Betel ADULTO – 3º Trimestre de 2017 – 17/09/2017 – Lição 12 – O processo de formação do discípulo II


Este post é assinado por: Cláudio Roberto

TEXTO ÁUREO
Lucas 9:2323 E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA
Lucas 14:25-27,33-3525 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:26 Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.27 E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo.33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.34 Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?35 Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. (ARC)


NOTA
Saudações em Cristo Jesus!
Irmão professor e vocacionado…. Você já sabe qual o tema que estudaremos no próximo trimestre? Aproveito para deixar aqui e na próxima lição a capa da nova revista que será estudada a partir do dia 24/09.
O tema é uma espécie de homenagem ao aniversário de 500 anos da reforma protestante que se comemora em 31 de outubro. Nisto, nada melhor que percorrermos as doutrinas fundamentais da igreja de Cristo, revisando o legado que a Reforma Protestante nos deixou! Até lá!

INTRODUÇÃO
O processo de formação do discípulo II, é o título desta lição. Se na passada abordamos a doutrina da salvação (Soteriologia), nesta iremos salientar o que é ser discípulo de Jesus, isto é, aquele que foi salvo pela graça, agora deverá trilhar o seu caminho identificando-se com o seu Senhor em toda a maneira de viver (II Tm 3.10-11).
A intenção desta lição é trazer à tona o verdadeiro significado de ser discípulo de Cristo, não baseado naquilo que é aparente, mas naquilo que de fato deve ser!

1 – A IDENTIDADE DO DISCÍPULO
Normalmente, as pessoas possuem um documento, informando o seu nome, sua filiação, onde nasceu e uma foto. Isso é a sua identificação inequívoca.
No entanto, no que tange a ser um seguidor de Cristo, uma identificação documental não é suficiente. Alguns cristãos não sabem exatamente que ser discípulo de Jesus Cristo, está muito além de frequentar os cultos da igreja, ter um cartão de membro ou um cargo, seja ele administrativo ou eclesiástico, cantar no grupo de louvores ou no coral, enfim, ter alguma associação com a igreja e seus trabalhos não credencia ninguém a ser chamado de discípulo de Jesus.
Mas afinal, o que definitivamente nos faz discípulos de Jesus? Vamos procurar entender…

