, por meio de sua ressurreição, Ele tornou-se a garantia certeira da vida eterna e da ressurreição da imortalidade. O amor de DEUS pela humanidade perdida fez com que CRISTO viesse ao mundo e morresse. Ele se humanizou, tendo “nascido de mulher, nascido sob a lei”. O propósito do Pai ao enviar o Salvador para morrer em favor dos homens ultrapassa qualquer possibilidade de entendimento da mente humana. Entretanto, o plano salvífico incluía não só a morte de CRISTO. DEUS o ressuscitou por seu poder, como Paulo afirmou: “... agora CRISTO ressuscitou dos mortos” (I Co 15.20). Devemos, portanto, ter em mente esse “agora” — hoje; neste momento; no presente —, considerando o “amanhã” da eternidade; e, assim, proclamar a ressurreição de nosso Senhor como um fato sempre novo! A ressurreição de CRISTO foi (e é) a suprema e majestosa História dos Evangelhos e da humanidade. A missão plena do Cordeiro de DEUS — através de seus nascimento, vida, morte e ressurreição — foi fazer a vontade divina e solucionar a necessidade humana a partir da salvação. Tudo isso foi possível porque DEUS o mundo amou! A negação de sua ressurreição. “... alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram” (Mt 28.12,13). As autoridades religiosas reconheciam o poder do suborno e, em suas práticas políticas, aplicavam esta prática condenável em suas atividades, freqüentemente. Haviam corrompido a Judas Iscariotes, empregando essa prática e tinham a certeza de que aqueles soldados pagãos, por causa de suas naturezas corruptas, não declarariam a verdade; antes, haveriam de cooperar com eles. Tendo CRISTO ressuscitado, a guarda romana foi imediatamente aos principais sacerdotes (Mt 28.11-15) pois os soldados sabiam que estariam em dificuldades se tivessem ido diretamente a Pilatos. Sabiam que a ressurreição do Rabi judeu influenciaria politicamente o governador romano, e, por isso, foram primeiro aos sacerdotes em busca de proteção. Isso prova que não era a guarda do Templo que vigiava o túmulo. E sim, a guarda romana. Provas de sua ressurreição. Sempre foi fácil identificar JESUS, quando Ele andou na Terra. Contudo, quando ressuscitou dentre os mortos, em suas várias aparições não foi identificado de imediato pelos discípulos. Ele não perdeu a sua individualidade e as suas características, porém, agora, agindo sem as limitações que a sua natureza humana lhe impunha. CRISTO provou que tinha ressurgido dentre os mortos pelo o seu próprio tes-temunho, consubstanciando-o mediante suas aparições. Seguindo a uma ordem cronológica, foram dez as aparições do Senhor ressurrecto: 1)Cinco aparições no dia da ressurreição: a Maria Madalena (Mac 16.9); às mulheres, de manhã sedo (Mt 28.9,10); aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-25); a Pedro (Lc 24.34); e aos onze, na noite daquele dia (Mac 16.14; Lc 24.36). 2)Mais cinco aparições: aos onze, uma semana depois de ter ressuscitado (Jo 20.26-31); a sete discípulos junto do mar da Galiléia (Jo 21.1-22); aos onze e a “... mais de quinhentos irmãos” (I Co 15.5-6); a Tiago, irmão do Senhor (I Co 15.7); e, finalmente, antes de ser assunto ao Céu, em Betânia e no monte das Oliveiras (Mac 16.19; Lc 24.50-51; Ato 1.3,9). Apareceu também a Saulo de Tarso (Ato 9.3-5, 17; 22.5-8; 26.12-15; I Co 15.7). As testemunhas de sua ressurreição. O próprio DEUS e o ESPÍRITO SANTO são testemunhas da ressurreição de CRISTO. Além dEles, os anjos; depois, as mulheres; os apóstolos; e os discípulos. O apóstolo Pedro disse: “... nós somos testemunhas acerca destas coisas, nós e também o ESPÍRITO SANTO” (Ato 5.32). Paulo declarou que, além das testemunhas mencionadas, havia mais de quinhentos irmãos que viram o Senhor ressurrecto. Ele afirma que uma minoria já tinha morrido, havendo muitos ainda vivos (I Co 15.6). Duas ou três testemunhas já seriam suficientes. Nos melhores tribunais, basta uma para estabelecer um assassínio; duas, para alta traição, três, para a execução de um testamento; e sete, para um testemunho oral. No caso da ressurreição CRISTO, ela foi testemunhada por mais de quinhentas pessoas!
