Este post é assinado por: Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
- Romanos 9.9-219 – Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.10 – E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;11 – Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),12 – Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor.13 – Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú.14 – Que diremos, pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma!15 – Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.16 – Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.17 – Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.18 – Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer.19 – Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade?20 – Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?21 – Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
TEXTO ÁUREO
- Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? (Rm 11.33,34).
COMUNICADO IMPORTANTE
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Deus lhe abençoe ricamente e vamos aprender…
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- Entender como o texto bíblico aborda o tema salvação no Antigo e no Novo Testamento;
- Conhecer as duas principais correntes doutrinárias, reformadas, relativas à salvação;
- Compreender que mais importante que apreender argumentações soteriológicas é saber que somente por meio de Cristo somos redimidos.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
A lição desta semana trabalhará com o conceito da salvação de acordo com a Bíblia, na visão das duas vertentes doutrinárias prevalentes no mundo cristão, o Calvinismo, base da Teologia Reformada, iniciado por João Calvino em Genebra no século XVI e o Arminianismo, baseado nas ideias de Jacobus Arminius no século XVII.
Abordaremos as duas separadamente, enfatizando as principais características das mesmas.
1 – SOTERIOLOGIA: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Esta é uma das doutrinas de maior relevância bíblica e tem início no livro de Gênesis após o pecado original de Adão e Eva.
A palavra “Soteriologia” é formada a partir de dois termos gregos σωτήριος [Soterios], que significa “salvação” e λόγος [logos], que significa “palavra”, ou “princípio”.
Tradicionalmente é conhecida como “Doutrina da Salvação”.
Uma curiosidade a respeito desta palavra envolve a cidade de Salvador, na Bahia. Quem nasce nesta cidade é denominado “soteropolitano”, ou seja, nascido na cidade da salvação, Salvador.
Vale a pena reforçar que isto não tem nenhuma associação com a Palavra de Deus e trata-se somente de uma curiosidade.
Leiamos este texto em Gênesis:
- “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.E a Adão disse: Porquanto deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu”. (Gn 3.6-21)
1.1 – No Antigo Testamento
A palavra testamento também é conhecida biblicamente por aliança, concerto ou pacto e de acordo com o Dicionário Wycliffe tem o seguinte significado:
O substantivo grego díatheke é traduzido como “testamento” 13 vezes no NT, apesar de que em algumas passagens ele também é traduzido como “aliança”. O substantivo em si é a tradução que a Septuaginta traz do termo hebraico b‘rit, significando a obrigação auto imposta por Deus à reconciliação aos pecadores consigo mesmo (Gn 17.7; Dt 7.6-8; Sl 89.3,4).
A Septuaginta evitou aqui o termo grego comum para aliança, syntheke (“colocar junto” de forma mútua), como impróprio para a atividade soberana de Deus, e substituiu por ãiatkeke (um arranjo, lit., “levar a cabo”), cujo sentido principal é “uma disposição de propriedade por meio de um testamento”. O termo parece ter sido providencialmente escolhido, porque a salvação historicamente vem de uma forma específica de aliança, a saber, por um legado.
A criação do homem foi algo feito de forma sublime pelo criador, pois o livro de Gênesis nos mostra que fomos feitos à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27).
Mas o pecado desencadeou uma série de consequências e a pior delas, foi a ruptura do perfeito relacionamento com Deus, conforme já estudamos.
Desta forma, o Senhor faz um pacto com o homem, prometendo-lhe remissão e reaproximação e Ele era o único capaz de fazer um pacto como este.
O livro de Gênesis nos dá uma ideia bem nítida sobre isto:
- “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
O termo aliança reveste-se de sublime importância na conformação da identidade religiosa de Israel, pois em nenhum outro sistema de culturas e crenças, em todo o mundo, encontram-se vestígios que possam indicar o estabelecimento de pactos entre uma divindade e o seu povo; fato que, por si só, comprova o ineditismo do texto bíblico.
Leiamos mais um trecho do que o Dicionário Wycliffe nos ensina sobre o testamento:
“A estrutura testamentária de Deus contém os seguintes elementos; um testador, Deus o Filho, o “Mediador” (Hb 9.15); herdeiros, “os chamados” (9,15); um método objetivo de efetuação, ou seja, uma herança de graça (9.16); as condições subjetivas pelas quais os herdeiros se qualificam para a herança, pelo comprometimento com Cristo (9.28); e uma herança de reconciliação, a “salvação eterna” (9.15,28). Sua efetuação objetiva é sempre marcada por: monergismo, “um realizador”, Deus exercendo sua pura graça (Gn 15.17; Êx 19.4; Jr 31.2,3), sem o auxílio das obras do homem (Ef 2.8,9); a morte do testador (Êx 24.8; Hb 9.18-22); a promessa, “E eu serei seu Deus, e eles serão o meu povo” (Gn 17.7 até Ap 21,3); a eternidade (Sl 105,8-10; cf. Lv 2.13, “o sal [preservação eterna] do testamento”); e um sinal confirmatório, como o arco-íris para Noé (Gn 9.12,13), o êxodo para Moisés (Ex 20.2), ou a ressurreição de Cristo para nós (Rm 1.4)”.