1.1 – O significado do termo “discípulo”
O Dicionário Enciclopédico da Bíblia nos fornece o significado do termo “discípulo”.
O sentido geral é: “alguém que recebe instrução de um mestre ou professor” (Mt 10.25; Lc 6.40).
Em sentido mais preciso “é aquele que adere a uma determinada doutrina e vive conforme a mesma”. Nesse sentido, já os profetas tinham os seus discípulos, bem como os fariseus (Mt 22.16; Mc 2.18) e João Batista (Mt 9.14; 11.2).
Em sentido exclusivo, os discípulos “são os seguidores de Jesus Cristo”, em primeiro lugar os apóstolos (Mt 10.1; 11.1; 28.16), mas também um número maior de pessoas que lhe davam adesão, e muitas vezes o seguiam continuamente (Mc 2.15; Lc 7.11).
O próprio apóstolo Paulo, foi discípulo de Gamaliel (mais conceituado doutor da Lei de sua época – At 22.3); na cultura helenística, Aristóteles (famoso filósofo), foi discípulo de Platão, que por sua vez, o foi de Sócrates. Desta forma, o discípulo sempre aprendia com o seu mestre e depois difundia suas ideias e conceitos sobre alguma coisa.
Sobre a cultura desta época no que tange ao ser discípulo, diz-nos a história que os gregos costumavam contar a história de como Xenofonte tinha conhecido a Sócrates. Sócrates se cruzou com ele em um atalho muito estreito, e lhe impediu de seguir seu caminho com uma fortificação que levava na mão. Primeiro lhe perguntou se podia lhe informar onde adquirir distintos artigos, e se sabia onde se fabricavam distintos objetos. Xenofonte foi proporcionando a informação que lhe pedia. Então Sócrates lhe perguntou: “E sabe onde os homens se fazem bons e virtuosos?” “Não”, respondeu o jovem Xenofonte, “Então”, disse Sócrates, “me siga e aprende.”
Percebe-se que o termo era bastante usual, praticado e compreendido pela cultura daquela época. Desta maneira, quando Jesus emprega o termo “fazer discípulos”, todos assimilaram muito bem o que Ele tinha em mente, isto é, aprender aos seus pés e depois propagar a sua doutrina e os seus ensinamentos ao mundo (Mt 28.19-20; Mc 16.15).
A expressão “discípulos” impregnou a vida daqueles que abraçaram a fé em Cristo, de forma que eles eram identificados pela sociedade daquela época como seguidores de Jesus, ou aqueles que aderiram aos seus ensinamentos.
Uma vez uma pessoa estava falando com um grande erudito a respeito de um homem mais jovem. “Fulano me disse que foi aluno dele”, disse. A resposta do professor foi esmagadora: “Pode ser que tenha assistido a minhas aulas, mas não foi um de meus alunos.”
Há um mundo de diferença entre um estudante e outro que só vai às aulas. Uma das grandes desvantagens da igreja é que nela há muitos seguidores de Jesus à distância e poucos verdadeiros discípulos.
É válido ressaltar que esse termo atual (cristãos), na verdade surgiu ainda no tempo da igreja primitiva, quando Paulo e Barnabé, passaram um ano inteiro em Antioquia, ensinando as doutrinas de Cristo e dos apóstolos aos irmãos daquele lugar; “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos (At 11.26).
Apesar do crescimento daquela igreja, foi o desprezo pelo evangelho que caracterizou a comunidade daquela época, logo, da forma da palavra pode-se deduzir que não foi inventada pelos judeus, que não reconheciam Jesus como o Cristo, nem pelos próprios cristãos, que se chamavam a si mesmos de discípulos, irmãos, santos, chamados ou fiéis, mas pelos magistrados romanos, que consideravam os cristãos como uma seita judaica. Conforme vimos acima, em Antioquia, por volta do ano 43, a palavra surgiu. Assim, o termo cristão, (que significa discípulos de Jesus Cristo ou pequenos cristos), na verdade não era um elogio, mas uma forma de depreciar aqueles que receberam de bom grado o evangelho.
O apóstolo Pedro também utiliza o termo ao se referir aos discípulos de Cristo; “mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte” (1 Pe 4:16).
Como bem menciona o Bispo Oídes, somente no segundo século o termo “cristão” deixou de ser utilizado de forma pejorativa.

1.2 – Resgatando a nossa identificação como discípulo
O Brasil foi colonizado pelos portugueses e estes trouxeram sua religiosidade predominantemente católica a terras tupiniquins, através dos padres Jesuítas.
Apesar de passados 517 anos desde o seu descobrimento, o Brasil ainda está sob forte influência católica e também é o país com o maior número de católicos no mundo. Segundo as estatísticas da igreja católica, há 172,2 milhões de brasileiros batizados na religião, atingindo um recorde em comparação a outras religiões.
https://guiame.com.br/gospel/noticias/catolicos-deixarao-de-ser-maioria-no-brasil-em-2030-diz-especialista.html
Tais números revelam a forte cultura religiosa exercida pelo catolicismo no país, onde os novos conversos a Cristo, ao aderirem ao cristianismo protestante, trazem consigo uma carga religiosa cultural muito pesada herdada do catolicismo e assim como os judaizantes nos tempos da igreja primitiva (que ainda tentavam preservar os rituais e cerimônias inseridos em um outro contexto religioso – cristianismo), os católicos ao aceitarem a Jesus, também embarcam na igreja com toda sorte de costumes e doutrinas que aprenderam desde o berço – tradição.
Além deste ponto cultural, vivemos a explosão de pequenas igrejas oriundas de uma liderança teologicamente despreparada e que consequentemente formam discípulos também despreparados.
Em meio a tudo isso, está o sincretismo religioso ou a mistura da verdadeira doutrina e do que é correto com o que é falso e errado. Ambos aparecem nivelados como verdades.
Diante deste cenário, presenciamos desde o exagero até o absurdo, tudo porque falta-nos formar discípulos embasados na verdade revelada única e exclusivamente na Palavra de Deus.
É conveniente que o novo convertido se alimente de uma iguaria compatível com o seu organismo ainda frágil. Não se alimenta um recém-nascido, com uma panelada de buchada de bode, e costelas gordurosas, mas antes lhe serve papinha, leite e comida leve para que lentamente vá se acostumando as variedades de pratos. Isso leva tempo!
Há aqueles que já possuem bastante tempo de conversão, mas que não obtiveram uma boa base acerca dos fundamentos da fé cristã. Estes devem também se assentar nos primeiros bancos para reaprenderem, desta vez, da forma correta, a fim de alicerçar novamente e se tornar um discípulo genuíno e muito bem apoiado.
Foi exatamente isso que o escritor aos Hebreus aconselhou: “Porque, devendo já ser mestres pelo tempoainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento (Hb 5:12).
O resgate do verdadeiro sentido da palavra discípulo, passa sim pelo processo inicial do novo convertido aprender as doutrinas básicas da sua fé, com o propósito de preparar um sólido alicerce para receber as demais doutrinas do cristianismo.
Se a EBD da igreja que pertence ainda não possui uma classe exclusiva para os novos convertidos, movimente-se para que se crie essa sala de aula. Capacite professores e instrua os novos convertidos com o alimento apropriado para o seu crescimento.
Uma pessoa que não passa pelo discipulado, pode até se desenvolver, mas sempre será aquele discípulo cuja estrutura estará limitada ao fundamento frágil que foi formado.
Os próximos tópicos irão aclarar o que realmente é um discípulo…