 
Seu MINISTÉRIO CELESTIALE o período que vai da ressurreição de CRISTO ao Estado Eterno. Após a sua ressurreição, Ele passou a exercer esse ministério. O tal período engloba os cerca de quarenta dias que antecederam a subida de CRISTO ao Céu, durante o qual transmitiu “... mandamentos, pelo ESPÍRITO SANTO, aos apóstolos que escolhera. Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarentas dias...” (Ato 1.2,3). A ascensão de CRISTO. Após ter terminado a sua obra redentora na Terra, CRISTO regressou ao Céu. Sua ascensão foi marcada pela presença de seus discípulos e dos mensageiros celestiais. Dois anjos vestidos de branco da corte divina receberam de DEUS a missão de acompanhá-lo (Ato 1.10,11). “E levou-os fora, até Betâma; e, levantado as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu” (Lc 24.50-51). JESUS, ao subir, levantou as mãos e se despediu dos seus discípulos. A missão que recebera do Pai chegara ao fim. Durante a sua vida terrena, Ele foi um santuário onde DEUS ministrava a favor da humanidade. Mas agora Ele está no verdadeiro e eterno Santuário, onde continua ministrando por nós perante a face de DEUS. Sua recepção no Céu. “Esse JESUS... foi recebido no céu” (At I.II). Esta foi a mensagem dos dois varões vestidos de branco aos discípulos que se encontravam no monte das Oliveiras com seus olhos fixados no céu. Eles confirmaram que JESUS tinha sido recebido com honras incomensuráveis na corte celestial. Sua glorificação. A glorificação de CRISTO foi um ato honroso e sem precedente na História. No Céu, Ele é foi entronizado e coroado pelo Pai. Ao morrer e ressuscitar, JESUS completou a missão redentora que do Pai tinha recebido. DEUS ficou plenamente satisfeito quando à obra redentora consumada por seu Filho, que foi pelo Pai assentado no seu próprio trono (Mac 16.19; Hb 1.3; 12.2; Ap 3.21; 22.1,3). “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele JESUS que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos” (Hb 2. 9). CRISTO encontra-se hoje assentado no seu trono de glória, onde o seu governo divino é exercido. Dois tronos pertencem ao Ungido do Senhor, por direito e por resgate: um terrestre, e o outro, celestial. O terrestre é o trono davídico, que pertence a CRISTO, a raiz e geração de Davi. Mas os seus compatriotas não permitiram que Ele se assentasse nesse trono e reinasse sobre eles: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Esse trono, pois, refere-se ao comando de toda a nação de Israel; contudo, será ocupado por CRISTO, que, através dEle, exercerá seu Reino de paz, durante o Mdênio. O trono em que CRISTO presentemente está assentado, exercendo seu ministério celestial, é o trono da majestade, que lhe pertence por direito de filiação divina. Nele, CRISTO JESUS exerce todo o poder e autoridade no governo do mundo e na direção de sua Igreja (Mt 28.18; Ef 1.20-22).

CONCLUSÃOAo terminar este capítulo, quero enfatizar a importância de o servo de DEUS co-nhecer mais e mais a doutrina da Cristologia segundo as Escrituras. Aqui vimos alguns aspectos do Homem-DEUS; e sabemos que Ele “... operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais” que não foram escritos (Jo 20.30). “Há, porém, ainda muitas outras coisas que JESUS fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (Jo 21.25). Mas, ainda enfatizando o que está registrado nas páginas sagradas, vemos que CRISTO é “... santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26). E estudar sobre Ele é importante, ainda, para sabermos sobre: Sua proeminência no Universo. A Palavra de DEUS diz, em Colossenses 1.15-18 e Hebreus 1.3:
O qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para eh. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. Eele é a cabeça do corpo, da igreja; é o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Oqual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder; havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas. A natureza obedece às leis estabelecidas por DEUS. O Universo não ultrapassa qualquer limite além daquilo que lhe foi prescrito. Todo esse complexo de seres e coisas se encontram orientados e sustentados “pela palavra do seu poder”. Glória ao Senhor JESUS! CRISTO é mais sublime do que os céus: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26). CRISTO, nosso Sumo Sacerdote eterno ofereceu-se a si mesmo uma única vez (Hb 9.28) e “... subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” (Ef 4.10). Isso significa que a sua imensidade e o seu poder são reconhecidos por todos, tanto na esfera humana como na celestial, como lemos em I Pedro 3.22: “... havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências”. Sua importância para a Igreja. De acordo com o Novo Testamento, a Igreja surgiu primeiro como um organismo vivo. Nesse sentido, ela inclui todos os crentes rege-nerados, tirados de todo o mundo entre o primeiro e segundo advento de CRISTO. Seu alcance é vasto; abrange todos os salvos, do passado e do presente, haja vista os que morreram na Terra estarem vivos no Céu (Hb 12.23). A universal assembléia, mística, composta de todos os santos de todas as épocas e de todos os lugares — os que aceitaram CRISTO como cabeça — é um organismo vivo, espiritual, que tem CRISTO como centro e fonte perene de sua vida. Ele, por conseguinte, é e sempre será o fundamento principal do cristianismo. Algumas filosofias e religiões podem existir sem a presença de seus fundadores: o confucionismo existe sem Kung Futsé (Confucio); o budismo, sem Sidarta Gautama (Buda); o islamismo, sem Mohamad (vulgarmente, Maomé); o mormonismo, sem Joseph Smith Jr.; a chamada Ciência Cristã, sem Mary Baker Eddy; O Raiar do Milênio (Testemunhas de Jeová), sem Charles Taze Russell, etc. Mas é impossível haver cristianismo bíblico sem a Pessoa de CRISTO. 