Este post é assinado por: Rafael Cruz
TEXTO DO DIA
“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (1 Coríntios 15.19)
TEXTO BÍBLICO
Romanos 1.20-22, Lucas 12.15-21
Romanos 1.20-22
20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
Lucas 12.15-2115 E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
16 E propôs-lhes uma parábola, dizendo: a herdade de um homem rico tinha produzido com abundância.
17 E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
18 E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
19 e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?
21 Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.
16 E propôs-lhes uma parábola, dizendo: a herdade de um homem rico tinha produzido com abundância.
17 E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
18 E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
19 e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?
21 Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.
INTRODUÇÃO
Como temos visto, a raça humana desde os primórdios busca a sua própria satisfação, como se não houvesse Deus. É nessa linha de pensamento que estudamos na aula passada sobre o hedonismo (cultura do prazer) e agora vamos falar sobre o materialismo.
Junto na mesma ideia do materialismo, temos variadas formas de negação da existência de Deus. Dentre elas, podemos destacar:
- Ateísmo: O ateu crê que não há Deus neste mundo e nem no além. Vem do prefixo grego a “não” e de theos, “Deus”.
- Agnosticismo: O agnóstico não nega a existência de Deus, mas sim a possibilidade de conhecimento de Deus. Vem do grego a, “não”+ gnostikós, “que conhece”, ou seja, “não conhecimento”.
- Panteísmo: O mundo é Deus e Deus é o mundo. Afirmam que a identidade substancial de Deus e do universo, os quais formariam uma unidade e constituiriam um todo indivisível.
- Politeísmo: Afirma a existência de vários deuses e deusas.
- Deísmo: Acreditam que uma divindade fez o mundo e tudo que nele há, mas deixou a sua criação vivendo pelas leis naturais.
- Dualismo: Admite a existência de dois reinos, dois princípios co-eternos em conflito um com o outro, tal como o bem e o mal.
Tudo isso surge com base em que os homens querem provar de forma cientifica a existência de Deus e a criação de todas as coisas. Mas sabemos que a existência de Deus e sua criação não podem ser provadas simplesmente pelo método cientifico:
“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. Hebreus 11.3
I – CONHECENDO O MATERIALISMO
1. O que é o materialismo
O materialismo não acredita na existência do espirito ou de seres espirituais. Para os seus adeptos, toda a realidade é simplesmente matéria. Dessa forma afirmam que não existe vida pós morte, o céu e o inferno, que são apenas estados terrenos de prazer ou sofrimento, sucesso ou fracasso, nada mais. Para os materialistas, quando o corpo morre, a alma também morre, decompondo a matéria a mente estaria destruída. Portanto, para eles não existe juízo superior ao nível humano; o pecado é apenas imperfeição da natureza humana.
Com base nesse pensamento de que não há Deus e tudo é matéria, alegam que a criação foi algo que ‘simplesmente existiu’ e foi evoluindo ao longo dos anos.
Sobre a teoria da evolução, recomendo que assistam esse vídeo do, entre outras coisas, professor Ariano Suassuna.
“Na inteligência humana tem uma centelha divina que não tem bicho que chegue perto”!
Ariano Suassuna
“Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus”. Salmos 10.4
O salmista nos diz que por causa do orgulho o ímpio não investiga. Basta uma rápida pesquisa na internet, que conseguimos ver (sites confiáveis) falhas na teoria da evolução. Podemos destacar:
1. A complexidade dos sistemas vivos nunca poderia ser o efeito de um processo aleatório, mas sim consequência de um processo criativo. Não dá para aceitar que todo o mundo complexo em que vivemos (sistema solar, corpo humano, plantas, animais…) surgiu de uma explosão e de algo que foi evoluindo. Está claro que tudo foi criado e não surgiu por acaso! Explosão só gera caos. Nunca vi uma explosão gerar um sistema tão complexo de vida como o nosso.