O Antigo Testamento, ou antiga aliança, foi substituído por um novo. A carta aos Hebreus nos mostra isto no capítulo oito, versículos de 6 a 13:
- “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, eu para eles não atentei, diz o Senhor.Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar”.
No A.T. os pecados eram expiados, ou seja, cobertos e isto aconteceu até que Jesus, o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, morresse e seu sacrifício fosse aceito definitivamente.
O livro de Levítico nos mostra como eram feitos os sacrifícios no A.T., em especial no capítulo 16.
Vejamos o conceito de expiação de acordo com o Dicionário Wycliffe:
“A palavra “expiação” é um termo anglo saxão que possui a força de “transformar em um”. Ela fala de um processo de trazer aqueles que são inimigos para uma harmonia e unidade, significando, assim, Reconciliação”.
1.2 – No Novo Testamento
Todo o sistema que fora dado a Moisés e ensinado aos sacerdotes no A.T. previa o sacrifício de animais para remissão de pecados.
Após a queda de Adão e Eva, o pecado tornou-se parte integrante da natureza humana.
- “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem”. (1 Co 15.21 – Grifo Nosso).
Paulo escreve aos Romanos que TODOS pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23) e para que o homem permanecesse livre da ira de Deus, era necessário que fossem oferecidos sacrifícios pelos seus pecados.
A Carta aos Hebreus nos mostra que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados e também diz que as coisas do passado são sombras dos bens futuros.
Leiamos estes versículos:
- “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. (Hb 9.22)
- “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”. (Hb 10.1)
Desta forma, o pecado que antes era somente “tampado”, com a morte de Jesus, torna-se apagado, riscado e completamente perdoado.
A carta aos Hebreus é um compêndio sobre salvação no N.T.
Leiamos o que o escritor nos mostra:
- “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna”. (Hb 9.11-15)
O conceito de salvação no N.T. é restrito ao Cristo, não sendo mais necessário o ato sacrificial de animais.
Algumas pessoas sempre trazem à tona a seguinte pergunta: “Porque Jesus precisou morrer daquela forma”?
A resposta é: “Para que a Lei de Deus fosse cumprida Nele e o sacrifício exigido pelo pecado fosse pago definitivamente”.
Voltemos à carta aos Hebreus:
- “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio;De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. (Hb 9.24-28)
João, o discípulo amado transcreveu as palavras de Jesus no evangelho que leva seu nome no capítulo 3 e versículo 16:
- “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3.16 – NVI)
2 – OS SISTEMAS SOTERIOLÓGICOS
Os dois principais sistemas soteriológicos existentes são o Calvinismo e o Arminianismo, porém existem vários outros, como o Pelagianismo, Semipelagianismo e outros.
Nosso foco será os dois mais importantes que trabalham com os seguintes pressupostos: os pecadores são declarados justos diante de Deus somente pela fé, somente em Cristo, somente pela Graça, não mediante as boas obras praticadas.
2.1 – Considerações prévias
Como acadêmicos e professores de Teologia, ainda que muitos só conheçam a teologia advinda do ensino aprendido na EBD, precisamos gravar uma frase e NUNCA esquecer:
A Teologia não deve ser considerada uma “CIÊNCIA EXATA”
Rupert Meldenius, teólogo alemão escreveu algo sublime sobre isto:
“Em coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade; em todas as coisas, caridade”.
Traduzindo, as questões que são fundamentais para a salvação, como o fato de crermos que Jesus é o filho de Deus que veio libertar os cativos e oprimidos; no fato de que não acreditamos que exista outro caminho para o Pai a não ser Jesus, devemos ter UNIDADE; nas questões classificadas por “não essenciais”, podemos ter liberdade, OU SEJA, podemos crer nas diversas “TEORIAS” que existem, como é o caso do pré, midi ou pós tribulacionistas, o tipo de batismo correto, dentre outras e para finalizar, em TODAS AS COISAS, devemos ter amor.
Apesar de cada uma das denominações terem seu posicionamento sobre a soteriologia, precisamos respeitar cada um deles.
2.2 – O Calvinismo e a Predestinação
João Calvino foi um teólogo francês que contribui muito para a Reforma Protestante. Seus estudos criaram o que conhecemos hoje de calvinismo.
O calvinismo prega 5 pontos com iniciais em inglês da seguinte forma:
TULIPS
- TOTAL DEPRAVATION: Depravação Total;
- UNCONDITIONAL ELECTION: Eleição Incondicional (não depende do homem);
- LIMITED ATONEMENT: Expiação Limitada (somente dos escolhidos);
- IRRESISTIBLE GRACE: Graça irresistível (os escolhidos não conseguem resistir);
- PERSEVERANCE OF THE SAINTS: Perseverança dos Santos (Firme até o fim).
