Lição 2, A Salvação na Páscoa Judaica 4º Trimestre de 2017 - Título: A Obra da Salvação - JESUS CRISTO é o Caminho, e a Verdade e a Vida
Lição 2, A Salvação na Páscoa Judaica 4º Trimestre de 2017 - Título: A Obra da Salvação - JESUS CRISTO é o Caminho, e a Verdade e a Vida Comentarista: Pr. Claiton Ivan Pommerening, Assembleia de DEUS de Joinvile, SC Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454 AJUDA FIGURAS - https://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/10/figuras-licao-2-salvacao-na-pascoa.html http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-ujf-1tr14-acelebracaodaprimeirapascoa.htm http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ldc-aimportanciadasantaceia.htm https://www.youtube.com/watch?v=QeueNZ-FGbY https://www.youtube.com/watch?v=HClh__q6rLA https://www.youtube.com/watch?v=yCMoB4izaCQ https://www.youtube.com/watch?v=-Phrd7wYt0g https://www.youtube.com/watch?v=EGrgLC87vgI https://www.youtube.com/watch?v=aIn3taDlDwg TEXTO ÁUREO"[...] Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua servidão e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes." (Êx 6.6)
VERDADE PRÁTICAA libertação do povo israelita vislumbrava um plano divino maior: libertar e salvar a humanidade.
LEITURA DIÁRIA Segunda – Êx 6.2-8 A promessa de DEUS para salvar o seu povo e cumprir seus propósitos
Terça – Lv 23.4,5 Páscoa, uma das principais festas israelitas
Quarta – Dt 16.5,6 A celebração da Páscoa no local escolhido por DEUS
Quinta – Mt 26.17,18 A orientação de JESUS e o preparo da Páscoa
Sexta – Lc 22.1,2 A conspiração contra JESUS antes da Páscoa
Sábado – Jo 1.35,36 JESUS é o Cordeiro de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 12.21-24,29 21 - Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Escolhei, e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a Páscoa. 22 - Então, tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lançai na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. 23 - Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém, quando vir o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir. 24 - Portanto, guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. 29 - E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. OBJETIVO GERAL - Saber que a libertação dos israelitas vislumbrava um plano divino maior: libertar e salvar a humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mostrar como se deu a instituição da Páscoa; Explicar a importância e o significado do cordeiro da Páscoa; Tratar a respeito da relevância e do significado do sangue do cordeiro na Páscoa. INTERAGINDO COM O PROFESSORNa lição de hoje estudaremos a respeito da instituição de uma das celebraç?es mais significativas e importantes para Israel: a Páscoa. DEUS desejava que os hebreus nunca se esquecessem desta importante data que marcaria um novo tempo, um tempo de libertação. Por isso a data fora santificada.
No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a DEUS por tão grande livramento, que foi a libertação e saída do Egito. Entretanto, a Páscoa comemorada ali no Egito apontava para o nosso Cordeiro Pascal, JESUS CRISTO. Ele é o Cordeiro de DEUS que morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. CRISTO nos livrou da escravidão do pecado e da condenação eterna, portanto, exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
PONTO CENTRALA libertação do povo israelita vislumbrava um plano divino maior para judeus e gentios.
Resumo da Lição 2, A Salvação na Páscoa Judaica I - A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA
1. O livramento nacional. 2. A libertação da escravidão. 3. A nova celebração judaica. II - O CORDEIRO DA PÁSCOA 1. O cordeiro no Antigo Testamento. 2. JESUS, o verdadeiro Cordeiro pascal. III - O SANGUE DO CORDEIRO 1. O significado do sangue. 2. O sangue do cordeiro pascal. 3. O sangue da Nova Aliança. SÍNTESE DO TÓPICO I - A Páscoa foi instituída por DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO II - O cordeiro da Páscoa apontava para JESUS, o Cordeiro DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO III - O sangue do cordeiro pascal apontava para o sacrifício perfeito do Cordeiro de DEUS. PARA REFLETIR - A respeito do único DEUS verdadeiro e a criação, responda:
O que significa a Páscoa para os judeus?Para o povo de Israel, a Páscoa representa o que o dia da independência significa para um país colonizado por uma metrópole. Mais ainda, essa magna celebração significa a verdadeira libertação experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual do povo para servir ao DEUS Criador.
Qual era o significado do sangue do cordeiro no Antigo Testamento?O sacrifício de animais era uma forma de lidar com os problemas do pecado, quando este destruiu a paz entre DEUS e a humanidade. O sacrifício era oferecido para expiação dos pecados do transgressor, em que este era perdoado e, mediante essa expiação, tinha a sua relação com DEUS restabelecida. O maior símbolo, e principal elemento desse ritual, era o sangue do animal sacrificado. Isso porque "sangue", na Bíblia, representa a vida; e a vida do animal, "derramada" no sacrifício, era o que restabelecia a paz entre DEUS e o ser humano.
O que significa Páscoa para a Igreja Cristã?Significa que uma Nova Aliança foi estabelecida por CRISTO mediante o seu sacrifício na cruz do Calvário.
Quais são os benefícios da Nova Aliança?O sangue da Nova Aliança deu acesso direto do ser humano ao trono da graça e autoridade exclusiva a JESUS como o único e verdadeiro mediador entre DEUS e os homens. Desse modo que CRISTO fez da Igreja um povo de verdadeiros sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da intimidade com DEUS, para interceder uns pelos outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança.
Com quais sentimentos devemos celebrar a Páscoa em nossos dias?Devemos celebrar a Nova Aliança manifesta em CRISTO JESUS com alegria e gratidão.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 72, p. 37. Resumo rápido do Pr. Henrique. INTRODUÇÃO A situação do povo hebreu, descendentes de Abraão, no Egito, era deplorável. Era o povo de DEUS na Terra. Viviam escravizados, maltratados, pobres e doentes. Depois que assumiu o governo do Egito um faraó que não conheceu José, a situação dos hebreus teve uma brusca mudança. Ainda a notícia de um libertador se espalhou e chegou aos ouvidos dos governantes. Imagine perder toda força de trabalho egípcia das construções, agricultura, etc..., de uma só vez. Era absurdo. Era preciso uma medida drástica. Faraó, então manda matar todo filho homem que nascesse descendente dos hebreus. A escravidão deste povo passa a ser penosa e a constante vigilância sobre eles foi instaurada. Feitores cruéis são colocados sobre eles e debaixo de açoites passaram a trabalhar duro. Assim clamaram a DEUS que se lembrou da promessa feita a Abraão. DEUS levanta, então, um profeta no meio de seu povo para libertá-los - Moisés. A Páscoa vai ser a passagem de volta para a Terra Prometida, a liberdade, a restauração financeira e da saúde física. O que essa páscoa tem a ver com nossa salvação? Isso veremos ao longo do estudo que iremos fazer nesta lição. I - A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA Salvação no AT tem a conotação de Livramento da escravidão, pobreza, doença, etc... 1. O livramento nacional. É dada a ordem a Moisés para transmitir ao povo o que fazer para receberem a liberdade tão sonhada - Obedecer a DEUS. Êxodo 12.21-24,29 21 - Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Escolhei, e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a Páscoa. 22 - Então, tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lançai na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. 23 - Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém, quando vir o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir. 24 - Portanto, guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. 29 - E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. -Para os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. DEUS é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “DEUS é um juiz justo, um DEUS que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 11 .4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas. Morreram todos os primogênitos do Egito, tanto de homens quanto de animais. -Para Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que CRISTO veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém, desde que obedecessem ao seu DEUS. Em sua celebração da Páscoa os judeus usam 3 pães quadrados, sem fermento. Um, dizem, é o de Abraão, outro o de Isaque e o terceiro, o de Jacó (Israel). Partem o pão de Isaque. Sem saberem partem aquele que simboliza CRISTO, que foi partido por nós. 2. A libertação da escravidão. -Por que o povo hebreu foi escravizado pelos egípcios?
E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Êxodo 1:8,9 E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza. Êxodo 1:13,14 22 Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida Êxodo 1:22 -MOISÉS MATA UM EGÍPCIO E FOGE PARA MIDIÃ Êxodo 2.15 Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço. -MOISÉS É CHAMADO POR DEUS NO MONTE HOREBE PARA LIBERTAR O POVO E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito. Êxodo 3:9,10 -MOISÉS É CAPACITADO POR DEUS PARA LIDERAR O ÊXODO Toma, pois, esta vara na tua mão, com que farás os sinais. Êxodo 4.17 -MOISÉS É TORNADO PORTADOR DO PODER DE DEUS QUE ENVIA DEZ PRAGAS SOBRE O EGITO. Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos.Êxodo 7:6 -A DÉCIMA PRAGA É DEFINITIVA PARA QUE FARAÓ LIBERE O POVO DE DEUS A SAIR DO EGITO. E o Senhor disse a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito; depois vos deixará ir daqui; e, quando vos deixar ir totalmente, a toda a pressa vos lançará daqui Êxodo 11.1. E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto. Êxodo 12:29,30 -ORDEM PARA COMEMORAÇÃO DA PÁSCOA PELOS HEBREUS Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações. Êxodo 12:42 Na Páscoa comeram do cordeiro e a situação geral mudou: E tirou-os para fora com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só fraco (ou doente). Salmos 105:37 Eram escravos - Ficaram, livres. TIROU-OS Eram Pobres - Ficaram ricos. COM PRATA E COM OURO Eram Doentes - Ficaram sarados. NÃO HOUVE UM SÓ FRACO OU DOENTE ENTRE ELES. 3. A nova celebração judaica. -Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Dt 6, a festa judaica contemporânea (chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado. Mas as famílias ainda se reúnem para a solenidade. Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo. -Essa festa, de acordo com Êxo. 12:15; 34:18; Lev. 23.6; Núm. 28:17 e Deu. 16:3, era celebrada desde o pôr-do-sol do décimo quarto dia do mês de Abibe (na primavera), que posteriormente recebeu o novo nome de Nisã. Visto que o dia para os judeus começa tradicionalmente ao pôr-do-sol, estritamente falando, essa festa começava no décimo quinto dia do mês. O primeiro e o sétimo dia eram dias santos plenos, onde ninguém podia fazer qualquer trabalho. As tradições judaicas posteriores adicionaram um dia a essa festa, perfazendo isso dois dias santos plenos, tanto no começo quanto no fim, e assim reduzindo a quatro, os meios-dias santos intermediários. Nas duas primeiras noites, ocorre a cerimônia do Seder, que se desenvolveu a partir da refeição pascal ensinada na Bíblia (ver Êxo. 12:8; Deu. 16:5-7). É então que toda a família se reúne. É cantado e lido o Haggadah, um texto ritual especial, que contém uma versão muito ornamentada da história do Êxodo, de mescla com certos salmos, cânticos religiosos, orações e bênçãos. Em seguida é consumida a refeição tradicional, que serve de memorial. Um osso torrado é posto sobre a mesa, simbolizando o cordeiro da páscoa, sacrificado e ingerido por cada família (ver Êxo. 12:3-11). II - O CORDEIRO DA PÁSCOA 1. O cordeiro no Antigo Testamento. -Animais foram mortos para cobrir a nudez de Adão e Eva (provavelmente cordeiros) - E fez o Senhor DEUS a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu. Gênesis 3:21 Abel ofereceu um cordeiro em seu lugar como oferta de si mesmo a DEUS. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Gênesis 4:4 -Abraão recebeu a ordem de substituir seu filho Isaque por um cordeiro. Abraão, levantando os olhos, viu atrás dele um cordeiro preso pelos chifres entre os espinhos; e, tomando-o, ofereceu-o em holocausto em lugar de seu filho. Gênesis 22:13 -Cordeiros eram imolados em sacrifícios a DEUS no AT e no período da lei não foi diferente. Eis o que sacrificarás sobre o altar: dois cordeiros de um ano em cada dia, perpetuamente. Êxodo 29:38 -DEUS exigiu o animal e de que forma este animal deveria ser apresentado, a tipologia era importante: O animal será sem defeito, macho, de um ano; Êxodo 12:5a 2. JESUS, o verdadeiro Cordeiro pascal. -Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo - JESUS. No dia seguinte, João viu JESUS que vinha a ele e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. João 1:29 o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo 1 Pedro 1:19 e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso DEUS, que está assentado no trono, e do Cordeiro. Apocalipse 7:10
Não vi nela, porém, templo algum, porque o Senhor DEUS Dominador é o seu templo, assim como o Cordeiro. Apocalipse 21:22
A cidade não necessita de sol nem de lua para iluminar, porque a glória de DEUS a ilumina, e a sua luz é o Cordeiro. Apocalipse 21:23
Mostrou-me então o anjo um rio de água viva resplandecente como cristal de rocha, saindo do trono de DEUS e do Cordeiro. Apocalipse 22:1
Não haverá aí nada de execrável, mas nela estará o trono de DEUS e do Cordeiro. Seus servos lhe prestarão um culto. Apocalipse 22:3 -O CORDEIRO DEVE SER SEM DEFEITO Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; Hebreus 7:26 -ERAM FEITOS SACRIFICIOS DIÁRIOS - JESUS OFERECEU UM ÚNICO E PERFEITO SACRIFÍCIO Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de DEUS, Hebreus 10.12 -CRISTO ENTROU NO CÉU COM O SACRIFÍCIO PERFEITO Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de DEUS; Hb 9:24 III - O SANGUE DO CORDEIRO A PÁSCOA E JESUS CRISTO. Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de JESUS CRISTO. O NT ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de JESUS CRISTO. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco. - O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de DEUS. DEUS tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de CRISTO nos vem através da maravilhosa graça de DEUS (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5). - O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de CRISTO na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de DEUS contra o pecado (12.13, 23, 27; Hb 9.22). - O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de CRISTO em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25). Paulo expressamente chama CRISTO nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7). - O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de CRISTO, o perfeito Filho de DEUS (Jo 8.46; Hb 4.15). - Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24). - A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7, 13). A salvação mediante o sangue de CRISTO se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26). - O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver 13.7; Mt 16.6 - esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver 12.15). Semelhantemente, o povo redimido por DEUS é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a DEUS. 1. O significado do sangue. Sangue é vida. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. Só se compra vida com vida. Sangue compra vida, pois sangue é vida. O sangue de CRISTO (1 Co 5.7; Rm 5.8,9). No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de JESUS derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. 2. O sangue do cordeiro pascal. Sangue nas ombreiras e vergas das portas indicava substituição de vidas. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de CRISTO substituiu a humanidade desviada de DEUS (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de DEUS em seu Cordeiro Pascal, JESUS CRISTO. 3. O sangue da Nova Aliança. -O sangue de JESUS fala melhor do que o de Abel. -Tanto o sumo sacerdote que oferece o sangue no propiciatório quanto o sangue de animais são inferiores, mas nossos sumosacerdote e seu sanguer são superiores e são oferecidos no altar de DEUS, no céu. Sacerdote tinha que oferecer sacrifício por si próprio, pois era pecador. Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Hebreus 7:27 -Sangue de animais com pouquíssima eficiência e sem valor pois não escolhiam morrer. J-ESUS é sacerdote perfeito, pois nunca pecou. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15 -Sangue de JESUS dado por livre e espontânea vontade - sangue humano. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. João 10:15 - Por que só os batizados participam da Santa Ceia?
Batismo é sinal de morte com CRISTO e ressurreição, também com CRISTO, para uma nova vida. JESUS só levou discípulos para a ceia. Por isso só os batizados nas águas ceiam. Olha que mesmo levando só discípulos havia um diabo entre eles. JESUS mesmo o havia escolhido para ser discípulo. Havia lhe confiado o dinheiro do grupo. O amou a ponto de lhe dar comida na boca.
Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17 NOVA LAIANÇA, PACTO, TESTAMENTO. E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar. Hebreus 8:13. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Hebreus 8:6. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. 1 Coríntios 11:25.Conclusão PÁSCOA, LEI - são ordenanças passadas que eram figuras, símbolos da verdadeira salvação efetuada por JESUS CRISTO em nosso favor. Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque CRISTO, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 1 Coríntios 5:7 Páscoa para Hebreus e Santa Ceia para crentes salvos. Páscoa saída do Egito, lembrança da libertação (salvação dos hebreus). Santa Ceia lembrança da saída do pecado através do sacrifício de JESUS, (Salvação eterna nossa e de todos que crerem). Vivamos uma nova vida em CRISTO JESUS, o nosso Salvador e Senhor. À igreja de DEUS que está em Corinto, aos santificados em CRISTO JESUS, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor deles e nosso: 1 Coríntios 1:2 COMENTÁRIOS DE ALGUNS LIVROS
Lição 4 - A Celebração da Primeira Páscoa - LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos - Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual - Data: 26 de Janeiro de 2014
A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA
TEXTO ÁUREO
[...] Porque CRISTO, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7b).
VERDADE PRÁTICA
CRISTO é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.5 Um cordeiro sem mácula deveria ser morto
Terça - Êx 12.7 Sangue foi aspergido nas portas
Quarta - Êx 12.29-33 Morte nas famílias egípcias
Quinta - Jo 1.29 O Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo
Sexta - 1 Jo 1.7 O sangue purificador do Cordeiro de DEUS
Sábado - Hb 11.28 Pela fé, Moisés celebrou a Páscoa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 12.1-11
1 - E falou o SENHOR a Moisés e a Ar ao na terra do Egito, dizendo: 2 - Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
4 - Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras
6 - e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
7 - E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão.