1.3 – O significado de ser um discípulo de Jesus Cristo
É notável que aqueles homens tenham atendido tão prontamente o convite de Jesus para segui-lo. A atração exercida pelo convite de Jesus não os levaram a ponderar quaisquer coisas.
Willian Barclay nos diz que Jesus ia caminhando pela costa do lago, e ao encontrar-se com Pedro e André, os chamou. O mesmo fez com Tiago e João. Não deve pensar-se que essa foi a primeira ocasião em que ele os viu, ou eles o viram ele. Tal como João nos narra a história, pelo menos alguns deles já eram discípulos de João o Batista (João 1:35). Devem ter tido mais de uma oportunidade de conversar com o Jesus e de havê-lo escutado. Mas nesse momento lhes expõe o desafiou de jogar sua sorte com ele, de maneira definitiva.
Não houve uma mensagem ou uma ministração acerca do que seriam exceto que se tornariam “pescadores de homens” (Mt 4.19)
O detalhe da pronta aceitação está nas expressões “vinde após mim” e “segue-me”.
Vamos analisar a expressão “Vinde após a mim” e assim compreender a resposta imediata dada pelos apóstolos.
Para Strong, a afirmação “vinde” é uma forma imperativa de “eimi” e quer dizer: “venha até aqui, venha aqui, venha” ou ainda a interjeição, “vem!”“venha agora!”.
A expressão “após” é no grego “opiso” e dá direção; quer dizer: “atrás, depois, após, posteriormente”;
A expressão “mim” é no grego “mou”, a forma mais simples de “Eu”, “me”, “de mim”.
Desta forma, Jesus não fez apenas um convite, mas deu-lhes uma ordem cuja autoridade não podia ser negada e a obediência era a única resposta a ser concedida – Poderíamos parafrasear o texto da seguinte maneira: “Venham agora, atrás de mim! Observem a tudo quanto falo e faço para que aprendam e executem o mesmo!”.
Jesus simplesmente chamou a esses pescadores para que o seguissem. Barclay menciona que é interessante notar que classe de homens eram. Não eram homens que tivessem recebido uma grande instrução, ou que gozassem de grande riqueza, ou nível social, ou influência. Não eram pobres, tampouco, eram simples trabalhadores sem distinção e certamente, diriam alguns, sem futuro. Jesus escolheu estes homens ordinários.
Em analogia ao assunto, diz a história que em certa oportunidade se aproximou de Sócrates um homem comum que se chamava Esquines. “Sou pobre”, disse Esquines, “e não tenho nada que te possa oferecer, mas dou a mim mesmo a ti.” “Não te dá conta”, replicou-lhe Sócrates, “que me está dando o mais precioso que ninguém possa oferecer?”
Note bem… o que Jesus precisa são pessoas comuns que estejam dispostas a entregar-se elas mesmas a ele. Com pessoas desta classe pode-se fazer algo.
Os apóstolos passaram a segui-lo sem objeções; abandonaram seus afazeres, deixaram seus compromissos e suas vidas moveram-se em direção a vida de Jesus Cristo.