2.2.2 – Questões a serem respondidas pelo Calvinismo
Os arminianos fazem 3 objeções a este ensino. Sua primeira alegação é que a perseverança do crente é dependente da sua vontade. Eles citam passagens bíblicas que ensinam a necessidade de lutar (Lc 13.24; Cl 1.29; 2 Tm 2.5), e a possibilidade de cair (Lc 9.62; 1 Co 9.27; G1 5.4; Hb 6.3ss.). Em segundo lugar, sustentam que tal certeza acerca da salvação final só pode levar à imoralidade e à indolência. Em terceiro, tal ensino é inconsistente com a liberdade humana. Com referência às passagens citadas pelos arminianos, os calvinistas respondem dizendo que o contexto é frequentemente contrário ao entendimento arminiano, e que tais passagens podem ser interpretadas em qualquer ocasião em harmonia com a doutrina da perseverança, como é claramente ensinado e indicado em outras passagens.
2.3 – O Arminianismo e o Livre Arbítrio
De acordo com Jacobus Arminius, nome latino de Jacob Harmensz, teólogo holandês, o ensino de Calvino precisava ser debatido e por este motivo, sua tese de doutorado desenvolvida na Universidade de Leiden foi sobre este assunto.
De acordo com ele, o homem tem o que conhecemos como livre arbítrio, ou seja, uma capacidade dada por Deus, para escolher entre o que é certo ou errado e decidir seguir o caminho que lhe convier.
2.3.1 – As teses centrais do Arminianismo
Armínio, com a intenção de contradizer a tese de Calvino, também escreveu sobre cinco pontos, que após sua morte foram publicados pelos chamados “Remonstrantes”:
FACTS
- FREE BY THE GRACE TO BELIEVE: Livre pela graça para crer;
- ATONEMENT FOR ALL: Expiação para todos;
- CONDITIONAL ELECTION: Eleição Condicional;
- TOTAL DEPRAVATION: Depravação Total;
- SECURITY IN CHRIST: Segurança em Cristo.
2.4 – Adendo necessário
A Reforma Protestante tirou a mordaça que fora colocada nos cristãos pela ICAR e possibilitou o estudo sistemático das escrituras e o livre pensamento.
Desta forma, podemos pensar, escrever, pregar e CONVIVER HARMONIOSAMENTE, com todos os pensadores.
Apesar de serem claras as diferenças entre os dois posicionamentos, Charles H. Spurgeon, pregador Batista com posicionamento Calvinista, considerado o “príncipe dos pregadores”, disse:
“Em relação ao aparente contrassenso existente entre predestinação/livre-arbítrio, estamos diante de duas linhas quase tão próximas que a mente humana, finita, não pode discernir o ponto de tangenciamento entre ambas; elas de fato, convergem, e se encontrarão na eternidade, junto ao trono de Deus, de onde brota toda a Verdade.
3 – O POSICIONAMENTO DAS IGREJAS DE CONFISSÃO PENTECOSTAL
O posicionamento de praticamente todas as convenções assembleianas no Brasil e mundo e também das outras denominações de cunho pentecostal é arminiano, ou seja, creem que o homem participa do processo de salvação através da fé e escolha.
3.1 – Quem são os predestinados à salvação?
De acordo com o ensino arminiano, Deus sabe quem será salvo através de sua onisciência e presciência e apesar disto, TODAS as pessoas estão predestinadas para a salvação, desde que aceitem ao chamado de Cristo através de sua fé.
Leiamos o que Pedro escreveu a respeito deste tema em sua segunda carta:
- “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pe 3.9)
Ainda Paulo a Timóteo:
- “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. (1 Tm 2.3-6).
CONCLUSÃO
Devemos ter interesse em crescer no conhecimento da Palavra de Deus e maturidade para escolher em que acreditamos seguindo à risca o que a Palavra de Deus nos ensina.
Entretanto, nos assuntos de difícil interpretação, devemos nos posicionar e aceitar as diferenças existentes entre os milhões de cristãos pelo mundo.
O que precisa ficar claro para todos é que:
- Existe somente um Deus (1 Tm 2.5);
- Só existe um intermediário entre Deus e o homem (1 Co 15.22; Jo 1.12);
- Todos os homens pecaram e estão desligados de Deus (Rm 3.23);
- A fé é produzida pela Palavra de Deus (Rm 10.17);
- Somente o Espírito Santo pode nos convencer de nossos pecados (Jo 16.8);
- Precisamos crer e permanecer fiéis (Mc 16.16; 2 Jo 1.9; Hb 3.6; Ap 2;10).
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. Ed. Vida. São Paulo, 2001.
BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. CPAD. Rio de Janeiro, 1995.
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. CPAD. Rio de Janeiro, 1998.
CALVINO. John. Tratado de Religiões Cristãs, as Institutas. Volume 3. La Aurora. Buenos Aires, 1962.
HAHN, Eberhard. Carta aos Efésios – Comentário Esperança. Ed. Evangélica Esperança. Curitiba, 2006.
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD. Rio de Janeiro, 2000.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação. CPAD. Rio de Janeiro, 2017.
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; JR, William White. Dicionário Vine. CPAD. Rio de Janeiro, 2002.
Por Leonardo Novais de Oliveira
fonte http://ebdcomentada.gdigital.com.br/
Postado por Cláudio Roberto