9 - Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.
10 - E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até peia manhã, queimareis no fogo.
11 - Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.
INTERAÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja — a Páscoa. DEUS queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a DEUS por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é CRISTO. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. CRISTO nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.
Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.
Conscientizar-se de que CRISTO é a nossa Páscoa.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: “O que significa a palavra Páscoa?” Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa “passar por”. Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe (março/abril).
Utilizando o quadro da página seguinte, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de CRISTO, o nosso Cordeiro Pascal.
PALAVRA-CHAVE
Páscoa: Uma das mais importantes festas do povo hebreu em que comemoravam a saída do Egito.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que DEUS poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”.
Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seus significados para nós, cristãos.
I - A PÁSCOA
1. Para os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. DEUS é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “DEUS é um juiz justo, um DEUS que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 11 .4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.
2. Para Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que CRISTO veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.
3. Para nós. Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de DEUS, mas CRISTO, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1 Co 5.7).
Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em CRISTO. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de DEUS pelo mundo inteiro (Jo 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em CRISTO.
II - OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão. Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que JESUS utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. JESUS se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de CRISTO, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de CRISTO foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1 Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de CRISTO que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.
III - CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. JESUS, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51). Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por JESUS. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.3 5). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nadal pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com DEUS (2 Co 5.19).
2. O sangue de CRISTO (1 Co 5.7; Rm 5.8,9) No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de JESUS derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios.
O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de CRISTO substituiu a humanidade desviada de DEUS (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de DEUS em seu Cordeiro Pascal, JESUS CRISTO.
3. A Santa Ceia. A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de CRISTO por nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1 Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de DEUS e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor JESUS CRISTO em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de DEUS (1 Co 11.27-32).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de CRISTO por nós e um alerta quanto à sua vinda.
CONCLUSÃO
DEUS queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a DEUS por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é CRISTO. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. CRISTO nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“O propósito de DEUS em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em DEUS’ (Ef 3.9); [...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo’ (1 Pe 1.20).
CRISTO é a nossa Páscoa (1 Co 5.17). Ele é o Cordeiro de DEUS Co 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). CRISTO cumpriu essa exigência (1 Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como CRISTO foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de CRISTO foi partido Oo 19.33-36)” (COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p.42).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 1 2.43-49). A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de Israel (v. 47); os escravos (v. 44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v. 48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v. 43), pagão e incrédulo; o viajante (v. 45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v. 45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (1 2.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (1 2.43-49) foram passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2007, pp. 191-92).
A PÁSCOA - BEP - CPAD
Êx 12.11 “Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.”
CONTEXTO HISTÓRICO.
Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado “judeus”) celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira santa).
Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, DEUS decidiu libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo (3 — 4). Em obediência ao chamado de DEUS, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo.” Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés, mediante o poder de DEUS, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. DEUS mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (12.12).
Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (12.4). Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hb. pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”). Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. DEUS ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distingüir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de DEUS,” que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).
Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (12.11). A ordem recebida era para assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (12.29-36).
A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA.
A partir daquele momento da história, o povo de DEUS ia celebrar a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celabração seria “estatuto perpétuo” (12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada Páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas. Mais importante: recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão ao Faraó.
Assim, de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito (ver 12.26 nota). Uma vez construído o templo, DEUS ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Dt 16.1-6). O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa (2Cr 30.1-20; 35.1-19; 2 Rs 21.23; Ed 6.19-22).
Nos tempos do NT, os judeus observavam a Páscoa da mesma maneira. O único incidente na vida de JESUS como menino, que as Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos de idade, para a celebração da Páscoa (Lc 2.41-50). Posteriormente, JESUS ia cada ano a Jerusalém para participar da Páscoa (Jo 2.13). A última Ceia de que JESUS participou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma refeição da Páscoa (Mt 26.1, 2, 17-29). O próprio JESUS foi crucificado na Páscoa, como o Cordeiro pascoal (cf. 1Co 5.7) que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle crêem.
Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Dt 6, a festa judaica contemporânea (chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado. Mas as famílias ainda se reunem para a solenidade. Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo.
A PÁSCOA E JESUS CRISTO.
Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de JESUS CRISTO. O NT ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de JESUS CRISTO. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.
- O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de DEUS. DEUS tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de CRISTO nos vem através da maravilhosa graça de DEUS (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).
- O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de CRISTO na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de DEUS contra o pecado (12.13, 23, 27; Hb 9.22).
- O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de CRISTO em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25). Paulo expressamente chama CRISTO nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7).
- O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de CRISTO, o perfeito Filho de DEUS (Jo 8.46; Hb 4.15).
- Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24).
- A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7, 13). A salvação mediante o sangue de CRISTO se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26).
- O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver 13.7; Mt 16.6 - esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver 12.15). Semelhantemente, o povo redimido por DEUS é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a DEUS.
PÁSCOA (Dicionário Teológico)
- [Do hb. pesah, passagem] Festa com que os israelitas comemoram a saída do Egito, e a passagem à liberdade e à comunhão plena com DEUS (Êx 12.1-18). E o acontecimento mais importante do Antigo Testamento. Foi a partir daí que a história da salvação começou a ser esboçada com cores mais fortes.
Cordeiro (Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento)
כבש kebes
כבשה kibsah כבשׁה or kabsah
CORDEIRO
kebes (כבש); “cordeiro, cabrito”. O cognato acadiano deste substantivo significa “cordeiro”, ao passo que o cognato árabe significa “carneiro novo”. A palavra aparece 107 vezes no Antigo Testamento hebraico, e especialmente no Pentateuco.
O kebes é um “cordeiro” que quase sempre é usado para propósitos sacrificiais. O primeiro uso em Êxodo pertence à Páscoa: “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras” (Êx 12.5). A palavra gedi, “cabrito”, é sinônimo de kebes: “E morará 0 lobo com o cordeiro [kebes], e o leopardo com o cabrito [gedí] se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará” (Is 11.6). No hebraico, a palavra kebes é masculina, ao passo que kibsah, “cordeira”, é feminina: “Pôs Abraão, porém, à parte sete cordeiras do rebanho” (Gn 21.28).
A Septuaginta dá as seguintes traduções: amnos (“cordeiro”); probaton (“ovelha”); e amos (“cordeiro”).
PÁSCOA - Dicionário Biblia Almeida - Festa em que os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito (Êx 12.1-20; Mc 14.12). Cai no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). Em hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS era um prolongamento da Páscoa (Dt 16.1-8).
PÁSCOA - Dicionário Strong Português
πασχα pascha - de origem aramaica, 1) sacrifício pascal (que era comum ser oferecido por causa da libertação do povo do Egito)2) cordeiro pascal, i.e., o cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de Nisã (o primeiro mês do ano para eles) em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por DEUS a matar e comer um cordeiro, e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas; CRISTO crucificado é comparado ao cordeiro pascal imolado
3) ceia pascal
4) festa pascal, festa da Páscoa, que se estende do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã
Mês Abibe - Strong Português - Mês Abibe אביב ’abiyb1) fresco, espigas novas de cevada, cevada
2) mês da formação da espiga, época da colheita Abibe, mês do êxodo e da páscoa (março ou abril) PÁSCOA - Strong Português - פסח pecach - grego ðáó÷á
1) páscoa
1a) sacrifício da páscoa
1b) vítima animal da páscoa
1c) festa da páscoa PÁSCOA (Dicionario Davis) Festa da primavera originalmente consagrada à Eastra ou Ostra, divindade teutônica, deusa da luz e da primavera. Este vocábulo veio a designar a festa cristã da ressurreição, desde o século oitavo por via dos anglo-saxônios. Encontra-se uma vez em Atos, 12: 4, porém a tradução não é correta. A palavra original é Paschoa, vocábulo grego que significa Páscoa. PÁSCOA 1 - Dicionário - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Esta palavra aparece várias vezes na Bíblia Sagrada. Porém na versão KJV em inglês ela aparece apenas uma vez (Act 12.4). É usada como tradução do termo grego pascha, que é corretamente traduzido como “páscoa" nas passagens onde consta no Novo Testamento. A palavra “Páscoa" em inglês (“Easter”) é derivada do nome de uma deusa teutônica da primavera, “Eastre", e foi adaptada pelos cristãos ao uso atual aprox, no século VIII d.C. Festa instituída por DEUS para Israel, na época do Êxodo, para celebrar a noite em que o Senhor Jeová poupou todos os recém nascidos primogênitos dos israelitas e matou todos os primogênitos dos egípcios (Ex 12.1-30,43-49). A palavra hebraicapesah (do gregopascha) tem uma origem incerta. G. E. Mendenhall a relaciona com a palavra acadiana pashu, que consta na carta Amarna 74.37 para descrever a paz ou a segurança que resulta do estabelecimento de uma aliança (BASOR, #133 [1954], p. 29). B. Couroyer sugere que este termo é uma transliteração de duas palavras egípcias p3 sh, “le eoup” (o gelpe, a pancada), e que ele refere-se ao golpe infligido pelo Senhor à terra do Egito na décima praga. Ele acredita que a expressão egípcia foi colocada ao lado de uma raiz hebraica composta pelas mesmas consoantes, pasah, que significa saltar ou passar (por cima) como em 1 Reis 18.26. Devido à sua conexão com a isenção dos primogênitos de Israel, pesah veio a ter o sentido da misericordiosa intenção de Jeová ao passar por cima das casas que foram marcadas com sangue (“L’origine égyptienne du mot ‘Pâque’”, Revue Biblique, LXII [1955], 481-496). O verbo pasah ocorre em Êxodo 12.13,23,27, onde obviamente significa que o Senhor pulou ou saltou por cima e, desse modo, poupou as casas israelitas quando feriu os egípcios (Outro verbo com os mesmos radicais significa mancar ou ser manco; 2 Samuel 4.4.) A outra única ocorrência, no sentido de poupar ou proteger, está em Isaías 31.5, onde pasah está em um paralelo com outros três verbos que sigpíficam *proteger”, "libertar” e *salvar”. E possível que em Isaías o significado possa ter sido estabelecido pelo uso em Êxodo 12 e não por refletir o significado original da raiz. Portanto, não se pode afirmar que o substantivo pesah deriva ou não do verbo pasah, que originalmente significava passar por cima. Quanto à observação cerimonial da festa da Páscoa no AT. Veja Festividades; Sacrifícios; Adoração. No AT, é feita uma referência à celebração da primeira Páscoa por Moisés, com a aspersão de sangue para que os primogênitos israelitas não fossem tocados (Hb 11.28). Existem muitas outras referências a festas da Páscoa durante a vida do Senhor JESUS. Ainda criança, todos os anos Ele era levado por seus pais a Jerusalém para a Festa da Páscoa (Lc 2.41). No quarto evangelho, três Páscoas são definitivamente mencionadas durante o ministério do Senhor JESUS (Jo 2.13,23; 6.4; 11.55; 12.1; 18;1; 18.28,39; 19.14) e acredita-se que a festa mencionada em João 5.1 seria a quarta Páscoa. Na época de CRISTO, o cordeiro pascal (geralmente um cordeiro ou cabrito de um ano, mas veja Êxodo 12.5) era ritualmente sacrificado na área do Templo. Essa refeição, no entanto, podia ser comida em qualquer casa da cidade. Um grupo comunitário, como o de JESUS e seus discípulos, podia celebrar a Páscoa em conjunto, com se formasse uma unidade familiar. Cerca de 120.000 a 180.000 judeus compareciam a Jerusalém para essa e outras festas anuais, sendo que a grande maioria deles era formada por peregrinos vindos de países da Diáspora (J. Jeremias, Jerusalém in the Time of JESUS, Filadélfia. Fortress, 1969, pp. 58-84). Depois da destruição do Templo no ano 70 d.C., as provisões para o sacrifício de um animal, sob a forma de um ritual, cessaram totalmente e a Páscoa dos judeus passou a ser uma simples cerimônia familiar, uma refeição sem derramamento de sangue. Atualmente, apenas os samaritanos (q.v.), em sua cerimônia anual da Páscoa no monte Gerizim, sacrificam cordeiros ou cabritos visando cumprir a ordem deÊxodo 12. Uma última passagem do NT desenvolve claramente o significado tipológico da Páscoa e da Festa dos Pães Asmos para o cristão. Paulo conclama os Coríntios a eliminar o fermento da malícia e da iniqüidade, e observar diariamente a festa “porque CRISTO, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Dessa forma, Paulo declara diretamente que CRISTO é o “nosso Cordeiro pascal”, conforme o pronunciamento de João Batista de que JESUS é “o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Devido a estas passagens, e a ensinos semelhantes, a Igreja primitiva veio a entender que a Ceia do Senhor (q.v.) substitui completamente a celebração da Páscoa.J.R. CEIA DO SENHOR Dicionário Bíblico Wycliffe O termo mais comumente usado pelas igrejas da Reforma para o tomar do pão e do vinho de acordo com a instituição ae CRISTO. Outros nomes significativos são; santa comunhão e Eucaristia. A Ceia do Senhor, junto com o batismo, é uma das duas ordenanças ou sacramentos propostos pelo próprio Senhor. É observado, portanto, por todos os corpos cristãos, exceto por alguns grupos como os Quakers. Até mesmo ua teologia católica romana, com seus sete sacramentos, dá-se prioridade ao batismo e à Ceia do Senhor. Significado. A origem da Ceia do Senhor é relatada nos Evangelhos Sinóticos (Mt 26.26- 29; Mc 14.22-25; Lc 22.14-20) e em 1 Coríntios 11.23-26, Uma atenção particular