10 Nossa vitória em CRISTO. Ela se dá ocorre por meio de CRISTO; não se prende à luta física, pois, se assim fosse, seria um fracasso, e não vitória. Alexandre Magno conquistou por força e brutalidade o Império Medo-Persa (cf. Dn 8.3-8). Ele foi, de fato, um hábil guerreiro dentro do contexto humano, porém tudo quanto fez e
conquistou foi derramando sangue dos outros. Mas CRISTO derramou o seu próprio sangue em prol da humanidade. Alexandre o Grande enquanto viveu, conquistou todos os tronos; e o Senhor JESUS, na morte e na vida, conquistou o Trono de Glória. Aquele sendo homem e servo fez-se deus e senhor. CRISTO, que sempre foi DEUS e Senhor, desde os dias da eternidade, fez-se Homem e Servo (Fp 2. 6,7). Essa comparação seria muito extensa, mas a conclusão a que chegamos é que o Homem-DEUS, após realizar a sua obra redentora, recebeu do Pai “um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.9). Graças à sua vitória sobre o pecado e o poder das trevas, temos nEle “... a promessa da vida presente e da que há de vir” (I Tm 4.8). Agora, em CRISTO, “... todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor” (2 Co 3.17,18). Aleluia! CRISTO nos faz triunfar, porque Ele é vitorioso em tudo. Ele é “o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu...” (Ap 5.5). Aqui termino.Toda a minha gratidão a JESUS! Amém.
 
 
A DEIDADE DO SENHOR JESUS CRISTO - Claudionor de Andrade - CPAD
Senhor JESUS CRISTO é o eterno Filho de DEUS.
Escrituras declaram: (a) Seu nascimento virginal (Mt 1.23; Lc 1.31,35). (b) Sua vida impecável (Hb 7.26; 1 Pe 2.22). (c) Seus milagres (At 2.22; 10.38). (d) Sua obra vicária sobre a cruz (1 Co 15.2; 2 Co 5.21). (e) Sua ressurreição corporal dentre os mortos (Mt 28.6; Lc 24.39; 1 Co 15.4). (f) Sua exaltação à mão direita de DEUS (At 1.9,11; 2.33; Fp 2.941; Hb 1.3).
A PESSOA DE CRISTO JESUS é o eterno Filho de DEUS. João 1.18 expressa a sua deidade de maneira explícita: “DEUS nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer”. O fato de CRISTO ter estado “no seio do Pai” expressa não uma distinção quanto à essência ou no sentido de inferioridade, mas antes uma íntima relação com o Pai, pois JESUS partilha de sua autoridade. O versículo de abertura do primeiro capítulo do Evangelho de João identifica o Verbo como quem esteve no começo com o Pai, uma declaração da coexistência do Filho com o Pai, desde a eternidade. O mesmo capítulo também declara: “E o Verbo era DEUS”, ou seja, era deidade. Embora a palavra “DEUS”, no grego, não tenha aqui o artigo, significa claramente que tem o “D” maiúsculo, tal como em João 1.18 e 3.21 e muitos outros lugares onde também não aparece o artigo. Note-se que Tomé chamou JESUS, literalmente, de “o Senhor meu e o DEUS meu” - no grego, ho theos mou -, indicando, assim, “DEUS” com “D” maiúsculo.s O próprio JESUS reconheceu a sua deidade, pelo menos (por implicação, ao declarar: Quem me vê a mim, vê o Pai...” (Jo 14.9). Ele também recebeu adoração (ver Mt 2.2,11; 14-33; 28.9) e exerceu sua autoridade divina, ao perdoar pecados (ver Mc 2.142). Os discípulos reconheceram-no como o Filho de DEUS (Mt 16.16). Mesmo o duvidoso Tomé convenceu-se da deidade de JESUS CRISTO no encontro dramático, no cenáculo (Jo 20.28). E, até hoje, aqueles que se encontram com o CRISTO ressurreto prostram-se em adoração diante dEle, exclamando: “Meu Senhor e meu DEUS”. A deidade de CRISTO inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o ESPÍRITO SANTO. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente. O uso do termo “Verbo” (no grego, Logos) é significativo, visto que JESUS CRISTO é a principal expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre DEUS e a humanidade (1 Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. DEUS, falando, trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, “sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez” (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que CRISTO é “a imagem do DEUS invisível”. E a passagem de Hebreus 1.1,2 também proclama a grande verdade: CRISTO é a mais completa e melhor revelação de DEUS à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de DEUS, e continua a demonstrá-lo. E então, “vindo a plenitude dos tempos” (G1 4-4), o “Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1.14). Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em existência como aquEle que revela a DEUS. E bem provável que as teofanias (aparições da deidade) do Antigo Testamento fossem, na realidade, “cristofanias”, visto que, em seu estado preexistente, os encontros com várias pessoas, para revelar a vontade de DEUS, estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador. Considere o leitor, por exemplo, passagens como Gênesis21.17-20; 48.16 e Êxodo 23.20. Nesses trechos bíblicos, “o anjo do Senhor” é claramente identificado como deidade, embora distinto de DEUS Pai. Gênesis 48.16 refere-se ao mensageiro celestial especificamente como “redentor” ou “libertador”. Nas outras passagens, onde o anjo do Senhor é tanto identificado com DEUS como dEle distinguido, ou onde recebe adoração (como em Jz 13.16-22), parece óbvio ser uma manifestação de CRISTO. Alguns temem que identificar o anjo do Senhor com CRISTO diminuiria a natureza única da sua encarnação neotestamentária. Todavia, a encarnação envolve a plena identificação de CRISTO com a humanidade através do nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição. Nenhuma manifestação pré-encarnada temporária a diminui. As manifestações veterotestamentárias da segunda Pessoa da Trindade apontavam para a encarnação, quando CRISTO viria para habitar entre os homens. • * JESUS CRISTO não somente era pleno DEUS, como pleno ser humano. Ele não era em parte DEUS e em parte homem. Antes, era cem por cento DEUS, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiam uma com a outra. Ele há de retornar como “esse mesmo JESUS” (At 1.11). Numerosas passagens ensinam claramente que JESUS de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano e uma alma racional. Eram características de seres humanos não-caídos (isto é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1 Co 15.45,47). As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de CRISTO. Ele é descrito como um bebê, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento (ver Lc 2.40,52). Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (ver Mc 2.15; Jo 4-6). Ele também sofreu ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, esucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37; 15.33-38). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2). » A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor JESUS CRISTO habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é, verdadeiramente, pleno DEUS e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas. Antes de deixarmos para trás essa breve discussão sobre a pessoa de CRISTO, examinemos o significado do título pleno que lhe é conferido pela Bíblia: “Senhor JESUS CRISTO”. Este título o descreve e ajuda-nos a ver com mais clareza quem Ele realmente é. O termo “Senhor” representa o vocábulo grego kurios, bem como os vocábulos hebraicos Adonai (que significa “meu Senhor, meu Mestre, aquEle a quem pertenço”) e Yahweh (o nome pessoal de DEUS). Para as culturas do Oriente Próximo e do Oriente Médio antigos, “Senhor” atribuía grande reverência quando aplicado aos governantes. As nações ao redor de Israel usavam o termo para indicar seus reis e deuses, pois a maioria dos reis pagãos afirmavamse deuses. Esse termo, pois, representava adoração e obedi­ ência. Kurios podia ser usado no trato com pessoas comuns, como uma forma polida de tratamento. Entretanto, a Bíblia declara que o nome “Senhor” foi dado a JESUS pelo Pai, identificando-o, assim, como divino Senhor (Fp 2.9-11). Os crentes adotaram facilmente esse termo, reconhecendo em JESUS o Senhor divino. Por meio de seu uso, indicavam completa submissão ao Ser supremo. O título que Paulo preferia usar para referir-se a si mesmo era “servo” (no grego, doulos, “escravo”, ou seja, um escravo por amor) de CRISTO JESUS (Rm 1.1; Fp 1.1). A rendição absoluta é apropriada a um Mestre absoluto. A significação prática desse termo é espantosa quanto às suas implicações na vida diária. A vida inteira deve estar sob a liderança de CRISTO. Ele deveser o Mestre de cada momento da vida de todos quantos nasceram na família de DEUS. Isso, contudo, não significa que CRISTO seja um tirano, pois Ele mesmo declarou: “Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve” (Lc 22.25-27; ver também Mt 20.25- 28). JESUS viveu e ensinou a liderança de servos. O nome pessoal “JESUS” vem do hebraico Josué, que significa “o Senhor [Yahweh] é salvação”. É o nome dado ao Filho de DEUS antes de seu nascimento, por orientação divina (Mt 1.21; Lc 1.31), um lembrete do grande propósito de DEUS na encarnação - salvar e livrar o homem da escravidão do pecado. É importante observar que a Bíblia mostrase cuidadosa em designar uma pessoa particular, em um tempo particular na História, para incorporar a salvação de DEUS. Não se trata de uma pessoa qualquer, mas daquEle a quem chamavam “JESUS de Nazaré”, “o carpinteiro” e “filho de Maria”. Uma característica ímpar do Cristianismo é estar vinculado a uma personagem histórica, não relegada a sistemas filosóficos, que são apenas produtos do raciocínio e imaginação humanos. O Cristianismo, pois, está ancorado nos eventos históricos de uma pessoa histórica. Deve-se salientar, no entanto, que embora o nome “JESUS” retrate a sua humanidade, a Bíblia registra cuidadosamente a maneira de seu nascimento, diferente da mera procriação natural. Ele nasceu de uma virgem. Sua concei­ ção foi miraculosa, obra criativa do ESPÍRITO SANTO, mediante o poder do Altíssimo que sombreou a virgem Maria (Lc 1.34,35). Este fato foi profetizado por Isaías mais de 700 anos antes de ocorrer (ver Is 7.14). Em Isaías 7.14, a palavra hebraica para “virgem” é ‘almah, uma palavra sempre usada para virgens em idade de casar; ver Gn 