2 – O que significa seguir a Jesus?
Fantástica a citação dada pelo Bispo Oídes de Youse Ben Yoezer (Youse, filho de Yoezer), rabino judeu:“Deixe-se cobrir pela poeira dos pés do seu rabino”, isto é, esteja tão próximo do seu mestre a ponto de a poeira levantada pelos seus passos possam assentar sobre o seu próprio corpo!
O discípulo é aquele que caminha tão perto do seu Senhor, que passa a conhecê-lo intimamente e por fim, se parecer tanto com o seu mestre a ponto de ser identificado como tal (Jo 18.17).
Seguir a Jesus não é ter uma religião chamada cristianismo, ou mesmo trazer consigo o rótulo de cristão, mas ser discípulo, implica necessariamente em assimilar toda a instrução do Mestre Jesus, aprendê-la, praticá-la (vivê-la) e ensinar a outros.
Mateus 28:19-2019 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! (ARC)

2.1 – A resposta humana ao chamado de Cristo
Para que o homem se torne um discípulo de Jesus Cristo, ele precisa corresponder a providencia de salvação que Deus propiciou ao homem através do Seu Filho Jesus. (Jo 3.16).
João 3:1818 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (ARC)
O homem nasce e permanece debaixo de uma solene condenação, porque é pecador em sua natureza (Sl 51.5), no entanto, será salvo todo aquele que responder de forma positiva ao plano redentor de Deus. A parte que compete ao homem desesperado por salvação é crer, pois o demais Deus já fez!
Bispo Oídes cita alguns exemplos de homens que estiveram diante deste tema:
1. Logo após a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, Pedro anunciou a Cristo e a multidão “compungiram-se em seu coração” e perguntaram: “Que faremos varões irmãos?” (At 2.37);
2. O carcereiro da prisão de Filipos também indagou: “que é necessário que eu faça para me salvar?”(At 16.30);
3. Saulo, ao ser abordado por Jesus no caminho de Damasco perguntou: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6).
Os exemplos revelam homens angustiados em suas almas buscando uma resposta que possa satisfazer os seus anseios eternos.
Para a multidão, Pedro, orientou a se ARREPENDEREM, a serem batizadas para o perdão dos pecados e receberem o Espírito Santo.
Para o carcereiro, Paulo orientou a CRER em Jesus para que fosse salvo ele e a sua casa (At 16.31);
Para Saulo, Jesus, o orientou a se levantar e entrar na cidade de Damasco, pois ele receberia as devidas instruções para se tornar um discípulo de Cristo (At 9.6).
Note que no contexto acima, tanto a fé como o arrependimento são ingredientes básicos para a fundamentação da vida do novo discípulo de Cristo. “e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15).
Mateus 11:28-3028 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (ARC)
Para Willian Barclay, Jesus falava com homens que buscavam desesperadamente encontrar a Deus, e que se empenhavam com todas as suas forças em ser bons, mas que encontravam na tarefa, algo impossível de ser realizado e assim impregnam em suas vidas o desespero e o cansaço.
Jesus então diz: “Vinde a mim todos os que estão sobrecarregados.” Seu convite aos homens vai em direção àqueles que estão cansados na busca da verdade. Os gregos haviam dito: “É muito difícil encontrar a Deus, e quando alguém o encontra é impossível falar dele a outros.” Zofar perguntou a respeito de Jó: “Descobrirás tu os segredos de Deus?” (Jó 11.7). Para o judeu ortodoxo a religião era algo que consistia em cargas. Jesus disse a respeito dos escribas e fariseus: “Atam cargas pesadas e difíceis de levar, e as põem sobre os ombros dos homens” (Mt 23.4). Para o judeu a religião era algo composto por regras e normas intermináveis que devia observar. O homem vivia em um bosque de regras e normas que ditavam cada movimento de sua vida.
Jesus afirma que a extenuante busca de Deus termina nele mesmo. Para se tornar um discípulo do próprio Deus, o homem deve olhar apenas para Cristo.
No entanto, como bem frisou o Bispo Oídes, o texto não requer apenas o alívio do cansado homem sofredor e surrado pelo pecado, mas exige-se dele o aspecto da submissão a vontade e a Palavra de Cristo.
Barclay afirma que os judeus empregavam a frase “o jugo” para entrar em submissão. Falavam do jugo da Lei, do jugo dos mandamentos, o jugo do Reino, o jugo de Deus. Mas pode acontecer que Jesus tenha dado a seu convite um significado muito mais cotidiano: Diz: “Meu jugo é fácil.” Em grego a palavra fácil é “chrestos”, que pode significar “adequado”. Na Palestina, os jugos dos bois se faziam de madeira. Levava-se o boi e se tomavam medidas. Logo se trabalhava o jugo e se voltava a levar o boi para prová-lo. Então se ajustava bem o jugo, para que se adaptasse ao pescoço do animal e não o machucasse. Se fazia o jugo à medida do boi.
Uma lenda conta que Jesus fazia os melhores jugos da Galileia, e que gente de toda Galileia ia a sua oficina de carpinteiro para comprar os melhores jugos que se podiam obter de um artesão. Naqueles dias, tal como agora, as lojas tinham pôsteres em cima das portas. Sugeriu-se que o pôster que estava em cima da porta da oficina do carpinteiro do Nazaré poderia ter sido: “Meus jugos se adaptam bem.”Pode ser que nesta passagem Jesus empregue uma imagem da carpintaria de Nazaré em que tinha trabalhado durante muitos anos.
De maneira que Jesus afirma: “Meu jugo se adapta bem.” O que diz é o seguinte: “A vida que lhes dou para que vivam não é uma carga para lhes machucar; sua tarefa, sua vida, está feita a medida para adequar-se a vós.” Envie-nos Deus o que nos envie estará feito para adaptar-se com precisão a nossas necessidades e a nossa capacidade. Deus tem uma tarefa para cada um de nós, que está feita a nossa própria medida. Jesus diz: “Meu jugo é suave.”
Ser discípulo de Cristo é responder positivamente a tudo aquilo que a nossa jornada cristã nos impõe!
Ilustração: “Há uma velha lenda sobre um homem que encontrou a um menino pequeno carregando a um menino ainda “mais pequeno”, que era coxo: “Essa é uma carga muito pesada para ti”, disse o homem. “Não é nenhuma carga”, respondeu o menino, “é meu irmãozinho.” A carga que se dá com amor e se leva com amor sempre resulta em leveza.”

