Lição 10, O Processo da Salvação 4º Trimestre de 2017 - Título: A Obra da Salvação - JESUS CRISTO é o Caminho, e a Verdade e a Vida.

Comentarista: Pr. Claiton Ivan Pommerening, Assembleia de DEUS de Joinvile, SC.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
AJUDA -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-mgr-2tr16-a-necessidade-universal-da-salvacao-em-cristo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ist-3tr15-a-manifestacao-da-graca-salvadora.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-1cj-anossaeternasalvacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-salvacaoesantificacao-ajusticadedeus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-salvacao-ajustificacaopelafeemcristo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-arnf-3tr17-a-necessidade-do-novo-nascimento.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-espiritosanto-novonascimebatespsanto.htm
 
 
 
TEXTO ÁUREO"JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS." (Jo 3.5)
 

VERDADE PRÁTICA
O processo bíblico de salvação se dá por meio da justificação, regeneração e santificação do ser humano.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.12,13 A experiência do Novo Nascimento espiritual
Terça - 2 Co 5.17 O Novo Nascimento torna o homem uma nova criação
Quarta - 1 Jo 3.1,2 Quem nasce de novo verá a glória de DEUS
Quinta - 1 Pe 1.23 Fomos regenerados pela Palavra de DEUS
Sexta - Rm 6.11 Novo Nascimento: mortos para o pecado e vivos para DEUS
Sábado - Cl 3.9 Despindo-se da prática do pecado

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-7
1 – E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 – Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. 3 – JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 – Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 – JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS. 6 – O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 – Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar a natureza da justificação divina;
Explicar o que é a regeneração pelo ESPÍRITO SANTO;
Compreender que somos santificados em CRISTO.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado(a) professor(a), estudaremos a respeito dos tr?s aspectos da salvação: justificação, regeneração e santificação. Veremos que a fé no Filho de DEUS e no seu sacrifício nos proporciona a justificação diante de DEUS. Depois de justificados, somos regenerados e santificados mediante a ação do ESPÍRITO SANTO. Sem a atuação dEle não há salvação, justificação nem o processo de santificação.
No decorrer da lição, procure enfatizar que, como crentes em JESUS CRISTO, justificados, regenerados e santificados, devemos anunciar ao mundo as virtudes do Reino de DEUS mediante a nossa maneira de viver.
 
Resumo da Lição 10, O Processo da Salvação
I - JUSTIFICADOS POR DEUS
1. A natureza da Justificação.
2. A necessidade de Justificação.
3. A impossibilidade da autojustificação.
II - REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO
1. A natureza da Regeneração.
2. A necessidade de Regeneração.
3. Consequências da Regeneração.
III - SANTIFICADOS EM CRISTO
1. Uma consequência da salvação.
2. Um esforço pessoal.
3. O desafio de sermos santos.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Pela fé em CRISTO e mediante a sua graça somos justificados por DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O ESPÍRITO SANTO opera, naquele que cre em JESUS CRISTO, a regeneração.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Pela fé somos santificados em JESUS CRISTO.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP1 - A Justificação"Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de DEUS. O termo 'justificação' refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de CRISTO na cruz, DEUS declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O DEUS que detesta 'o que justifica o ímpio' (Pv 15.17) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque CRISTO já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3.21-26). Constamos, portanto, diante de DEUS como plenamente absolvidos.
Para descrever a ação de DEUS a justificar-nos, os termos empregados pelo Antigo Testamento (heb. tsaddiq: Êx 23.7; Dt 25.1; 1 Rs 8.32; Pv 17.15) e pelo Novo Testamento (gr. dikaioõ: Mt 12.37; Rm 3.20; 8.33,34) sugerem um contexto judicial e forense. Não devemos, no entanto, considerá-la uma ficção jurídica, como se estivéssemos justos sem no entanto sê-lo. Por estarmos nEle (Ef 1.4, 7, 11), JESUS CRISTO tornou-se a nossa justiça (1 Co 1.30). DEUS credita ou contabiliza (gr. logizomaí) sua justiça em nosso favor. Ela é imputada a nós" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 372).
 
CONHEÇA MAIS - O Processo da Salvação"
A obra do ESPÍRITO não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de DEUS, mas vai crescendo a cada etapa subsequente. [...] No momento da conversão, nascemos de novo, desta vez o nascimento no ESPÍRITO. Ao mesmo tempo, o ESPÍRITO nos batiza no corpo de JESUS CRISTO, que é a Igreja. Instantaneamente, somos lavados, santificados e justificados, e tudo isto mediante o poder do ESPÍRITO." Leia mais em Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, editado por Stanley Horton, CPAD, pp. 424,25.
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2 - Regeneração"A regeneração é a ação decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por 'regeneração' aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 refere-se a renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor 'tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne' (Ez 11.19). DEUS diz: 'Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos' (Ez 36.25-27). DEUS colocará a sua lei 'no seu interior e a escreverá no seu coração' (Jr 31.33). Ele 'circundará o teu coração... para amares ao Senhor' (Dt 30.6)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3 - SantificaçãoA santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, DEUS atribui ao crente, no momento em que recebe a CRISTO, a própria justiça de CRISTO, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em CRISTO (Rm 6.6-10). É uma mudança que ocorre 'de uma vez por todas' na condição legal ou judicial da pessoa de DEUS. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia ocorrido entre DEUS e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o homem e si mesmo, entre o homem e a natureza" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1762).
 
PARA REFLETIR - A respeito do processo da salvação, responda:
Quais são as consequências da justificação?
A justificação tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com DEUS, a segurança da salvação e a santificação da vida.
Qual é a necessidade da justificação?A necessidade da justificação é para que nos encontremos justos e santos diante de DEUS, a fim de que sejamos participantes das bênçãos da salvação e para que o Diabo não acuse o crente dos pecados que CRISTO perdoou.
Qual é a distinção entre regeneração e conversão?Regeneração é a ação divina de criar um novo homem, dando-lhe um novo coração, transformando-o em nova criação, tornando-o filho de DEUS e fazendo-o passar da morte para a vida. A conversão é a resposta humana à regeneração no processo de salvação, que é voltar-se inteiramente para DEUS; enquanto aquela é um milagre operado por DEUS na natureza humana, um fenômeno incompreensível à mente natural.
O que é a santificação?A santificação é o processo pelo qual o crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a DEUS, desenvolvendo nele a imagem de CRISTO.
É possível ser santo de maneira absoluta?As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a santificação, pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo. DEUS anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos no pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1 Jo 1.10). Na verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e pecadores, ou seja, em CRISTO, DEUS nos vê absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa natureza inclinada ao pecado, nossa santificação sofre revezes. Por isso é exigido um esforço pessoal e dependência contínua do ESPÍRITO SANTO para sermos santos.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 72, p41.
 
 
Resumo rápido do Pr. Henrique
Paulo diz que não conseguiu a perfeição. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Filipenses 3:12
Antes do arrebatamento jamais conseguiremos a perfeição.
Um crente pode ter 50 anos de crente e mesmo assim não ter dado ao ESPÍRITO SANTO chanse de arrumar alguma área de sua vida.
Tem batismo no ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO e tem batismo no ESPÍRITO SANTO para revstimento de poder para evangelizar.
Tem batismo no ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO (acontece na hora que se converte) e tem batismo no ESPÍRITO SANTO para revestimento de poder para evangelizar (neste o crente fala em línguas confirmando externamente o batismo - pode ocorrer no mesmo instante em que se converte, pode acontecer antes do batismo nas águas, pode acontecer durante a vida do crente e pode não ocorrer nunca na vida do crente.)
No bartismo nas águas não acontece nada de novo. Ninguém é transformado ou aprerfeiçoado quando se batiza nas águas. É inteiramente uma decisão humana e realização humana. É externo. Apenas confirmação de que o crente está tomando a decisão de participar da Igreja como membro que já é desde o instante em que se converteu. É um compromiosso de ter uma vida diferente quando à vida exterior. A partir dai terá obrigações sociais. É um sepultamento com CRISTO e uma ressurreição com CRISTO para uma nova vida. As coisas velhas passaram. Não poderemos viover mais como se não tivéssemos aceitado a JESUS como único Salvador e Senhor. Nenhum pecado é deixado na água e nenhuma transformação a água vai causar no crente.
Seria muita pretenção do creente achar que já alcansou a perfeição. Perfeito - Só JESUS. Paulo disse que seguia olhando para JESUS - o alvo é JESUS.
 
I - JUSTIFICADOS POR DEUS
1. A natureza da Justificação.
Houve um julgamento, no qual, fomos considerados culpados (Rm 3.23). Só nos resta apelar para JESUS, nosso advogado e justificador.
2. A necessidade de Justificação.
Sem justicação não há salvação.
3. A impossibilidade da autojustificação.
JESUS morreu em nosso lugar, levando sobre Ele nossos pecados - Pertence a JESUS a nossa justificação - Nada do que fizermos ou dissermos poderá nos justificar.
II - REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO
1. A natureza da Regeneração.
Ao aceitarmos a JESUS como único Salvador e Senhor, somos mudados de filhos da ira para filhos de DEUS.
2. A necessidade de Regeneração.
Sem a regeneração seriamos apenas robôs, mas como regenerados somos novas criaturas, as coisas velhas passaram, tudo se fez novo. temos uma luta para lutar agora.
3. Consequências da Regeneração.
O amor intenso a DEUS (1 Jo 4.19; 5.1); o amor pelos irmãos (1 Jo 3.14); a rejeição das coisas mundanas (1 Jo 2.15,16); o amor à Palavra de DEUS (Sl 119.103; 1 Pe 2.2); o amor pelas almas perdidas (Rm 9.1-3); o desejo de estar em comunhão com DEUS e adorá-lo (Sl 42.1,2; 63.1; Ef 5.19,20); a vitória sobre o pecado, a carnalidade e as práticas contrárias ao Evangelho (1 Jo 5.18; Gl 5.16; 2 Co 5.17); o conhecimento da vontade de DEUS (1 Co 2.12); o testemunho interior do ESPÍRITO SANTO atestando nossa filiação ao Pai (Rm 8.16); o intenso interesse de praticar a justiça (1 Jo 2.29).
III - SANTIFICADOS EM CRISTO
1. Uma consequência da salvação.
Santificação posicional - Na posição de salvos agora somos declarados santos.
2. Um esforço pessoal.
Parta continuarmos sendo santos temos que nos separar a cada dia para DEUS.
3. O desafio de sermos santos.
Ser santo significa lutar e vencer o pecado todo dia, mas antes, temos que estar em comunhão com DEUS.
 
Soteriologia — a Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto
Em Tito 3.5, está escrito: “segundo a sua misericórdia nos salvou”. O verbo está no pretérito: “nos salvou”. Isso nos leva a refletir sobre a certeza dessa gloriosa salvação em CRISTO JESUS. Somos salvos mesmo? Temos visto casos de crentes antigos que descobrem, para a surpresa de muitos, que ainda não eram salvos segundo o evangelho!
Por que as igrejas de Efeso e Corinto eram tão diferentes? Aos coríntios disse Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa” (I Co 15.34). Apenas fazer parte de uma congregação formada por salvos não significa ser salvo!
A salvação não é coletiva, e sim individual. Vemos que, no passado, entre o povo de DEUS viveu um povo denominado o “vulgo” (Nm 11.4Ex 12.38). Esse “vulgo” não era convertido e tornou-se em Israel uma perturbação, uma fonte de fraquezas, de desobediência, de rebeldia e de pecado. Em Lucas 15.8 JESUS contou uma parábola acerca de uma moeda perdida dentro de casa. E no livro de Ezequiel menciona-se uma ovelha “perdida” dentro do rebanho (34.4b). O leitor tem plena convicção da parte de DEUS de que está salvo mesmo} Por CRISTO, segundo “o evangelho da vossa salvação”? (Ef 1.3Rm 1.16,17Tt 3.5).
Em Lucas 9.23, JESUS disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Observe a parte final do versículo: “e siga-me”. O que significa isso? È perseverar em seguir ao Senhor JESUS; é persistir em seguir aos passos dEle. Enfim, implica ser um dos seus discípulos. Na aludida referência, JESUS não falou primeiramente de “vir a mim”, mas “vir após mim”.
O que é ser um discípulo dEle segundo o evangelho? Consideremos o texto de Lucas 14.26,27,33:
Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher; e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Como vemos no texto acima, o Senhor JESUS aplica um tríplice teste pelo qual se confirma um verdadeiro discípulo. Por três vezes, o Mestre disse: “não pode ser meu discípulo”. Somos — eu e o leitor — de fato discípulos de JESUS, ou apenas pensamos que o somos?
O QUE É SALVAÇÃO
O que é a salvação em CRISTO? A palavra “salvação” é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total por JESUS e a busca constante de sua comunhão.
Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,92 Co 5.17Jo 1.123.5). Observe as afirmações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).
Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de DEUS para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através de JESUS CRISTO, nesta vida e na outra (Rm 13.11 I; Hb 7.252 Co 3.18Ef 3.19).
Pessoalmente — isto é, em relação à pessoa —, a salvação que CRISTO realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.52 Co 3.18); a redenção do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23I Co 15.44); e a glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4Ef 5.27).
Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador receber a gloriosa salvação em CRISTO. Primeiro, reconhecer mediante o evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo, confiar em JESUS como o seu Salvador (Ato 16.31). Terceiro, confessar que o Senhor JESUS é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).
A obediência honesta do pecador movido por DEUS a esses três passos resultará na sua salvação, operando o ESPÍRITO SANTO e a Palavra. Isso não falha; não se trata de uma mera teoria; é a verdade de DEUS sobre a salvação do pecador, revelada aos homens segundo a infalível Palavra de DEUS e o testemunho da infinitude de salvos em CRISTO por toda parte.
Pleno conceito e convicção de salvação. Vemos em Hebreus 2.3 uma cristalina verdade sobre a salvação: “... uma tão grande salvação”. O que denota esta expressão? Ela diz respeito às riquezas imensuráveis da salvação; às bênçãos subseqüentes a ela; à eternidade infinita dela; ao seu alcance imensurável; e à sua sublimidade.
Se todos os crentes tivessem uma plena visão da salvação; se pudessem ver plenamente ao longe a tão grande salvação que receberam, com certeza teriam atitudes diferentes no seu dia-a-dia. Teríamos tanto regozijo, tanta motivação, tanto entusiasmo, tanta convicção, tanto anseio e enlevo pelo céu, que não haveria na Terra um só salvo descontente, descuidado, negligente e embaraçado com as coisas desta vida e deste mundo!
Ademais, teríamos uma tão profunda compreensão do que é o céu — e, por isso, teríamos tanto desejo de ir para lá—, que o Diabo não teria na igreja um só fã, um só admirador de suas coisas, um só aliado. Mas, há crentes que admiram e gostam das coisas do Maligno e se aliam a ele. Por mais que não admitam, pelo fato de não atentarem para a “tão grande salvação”, tornam-se vulneráveis às investidas do Tentador.
Visão atrofiada da salvação. Inúmeros crentes, por terem uma visão atrofiada da salvação em CRISTO, levam uma vida comprometida com o mundo, descuidada, negligente, sem amor, sem dedicação, sem ideal, sem uma busca constante da face do Senhor.
 