24-16, por exemplo. A profecia cumpriu-se no devido tempo, de acordo com os registros dos evangelhos (Mt 1.18-25). JESUS difere de nós por esta característica única: duas naturezas numa só pessoa. Ele estava isento de pecado, protegido pelo ESPÍRITO SANTO dos efeitos da queda de Adão. Não obstante, seria submetido aos mesmos testes que temos como seres humanos, e nos representaria diante do tribunal celeste. Ele era vero homem, mas não era mero homem. Zacarias 9.9 apresenta-o literalmente como “justo e salvador”. “CRISTO” (no grego, Xristos) é o apelativo que vincula JESUS de Nazaré às profecias do Antigo Testamento acerca de sua vinda. E tradução da palavra hebraica Mashiach, “Ungido”. O termo era usado para indicar os reis ungidos por DEUS, mas veio a descrever especialmente o profetizado Filho de Davi, que viria (ver The New Testament GreekEnglish Dicüonary, Sigma-Omega, vol. 16, The Complete Biblical Library, Springfield, Mo.: The Complete Biblical Library, 1991, págs.524-529, quanto a uma excelente descrição sobre esse assunto). Jeremias 33 e Isaías 9 e 11 antecipam a vinda do Ungido, que viria para trazer livramento e que reinará.
OS OFÍCIOS DE CRISTO
Os conceitos dos ofícios divinos de CRISTO estão vinculados ao que Ele é e veio fazer. Ele é “Profeta”, “Sacerdote” e “Rei” ungido por DEUS. Cada um desses termos enfatiza a mediação de CRISTO entre o Pai, no Céu, e as pessoas, na terra. O termo “profeta” deriva-se do termo grego prophetes, “alguém que anuncia”. O Antigo Testamento, mais freqüentemente traduz o termo hebraico navi’, que vem de uma antiga palavra que significa “aquele que fala”. Tornouse um termo técnico que indica alguém que fala por DEUS (ou por um deus ou deusa: o falso deus Baal tinha seus profetas, bem como sua consorte, Aserá, 1 Rs 18.19). En­volve noções de proclamação, pregação e informação. O trecho de Isaías 42.1-7 fala de CRISTO como o Servo ungido que iluminaria as nações, ao passo que Isaías 11.2 e 61.1 falam do ESPÍRITO do Senhor, que sobre Ele repousaria. O Novo Testamento retrata JESUS como um “pregador” e “mestre” (no grego, didaskalos, termo usualmente traduzido por “mestre”, no sentido de mestre-escola), bem como “aquEle que cura” (Mt 9.35). Ele anunciou a salvação aos pobres (Lc 4.18,19). Nos tempos bíblicos, o termo “profeta” não incluía necessariamente a capacidade de olhar para o futuro. Os profetas eram apenas aqueles que falavam por DEUS, e se houvesse predição do futuro, seria DEUS, e não o profeta, quem via o futuro e o revelava. O profeta era apenas a boca usada por DEUS. Os profetas também eram chamados videntes, porque DEUS lhes permitia enxergar a mensagem, algumas vezes em suas mentes, outras, em sonhos e visões. JESUS, entretanto, cumpriu o ministério de profeta no sentido mais elevado. Ele disse: “... a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou” (Jo 14-24). Particularmente no ano do encerramento de seu ministério pú­ blico, JESUS muito ensinou a seus discípulos sobre os eventos que ainda aconteceriam. Capítulos inteiros de discurso nos evangelhos - Mateus 24, por exemplo -, são compostos por profecias futuristas. E claro que JESUS cumpriu o ofício de profeta. Nos primeiros dias de seu ministério, chegou proclamando o que os profetas do Antigo Testamento haviam previsto que se cumpriria nEle (Lc 4.16-21). O Reino já estava próximo, na sua pessoa e ministério (Mt 4.17). Sua mensagem profética vinculava-se a uma chamada ao arrependimento, e, tal como se dava no Antigo Testamento, essa convocação fluía de um coração repleto de amor pelas pessoas e desejo de ver as bênçãos celestiais sobre elas. JESUS CRISTO também cumpriu o ofício de sacerdote. O sacerdote é um indivíduo especialmente consagrado que representa DEUS diante do povo, e o povo diante de DEUS. Os sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam sacrifíciospor si mesmos e pelo povo, para garantir o perdão e o favor , divinos, e para celebrar seus relacionamentos com o Senhor (Hb 8.3). Em CRISTO, tal como belamente elabora o livro de Hebreus, achamos o Grande Sumo Sacerdote, um perfeito representante do povo. Ademais, Ele não precisava purificar-se, conforme os sumos sacerdotes comuns costumavam fazer, e nem precisou oferecer sacrifício por si mesmo. Ele mesmo tornou-se o sacrifício perfeito, puro e impecável. Ofereceu-se a si mesmo a DEUS Pai como expiação suficiente para cobrir, pagar e permitir o perdão dos pecados do mundo inteiro. O ofício de rei também é apropriado a CRISTO. Ele é o nosso Sacerdote e a nossa Expiação, nosso Senhor e Mestre. Mais do que isso, é aquEle que quebrou as forças da morte, do inferno e do sepulcro - é o Vitorioso. Ele reinará majestaticamente pelas eternidades imutáveis! As profecias do Antigo Testamento previam a vinda de alguém que uniria em si mesmo as funções de profeta, sacerdote e rei. A Davi fora prometido um reino sem fim (2 Sm 7.16). Isaías olhou através das lentes da visão profética e viu alguém com emblemas de autoridade sobre os ombros (Is 9.6), que faria eterno o trono de Davi (Is 9.7). O livro de Apocalipse pinta o Cordeiro de DEUS no triunfo final, reinando como Rei dos reis (Ap 5.6-13; 11.15). Agora, Ele está sentado à mão direita do Pai, nas regiões celestes, onde reina como Cabeça da Igreja (Ef 1.22,23).