2.2 – A necessidade de coerência na vida do discípulo de Cristo
Coerência, do latim cohaerentĭa, é a coesão ou relação entre uma coisa e outra. O conceito é usado com referência a algo que é lógico e consequente relativamente a um antecedente.
http://conceito.de/coerencia
Em nosso estudo, coerência significa conformidade, concordância com aquilo que se crê.
 Jesus não passou três anos e meio da sua vida formando admiradores, mas discípulos que entenderam perfeitamente o significado que suas vidas passariam a ter.
Muitos ainda estão aprisionados na experiência exterior do achismo religioso. Para estes, os sinais de uma fachada “santificada” ou adornada de “dons espirituais” é suficiente para taxar alguém de discípulo de Jesus ou não.
Esses prisioneiros da emoção acreditam que os sinais operados por alguns, os qualificam como discípulos de Jesus, quando na verdade nada diz sobre o assunto. O próprio Jesus foi categórico quando afirmou:
Mateus 7:21-2321 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.22 Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?23 E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (ARC)
O verdadeiro discípulo, não é aquele que se destaca pelo “glória a Deus” mais alto da congregação ou mesmo os que são instrumentos de cura e libertação na igreja, tão pouco, aqueles que possuem profundo conhecimento acerca das Escrituras, mas o verdadeiro discípulo se destaca e verdadeiramente o é, quando simplesmente faz a vontade do Pai que está nos céus!
Não podemos nos esquecer que Judas Iscariotes, foi escolhido pelo próprio Jesus para compor o colégio apostólico, participava da mesa do Senhor, ouvia suas palavras e teve acesso as mesmas experiências que os outros, no entanto, nunca foi discípulo.
Judas Iscariotes:
1. Tinha nome (Mt 10.4);
2. Tinha função (carregava a bolsa, logo concluímos que possivelmente era o tesoureiro (Jo 13.29);
3. Tinha autoridade de Deus (Mt 10.1);
4. Estava com Jesus (Jo 12.4);
5. Participou da ceia (Jo 13.2), MAS NÃO ERA DISCÍPULO.
Hoje vivemos um fenômeno parecido com o que acontecia no tempo de Jesus. Muitos se ajuntavam e o “seguia” não para se tornar discípulo, mas para serem favorecidos em algum aspecto da vida (uma cura, um emprego, uma libertação, carro novo, uma casa, sucesso, etc.…).
São pessoas amigas do evangelho, pessoas simpáticas a igreja, mas que não tem compromisso com o discipulado. Pensam que são discípulos, mas suas obras negam-lhe a identidade.
É contraditório alguém discursar que é seguidor de Jesus Cristo e levar uma vida completamente aquém dos padrões morais e éticos estabelecidos pela Palavra de Deus. É contraditório alguém se intitular discípulo de Jesus e não se assemelhar com o seu Mestre.
A vida de um genuíno discípulo de Jesus Cristo, é coerente com o discurso, com a fé e com as obras! Ele não aparenta se assemelhar com o seu Mestre, mas se parece de fato com Ele!