Quais devem ser os passos normais de uma vida salva:
  1. Regeneração espiritual;
  2. Plenitude do ESPÍRITO SANTO;
  3. Maturidade espiritual;
  4. Dedicação ao Senhor no seu trabalho.
Necessidade e importância do estudo da Soteriologia.
A experiência da salvação deve ser seguida de um maior conhecimento da salvação (I Tm 2.4b). Isso constitui o alicerce da vida cristã. A Palavra de DEUS, em Hebreus 5.12-14, enfatiza a importância de buscarmos esse maior conhecimento da salvação:
Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de DEUS; e vos baveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido épara ospeifeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Bênçãos gloriosas decorrem da salvação, e fazem parte dela. E primeiramente porque somos salvos que experimentamos o batismo com o ESPÍRITO SANTO, os dons espirituais, o amadurecimento na fé, a chamada para o ministério evangélico, etc.
Muitos crentes — e até obreiros! —, em vez de sempre priorizaram o estudo da Escatologia (uma doutrina importante, é verdade, inclusive parte integrante deste tratado teológico), deveriam primeiro estudar Soteriologia, isto é, as doutrinas da nossa gloriosa salvação em CRISTO.
Há várias passagens das Santas Escrituras que mostram o quanto é importante na vida cristã e na obra do Senhor em geral, inclusive na evangelização, o conhecimento genuinamente bíblico da salvação. EmEfésios 6.17 mencionam-se de início o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO.
Quando o apóstolo discorreu sobre a armadura do cristão, e mencionou o capacete — o qual cobria totalmente a cabeça, protegendo-a — enfatizou a plenitude do conhecimento e da experiência da salvação. Assim como o capacete protegia (e protege) a cabeça, o conhecimento bíblico da salvação em nossa mente é qual capacete espiritual, como forma de proteção da nossa salvação, das investidas mentais de Satanás, dos seus emissários, dos falsos mestres, da mídia corrompida, da literatura nociva, etc.
Em Lucas 1.77 está escrito: “para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados”. Observe que, aqui, a ênfase recaí primeiramente no “conhecimento da salvação”, e não no “sentimento da salvação”. É, pois, uma necessidade conhecer e prosseguir em conhecer a salvação.
A Epístola de João trata desse assunto — a sua mensagem aos salvos é: “sabemos”, “conhecemos”. Em Salmos 46.10 e 100.3, está escrito: “Sabei”, e não “Senti”. E Jó, em meio a muitas lutas, bradou: “Eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19.25). Quando compararmos Hebreus 8.10 com 10.16, vemos que essas passagens mostram que a lei divina deve estar primeiro na mente do crente e depois no seu coração:
Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por DEUS, e eles me serão por povo. Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos...
Em Apocalipse 12.3, o Diabo é simbolizado no dragão com sete cabeças — o que indica plenitude de astúcia, engano, cilada, maquinações. Isso denota que o príncipe das trevas sempre investirá contra a nossa mente, como mencionamos acima, procurando incutir nela dúvidas quanto à gloriosa salvação.
Ao tentar JESUS no deserto, o Diabo procurou lançar dúvidas na sua mente: “Se tu és o Filho de DEUS” (Mt 4.3,6). Por que o Inimigo não logrou êxito? Porque o Filho de DEUS tinha as leis de DEUS na mente e no coração, o que ficou evidente em suas três citações das Escrituras, todas antecedidas da expressão “Está escrito” (vv.4,7,I0).
O valor da sã doutrina. Neste estudo sobre a Soteriologia devemos ter em mente que estamos tomando como base a sã doutrina (Tt 2.1). È da palavra “sã” (gr. hygiaino) que vem o tão empregado termo “higiene”, o qual denota higidez, saúde. A doutrina (ou a soma das doutrinas) quanto à salvação deve ser, portanto, isenta de falsificação e contaminação.
Nesses últimos dias, seitas e doutrinas falsas vêm contaminando as doutrinas bíblicas da salvação em CRISTO. Falsos mestres, falsificadores da Palavra de DEUS, têm ingressado nas igrejas, inclusive doutores (2Tm 4.33.1-52 Pe 2.1), torcendo as Escrituras. E, quanto à Soteriologia, isso ocorre principalmente quanto à eleição do povo de DEUS, a predestinação e o livre-arbítrio, como veremos mais adiante.
Em que consiste a salvação. È importante, antes de avançarmos, respondermos a algumas perguntas. Em que consiste a salvação para o caro leitor? No seu passado na fé? Ou seja, apenas livramento da condenação do pecado? No seu presente na fé? Quer dizer, apenas livramento do poder do pecado? Ou no seu futuro na fé? Isto é, apenas livramento da presença do pecado?
Na verdade, a salvação consiste na resposta afirmativa a todas as três perguntas mencionadas. A nossa “grande salvação” em CRISTO nos livra: da condenação, que outrora era uma realidade; do poder do pecado, pois hoje ele não tem domínio sobre nós, se é que não “andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1b); e da presença do pecado, haja vista a nossa glorificação futura.
O que não é salvação. É importante, ainda nessa introdução à Soteriologia, apresentar algumas definições do que não é a salvação em CRISTO:
  1. Apenas ter uma religião com o nome de cristã. O que dizer dos seguidores do mormonismo, cujo nome da igreja é JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias. São eles salvos por seguirem a uma religião “cristã”?
  2. Apenas freqüentar ou tornar-se membro de uma igreja local. Uma coisa é pertencer a uma igreja, e outra é pertencer à Igreja.
  3. Apenas ter e ler a Bíblia. Isso os católicos romanos fazem!
  4. Apenas professar um credo religioso. Ser salvo é muito mais que adotar, seguir, abraçar dogmas.
  5. Apenas praticar a “regra áurea” de Mateus 7.12. Boas obras não salvam ninguém (Ef 2.8,9).
  6. Apenas aspergir um infante com “água benta”. Afinal, dependendo da idade da criança, sequer tem a capacidade de crer para a salvação (Mc 16.16a;
    Rm 10.9).
  7. Apenas batizar um adulto ou uma criança. Batismo não salva, mas destina- se a quem já é salvo (Mc 16.16b).
  8. Apenas “confirmar” um adepto da sua confissão religiosa.
  9. Apenas participar da Ceia do Senhor, ou da Eucaristia.
  10. Apenas ter um irrepreensível código de conduta, bom testemunho, porte.
  11. Apenas praticar sempre boas obras.
O que é salvação. E tudo o que JESUS realizou e ensinou para levar uma raça pecadora à comunhão com um DEUS santo. Trata-se da redenção do ser humano do poder do pecado (I Pe 1.18,19). Ê, ainda, a libertação do cativeiro espiritual (Rm 8.2). E a saída do pecador dentre o poder das trevas do pecado (Cl 1.13). E, finalmente, é o retorno do exílio espiritual do pecador para DEUS (Ef 2.13). Isso é salvação em resumo.
Como se vê, o homem não pode efetuar a sua salvação, nem ao menos ajudar nisso (Ef 2.8,9Tt 2.11Jn 2.9b). Daí ter dito o salmista: “A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção” (SI 3.8). A salvação é pela graça de DEUS, e não por nosso esforço próprio, conquanto os salvos sejam chamados para a prática das boas obras (Ef 2.10).
A salvação é chamada de novo nascimento (Jo 3.5) e de ressurreição (Cl 3.1), Não obstante o pecador venha a desejar a “tão grande salvação”, é JESUS CRISTO quem o ressuscita dentre os mortos no pecado e o faz nascer de novo.
Afinal, um bebê nada pode fazer para nascer, assim como um morto nada pode fazer para ressuscitar — toda ajuda tem de vir de fora.
Introdução à Soteriologia
Soteriologia é em suma o conjunto de doutrinas da salvação. Há pelo menos umas vinte doutrinas relacionadas com a nossa gloriosa salvação em CRISTO. Discorremos de modo resumido sobre as doutrinas da salvação, a saber:
  1. A doutrina do pecado (Rm 3.235.12,20), pois o pecado é a causa da perdição da humanidade.
  2. A doutrina da graça de DEUS (Tt 2.113.4), haja vista ser a graça a salvação quanto ao seu alcance.
  3. A doutrina da expiação pelo sangue (Lv I7.I I), uma vez que a expiação implica a salvação quanto ao pecado.
  4. A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto a libertação e resgate do pecador.
  5. A doutrina da propiciação (Ex 32.30), que enfatiza a salvação como um ato benevolente de DEUS.
  6. A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por DEUS, da parte do pecador para a sua salvação.
  7. A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.
  8. A doutrina da confissão dos pecados (Rm 10.9,10).
  9. A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).
  10. A doutrina da regeneração espiritual (I Pe 1.3;Tt 3.5), que trata do que ocorre no íntimo do pecador ao receber de DEUS a salvação.
  11. A doutrina da imputação da justiça de DEUS ao crente (Gn 15.6Rm 4.2-115.132 Co 5.19; Fm v.I8;Tg 2.23).
  12. A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).
  13. A doutrina da santificação do crente (I Co 6.112 Co 7.1), isto é, a santificação posicionai, “em CRISTO”, e também a progressiva, no tempo presente.
  14. A doutrina da presciência de DEUS (I Pe 1.2).
  15. A doutrina da eleição divina (I Pe 1.2).
  16. A doutrina da predestinação dos salvos (Rm 8.29).
  17. A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).
  18. A doutrina da justificação somente pela fé em CRISTO (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação ante a presença de DEUS.
  19. A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10Rm 14.10). E uma doutrina relacionanada à Escatologia.
  20. As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação, nas eras divinas futuras (Ef 2.7I Tm 1.17Jo 1.29).
A SALVAÇÃO NO SENTIDO FACTUAL OBJETIVO
A salvação é um fato em si, isto é, no sentido objetivo. Ela tem um lado objetivo (o lado divino), e um, subjetivo (o humano). O primeiro refere-se a DEUS como o Doador da salvação; e o segundo refere-se ao homem como o recebedor.
No sentido objetivo, a salvação tem três aspectos, todos simultâneos: a justificação, que nos declara justos (esse aspecto tem a ver com a nossa posição diante de DEUS: “em CRISTO”); a regeneração, que nos declara filhos (tem a ver com a nossa condição espiritual, interior); a santificação, que nos declara santos, mediante a nossa fé no sangue derramado de JESUS.
A salvação no seu sentido objetivo, diante de DEUS, não tem tempos, mas aspectos ou lados. Ao mesmo tempo em que uma pessoa é pela fé em CRISTO justificada, é também regenerada e santificada.
Justificação. E a mudança de posição externa e legal do pecador diante de DEUS: de condenado para justificado. Pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11Rm 8.30,33b; 5.13.24Gl 2.16).
Regeneração. E a mudança de condição do pecador: de servo do pecado para filho de DEUS. A regeneração é tão séria diante de DEUS, que a Bíblia chama-a de “batismo em JESUS” (I Co 12.13Gl 3.27Rm 6.3). Trata-se de um ato interior, dentro do indivíduo, abrangendo também todo o seu ser. E um termo ligado a família, filhos: “gerar”; é o novo nascimento (Jo 3.5). Mediante a regeneração somos chamados “filhos de DEUS” (cf. Gn 2.7Jo 20.2215.5).
Santificação. E a mudança de caráter (mudança subjetiva); e a mudança de serviço (mudança objetiva), “em CRISTO” (posicionai), como lemos em João 15.4 ;17.26.
 
A SALVAÇÃO NO SENTIDO EXPERIMENTAL SUBJETIVO
Na experiência humana, a salvação é subjetiva. A salvação experimental tem três tempos (não aspectos): passado, presente e futuro.
No passado. Justificação; é o que DEUS fez por nós. E a salvação da pena do pecado. Ela é referida na Bíblia como ocorrida no passado da vida cristã.
... haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo Espirito do nosso DEUS (I Co 6. Z l).
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou... Quem intentará acusação contra os escolhidos de DeusP E DEUS quem os justifica (Rm 8.30,33).
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO (Rm 5.1).
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS (Rm 3.23,24).
Sabendo que o homem não é justifcado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justifcada (Gl 2.16).
No presente. Santificação em conduta, diante do mundo. Ê a salvação do poder do pecado. E aquilo que DEUS faz em nós agora. Uma frutinha pode ser perfeita, e não ser madura.
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundíàa da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS (2 Co 7.1).
E o mesmo DEUS de paz vos santifque em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Es 5.23).
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (l Jo 2.6).
.. . operai a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12).
No futuro. Glorificação; é o que DEUS fará conosco na glória celestial (I Pe 1.5). Será a salvação da presença do pecado. Trata-se da nossa inteira “conformação” com JESUS CRISTO.
Amados, agora somos flhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar; seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos (1 Jo 3.2).
... nós mesmos, que temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber; a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé (Rm 13.11).
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO•, ofere:endo~se uma vez; para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez; sem pecado•, aos que o esperam para a salvação (Hb 9.27,28).
Evidências da salvação experimental. São os testemunhos do ESPÍRITO em nosso interior (Rm 8.16); da Palavra de DEUS (Ato 16.31); da nossa consciência (I Jo 3.19); da transformação da nossa vida (2 Co 5.17); dos frutos produzidos (Mt 5.87.16-20); da aversão ao pecado (I Jo 3.9); do cumprimento da doutrina (2 Jo v.9); do amor (e comunhão) fraternal (Jo 13.35); e da vitória sobre o mundo (I Jo 4.5).
 