2. Há uma total ausência de exemplos inquestionáveis (fósseis ou vivos) dos milhões de formas transicionais necessárias para que a teoria da evolução seja verdadeira. Se os seres ainda evoluíssem, estaríamos rodeados de seres em transição para virarem humanos. Mas o que vemos é que cachorro, nasce cachorro e morre cachorro. Macaco nasce macaco e morre macaco.
A evolução é um sistema de crença que olha para um feto como um embrião de animal sem o direito à vida e não o vê como criação de Deus. Assim disse Davi:
“Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem”. Salmos 139:13,14
2. As origens do materialismo
A ideia central do materialismo é que não há Deus e as coisas foram criadas de uma maneira um tanto que obscura (não há respaldo cientifico algum). Essa ideia tem como base o atomismo, onde os atomistas teorizaram que a natureza consiste em dois princípios fundamentais: átomo e vazio.
O conceito é que os átomos estão em um vazio (cosmo) e que são de diversos tamanhos e formas, onde que por acaso, se chocam formando outras coisas. Dessa maneira, alguns conjuntos de átomos que se aglomeram tomam consistência e formam todas as coisas que conhecemos.
De acordo com Platão, cada forma de átomo era representada por um elemento natural:
Após esse início, a ideia do materialismo foi bastante difundida pelos filósofos Karl Marx e Friedrich Engels, quando elaboraram a tese do materialismo dialético, que utiliza o conceito de dialética para entender os processos sociais ao longo da história.
O termo “dialética” vem do grego “dialegos” e significa “movimento de ideias”. Dessa forma, a dialética é a arte do diálogo em forma de debate.
Junto com o materialismo dialético, também veio o materialismo histórico e o mecanicista. O materialismo histórico, diferente do dialético, estuda as formas de produção da vida material das sociedades. Já o materialismo mecanicista entende que os fenômenos sociais são comparados a uma grande engrenagem mecânica.
3. As consequências do materialismo
Muito parecido com o hedonismo, enquanto um busca o prazer, o materialista acredita e busca apenas os bens materiais, o resultado de um ou outro são praticamente iguais.
A consequência para ambos é que após todo o esforço para conseguir o que a carne deseja, o fim é sempre um vazio e uma crise existencial. Um dos grandes problemas do materialismo é que ele coloca na mente das pessoas que os bens materiais são mais importantes que as riquezas espirituais.
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Mateus 6.24
“E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”. Lucas 12.15
Na história do povo de Israel vemos Deus atuando justamente devido ao povo se preocupar mais com seus próprios bens do que com a casa de Deus:
“Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa”. Ageu 1.9
II – ANALISANDO O MATERIALISMO
1. A futilidade do materialismo
Como diz a máxima: ‘Caixão não tem gaveta’. A grande futilidade do materialismo está ai: as pessoas lutam por tantas coisas, brigam por conseguir tantas outras, para no fim da vida, não levarem nada!
A nossa vida é passageira. O que é a eternidade diante do tempo de vida que temos? Segundo o IBGE a expectativa de vida do brasileiro está na média em apenas 74,9 anos. Isso é muito pouco diante daquilo que nos espera junto com Cristo!
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Mateus 6:19-21
Jesus já nos ensina que aquilo que é matéria, estraga, passa; mas o que devemos buscar é aquilo que não estraga e é eterno! E como ajuntamos tesouro no céu? Simples, fazendo a vontade do Pai!
2. A loucura do materialismo
Quando imaginamos que a vida nasceu de um ‘acidente’ entre os átomos, ela passa a não ter valor algum e tratamos o nosso próximo como qualquer coisa que pode ser usada e jogada fora. Isso é uma loucura, pois:
“Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Gálatas 5:14
Jesus sempre nos ensinou a amarmos o próximo como a nós mesmos. O pensamento materialista visa apenas a busca pelos bens materiais. É como o pensamento de Maquiavel que está implícito na sua obra “O Príncipe”: ‘Os fins justificam os meios’.