2.3 – Identificando a verdadeira fé do discípulo de Cristo
O pensamento do servo de Deus se baseia na fé verdadeira. Fé aqui neste tópico, significa simplesmente crer na palavra de Deus; crer que Deus é como Jesus Cristo o proclamou. O que quer dizer que o cristão começa crendo em tudo o que Jesus Cristo disse a respeito de Deus e que nos deu uma revelação completa dEle. O cristão sempre pensa sobre a base deixada por Jesus Cristo.
Essa fé verdadeira deve conduzir o discípulo para próximo do Seu Mestre e fazê-lo submisso a Ele e a Sua Palavra.
João 2:23-2523 E, estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.24 Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia25 e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem. (ARC)
Jesus sabia que a crença em seu nome daqueles que o vira efetuar os sinais na ocasião da Páscoa era fingida, falsificada e aparente. Ninguém pode enganar a Deus com demonstração de fé labial, porque Ele conhece o que há dentro de cada um de nós.
A Bíblia afirma que existe a fé fingida…
1 Timóteo 1:55 Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. (ARC)
2 Timóteo 1:55 trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti. (ARC)
Barclay afirma que o cristão é um homem que tem uma fé que não pode fingir. A frase significa literalmente “a fé na qual não há hipocrisia“. Isto significa simplesmente que a grande característica do discípulo é sua sinceridade. É sincero em seu desejo de encontrar e comunicar a verdade. Tanto o processo de seu pensamento como os motivos de seu ensino devem ser capazes de resistir o exame de Deus e não ter a sua fé rejeitada ou classificada como fingida (grifo meu).
Ainda haviam aqueles, cuja fé estava enferma pelas circunstâncias e influências que suas posições poderiam lhe conferir.
João 12:42-4342 Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga.43 Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus. (ARC)
As glórias que este mundo pode nos proporcionar ainda é um grande adversário a ser vencido por muitos. A fé está contaminada pela sedução que o resplendor passageiro pode causar, esquecendo eles, que a melhor glória está no porvir.
A fé do verdadeiro discípulo o impulsiona, o empurra aos pés de Jesus. Ali ele cai humilhado, abdica de sua vontade e tonar pública a sua fé no Salvador!

3 – ATITUDES DO DISCÍPULO DE JESUS CRISTO
Até aqui, vimos que seguir a Cristo ou se tornar um discípulo dEle, envolve mais que sentimentos, aprovar suas doutrinas ou reverenciar os seus ensinamentos…
Veremos a seguir algumas atitudes e resoluções que o verdadeiro discípulo de Jesus deverá executar durante a sua carreira cristã a fim de que este seja identificado como legítimo discípulo de Cristo!