A DOUTRINA DO PECADO
Embora haja nesta obra — no capítulo anterior — um estudo específico sobre a doutrina do pecado, realçaremos aqui alguns aspectos dessa doutrina, com o objetivo de estabelecer um elo entre Hamartiologia e Soteriologia, haja vista ser incoerente estudar esta sem aquela.
O estudo do pecado deve preceder ao da graça salvadora de DEUS (cf. I Jo 8; 2.2). A Epístola aos Romanos enfatiza que uma das principais finalidades da Lei é expor a hediondez do pecado (7.8,13b), porque é depois de tomarmos conhecimento disso que passamos a valorizar a graça de DEUS em toda a sua extensão: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (5.20).
Introdução à doutrina do pecado. O veredicto divino é claro: “Todos pecaram” (Rm 3.23). A Palavra de DEUS diz: “Não há um justo, nem um sequer” (Rm) “... não há homem que não peque” (I Rs 8.46).
Todos os seres humanos foram nivelados à condição de pecadores, segundo a reta justiça do Senhor: “A Escritura encerrou tudo debaixo do pecado” (GI 3.22). E ainda: “DEUS encerrou a todos debaixo da desobediência” (Rm 11.32). Mas, antes de atingir a todos os homens, mediante a desobediência de Adão, o pecado teve origem no mundo espiritual, na corte angelical (Is 14.12-17Ez 28.15).
No ser humano, o pecado, sediado na alma, domina a sua vontade e tem como instrumento orgânico o corpo humano. O homem não é pecador primeiramente porque peca, mas peca porque é pecador. Ou seja, cada indivíduo é um pecador por natureza. Por isso, em Israel, quando uma mulher dava à luz, tmha de apresentar a DEUS uma oferta pelo pecado (Lv 12.6Lc 2.24).
Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5.12).
Definição do pecado. Pecado é a causa da perdição do homem. Uma das palavras que significa “pecado” (gr. hamartia) denota tudo aquilo que não se conforma com a lei divina; não se alinha com ela (Rm 5.20I Jo 3.4a; 5.17b).
As Escrituras citam 372 formas de pecado, e há centenas de outras não mencionadas na Bíblia. Na relação das obras da carne, lemos, no fim dela: “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais eu vos declaro (...) que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS” (Gl 5.21).
Nas diversas admoestações bíblicas preventivas quanto ao pecado, existem várias outras modalidades implícitas de pecado, caso essas advertências forem descumpridas. Ê importante, aqui, termos em mente a definição de alguns dos termos originais para pecado, haja vista cada qual descrever um tenebroso aspecto da sua malignidade.
A palavra “transgressão” (hb. pesha' e gr. bamartema) denota quebra das leis divinas; significa transpor a fronteira da lei, do bem, da ordem, da decência: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará...” (Pv 28.13).
Outro termo para pecado é “iniqüidade”, isto é, fora do prumo; fora de nível; do lado de fora; erro; afastar-se do certo; errar o alvo — hb. hatta’t (Ez 18.20). O termo iniqüidade refere-se principalmente ao pecado do crente. No Novo Testamento, a palavra correspondente é hamartano (Rm 3.23). Neste versículo, “pecaram” é literalmente “erraram o alvo”. E este erro pode ser moral (2 Pe 2.18) ou na doutrina (I Jo 4.6b). Doutrina e moral devem andar juntas!
Já o vocábulo “pecado”, conforme se registra em Romanos 5.12 ("por um homem entrou o pecado [errar o alvo] no mundo”), diz respeito ao desvio do alvo por DEUS traçado, previsto, determinado, que é a glorificação dEle. O pecado, pois, é um alvo que o ser humano acerta ao desviar-se do propósito verdadeiro, que é a glória de DEUS (Rm 3.23).
O homem foi criado por DEUS para viver na esfera divina, porém, ao pecar, sua natureza foi mudada, e a sua inclinação natural é somente para pecar, mesmo que não pareça assim. Pecar, por conseguinte, é o ser humano desviar-se de sua finalidade moral, que é exaltar a DEUS, e somente a Ele.
Outros quatro termos, quanto aos principais significados de “pecado”, na Bíblia, são: “desobediência”, rebeldia, má vontade para com DEUS e a sua lei; “incredulidade”, falta de confiança em DEUS e de dependência dEle; “ilegalidade”, subversão, oposição à lei e à ordem divinas; e “erro”, afastamento das normas divinas estabelecidas.
A lei divina da reprodução segundo a sua espécie. Em Gênesis, vemos essa lei em evidência nos vegetais (1.11,12), nos animais (1.24,25) e no ser humano, após
o pecado (5.3). O homem fora criado segundo a imagem de DEUS (1.26), e não segundo a sua própria espécie!
Portanto, já nascemos espiritualmente contaminados (Rm 5.12), como disse o salmista: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sm 51.5). O homem tem dentro de si uma natureza pecaminosa. Por isso, todos nós precisamos ser participantes da natureza divina, mediante a conversão (2 Pe 1.4).
Porque aqueles [nossos pais segundo a carne], na verdade, por um pouco tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este [DEUS Pai], para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade (Hb 12.10).
O “homem natural”e o pecado. A Palavra de DEUS usa a expressão “homem natural” (I Co 2.14), numa referência clara ao estado do homem ainda não alcançado pela graça de DEUS. Ele está sob o pecado, espiritualmente morto, sob condenação e perdido.
Não há um justo. Como vimos, o veredicto de DEUS é claro: “Não há um justo; nem um sequer”. E importante que o estudioso do assunto leia todo o capítulo de Romanos 9, principalmente os versículos 9-26, que tratam especificamente dessa verdade, de que não há um justo sequer. Todos os homens já nascem pecadores.
Para que o homem fosse justo — por conta própria — diante de DEUS, seria preciso que nunca praticasse o mal e jamais quebrasse a lei divina. Além disso, seria preciso que sempre fizesse o bem, como está escrito em Eclesiastes 7.20: “Que faça bem, e nunca peque”. Há pessoas que relativamente não pecam tanto, porém não estão sempre praticando o bem.
A principal definição divina para o pecado. E a que está contida em passagens como
João 3.4 e 5.17. O termo hamartema denota errar o alvo, desviar-se do caminho, perder-se (I Jo 3.4a; 5.17b). Já a palavra anomia, contida em 3.4b, implica transgressão, desordem, rebeldia, subversão. Outro termo que aparece nessas passagens é adikia (5.17a), cuja significação é injustiça.
Em Salmos 41.4, o pecado é definido como uma doença espiritual que faz enfermar a alma: “... sara a minha alma, porque pequei contra ti”. Em I Pedro 2.24, na expressão “fostes sarados”, o sentido é o mesmo, à luz do contexto. Essa denotação também pode ser encontrada em outros textos:
E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade (Is 33.24).
Porque serieis ainda castigados, se vos rebelaríeis? Eoda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo (Is 1.5,6).
Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me prenderam, de modo que não posso olhar para cima; são mais numerosos do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração (Sl 40.12).
E JESUS lhe disse: Vê; a tua fé te salvou (Lc 18.42).
A tradução literal da passagem acima é: “Vê; a tua fé te curou”. O termo grego aqui é sozo, “curar”, “salvar”, “livrar” (cf. Lc 7.50Mt 9.22).
A origem do pecado. A Palavra de DEUS apresenta, em Ezequiel28.I5,I6, a origem do pecado: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de DEUS e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas”. Esta descrição, ainda que de modo conotativo, relaciona-se a Satanás e sua rebelião contra DEUS.
O pecado é universal. Em Romanos 3.23, vemos outro aspecto do pecado, a sua universalidade: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS”. Aqui e em outras passagens correlatas fica evidente que toda a humanidade, sem exceção, foi atingida pelo pecado.
A realidade do pecado. Ainda que muitos procurem ignorar a existência do pecado, temos de considerar os esmagadores testemunhos da realidade do pecado> na Bíblia (Hb 12.1Sl 51.5), na História, na consciência, no dia-a-dia. Perguntemos a Adão após a sua queda, a Davi, a JESUS. Todos confirmarão que o pecado é uma realidade.
Evidências da realidade do pecado. Elas são tão contundentes que é um absurdo negá-lo; é idiotice; é insanidade. Algumas dessas evidências são: cada hospital; cada casa funerária; cada cemitério; cada fechadura de porta; cada caixa forte de banco; cada alarme contra ladrão; cada policial, guarda, soldado; cada tribunal; cada prisão; cada dor, doença, deficiência, morte, tristeza, pranto, guerra.
O pecado e sua raiz. A Palavra de DEUS menciona a raiz da incredulidade como a geratriz do pecado (Jo 16.9Hb 3.12) e também a do egoísmo, isto é, do culto ao “eu”, da personalidade (Ez 28.7Is 14.13,14Rm 1.25). O egoísmo é uma forma de rebeldia à vontade e à lei de DEUS; existe também o egotismo, endeusamento do homem por ele mesmo.
O pecado como ato. Olhemos, agora, à luz da Palavra de DEUS, para o interior do pecado, a fim de conhecermos detalhadamente os seus aspectos. E importante, aqui, distinguirmos entre ato e estado pecaminosos. A Bíblia apresenta o pecado como um ato nosso, perpetrado por natureza e escolha deliberada:
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte Çl 1.14,15).
Segundo a Bíblia, o pecador não sabe escolher o bem; ele sempre opta pelo mal. O filho pródigo não soube escolher o bem; preferiu o pior (Lc 15.11-18). O pecado como um ato praticado é, pois, um efeito, e não uma causa; a causa é o pecado congênito em nossa natureza decaída.
O crente carnal também não sabe escolher o bem. Ló, por si mesmo, optou pelo pior, para ele e sua família (Gn 13.11,12). Esaú, de igual modo, vendeu a sua primoge- nitura por um simples prato de lentilhas (Gn 25.29-34). E Marta não soube escolher o melhor, como sua irmã, que representa um crente consagrado (Lc 10.41,42).
O pecado como estado. Em Romanos 6.6, está escrito: “... o nosso velho homem foi com ele [CRISTO] crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” — a expressão “corpo do pecado” é uma referência ao corpo como instrumento do pecado; não é a Bíblia querendo dizer que o pecado possui corpo tangível.
O pecado como um estado indica que todos os homens estão propensos a pecar. È caracterizado pelo princípio da rebelião contra DEUS; trata-se de um poder maléfico; é um princípio gerador do mal. Ou seja, é primeiramente uma causa, e conseqüentemente um efeito.
Como causa, o pecado é parte integrante da nossa natureza herdada de Adão. Em resumo, o homem não é culpado apenas pelos pecados cometidos; ele tem dentro de si uma natureza pecaminosa que em si já é pecado.
A natureza do pecado. Há o pecado praticado, isto é, cometido, que aparece na Bíblia no plural (I Jo 1.9). Para este tipo de pecado há perdão de DEUS, como vemos no “sacrifício pela culpa” (Lv 5.14-19). Mas há também o pecado congênito, mencionado no singular (I Jo 1.7; SI 51.5; Rm 7.18,23). No caso deste tipo de pecado, só há purificação no sangue de JESUS. Vemos isso tipificado no “sacrifício pelo pecado” (Lv 4.1-12).
O pecado e sua prática. Quanto à prática, há o pecado de comissão, que é fazer ou praticar a coisa errada (Tg I.I5); e o de omissão, que significa deixar de fazer a coisa certa, justa. Assim, pecado não é somente praticar o mal; deixar de fazer o que é certo é também pecado.
Aquele, pois, que sabe jazer o bem e não ojaz comete pecado Çlg 4.11).
E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito (l Sm 12.23).
Mas, ainda quanto ao pecado por omissão, a Palavra de DEUS menciona vários exemplos, como o caso do servo inútil, condenado porque não fez nada, apesar de ter recebido bens de seu senhor para cuidar (Mt 25.24-30). Outro exemplo de omissão vemos na parábola das dez virgens. As loucas não se prepararam (Mt 25.3). Temos outro exemplo no julgamento das nações: as omissas para com Israel serão punidas (Mt 25.42-45).
Em Números 32.23a, está escrito: “e, se não fizerdes assim, eis que pecas- tes contra o Senhor”. Deixar de cumprir a lei de DEUS é tanto pecado quanto transgredi-la (cf. Jz 5.23). A Palavra de DEUS diz que os ímpios serão lançados no inferno por omissão: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de DEUS” (Sm 9.17).
Outrossim, todo pecado, seja ele qual for, é praticado primeiramente contra DEUS. Davi, além de pecar contra Bate-Seba, Urias e si mesmo, pecou primeiramente contra DEUS, o Legislador: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal...” (Sm 51.4). O pródigo pecou contra si mesmo e contra a sua família, mas primeiramente contra o seu pai, que na parábola aponta para DEUS (Lc 15.21).
A origem do pecado dentro do homem. Na Palavra de DEUS mencionam-se o pecado da carne (2 Co 7.1) e o do espírito (2 Co 7.1Sm 66.18). Muitos acham que pecado mesmo é o do assassino, do bandido, do ladrão, do viciado, do imoral, do fornicário, do adúltero, da prostituta; pensam que é o engano, o calote, o furto, o mundanismo e outros pecados predominantemente da carne.
Entretanto, os pecados do espírito são às vezes piores que os pecados da carne acima mencionados. Davi cometeu pecados da carne terríveis, a ponto de dizer, ao ser repreendido pelo Senhor: “Pequei contra oSenhor” (2 Sm 12.13Sm 51). Mas o pecado do espírito que ele cometeu foi pior, levando-o a confessar: “Gravemente pequei” (I Cr 21.8). “Toda iniqüidade é pecado” (I Jo 5.17).
Os fariseus do tempo em que JESUS andou na Terra acusavam pessoas que cometiam pecados da carne, como a mulher adúltera que JESUS perdoou, dizendo-lhe: “vai-te e não peques mais” (Jo 8.I-I I). Contudo, os mesmos fariseus cometiam grandes pecados do espírito (Mt 23).
Vejamos alguns exemplos de pecados do espírito: orgulho, soberba, vangloria, arrogância, inveja, ganância, cobiça, ira, amargura, mau humor, ciúme doentio, hipocrisia, leviandade, irreverência com o que é sagrado, mentira, egoísmo, roubar a DEUS, quebra do Dia do Senhor, mau testemunho, desonestidade, negligência na oração e quanto à Bíblia, relaxamento com a obra de DEUS, etc.
As conseqüências do pecado. Na Bíblia são mencionados o pecado para morte e o que não é para morte: “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e DEUS dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore” (I Jo 5.16).
O pecado para morte — dependendo de sua gradação — traz como conseqüências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São pecados que levam o seu praticante à morte física prematura: desobediência deliberada (I Rs 13.26); incesto (I Co 5.5); murmuração (I Co 10.5); profanação (I Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a DEUS (Nm 14.29,32,3518.2227.12-14); falsidade (Ato 5.10); rebeldia — não momentânea, mas como estado (Ef 6.3) —, etc.
Entretanto, há pecado que não é para morte. Todo pecado é transgressão diante de DEUS, mas nem todo pecado é igual aos olhos de DEUS. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31I Sm 2.17Sl 25.11Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (I Sm 2.172 Sm 24.10 com I Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51Os 13.2Tg 5.20).
Qualquer pecado, mesmo perdoado, não nos exime dos seus maus efeitos, das suas conseqüências; do seu castigo aqui (Sl 99.8Nm 14.19-23). O perdão de DEUS nos exime da condenação como filhos de DEUS, porém o castigo aqui tem a ver com o nosso aprendizado espiritual aqui] há crentes que só aprendem “apanhando”. E mais: o tempo não apaga, não desfaz o pecado:
Então, falou o copeíro~mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje (gn 41.9).
... quando for outra vez, o meu DEUS me humilhe para eonvoseo, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram 2 Co 2.21.
O pecado e seu perdão. Quanto ao perdão, a Bíblia menciona o pecado perdoável e o imperdoável em Mateus 12.31,32:
Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o ESPÍRITO não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem> ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.
O pecado imperdoável não diz respeito a um ato isolado. Trata-se de um pecado contínuo, não cometido por ignorância (cf. I Tm 1. 13). A má interpretação disso tem causado aflição em muitas pessoas, que pensam ter cometido o tal pecado.
No Capítulo 4 desta obra, há uma explicação sobre o pecado imperdoável do ponto de vista da Pneumatologia. Quanto à Soteriologia, tal pecado leva quem o pratica à condenação porque o tal peca contra a única Pessoa da Trindade cuja obra no que concerne á nossa salvação não está concluída. A obra do Pai foi consumada; a do Filho está concluída, mas a do ESPÍRITO continua (cf. Jo 16.8).
A consumação do pecado. No que concerne à sua consumação, há o pecado voluntário, consciente, deliberado (Mt 25.25Lc 19.20-23Js 7.21); e o involuntário, inconsciente, não deliberado (SM 19.1290.8Jr 17.9Lv 4.I3-2I; 5.15,17; Nm 15.22-31). Este, ainda que cometido de modo involuntário, por imprudência ou inconsciência, terá a sua devida condenação.
Aqui no mundo, se alguém, por ignorância, violar as leis da Física, sofrerá as conseqüências disso. Por exemplo, se alguém saltar de um prédio de dez andares, mesmo não tendo consciência de que a força da gravidade fará com que o seu corpo se estatele no chão, a sua ignorância não impedirá a sua morte.
Quanto ao corpo humano, de acordo com I Coríntios 6.18 — que diz: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” —, há dois tipos de pecado: contra o corpo, que destrói primeiro o próprio pecador que o comete; e fora do corpo, que arruina primeiro os outros, além de quem o comete.
O pecado relacionado ao crente. O pecado conhecido e tolerado na vida do crente gera conseqüências terríveis, como: perda das bênçãos de DEUS, disciplina divina e da igreja, interrupção da comunhão com DEUS, cessação de operação divina por meio do crente e perda de galardão no futuro.
O julgamento do pecado. DEUS nem sempre julga logo o pecado. Se Ele julgasse de imediato, nem este escritor estaria mais aqui. A Palavra do Senhor diz: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas miqüidades” (SI 103.10).
DEUS dá tempo para que o pecador se corrija, se arrependa, mude. Em certas pessoas, o pecado é logo manifesto e julgado; noutras, isso ocorre depois: “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois” (I Tm 5.24). Por quê?
O justo Juiz sabe de tudo isso. E, como nos ensina a Palavra de DEUS, nada julguemos antes de tempo, até que o Senhor traga à luz as coisas ocultas e manifeste os desígnios dos corações, em sua gloriosa vinda (I Co 4.5).
... nada há encoberto que não haja de revelar-se; nem oculto que não haja de saber-
se (Mt 10.26).
... eis que pecastes contra o SEKHOR; porém sentireis o vosso pecado, quando vos achar Nm 32.23).
Como triunfar sobre o pecado. Os passos para vencer o pecado, triunfando sobre ele, são os seguintes:
1- Amar a Palavra de DEUS, a ponto de escondê-la no coração; isso faz com que o crente vença o pecado (Sm 119.11).
2- Crer no poder do sangue de JESUS, isto é, no sacrifício expiatório que Ele realizou, a fim de que o pecado não tenha domínio sobre nós (I Jo 1.9).
3- Confiar no poder do ESPÍRITO SANTO, o qual habita em nós e, se Ele exercer pleno predomínio em nosso viver, faz-nos triunfar sobre o pecado (Rm 8.2).
4- O ministério sacerdotal de CRISTO. Ele venceu todas as coisas, e, se estivermos nEle, também venceremos o pecado (Hb 4.15,16).
5- A nossa fé depositada em JESUS CRISTO também nos faz triunfar sobre o pecado (Fp 3.9).
6- Finalmente, a nossa total submissão e entrega a CRISTO (Rm 6.14). E submissão implica ser obediente à sua vontade e também agradar-lhe por amor.
Conclusão. A nossa recomendação final, ao concluir este tópico sobre a doutrina do pecado é, como diz o escritor sacro: “Evita o pecado!” A Palavra de DEUS admoesta: “Meus filhinhos (...) não pequeis” (1 Jo 2.1). Lembre-se de que “Obedecer é melhor do que sacrificar” (I Sm 15.22). E “sacrificar”, aqui, também pode significar “remediar”.
Evitemos, pois, os pecados vindos de dentro; e, de fora: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (I Tm 5.22).
DOUTRINA DA GRAÇA DE DEUS
Na matéria Soteriologia, a ênfase recai sobre a graça de DEUS para salvar o pecador. E, por essa razão, não discorrermos sobre a grafa comum, extensiva a todos os homens: “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes”. Aqui não se trata de graça salvadora; diz respeito ao favor de DEUS dispensado bondosamente aos seres humanos, no sentido de prover os meios de subsistência a todos, sem distinção (Sl 104.10-30).
Gra^a relacionada com a salvação. E a atitude (ou provisão) graciosa do Senhor para com o indigno transgressor da sua lei (cf. Rm 3.9-26). Ela resulta da parte de DEUS para com o pecador em: misericórdia (I Tm 1.22Tm 1.2Tt 1.42 Jo3; Jd v.2I); benevolência (Lc 2.14b); paz (resultado da misericórdia de DEUS no coração do homem); gozo (que é mais interior), bem como alegria, beleza e adorno espirituais — que são mais externos (cf. Rm 12.6).
No original, graça é charis, donde vêm “charme”, “carismático” (no sentido exato), “caridade”, “agradável”, “atraente”, “agradecer”, “gratidão”.
A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um (Cl 4.6).
... segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado (Ef 1.5,6).
O nosso assunto diz respeito à graça de DEUS para salvar. A provisão divina para com o indigno transgressor da lei existia desde o Antigo Testamento (Ex 33.13Jr 3.1231.2). A passagem de Atos 15.10,11 não deixa dúvidas quanto a isso:
Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor JESUS CRISTO, como eles também.
No Novo Testamento, a graça de DEUS para salvar o pecador é mencionada de maneira mais direta (Ef 2.7,8I Tm 1.13,16Rm 5.20Jo 1.16,17).
Porque a graça de DEUS se há manfestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11).
Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador) para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.4,5).
De acordo com Efésios 2.5,6, o pecador está morto, e nessa condição não pode ajudar em nada. Como efetuaria ele a sua própria ressurreição? Assim como não pudemos ajudar em nada quando do nosso primeiro nascimento, muito menos em nosso segundo (novo) nascimento. Tudo é pela graça, para que o homem não tenha de que se gloriar.
Tudo épelagraça de DEUS. Na vida do crente, ela gera crescimento na fé (2 Pe 3.18). E por meio dela que triunfamos contra o mal (Rm 6.14Hb 13.9Ato 4.332 Co 12.9
e trabalhamos para o Senhor (Hb 12.28I Co 3.1015.102 Co 6.1). Por ela, falamos (Sm 45.2Cl 4.6); cantamos (Cl 3.16); e tratamos (Rt 2.10).
È pela graça também que somos capacitados a dar a DEUS e ao próximo (2 Co 8.1,6,7). Essa liberalidade pela graça, para dar a DEUS, leva-nos a fazer isso em quatro sentidos:
1- Dar-nos a nós mesmos inteiramente ao Senhor.
2- Dar-lhe o nosso tempo; a nossa vida.
3- Dar-lhe os nossos talentos.
4- Dar-lhe o nosso dinheiro.
 
