Marcelo Faria
Comentário de Julio Severo: A excelente matéria a seguir é de Marcelo Faria, do ILISP. O que a lei diz sobre a encenação de nudez, com uso de crianças, no Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo? Veja: “Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva, cinematográfica, atividade fotográfica ou de qualquer outro meio visual, utilizando-se de criança ou adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou vexatória: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.”
A lei, explicitamente, diz que representação teatral pornográfica com uso de crianças é CRIME. Tal representação foi exatamente o que aconteceu no MAM, sob patrocínio do Banco Itaú.
Sendo a lei tão clara, então o que fica estranho não é os “atores” que decidiram quebrá-la na cara dura, mas a total falta de vontade das autoridades de a aplicaram imediatamente nos infratores.
Houve duas grandes violações da lei:
* Dos atores-militantes que desrespeitaram a lei e a integridade das crianças.
* Das autoridades que desrespeitaram a lei ao não cumpri-la na mesma hora da violação.
Se esses atores-militantes ativos e autoridades passivas queriam provar que no Brasil não se leva a lei a sério, conseguiram!
Se a lei fosse de fato respeitada, a encenação de nudez no MAM seria interrompida por agentes policiais levando direto para a delegacia o sem-vergonha nu, a mãe militante com outros atores militantes. E as crianças seriam imediatamente colocadas sob a guarda direta do Conselho Tutelar. Nada disso aconteceu. Não houve nenhum respeito à lei. Não houve nenhuma aplicação da lei. Atores-militantes, pois, estão isentos da lei, mesmo quando usam crianças para sua militância pornográfica.
Leia agora o artigo do Marcelo:
A mãe da criança que toca o “coreógrafo” Wagner Schwartz, nu em um tablado, durante a abertura da exposição “35º Panorama da Arte Brasileira – 2017″ no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) é militante do PT e trabalhou até poucos meses em um projeto do Banco Itaú – o mesmo que patrocina o MAM por meio da Lei Rouanet, mentiu ao afirmar que não patrocina o museu e tem uma de suas sócias, Milú Villela, como presidente do MAM.
De acordo com informações fornecidas pelo MAM ao G1, o público presente na performance era formado essencialmente por artistas e uma das pessoas que prestigiou a apresentação foi a coreógrafa Elisabete Finger acompanhada da filha. O vídeo (acima) que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que Schwartz está nu enquanto Elisabete incentiva a filha a tocá-lo.
De acordo com posts públicos no perfil de Elisabete no Facebook – o qual foi fechado para amigos após a divulgação de seu nome – a coreógrafa é militante do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiando desde a campanha de Dilma Rousseff em 2014 até o atual “Fora Temer”.
As coincidências não param por aí. Elisabete Finger trabalhou por três anos e meio (até junho de 2017) como apresentadora de um projeto do Itaú Cultural chamado “Discoreografia – Música, Dança e Blá, Blá, Blá“, braço cultural do Banco Itaú que também é financiado por meio da Lei Rouanet. Na terceira edição do programa, que foi ao ar em 25 de fevereiro de 2014, Elisabete entrevistou o próprio coreógrafo Wagner Schwartz, aquele que incentiva sua filha a tocar enquanto ele está nu. De acordo com a descrição do programa, os trabalhos de Wagner “transitam entre práticas e culturas diferentes” tornando “viável a fisicalidade dos seus experimentos”.
Cabe lembrar que o presidente do Itaú, Roberto Setúbal, defendeu em 2015 que Dilma continuasse no cargo de Presidente da República.
Fonte: ILISP
Divulgação: www.juliosevero.com
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