3.1 – Amar a Cristo acima de tudo e todos
No passado, Deus entregou a Moisés no monte Sinai, o resumo dos 613 mandamentos, sintetizados em 10 (Ex 20.1-17)!
Jesus, resumiu os 10 mandamentos em apenas 2 e pode ser encontrado conforme abaixo:
Mateus 22:37-4037 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.38 Este é o primeiro e grande mandamento.39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. (ARC)
O versículo que Jesus cita pertence a Deuteronômio 6.5: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”. Significa que devemos a Deus um amor total, um amor que domina nossas emoções, que dirige nosso pensamento, que é o motor de nossas ações. Toda religião começa com o amor que é uma entrega total da vida a Deus.
Mateus 10:3737 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. (ARC)
No versículo acima, o tema ainda é o mesmo – Amar a Deus. Jesus no versículo acima expõe o grau de amor com que devemos amá-lo ou melhor, que o nosso amor por Ele deve exceder o nosso amor por qualquer outra coisa ou pessoa.
Jesus está nos ensinando que o nosso compromisso com Ele e Sua causa deve ser prioritário.
Lucas 14:25-2625 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:26 Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. (ARC)
Barclay, diz que toda causa de certa magnitude indevidamente divide aos homens; sempre haverá quem responda ao desafio e quem se negue a fazê-lo. Ao ser confrontados por Jesus indevidamente somos também confrontados pela decisão de aceitá-lo ou rechaçá-lo; o mundo está e estará sempre dividido, enquanto exista, entre os que aceitaram e os que não aceitaram a Cristo.
A amargura maior desta luta era que os inimigos do homem seriam os de sua própria casa. É possível que um homem ame tanto a sua esposa e a seus filhos, que se negue a aceitar o desafio de uma grande convocação, de uma forma de serviço, de um chamado ao sacrifício, seja porque não quer abandoná-los, seja porque acredita que se aceitar, os que ama se veriam envoltos em riscos e perigos.
A mensagem de Jesus se deu quando uma grande multidão o seguia e estavam empolgados pelos inúmeros sinais operados por Ele, no entanto, Jesus os desperta para a grande realidade do discipulado… A mensagem requeria grande reflexão. Estariam eles dispostos a se tornarem de fato, discípulos de Jesus após ouvirem isto? “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.”
Lucas 14:28-3328 Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?29 Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,30 dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.31 Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?32 De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz.33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo. (ARC)
Decisões de tão extrema grandeza sempre nos exigirá muito de nossa ponderação; graças à misericórdia de Deus a maioria de nós jamais serão confrontados por elas; mas o fato é que todas as lealdades devem ceder diante da exigência da lealdade a Deus.
Ser discípulo de Jesus, envolve comprometimento e total engajamento com a sua missão, por isso, Ele os levou a considerarem todos os riscos antes de tomarem a decisão de amá-lo acima de tudo e de todos!

3.2 – Levar a sua cruz
Lucas 14:2727 E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. (ARC)
Após Jesus conduzir os seus ouvintes a reflexão, Ele imediatamente lhes oferece uma cruz para carregar.
Quando Jesus disse isto estava a caminho de Jerusalém. Sabia que ia em direção da cruz; mas as multidões que estavam com ele pensavam que ia a caminho de um império. Por esta razão falou assim. Na forma mais vívida possível disse que o homem que o seguisse não obteria poderes nem glória terrestres, mas sim devia estar disposto a ser fiel até o sacrifício das coisas mais apreciadas da vida, e a sofrer a agonia de um homem sobre a cruz.
Willian Barclay afirma que os galileus sabiam muito bem o que era uma cruz. Quando o general romano Varus conseguiu dobrar a revolta de Judas da Galileia, crucificou a dois mil judeus, colocando as cruzes todo ao longo dos caminhos da Galileia. Na antiguidade se obrigava aos criminosos a levar a travessa de sua cruz até o lugar da execução.
Os homens a quem Jesus se dirigia tinham visto mais de uma vez a seus compatriotas vergando sob o peso de suas cruzes, e morrendo na mais terrível agonia sobre elas.
Quando John Bunyan (autor do best seller: O Peregrino) foi levado frente ao magistrado, disse: “Senhor, a lei de Cristo oferece duas formas de obediência; a primeira é fazer o que em minha consciência acredito que é minha obrigação, e esta é a forma ativa da obediência; a segunda, quando a obediência ativa não é possível, é estar disposto a sofrer tudo o que queiram me fazer.”
Barclay conclui o assunto… “O cristão é chamado a sacrificar suas ambições pessoais, a comodidade e folga de que poderia ter desfrutado, a carreira que tivesse podido levá-lo ao triunfo pessoal; pode ter que deixar de lado seus sonhos, compreender que coisas brilhantes das que percebeu um brilho não são para ele. Certamente deverá sacrificar sua vontade, porque nenhum cristão pode jamais voltar a fazer o que lhe deseje muito; deve fazer o que Cristo quer que faça. No cristianismo sempre há alguma cruz, porque o cristianismo é a religião da cruz”.
Desta feita, o discípulo, em semelhança do seu Mestre Jesus, tem uma cruz pessoal, nominal e que deve conduzi-la diariamente (Lc 9.23), mesmo que o caminho seja de sofrimento, dor, ultraje ou infâmia e termine no seu Gólgota particular. Ser discípulo é ter disposição para padecer pela causa do Mestre!