A Palavra de DEUS menciona, no Antigo Testamento, a liberalidade do crente para com o Senhor: “E ali trareis os vossos holocaustos, e vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas” (Dt). Vemos aqui sete tipos de ofertas, todas implicando finanças.
Nós devemos tanto a DEUS, que, no viver para com Ele, e no trabalho dEle, mesmo fazendo o nosso melhor e o máximo que pudermos, não vamos além do dever (Lc 17.1). Ou seja, nunca ingressaremos no mérito! Nesse caso, a graça de DEUS é mais abundante na vida daqueles que são humildes (Tg 4.6). A humildade é, pois, o fio condutor da graça (I Pe 5.5).
A graça de DEUS em resumo. Diante do exposto, a graça de DEUS é o dom da salvação em CRISTO, como dádiva de DEUS ao pecador, indigno e merecedor do justo juízo de DEUS (Tt 2.11).
Ela é o poder sustentador de DEUS, que nos mantém firmes e perseverantes na fé, depois de salvos (2 Co 12.9), como lemos em 2 Timóteo 2.1: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS”.
A graça do Senhor é a dádiva das bênçãos diárias que recebemos dEle, sem merecê-las (Jo 1. 16). E, ainda, a dádiva da capacitação divina no crente, para este realizar a obra de DEUS (I Co 15.10Hb 12.28). Atentemos, pois, para a recomendação da Palavra de DEUS, em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de DEUS que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”.
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO PELO SANGUE
Em Isaías 53.10, está escrito acerca da obra expiatória de CRISTO:
Todavia; ao Senhor agradou o moê-lo; fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expíação do pecado} verá a sua posteridade; prolongará os dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
A doutrina em apreço é chamada de kilasmologia. Expiação, para nós do Novo Testamento, é a morte de JESUS em nosso lugar para poder nos remir do pecado; salvar-nos do pecado — expiar é tirar o pecado: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Expiação tem a ver com o pecado (Lv 41623).
Quatro palavras para a salvação. Há quatro grandes palavras doutrinárias empregadas na Bíblia para nos revelar a extensão do valor da morte de JESUS, isto é, do seu sangue remidor, para tirar os nossos pecados. Tão vasto e infinito é o alcance da obra efetuada por JESUS que um só vocábulo das Escrituras não pode resumi-la.
A palavra “expiação” aplica-se em relação ao pecado em se tratando da salvação quanto ao seu alcance, que é infinito (Sm 103.12Is 53.10). Já “redenção” diz respeito à salvação em relação ao pecador e seu pecado. Outro termo, “propiciação”, aplica-se à salvação quanto à transgressão; isto é, a salvação considerando o ser humano como o transgressor. E a quarta palavra é “imputação”, que se relaciona com a salvação quanto ao seu “creditamento”. Ou seja, a justiça de DEUS “lançada em nossa conta”, pela fé no próprio DEUS (cf. Fp 4.17Mt 6.12; Fm v.I8; Rm 4.3).
Portanto, a salvação é tão grande e tão rica que uma só palavra não abarca o seu significado! Glória a DEUS!
Tecnicamente, a palavra “expiar” — hb. kapar— significa “encobrir”, “cobrir”, “ocultar”, “tirar da vista”. A primeira menção dessa palavra nas Escrituras está em Gênesis 6.14 (hb. kapar, “betumarás”, ARC; “calafetarás”, ARA) e ilustra muito bem o seu emprego através da própria Bíblia, como a Palavra de DEUS.
Biblicamente, expiar é pagar, quitar, tirar os pecados de alguém, perdoar, mediante um sacrifício reparador exigido, mas também propiciador. Expiar, pois, é tirar o pecado mediante a morte de alguém como substituto do culpado e condenado. No nosso caso, foi JESUS que morreu por nós, pecadores perdidos (Is 53.10Jo 1.29Ap 13.82 Co 5.21). Sem expiação pelo sangue não há perdão do pecado (Lv 4.35).
A expiação aplaca o Legislador, por satisfazer a sua Lei, violada que foi, pela culpa do pecado como ato praticado (Lv 5), bem como manchada e ultrajada pelo pecado como estado, na natureza do pecador (Lv 4). Neste capítulo, vemos quatro categorias universais de pecadores e a expiação de seus pecados mediante o sangue expiador.
Mas a expiação vai além. Ela também torna o Legislador benevolente para com o transgressor perdoado. Essa decorrência da expiação é chamada de propiciação.
A necessidade da expiação. A expiação pelo sangue foi necessária para dar satisfação à Lei divina — caso contrário, essa Lei seria vã — e seu Legislador escarnecido.
A pecammosidade da natureza e dos atos do homem também tornou necessária a expiação divina.
JESUS, para expiar nossos pecados, bastava morrer por nós na cruz; mas, para nos justificar diante de DEUS e sua Lei violada, era preciso que Ele ressuscitasse (Rm 4.25;). Desse modo, a nossa ressurreição espiritual (isto é, a nossa regeneração) dependia da ressurreição dEle (I Pe 1.3Cl 3.1). Glória a DEUS porque JESUS ressuscitou!
Há diferença entre a expiação, a redenção e a propiciação, todas realizadas por JESUS CRISTO. A expiação é do pecado do pecador; a redenção é da pessoa do pecador; e a propiciação tem a ver com DEUS em relação ao pecador já perdoado (cf Lc 18.13I Jo 2.2). A salvação de criancinhas inocentes — apesar de pecadores por natureza — decorre da expiação efetuada por CRISTO, e não primeiramente da redenção.
A ohra expiatória de CRISTO. No Antigo Testamento, a expiação dos pecados na nação “durava” um ano apenas! O que ocorria anualmente no solene Dia da Expiação, mencionado em Levítico 16, era que a sentença de morte que pairava sobre todos, por causa do condenável e criminoso pecado, praticado pelo povo diariamente, era prorrogado por mais doze meses. Ora, isso apenas aumentava a dívida espiritual desse povo para com DEUS, cada ano que passava (Hb 9.2510.1-3).
CRISTO na cruz, pelo seu sangue expiou os nossos pecados uma vez para sempre — “... porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.27); “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26) —, mas a salvação só se realiza na vida de cada pecador quando este aceita o Redentor, JESUS CRISTO.
A DOUTRINA DA REDENÇÃO
Como já vimos, redenção tem a ver com a pessoa do pecador. Ela é realizada por JESUS CRISTO: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7). Pois “... por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.12).
Definição de redenção. Nos dias bíblicos, redenção é a libertação de um escravo, mediante um resgate — gr. lytron (este termo aparece em Mateus 20.28) —, além de retirar esse escravo do mercado de escravos, para não mais ficar exposto à venda. Redenção sempre requer o preço a ser pago para garantir a liberdade do escravo.
Há sete principais palavras originais no Novo Testamento para redenção:
Agorazo, “compraste” (Ap 5.9). Comprar na praça. O pecador estava na praça do mercado de escravos, vendido ao pecado e servindo a Satanás: “Assim,
meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de CRISTO, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para DEUS” (Rm 7.4).
Exagorazo, “resgatou” (Gl 3.13). Comprar o escravo na praça e retirá-lo de lá, para que não fosse mais exposto à venda: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” Cl 1.13.
Lytroo, “resgatados” (I Pe 1.18,19). Pagar o preço exigido pelo resgate de um escravo e libertá-lo.
Lytrosis, “redenção” (Hb 9.12). Libertar mediante o pagamento de resgate. È um termo mais vigoroso do que lytroo,
Apolytrosis, “redenção” (Ef 1.7). È empregado em Lucas 21.28 para significar soltura, libertação, livramento, desprendimento do povo de DEUS, ao sair deste mundo opressor e escravisador, para ficar eternamente com o Senhor. Este termo é uma forma mais vigorosa que lytrosis.
Antilyron (I Tm 2.6). A troca de uma pessoa por outra; ou seja, a redenção de vida por vida, no caso de um cativo, escravo ou prisioneiro.
Lytron (Êx 21.30Mt 20.28Mac 10.45). O resgate pago pela redenção de um cativo, escravo ou prisioneiro de guerra.
A redenção do pecador. A nossa redenção espiritual foi planejada e decidida por DEUS antes da fundação do mundo (I Pe 1.18,19Ap 13.8). Essa redenção, em CRISTO, é formosa e claramente ilustrada emLevítico 25 — principalmente nos versículos 25, 48 e 49 — e Rute 2.203.9-134.1-9. Nessas passagens, o termo go’el significa “parente remidor”, o qual tinha de ser consangüíneo do escravo. Vemos claramente no papel desse parente remidor um tipo de nosso Redentor, o Senhor JESUS (Tt 2.14).
O tríplice resultado da redenção. A nossa redenção efetuada por JESUS resulta na conversão da alma, pois esta foi perdida pelo homem, na sua Queda (Gn 2.17Ez 18.20).
Outro resultado da redenção é a nossa ressurreição, isto é, a redenção do corpo. O homem perdeu o seu corpo ao perder o direito a comer da árvore da vida, no Èden, devido à Queda: “Então, disse o SenhorDEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente” (Gn 3.22).
A redenção resulta também em domínio da terra. O ser humano perdeu a terra ao pecar (Gn 1.28). Em João 1.29, vemos que JESUS é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (cf. Ap 5.1-5,9). Na Segunda Vinda de CRISTO, começará a redenção da terra, que fora amaldiçoada depois da Queda: “maldita é a terra” (Gn 3.17).
 
DOUTRINA DA PROPICIAÇÃO
Em Êxodo 32.30, está escrito: “E aconteceu que, no dia seguinte, Moisés disse ao povo: Vós pecastes grande pecado; agora, porém, subirei ao Senhor; porventura, farei propiciação por vosso pecado”. Propiciar é aplacar; tornar benevolente o ofendido, mediante uma oferta judicial e expiatória, e que seja aceita.
Definição. A propiciação resulta da expiação. A palavra portuguesa “propiciação” deriva do latimpropitío, “unir”, “reconciliar”, “pacificar”. O conceito pagão de propiciação é aplacar um deus irado, vingativo (cf. I Rs 18.26,29). Mas, à luz da Palavra de DEUS, implica satisfazer a Lei divina violada e, desse modo, remover aquilo que impedia DEUS de fazer extravasar e fluir o seu amor, sua benevolência e suas bênçãos sobre o pecador, salvando-o.
Propiciar a DEUS não foi só satisfazê-lo, reparando a sua Lei e a sua vontade ultrajadas, mas torná-lo benevolente e abençoador do ofensor. Aqui na Terra quando o próximo é ofendido e reparado, ele não quer ser benevolente nem abençoador do ofensor.
JESUS é a nossa propiciação (Rm 3.25I Jo 4.10). Como nosso Sumo Sacerdote, Ele é tanto a nossa propiciação, como o nosso propiciatório. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo 2.2).
A reconciliação do homem com DEUS é resultado da propiciação pelo sangue de JESUS — gr. katallage, “reconciliação” (Rm 5.11). Assim como a expiação leva à propiciação, esta leva à reconciliação. CRISTO, ao consumar a expiação dos nossos pecados, consumou também a nossa reconciliação com DEUS e com o nosso próximo (Ef 2.16,17).
Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Eilho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação (Rm 5.10,1 1).
Em 2 Coríntios 5.18,19, está escrito: “E tudo isso provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. Vemos, aqui, que Ele nos deu o ministério da reconciliação (v. 18) e pôs em nós a palavra da reconciliação (v. 19).
A reconciliação que vem da expiação efetuada por CRISTO abrange tudo o que foi criado, na terra e nos céus (Cl 1.20Hb 9.12). CRISTO, pelo seu sangue, promoveu a paz, já que nós não podíamos. Em hebraico, um dos termos para salvação é shalom, “paz”, “saúde”, “integridade”, “completude”.
Ilustração de propiciação. Em Lucas 18.13 (ARA) está escrito do humilde e indigno publicano, da parábola proferida por JESUS: “O DEUS, sê propício [gr. hílaskomaí] a mim, [o] pecador”. Literalmente, o publicano da parábola mencionada em Lucas 18.9-14 estava dizendo: “DEUS, olha para mim, o pior pecador, assim como tu olhas para o sangue propiciador aspergido sobre o propiciatório, na arca da aliança”. DEUS teve prazer em responder à sua oração! (v. 14).
A DOUTRINA DA FÉ SALVÍFICA
Fé não é crer sem provas — ela é baseada na maior de todas as provas: a Palavra de DEUS. A fé é um fato, mas também um ato (Tg 2.17,26Mt 17.20); manifesta-se por ações, por obras — “como um grão de mostarda”. Há dois aspectos da fé: ativo e passivo. A fé ativa diz respeito a nosso viver, nosso agir, nosso trabalhar para DEUS. Já a passiva se relaciona com a fidelidade do crente ao Senhor e sua firme perseverança.
Como a fé salvífca se manifesta. A fé salvífica tem a ver com o pecador em relação a DEUS (Ef 2.8,9Ato 16.31), pois “... sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galar- doador dos que o buscam” (Hb 11.6).
A pergunta que o jovem rico devia ter feito, em Mateus 19.16, seria: “Em quem devo crer para ser salvo?”, e não “Que devo fazer para me salvar?” Salvação não é o que eu devo fazer, mas em quem devo crer para me salvar (Ato 16.31).
Em Romanos 10.9,10 está escrito: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor JESUS e, em teu coração, creres que DEUS o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”. De acordo com a passagem acima, o pecador confessa a CRISTO e crê nEle como Senhor e Salvador — rende-se a Ele (Jo 9.38Rm 4.3).
A fé natural. E a fé “da cabeça”, natural, que não resulta em salvação. A Palavra de DEUS diz que até os demônios crêem que há um só DEUS e estremecem diante de tal fato (Tg 2.19). A fé que Tomé teve, inicialmente, foi meramente “da cabeça”. Daí JESUS lhe ter dito: “Porque me viste, Tomé, creste” (Jo 20.29a). Isso também aconteceu com Marta:
Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS? (Jo 11.24,40).
Uma pessoa pode, por conseguinte, crer só com a mente, e não com o coração. A fé natural — também chamada de “pensamento positivo” — é de grande utilidade nas relações humanas, mas inoperante e sem valor para a salvação.
 
A defesa da fé.
Textos como 2 Timóteo 4.7 e Filipenses I.16 mostram que o crente deve defender a sua fé nesse mundo de tanta confusão e antagonismo quanto à fé. O apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate (...) guardei a fé”. Isso significa que devemos viver pela fé cada dia, sem esmorecer, defendendo o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO. A fé deve ser conservada, pois é essencial à vida cristã (Rm 1.17Gl 2.202 Pe 1.5Hb 11.6).
Outras expressões da fé. A significação do termo “fé” varia, no Novo Testamento. Em Gálatas 5.22, ela é uma das virtudes do fruto do ESPÍRITO, expressando fidelidade. Há ainda outras expressões da fé: um dom do ESPÍRITO (I Co 12.9), o evangelho completo (2Tm 4.7), a confiança absoluta em DEUS, como proteção ou “escudo” (Ef 6.17), além de uma fé que santifica (Fp 3.9).
A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
A fé se relaciona com DEUS; o arrependimento, com o pecado. O arrependimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.24.17Lc 13.3Mc 6.12). Foi por isso que JESUS ordenou que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47).
O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10).
Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra de DEUS (Ato 5.3111.182 Tm 2.25Rm 2.4). Até o abrir do coração do pecador para o evangelho vem de DEUS: “E certa mulher, chamada Lídia (...) nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (Ato 16.14). Isso ocorre pela exposição da Palavra de
DEUS, que conduz a pessoa ao arrependimento, sendo ela crente ou não (Ato 2.37,38,41Jn 3).
Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo.
O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24).
A DOUTRINA DA CONFISSÃO
No original, o verbo homologeo (gr.) e o substantivo homologia são os termos para confissão. Confessar é dizer de coração o que DEUS diz sobre nós na sua Palavra (Rm 10.9,10Lv 5.5Sm 38.18I Jo 1.9). No sentido bíblico, confissão não se refere primeiramente a confessar pecados. Significa concordar com o que DEUS diz sobre nós — e dEle — na sua Palavra, bem como reconhecer os nossos pecados e faltas como sendo nossos e admitir os nossos erros, falhas, pecados e declará-los (Ato 19.18).
Vemos em Hebreus 3.1 que JESUS CRISTO é o Sacerdote da nossa confissão, isto é, a quem confessamos quanto à nossa salvação e tudo o mais pertinente à fé. Em I João 1.9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.
Elementos da confissão. De acordo com o I João 1.9, a confissão deve ser contrita e definida: “nossos pecados”. Observe que são “pecados” (plural). Outro elemento é a renúncia ao pecado (Pv 28.13). E, quanto for o caso, a confissão deve ser com restituição.
Confissão secreta. E a confissão feita somente a DEUS. Confissão de pecados cometidos pelo crente e conhecidos somente por ele e DEUS. Tais pecados devem ser confessados secretamente ao Senhor, dependendo isso da base bíblica desse crente e da confiança plena e firme no que DEUS declara na sua Palavra.
Confissão pessoal. E a confissão feita a pessoas contra quem pecamos. Nesse caso, antes de irmos a DEUS contritamente, temos de tratar com o ofendido ou o cúmplice, pois a comunhão espiritual é tanto vertical (comunhão com DEUS) como horizontal— comunhão com o próximo (I Jo I.7a).
Confissão pública. E a confissão feita à igreja, à congregação. São pecados conhecidos, cometidos contra a coletividade cristã.
A DOUTRINA DO PERDÃO DE PECADOS
E importante distinguir perdão divino (I Jo 1.9) de perdão humano (Cl). Do lado divino, perdão é a cessação da ira moral e santa de DEUS contra o pecado, e o seu cancelamento ou anulação. Visto do lado humano, o perdão é o alívio ou remissão da culpa do pecado, que oprime a consciência culpada.
Perdão é a remissão da punição do pecado, o qual leva à perdição eterna (Nm 23.21Rm 8.33,34). Para nós, seres humanos, que, pela Queda, herdamos uma natureza pecaminosa e pecadora, parece fácil o perdão, e parece fácil DEUS nos perdoar; isso por sermos todos uma raça de pecadores. Porém, com um DEUS santíssimo em quem não há pecado, o caso é diferente!
Ora, até o homem acha difícil perdoar quando é injustiçado. Quanto mais
DEUS! DEUS nos perdoa porque Ele é amor; mas saibamos que o seu perdão é
baseado na mais perfeita justiça (I Jo 1.9).
Perdão judicial. E para o descrente. A condição exigida por DEUS para esse perdão é a conversão do pecador: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). O meio exigido, portanto, é a fé em DEUS.
Perdão doméstico. E para o filho de DEUS; da casa de DEUS. A condição exigida é a confissão dos pecados com arrependimento e o abandono desses pecados.
Se confessarmos os nossos pecados} ele éfiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça 1 Jo l.9
O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).
O meio exigido é também a fé em DEUS, e segundo a Palavra. Se a condição exigida por DEUS para perdoar o crente faltoso fosse uma nova conversão, seria necessário nos convertermos constantemente...
 