A OBRA DE CRISTO 
JESUS CRISTO veio ao mundo a fim de viver uma vida impecável, para servir de exemplo de perfeita retidão e para ser um modelo pelo qual seus discípulos poderiam orientar a própria conduta. Não somente Ele nasceu sem pecado, mas também viveu sem pecar (ver Hb 4.15). Um importante termo nessa conexão é “kenosis”, o esvaziamento de JESUS. Durante sua jornada terrena, JESUS“esvaziou-se” (no grego, ekenosen), ou despiu-se, da glória CAPITULO que desfrutava com o Pai, na eternidade passada (Fp 2.7). Embora sua glória tivesse rebrilhado em ocasiões fugidias, A Deidade como na espetacular transfiguração, em um monte da Galiléia do Senhor (Mt 17.1-13), grande parte de seu ministério terreno foi JESUS CRISTO realizado em e pelo poder do ESPÍRITO SANTO (At 10.38). Ele orou para que essa glória lhe fosse restaurada (Jo 17.5), e assim aconteceu, após sua ascensão (At 26.13). A grande doutrina da “kenosis” recebe sua mais ampla expressão em Filipenses 2.1-11. Embora JESUS tivesse vindo ao mundo por meio de um milagre e vivido uma vida miraculosa, a razão central da * encarnação era a sua morte. O trecho de 1 Coríntios 15.3 o declara de modo sucinto: “Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que CRISTO morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras”. JESUS veio ao mundo primariamente a fim de morrer. A sombra da cruz estava sobre Ele desde o nascimento (ver a profecia de Simeão a Maria, Lc 2.34,35). A cruz é o evento central de toda a História. Ela distingue o Cristianismo dos demais sistemas religiosos. O Cristianismo recebe sua maior significação, não através da vida e ensinamentos de seu fundador, por importantes que sejam tais coisas, mas através de sua morte. Os quatro evangelhos não são biografias, no sentido ordinário do termo. Eles apressam-se através da vida e ensinos de JESUS a fim de chegarem aos eventos que conduziram à sua morte. Por exemplo, João chegou à última semana, a semana da Paixão (o termo “paixão” vem do baixo latim, passio, que significa “sofrimento”. “Paixão de CRISTO” é um termo que aponta para seus sofrimentos, entre a Ultima Ceia e a morte na cruz), no capítulo doze - ainda na metade do livro. Isso nos mostra a importância que o ESPÍRITO SANTO, através dos escritores dos evangelhos, dá a esse espantoso espetáculo. As epístolas estão saturadas de referências à cruz e ao sentido da morte de CRISTO. (Um capítulo subseqüente tratará mais especificamente sobre a doutrina da expiação.)Quando JESUS disse: “Está consumado!”, e morreu, sua obra pela nossa redenção estava completa. Mas uma coisa ainda precisava fazer: ressuscitar, tendo em vista a nossa ressurreição (Rm 4.25). A ressurreição de CRISTO é a ousada proclamação, ao Universo, de que a morte de CRISTO foi eficaz; que as forças das trevas haviam sido conquistadas; e que, em triunfo, o vitorioso CRISTO ressurgira do sepulcro, garantindo, assim, a nossa própria ressurreição. O grande capítulo da ressurreição - 1 Coríntios 15 - encerra-se com o anúncio extático: “...Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a DEUS, que nos dá a vitória por nosso Senhor JESUS CRISTO” (vv. 54-57). Importa-nos enfatizar que a ressurreição de JESUS foi corpórea e genuína, e o fez sair do estado de morte real. È o milagre cardeal da Bíblia, sobre o qual repousam a fé e a salvação nossas. Aqueles que eliminam categoricamente a possibilidade de milagres no Universo tentam desesperadamente uma resposta à ressurreição de JESUS. Alguns negam que Ele tenha realmente morrido: afirmam que Ele simplesmente desmaiou, recuperando-se na umidade do túmulo. Mas um JESUS meio-morto, a arrastar-se para fora do sepulcro, dificilmente teria inspirado os apóstolos a arriscarem suas vidas na proclamação do Evangelho. Outros asseveram que somente o seu espírito foi ressuscitado. Mas os discípulos puderam tocar nEle (Jo 20.27). Ele não era apenas um fantasma ou espírito (ver Lc 24.37-39). Ainda outros dizem que Pedro caiu no sono quando estava a bordo, sonhou que JESUS estava na praia, - ainda dormindo pulou para fora da embarcação e, em seu sono, caminhou até à praia. Ao despertar, viu as cinzas de um acampamento do dia anterior, que alguém havia deixado, e tudo lhe pareceu tão real que começou a dizer que tinha visto a JESUS. Isso levou outras pessoas a terem alucinações e pensar que também tinham visto o CRISTO ressuscitado. Mas aqueles que concordam com essa idéia precisam de uma grande fé para crer que Pedro não acordou ao atirar-se à água, e que sua