deve ser dada ao cenário pascal e de aliança. O apóstolo Paulo claramente declara que CRISTO, a nossa Páscoa (gr. pascha), foi sacrificado (1 Co 5.7). João Batista havia anteriormente identificado JESUS como o verdadeiro Cordeiro de DEUS (Jo 1.29), antecipando que o seu corpo partido e o seu sangue derramado seriam oferecidos para a redenção de seu povo. No cenáculo, CRISTO apresentou os novos símbolos - o pão e o vinho - como uma lembrança de sua morte sacrificial, que deve ser comemorada na comunhão dos crentes. Além disso, a obra pascal de CRISTO é o cumprimento da aliança Divina de redenção. Veja Aliança. O comer e beber juntos tem o significado de uma refeição de aliança na qual as duas partes tinham comunhão e prometiam lealdade uma à outra (cf. Gn 26.28- 30; 31.44,46,54; Êx 24.1-11). A nova aliança entre o Senhor e o seu povo (Jr 31.31-34) foi assim ratificada pelo nosso Senhor na refeição de comunhão antes de sua morte. Ao instituir a ceia de comunhão, o Senhor JESUS enfatizou os aspectos messiânicos e escatológicos da refeição da Páscoa. Nesta festa, judeus piedosos aguardavam ansiosos um outro livramento como aquele do Egito (cf. Is 51.9-16). Agora é o Messias que veio em pessoa para esta festa pascal, tomando o cálice do juízo e da salvação que significa livramento para o povo de DEUS. Contudo, a refeição também prevê o banquete messiânico final (Is 25.6; cf. Lc 14.15-24), quando a obra Divina de salvação for consumada e houver um cumprimento da completa comunhão com o Senhor (Mt 26.29). Embora João não forneça um relato sobre a Ultima Ceia, há pouca düvida de que o milagre de alimentar a multidão na época da Páscoa, e o discurso resultante (Jo 6), provejam o entendimento do significado sacramental da Ultima Ceia. CRISTO é aqui o verdadeiro pão prefígurado pelo maná do tempo de Moisés (Jo 6.31-35,48-51). O Senhor JESUS deu a sua vida por nós, para que a vida eterna seja alcançada pela participação nele (w. 40,47,51-58). Isto só é possível, porém, no ESPÍRITO e pela fé salvadora em resposta à sua palavra (v. 63). Aplicando este simbolismo ao seu corpo partido e ao seu sangue derramado, temos uma pista sobre o correto uso e entendimento da ceia. A Ceia do Senhor representa a realidade da auto-oferta de CRISTO. O sacrifício em si não é repetido. Antes, ele é recordado, e concede a garantia de que o próprio DEUS tem se lembrado de seu povo em cumprimento à promessa da aliança. Nenhuma nova expiação é feita, por exemplo, para a culpa temporal do pecado pós-batismal, ou para ofensas contra a igreja, como o romanismo afirma. O sacrifício único de CRISTO não necessita nem de repetição nem de suplementação; e a noção de que o sacrifício eucarístico gera a eficácia repetitiva do restabelecimento da oferta única, é uma teologização infundada. O sinal traz este sacrifício único vividamente diante de nós em uma ação. Ele transpõe a barreira do tempo e fornece um sinal ativo da nossa participação na morte de CRISTO. Como o batismo, a ceia é, portanto, uma pregação do Evangelho, “uma palavra visível” (Agostinho). Entretanto, ela não funciona de uma forma mágica, A sua força vem do ESPÍRITO, a partir de seu significado. Portanto, a sua celebração deve ser acompanhada pela declaração de seu significado na Palavra lida e pregada. Sua função específica é enfatizai a historicidade do que ocorreu, e a sua atual relevância. Conseqüentemente existe ação em ambos os lados. A ação Divina é lembrada e apresentada, a exigência do Evangelho para uma participação humana e viva é cumprida. Sem a Palavra, a ação se degeneraria em mágica, como na Idade Média, quando a PalavTa permaneceu somente em uma mera fórmula, aproximando-se de uma conjuração. Por outro lado, sem a ação, a Palavra poderia bem envolver a abstração intelectualista na qual o Evangelho é apenas um sistema, a fé apenas uma concordância intelectual e talvez uma experiência emocional compensatória, e o sacramento apenas uma ordenança supérflua a ser cumprida simplesmente porque foi ordenado. Na Ceia do Senhor, a ênfase Tecai na contínua importância do que foi feito uma vez, isto é, a manutenção da comunhão e do crescimento de cada cristão. Note a pergunta de Paulo: “Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?” (1 Co 10.16). Existe uma grande importância ligada a tomar e comer. Por esta razão, não faz sentido negar a participação no pão e no vinho aos leigos, como na doutrina católica romana. Tal atitude pode ser classificada como uma arbitrariedade. Um erro de algumas igrejas protestantes é a ministração da Santa Ceia com pouca freqüência, em contraste com a ministração regular que ocorria na igreja primitiva. A participação envolvida é uma participação pela fé (Jo 6.35). Desse modo, o comer físico não é a garantia da alimentação espiritual genuína por CRISTO, ou de nossa comunhão com Ele. Os sacramentos não podem ser utilizados como instrumentos que têm a finalidade de controlar a operação Divina. Se eles são meios da graça, a graça em si é o favor gratuito e soberano de DEUS para separar indivíduos em JESUS CRISTO. Portanto, não é necessário tomar o pão e o vinho para receber a CRISTO e seus benefícios. Nem devemos dizer com base em 1 Coríntios 11.29 (“o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação”) que o descrente que participa desta preciosa celebração recebe a CRISTO, mas para a perdição. Isto é impensável: a expressão “sem discernir” não consta nos melhores manuscritos gregos. Por outro lado, com uma fé genuína, pode-se ter uma genuína expectativa de uma genuína alimentação da nova vida através do poder do ESPÍRITO. O sacramento não é uma mera observância com efeitos psicológicos apenas, Mas por sua proclamação evangelística, ele pode ser usado pelo ESPÍRITO para fortalecer a fé, para evocar o amor, para promover a santificação, para confirmar a comunhão com o Senhor e com os irmãos cristãos. A participação implicava em comunhão. Isto então levanta a questão da presença de CRISTO. Obviamente CRISTO estava presente em seu corpo encarnado na ceia original. Ele também estava presente em seu corpo ressurrecto nas refeições posteriores à ressurreição. Por outro lado, Ele não tem estado presente desde a sua ascensão desta forma, pois Ele está agora à destra do Pai até o dia de sua segunda vinda. Isto significa que JESUS está ausente? Isto significa que temos comunhão somente em um sentido mental ou abstrato ou derivativo? Esta pergunta tem sido uma fonte de confusão em muitos círculos e, portanto, requer atenção. E praticamente inconcebível que CRISTO esteja inteiramente ausente, pois Ele diz claramente. “Isto é o meu corpo”, e é a Ele que celebramos, e é com Ele que temos comunhão. Contudo, é obviamente contrário à correta interpretação bíblica enxergar uma presença semelhante à da sua vida encarnada, ou àquela dos 40 dias. Bestam três alternativas: Na primeira, podemos tentar dividir CRISTO, por exemplo, em essência e outras partes, como na transubstanciação (a Opinião católica romana de que a hóstia e o vinho se tornam literalmente o corpo e o sangue de CRISTO), ou em Divindade e humanidade, ou talvez em espírito e corpo, manifestando a presença do primeiro aspecto mas não do segundo. Especialmente na forma da transubstanciação, este procedimento é especulativo, obscuro, não bíblico e tem uma conotação perigosa. Como uma segunda alternativa, podemos tentar conceber a presença do Senhor apenas de um modo místico, subjetivo ou figurativo. Este argumento é igualmente desprovido de um fundamento bíblico seguro, e ameaça dissolver a realidade de DEUS e a sua ação atual. Como uma terceira alternativa, podemos aceitar o que parece ser o ensino claro das Escrituras, que CRISTO está presente agora com o seu povo através do ESPÍRITO SANTO, a terceira Pessoa da Trindade. Desse modo, CRISTO é certamente o Anfitrião em sua mesa. Ele se oferece como o sustento permanente de seu povo. Temos comunhão com Ele, e nele também temos comunhão uns com os outros. Mas não somos enganados por um falso “literalismo” nem por um “subjetivismo” igualmente falso. A realidade e o mistério de sua presença são a realidade e o mistério do ESPÍRITO. Cumprindo o seu significado de aliança, a Ceia do Senhor tem um outro aspecto. A nossa participação no Senhor e em sua obra implica em uma resposta de ação de graças e autodedicação, um sacrifício bíblico de louvor. Ela expressa tanto a glorificação a DEUS pelo cjue Ele tem feito, como também o compromisso a que Ele nos conclama. É uma alegre festa de amor na qual o amor de CRISTO por nós evoca, confirma e exige o nosso amor por Ele também uns pelos outros. A proclamação do Evangelho leva consigo a obrigação evangélica ae serviço a DEUS, e de serviço aos irmãos que são suplicantes e beneficiários comuns de sua mesa farta e generosa. O antegozo do banquete celestial, pelo qual somos “elevados” no ESPÍRITO até à presença de DEUS, estimula a busca da esperança que vem do alto. Não devemos depositar as nossas afeições nas coisas do mundo, mas crer, amar e trabalhar como aqueles que aguardam as bodas finais do Cordeiro, quando a ceia não será mais necessária. Quando esta riqueza de significado é revelada na Palavra, e quando a relevância da Palavra é demonstrada pelo ato de resposta pessoal, a Ceia do Senhor pode ser realmente um verdadeiro meio de graça. Através da refeição sagrada, a obra salvadora de CRISTO é mais uma vez apresentada, experimentamos o gozo de sua comunhão permanente e sustentadora no ESPÍRITO, e somos confirmados em nossa vida cristã assim como o nosso comprometimento com o serviço cristão em fé, amor e esperança. G. W. B. Data. Os estudiosos cristãos, geralmente, aceitam a opinião tradicional de que o dia da crucificação foi uma sexta-feira, porque o dia seguinte foi o sábado (Mc 15.42; Lc 23.54; Jo 19.31), e também porque as mulheres visitaram o sepulcro no dia seguinte ao sábado, o primeiro dia da semana ou domingo (Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; Jo 20.1). Assumindo que a sexta-feira foi o dia da morte de CRISTO, o problema é tentar determinar se a Ultima Ceia foi ou não uma refeição pascal. Os Evangelhos Sinóticos afirmam que a refeição que JESUS e seus discípulos comeram na noite de quinta-feira era a Páscoa (Mt 26.17-20; Mc 14.12-17; Lc 22.7-16). No entanto, alguns entendem que, de acordo com João, a refeição pascal dos judeus teria ocorrido na noite de sexta-feira, após a morte e sepultamento de CRISTO. Existem basicamente dois argumentos para esta opinião: (1) João (19.14) afirma que o dia do julgamento e execução de JESUS foi o dia da “preparação” da Páscoa, sugerindo que a Páscoa aconteceria no dia seguinte. O termo “preparação” tanto nos Sinóticos (Mt 27.62; Mc 15.42; Lc 23.54) como em João (19.31,42), faz freqüentemente uma referência ao dia anterior ao sábado, isto é, à sexta- feira. Então, na passagem presente, a “preparação da Páscoa” pode simplesmente ser interpretada como “sexta-feira da semana da paixão”. (2) O texto em João 18.28 afirma que os acusadores judeus de JESUS “não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa”. Como conclusão, poderiamos entender que os Sinóticos apresentam o quadro de que a Ultima Ceia foi a refeição aa Páscoa, ao passo que João dá a idéia de que a Páscoa só foi celebrada pelos judeus após a morte e sepultamento de JESUS. Vale a pena considerar uma alternativa de acordo com a qual o Senhor JESUS e os seus discípulos teriam comido a refeição da Páscoa antes da maioria dos judeus, e esta bem pode ser a resposta para a questão. Existem várias abordagens dentro desta solução básica. Alguns entendem que JESUS organizou uma refeição pascal mais cedo, porque previu que a sua morte ocorrería na hora do sacrifício da Páscoa oficial. Outros pensam que JESUS e seus discípulos seguiram o calendário de Qumran, e comeram a sua Páscoa na noite de quinta-feira (FLAP, p. 297), enquanto a corrente principal do judaísmo comeu na sexta-feira. Com respeito a estas duas opiniões, porém, é difícil entender por que os sacerdotes no templo teriam matado um cordeiro especialmente para os discípulos de JESUS antes da hora oficial. Finalmente, outros pensam que os galileus e/ou os fariseus comiam a Páscoa na noite de quinta-feira (Nisan 14) e os judeus e/ou os saduceus comiam a Páscoa na noite de sexta-feira. Desse modo, o Senhor JESUS e os seus discípulos estariam entre aqueles que comeram a Páscoa na quinta-feira. Visto que um grande nümero de pessoas estaria comendo a Páscoa na noite de quinta-feira, os sacerdotes os proveríam (como em outros anos) com um sacrifício pascal mais cedo. Marcos (14.12) diz literalmente: “quando se fazia o sacrifício [gr. ethuon, tempo verbal imperfeito) do cordeiro pascal” - ou, como em outras versões, “quando sacrificavam a Páscoa” - os discípulos de JESUS lhe perguntaram onde deveriam fazer os preparativos para comerem a Páscoa. H. W. H. ABIBE (Wycliffe) 1. Espigas novas de cevada (do hebraico, Ex 9.31; Lv 2.14) maduras, mas ainda macias, comidas raladas ou assadas (KB). 2. Esse nome cananita foi dado ao mês (mar- ço-abril) em que a cevada amadurecia. Também era chamado de “princípio dos meses* (Êx 12.2) e “mês primeiro” (Lv 23.5) da vida nacional de Israel. Ano após ano, Abibe simbolizava a presença do Senhor nos eventos do Êxodo lembrados com os rituais da Festa dos Pães Asmos (Êx 13.4; 23.25; 34.18) e da Páscoa (Dt 16.1) e que ocorriam durante esse mês. Abibe equivale ao Nisan babilônico, nome pelo qual o mês era chamado depois do Cativeiro (Ne 2.1; Et 3.7). Nâo está claro se a distinção feita por Josefo entre os anos rituais e civis, começando respectivamente na primavera (Nisan) e outono (Tisri), têm uma origem anterior ou posterior (Jos. Ant. i.3.3). PÁSCOA - Dicionario Champlin - Russell Norman Champlin - CPAD Esboço: I. Caracterização Geral II. Palavras Associadas à Páscoa III. Associações e Desenvolvimentos Históricos IV. Principais Símbolos e Lições Envolvidos V. A Última Ceia: A Páscoa Cristã I. Caracterização Geral A palavra portuguesa «páscoa» é usada para designar a festa dos judeus que, no hebraico, é chamada pasach, que significa «saltar por cima», «passar por sobre». Pesaoh é a forma nominal da palavra. Esse nome surgiu em face da tradição de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, «passou por sobre» as casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, quando eie matou os primogénitos dos egípcios (ver Êxo. 12:21 e ss). Essa foi a última das pragas que se tornaram necessárias para convencer o Faraó de permitir que Israel saísse do Egito, após séculos de escravidão naquele país. Portanto, a páscoa assumiu o sentido de livramento e o próprio êxodo foi a concretização dessa libertação. Em face do cordeiro pascal, sacrificado na ocasião, o evento veio a ser integralmente associado à idéia de expiação, embora não fosse essa a sua intenção original. É provável que tal sacrifício já fosse de uso comum, mas foi então utilizado com esse significado especial. Alguns estudiosos crêem que a festa original era pastoril nos seus primórdios, e que o seu nome, «saltar por cima», aludia a como as ovelhas costumam saltar por cima de coisas, quando brincam. Seja como for, a festa (se é que realmente existia antes de sua associação com o êxodo) veio a ser associada a esse evento. Na terra de Canaã a festa veio a ser unida à festa agrícola dos pães asmos. Continua sendo celebrada durante sete ou oito dias, desde o décimo quarto dia do primeiro mês (Nisã), como memorial da libertação dos hebreus da servidão no Egito. Essa festa, de acordo com Êxo. 12:15; 34:18; Lev. 23.6; Núm. 28:17 e Deu. 16:3, era celebrada desde o pôr-do-sol do décimo quarto dia do mês de Abibe (na primavera), que posteriormente recebeu o novo nome de Nisã. Visto que o dia para os judeus começa tradicionalmente ao pôr-do-sol, estritamente falando, essa festa começava no décimo quinto dia do mês. O primeiro e o sétimo dia eram dias santos plenos, onde ninguém podia fazer qualquer trabalho. As tradições judaicas posteriores adicionaram um dia a essa festa, perfazendo isso dois dias santos plenos, tanto no começo quanto no fim, e assim reduzindo a quatro, os meios-dias santos intermediários. Nas duas primeiras noites, ocorre a cerimónia do Seder, que se desenvolveu a partir da refeição pascal ensinada na Bíblia (ver Êxo. 12:8; Deu. 16:5-7). É então que toda a família se reúne. É cantado e lido o Haggadah, um texto ritual especial, que contém uma versão muito ornamentada da história do Êxodo, de mescla com certos salmos, cânticos religiosos, orações e bênçãos. Em seguida é consumida a refeição tradicional, que serve de memorial. Um osso torrado é posto sobre a mesa, simbolizando o cordeiro da páscoa, sacrificado e ingerido por cada família (ver Êxo. 12:3-11). A Dupla Significação. 