As conseqüências de o crente não querer perdoar.
O crente se recusar a perdoar, não querer perdoar de forma alguma, é uma atitude que afeta comunhão com DEUS, individual e coletivamente. Afeta, ainda, a nossa comunhão com os irmãos — com a igreja —, bem como o nosso caráter cristão e a nossa saúde em geral (cf. Mt 18.34,35).
JESUS, no seu ensino, no “Pai Nosso”, o único assunto que Ele repetiu três vezes foi o perdão; isto é, perdoarmos aos outros (Mt 6.12,14,15). O momento ideal para o crente perdoar o seu ofensor é durante a oração (Mt 11.25). Até nisso a oração é uma bênção! Crente que ora pouco, também perdoa pouco (ou nunca).
Além do perdão entre os irmãos, deve haver reparação, quando for o caso (cf. Ef 5.28Ato 16.33; Lv 4—6).
Falou mais o Senhor a Moisés; dizendo: Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher jizer algum de todos os pecados humanost transgredindo contra o Senhor; tal alma culpada ê. E confessará o pecado que fez; então, restituirá pela sua culpa segundo a soma total, e lhe acrescentará o seu quinto•, e o dará àquele contra quem se fez culpado
(Nm 5.5-1).
A DOUTRINA DA REGENERAÇÃO ESPIRITUAL
O termo regeneração tem a ver com a nossa inclusão na família de DEUS (I Pe 1.3,23Tt 3.5). Em Gênesis 1.27, temos a criação natural do homem; em Efésios 2.10, temos a sua criação espiritual.
Regeneração é o ato interior da conversão, efetuada na alma pelo ESPÍRITO SANTO. Conversão é mais o lado exterior e visível da regeneração. Uma pessoa verdadeiramente regenerada pelo ESPÍRITO SANTO é também convertida (cf. Lc 22.32).
Sendo regenerado pelo ESPÍRITO SANTO, o crente é declarado filho de DEUS (Jo). O que ocasiona a regeneração espiritual não é primeiramente a justificação pela fé, mas a comunicação da vida de CRISTO — da “vida eterna” ao pecador arrependido. Justificação tem a ver com o pecado do pecador; regeneração tem a ver com a natureza do pecador. Justificação é imputada por DEUS; regeneração é comunicada por DEUS.
Bem vês que a fé cooperou com as suas ohras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em DEUS, e foi-lhe isso imputado como justiça, efoi chamado o amigo de DEUS (Tg 2.22,23).
A DOUTRINA DA IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS
Imputação é o lançamento ou creditamento da justiça de CRISTO a nosso favor, mediante a nossa fé em CRISTO (Rm 4.3ss; Gl 2.16ss; 3.6-8; Gn 15.6;Tg 2.23). “O Senhor Justiça Nossa” (Jr 23.6). “Mas vós sois dele em JESUS CRISTO, o qual para nós foi feito por DEUS (...) justiça” (I Co 1.30).
O princípio da doutrina da imputação da justiça de DEUS é visto em passagens como Gênesis 3.216.14 (hb.); e 15.6. Em Filemom v. 18 e Filipenses 4.17 vemos a imputação ilustrada na prática natural:
E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta.
Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.
Assim como a justiça divina é imputada ao que nEle crê, ao ímpio impenitente são imputados os seus pecados contra DEUS (Sm 32.2). E também, da mesma forma, à nossa conta podem ser imputados males que cometemos contra o próximo (2Tm 4.16Ato 7.60I Ts 4.6Mt 6.12 — “as nossas dívidas”).
Somos feitos justos diante de DEUS, não primeiramente pela influência da moral cristã sobre nós, mas primacialmente pela imputação da justiça (retidão) de DEUS sobre nós, pela fé em JESUS CRISTO. Aleluia ao DEUS Trino!
Respondida está, por DEUS, a pergunta de Jó, de antanho: “Como seria justo o homem perante DEUS, e como seria puro aquele que nasce da mulher?” (Jó 25.4).
A DOUTRINA DA ADOÇÃO DE FILHOS
A adoção de filhos é mencionada em textos como Romanos 8.15Efésios 1.5; e João 1.12.
Porque não recehestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor; mas recehestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
[DEUS PaíJ ... nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.
Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome.
A expressão “adoção de filhos” é uma única palavra no original: huiothesis — de huios, “filho”, e thesis, “posição”. A idéia da adoção de filhos também se encontra no Antigo Testamento (Êx 2.10 com Hb 11.24Êx 4.22 com Os 11.1 e Mt 2.15).
Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos predestinados por DEUS para adoção de filhos, antes da fundação do mundo; portanto, antes da existência do homem. Isso exclui qualquer mérito humano e somente revela a graça infinita de DEUS.
Na antiga Grécia. A adoção de filhos, na antiga Grécia, nada tinha a ver com a filiação da criança, e sim com a sua posição em relação à família (gr. huiothesis). Por meio do ato da adoção, o “filho”, ao atingir a idade necessária, passava à posição de herdeiro da família. Daí a expressão bíblica “adoção de filhos” (Gl 4.4,5).
O ato da “adoção de filhos” passou dos gregos para os romanos, e assim chegou aos tempos do Novo Testamento e da igreja. Biblicamente, então, DEUS “adota” a quem já é seu filho.
No presente. Há bênçãos desfrutadas já nesta vida, decorrentes da adoção, como: o nosso nome de família: “chamados filhos de DEUS” (I Jo 3.1Ef 3.14,15); o testemunho do ESPÍRITO SANTO em nosso interior, de que somos filhos de DEUS (Rm 8.16); o recebimento do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.15Lc 11.11-13); a disciplina da parte de DEUS que nos é ministrada, como seus filhos: “Se estais sem disciplina (...) sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.8; cf. vv.6-11); a nossa herança celestial, declarada e garantida por DEUS (Rm 8.17); e a redenção do nosso corpo.
Por meio da adoção, os nossos nomes foram registrados no livro da vida do Cordeiro (Lc 10.20Fp 4.3Ap 17.83.513.820.12,1521.27).
No futuro. Em Romanos 8.23, vemos que os nossos privilégios quanto à adoção de filhos de DEUS têm ainda um lado futuro: “... gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Isso se dará à vinda de JESUS para levar a sua Igreja.
Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamadosfilhos de DEUS.
Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele épuro (l Jo 3.1-3).
A DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
A justificação efetuada por DEUS para nos salvar põe-nos em correto relacionamento com Ele. Já a santificação comprova a realidade da justificação em nossa vida, manifestando seus frutos em nós; em nossa vida.
SANTO é aquele crente que vive separado do pecado, do mal, do mundo (mundanismo), e dedicado a DEUS e ao seu serviço. Observe as palavras de Paulo em Atos 27.23: “Porque, esta mesma noite, o anjo de DEUS, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo”.
O cristão tem duas naturezas: uma humana, herdada de Adão, pela geração natural; e outra, divina, através da geração espiritual (I Pe 1.23). Daí a santificação do crente ter dois aspectos: um diante de DEUS, e outro, diante de si mesmo e do mundo (I Jo 3.32 Co 7.1Hb 12.14Mt 5.16). Essas duas naturezas do crente são vistas em Gálatas 5.17 e Romanos 6—8.
Em Levítico 20.8 — “Eu sou o Senhor que vos santifica” — vemos a santificação do crente diante de DEUS, mas, no versículo 7, menciona-se a santificação crente diante de si mesmo e do mundo: “Santificai-vos e sede santos” (cf. I Pe LI5).
Santificação de objetos, eventos, datas, pessoas, animais. Esse aspecto da santificação é muito comum em relação aoTabernáculo e seus objetos, e seus oficiantes, os quais pertenciam somente a DEUS, como vemos nos livros de Exodo e Deuteronômio. Esse aspecto da santificação implica um só sentido, que é a posse de DEUS, e a dedicação e separação desses elementos para o serviço de DEUS.
Alguns exemplos desses elementos santos:
*Eventos e datas (Êx 20.8Dt 5.12Lv 25.1023.2).
*O Templo (I Rs 9.3).
*O altar dos holocaustos (Ex 29.37).
*As vestes sacerdotais (Êx 28.229.2940.13).
*Pessoas (Êx 13.1228.4129.1,44I Sm 16.5I Cr 15.142 Cr 29.5).
*Animais (Nm 18.17Êx 13.2b).
Nesse sentido, os templos atuais da igreja são santificados a DEUS, bem como os objetos dedicados ao serviço dEle.
Santificação de pessoas. Há dois principais sentidos de santificação do crente em relação a DEUS. O primeiro diz respeito à separação do mal para pertencer a DEUS
“Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo” (Lv 20.26). E o sentido negativo da santificação, pois se ocupa do “não farás isso; não farás aquilo”, etc; é separar-se para DEUS.
O segundo sentido de santificação do crente é o positivo. O crente, já separado do mal, dedica-se a DEUS para o seu serviço, ocupa-se em fazer algo para Ele: “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra” (2Tm 2.21). Paulo, ao falar de DEUS, disse: “de quem eu sou e a quem eu sirvo” (Ato 27.23).
A santificação é dúplice. Ser santo não é somente evitar o pecado, mas também servir ao Senhor, com a vida; com os talentos; com os dons; com os bens; com a casa; com o tempo; com as finanças; com os serviços, inclusive mão de obra. Por isso, muitos crentes não conseguem viver uma vida santa; eles não vivem pecando continuadamente, mas não querem nada com as coisas do Senhor, nem com a sua obra, nem com a igreja para zelar por ela e promovê-la.
Os tempos da santificação. A santificação de pessoas quanto à vida cristã abrange três tempos:
Santificação passada e instantânea (I Co 6.II;Hb 10.10,14Fp 1.1I Co 1.2Jo 15.4). E aspectual e posicionai, isto é, o crente estando “em CRISTO” (Cl 1.20; Fp I.I). O crente posicionalmente “em CRISTO” não pode ser mais santo do que o é no momento da sua conversão, pois a santidade de CRISTO é a sua santidade (c£ I Jo 4.17). Na Igreja Romana, alguns são “canonizados” (feitos santos) depois de mortos, mas no Remo de DEUS é diferente: os salvos são santos aqui, enquanto estão vivos!
Santificação presente e progressiva (2 Co 7.1). É temporal, vivencial. Ê a santificação experimental, ou seja, na experiência humana, no dia-a-dia do crente (I Ts 5.23Hb 13.12 — “para santificar o seu povo”). A Santificação posicionai e a experimental (progressiva) são vistas juntas nestas passagens: Hebreus 12.10 com 12.14; Filipenses 3.15 com 3.12; João 15.4 com 15.5;
Coríntios 1.2; Filipenses I.I; e Levítico 20.7 com 20.8.
Santificação futura e completa (Ef 5.27I Ts 3.13). È plena; trata-se da santificação final do crente (I Jo 3.2). Ela ocorrerá à Segunda Vinda de JESUS, para levar os seus (I Jo 3.2Ef 5.26,27). Seremos então mudados: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co 15.52).
Os meios divinos de santificação:
DEUS, o Pai (I Ts 5.23). DEUS, o Filho (Hb 10.1013.12Mt 1.21). DEUS, ESPÍRITO SANTO (I Pe 1.2), cujo título principal — ESPÍRITO SANTO — já indica a sua missão principal: santificar.
A correção divina. E um meio de santificação (Hb 12.10,11).
A Palavra de DEUS. Lida, crida, estudada, ouvida, amada, meditada, pregada, ensinada, obedecida, vivida, memorizada (SI 119.II; Jo 15.317.17; SI 119.9; Ef 5.26).
A paz de DEUS em nós. Seu cultivo, sua busca, sua promoção (Hb 12.141Ts 5.23a). Nestas duas passagens, a paz está ligada à santificação do crente.
A fé em DEUS. Esta, baseada na sua Palavra, é um meio divino de santificação (Rm 4Hb 11.332Ts 2.13b; Ato 26.1815.9).
Alerta divino. A Palavra de DEUS tem um alerta para a igreja quanto à santificação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). E ainda: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8). Tenhamos cuidado com a falsa santidade, enganosa, sectarista, fartsaica e exclusivista (2 Tm 3.5); sigamos a verdadeira santidade (Ef 4.24).
A DOUTRINA DA PRESCIÊNCIA DE DEUS
A presciência de DEUS é o seu pré-conhecimento de todas as coisas (I Pe 1.2Rm 8.29). Ela é parte do seu atributo de onisciência. Ele pré-conhece todas as coisas sobre o homem, mas não as evita, por ser o homem livre e responsável por seus atos. No caso do pecado de Adão, o Senhor sabia disso na sua presciência; porém, não o evitou, por ter Adão livre-arbítno.
No caso de Judas Iscariotes, vemos que ele, que foi escolhido por JESUS como um dos doze (Jo 6.70Lc 6.13), “tirava” — e não apenas “tirou” — da bolsa o que ali se lançava, o que indica um ato voluntário, preconcebido e continuado (Jo) E mais: a Palavra de DEUS diz que Judas “se desviou”, o que denota ato voluntário, consciente e gradual (At 1.25). E importante enfatizar que ele não nasceu marcado para trair JESUS; apenas enquadrou-se nas condições da profecia sobre aquele que seria o traidor.
O rei Saul — que fora enviado por DEUS (I Sm 9.15-17); ungido por Ele (I Sm 10.1); mudado (I Sm 10.9); possuído pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10); que profetizara pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10-13); edificara um altar ao Senhor (I Sm 14.35) — também desviou-se, ao edificar “uma coluna para si” (I Sm 15.12) e envolver-se, em seguida, em práticas espíritas. Por fim, morreu como suicida; distanciado de DEUS.
Demas foi um obreiro que trabalhou com o apóstolo Paulo, porém se desviou, como lemos em 2 Timóteo 4.10: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século...” Outros que também “naufragaram na fé”, desviando-se do caminho da verdade, foram Himeneu e Alexandre (I Tm 1.19,26). Basta ler a sucmta biografia desses obreiros para chegar à conclusão de que eles escolheram o seu próprio caminho, haja vista a presciência de DEUS não forçar a livre-vontade do homem.
O Todo-Poderoso, como onisciente, conquanto conheça de antemão os que o rejeitarão, não interfere, por ter Ele criado o homem dotado de livre- arbítrio. DEUS não viola esse princípio. Sim, o Senhor não criou o homem como um autômato, um robô, mas como ser moral, responsável por seus atos, com a faculdade de decisão e livre-escolha — se bem que essas faculdades estão grandemente prejudicadas pelo efeito deletério do pecado, principalmente os de incredulidade e rebeldia.
 
A DOUTRINA DA ELEIÇÃO DIVINA
“Eleição” e “escolha” são apenas um termo, no original: eeloge. A eleição “olha” para o aspecto passado da nossa salvação (I Pe 1.2Ef 1.4). Eleição divina é, pois, a nossa escolha para a salvação, feita por DEUS. Nós, pecadores por natureza, não sabemos escolher, mas o Senhor nos escolhe (Jo 15.16).
E claro que a eleição, em si, não implica salvação:
Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o principio para a salvação, em santificação do Espirito efié da verdade (2 Ts 2.13).
eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do Espirito, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas (l Pe 1.2).
Na Bíblia mencionam-se a eleição divina coletiva, como a de Israel (Is 45.4;) e a da Igreja (Ef 1.4); e a individual, como a de Abraão (Ne 7.9) e a de cada crente (Rm 8.29). A vocação e a eleição do crente, do seu lado humano. Em 2 Pedro LIO lemos: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”.
A escolha divina ocorre da maneira como é descrita em I Ts 1.4-10. Ela se dá pelo recebimento do evangelho, pela fé, e permanência em CRISTO, mediante a santificação daqueles que se convertem dos ídolos ao DEUS vivo e verdadeiro, a fim de servi-lo “e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura” (v. 10).
DEUS não elege uns para a salvação, e outros, para a perdição. O homem é capaz de fazer a livre-escolha. E a graça de DEUS não é irresistível, como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão “Uma vez salvo, salvo para sempre”.
 