3. A pobreza do materialismo
Esse tópico aparenta ter um título ambíguo, mas não. Por mais que a pessoa busque os bens materiais, no fim das contas será pobre, pois como já falamos: dessa vida ela não levará nada.
“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele”. 1 Timóteo 6.7
O problema não é em ter dinheiro, bom emprego, bens materiais, mas sim o amor que é colocado em tudo isso. Quando substituímos Deus para colocar qualquer uma dessas outras coisas como prioridade, nos tornamos idólatras, e isso desagrada a Deus.
Devemos trabalhar para viver e não viver para trabalhar. É bom trabalhar para obter o nosso sustento, e Deus se alegra de pessoas que batalham e não são preguiçosas. A questão é que esse trabalho não pode ser o foco das nossas vidas.
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. Eclesiastes 9.10
Administre o seu tempo e sua vida naquilo que vale a pena, naquilo que não tem ‘prazo de validade’!
III – CONTRAPONDO O MATERIALISMO
1. A cosmovisão judaico-cristã
Paulo, em Atenas, não se intima com os deuses gregos e mostra a visão de mundo que o evangelho de Cristo veio anunciar.
“E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição”. Atos 17.18
Com isso, Paulo ensina que somente essa visão de mundo cristão fornecia as respostas para preencher o vazio que aquele povo sentia. Seguir a Cristo, não é apenas um caminho para o Céu, mas uma maneira de nós vivermos aqui. Lembremos do processo: Primeiro vem a justificação, depois a santificação que é algo progressivo nas nossas vidas.
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Hebreus 12:14
Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino. Francis Schaeffer disse que a cosmovisão: “é o filtro através do qual uma pessoa enxerga o mundo”. Ou seja, se alguém tem uma visão errada do mundo, é nosso dever ensinar aquilo que é correto, evitando assim a perdição dessa alma.
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Marcos 16:15
2. A contracultura do Reino
Existem um termo que define o quanto nossa visão é diferente desse mundo no âmbito das forças armadas: Objetores de Consciência. São pessoas que seguem princípios religiosos, morais ou éticos de sua consciência, princípios estes que são incompatíveis com o serviço militar, ou as Forças Armadas.
O mundo já nos deu um nome por não sermos de acordo com suas regras e leis. Nós vivemos e pensamos de uma forma diferente. Devemos demonstrar nossa força estabelecendo um modo de vida que agrade ao Senhor.
“Abstende-vos de toda a aparência do mal”. 1 Tessalonicenses 5.22
Se opor a cultura desse mundo nos leva a viver um forte conflito cultural e espiritual, mas Jesus afirmou que estaria conosco todos os dias (Mateus 28:20)! É Ele que nos dá força dia após dia para vencermos todas as lutas que temos que enfrentar (Isaías 40:29).
3. A comissão cultural da Igreja
Como vimos, é uma ordenança de Cristo nós pregarmos o evangelho, mas além disso, nós como Igreja temos uma comissão cultural que é além de pregar o evangelho é promover essa mudança na sociedade.
Levar as pessoas ao arrependimento, não é simplesmente fazer que elas aceitem a Jesus, mas sim que tenham uma mudança de vida tanto espiritual quanto material, e isso envolve: novos hábitos, novas roupas, novos comportamentos, etc.
“E muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia”. Atos 19:18-20
Paulo quando anunciou o evangelho em Éfeso, não só levou as pessoas ao arrependimento, como provocou uma mudança de vida. Veja no texto acima que as pessoas traziam os seus livros de magia para queimar em praça pública. Não dá para aceitar a Jesus e continuar com a velha vida.
“Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”. Efésios 4:21-25
Deus lhe abençoe!
REFERÊNCIAS
Imagem do atomismo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atomismo
ODILO, Reynaldo. Tempo Para Todas as Coisas: Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD
Bíblia online: https://www.bibliaonline.com.br/acf
Por Rafael Cruz https://ebdcomentada.com.br