1. A redenção dos judeus da servidão no Egito, como uma questão histórica, que envolve, naturalmente, muitas implicações e símbolos morais e religiosos. Deve-se incluir aí o pão sem fermento. Esse pão é chamado matzoth. Em memória dos sofrimentos de Israel no Egito, são comidas ervas amargas (no hebraico, maror), que fazem parte do Seder. Todo fermento é removido dos lares israelitas.2. Festa da Natureza. A páscoa incluía uma festa agrícola que envolvia as primícias (ver Lev. 23:10) oferecidas ao templo, em Jerusalém, em tempos posteriores. Essa era uma das três grandes festividades requeridas a todos os hebreus do sexo masculino, que deveriam reunir-se em Jerusalém. II. Palavras Associadas à Páscoa Pesach, «passar por sobre», «saltar por cima». Uma possível alusão a uma antiga festa de origem pastoril, além de ser uma referência direta ao anjo da morte, que passou por sobre os filhos de Israel, mas destruiu todos os primogénitos do Egito. Abibe (vem de aviv = primavera), uma referência a essa estação do ano, bem como o nome do mês em que esse evento comecava; mais tarde esse mês chamou-se Nisã. Esse tornou-se o primeiro dos meses do calendário judaico, em honra àquele momentoso acontecimento, o começo da nação de Israel. Matzoth, os pães sem fermento, ou pães asmos, associados à páscoa. Muitos eruditos acreditam que a Páscoa e a festa dos Pães Asmos eram, originalmente, festas separadas, mas que acabaram associadas, e então celebradas como se fossem uma só. O Novo Testamento combina as palavras distintas, pascha, «páscoa», e ta adzuma, «pães asmos», em uma úrica referência (ver Mat. 26:2,17; Luc. 2:41; 22:1). Entretanto, o evangelho de João emprega somente pascha. Ver exemplos disso em João 2:13,23; 6:4; 11:55, etc. Josefo combinou os termos ao referir-se a uma única celebração (Anti. 14:2,1; Guerras 5.3,1; 6.9,3). Seder, a ingestão de ervas amargas (no hebraico, Maror = amargo), para que os israelitas se lembrassem de quão amargos tinham sido a escravidão e os sofrimentos no Egito. Haggadah (vide), a literatura embelezada empregada para o ritual da páscoa. III. Associações e Desenvolvimentos Históricos 1. À Guisa de Sumário Podemos afirmar que é possível que ambas as festas, o sacrifício ritual do cordeiro e os pães asmos, fossem elementos da sociedade hebréia antes que a combinação das mesmas tivesse ocorrido, ao tempo do êxodo do Egito. Tais festas assumiram então uma nova significação, quando associadas à questão das pragas do Egito e da saída dos hebreus daquele país. Temos aí uma espécie de renascimento de Israel. O passado foi anulado e um glorioso novo começo foi iniciado na Terra Prometida. O sacrifício veio a ser associado ao livramento, a mesma associação que vemos dentro da doutrina da expiação. O Novo Testamento preserva ambas as idéias, e vê seu cumprimento final na pessoa de CRISTO, que é tanto a nossa páscoa quanto a nossa expiação. 2. Ritos Primitivos Alguns eruditos têm questionado a etimologia da palavra hebraica pesach, e têm proposto que esse termo hebraico também pode significar «manquejar» (com base em I Reis 18:21). Assim, a fes*a original poderia ter sido uma dança manquejante, lamentando a morte de uma divindade, e isso ligado aos ciclos do ano, quando uma estação morre e outra tem começo. Mas outros sugerem que o rito original estaria ligado ao temor aos maus espíritos, o que seria refletido na «noite do Senhor» (Êxo. 12:42), enquanto era esperado o anjo «destruidor». Nesse caso, estaria sugerida uma origem pagã (talvez tomada de empréstimo do culto pré-jeovista de Cades). O rito original talvez fosse realizado como proteção contra algum demónio noturno. Uma terceira idéia é que os ritos seriam originalmente pastoris e agrícolas em sua natureza, que se combinavam bem, como o sacrifício de um cordeiro e com a questão dos pães asmos, produtos da terra. Quando Moisés requereu que Israel pudesse sair do Egito para celebrar a festa (ver Êxo. 5:1) talvez estivesse em foco esta festa da páscoa, ou então as festas da páscoa e dos pães asmos. É verdade que a festa dos pães asmos coincidiu com a colheita da cevada, na primavera, e com a ordenança do sacudir dos molhos de cereais diante do Senhor, sem dúvida observâncias de origem agrícola. É difícil dizer quanta verdade possa haver nessas especulações. Sem dúvida, porém, é verdade que Israel tinha ritos e observâncias primitivos, que se perderam com a passagem dos séculos. Exatamente qual porcentagem das celebrações bíblicas da páscoa e da festa dos pães asmos continuou nelas, não pode ser afirmado com qualquer grau de certeza. O que é certo é que esses ritos assumiram significados inteiramente inéditos, quando foram vinculados ao êxodo. 3. Elementos Históricos e Seu Desenvolvimento À noitinha de 14 de Nisã [Abibe), eram mortos os cordeiros pascais. Eram então assados e comidos com pães asmos e ervas amargas (ver Êxo. 12:8). Era uma observância em família. No caso de famílias pequenas, os vizinhos podiam reunir-se para participarem juntos da festa; e mais orientações e condições foram acrescentadas à questão, conforme o tempo foi passando. Esses acréscimos regulamentavam a festa dos pães asmos, que durava sete dias (ver Êxo. 14:3-10). A páscoa foi estabelecida a fim de instruir as gerações futuras (ver Êxo. 12:24-27). Então mais características foram adicionadas. Quatro sucessivas taças de vinho, misturado com água, eram usadas. Os Salmos 113-118 eram entoados em lugares apropriados. Fruta misturada com vinagre, na consistência de massa de pedreiro, era servida, para relembrar a massa que os israelitas tinham usado nas edificações, quando estavam escravizados. O primeiro e o último dia das festas eram sábados solenes. Todo trabalho manual cessava (ver Êxo. 12:16; Núm. 28:18-25). No segundo dia, um molho de cevada recém-amadurecida era sacudido pelo sacerdote a fim de consagrar a inauguração da colheita (ver Lev. 23:10-14). Sacrifícios elaborados eram efetuados mediante as ofertas queimadas ou holocaustos de dois touros, um carneiro, sete cordeiros e um bode, como ofertas pelo pecado, a cada dia (ver Núm. 28:19-23; Lev. 23:8). Assim sendo, a idéia de expiação foi integrada à páscoa, passando a fazer parte do simbolismo que foi transferido para o Novo Testamento. 4. Negligência e Restauração Após o Sinai (ver Núm. 9:1-14), esses ritos foram negligenciados, até à entrada na terra de Canaã (ver Jos. 5:10). A mesma coisa sucedeu na história subsequente. Certos monarcas reformadores, como Ezequias (II Crô. 30) e Josias (II Reis 23:21-23; II Crô. 35), vieram a restaurar os antigos ritos. Por ocasião da dedicação do segundo templo, terminado o cativeiro babilónico, a celebração da páscoa foi restaurada, juntamente com outras antigas tradições dos hebreus (Esd. 6:19-22). IV. Principais Símbolos e Lições Envolvidos 1. As primitivas associações sugerem a idéia de ação de graças, pelas provisões recebidas, mediante os produtos da terra e a criação de animais, resultantes em alimentos e produtos variados. 2. A idéia de proteção, diante dos poderes demoníacos, também era um elemento importante. 3. 0 bem e o mal recebem seus respectivos galardões e punições. O Faraó foi longe demais. O Egito foi julgado. Israel obedeceu a Yahweh. Seguiram-se livramento e bênção. 4. Existem poderes sobre-humanos que abençoam e destroem. O homem não vive sozinho no universo. 5. A escravidão é algo a ser amargamente relembrado. A liberdade é a mais preciosa de todas as possessões humanas. As forças das trevas escravizam. O ESPÍRITO de DEUS concede liberdade. 6. A obediência redunda na libertação. Israel seguiu as instruções divinas e fez as provisões apropriadas. A desobediência foi desastrosa para o Egito. 7. O princípio da expiação faz parte das necessidades humanas. 8. A assistência divina, ou intervenção, algumas vezes se torna parte necessária da experiência humana. Israel nunca poderia ter-se libertado por si mesmo. 9. É bom preservar as tradições e evitar a negligência, conforme certos monarcas reformadores demonstraram. 10. Em CRISTO temos o nosso libertador, nossa expiação, bem como o cumprimento espiritual de vários princípios acima meocionadbs 11. Foi estabelecido um pacto entre o Senhor e a emergente nação de Israel. Também há um novo pacto em torno de CRISTO (ver Luc. 22:20; I Cor. 11:25). V. A Última Ceia: a Páscoa Cristã Um acontecimento tão importante como aquele que deu origem à nação de Israel não poderia ser ignorado pelo Novo Testamento. Isso pode ser comprovado nos cinco pontos aoaixo: 1. A morte de CRISTO, que ocorreu exatamente no período da páscoa, sempre foi considerada um evento capital para os primeiros cristãos, e daí por diante, durante todo o cristianismo. JESUS é chamado de nosso «Cordeiro pascal» (ver I Cor. 5:7). Isso tem sido associado pelos cristãos à idéia de expiação e livramento, que nos liberta dos inimigos da alma. Ver o artigo separado intitulado Páscoa, CRISTO Como a. 2. A ordem de não ser partido nenhum osso do cordeiro pascal foi aplicada por João às circunstâncias da morte de JESUS CRISTO (ver Êxo. 12:46 e João 19:36), pelo que foi estabelecido um vínculo entre os dois eventos, fazendo o primeiro ser símbolo do segundo. A idéia de expiação, como é patente, faz parte vital da questão. 3. O cristão (tal como os antigos israelitas) deve pôr de lado o antigo fermento do pecado, da corrupção, da malícia e da desobediência, substituindo-o pelos pães asmos da sinceridade e da verdade. A santificação (vide) faz parte necessária da experiência cristã. 4. A Última Ceia é exposta nos evangelhos sinópticos como uma refeição pascal. O evangelho de João (18:28; 19:14) apresenta o fato de que a refeição foi tomada antes da celebração, e JESUS foi crucificado ainda naquele mesmo dia (lembrando que, para os judeus, o dia começava às 18:00 horas). Para muitos, isso constitui um dos grandes problemas de harmonia dos evangelhos, sobre o que abordo no NTI, nas passagens envolvidas. Porém, essa pequena deslocação cronológica em nada contribui para anular a associação da última ceia com a páscoa. Talvez o Senhor JESUS tenha antecipado a refeição por poucas horas. Nesse caso, o quarto evangelho expõe a correta cronologia quanto à questão. O ensino paulino sobre a última ceia (ver I Cor. 11:23-26) faz com que a mesma seja um memorial tanto da morte libertadora de CRISTO quanto da expiação. Ambos os elementos faziam parte da páscoa do Antigo Testamento, segundo já vimos. Paulo não menciona especificamente a páscoa, naquela seção, embora ele o faça em I Cor. 5:7. Eusébio aceitava o conceito da páscoa cristã no sacrifício de CRISTO (ver Hist. 5,23,1). E essa também era a idéia tradicional da Igreja antiga. É interessante que a palavra hebraica para páscoa, pascha, é tão parecida com a palavra grega para sofrer, páscho, que alguns cristãos antigos fizeram a ligação entre elas, embora não haja qualquer conexão histórica entre esses termos. CRISTO sofreu e ele é a nossa páscoa, um jogo de palavras empregado por Eusébio. Para os cristãos, a palavra grega anámnesis (memorial), é uma palavra-chave. A ceia do Senhor é um memorial que deve ser mantido vivo, até que o Senhor retorne. Essa é a ênfase paulina, que não se vê nos evangelhos sinópticos, embora apareça em Luc. 22:19. Provavelmente, esse elemento foi uma adição cristã às declarações feitas por JESUS, embora sugerida pelo que ele havia dito, se é que ele mesmo não ensinou assim. Por outro lado, é possível que Mateus e Marcos tenham omitido uma afirmação genuína de JESUS, e que Paulo e Lucas preservaram. O que é certo é que JESUS reinterpretou a páscoa em consonância com as suas próprias experiências. A páscoa, pois, foi encarada pela Igreja cristã como uma daquelas muitas coisas que receberam cumprimento e adquiriram maior significação na pessoa de CRISTO, retendo o tipo de símbolo e de lições que descrevi na quarta seção deste artigo. A idéia de pacto também se faz presente. Yahweh firmou um pacto com a emergente nação de Israel. E JESUS estabeleceu um pacto com sua emergente Igreja. Ver Êxo. 2:24; 3:15; mas, especialmente, a kainé diathéke, «o novo pacto» (Heb. 12.24; Luc 22.20; I Cor. 11:25). Esse Novo Testamento foi como um cumprimento do Antigo Testamento. 5. O êxodo cristão. Não nos deveríamos esquecer desse aspecto. A páscoa do Antigo Testamento marcava o começo de uma saída da escravidão; de fato, era o poder por detrás dessa libertação. Assim também, em CRISTO, encontramos um êxodo que nos liberta da velha vida com sua escravização ao pecado. No sentido teológico, algo foi realizado que não poderia ter sido realizado pela lei. Esse é o tema principal tanto de Paulo (com sua doutrina da justificação pela fé) quanto do tratado aos Hebreus. O êxodo judaico libertou um povo inteiro da servidão física. O êxodo cristão oferece a todos os homens a libertação do pecado, bem como a outorga do Reino da Luz, onde impera perfeita liberdade. Em CRISTO, pois, os homens podem tornar-se filhos de DEUS (Gál. 4.4-6), transformados segundo a imagem do Filho (Rom. 8:29), participantes da natureza divina (II Ped. 1:4; Col. 2:10). E agora eles olham para a Cidade celeste como a sua pátria, da mesma maneira que Israel buscava uma nova pátria (ver Heb. 11:10). (AM BE ND SEG W Z) A Expiação no Novo Testamento - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida A obra de CRISTO CRISTO realizou muitas obras, porém a obra suprema que ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo. (Mat. 1:21; João 1:29.) Incluídas nessa obra expiatória figuram a sua morte, ressurreição, e ascensão. Não somente devia ele morrer por nós, mas também viver por nós. Não somente devia ressuscitar por nós, mas também ascender para interceder por nós diante de DEUS. (Rom. 8:34; 4:25; 5:10.) 1. Sua morte. (a) Sua importância. O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: "CRISTO morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)" (1 Cor. 15:3). A morte expiatória de CRISTO é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a CRISTO e a Bíblia! É essa característica singular dos Evangelhos que faz do Cristianismo a única religião; pois o grande problema da humanidade é o problema do pecado, e a religião que apresenta uma perfeita provisão para o resgate do poder e da culpa do pecado tem um propósito divino. JESUS é o autor da "salvação eterna" (Heb. 5:9), isto é, da salvação final. Tudo quanto a salvação possa significar é assegurado por ele. (b) Seu significado. Havia certa relação verdadeira entre o homem e seu Criador. Algo sucedeu que interrompeu essa relação. Não somente está o homem distanciado de DEUS, tendo seu caráter manchado, mas existe um obstáculo tão grande no caminho que o homem não pode removê-lo pelos seus próprios esforços. Esse obstáculo é o pecado, ou melhor, a culpa. O homem não pode remover esse obstáculo; a libertação terá que vir da parte de DEUS. Para isso DEUS teria que tomar a iniciativa de salvar o homem. O testemunho das Escrituras é este: que DEUS assim fez. Ele enviou seu Filho do céu à terra para remover esse obstáculo e dessa maneira reconciliou os homens com DEUS. Ao morrer por nossos pecados, JESUS removeu a barreira; levou o que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de CRISTO. Considerando a suprema importância deste assunto será ele abordado mais pormenorizadamente em um capítulo à parte. 2. Sua ressurreição. (a) O fato. A ressurreição de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez que é estabelecida a realidade desse evento, torna-se desnecessário procurar provar os demais milagres dos Evangelhos. Ademais, é o milagre com o qual a fé cristã está em pé ou cai, isso em razão de ser o Cristianismo uma religião histórica que baseia seus ensinos em eventos definidos que ocorreram na Palestina há mais de mil e novecentos anos. Esses eventos, são: o nascimento e o ministério de JESUS CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. Desses, a ressurreição é a pedra angular, pois se CRISTO não tivesse ressuscitado, então não seria o que ele próprio afirmou ser; e sua morte não seria expiatória. Se CRISTO não houvesse ressuscitado, então os cristãos estariam sendo enganados durante séculos; os pregadores estariam proclamando um erro; e os fiéis estariam sendo enganados por uma falsa esperança de salvação. Mas, graças a DEUS, que, em vez de ponto de interrogação, podemos colocar o ponto de exclamação apos ter sido exposta essa doutrina: "Mas agora CRISTO ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem!" (b) A evidência. "Vocês cristãos vivem na fragrância de um túmulo vazio", disse um cético francês. É um fato que aqueles que foram a embalsamar o corpo de JESUS, na memorável manhã da ressurreição, encontraram seu túmulo vazio. Esse fato nunca foi nem pode ser explicado a não ser pela ressurreição de JESUS! Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo do nosso Senhor! Mas não o fizeram — porque não o puderam fazer! Como vamos explicar a própria existência e origem da igreja cristã, que certamente teria permanecido sepultada juntamente com seu Senhor — se ele não tivesse ressuscitado? A igreja viva e radiante do dia de Pentecoste não nasceu de um Dirigente morto! Que faremos com o testemunho daqueles que viram a JESUS depois de sua ressurreição, muitos dos quais o apalparam, falaram e comeram com ele, centenas dos quais, Paulo disse, estavam vivos naqueles dias, muitos dos quais cujo testemunho inspirado se encontra no Novo Testamento? Como receberemos o testemunho de homens demasiado honestos e sinceros para pregarem uma mensagem propositadamente falsa, homens que tudo sacrificaram por essa mensagem? Como explicaremos a conversão de Saulo de Tarso, o perseguidor do Cristianismo, em um de seus maiores apóstolos e missionários, a não ser pelo fato de ele realmente ter visto a JESUS no caminho de Damasco? Há somente uma resposta satisfatória a essas perguntas: CRISTO ressuscitou! Muitas tentativas já foram feitas para superar esse fato. Os chefes dos judeus asseveraram que os discípulos de JESUS haviam roubado o seu corpo. Mas isso não explica como um pequeno grupo de tímidos e desanimados discípulos pôde reunir suficiente coragem para arrebatar dos endurecidos soldados romanos o corpo de seu Mestre, cuja morte lhes significava o fracasso completo das suas esperanças! Os eruditos modernos também apresentam estas explicações:] 1) "Os discípulos simplesmente experimentaram uma visão." Então perguntamos: como podiam centenas de pessoas ter a mesma visão e imaginar, a um só tempo, que realmente viam a CRISTO? 