A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO
A predestinação “olha” para o aspecto futuro de nossa salvação (Rm 9.29Ef 1.5,11). Segundo as Escrituras, ela é o nosso pré-destino. A salvação não é um decreto divino, pois isso seria um fatalismo cego e impróprio atribuído a DEUS.
O decreto de DEUS. A expressão em apreço, conforme mencionada em Romanos 8.28 (gr. prothesis) aparece em outras passagens como “decreto”, “propósito” (Rm 9.11Ef 1.113.112 Tm 1.9). Trata-se do eterno propósito de DEUS, segundo o desígnio de sua própria vontade, pelo qual Ele preordenou, para a sua glória, tudo o que acontece. Esta definição é geral e não abrange especificamente a salvação da humanidade, como a que se segue.
DEUS decretar é uma coisa; a execução por Ele desse decreto, outra, como lemos em 2 Timóteo 1.9: “[DEUS,] que nos salvou e chamou com
uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS, antes dos tempos dos séculos”.
Alguns fatores implícitos na execução do decreto de DEUS são:
O tempo determinado por DEUS, isto é, o “quando” do Senhor.
A condicionalidade ou a mcondicionalidade do seu decreto (2Tm 1.9).
O decreto da criação do mundo, que teve lugar na eternidade passada,
só foi executado por DEUS “no princípio” (Gn 1.1). Apesar de o decreto do advento de JESUS vir da eternidade (Ap 13.8I Pe 1.20), o seu cumprimento só ocorreu em Belém. O Remo, preparado desde a fundação do mundo, só será desfrutado no futuro (Mt 25.34).
Da mesma forma, o decreto da nossa eleição para a salvação é eterno, mas só começou a se cumprir quando CRISTO veio (2Tm 1.9Rm 8.289.11,23,2416.25Ef 1.93.11).
... [DEUS, o Pai] nos elegeu nele [CRISTO] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade (Ef 1.4,1l).
E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se eglorifuaram a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna (At 13.48).
Predestinação divina e livre-escolha humana. Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. Mas a Palavra de DEUS não apresenta uma livre-escolha humana como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos.
Os extremos nesse assunto (e noutros) é que são maléficos, propalando ensinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconseqüente à soberania de DEUS no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta e procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconseqüente à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.
Ora, somos salvos, não por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer para DEUS, mas pelo que JESUS já fez por nós, uma vez para sempre. Há muitos por aí tendo a salvação dependente de suas obras, obediência, conduta, santidade, etc. Não é de admirar que os tais caiam e não se levantem, e que quando pequem duvidem da sua salvação.
Na realidade, parece incoerente e irreconciliável que algo predestinado por DEUS admita livre-escolha ou livre-vontade. Mas, só porque não entendemos algo, ou entendemo-lo apenas em parte, deixa ele de existir? A conversão, por exemplo, tem muito de misterioso:
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
Jo 3.1-10).
Há muitas coisas com as quais convivemos em nosso dia-a-dia, e que não as entendemos bem, ou quase nada, e, contudo, não queremos passar sem elas: o sono (semi-hibernação), os sonhos (o mundo onírico), o metabolismo basal, a teoria eletrônica, a eletricidade, o vento, a água suspensa no espaço (infinitas toneladas!), etc.
Há quem afirme que uma pessoa verdadeiramente salva não poderá jamais perder-se. Mas, quanto a isso, precisamos ver o que realmente a Bíblia diz, não esquecendo os são princípios da exegese bíblica, e o que essas pessoas deduzem do que a Bíblia diz.
Calvimsmo e Arminianismo.
Muitos têm seguido cegamente a João Calvino teólogo francês, radicado na Suíça, falecido em 1564 —, o qual pregava a predestinação como uma eleição arbitrária de indivíduos; como graça irresistível e impossibilidade de perda da salvação.
Outros têm seguido as idéias de Jacobus Arminius, teólogo holandês falecido em 1609, o qual pregava doutrinas conflitantes quanto à salvação e a sua segurança. Um perigo fatal a que pode levar o arminianismo é o crente depender de suas obras, de sua conduta, de seu porte, de sua obediência pessoal, para a sua salvação (Hb 9.12). Nesse extremo campeia a falsa santidade, sendo o homem enganado pelo seu próprio coração (Jr 17.9).
No caso da predestinação e da livre-escolha, no tocante à salvação, a tendência humana é rejeitar uma ou outra. Os arminianistas extremistas rejeitam a predestinação, e os calvimstas extremistas rejeitam o livre-arbítrio.
Entretanto, um exame atento e livre de preconceito da Palavra de DEUS mostra que, através da obra redentora de JESUS, DEUS destinou de antemão (predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17Is 45.2255.1Mt 11.28,292 Co 6.2I Tm 2.4). De acordo com João 12.32, todos podem ser atraídos a CRISTO. Mas nem todos querem seguir a CRISTO.
A predestinação segundo os predestinalistas. Estes dizem que o homem, decaído como está, no seu estado de depravação total, é incapaz de fazer livre-escolha concernente a sua salvação, pois está incapacitado espiritualmente para isso. Então DEUS elege o homem para a salvação. Segundo essa teoria, DEUS elege uns para a salvação, comunicando-lhes também a fé. Os demais, não-escolhidos, estão perdidos. Isso eqüivale a dizer que CRISTO morreu apenas pelos “escolhidos”.
Do raciocínio acima decorre outro: que a graça de DEUS é irresistível, isto é, a graça de DEUS não pode ser recusada por aqueles a quem DEUS escolhe salvar. Segundo o predestinalismo, a salvação é um decreto divino, e a conversão é simplesmente o início da execução desse decreto. O termo “decreto” é extraído de textos como Romanos 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto”.
Afirmam também os predestinalistas que a vida eterna em CRISTO é um dom de DEUS, e que uma vez recebida não pode ser jamais perdida em conseqüência de qualquer ato ou determinação da vontade humana. E que se, de fato, o crente nasceu de novo, está eternamente salvo. Caso venha a desviar-se, comprometerá, sim, o seu galardão, mas jamais perderá a sua salvação, nem cairá em apostasia. Ê como alguém que, estando a bordo de um navio, escorrega e cai, porém continua a bordo.
Finalmente, dizem que o crente salvo “está escondido com CRISTO em DEUS” (Cl 3.3), e que o Inimigo jamais o achará, nem jamais o arrebatará dessa posição. Em abono dessa predestinação fatalista, os predestinalistas citam textos como João 6.3710.28,29Romanos 8.28-30Efésios 1.4,52 Ts 2.13Eclesiastes 3.14Filipenses 1.6I Pedro 1.2; e Apocalipse 17.8 — mas sem interpretá-los à luz de seus respectivos contextos imediato e remoto.
Ora, proceder como acima exposto é adaptar a Bíblia ao raciocínio humano; ou seja, ao modo humano de pensar, como se a Palavra de DEUS dependesse de argumentos humanos.
A Bíblia é contrária ao predestinalismo. A Palavra de DEUS não afirma que CRISTO morreu apenas pelos eleitos. CRISTO morreu por todos, e não somente pelos eleitos (I Tm 2.4,6I Jo 2.22 Pe 3.9Ato 2.21;10.43;Tt 2.11Hb 2.9Jo 3.15,162 Co 5.14Ap 22.17). Ora, aqui não se trata somente de “eleitos”, mas de “todos” que quiserem ser salvos. O falso ensino de que CRISTO teria morrido apenas pelos eleitos pode conduzir a um desinteresse pela evangelização, haja vista DEUS já ter separados os perdidos que vão para o inferno.
Qualquer pessoa que crê em JESUS torna-se um dos escolhidos de DEUS, pois somos eleitos em CRISTO (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14, vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o evangelho apenas uma pequena parte crê em CRISTO e o segue.
DEUS elegeu para si um povo chamado Igreja, e não indivíduos, isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de DEUS; não somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se, na Igreja, como Corpo de CRISTO, alguém individualmente se desvia, e não volta, a eleição da Igreja não se altera.
De igual modo foi a eleição de Israel. O Senhor elegeu aquele povo para si; não indivíduos de per si. E tanto que milhares de israelitas se desviaram, porém a eleição de Israel, como povo, prosseguiu.
A livre-escolha do homem é uma realidade inconteste. A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. DEUS oferece a salvação e, mediante o seu ESPÍRITO, convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo O homem aceita a salvação ou rejeita-a (Is 1.19,20Js 24.15Dt 30.19Jo 1.11,123.15,16,19Ap 22.17Lc 13.34Ato 7.51I Rs 18.21I Tm 4.12 Cr 15.2Mac 16.16;Hb 2.33.1212.25).
Não existe graça irresistível. O homem através dos tempos tem resistido a DEUS, por sua incredulidade e rebeldia (At 7.51; I Ts 5.19Pv 1.23-30Mt 23.372 Pe 2.21Hb 6.6,7Tg 5.19). Ora, a ação do ESPÍRITO SANTO no pecador, para que se salve, é persuasiva, e não compulsória: “Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a DEUS; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos” (2 Co 5.11).
Um cristão salvo pode vir a se perder; pode, sim, desviar-se, cair em pecado e perecer, caso não se arrependa ante a insistência do ESPÍRITO SANTO (Ez 18.24,2633.18Hb 3.12-145.9I Tm 4.15.15; 12.25; 2 Pe 3.172.20-22Rm 11.21,22ITs 5.15Dt 30.19I Cr 28.92 Cr 15.2I Co 10.12Jo 15.6). Essa verdade fica amda mais evidente quando consideramos o “se” condicional quanto à salvação (Hb 2.33.6,14Cl 1.22,23), bem como a condição: “ao que vencer”, que aparece sete vezes em Apocalipse 2 e 3.
As palavras de JESUS em João 6.37 — “Todo o que o Pai me dá, esse virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” — significam que DEUS destinou à salvação, não somente este ou aquele indivíduo, mas sim todo aquele que nEle crê (Jo 3.16). Ou seja, tal passagem refere-se ao fato de DEUS aceitar o pecador quando este vem a Ele.
Outro texto empregado pelos predestinalistas é João 10.27,28: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos”. Note
que o versículo 27 mostra as condições da ovelha, para que ela nunca venha a perecer, nem sair das mãos de JESUS e do Pai (cf. Jo 6.67).
Se não há perigo de queda definitiva para o crente, por que a Bíblia adverte com tanta ênfase para que ninguém caia (I Co 10.12Hb 3.12Jo 15.6I Tm 4.1 [“apostatarão”]; 2Ts 2.3 [“apostasia”]; Pv 16.1828.14Ap 2.4,5)?
Porque; se viverdes segundo a carne, morrereis... (Rm 8.13).
Portanto, irmãos, procurai Jazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis (2 Pe 1.10).
Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira afcar reprovado (l Co 9.27).
... porquanto vos desvíastes do Se^OR, o Senhor não será convosco ÍNm 14.43).
O verdadeiro signifcado da predestinação. Em I Timóteo 2.4, está escrito: “TDeus] quer que todos os homens se salvem”. Nisto está incluído o mundo inteiro que queira. De fato, todos os que verdadeiramente crêem, se salvam; somos testemunhas disso. O Senhor predestinou à salvação todo aquele que aceitar a JESUS. A própria aceitação já é um dom de DEUS, para que ninguém se glorie julgando que assim contribuiu para a sua salvação.
A predestinação fatalista da alma, como ensinada pelos calvmistas, bem como a dependente de obras humanas, propalada pelos arminianistas, não têm apoio na Palavra de DEUS. O termo original de onde provém a nossa palavra “predestinação” (gr. proorizo) significa “destinar de antemão”, “predeterminar”, “preestabelecer”, “prefixar”, “preeleger”, etc.
Esse vocábulo aparece seis vezes no Novo Testamento, variavelmente traduzido, dependendo da versão utilizada. Na versão Revista e Corrigida (ARC), a palavra aparece nas seguintes passagens:
Atos 4.28 — “anteriormente determinado”.
Romanos 8.29 — “predestinou”.
Romanos 8.30 — “predestinou”.
I Coríntios 2.7 — “ordenou antes”.
Efésios 1.5—“predestinou”.
Efésios 1.11 — “predestinados”.
A predestinação que a Bíblia realmente ensina não é a de uns para a vida eterna e a de outros para a perdição eterna. A predestinação é para os que quiserem ser salvos, conforme lemos em 2 Tessalonicenses 2.13 e 2 Timóteo 2.10: “DEUS nos escolheu desde o princípio para a salvação”; “Escolhidos para que também alcancem a salvação”.
Eleição é o ato divino pelo qual DEUS escolhe ou elege um povo para si, para salvá-lo (2Ts 2.13). Predestinação é o ato de DEUS determinar o futuro desse povo. No Novo Testamento, esse povo é a Igreja, o Corpo de CRISTO, o povo salvo (Ef 1.22,23).
Na predestinação de DEUS para a Igreja está a sua conformação à imagem do Filho de DEUS (Rm 8.29), a sua chamada para a salvação (Rm 8.30), a sua justificação (Rm 8.30) e a sua glorificação (Rm 8.30). Essa conformação depende de chamada, justificação e glorificação do crente. E depende, ainda, da santidade de DEUS (Ef 1.4) e da adoção de filhos (Ef 1.5).
Outrossim, a eleição divina não consiste somente na soberania de DEUS, mas também na sua graça (Rm 11.5).
A real segurança da salvação. O crente está seguro quanto à sua salvação enquanto permanecer em CRISTO (Jo 15.1-6). Não há segurança fora de JESUS e do seu aprisco. Não há segurança espiritual para ninguém, estando em pecado (cf. Rm 8.13Hb 3.65.9). JESUS guarda o crente do pecado; e não no pecado.
Somos mantidos em CRISTO pelo seu poder, mediante a nossa fé nEle (I Pe 1.5; Jd v.20; 2 Co I.24b). A salvação é eterna para os que obedecem ao Senhor (Hb 5.9I Co 15.1,2). Estamos em pé pela fé em CRISTO, e não pela predestinação: “tu estás em pé pela fé” (Rm 11.20); “se é que permaneceis firmes e fundados na fé” (Cl 1.22,23); “DEUS é salvador de todos, mas principalmente dos fiéis [lit. “dos que crêem”]” (I Tm 4.10).
Há vários outros textos que também mostram a segurança do crente somente enquanto este está em CRISTO:
Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome (Sl 91.14).
Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei (Sl 16.8).
Porque nos tornamos participantes de CRISTO, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim (Hb 3.14).
...eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia (2 Tm 1.12).
[Senhor JESUS CRISTO, j o qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Co 1.8).
O crente deve obedecer a DEUS; não para que a sua obediência o salve ou o mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da sua gratidão para com aquEle que o salvou. Não nos tornamos salvos por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pela fé em JESUS CRISTO (At 16.31). A conservação da salvação também vem pela fé em CRISTO, pois está escrito: “O justo viverá da fé” (Rm I.17).Conclusão. A doutrina da predestinação como ensinada pelo calvinismo só leva em conta a soberania de DEUS, e não a sua graça (Rm 11.5Tt 2.11) e a sua justiça (SI 145.17; Rm 3.211.1710.3). EmEzequiel 18.23 ;33.11 vemos que DEUS quer que o ímpio se converta, e não apenas os eleitos e predestinados. DEUS jamais predestinaria alguém ao inferno sem lhe dar oportunidade de salvação. Isso aviltaria a natureza dEle.
Se todos já estão predestinados quanto ao seu destino eterno, então não há lugar para escolha, decisão ou livre-arbítrio por parte do homem. Entretanto, temos essa escolha mencionada e exposta em vários textos bíblicos, como vimos.
Que DEUS nos conceda cada dia uma visão espiritual cada vez mais ampla e profunda, a fim de compreendermos a sublimidade da gloriosa salvação que JESUS CRISTO consumou; da qual, pela graça de DEUS, já somos participantes. Glória, pois, a Ele!
A doutrina da predestinação situando o crente na presciência de DEUS não está na Bíblia para motivar choques de idéias, especulações ou coisas semelhantes; mas para, de modo carinhoso, DEUS encorajar o crente. Através dela, o Senhor está mostrando que antes que o mundo existisse, e o homem nascesse, Ele antecedeu- se e antecipou-se a tudo, prevendo problemas e dificuldades em nosso caminho e nos mostrando que é poderoso para nos levar a salvo para o seu Remo celestial (2Tm 4.18, ARA).
Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO (Fp 1.6).
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória (..) seja glória e majestade; domínio c poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém! Qd vv.24,25).
 
A DOUTRINA DA CHAMADA DIVINA PARA A SALVAÇÃO
Essa chamada não se refere apenas à salvação, mas também ao plano de DEUS para a vida do crente, como lemos em Efésios 4.1-15, especialmente nos versículos11 a 15:
E ele [CRISTO] mesmo deu uns apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes... Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO.
Em Efésios I.18 vemos também nessa chamada a esperança divina para a qual DEUS nos chamou: “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”. Na nossa chamada para a salvação temos o cumprimento da nossa eleição: “Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 20.16). Leia também Mateus 22.14.
A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO
Justificação é o ato judicial de DEUS, pelo qual Ele declara justo diante dEle o pecador que põe sua fé para a salvação em JESUS, ficando assim isento de culpa e condenação (Rm 8.30). A justificação é um ato e também um processo, como a santificação experimental na vida do crente; ela é primeiramente um ato de DEUS.
O que é justificar? E DEUS declarar justo diante dEle o transgressor que crê em JESUS como o seu Salvador pessoal (Rm 4.3-58.33). Justificar, como DEUS justifica, é mais que perdoar. Em teologia sistemática, a justificação precede a santificação, mas na Bíblia a santificação precede a justificação (I Co 6.11), que também é um processo — “justificação de vida” (Rm 5.18).
Diferenças entre justificar e perdoar. O perdão remove a condenação do pecado; a justificação nos declara justos diante de DEUS; isto é, como se nunca tivéssemos pecado! Quão maravilhosa é a graça de DEUS! Aleluia!
Somente DEUS pode perdoar e também justificar a um só tempo. O homem jamais pode fazer isso; ele pode relativamente perdoar, mas não justificar — declarar justo um transgressor da lei. Como é possível um DEUS perfeitamente justo perdoar e também justificar o ímpio, transgressor, sobrecarregado de delitos e pecados?
Mediante o seu amor, DEUS substituiu o culpado pelo inocente. O imaculado Cordeiro de DEUS, no Calvário, pelo amor divino, nos substituiu, levando sobre si os nossos pecados.
Verdades fundamentais da justificação pela fé, As verdades fundamentais da justificação pela fé em DEUS são: (I) a sua origem, que é a graça de DEUS (Rm 3.24;Tt 3.7); a sua base, o sangue de JESUS (Rm 5.9); o seu meio, a fé (Rm 5.13.25); o seu testemunho perante os homens são as obras (Tg 2.24); e a sua causa instrumental é a ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 4.25).
A DOUTRINA DO JULGAMENTO DO CRENTE
A doutrina do julgamento do crente é geralmente estudada, em teologia sistemática, sob a escatologia. Trata-se do Tribunal de CRISTO, isto é, o julgamento da igreja após o seu arrebatamento (2 Co 5.10Rm 14.10I Jo 4.17). É o dia da prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia ante o citado Tribunal.
Segundo a Palavra de DEUS, o julgamento do crente é tríplice. No passado, o crente foi julgado em CRISTO, no Calvário, como pecador (2 Co 5.21). No presente, ele é julgado como filho de DEUS, durante a sua vida (I Co 11.31). No futuro, será julgado como servo de DEUS, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a DEUS (2 Co 5.10).
Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.1214.13). Todos os crentes serão julgados, e não apenas alguns. Este autor e o leitor — eu e tu — também: todos havemos de
comparecer ante o tribunal de CRISTO” (Rm 14.10). “... para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10).
Os critérios do julgamento. Os critérios de julgamento do crente no Tribunal de CRISTO envolvem: a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12), haja vista sermos livres para fazermos ou não a vontade de DEUS (vamos responder por essa liberdade diante do Senhor naquele dia); a qualidade do trabalho que fazemos para DEUS (Mt 20.1-16); vemos neste ensino de JESUS que muitos crentes trabalharão a vida toda (“o dia todo”, v. 12), mas receberão a recompensa de quem trabalhou apenas “uma hora”. Não será primeiramente a quantidade de trabalho que será julgada, e sim primeiramente a qualidade desse trabalho.
Outros critérios de julgamento serão: o “material” empregado no trabalho feito para DEUS (I Co 3.8,12-15); a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10
; o modo como tratamos nossos irmãos na fé (Rm 14.10Tg 5.9Ef 6.8Cl 3.25); e os motivos secretos do nosso coração que nos levaram aos respectivos atos (I Co 4.5Rm 2.16).
Um aviso a todos os que ensinam na casa de DEUS: o seu julgamento será maior, mais rigoroso e mais exigente:
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres; sabendo que receberemos mais duro juízo lg 3.1).
Qualquer; pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus (Mt 5.19).
A DOUTRINA DA GLORIFICAÇÃO FUTURA DOS SALVOS
Em Romanos 8.30 DEUS tem tanta certeza da realização da nossa glorificação, que declara o fato no tempo passado! Isso também ocorre com outros grandes milagres da salvação, como a cura divina, também declarados pelos profetas no tempo passado do verbo: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
Uma forma de glória divina era, possivelmente, o vestuário original de Adão e Eva antes de pecarem (Gn 2.25Rm 3.23Sm 104.1,2I Pe 1.7). Maior ainda será a glória da Igreja (Mt 13.43Cl 3.4Rm 8.18I Co 15.43Fp 3.21). A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com a glorificação do crente integral. Daí o autor de Hebreus ter chamado essa gloriosa obra de DEUS de “uma tão grande salvação” (Hb 2.3).
Ainda quanto à nossa glorificação integral, a Palavra de DEUS menciona a salvação nas eras divinas e futuras. João Batista, inspirado pelo ESPÍRITO, disse que JESUS é o Cordeiro que tira o pecado do mundo — kosmos. Isso só acontecerá plenamente no futuro.
Em Efésios 2.7, vemos isso, onde a palavra para “eras” é aiõnios, termo que se traduz por “séculos” em I Timóteo 1.17:
[DEUS nos vivificou juntamente com CRISTO e nos fez assentar nos lugares celestiais] para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas de sua graça, pela sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS.
Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único DEUS seja honra eglória para todo o sempre. Amém!
  1. Cite a referência do Evangelho Segundo São Lucas que trata do tríplice teste do discipulado cristão.
  2. Dê a definição de salvação e cite, e comente, as três referências bíblicas mencionadas neste capítulo.
  3. O que abrange a salvação pessoal; isto é, em que consiste ela?
  4. Cite os passos que o pecador deve dar para receber a salvação em JESUS.
  5. Umas das principais finalidades da Lei divina é expor o quê?
  6. Quanto aos aspectos do pecado, cite os dois principais.
  7. Em que consiste o pecado de omissão?
  8. O que é a graça de DEUS, segundo a Bíblia?
  9. Cite as quatro grandes palavras bíblicas que revelam a extensão e grandiosidade da expiação.
  10. Além de satisfazer e aplacar o Supremo Legislador (DEUS), que mais efetua a expiação?
  11. Mencione o tríplice resultado da redenção efetuada por JESUS em nosso lugar.
  12. Cite o conceito bíblico de propiciação.
  13. Dê referências bíblicas sobre JESUS como a nossa propiciação.
  14. O que produz o verdadeiro arrependimento?
  15. Que é a “adoção de filhos”, conforme Romanos 8.15?
  16. O que é um santo, segundo a definição dada neste capítulo?
  17. Cite os meios divinos de santificação do crente; e mencione também as respectivas referências.
  18. A predestinação do crente, segundo as Escrituras, tem a ver com o quê?
  19. Cite três dos critérios de julgamento do crente perante o Tribunal de CRISTO.
  20. A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com o quê?
 