alucinação foi forte o suficiente para convencer a todos os discípulos e às outras pessoas de ter visto JESUS e as fazer vê-lo também. Ainda outros entendem que os discípulos, em seu entusiasmo, mentiram sobre os fatos. Mas, novamente, dificilmente se disporiam eles a morrer pelo Evangelho se soubessem, em seus corações, que estavam mentindo. Vários pontos inequívocos que provam a ressurreição de JESUS precisam ser relembrados. Uma pedra foi rolada para a entrada do sepulcro, tapando-a. Mas quem a teria rolado para fora? Os judeus e os romanos haviam deixado ali uma guarda; e não foram essas sentinelas que rolaram a pedra para fora da boca do túmulo. Por certo os soldados estavam cientes de que seriam condenados à morte se o fizessem. Quanto aos discípulos, estavam com medo, escondidos. E as mulheres que vieram ao sepulcro não tinham forças para removê-la. A resposta da Bíblia, que anjos foram responsá­ veis pela retirada da pedra, é a única explicação sensata (Frank Morrison, Who Moved the Stone? Londres, Faber & Faber, 1930 - o monógrafo inteiro é digno de ser lido). O testemunho de mais de 500 pessoas, cobrindo nada menos de dez aparições do Senhor, serve de poderosa confirmação à realidade do evento. Qualquer pessoa da época poderia facilmente rebater o testemunho deles, enquanto os evangelhos eram escritos (1 Co 15.6). No entanto, não há evidência de que alguém tenha podido contestar os discípulos. Ademais, à parte de uma genuína ressurreição, ninguém pôde explicar de modo adequado a mudança dramática ocorrida nos discípulos. Teria sido necessário muito mais que alucinações em massa para levá-los a obedecer ao Senhor e permanecer em Jerusalém, a esperar pelo prometido ESPÍRITO SANTO. Além disso, os judeus não puderam apresentar o corpo do Senhor - o argumento favorito era que os discípulos o haviam roubado, à noite. Mas não é fácil livrarse de um cadáver, e não há a mínima indicação de que os líderes judeus tenham comissionado quem quer que fosse para dar busca ao corpo de JESUS. Pelo contrário, deram dinheiro aos soldados, para que mentissem sobre o que haviam presenciado (ver Mt 28.1145). Examinando-se os fatos de modo objetivo, conclui-se que não existe explica­ ção adequada para a sobrevivência, o crescimento e o impacto sobre a civilização mundial da minúscula igreja de Jerusalém à parte do túmulo vazio. O corpo ressurreto de JESUS trazia várias características notáveis. Os fatos ocorridos dentro do sepulcro permanecem envoltos em mistério. Não quis o Senhor desvendá-los neste lado da eternidade (ver 1 Co 15.35-44). Entretanto, certas coisas nos foram reveladas. Os evangelhos revelam que o corpo ressurreto de JESUS era real, o mesmo que fora sepultado. Ele continuava com a capacidade de ocupar-se em atividades físicas apropriadas ao corpo humano. Por exemplo, ele comeu (ver Lc 24.39-44). Entretanto, em adi­ ção às capacidades humanas, o corpo ressurreto de nosso Senhor fora transformado, e agora possuía algumas propriedades incomuns. Algumas limitações naturais ao corpo humano haviam desaparecido. Pedro viu a mortalha da cabeça enrolada como um turbante (a palavra grega entetuligmenon está no tempo perfeito, o que indica que preservava o mesmo formato de quando enrolada na cabeça de JESUS), e que os panos de linho que envolviam o corpo continuavam no túmulo, mas, evidentemente, não compreendeu tudo no começo. Em seguida, João também entrou no sepulcro, “e viu e creu” (Jo 20.8) - em outras palavras, reconheceu que JESUS saiu através dos panos enrolados, e, em conseqüência, acreditou (ver Jo 20.6-8). JESUS também atravessou portas trancadas para estar com os discípulos, e desvaneceu-se diante da vista de dois outros de seus seguidores, que haviam andado com Ele na estrada para Emaús. Talvez os rápidos vislumbres do corpo ressurreto de CRISTO indiquem o estado de nossos corpos glorificados, no tempo da ressurreição final dos crentes, quando todos formos transformados (1 Co 15.51). Quarenta dias de aparições aos discípulos, após a ressurreição, terminaram com a ascensão de JESUS aos Céus. Ali, no monte das Oliveiras, diante da cidade de Jerusalém, JESUS foi tomado corporalmente, enquanto uma grande companhia de discípulos contemplava a tudo (At 1.9,11). Aquele momento dramático encerrou o período da encarnação, no qual o DEUS-Homem, CRISTO JESUS, viveu em presença física sobre a terra. Quando a nuvem o ocultou dos discípulos, Ele entrou no Céu (Hb 4.14; 1 Pe 3.22), onde assumiu uma nova fase em seu ministério. A obra da