2) "JESUS realmente não morreu; ele simplesmente desmaiou e ainda estava vivo quando o tiraram da cruz." A isso respondemos: então um JESUS pálido e exausto, decaído e abatido, podia persuadir os discípulos cheios de dúvidas, e sobretudo a um Tomé, de que ele era o ressuscitado Senhor da vida? não é possível! Essas explicações são tão inconsistentes que por si mesmas se refutam. Novamente afirmamos, CRISTO ressuscitou! DeWette, teólogo modernista, afirmou que "a ressurreição de JESUS CRISTO é um fato tão bem comprovado quanto o fato histórico do assassinato de Júlio César". (c) O significado. A ressurreição. Ela significa que JESUS é tudo quanto ele afirmou ser: Filho de DEUS, Salvador, e Senhor (Rom. 1:4). A resposta do mundo às reivindicações de JESUS foi a cruz; a resposta de DEUS, entretanto, foi a ressurreição. A ressurreição significa que a morte expiatória de CRISTO foi uma divina realidade, e que o homem pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com DEUS (Rom. 4:25). A ressurreição é realmente a consumação da morte expiatória de CRISTO. Como sabemos pois que não foi uma morte comum — e que realmente ela tira o pecado? Porque ele ressuscitou! A ressurreição significa que temos um Sumo Sacerdote no céu, que se compadece de nós, que viveu a nossa vida e conhece as nossas tristezas e fraquezas; que é poderoso para dar-nos poder para diariamente vivermos a vida de CRISTO. JESUS que morreu por nós, agora vive por nós. (Rom. 8:34; Heb. 7:25.) Significa que podemos saber que há uma vida vindoura. Uma objeção comum a essa verdade é: "Mas ninguém jamais voltou para falar-nos do outro mundo." Mas alguém voltou — esse alguém é JESUS CRISTO! "Se um homem morrer, tornará a viver?" A essa pergunta antiga a ciência somente pode dizer: "não sei." A filosofia apenas diz: "Deve haver uma vida futura." Porém, o Cristianismo afirma: "Porque ele vive, nós também viveremos; porque ele ressuscitou dos mortos, também todos ressuscitaremos"! A ressurreição de CRISTO não somente constitui a prova da imortalidade, mas também a certeza da imortalidade pessoal, (1 Tes. 4:14; 2 Cor. 4:14; João 14:19.) Isto significa que há certeza de juízo futuro. Como disse o inspirado apóstolo, DEUS "tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos" (Atos 17:31). Tão certo como JESUS ressuscitou dos mortos para ser o Juiz dos homens, assim ressuscitarão também da morte os homens para serem julgados por ele. 3. Sua ascensão. Os evangelhos, o livro dos Atos e as Epístolas dão testemunho da ascensão. Qual o significado desse fato histórico? Quais as doutrinas que nele se baseiam? Quais seus valores práticos? A ascensão ensina que nosso Mestre é: (a) O CRISTO celestial. JESUS deixou o mundo porque havia chegado o tempo de regressar ao Pai. Sua partida foi uma "subida", assim como sua entrada ao mundo havia sido uma "descida". Ele que desceu agora subiu para onde estava antes. E assim como sua entrada no mundo foi sobrenatural, assim o foi sua partida. Consideremos a maneira de sua partida. Suas aparições e desaparições depois da ressurreição foram instantâneas; a ascensão foi, no entanto, gradual — "vendo-o eles" (Atos 1:9). Não foi seguida por novas aparições, nas quais o Senhor surgiu entre eles em pessoa para comer e beber com eles; as aparições dessa classe terminaram com a sua ascensão. Sua retirada da vida terrena que vivem os homens aquém da sepultura foi de uma vez por todas. Dessa hora em diante os discípulos não deveriam pensar nele como o "CRISTO segundo a carne", isto é, como vivendo uma vida terrena, e sim, como o CRISTO glorificado, vivendo uma vida celestial na presença de DEUS e tendo contato com eles por meio do ESPÍRITO SANTO. Antes da ascensão, o Mestre aparecia, desaparecia e reaparecia de tempos em tempos para fazer com que paulatinamente os discípulos perdessem a necessidade de um contato visual e terreno com ele, e acostumá-los a uma comunhão espiritual e invisível com ele. Desse modo, a ascensão vem a ser a linha divisória entre dois períodos da vida de CRISTO: Do nascimento até à ressurreição, ele é o CRISTO da história humana, aquele que viveu uma vida humana perfeita sob condições terrenas. Desde a ascensão, ele é o CRISTO da experiência espiritual, que vive no céu e tem contato com os homens por meio do ESPÍRITO SANTO. (b) O CRISTO exaltado. Afirma certa passagem que CRISTO "subiu", e outra diz que foi "levado acima". A primeira representa a CRISTO como entrando na presença do Pai por sua própria vontade e direito; a segunda acentua a ação do Pai pela qual ele foi exaltado em recompensa por sua obediência até a morte. Sua lenta ascensão ante os olhares dos discípulos trouxe-lhes a compreensão de que JESUS estava deixando sua vida terrena, e os fez testemunhas oculares de sua partida. Mas uma vez fora do alcance de sua vista, a jornada foi consumada por um ato de vontade. O Dr. Swete assim comenta o fato: Nesse momento toda a glória de DEUS brilhou em seu derredor, e ele estava no céu. Não lhe era a cena inteiramente nova; na profundidade do seu conhecimento divino, o Filho do homem guardava lembranças das glórias que, em sua vida anterior à encarnação, gozava com o Pai "antes que o mundo existisse" (João 17:5). Porém, a alma humana de CRISTO até o momento da ascensão, não experimentara a plena visão de DEUS que transbordou sobre ele ao ser levado acima. Esse foi o alvo de sua vida humana, o gozo que lhe estava proposto (Heb. 12:2), que foi alcançado no momento da ascensão. Foi em vista de sua ascensão e exaltação que CRISTO declarou: é-me dado todo o poder (autoridade) no céu e na terra" (Mat. 28:18; vide Efés. 1:20-23; 1 Ped. 3:22; Fil. 2:9-11; Apoc. 5:12). Citemos outra vez o Dr. Swete: Nada se faz nesse grandioso mundo desconhecido, que chamamos o céu, sem sua iniciativa, direção e autoridade determinativa. Processos incompreensíveis à nossa mente realizam-se no outro lado do véu por meios divinos igualmente incompreensíveis. Basta que a igreja compreenda que tudo que se opera ali é feito pela autoridade de seu Senhor. (c) O CRISTO soberano. CRISTO ascendeu a um lugar de autoridade sobre todas as criaturas. Ele é a "cabeça de todo o varão" (1Cor. 11:3), a "cabeça de todo o principado e potestade" (Col. 2:10); todas as autoridades do mundo invisível, tanto como as do mundo dos homens, estão sob seu domínio, (1 Ped. 3:22; Rom. 14:9; Fil. 2:10, 11.) Ele possui essa soberania universal para ser exercida para o bem da igreja, a qual é seu corpo; DEUS "sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja." Em um sentido muito especial, portanto, CRISTO é a Cabeça da igreja. Essa autoridade se manifesta de duas maneiras: 1) Pela autoridade exercida por ele sobre os membros da igreja. Paulo usou a relação matrimonial como ilustração da relação entre CRISTO e a igreja (Efés. 5:22-23). Como a igreja vive em sujeição a CRISTO, assim as mulheres devem estar sujeitas a seus maridos; como CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, assim os maridos devem exercer sua autoridade no espírito de amor e auto-sacrifício. A obediência da igreja a CRISTO é uma submissão voluntária; da mesma maneira a esposa deve ser obediente, não só por questão de consciência mas por amor e reverência. Para os cristãos, o estado de matrimonio se tomou um '"mistério" (isto é, uma verdade com significado espiritual), porque revela a união espiritual entre CRISTO e sua igreja; "autoridade da parte de CRISTO, subordinação da parte da igreja, amor de ambos os lados — o amor retribuindo amor, para ser coroado pela plenitude do gozo, quando essa união for consumada na vinda do Senhor" (Swete). Uma característica proeminente da igreja primitiva era a atitude de amorosa submissão a CRISTO. "JESUS é Senhor" não era somente a declaração do credo mas também a regra de vida. 2) O CRISTO glorificado não é somente o Poder que dirige e governa a igreja, mas também a fonte de sua vida e poder. O que a videira é para a vara, o que a cabeça é para o corpo, assim é o CRISTO vivo para a sua igreja. Apesar de estar no céu, a Cabeça da igreja, CRISTO está na mais íntima união com seu corpo na terra, sendo o ESPÍRITO SANTO o vínculo. (Efés. 4:15, 16; Col. 2:19.) (d) O CRISTO que prepara o caminho. A separação entre CRISTO e sua igreja na terra, separação ocasionada pela ascensão, não é permanente. Ele subiu como um precursor a preparar o caminho para aqueles que o seguem. Sua promessa foi: "Onde eu estiver, ali estará também o meu servo" (João 12:26). O termo "precursor" é primeiramente aplicado a João Batista como aquele que prepararia o caminho de CRISTO (Luc. 1:76). Como João preparou o caminho para CRISTO, assim também o CRISTO glorificado prepara o caminho para a igreja. Esta esperança é comparada a uma "âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; onde JESUS, nosso precursor, entrou por nós" (Heb. 6:19,20). Ainda que agitada pelas ondas das provações e das adversidades, a alma do crente fiel não pode naufragar enquanto sua esperança estiver firmemente segura nas realidades celestiais. Em sentido espiritual, a igreja já está seguindo o CRISTO glorificado; e tem-se "assentado nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS" (Efés. 2:6). Por meio do ESPÍRITO SANTO, os crentes, espiritualmente, no coração, já seguem a seu Senhor ressuscitado. Entretanto, haverá uma ascensão literal correspondente à ascensão de CRISTO, (1 Tess. 4:17; l Cor. 15:52.) Essa esperança dos crentes não é uma ilusão, porque eles já sentem o poder de atração do CRISTO glorificado (1Ped. 1:8). Com essa esperança, JESUS confortou os seus discípulos antes de sua partida (João 14:1-3). "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tess. 4:18). (e) O CRISTO intercessor. Em virtude de ter assumido a nossa natureza e ter morrido por nossos pecados, JESUS é o Mediador entre DEUS e os homens (1 Tim. 2:5). Mas o Mediador é também um Intercessor, e a intercessão é mais do que mediação. Um mediador pode ajuntar as duas partes e depois deixá-las a si mesmas para que resolvam suas dificuldades; porém, um intercessor diz alguma coisa a favor da pessoa pela qual se interessa. A intercessão é um ministério importante do CRISTO glorificado (Rom. 8:34). A intercessão forma o apogeu das suas atividades salvadoras. Ele morreu por nós; ressuscitou por nós; ascendeu por nós; e intercede por nós (Rom. 8:34). Nossa esperança não está em um CRISTO morto, mas em um CRISTO que vive; e não somente em Um que vive, mas em um CRISTO que vive e reina com DEUS. O sacerdócio de CRISTO é eterno; portanto, sua intercessão é permanente. "Portanto, ele pode levar a um desfecho feliz ("perfeitamente", Hebreus 7:25) toda a causa cuja defesa ele pleiteia assegurando assim àqueles que se chegam a DEUS, por sua mediação, a completa restauração ao favor e à bênção divinos. Realmente, o propósito de sua vida no céu é precisamente esse; ele vive sempre com esse intento de interceder diante de DEUS a favor dos seus. Enquanto DEUS existir, não pode haver interrupção de sua obra intercessora... porque a intercessão do CRISTO glorificado não é uma oração apenas, mas uma vida. O Novo Testamento não o apresenta como um suplicante constantemente presente perante o Pai, de braços estendidos e em forte pranto e lágrimas, rogando por nossa causa diante de DEUS como se fora um DEUS relutante, mas o apresenta como um Sacerdote-Rei entronizado, pedindo o que deseja de um Pai que sempre o ouve e concede Sua petição" (Swete). Quais as principais petições de CRISTO em seu ministério intercessor? A oração do capítulo 17 de João sugere a resposta. Semelhante ao oficio de mediador é o de advogado (no grego, "parácleto"). (1João 2:1.) Advogado ou parácleto é aquele que é chamado a ajudar uma pessoa angustiada ou necessitada, para confortá-la ou dar-lhe conselho e proteção. Essa foi a relação do Senhor para com seus discípulos durante os dias de sua carne. Mas o CRISTO glorificado também está interessado no problema do pecado. Como Mediador, ele obtém acesso para nós na presença de DEUS; como Intercessor, ele leva nossas petições perante DEUS; como Advogado, ele enfrenta as acusações feitas contra nós pelo "acusador dos irmãos", na questão do pecado. Para os verdadeiros cristãos uma vida habitual de pecado não é admissível (1 João 3:6); porém, isolados atos de pecado podem acontecer aos melhores cristãos, e tais ocasiões requerem a advocacia de CRISTO. Em l João 2:1, 2 estão expostas três considerações que dão força a sua advocacia: primeira, ele está "com o Pai", na presença de DEUS; segunda, ele é "o Justo", e como tal, pode ser uma expiação por outrem; terceira, ele é "a propiciação pelos nossos pecados", isto é, um sacrifício que assegura o favor de DEUS por efetuar expiação pelo pecado. (f) O CRISTO onipresente. (João 14:12.) Enquanto estava na terra, CRISTO necessariamente limitava-se a estar em um lugar de cada vez, e não podia estar em contato com todos os seus discípulos ao mesmo tempo. Mas ao ascender ao lugar de onde procedera a força motriz do universo, foi-lhe possível enviar seu poder e sua personalidade divina em todo tempo, a todo lugar e a todos os seus discípulos. A ascensão ao trono de DEUS deu-lhe não somente onipotência (Mat. 28:18) mas também onipresença, cumprindo-se assim a promessa: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ai estou eu no meio deles" (Mat. 18:20). (g) Conclusão: Valores da ascensão. Quais os valores práticos da doutrina da ascensão? 1) O conhecimento interno do CRISTO glorificado, a quem brevemente esperamos ver, é um incentivo à santidade. (Col. 3:1-4.) O olhar para cima vencerá a atração das coisas do mundo. 2) O conhecimento da ascensão proporciona um conceito correto da igreja. A crença em um CRISTO meramente humano levaria o povo a considerar a igreja como uma sociedade meramente humana, útil, sim, para propósitos filantrópicos e morais, porém destituída de poder e autoridade sobrenaturais. Por outro lado, um conhecimento do CRISTO glorificado resultará no reconhecimento da igreja como um organismo, um organismo sobrenatural, cuja vida divina emana da Cabeça — CRISTO ressuscitado. 3) O conhecimento interno do CRISTO glorificado produzir uma atitude correta para com o mundo e as coisas do mundo. "Mas a nossa cidade (literalmente, "cidadania") está nos céus donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO" (Fil. 3:20). 4) A fé no CRISTO glorificado inspirará um profundo sentimento de responsabilidade pessoal. A crença no CRISTO glorificado leva consigo o conhecimento de que naquele dia teremos que prestar contas a ele mesmo. (Rom. 14:7-9; 2 Cor. 5:9,10.) O sentido de responsabilidade a um Mestre no céu atua como um freio contra o pecado e serve de incentivo para a retidão. (Efés. 6:9.) 5) Junto à fé no CRISTO glorificado temos a bendita e alegre esperança de seu regresso. "E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez" (João 14:3). --------------------------------------------- 1. O fato da expiação. A expiação que fora preordenada desde a eternidade e prefigurada tipicamente no ritual do Antigo Testamento cumpriu-se historicamente, na crucificação de JESUS, quando se consumou o divino propósito redentivo. "Está consumado!" Os escritores dos Evangelhos descreveram os sofrimentos e a morte de CRISTO com profusão de pormenores que não se vêm nas narrativas de outros eventos das profecias do Antigo Testamento, os quais indicam a grande importância do evento. Alguns escritores da escola "liberal" defendem a teoria de que a morte de CRISTO fora acidente e tragédia.! Ele teria iniciado seu ministério com grande esperança de sucesso, segundo eles, mas depois viu-se envolvido em certas circunstâncias que ocasionaram a sua destruição imprevista, à qual não pôde escapar. Mas, que dizem os Evangelhos a respeito? Segundo o seu testemunho, JESUS sabia desde o princípio que o sofrimento e a morte faziam parte do seu destino divinamente ordenado. Em sua declaração, que o Filho do homem devia sofrer, a palavra "devia" indica a vocação divina e não a fatalidade imprevista e inevitável. No ato do seu batismo ele ouviu as palavras: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo" (Mat. 3:17). Essas palavras são extraídas de duas profecias, a primeira declarando a filiação do Messias e sua Divindade (Sal. 2:7), e a segunda descrevendo o ministério do Messias como o Servo do Senhor (Isa. 42:1). O servo mencionado em Isa. 42:1 é o Servo sofredor de Isa. 53. A conclusão à qual chegamos é que mesmo na hora do seu batismo, JESUS estava ciente do fato de que sofrimento e morte faziam parte de sua vocação. A rejeição das ofertas de Satanás no deserto implicava desfecho trágico de sua obra, pois ele escolheu o caminho duro da rejeição em vez do fácil e popular. O próprio fato de o SANTO estar no meio do povo (Luc. 3:21) que se batizava, e o submeter-se ao mesmo batismo foi um ato de identificação com a humanidade pecaminosa, a fim de levar os pecados desse mesmo povo. O Servo do Senhor, segundo Isaias 53, seria "contado com os transgressores" (ver. 12). O batismo de JESUS pode ser considerado como "o grande ato de amorosa comunhão com a nossa miséria", pois nessa hora ele identifica-se com os pecadores e, por conseguinte, em certo sentido sua obra de expiação jà começou. Muitas vezes durante o curso do seu ministério o Senhor, em linguagem oculta e figurada, referiu-se à sua morte (Mat.5:10-12; 23:37; Mar. 9:12,13; 3:6,20-30; 2:19), mas em Cesaréia de Filipo ele claramente disse aos discípulos que devia sofrer e morrer. Daquele tempo em diante ele procurou esclarecer-lhes as mentes sobre este fato, que teria que sofrer, para que, sendo avisados, não naufragassem em sua fé ante o choque da crucificação. (Mar. 8:31; 9:31; 10:32.) Ele também lhes explicou o significado de sua morte. não a deveriam considerar como tragédia imprevista e infeliz à qual teria que se resignar, e, sim, como sendo morte cujo propósito era fazer expiação. "O Filho do homem veio a dar a sua vida em resgate de muitos." Na última ceia JESUS deu instruções acerca da futura comemoração de sua morte, como sendo o supremo ato de seu ministério. Ele ordenou um rito que comemoraria sua redenção da humanidade, assim como a Páscoa comemorava a redenção de Israel do Egito. Seus discípulos, que ainda estavam sob a influência de idéias judaicas acerca do Messias e do reino, não podiam compreender a necessidade de sua morte e só com dificuldade podiam aceitar o fato. Mas apos a ressurreição e a ascensão eles o entenderam e sempre depois disso afirmaram que a morte de CRISTO fora divinamente ordenada como o meio da expiação. "CRISTO morreu pelos nossos pecados", é seu testemunho de sempre. 