Quarto Trimestre de 2006
LIÇÃO 9 –SALVAÇÃO, O PLANO DE DEUS PARA A REDENÇÃO HUMANA
TEMA –As Verdades Centrais da Fé Cristã
COMENTARISTA : Claudionor Correia de Andrade
  
TEXTO ÁUREO
“Porque a graça de DEUS se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
   
VERDADE PRÁTICA
A salvação oferecida por DEUS, através de CRISTO, é amorosamente inclusiva: contempla todos os seres humanos e não apenas um grupo ou nação.
 
 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: JOÃO 3.14-21
14 E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de DEUS.
19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em DEUS.
 
 
O processo da Salvação
Salário:
Todos os seres humanos pecaram e mereciam um salário, um pagamento por isso, pois DEUS é justo e paga cada um segundo sua obra.
Rm 3.23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
Rm 5.12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
1Pe 1.17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
O salário é o pagamento justo pelo trabalho feito, e em nosso caso, merecíamos todos morrer, tanto a morte física, como a de nossa alma, quanto de nosso espírito.
 
Dom:
A salvação do salário merecido se dá pela graça de DEUS que é favor imerecido:
Como uma mãe que vai visitar seu filho num presídio, filho que andava drogado, filho que lhe xingava e espancava, filho assassino e ladrão.
Essa mãe chega e abraça seu filho e lhe oferece o presente, mas o filho, surpreso e sem reação lhe diz: Mãe, como pode a senhora vir me visitar, me abraçar, me beijar e ainda me dar um presente, se eu a xingava e espancava, eu não mereço isso.
A mãe porém lhe diz: Não é pelo merecimento, meu filho, mas é pelo meu amor por você.
Aconteceu o mesmo entre o rei Davi e Mefibosete, filho de Jonatas, Davi lhe disse que o estava tratando bem e lhe dando uma herança, não por que ele merecesse, mas era pela aliança que tinha com seu pai, era por amor a seu pai.
Assim, DEUS, por meio de CRISTO faz aliança conosco, não por nossos méritos, mas pelo seu infinito amor e somente por causa do sacrifício de CRISTO em nosso lugar.
DEUS nos enviou o salvador para, por meio Dele, de seu sacrifício, pudéssemos ser livres dos nossos pecados e reconciliados com DEUS.
O dom é o presente dado sem merecimento.
1Tm 1.15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Rm 5.10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
 
 
LEITURA DIÁRIA
 
Segunda
At 4.12
A salvação é obtida somente em nome de JESUS.
Terça
Rm 1.16
O Evangelho é poder de DEUS para a salvação.
Quarta
Rm 13.11
A salvação está mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.
Quinta
2 Co 6.2
Eis o tempo aceitável, eis o tempo de salvação.
Sexta
1 Ts 5.9
DEUS não nos destinou para a ira, mas para a salvação.
Sábado
2 Tm 3.15
Sábios para a salvação.
 
 
 
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Conceituar a doutrina da salvação.
Descrever os objetivos da graça.
Explicar a predestinação bíblica.
 
PONTO DE CONTATO
Professor, a doutrina da salvação não deve ser apenas compreendida. É necessário que seja experimentada pelos seus alunos. Conhecer os profundos e confortadores ensinos concernente à redenção é um bálsamo para o peregrino cristão. No entanto, o conhecimento teórico de pouco adianta se a obra salvífica de CRISTO não for experimentada. Portanto, ministre a lição com objetividade, conhecimento da doutrina e amor pela conversão e salvação de seus alunos.
 
 
SÍNTESE TEXTUAL
A doutrina da salvação, chamada de Soteriologia, ocupa-se do estudo do plano salvífico (Ef 1.3-14), da obra de CRISTO (Rm 3.24-26), e da aplicação da salvação ao homem (Ef 2.8-10), de acordo com a Escritura. O termo procede do grego sōtēria, traduzido por “salvação”, “libertação” e “preservação”. Nos textos de Lc 1.69,71 e Hb 11.7, o vocábulo é usado com o sentido de “livrar ou preservar de um perigo eminente”. A palavra equivalente usada no Antigo Testamento é yeshû‘â (o nome JESUS no grego, procede desse termo hebraico, Mt 1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O termo hebraico é usado, em Gn 49.18, como referência à salvação do Senhor (ver Dt 32.15; 1 Sm 12.1), e, em Ez 37.23, com o significado de “livrar” dos pecados. Portanto, salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou preservação de um perigo eminente.
 
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, antes que o homem pudesse pensar em DEUS, ele já estava presente no pensamento de DEUS. A Escritura em inúmeras passagens atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: DEUS elege, predestina e chama (Ef 1.4,5, 18; 2.8-10; Rm 8. 28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10). No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste: recebendo-o (Jo 1.12), crendo (Jo 3.16), indo ao encontro dEle (Jo 6.37), invocando-o (Rm 10.13), entre outros. A obra inicial do ESPÍRITO SANTO, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Portanto, há um completo envolvimento da deidade e do homem na salvação. O gráfico a seguir representa esses conceitos. Apresente aos alunos após o tópico III.
 
 
 
RESUMO DA REVISTA: (Utilizando os títulos da revista da CPAD atual  e os comentários da revista da CPAD de 18/02/2001 - Pr. Elienai Cabral)
Lembrando que esses complemento são para auxílio dos alunos e professores, que deverão ter como base de seus ensinos a revista da CPAD 4º trimestre de 2006.
 
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Veremos o que a Bíblia ensina acerca da salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
Salvação é uma palavra de amplo sentido, que abrange todos os atos e processos redentores, a saber: justificação, redenção, graça,
propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação. A salvação procede de Deus e não do homem. Foi concebida por Deus o Pai,
consumada por Jesus o Filho, e oferecida ao crente por intermédio do Espírito Santo. O homem não teve participação alguma no plano de
salvação. Resta-lhe apenas aceitar o Dom de Deus. Tão logo o homem pecou, Deus anunciou seu projeto para salvá-lo (Gn 3.15).
Salvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção bastante pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e busca constante de sua comunhão.
Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da
parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.
A salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus, o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto
desse livramento.
A doutrina da salvação diz respeito ao plano divino para restaurar o homem do pecado e, conseqüentemente, livrá-lo da condenação eterna.
Cristo é o único caminho ao Pai. A salvação nos é concedida mediante a graça de Deus, manifesta em Cristo Jesus e está baseada na morte,
ressurreição, e exaltação do Filho de Deus.
A doutrina em apreço pode ser estudada sob os vários aspectos da salvação.
 
Neste domingo, veremos o que a Bíblia ensina acerca da salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
 
 
I. O QUE É A SALVAÇÃO
1. Definição etimológica. Sōtēria, além de salvação, traz as seguintes significações: “libertação, Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com DEUS” (Dicionário Teológico).
2. Definição teológica. DEUS ofereceu o seu Unigênito para salvar pela graça, por intermédio da fé, os que o aceitam como o único e suficiente Salvador (Ef 2.8-10).
 
 
II. A GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Agostinho realça a doutrina da graça divina: “A graça de DEUS não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la”.
1. Definição etimológica. Favor imerecido.
2. Definição teológica. Aceitar e a usufruir, de imediato, das bênçãos do Plano de Salvação (Ef 2.8,9).
3. Objetivos da graça de DEUS. 1) salvar o homem da condenação do pecado; e 2) restringir a ação deste pecado.
 
 
III. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
1. Eleição (Ef 1.4,5). Antes mesmo de o Universo ter sido criado.
 
 Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
 
ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união com JESUS CRISTO. DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4; ver v. 1). O próprio CRISTO é o primeiro de todos os eleitos de DEUS. A respeito de JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.
(2) A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(3) A eleição em CRISTO é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu [CRISTO] corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por DEUS (1Pe 2.9) e a “noiva” de CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de CRISTO, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21; 2Rs 21.14).
(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em JESUS CRISTO, e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira: 
(a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que
sejamos “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados (1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está sendo conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (ver Rm 8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de DEUS (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18). 
(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). 
(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).
(5) A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29; 2Pe 1.1-11).
 
2. Predestinação. Basta o homem receber a CRISTO para desfrutar, de imediato, dos benefícios da eleição e da predestinação.
 
A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS, “em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em CRISTO).
(1) DEUS predestina seus eleitos a serem: 
(a) chamados (Rm 8.30); 
(b) justificados (Rm 3.24; 8.30); 
(c) glorificados (Rm 8.30); 
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); 
(e) santos e inculpáveis (1.4); 
(f) adotados como filhos (1.5); 
(g) redimidos (1.7); 
(h) participantes de uma herança (1.14); 
(i) para o louvor da
sua glória (1.12; 1Pe 2.9); 
(j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e 
(l) criados em CRISTO JESUS
para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).

RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante JESUS CRISTO.
 
 
SE HOUVESSEM PREDESTINADOS  A SALVOS E OUTROS A PERDIDOS NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE PREGAÇÃO DO EVANGELHO.
  
IV. A REGENERAÇÃO
1. Definição etimológica. Gerar de novo, nascer outra vez.
2. Definição teológica. Concede gratuitamente ao pecador uma nova vida espiritual através dos méritos de CRISTO.
3. A necessidade da regeneração. Para se entrar no céu (Jo 3.3); para se resistir ao pecado (1 Jo 3.9); para se ter uma vida de retidão (1 Jo 2.29).
O termo "regeneração", como o temos em Tito 3.5 refere-se à renovação espiritual do indivíduo. Significa ser gerado novamente; receber nova vida, reconstruir, restaurar, reviver.
É a ação poderosa, criativa, decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele recria a natureza interior do pecador arrependido.
Existem várias expressões bíblicas que esclarecem o sentido de regeneração.
*Novo Nascimento.
a) O que significa nascer de novo? Sobre esse aspecto da salvação Jesus asseverou a Nicodemos: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3). Jesus salientou a necessidade mais profunda dos homens: uma mudança radical e completa da totalidade da natureza e do caráter. Este milagre é operado no espírito do ser humano, através do qual este é recriado de conformidade com a imagem divina. Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado e passa a ter desejo e disposição de obedecer a Deus e seguir as orientações do Espírito Santo.
b) O que não significa novo nascimento. Primeiro, não se realiza pela vontade e participação humana (Jo 1.13). Segundo, não depende de esforços humanos (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Isto é, não há nada que o homem possa fazer por si mesmo ou pelos outros. Terceiro, não é o batismo em águas. O batismo em águas pode simbolizar a regeneração, mas não a produz. Quarto, não é a prática de boas obras (Tt 3.5).
*Nova criação (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.10). Mediante a palavra criativa de Deus, os que aceitam a Jesus Cristo pela fé, são feitos novas criaturas. O crente é uma criatura renovada segundo a imagem de Deus, que compartilha da sua glória. Em relação à primeira criação material, o homem está caído e morto, porém, na segunda, a espiritual, ele é renovado pelo Espírito Santo.
*Renovação (Tt 3.5; Cl 3.10). A "renovação do Espírito Santo" refere-se à outorga constante da vida divina aos crentes à medida que se submetem a Deus (Rm 12.2).
*Ressurreição espiritual (Ef 2.5,6). É preciso morrer para o mundo e ressuscitar para uma nova vida em Cristo. A Palavra de Deus diz que os que recebem a Cristo morrem e são sepultados com Ele, para ressuscitarem em novidade de vida (Rm 6.2-7).
 
 
V. A JUSTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. Significa, declarar justo pelos méritos de CRISTO.
2. Definição teológica. Declarar alguém justo, como se este jamais houvera cometido quaisquer iniqüidades.
3. Benefícios da justificação. 1) Novo relacionamento com a Lei (At 13.39); 2) Novo relacionamento com DEUS (Rm 5.1,9).
Definição. "Justificação" é o ato de Deus declarar justo o pecador que pela fé aceita Jesus por seu Salvador (Rm 5.1,33). Tal pessoa passa a ser vista por Deus como se jamais tivera pecado em toda a sua vida. Deus declara o pecador livre de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas.
Os benefícios da justificação. A justificação nos concede inúmeras bênçãos divinas. Para o estudo desta lição destacaremos apenas três:
a) Remissão dos pecados. O apóstolo Paulo quando pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia fez a seguinte declaração: "Seja-vos notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê" (At 13.38,39). Cristo ao cumprir toda a lei que o homem não pôde cumprir, possibilitou ao homem ser plenamente justificado.
b) Restauração da graça de Deus. A justificação tem sua origem na livre graça de Deus (Rm 3.24). Graça é o favor divino dispensado ao homem sem que ele mereça. Mediante o pecado o homem perdeu a proteção divina e passou a viver sob a justa ira divina (Jo 3.36; Rm 1.18). A ira de Deus representa a reação automática de sua santidade contra o pecado. Porém, ao aceitar a Cristo pela fé, o pecador é por Deus justificado, ficando assim, livre da ira divina (Rm 5.9).
c) Imputação da justiça de Cristo. A graça de Deus só foi possível mediante a provisão da justiça de Cristo. Justificação significa mudança de posição perante Deus: de condenado que era, o homem passa a ser considerado justo. Como isso ocorre? A justiça de Cristo é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28; 1 Co 1.30).
 
  
VI. A ADOÇÃO
1. Definição etimológica. Significa colocar na posição de filho.
2. Definição teológica. A partir desse momento, passa esse alguém, mediante o sacrifício de CRISTO no Calvário, a desfrutar de todos os privilégios que DEUS preparou àqueles que aceitam a CRISTO como único e suficiente Salvador.
3. Os privilégios da adoção. O crente é considerado como filho do Pai Celeste (1 Jo 3.2); como irmão de JESUS (Hb 2.11); como herdeiro dos céus (Rm 8.17).
 
ADOTA: RECEBIDO NA FAMÍLIA DE DEUS COM PRIVILÉGIOS DE FILHO.
Ef 2. 19 Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de DEUS,
Hb 2. 10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
11 Pois tanto o que santifica como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E ainda: Eis-me aqui, e os filhos que DEUS me deu.
14 Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;
15 e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.
16 Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Abraão.
17 Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a DEUS, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.
18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.  
 
 VII. A SANTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. Separação do mundo e consagração a DEUS.
2. Definição teológica. Consagrar-se totalmente a DEUS e ao serviço de seu Reino.
3. A santificação é um processo. O homem, continuamente, torna-se, pela ação do ESPÍRITO SANTO, mais parecido com DEUS.
4. Os propósitos da santificação. Identificar-se com o seu Criador (Lv 19.2; Gl 2.19) e Dedicar-se ao serviço de DEUS (Êx 19.6).
5. Os meios da santificação. A Palavra (Jo 17.17); o sangue de JESUS (Hb 13.12); o ESPÍRITO SANTO (2 Ts 2.13); a fé em DEUS (At 26.18).
 
O termo "santificação" significa "tornar-se santo", "consagrar-se", "separar-se do mundo", para pertencer a Deus, ter comunhão com Ele e servi-Lo com alegria.
É através do processo de santificação que o homem regenerado passa a ter um relacionamento íntimo com Deus em sua vida diária.
*Os sentidos da santificação. Santificação tem o sentido genérico de separação, dedicação, consagração de pessoas ou coisas para uso exclusivo do Senhor (Êx 13.2; Jr 1.5; Lv 27.14,16; 2 Cr 29.19).
Em se tratando de santificação do crente, dois sentidos principais fluem da Palavra de Deus.
a) Separação do mal, para pertencer a Deus (Lv 20.26). É chamado de aspecto negativo da santificação, porque ocupa-se de "não farás isso; não farás aquilo" etc.
b) Separação para servir a Deus; dedicação a Deus, para seu serviço (Êx 19.5,6). É chamado de aspecto positivo da santificação, porque ocupa-se de fazer o que Deus ordena quanto à santificação (2 Co 7.1; Ap 22.11; Pv 4.18; 1 Ts 5.23).
*Os meios da santificação.
a) O crente é santificado pela Palavra de Deus (Jo 17.17). A Palavra tem poder purificador (Ef 5.26); ela nos corrige (1 Pe 1.22; Sl 119.9; Jo 17.17; 1 Jo 1.7); ela penetra profundamente (Hb 4.12).
b) O crente é santificado pelo sangue de Jesus (Hb 13.12). O sangue de Jesus expiou a nossa culpa, nos justificou diante de Deus (Rm 3.24,25), e também é a provisão da nossa santificação diária (Rm 7.18; 8.7,13; 1 Jo 1.7).
c) O crente é santificado pelo Espírito Santo (Rm 1.4; 15.16). Essa obra do Espírito manifesta-se pelo poder e a unção que garantem ao crente a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17-21).
 
 
CONCLUSÃO
Como é maravilhoso experimentar a salvação em CRISTO JESUS! Todavia, o melhor está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar a salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia! Você já experimentou a salvação? Aceite a CRISTO imediatamente.
 
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
 
“O Alcance da Salvação.
1. A salvação é para o mundo inteiro. Através do sacrifício perfeito de CRISTO, todos os habitantes da terra foram representados, e os seus pecados foram potencialmente perdoados. CRISTO ‘é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro’ (1 Jo 2.2).
2. A salvação é para os que crêem. Apesar de CRISTO haver morrido pelos pecados do mundo inteiro, há um sentido em que a expiação é uma provisão divina feita especialmente por aqueles que crêem. Paulo apresenta JESUS CRISTO como o ‘Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis’ (1 Tm 4.10). Deste modo, apesar de a salvação estar à disposição de toda a humanidade, de forma experimental ela se aplica exclusivamente àqueles que crêem.
3. Alguns abandonarão a salvação. A Bíblia dá a entender que muitos daqueles pelos quais CRISTO morreu, aceitarão a sua provisão salvadora, mas depois abandonarão, perdendo com isto o direito à vida eterna [...]”
(OLIVEIRA, R. de. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.217-8.)
  
Subsídio Bibliológico - comentários da revista da CPAD de 18/02/2001 - Pr. Antônio Gilberto)
"A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo
como seu Senhor e Salvador.
"A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado, e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).
"Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida. Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7, 8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo e a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2.14).
"Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professem, demonstram que ainda não nasceram de novo (1 Jo 3.6,7).
"Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: 'se viverdes segundo a carne, morrereis' (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão 'como já antes vos disse' (v.21).
"O nosso nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeito, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra. Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12)". (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág. 1576).
                            