redenção fora realizada com sucesso, e Ele deixara aos discípulos cuidadosas instruções quanto ao programa que havia iniciado: a Igreja. Também os mandara esperar pela promessa do Pai, o ESPÍRITO SANTO, que continuaria a sua obra na terra, através deles. Agora, terminada a fase associada à humilhação e à morte, sua ascensão inaugura o começo de um reino de exaltação. Nós, como crentes, recebemos vários importantes benefícios pela ascensão e exaltação de CRISTO. O exaltado Senhor é atualmente nosso amigo e advogado, à mão direita do Pai, engajado no ministério da intercessão em nosso favor (Rm 8.34; Hb 7.25 e 1 Jo 2.1) - uma nova fase de seu ministério sacerdotal. Nosso Grande Sumo Sacerdote encontra-se agora assentado, o que evidencia o término de sua obra expiatória, e pleiteia por nós, no Céu. Temos a certeza de que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injusti­ ça” (1 Jo 1.9). Acresça-se a esta promessa a garantia de que um lugar está sendo preparado ali para nós, e que Ele cuidará para que haja mansões suficientes para todos os remidos (Jo 14.1-3). A palavra “mansões” vem do grego, monai, e deriva-se do verbo meno, que significa “permanecer”, “ficar”, “habitar”, “continuar”, “estar permanentemente”. Isto indica que,diferente de nossa permanência temporária na terra, estaremos com o Senhor para sempre (cf. 1 Ts 4.17).
JESUS CRISTO “Muitas” indica que DEUS não estabeleceu um limite ao número de pessoas que irão habitar as mansões celestiais. E, finalmente, sua exaltação fez-se acompanhar pelo envio do ESPÍRITO SANTO para ser “outro Consolador” ou Ajudador (no grego, parakletos, “ajudador”, “intercessor”; ver Jo 14.16-26). “Outro” significa “outro da mesma espécie”. Alguém como o próprio CRISTO. Ver Stanley M. Horton, “Paraclete”, Paraclete 1, inverno de 1967, págs. 5-8. Em conseqüência, atualmente, embora o Senhor esteja separado fisicamente de nós, podemos desfrutar de união genuína com Ele, por meio do ministério do seu SANTO ESPÍRITO, o qual nos foi dado para que tomasse das realidades de CRISTO e as aplicasse aos nossos corações. JESUS CRISTO, pois, está à nossa disposição, hoje em dia, não mais limitado às restrições físicas, como em seu ministério terreno. Essas são, de fato, maravilhosas bênçãos disponíveis a nós, por causa da ascensão e exaltação de CRISTO.
 
 
Estudos bons para a ajudar a Lição.
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-cdc-2tr17-maria-mae-de-jesus-uma-serva-humilde.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-cdc-2tr17-jose-o-pai-terreno-de-jesus-um-homem-de-carater.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-ftc-1tr16-escatologia-o-estudo-das-ultimas-coisas.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ftc-1tr16-sinais-que-antecedem-a-volta-de-cristo.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-ftc-1tr16-o-arrebatamento-da-igreja.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-ftc-1tr16-as-bodas-do-cordeiro.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ftc-1tr16-a-grande-tribulacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ftc-1tr16-a-vinda-de-jesus-em-gloria.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-ftc-1tr16-milenio-um-tempo-glorioso-para-a-terra.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-ftc-1tr16-o-juizo-final.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-jhp-2tr15-o-nascimento-de-jesus.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-jc-1tr08-jesus-overbodedeus.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-jc-1tr08-jesusverdadeirohomemverdadeirodeus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-jc-1tr08-ainfanciadejesus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-jc-1tr08-obatismodejesus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-jc-1t08-jesus-oprofetadasnacoes.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-jc-oministeriodeensinodejesus.htm
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-jc-osmilagresdejesus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-jc-aressurreicaodeJesus.htm
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Referências Bibliográficas (outras estão acima)
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BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. Editora Batista Regular. - VÍDEOS da EBD na TV, da LIÇÃO ATUAL INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm -- www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/ -  

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