2. A necessidade da expiação. A necessidade da expiação é conseqüência de dois fatos: a santidade de DEUS e a pecabilidade do homem. A reação da santidade de DEUS contra a pecabilidade do homem é conhecida como sua ira, a qual pode ser evitada mediante a expiação. Portanto, os pontos-chave do nosso estudo serão os seguintes: Santidade, pecabilidade, ira e expiação. (a) A santidade de DEUS. DEUS é santo por natureza, o que significa que ele é justo em caráter e conduta. Esses atributos do seu caráter manifestam-se em seus tratos com a sua criação. "Ele ama a justiça e o juízo" (Sal. 33:5). "Justiça e juízo são a base do teu trono" (Salm 89:14). DEUS constituiu o homem e o mundo segundo leis especificas, leis que formam o próprio fundamento da personalidade humana, escritos no coração e na natureza do homem. (Rom. 2:14, 15.) Essas leis unem o homem ao seu Criador pelos laços de relação pessoal e constituem a base da responsabilidade humana. "Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos" (Atos17:28), assim foi dito da humanidade em geral. O pecado perturba a relação expressa nesse verso, e ao fim o pecador impenitente será lançado eternamente da presença de DEUS. Esta é "a segunda morte". Em muitas ocasiões essa relação foi reafirmada, ampliada e interpretada sob outro sistema chamado aliança. Por exemplo, no Sinai DEUS reafirmou as condições sob as quais ele podia ter comunhão com o homem (a lei moral) e, então estabeleceu uma série de regulamentos pelos quais Israel poderia observar essas condições na esfera da vida nacional e religiosa. Guardar a aliança significa estar em relação com DEUS, ou estar na graça; pois aquele que é justo pode ter comunhão somente com aqueles que andam na justiça. "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). E estar em comunhão com DEUS significa vida. Do princípio ao fim, as Escrituras declaram esta verdade, que a obediência e a vida andam juntas. (Gên. 2:17; Apoc. 22:14.) (b) A pecabilidade do homem. Essa relação foi perturbada pelo pecado que é um distúrbio da relação pessoal entre DEUS e o homem. E desrespeitar a constituição, por assim dizer, ação que afeta a DEUS e aos homens, tal qual a infidelidade que viola o pacto matrimonial sob o qual vivem o homem e sua mulher. (Jer. 3:20.) "Vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso DEUS" (Isa. 59:2). A função da expiação é fazer reparação pela lei violada e reatar a comunhão interrompida entre DEUS e o homem. (c) Ira. O pecado é essencialmente um ataque contra a honra e a santidade de DEUS. É rebelião contra DEUS, pois pelo pecado deliberado, o homem prefere a sua própria vontade em lugar da vontade de DEUS, e por algum tempo torna-se "autônomo". Mas se DEUS permitisse que sua honra fosse atacada então ele deixaria de ser DEUS. Sua honra pede a destruição daquele que lhe resiste; sua justiça exige a satisfação da lei violada; e sua santidade reage contra o pecado sendo essa reação reconhecida como manifestação da ira. Mas essa reação divina não é automática; nem sempre ela entra em ação instantaneamente, como acontece com a mão em contato com o fogo. A ira de DEUS é governada por considerações pessoais; DEUS é tardio em destruir a obra de suas mãos. Ele insta com o homem; ele espera ser gracioso. Ele adia o juízo na esperança de que sua bondade conduza o homem ao arrependimento. (Rom. 2:4; 2 Ped. 3:9.) Mas os homens interpretam mal as demoras divinas e zombam do dia de juízo. "Visto como se não executa imediatamente o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal" (Ecl. 8:11). Mas, embora demore, a retribuição final virá, pois num mundo governado por leis ter de haver um ajuste de contas. "não erreis: DEUS não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gál. 6:7). Essa verdade foi demonstrada no Calvário, onde DEUS declarou "sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de DEUS" (Rom. 3:25). Assim alguém traduz essa passagem: "Isto foi para demonstrar a justiça de DEUS em vista do fato de que os pecados previamente cometidos durante o tempo da tolerância de DEUS foram ignorados". Outro assim parafraseia a passagem: "Ele suspendeu o juízo sobre os pecados daquele período anterior, o período de sua paciência, tendo em vista a revelação de sua justiça sob esta dispensação, quando ele, justo Juiz, absolverá o pecador que afirma sua fé em JESUS." Em séculos passados parece que DEUS não levou em conta os pecados das nações; os homens continuaram no pecado, aparentemente sem ceifar as suas conseqüências. Dai a pergunta: "Então DEUS não toma conhecimento do pecado?" Mas a crucificação revelou o caráter horrendo do pecado, e demonstra vivamente o terrível castigo sobre ele. A cruz de CRISTO declara que DEUS nunca foi, não é, e nunca poderia ser indiferente ao pecado dos homens. Assim comenta o assunto um erudito: DEUS deu provas de sua ira contra o pecado quando ocasionalmente castigou Israel e as nações gentílicas. Mas ele não infligiu a plena penalidade, caso contrário a raça humana teria perecido. Em grande parte ele "passou por alto" os pecados dos homens. Seria injusto o rei que deixasse de punir um crime ou mesmo que adiasse a punição. E na opinião de alguns. DEUS perdeu prestigio por causa de sua tolerância, a qual interpretam como um meio de escapar à punição divina. DEUS destinou CRISTO para morrer a fim de demonstrar a sua justiça em vista da tolerância dos pecados passados, tolerância que parecia ofuscar a justiça. (d) Expiação. O homem tem quebrado as leis de DEUS e violado os princípios da justiça. O conhecimento desses atos está registrado em sua memória e a sua consciência o acusa. Que se pode fazer para remediar o passado e ter segurança no futuro? Existe alguma expiação pela lei violada? Para essa pergunta existem três respostas: 1) Alguns afirmam que a expiação não é possível e que a vida é governada por uma lei inexorável, a qual punirá com precisão matemática todas as violações. O que o homem semear, fatalmente, isso mesmo ele ceifará. O pecado permanece. Assim o pecador nunca escapará às culpas do passado. Seu futuro está hipotecado e não existe redenção para ele. Essa teoria faz do homem um escravo de suas circunstâncias; nada pode fazer quanto ao seu destino. Se os proponentes dessa teoria reconhecem a DEUS, para eles DEUS é escravizado às suas próprias leis, incapaz de prover um meio de escape para os pecadores. 2) No outro extremo há aqueles que ensinam que a expiação é desnecessária. DEUS é tão bom que não punirá o pecador, e tão gracioso que não exigirá a satisfação da lei violada. Por conseguinte, a expiação toma-se desnecessária e é de supor que DEUS perdoará a todos. Certa vez um médico disse a uma cliente que lhe havia falado do Evangelho: Eu não preciso de expiação. Quando erro, peço simplesmente a DEUS que me desculpe, e é quanto basta." Depois de certo tempo a cliente voltou ao médico e lhe disse: "Doutor, agora estou bem. Sinto muito haver ficado doente, e prometo-lhe que me esforçarei para nunca mais adoecer." Ao mesmo tempo ela insinuou que nenhuma necessidade havia de considerar ou pagar a conta! Cremos que o médico compreendeu a lição, isto é, que mero arrependimento não salda conta, nem repara os estragos causados pelo pecado. 3) O Novo Testamento ensina que a expiação é tanto necessária como também possível; possível porque DEUS é benévolo, bem como justo; necessária porque DEUS é justo, bem como benévolo. Os dois erros acima tratados são exageros de duas verdades sobre o caráter de DEUS. O primeiro exagera a sua justiça, excluindo a sua graça. O segundo exagera sua graça, excluindo a sua justiça. A expiação faz justiça a ambos os aspectos de seu caráter, pois na morte de CRISTO, DEUS está agindo de modo justo como também benévolo. Ao tratar do pecado, ele precisa mostrar sua graça, pois ele não deseja o morte do pecador; mas, ao perdoar o pecado, ele precisa revelar a sua justiça, pois a própria estabilidade do universo depende da soberania de DEUS. Na expiação DEUS faz justiça a seu caráter como um DEUS benévolo. Sua justiça clamou pelo castigo do pecador, mas sua graça proveu um plano para o perdão. Ao mesmo tempo ele faz justiça a seu caráter como um DEUS justo e reto. DEUS não faria justiça a si mesmo se manifestasse compaixão para com os pecadores de maneira que fizesse do pecado uma coisa leve e que ignorasse sua trágica realidade. Poderíamos pensar que DEUS seria então indiferente ou indulgente quanto ao pecado. O castigo do pecado foi pago no Calvário, e a lei divina foi honrada; dessa maneira DEUS pôde ser benévolo sem ser injusto, e justo sem ser inclemente. 3. A natureza da expiação. A morte de CRISTO é: "CRISTO morreu", expressa o fato histórico da crucificação; "por nossos pecados", interpreta o fato. Em que sentido morreu JESUS por nossos pecados? Como é explicado o fato no Novo Testamento? A resposta encontra-se nas seguintes palavras-chave aplicadas à morte de CRISTO: Expiação, Propiciação, Substituição, Redenção e Reconciliação. (a) Expiação. A palavra expiação no hebraico significa literalmente 'cobrir', e é traduzida pelas seguintes palavras: fazer expiação, purificar, quitar, reconciliar, fazer reconciliação, pacificar, ser misericordioso. A expiação, no original, inclui a idéia de cobrir, tanto os pecados (Sal. 78:38;79:9; Lev. 5:18) como também o pecador. (Lev. 4:20.) Expiar o pecado é ocultar o pecado da vista de DEUS de modo que o pecador perca seu poder de provocar a ira divina. Citamos aqui o Pr. Alfred Cave: A idéia expressa pelo original hebraico da palavra traduzida "expiar", era "cobrir" e "cobertura", não no sentido de torná-lo invisível a Jeová , mas no sentido de ocupar sua vista com outra coisa, de neutralizar o pecado, por assim dizer, de desarmá-lo, de torná-lo inerte para provocar a justa ira de DEUS. Expiar o pecado... era arrojar, por assim dizer, um véu sobre o pecado tão provocante, de modo que o véu., e não o pecado, fosse visível; era colocar lado a lado com o pecado algo tão atraente que cativasse completamente a atenção. A figura que o Novo Testamento usa ao falar das vestes novas (de justiça), usa-a o Antigo Testamento ao falar da "expiação". Quando se fazia expiação sob a lei, era como se o olho divino, que se havia acendido pela presença do pecado e a impureza, fosse aquietado pela vestidura posta ao seu derredor; ou, usando uma figura muito mais moderna, porém igualmente apropriada, era como se o pecador, exposto a uma descarga elétrica da ira divina, houvesse sido repentinamente envolto e isolado. A exposição significa cobrir de tal maneira o pecador, que seu pecado era invisível ou inexistente no sentido de que já não podia estar entre ele e seu Criador. Quando o sangue era aplicado ao altar pelo sacerdote, o israelita sentia a segurança de que a promessa feita a seus antecessores se faria real para ele. "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós" (Êxo. 12:13). Quais eram o efeitos da expiação ou da cobertura? O pecado era apagado (Jer. 18:23; Isa. 43:25; 44:22); removido (Isa.6:7); coberto (Sal. 32:1); lançado nas profundidades do mar (Miq. 7:19); perdoado (Sal. 78:38). Todos esses termos ensinam que o pecado é coberto de modo que seus efeitos sejam removidos, afastados da vista, invalidados, desfeitos. Jeová já não vê nem sofre influência alguma dele. A morte de CRISTO foi uma morte expiatória, porque seu propósito era apagar o pecado. (Heb. 9:26, 28; 2:17; 10:12-14; 9:14.) Foi uma morte sacrificial ou uma morte que tinha relação com o pecado. Qual era essa relação? "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1Ped. 2:24). "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Cor. 5:21) Expiar o pecado significa levá-lo embora, de modo que ele é afastado do transgressor, o qual é considerado, então, como justificado de toda a injustiça, purificado de contaminação e santificado para pertencer ao povo de DEUS. Uma palavra hebraica usada para descrever a purificação significa, literalmente, "quitar o pecado". Pela morte expiatória de CRISTO os pecadores são purificados do pecado e logo feitos participantes da natureza de CRISTO. Eles morrem para o pecado a fim de viverem para CRISTO. (b) Propiciação. Crê-se que a palavra propiciação tem sua origem em uma palavra latina "propõe", que significa "perto de". Assim se nota que a palavra significa juntar, tornar favorável. O sacrifício de propiciação traz o homem para perto de DEUS, reconcilia-o com DEUS fazendo expiação por suas transgressões, ganhando a graça e favor. (Em sua misericórdia, DEUS aceita o dom propiciatório e restaura o pecador a seu amor. Esse também é o sentido da palavra grega como é usada no Novo Testamento. Propiciar é aplacar a ira de um DEUS santo pela oferenda dum sacrifício expiatório. CRISTO é descrito como sendo essa propiciação (Rom. 3:25: 1 João 2:4; 4). O pecado mantém o homem distanciado de DEUS; mas CRISTO tratou de tal maneira o assunto do pecado, a favor do homem, que o seu poder separador foi anulado. Portanto, agora o homem pode "chegar-se" a DEUS "em seu nome". O acesso a DEUS, o mais sublime dos privilégios, foi comprado por grande preço: o sangue de CRISTO. Assim escreve o Dr. James Denney: E assim como no Antigo Testamento todo objeto usado na adoração tinha que ser aspergido com sangue expiatório, assim também todas as partes da adoração cristã; todas as nossas aproximações a DEUS devem descansar conscientemente sobre a expiação. Deve-se sentir que é um privilégio de inestimável valor; deve ser permeado com o sentimento da paixão de CRISTO e com o amor com que ele nos amou quando sofreu por nossos pecados de uma vez para sempre, o justo pelos injustos para chegar-nos a DEUS. A palavra "propiciação" em Romanos 3:25 é tradução da palavra grega "hilasterion", que se encontra também em Heb. 9:5onde é traduzida como "propiciatório". No hebraico, "propiciatório" significa literalmente "coberta", e, tanto no hebraico como no grego, a palavra expressa o pensamento de um sacrifício (*). Refere-se à arca da aliança (Êxo. 25:10-22) que estava composta de duas partes: primeira, a arca, representando o trono do justo governante de Israel, contendo as tábuas da lei como a expressão de sua justa vontade; segunda, a coberta, ou tampa, conhecida como "propiciatório", coroada com figuras angélicas chamadas querubins. Duas lições salientes eram comunicadas por essa mobília: primeira, as tábuas da lei ensinavam que DEUS era um DEUS justo que não passaria por alto o pecado e que devia executar seus decretos e castigar os ímpios. Como podia uma nação pecaminosa viver ante sua face? O propiciatório, que cobria a lei, era o lugar onde se aspergia o sangue uma vez por ano para fazer expiação pelos pecados do povo. Era o lugar onde o pecado era coberto, e ensinava a lição de que DEUS, que é justo, pode perfeitamente perdoar o pecado por causa dum sacrifício expiatório. Por meio do sangue expiatório, aquilo que é um trono de juízo se converte em trono de graça. A arca e o propiciatório ilustram o problema resolvido pela expia ao. O problema e sua solução são declarados em Rom. 3: 24-26, onde lemos: "sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS, ao qual DEUS propôs para propiciação (um sacrifício expiatório) pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos (demonstrar que a aparente demora em executar o juízo não significa que DEUS passou por alto o pecado) sob a paciência de DEUS; para demonstração da sua justiça, neste tempo presente (sua maneira de fazer justos os pecadores), para que ele seja justo (infligir o devido castigo pelo pecado), e justificador (remover o castigo pelo pecado) daquele que tem fé em JESUS". Como pode DEUS realmente infligir o castigo do pecado e ao mesmo tempo cancelar esse castigo? DEUS mesmo tomou o castigo na pessoa de seu Filho, e desta maneira abriu o caminho para o perdão do culpado. Sua lei foi honrada e o pecador foi salvo. O pecado foi expiado e DEUS foi propiciado. Os homens podem entender como DEUS pode ser justo e castigar, ser misericordioso e perdoar; mas a maneira como pode DEUS ser justo no ato de justificar ao culpado, é para eles um enigma. O Calvário resolve o problema. É preciso esclarecer o fato de que a propiciação foi uma verdadeira transação, porque alguns ensinam que a expiação foi simplesmente uma demonstração do amor de DEUS e de CRISTO, com a intenção de comover o pecador ao arrependimento. Esse certamente é um dos efeitos da expiação (1 João 3:16), mas não representa o todo da expiação. Por exemplo, poderíamos pular para dentro dum rio e afogarmo-nos à vista de uma pessoa muito pobre a fim de convencê-la do nosso amor por ela; mas esse ato não pagaria o aluguel da casa nem a conta do fornecedor que ele devesse! A obra expiatória de CRISTO foi uma verdadeira transação que removeu um verdadeiro obstáculo entre nós e DEUS, e pagou a dívida que não podíamos pagar. (c) Substituição. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram substitutos por natureza; eram considerados como algo a que se procedia, no altar, para o israelita, que não podia fazê-lo por si mesmo. O altar representava o pecador; a vitima era o substituto do israelita para ser aceita em seu favor. Da mesma forma CRISTO, na cruz, fez por nós o que não podíamos fazer por nos mesmos, e qualquer que seja a nossa necessidade, somos aceitos "por sua causa". Se oferecemos a DEUS nosso arrependimento, gratidão ou consagração, fazemo-lo "em seu nome", pois ele é o Sacrifício por meio do qual chegamos a DEUS o Pai. O pensamento de substituição é saliente nos sacrifícios do Antigo Testamento, onde o sangue da vitima é considerado como uma coberta ou como fazendo expiação pela alma do ofertante. No capítulo em que os sacrifícios do Antigo Testamento alcançam seu maior significado (Isa. 53) lemos: "Verdadeiramente" ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados, (vers. 4, 5). Todas essas expressões apresentam o Servo de Jeová como levando o castigo que devia cair sobre outros, a fim de "justificar a muitos"; e "levar as iniqüidades deles". CRISTO, sendo o Filho de DEUS, pôde oferecer um sacrifício de valor eterno e infinito. Havendo assumido a natureza humana, Pôde identificar-se com o gênero humano e assim sofrer o castigo que era nosso, a fim de que pudéssemos escapar. Isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Ele que era sem pecado por natureza, que nunca havia cometido um pecado sequer em sua vida, se fez pecador (ou tomou o lugar do pecador). Nas palavras de Paulo: "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2 Cor. 5:21). Nas palavras de Pedro: "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Ped. 2:24). (d) Redenção. A palavra redimir, tanto no Antigo como no Novo Testamento, significa tornar a comprar por um preço; livrar da servidão por preço, comprar no mercado e retirar do mercado. O senhor JESUS é um Redentor e sua obra expiatória é descrita como uma redenção. (Mat. 20:28; Apoc. 5:9; 14:3, 4; Gál. 3:13; 4:5; Tito 2:14; 1 Ped. 1:18.) A mais interessante ilustração de redenção se encontra no Antigo Testamento, na lei sobre a redenção dum parente. (Lev. 25:47-49.) Segundo essa lei, um homem que houvesse vendido sua propriedade e se houvesse vendido a si mesmo como escravo, por causa de alguma dívida, podia recuperar, tanto sua terra como sua liberdade, em qualquer tempo, sob a condição de que fosse redimido por um homem que possuísse as seguintes qualidades: Primeira, deveria ser parente do homem; segunda deveria estar disposto a redimi-lo ou comprá-lo novamente; terceira, deveria ter com que pagar o preço. O Senhor JESUS CRISTO reuniu em si essas três qualidades: Fez-se nosso parente, assumindo nossa natureza; estava disposto a dar tudo para redimir-nos (2 Cor. 8:9); e, sendo divino, pôde pagar o preço... seu próprio sangue precioso. O fato da redenção destaca o alto preço da salvação e, por conseguinte, deve ser levado em grande consideração. Quando certos crentes em Corinto se descuidaram de sua maneira de viver, Paulo assim os admoestou: "não sabeis... que não sois de vós mesmos? porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS" (1 Cor. 6:19. 20). Certa vez JESUS disse: "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" (Mar. 8:36, 37). Com essa expressão ele quis dizer que a alma, a verdadeira vida do homem, podia perder-se ou arruinar-se; e perdendo-se não podia haver compensação por ela, porque não havia meios de tornar a comprá-la. Os homens ricos poderão jactar-se de suas riquezas e nelas confiar, porém o poder delas é limitado. O Salmista disse: "Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a DEUS o resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes) por isso tão pouco viver para sempre ou deixar de ver a corrupção" (Sal 49: 7-9). Mas uma vez que as almas de multidões já foram "confiscadas", por assim dizer, por viverem no pecado, e não podem ser redimidas por meios humanos, que se pode fazer em favor delas? O Filho do homem veio ao mundo "para dar a sua vida em resgate (ou para redenção) de muitos (Mat. 20:28). O supremo objetivo de sua vinda ao mundo foi dar sua vida como preço de resgate para que aqueles, cujas almas foram "confiscadas", pudessem recuperá-las. As vidas (espirituais) de muitos, "confiscadas", são libertadas pela rendição da vida por parte de CRISTO. Pedro disse a seus leitores que eles foram resgatados de sua vã maneira de viver, que por tradição (pela rotina ou costumes), receberam dos seus pais (1 Pedro 1:18). A palavra "vã" significa "vazia", ou aquilo que não satisfaz. A vida, antes de entrar em contato com a morte de CRISTO, é inútil e vã é andar às apalpadelas, procurando uma coisa que nunca poderá ser encontrada. Com todos os esforços não logra descobrir a realidade; não tem fruto permanente. "Que adianta tudo isso?" exclamam muitas pessoas. CRISTO nos redimiu dessa servidão. Quando o poder da morte expiatória de CRISTO tem contato com a vida de alguém, essa vida desfruta de grande satisfação. não está mais escravizada às tradições de ancestrais ou limitada à rotina ou aos costumes estabelecidos. Antes, as ações do cristão surgem duma nova vida que veio a existir pelo poder da morte de CRISTO. A morte de CRISTO, sendo uma morte pelo pecado, liberta e "toma a criar" a alma. (e) Reconciliação. "Tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nos a palavra da reconciliação" (2 Cor. 5: 18, 19.) Quando éramos inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte do seu Filho (Rom. 5:10). Homens que em outro tempo eram estranhos entre si e inimigos no entendimento pelas suas obras más, agora no corpo da sua carne, pela morte, foram reconciliados (Col. 1:21). Muitas vezes a expiação é mal entendida e, por conseguinte, mal interpretada. Alguns imaginam que a expiação significa que DEUS estava irado com o pecador, e que se afastou, mal-humorado, até que se aplacasse a ira, quando seu Filho se ofereceu a pagar a pena. Em outras palavras, pensam eles, DEUS teve que ser reconciliado com o pecador. Essa idéia, entretanto é uma caricatura da verdadeira doutrina. Através das Escrituras vemos que é DEUS, a parte ofendida, quem toma a iniciativa em prover expiação pelo homem. Foi DEUS quem vestiu nossos primeiros pais; é o Senhor quem ordena os sacrifícios expiatórios; foi DEUS quem enviou e deu seu Filho em sacrifício pela humanidade. O próprio DEUS é o Autor da redenção do homem. Ainda que sua majestade tenha sido ofendida pelo pecado do homem, sua santidade, naturalmente, deve reagir contra o pecado, contudo, ele não deseja que o pecador pereça (Ezeq. 33:11), e, sim, que se arrependa e seja salvo. Paulo não disse que DEUS foi reconciliado com o homem, mas sim que DEUS fez algo a fim de reconciliar consigo o homem. Esse ato de reconciliação é uma obra consumada; é uma obra realizada em beneficio dos homens, de maneira que, à vista de DEUS, o mundo inteiro está reconciliado. Resta somente que o evangelista a proclame e que o indivíduo a receba. A morte de CRISTO tornou possível a reconciliação de todo o gênero humano com DEUS; cada indivíduo deve torná-la real. Essa, em essência, é a mensagem do evangelho; a morte de CRISTO foi uma obra consumada de reconciliação, efetuada independente de nós, a um custo inestimável, para a qual são chamados os homens mediante um ministério de reconciliação. 4. A eficácia da expiação. Que efeito tem para o homem a obra expiatória de CRISTO? Que produz ela em sua experiência? (a) Perdão da transgressão. Por meio de sua obra expiatória, JESUS CRISTO pagou a dívida que nos não podíamos saldar e assegurou a remissão dos pecados passados. Assim, o passado pecaminoso para o cristão não é mais aquele peso horrendo que conduzia, pois seus pecados foram apagados, carregados e cancelados. (João 1:29; Efés. 1:7; Heb. 9:22-28; Apo. 1:5.) Começou a vida de novo, confiando em que os pecados do passado nunca o encontrarão no juízo. (João 1^:24.) (b) Livramento do pecado. Por meio da expiação o crente é liberto, não somente da culpa dos pecados, mas também pode ser liberto do poder do pecado. O assunto é tratado em Romanos, caps. 6 a 8. Paulo antecipa uma objeção que alguns dos seus oponentes judeus devem ter suscitado muitas vezes a saber, que se a pessoa fosse salva meramente por crer em JESUS, essa pessoa teria opinião leviana sobre o pecado, dizendo: "Se permanecermos no pecado, sua graça abundará" (Rom. 6:1). Paulo repudia tal pensamento e assinala que aquele que verdadeiramente crê em CRISTO, rompeu com o pecado. O rompimento tão decisivo que é descrito como "morte". A viva fé no Salvador crucificado resulta na crucificação da velha natureza pecaminosa. O homem que crê com todos os poderes de sua alma (é essa a verdadeira crença) que CRISTO morreu por seus pecados, terá uma tal convicção sobre a condição terrível do pecado, e o repudiará com todo o seu ser. A cruz significa a sentença de morte sobre o pecado. Mas o tentador está ativo e a natureza humana é fraca; por isso é necessária uma vigilância constante e uma crucificação diária dos impulsos pecaminosos. (Rom. 6:11.) E a vitória é assegurada "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rom. 6:14.) Isto é, a lei significa que algo deve ser feito pelo pecador; não podendo pagar a dívida ou cumprir a exigência da lei, ele permanece cativo pelo pecado. Por outro lado, graça significa que algo foi feito a favor do pecador... a obra consumada do Calvário. Conforme o pecador crê no que foi feito a seu favor, assim ele recebe o que foi feito. Sua fé tem um poderoso aliado na Pessoa do ESPÍRITO SANTO, que habita nele. O ESPÍRITO SANTO ajuda-o a repudiar as tendências pecaminosas; ajuda-o na oração e dá-lhe a certeza de sua liberdade e vitória como um filho de DEUS. (Rom. 8). Na verdade, CRISTO morreu para remover o obstáculo do pecado, para que o ESPÍRITO de DEUS possa entrar na vida humana (Gál. 3:13, 14). Sendo salvo pela graça de DEUS, revelada na cruz, o crente recebe uma experiência de purificação e vivificação espiritual (Tito 3: 5-7). Havendo morrido para a antiga vida de pecado, a pessoa nasce de novo, para uma nova vida... nasce da água (experimentando a purificação) e nasce do ESPÍRITO (recebendo a vida divina). (João 3:5.) (c) Libertação da morte. A morte tem um significado tanto físico como espiritual. No sentido físico denota a cessação da vida física, conseqüente de enfermidade, decadência natural ou de causa violenta. é porém, mais usada no sentido espiritual, isto é, como o castigo imposto por DEUS sobre o pecado humano. A palavra expressa a condição espiritual de separação de DEUS e do desagrado divino por causa do pecado. O impenitente que morrer fora do favor de DEUS permanecerá eternamente separado dele no outro mundo, sendo conhecida essa separação como a "segunda morte". Este aviso: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás", não se teria cumprido se a morte fosse apenas o ato físico de morrer, pois Adão e Eva continuaram a viver depois daquele dia. Mas o decreto é profundamente certo quando recordamos que a palavra "morte" implicava todas as conseqüências penais do pecado — separação de DEUS, iniqüidade, inclinação para o mal, debilidade física, e, finalmente, a morte física e as suas conseqüências. Quando as Escrituras dizem que CRISTO morreu por nossos pecados, querem dizer que CRISTO se submeteu, não somente à morte física mas também à morte que significa a pena do pecado. Ele se humilhou a si mesmo no sofrimento da morte "para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos" (Heb. 2:9). Por causa de sua natureza e pela disposição divina, ele pôde efetuar esse plano,. não podemos compreender o "como" da questão, porque evidentemente nisto nos defrontamos com um grande mistério divino. A verdade, porém, é que aceitamos muitos fatos neste universo sem entender o "como" de tais fatos. Nenhuma pessoa ajuizada recusa os benefícios da eletricidade somente porque não a entende plenamente ou porque não compreende as leis do seu funcionamento. Da mesma forma, ninguém precisa recusar os benefícios da expiação pelo fato de não poder, pelo raciocínio, reduzir essa expiação à simplicidade de. um problema matemático. Visto que a morte é a penalidade do pecado, e CRISTO deu-se a si mesmo pelos nossos pecados, ele realizou esse ato ao morrer. Concentrado naquelas poucas horas de sua morte sobre a cruz estava todo o horrendo significado da morte e a negrura do castigo, e isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Essas não são palavras de um mártir, porque os mártires são geralmente sustentados pelo conhecimento interno da presença de DEUS; são palavras de Um que efetuou um ato que implica separação divina. Esse ato consumou-se quando ele levou os nossos pecados. (2 Cor. 5:21.) Embora seja verdade que também os que crêem nele tenham que sofrer a morte física (Rom. 8:10), mesmo assim, para eles o estigma (ou a pena) é tirado da morte, e esta se toma uma porta para outra vida mais ampla. Neste sentido JESUS afirmou: "Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá" (João 11:26). (d) O dom da vida eterna. CRISTO morreu para que nos não perecêssemos (a palavra é usada no sentido bíblico de ruína espiritual), mas "tenhamos a vida eterna" (João 3:14-16. Vide Rom. 6;23.) A vida eterna significa mais do que mera existência; significa vida no favor de DEUS e comunhão com ele. Morto em transgressões e pecados, o homem está fora do favor de DEUS; pelo sacrifício de CRISTO, o pecado é expiado e ele restaurado à plena comunhão com DEUS. Estar no favor de DEUS e em comunhão com ele é ter vida eterna, pois é a vida com ele que é o Eterno. Essa vida é possuída agora porque os crentes estão em comunhão com DEUS; a vida eterna é descrita como futura (Tito 1:2; Rom. 6:22), porque a vida futura trará perfeita comunhão com DEUS. "E verão o seu rosto" (Apo. 22:4). (e) A vida vitoriosa. A cruz é o dínamo que produz no coração humano essa resposta que constitui a vida cristã. A expressão "eu viverei para ele que morreu por mim", diz bem o dinamismo da cruz. A vida cristã é a reação da alma ante o amor de CRISTO. A cruz de CRISTO inspira o verdadeiro arrependimento, o qual é arrependimento para com DEUS. O pecado muitas vezes é seguido de remorso, vergonha e ira; mas somente quando houver tristeza por ter ofendido a DEUS, há verdadeiro arrependimento. Esse conhecimento interno não se produz por vontade própria, pois a própria natureza do pecado tende a obscurecer a mente e a endurecer o coração. O pecador precisa de um motivo poderoso para arrepender-se — algo que o faça ver e sentir que seu pecado ofendeu e injuriou profundamente a DEUS. Mas o decreto é profundamente certo quando recordamos que a palavra "morte" implicava todas as conseqüências penais do pecado — separação de DEUS, iniqüidade, inclinação para o mal, debilidade física, e, finalmente, a morte física e as suas conseqüências. Quando as Escrituras dizem que CRISTO morreu por nossos pecados, querem dizer que CRISTO se submeteu, não somente à morte física mas também à morte que significa a pena do pecado. Ele se humilhou a si mesmo no sofrimento da morte "para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos" (Heb. 2:9). Por causa de sua natureza e pela disposição divina, ele pôde efetuar esse plano,. não podemos compreender o "como" da questão, porque evidentemente nisto nos defrontamos com um grande mistério divino. A verdade, porém, é que aceitamos muitos fatos neste universo sem entender o "como" de tais fatos. Nenhuma pessoa ajuizada recusa os benefícios da eletricidade somente porque não a entende plenamente ou porque não compreende as leis do seu funcionamento. Da mesma forma, ninguém precisa recusar os benefícios da expiação pelo fato de não poder, pelo raciocínio, reduzir essa expia ao à simplicidade de. um problema matemático. Visto que a morte é a penalidade do pecado, e CRISTO deu-se a si mesmo pelos nossos pecados, ele realizou esse ato ao morrer. Concentrado naquelas poucas horas de sua morte sobre a cruz estava todo o horrendo significado da morte e a negrura do castigo, e isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Essas não são palavras de um mártir, porque os mártires são geralmente sustentados pelo conhecimento interno da presença de DEUS; são palavras de Um que efetuou um ato que implica separação divina. Esse ato consumou-se quando ele levou os nossos pecados. (2 Cor. 5:21.) Embora seja verdade que também os que crêem nele tenham que sofrer a morte física (Rom. 8:10), mesmo assim, para eles o estigma (ou a pena) é tirado da morte, e esta se torna uma porta para outra vida mais ampla. Neste sentido JESUS afirmou: "Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá" (João 11:26).A cruz de CRISTO fornece esse motivo, pois ela demonstra a natureza horrenda do pecado, pelo fato de ter causado a morte do Filho de DEUS. Ela declara o terrível castigo sobre o pecado; mas revela também o amor e a graça de DEUS. Está muito certo o que alguém disse: "Todos os verdadeiros penitentes são filhos da cruz. Seu arrependimento não é deles mesmos; é a reação para com DEUS produzida em suas almas pela demonstração do que o pecado é para ele, e o que faz o seu amor para alcançar e ganhar os pecadores." Está escrito acerca de certos santos que vieram da grande tribulação, que "Lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro" (Apoc. 7:14). A referência é ao poder santificador da morte de CRISTO. Eles haviam resistido ao pecado, e agora eram puros. De onde receberam a força para vencer o pecado? O poder do amor de CRISTO revelado no Calvário os constrangeu. O poder da cruz, descendo em seus corações, os capacitou para vencerem o pecado. (Vide Gál. 2:20.) "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte" (Apoc. 12:11). O amor de DEUS os constrangeu e ajudou-os a vencer. A pressão sobre eles foi grande, mas, com o sangue do Cordeiro como o motivo que os impulsionava, eram invencíveis. "Tendo em vista a cruz sobre a qual JESUS morreu, não puderam "trair sua causa pela covardia, e não amaram mais as suas