3.3 – Renunciar tudo quanto tem
Lucas 14:3333 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo. (ARC)
O Dicionário Vine nos traz interessante significado da palavra “renunciar”, complementando aquilo que encontramos na lição. A palavra significa “rejeitar”, II Co 4.2, acerca de renunciar “as coisas que, por vergonha, se ocultam”. Na Septuaginta em I Rs 11.2, significa “proibir”, significado encontrado nos papiros. O significado “renunciar” pode então transmitir o pensamento de proibir a aproximação das coisas rejeitadas.
Para Strong a palavra grega “apotassomai” significa: “apartar”, “separar”, “despedir-se”, “renunciar”, “desistir de”.
Renunciar no sentido mais clássico é dizer não a tudo aquilo que confronta e que não corrobora com a vida cristã ou com o Reino de Deus.
Jesus não quer admiradores, ele quer gente que o siga de verdade. Os admiradores o seguem por moda ou por favor que podem receber. Jesus necessita que seus discípulos sejam seus imitadores e tenham Sua vida dentro de si.
Juarez de Oliveira certa feita disse: “A experiência de andar com Deus é singular, no entanto, somos uma geração de discípulos que troca esse privilégio por coisas. ”
Tenho um filho de 5 anos. Há alguns dias atrás ele teve que começar a aprender sobre renuncia na vida cristã. Ele estava jogando vídeo game quando notei que um dos personagens tinha um estereótipo bastante estranho (chifres e uma feição maligna). Pedi para que o meu filho parasse o jogo e viesse até a mim. Passei a explicar que aquele jogo não era agradável a Deus. Que se ele quisesse servir a Deus em sua totalidade, ele deveria jogar aquele jogo fora e que escolhesse outros jogos para brincar, menos aquele. Ele ficou me olhando, seus olhos marejaram e eu insisti… “Você deve dizer não a tudo aquilo que Deus não tem prazer”… Ele começou a chorar e dizer que gostava do jogo… Mas continuei… “Você não é o soldadinho de Jesus? Pois então aprenda a dizer não a tudo aquilo que Jesus não aprova”. Ele chorou, desligou o jogo e foi fazer outra coisa. Passou uns 30 minutos, ele voltou sorrindo com o jogo na mão e disse: “Pai, vou jogar este jogo fora porque Jesus não gosta né?” Eu disse: “É meu filho, Jesus não se agrada e neste momento, Jesus está muito feliz contigo, porque você está aprendendo a se parecer com Ele”. Ele jogou o jogo fora e ficou todo feliz! Ficou por uns 5 ou 6 dias relembrando o assunto todo orgulhoso de si mesmo por ter tido graça de Deus para renunciar um simples jogo de vídeo game, mas que poderia ser bastante nocivo para a sua pequena carreira cristã.
Uma história cujo final não foi tão feliz, se acha nas Escrituras, onde a mulher de Ló foi incapaz de renunciar os prazeres encontrados em Sodoma e Gomorra. Mesmo sob o alerta de escapar pela sua própria vida, ela olhou para trás como quem quisesse desfrutar dos pecados ali praticados. O seu destino foi fatal, pois tornou-se uma estátua de sal.
Não renunciar as coisas que concorrem com a vida cristã, pode ter um preço muito alto.
Hebreus 12:11 Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, (ARC)
Devemos deixar todos os empecilhos externos e internos. Deixar de lado toda afeição e interesse exagerado pelo corpo, pela vida presente (At 20.24) e pelo mundo (Tg 4.4). Esse é o comportamento do verdadeiro discípulo de Jesus.
A falta da abnegação na vida cristã é um peso morto sobre a alma do crente que o puxa para baixo quando deveria estar subindo e puxa para trás quando deveria estar avançando adiante.

CONCLUSÃO
O discípulo de Jesus é um peregrino nesta terra em constante crescimento. Nesta jornada, ele vai sendo moldado e aperfeiçoado em Cristo (Fp 1.6) até alcançar a medida da estatura completa de Cristo (Ef 5.13).
Provérbios 4:1818 Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. (ARC)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Bíblia Eletrônica Olive Tree – Versão Revista e Corrigida / Revista e Atualizada / NVI;
Dicionário da língua portuguesa;
Comentário do Novo Testamento – Willian Barclay;
Dicionário Enciclopédico da Bíblia – Editora Paulus;
Dicionário Bíblico Strong – James Strong – Sociedade Bíblica do Brasil;
Site da internet mencionado quando citado no texto;
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Por Cláudio Roberto ://ebdcomentada.com.br