 A HISTÓRIA DA NOSSA SALVAÇÃO
  INTRODUÇÃO:
O APÓSTOLO PAULO EM Ef 2.1-10 NOS MOSTRA OS TRÊS TEMPOS DA NOSSA SALVAÇÃO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO. O QUE ÉRAMOS, O QUE SOMOS E O QUE SEREMOS EM CRISTO JESUS. É COMO SE JÁ ESTIVÉSSEMOS NO CÉU COM DEUS, FAZENDO UMA RETROSPECTIVA DE NOSSA EXISTÊNCIA.
 
  1. NO PASSADO, O QUE ÉRAMOS:
ANTES DE ACEITARMOS A CRISTO, COMO ÉRAMOS? ESSE É O NOSSO PASSADO. TANTO PARA QUEM NASCEU NUM LAR EVANGÉLICO, COMO PARA QUEM NUNCA OUVIU FALAR DO EVANGELHO, NÃO IMPORTA, TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÁVAMOS DA GLÓRIA.
1.1     ESTÁVAMOS MORTOS EM OFENSAS E EM PECADOS (V.1)
MORTE=SEPARAÇÃO DE DEUS
INÍCIO DA MORTE NA TERRA = ADÃO (VER Gn 3 = O PECADO E Gn 5 FILHO DE ADÃO = IMAGEM DE ADÃO.)
DAÍ EM DIANTE AS MORTES SE MANIFESTAM = MORTE ESPIRITUAL (ESPÍRITO SEPARADO DE DEUS = MORTO PARA DEUS), MORAL (ALMA = SÓ QUER APRENDER E FAZER O QUE É CONTRÁRIO A DEUS) E FÍSICA (CORPO = SÓ QUER FAZER O QUE LHE DÁ PRAZER = COMER,BEBER, DORMIR E SEXO).
OS PECADOS SÃO FRUTOS DO PECADO QUE HERDAMOS DE ADÃO, SÃO OFENSAS A DEUS, SÃO DELITOS QUE MERECEM CASTIGO, MERECEM PUNIÇÃO.
1.2     ANDÁVAMOS SEGUNDO O CURSO DO MUNDO (V.2)
É SEGUIR CONFORME O PENSAMENTO HUMANO, É O VIVER SEGUNDO A MODA, MODA ESTA QUE É DIRECIONADA E PLANEJADA POR SATANÁS, ATRAVÉS DE SEUS SÚDITOS, PRINCIPALMENTE LÉSBICAS E GAYS (COSTUREIROS E MARCHANDS).
1.3     FAZÍAMOS A VONTADE DA CARNE (V.3)
É A NATUREZA INCLINADA AO PECADO, QUE ATENDE AOS DESEJOS (CONCUPICÊNCIA) DEGRADANTES DO PECADO. É A VONTADE SUBJUGADA AO PECADO. A CARNE COBIÇA CONTRA O ESPÍRITO.
1.4     ÉRAMOS FILHOS DA IRA (V.3)
A IRA DE DEUS É UMA REAÇÃO NATURAL E AUTOMÁTICA DE SUA SANTIDADE CONTRA O PECADO. É UMA BARREIRA ESPIRITUAL QUE SUA NATUREZA SANTA E ETERNA MANTÉM CONTRA O PECADO. ASSIM COMO DEUS AMA, ELE CASTIGA E REPREENDE A QUEM ELE AMA E ABORRECE AQUELE QUE O ABORRECE E LHE É INFIEL.
 
  1. NO PRESENTE, O QUE SOMOS:
DEPOIS QUE ACEITAMOS A JESUS CRISTO COMO SENHOR E SALVADOR, O QUE SOMOS? ESSE É O NOSSO PRESENTE. É SÓ PARA CRENTES  SALVOS.
2.1     SOMOS FILHOS DA MISERICÓRDIA DE DEUS (V.4)
É O CONTRÁRIO DE IRA DE DEUS. É TER DÓ, COMISERAÇÃO PELA MISÉRIA DE OUTREM. A PALAVRA DEUS MUDA TUDO NA VIDA DE QUALQUER QUE SE CHEGA A ELE. SUA MISERICÓRDIA É INDESCRITÍVEL.
 
2.2     FOMOS VIVIFICADOS EM CRISTO (V.5)
ANTES, ESTÁVAMOS MORTOS NO PECADO, SEPARADOS DE DEUS; AGORA ESTAMOS VIVOS POR CAUSA DA MORTE DE CRISTO EM NOSSO LUGAR; ASSIM COMO O PODER DE DEUS VIVIFICOU A CRISTO NÓS TAMBÉM MORREMOS COM CRISTO E RESSUSCITAMOS PARA UMA NOVA VIDA, AGORA, VIVOS PARA DEUS, MORTOS PARA O PECADO. SAÚDE ESPIRITUAL=AMOR, GRAÇA E MISERICÓRDIA.
 
2.3     TEMOS UMA NOVA CIDADANIA COM DEUS (V.6)
ANTES CANSADOS DO PECADO, AGORA DESCANSO, ASSENTADOS NOS LUGARES CELESTIAIS.
CIDADÃOS TÊM NORMAS = CONSTITUIÇÃO, NÓS COMO CIDADÃOS DOS CÉUS TEMOS NORMAS = BÍBLIA
O CRISTÃO VERDADEIRO E AUTÊNTICO VIVE SOB ESSE NOVO GOVERNO (DE DEUS) E NÃO SE CONFORMA COM ESTE MUNDO DE CORRUPÇÃO.
 
2.4   SOMOS FEITURA DE DEUS (V.10)
A TRANSFORMAÇÃO OPERADA PELO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO PECADOR O RECRIA ESPIRITUALMENTE, NÃO QUER DIZER QUE RETIRA O ESPÍRITO DO HOMEM E COLOCA OUTRO NOVO, MAS FICA TÃO PERFEITO QUE PARECE QUE É UM NOVO. AGORA VAMOS FAZER BOAS OBRAS, NÃO PARA SERMOS SALVOS OU PARA GANHARMOS RECONHECIMENTO OU PRÊMIO, MAS PORQUE AGORA ISSO É NATURAL EM NOSSA VIDA.
 
  1. NO FUTURO, O QUE SEREMOS:
O PECADO TROUXE O MEDO DO FUTURO. O SALVO ESTÁ TRANQÜILO QUANTO AO SEU FUTURO E PREPARADO PARA ELE.
 
3.1     SEREMOS A PROVA DA OBRA REDENTORA (V.7)
MOSTRAR NOS SÉCULOS VINDOUROS. Hb 2 = EIS-ME AQUI E OS FILHOS QUE TU ME DESTE.
Is 53 = ELE VERÁ SUA POSTERIDADE E FICARÁ SATISFEITO (COM O SACRIFÍCIO QUE FEZ)
COMO DEUS COMPROVARÁ QUE TINHA UM PLANO DE SALVAÇÃO PARA O HOMEM QUE ELE TANTO AMA?
RESPOSTA=MOSTRANDO-NOS LÁ NO CÉU AO SEU LADO.
 
3.2     SEREMOS O TESTEMUNHO DA MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS (VV.8,9)
PELA GRAÇA SOMOS SALVOS, POR MEIO DA FÉ. SOMOS FALA DE CONTINUIDADE, DEUS NÃO NOS DESAMPARA E NEM NOS DEIXA SÓ, ELE É O NOSSO SOCORRO BEM PRESENTE NA HORA DA ANGÚSTIA.
A GRAÇA É A FONTE QUE DEUS ABRIU NO CALVÁRIO E QUEM QUISER TOME DE GRAÇA DA ÁGUA DA VIDA. EXEMPLO DAVI E MEFIBOSETE (SE DISSESSE NÃO QUERO, PERDERIA TUDO). TOME POSSE DA VIDA ETERNA. TEMOS BÊNÇÃOS QUE TOMAMOS POSSE AGORA E OUTRAS QUE SÓ DEPOIS.
  
TRÊS VERDADES SOBRE A SALVAÇÃO
(Pr. Geziel Gomes)  I Ts 5.8

INTRODUÇÃO: JESUS disse: A verdade vos libertará, Jo 8.36

1- O MUNDO INTEIRO ESTÁ DEBAIXO DE CONDENAÇÃO
A-   Os judeus pecaram, por isso estão debaixo de condenação
B-   Os gentios pecaram,  por isso estão debaixo de condenação Cada criatura pecou, por isso está sob condenação.

2- SOMENTE DEUS PODE SALVAR O PECADOR
B-   Somente Ele tem graça suficiente para salvar
C-   Somente ele tem poder suficiente para salvar
A-   Ele ofereceu JESUS para ser o nosso Salvador

3- CADA PESSOA TEM DIREITO Á SALVAÇÃO
B-   Basta arrepender-se, At 3.19
C-   Basta ter fé em JESUS, Jo 3.16
A-   Basta apropriar-se da salvação garantida, Jo 1.12

CONCLUSÃO: Por que não o fazer agora?
 
DESTINADOS PARA A SALVAÇÃO
(Pr. Geziel Gomes)
I Ts 5.9
I-   DEUS QUER QUE SEJAMOS SALVOS
2-     Ele sabe que somos pecadores
3-     Sozinhos não podemos salvar-nos
4-     Estamos perdidos, Rm 3.23
1-     Ele nos ofereceu Seu Filho
II-  QUE TIPO DE SALVADOR É CRISTO?
2-     Salvador poderoso, Hb 7.25
3-     Salvador único, I Tm 2.5
4-     Salvador gracioso, Ef 2.8
1-     Salvador e Senhor, Lc 2.11
III-  DE QUE JESUS NOS SALVA?
2-     Dos perigos da vida – Paulo, Daniel
3-     De enfermidades – como o leproso
4-     Da destruição – Noé, Jó
1-     Do pecado – Isaque, Samaritano
IV-  ELAS ESTÃO ESPIRITUALMENTE
2-     Na nossa justificação, Rm 5.9
3-     Na nossa purificação, I Jo 1.7
1-     Na nossa reconciliação, Ef 2.13; Cl 1.20
V-  ELAS ESTÃO PODEROSA EFETIVAMENTE
2-     Na celebração da ceia, I Co 11.25
4-     Nas vitórias da Igreja
5-     No cântico dos anjos, Ap 5.9
 
A ALEGRIA DA SALVAÇÃO, Sl 51.12
(Pr. Geziel Gomes)
1.    Uma alegria que provêm de DEUS, Lc 15.22-24
A.  DEUS é a fonte de todo o gozo
B.   DEUS se alegra com a salvação de um pecador, por ser mais um filho que nasce
2.    Uma alegria que está no coração de JESUS, Lc 15.4-6
A.  A alegria do Senhor é a nossa força Ne 8
B.   “O trabalho da sua alma Ele verá e ficará satisfeito”, Is 53
3.    Uma alegria que alcança os anjos, Lc 15.10
A. A alegria da salvação contagia os anjos
B., Eles irradiam essa alegria por todo o Universo
4.    Uma alegria que inunda o coração do novo crente
A A  alegria de perder o peso do pecado
B. A alegria de entrar na família de DEUS
5.    Uma alegria que deve contagiar a igreja
A. Cada novo convertido é uma vida que escapa do Inferno
B.  Cada novo crente é uma ovelha no santo Rebanho de CRISTO  
 Perguntas sobre Salvação
 
01- O QUE DEVE O HOMEM FAZER PARA SER SALVO?O primeiro passo é se expor à Palavra de DEUS. Ouvir a Palavra com atenção, com reflexão, com reverência, com interesse, com sede de conhecer a Verdade: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.32, 36). "De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS". (Romanos 10.17). O segundo passo é arrepender-se de seus pecados, confessá-los e deixá-los: "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia". JESUS iniciou o Seu ministério dizendo: "Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus"(Mateus 3.2). O terceiro passo é aceitar o convite de JESUS e permitir que Ele more no seu coração: "Eis que estou à porta , e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". (Apocalipse 3.20). O quarto passo é permanecer na fé, permanecer no caminho: "MAS AQUELE QUE PERSEVERA ATÉ O FIM SERÁ SALVO". (Mateus 24.13) "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito". (João 15.7; Romanos 3.23-24; 10.9; Atos 3.19).
02- QUAL O SIGNIFICADO DE "NOVO NASCIMENTO"?Novo nascimento, regeneração ou nascimento espiritual são termos semelhantes e significam receber a VIDA ETERNA e a salvação em CRISTO JESUS. "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de DEUS". (João 3.3). O NOVO NASCIMENTO é experimentado por aquele que se arrepende de seus pecados e os deixa, crê no Senhor JESUS, e O aceita como Senhor e Salvador. O homem nascido de DEUS, nascido do ESPÍRITO é uma NOVA CRIATURA, uma nova pessoa que evita o pecado e está disposta a viver em obediência a DEUS e conforme a Sua palavra. O Novo Nascimento é o maior milagre que DEUS opera na vida do homem. "Portanto, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo". Novo Nascimento é sinônimo de libertação, de transformação. Significa sair das TREVAS e ir para a LUZ; sair do reino de Satanás e ir para o reino de DEUS; deixar de ser apenas CRIATURA DE DEUS para ser FILHO DE DEUS.(2 Coríntios 5.17; Romanos 12.2; Efésios 4.22-25; Colossenses 3.7-10; 1 João 3.9; 5.18).
03 - O QUE É A FÉ?A FÉ não se explica através da lógica humana. Fé é crença, convicção, certeza, confiança, entrega. É a certeza de que algo vai acontecer, não importando se as condições sejam contrárias. A definição bíblica para a fé é a seguinte: "É a CERTEZA das coisas que se esperam, e a prova das coisas QUE NÃO SE VÊEM" (Hebreus 11.1). Fé é a crença de que o Senhor está no comando de todas as coisas, em quem depositamos total e irrestrita confiança.
04 - QUAL O SIGNIFICADO DE "SOIS SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ"?
Essa afirmação está em Efésios 2.8. Daremos o exemplo de um rio. Para que a água possa fluir de forma ordenada e consistente, é necessário que haja um leito, uma vala ou um canal. Esse caminho, leito, canal ou vala representam a nossa FÉ. A água é a GRAÇA de DEUS. Não há rio sem leito. Sem fé, sem entrega incondicional, sem obediência a graça de DEUS não encontra caminho para se derramar sobre nós. "Sem fé é impossível agradar a DEUS, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam (Hebreus 11.6).
05- O BATISMO NAS ÁGUAS É INDISPENSÁVEL À SALVAÇÃO?Não. Ao ladrão arrependido, na cruz, JESUS afirmou que naquele mesmo dia ele estaria salvo, independente de batismo nas águas. Pelo ato do batismo o crente, já salvo, confirma seu compromisso de seguir a CRISTO. É certo que a Palavra diz: "Quem crer e for batizado será salvo". Mas em seguida afirma: "...mas quem não crer será condenado" (Marcos 16.16). Então, quem não crer será condenado. " É a falta de fé que leva à condenação, e não a ausência de um sacramento". Outras referências confirmam esse raciocínio: "Quem nEle crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no unigênito Filho de DEUS" (João 3.18); "Pela graça sois salvos, por meio da fé". (Efésios 2.8).
06 - E AS EXPRESSÕES FILHOS DA LUZ, FILHOS DO REINO, FILHOS DO ALTÍSSIMO, FILHOS POR ADOÇÃO, FILHOS DA OBEDIÊNCIA?São expressões semelhantes que caracterizam a situação dos que, pela fé em JESUS CRISTO, foram constituídos filhos de DEUS. Nessa condição, estão habilitados a receberem as bênçãos divinas (Mateus 8.12; Lucas 6.35; João 12.36; Gálatas 4.5; Efésios 5.8; 1 Tessalonicenses 5.5; 1 Pedro 1.14; 1 João 3.10).
07 - QUAL A DIFERENÇA ENTRE SEIO DE ABRAÃO E PARAÍSO?Os antigos hebreus denominavam "Seio de Abraão" o lugar para onde iam os justos, para "desfrutarem da companhia de DEUS e dos patriarcas". Na atual dispensação o termo é inadequado. JESUS disse ao ladrão na cruz: "Em verdade te digo que hoje estarás COMIGO NO PARAÍSO" (Lucas 23.43). O apóstolo Paulo afirmou que gostaria de "partir e estar COM CRISTO" (Filipenses 1.23).
08- QUAL O SENTIDO DA EXPRESSÃO "MORTE VICÁRIA DE CRISTO"?Vicário significa : que faz as vezes de outrem ou de outra coisa. Logo, CRISTO morreu em nosso lugar. Morte vicária e morte substitutiva são expressões equivalentes (João 3.16).
09 - E MORTE PROPICIATÓRIA?Propiciar quer dizer tornar favorável, propício. O sangue de JESUS propiciou a redenção da humanidade, satisfez a justiça de DEUS e reconciliou os homens com Seu Criador. (1 João 4.10).
10 - E MORTE EXPIATÓRIA?Expiar significa cumprir a pena no lugar do outro; pagar o preço por outra pessoa. É comum a expressão "bode expiatório" que indica o estado de uma pessoa inocente que sofre punição em lugar do verdadeiro culpado. JESUS, com Seu sangue, pagou o preço de nossa redenção, de nosso resgate, colocando-se em nosso lugar, fazendo expiação por nossos pecados (Daniel 9.24).
11 - O QUE É MORRER EM CRISTO?Significa o estado do homem que permaneceu na fé em JESUS CRISTO e morreu na condição de filho de DEUS. "Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2.10). "Permanecei em mim, e Eu permanecerei em vós" (João 15.4-a).
12 - QUE SIGNIFICAM "MORTE ETERNA" E "VIDA ETERNA"?
MORTE ETERNA
 é a eterna separação de DEUS. É o estado dos que morrem sem CRISTO e viverão para sempre em tormentos. VIDA ETERNA significa a futura situação dos santos, pois viverão em eterna comunhão com DEUS, na presença de DEUS: "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê, tem a vida eterna" (João 6.47).
13 - O CRENTE PODE FICAR SEM SER ARREBATADO?Crente é aquele que crê no Senhor JESUS. A Palavra diz que “todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna” (João 3.36). Logo, todos os crentes serão arrebatados ­ os que estiverem vivos por ocasião da vinda de JESUS. Os mortos em CRISTO ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4.16-17). Só deixará de ser arrebatado se tiver abandonado a fé. 
 
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão - nº 53 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/
SOTERIOLOGIA - AS GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA - Pr. Raimundo de Oliveira - CPAD
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
A TENTAÇÃO E A QUEDA - Comentário Neves de Mesquita
Bíblia The Word.
TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO - BEP - SALVAÇÃO
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Contra o Calvinismo - Roger Olson - Editora Reflexão

Teologia Sistemática de Charles Finney
fonte http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-aods-4tr17-o-processo-da-salvacao.htm