vidas do que ele amou a sua. Eles pertenciam a CRISTO, como ele pertencia a eles". A vida vitoriosa inclui a vitória sobre Satanás. O Novo Testamento declara que CRISTO venceu os demônios. (Luc. 10:17-20; João 12:31, 32; 14:30; Col. 2:15; Heb. 2:14, 15; Apoc. 12: 11.) Os crentes têm a vitória sobre o diabo enquanto tiverem o Vencedor sobre o diabo! A MORTE VICÁRIA DE JESUS - CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD PORQUE PRIMEIRAMENTE VOS ENTREGUEI O QUE TAMBÉM RECEBI: QUE CRISTO MORREU POR NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS 1 CORÍNTIOS 15.3 A morte de JESUS deve ser estudada como fato histórico com suas relevantes implicações teológicas no plano divino da redenção humana. A morte não foi acidente de percurso, estava previsto nas Escrituras Sagradas, e esse acontecimento afetou e ainda afeta a vida de todos os humanos. Não se trata apenas da morte de um justo, mas de um sacrifício como oblação pelos nossos pecados, que DEUS recebeu e propôs como propiciação pelas nossas ofensas (Rm 3.25). O aspecto histórico está nos evangelhos, o teológico, em Atos, nas epístolas e em Apocalipse. A MORTE DE JESUS NO PLANO DIVINO No capítulo sete, JESUS, Sacerdote Eterno, falou-se sobre o sacrifício como tema central do Antigo Testamento e que esse sistema sacrificial implicava expiação, redenção, perdão e castigo vicário. O primeiro anúncio da vinda do Messias já vinculava a sua morte: “esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Isso fala de seu sofrimento e, também, de sua glória. Os detalhes são revelados progressivamente no transcorrer do tempo. Depois do dilúvio, DEUS escolheu o patriarca Abraão e prometeu suscitar dentre os seus descendentes o Redentor, pois a promessa divina feita a Abraão era: “À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Segundo o apóstolo Paulo, é uma profecia messiânica, pois essa Semente diz respeito ao Messias (Gl 3.16). Dentre os filhos de Jacó, DEUS escolheu Judá, para ser um dos progenitores da Semente da Mulher (Gn 49.10). Judá é o pai de Perez (Gn 38.26-30), dele descendeu o rei Davi (Rt 4.18-22). A partir daí, os profetas apresentaram detalhes da obra e da identidade de JESUS. A morte física de JESUS aconteceu “segundo as Escrituras” (1 Co 15.3), isso significa que estava prevista no Antigo Testamento por figuras e tipos, a começar pelo ritual do tabernáculo, e de maneira direta pelos profetas. A descrição do cordeiro da Páscoa, desde o êxodo do Egito, aponta para CRISTO e o seu sacrifício: “não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso” (Êx 12.46). Os soldados quebraram as pernas dos dois malfeitores que foram crucificados ao lado do Senhor JESUS, mas não quebraram as pernas do Mestre: “Mas, vindo a JESUS e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas... para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado” (Jo 19.33, 36). O altar do sacrifício é outro tipo significativo. É identificado como altar dos holocaustos, altar de bronze ou de ofertas queimadas. Era uma caixa de mais ou menos 2,50m de comprimento e a mesma medida a sua largura, sua altura de aproximadamente 1,75m, de madeira de cetim e revestida de bronze ou cobre (a palavra hebraica é a mesma para esses metais), com quatro pontas, uma em cada canto (Êx 29.1, 20). As pontas eram aspergidas com sangue na consagração de sacerdotes (Êx 29.12), no dia da expiação (Lv 16.18) e na oferta pelo pecado, quando o pecador apresentava o substituto para o sacrifício (Lv 4.18, 25, 34). As marcas de sangue nas quatro pontas do altar apontam para as quatro marcas de sangue na cruz: na parte superior proveniente da coroa de espinhos, os cravos nos braços direito e esquerdo e o dos pés: o altar do sacrifício, onde o Filho de DEUS morreu em nosso lugar. Não há necessidade de se apresentar mais exemplos para mostrar os tipos e as figuras do sacrifício do Calvário. O salmo 22 começa com as palavras que JESUS pronunciou do alto da cruz: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). A passagem paralela do evangelho de Marcos, a citação está em aramaico: “Eloí, Eloí, lemá sabactâni? Isso, traduzido, é: DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34), mas o Targum de Jonathan usa “Eli”, igual ao hebraico, no salmo 22.1 [22.2]. O salmo é profético e descreve alguém abandonado, mas com uma fé inabalável em DEUS. O versículo 8 cumpriu-se na crucificação: “Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer” (Cf Mt 27.43); da mesma forma, o 18: “Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica” (Cf Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.23, 24). Isaías 53 descreve a cena do Calvário com abundância de detalhes. Segundo Alfred Edersheim, o Targum de Jonathan e o Targum de Jerusalém “adotam com franqueza a interpretação messiânica destas profecias” (EDERSHEIM, 1997, p. 90). O profeta Zacarias anunciou de antemão que o Messias seria traspassado por uma espada (12.10 Cf Jo 19.34, 37). JESUS afirmou que a Lei de Moisés e os Profetas se convergem nele, sendo sua paixão e morte o cumprimento das Escrituras Sagradas (Lc 24.26, 27; 44-46). Os quatro evangelhos apontam essa morte como cumprimento das Escrituras dos Profetas (Mt 27.35; Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.24, 36, 37). O sacrifício de JESUS é a conclusão lógica dos ensinamentos do Antigo Testamento. A CRUCIFICAÇÃO O relato da execução de JESUS está registrado nos quatro evangelhos sinóticos. Eles devem ser entendidos como uma narrativa completa. Há apenas um evangelho descrito e apresentado em quatro maneiras. Há muita coisa em comum neles, mas há também muitas coisas peculiares que só aparecem em cada um deles, havendo muito mais coisas em comum e semelhantes do que diferenças. Quando se fala da harmonia dos evangelhos isso quer dizer, mediante fatos e provas, que os evangelhos não se contradizem. Nenhum deles é completo, o que falta em um, aparece no outro. De modo que as aparentes discrepâncias são, na verdade, complementos dessas narrativas, formando um só evangelho, narrando a vida de JESUS CRISTO. Muitas coisas que JESUS fez e ensinou não foram escritas (Jo 21.25). DEUS permitiu que fosse registrado apenas o suficiente para a salvação da humanidade. Todos eles tinham como meta apresentar em ordem a narrativa do nascimento, ministério, paixão e ressurreição de JESUS. Somente Mateus mencionou a abertura dos sepulcros e a ressurreição dos mortos quando JESUS morreu (27.50-53), apenas Lucas registrou o arrependimento de um dos dois malfeitores crucificados ao lado do Senhor JESUS (23.40-43). João foi o único a escrever que JESUS carregou, ele mesmo, às costas, a cruz (19.17), que falou com Maria, sua mãe, desde o alto da cruz (19.26, 27) e que ele foi traspassado por uma espada (19.34). Das sete palavras da cruz, as frases proferidas por CRISTO do alto da cruz, uma foi registrada por Mateus e Marcos: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46; Mc 15.34); três por Lucas: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (23.34), “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (v 43), “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (v. 46) e as outras três por João: “Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe” (19.26, 27), “Tenho sede” (v. 28) e “Está consumado” (v. 30). Esses são alguns exemplos de detalhes de cada narrativa. JESUS esteve na cruz durante seis horas, depois de uma longa noite de interrogatório e de uma sessão de tortura. Quando o prenderam no Getsêmani, ele foi conduzido à casa do sumo sacerdote para o primeiro interrogatório (Lc 22.54), ali mesmo começou a tortura física e a zombaria: “E os homens que detinham JESUS zombavam dele, ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?” (Lc 22.63, 64). Pela manhã cedo, ele foi conduzido ao sinédrio (Lc 22.66), onde a sessão de interrogatório prosseguiu e de lá para o governador romano da Judéia, Pôncio Pilatos (Lc 23.1), que logo o remeteu de volta a Herodes, mas antes, em sua presença, foi zombado e ultrajado, em seguida foi devolvido para Pilatos (Lc 23.7, 11). Então, foi torturado, recebeu uma coroa de espinhos, um bastão real e um manto de púrpura (Mt 27.29; Jo 19.2), escarnecendo-se dele, pois dizia ser o rei dos judeus. Foi crucificado às nove horas da manhã: “E era a hora terceira, e o crucificaram” (Mc 15.25).20 A injustiça era tanta que até a natureza se revoltou, o sol negou a sua luz em pleno dia, houve trevas em toda a terra desde um pouco antes do meio-dia até às três horas das tarde (Lc 23.44-46). Somente Lucas registrou as palavras ipsis litteris de JESUS, ao entregar o espírito ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Era uma oração registrada no livro dos Salmos: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito” (31.5 ARA), que as crianças judias recitavam como oração ao anoitecer. O relato de Lucas mostra de maneira inconfundível que JESUS se entregou por nós, ele deu sua vida pelos pecadores, como ele mesmo havia prometido, “a minha vida”, disse “ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (Jo 10.18). JESUS entregou o espírito com “grande brado” (Mc 15.37) ou com “grande voz” (v. 46; Mt 27.50). O termo “está consumado” (Jo 19.30), tanto em grego τετέλεσται (tetelestai), como em aramaico משַׁלַּם (moshallam), é uma só palavra. O brado de JESUS no alto da cruz declara haver concluído a obra da redenção entregando ao Pai o seu espírito indica triunfo, e não mero “está acabado” como um derrotado. Ele foi crucificado, mas vitorioso, cumpriu a sua missão com sucesso, aleluia! O “véu do templo” era a cortina que separava o lugar santo do lugar santíssimo, ou santo dos santos, lugar da presença de DEUS onde somente o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, no dia da expiação (Êx 26.33; 30.10; Lv 16.15). O véu rasgado mostra que a morte de JESUS abriu a todos os seres humanos o caminho para DEUS (Hb 6.19, 20; 10.19, 20). A morte de JESUS causou o maior impacto de toda a sua vida. O centurião reconheceu haver crucificado um homem justo, e a multidão “voltava batendo nos peitos” (Lc 23.48) como gesto de aturdimento. Estava ali participando de um espetáculo de zombaria, de repente, as palavras de JESUS com a reação da natureza despertaram a consciência daquelas pessoas que voltavam para casa batendo dos peitos como gesto de lamentação pelo horrendo crime, sem precedente na História, era uma sensação coletiva de culpa e vergonha. Essa estranha reação foi um preparativo para o povo receber a mensagem do evangelho, pregado pelo apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes (At 2.23). O SACRIFÍCIO VICÁRIO A Bíblia ensina que “todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS” (Rm 3.23) e que o homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo (Is 64.6), de ir ao céu pela sua própria força, justiça e bondade. Assim, DEUS proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10). O sacrifício de JESUS satisfez toda a justiça da lei e dos profetas. O Antigo Testamento não somente anuncia a vinda de JESUS com sua paixão e morte como também apresenta a importância do sangue, no sacrifício, apontando para o Calvário: “... é o sangue que fará expiação...” (Lv 17.11). Isso é confirmado no Novo Testamento... sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9.22). “Expiação”, portanto, significa reconciliação, é a restauração de uma relação quebrada. Na cruz fomos reconciliados com DEUS (2 Co 5.19; Ef 2.23-26). O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa “o que faz as vezes de outro, substituto” (SARAIVA, 2000, p. 1273). Morte vicária significa morte substitutiva, pois JESUS morreu em nosso lugar (1 Co 15.3; Gl 2.20). Os apóstolos entenderam o significado teológico na morte de JESUS, pois DEUS propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2.1,2). Os muçulmanos negam peremptoriamente a morte de JESUS. O Alcorão ensina textualmente que JESUS não morreu. Essa é a mais grotesca negação do cristianismo, pois os céticos sempre têm questionando o significado de eventos ligados aos ensinos e às obras de CRISTO. Porém, rechaçar a História, afirmando que JESUS não morreu, é um disparate, pois toda a estrutura bíblica gravita em torno desse acontecimento: a paixão e a morte de JESUS é contada como parte de sua vida terrena nos quatro evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e indestrutíveis. Há inúmeras referências à morte de CRISTO no Antigo Testamento, alguns exemplos foram citados acima. O próprio JESUS predisse, várias vezes, a sua morte; dois exemplos são suficientes para confirmar esse fato: Desde então, começou JESUS a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia ... E, subindo JESUS a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte” (Mt 16.21; 20.17, 18). Historiadores judeus e romanos atestaram a morte de JESUS. O fato foi registrado por Josefo: Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades, Livro 18.4.772). Josefo não era cristão e por isso muitos críticos duvidam da autenticidade da menção de JESUS em sua obra. Porém, nada há nos manuscritos que justifiquem tal suspeita, ela é fundamentada apenas nos adjetivos que o historiador aplicou a JESUS.21 A literatura judaica antiga menciona a morte de JESUS, o Talmud Babilônico declara a morte de JESUS na véspera da Páscoa (Sanh. 43a). Tácito, o historiador romano, afirma: “CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV.44.2,3). Luciano de Samosata, satirista grego e zombador dos cristãos, por volta de 170 escreveu: “Os cristãos, como todos sabem, adoram um homem até hoje – o distinto personagem que iniciou seus novos rituais – foi crucificado por causa disso” (MCDOWELL, 1995, p. 60). A confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. A verdade é que a cruz de CRISTO sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23). O homem precisava e precisa de JESUS, ele que se tornou o nosso sacrifício, morreu em nosso lugar para abrir o caminho ao céu. O que é tão ofensivo na cruz? O orgulho do homem faz com que se rebele contra a sentença de DEUS. O incrédulo ofende-se porque DEUS não aceita seus esforços pessoais! O sacrifício de JESUS CRISTO mostra que o homem é completamente incapaz de ir ao céu, à presença de DEUS, pela própria bondade e força. JESUS deixou isso claro: “Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6); “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). Festas de Israel - Geografia das Terras Santas e Bíblicas - Enéas Tognini No passado, como no presente, os filhos de Israel comemoravam suas festas. Eram prescritas pela Lei de Moisés. Algumas mais importantes, outras mais simples, mas todas com um objetivo: o de glorificar a DEUS. Levítico, o terceiro livro de Moisés, guarda o registro de todas elas. O comentário do dr. Antonio Mesquita a Levítico descreve as festas de Israel de modo interessante.12 O Israel de hoje comemora suas festas com este calendário:13 1. Rosh Hashana (Ano Novo ou Lua Nova) — de 1 a 3 de Tisri (outubro). 2. Yom Kipur (Dia do Perdão) — 10 de Tisri (outubro). 3. Sucot (Festa dos Tabernáculos) — 15 a 21 de Tisri (outubro). O último dia dessa festa é chamado Simjat-Tora (alegria pela existência da Lei). 4. Hanuca ou Chanucá (Das Candeias) — 25 de Chislev (dezembro) a 2 de Telbet (janeiro). 5. Tu-Beshvat (também chamada de Rosh Hashana Leilanot = Dia da Árvore) — 15 de Shebat (fevereiro). 6. Purim (Da sorte). Comemorava a libertação dos judeus do poder de Hamã, ao tempo da rainha Ester. 14 de Adar (março). 7. Pessach (Páscoa) — 15 a 21 de Nisã (abril). A Páscoa era de um dia apenas, associada, porém, à Festa dos Pães Asmos, de duração de uma semana. 8. Lag Baômer (o 33º dia de Omer, isto é, as primeiras espigas oferecidas no templo), 18 de Ivar (maio). 9. Shavuot (De Pentecostes; também chamada Hag Habikurim = Primícias) — 6 de Sivã (junho). 10. Kaf Tamuz (Aniversário da morte de Teodoro Herzl, fundador do sionismo e profeta do novo Estado de Israel) — 20 de Tamuz (julho). 11. Tisha Beav (Aniversário da destruição do templo de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.) — 9 de Ab (agosto). 12. Yom Hatzmaut (Dia da Independência e proclamação do Novo Estado de Israel) — 5 de Ivar (14 de maio de 1948). Calamidades que se abateram sobre os judeus de Jerusalém no dia da Páscoa (História Eclesiástica) [Calamidades que se abateram sobre os judeus de Jerusalém no dia da Páscoa] 1- Cláudio ainda regia o império quando ocorreu que, na festa da Páscoa, produziu-se em Jerusalém uma insurreição e uma confusão tamanhas que apenas dentre os judeus, que se apertavam com toda a força nas saídas do templo, morreram trinta mil, esmagados uns contra os outros, transformando-se a festa em dor para toda a nação e em pranto para cada família. Também isto é expressamente referido por Josefo. 2- Cláudio estabeleceu como rei dos judeus Agripa, filho de Agripa, e enviou Félix como procurador de toda a região da Samaria, da Galiléia e da chamada Peréia. Depois de ter exercido o comando durante treze anos e oito meses, morreu, deixando Nero como sucessor no império. AJUDA BIBLIOGRÁFICA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão - nº 53 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD. GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W . Wiersbe http://www.gospelbook.net www.ebdweb.com.br http://www.escoladominical.net http://www.portalebd.org.br/ SOTERIOLOGIA - AS GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA - Pr. Raimundo de Oliveira - CPAD Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD A TENTAÇÃO E A QUEDA - Comentário Neves de Mesquita Bíblia The Word. TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO - BEP - SALVAÇÃO Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
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