Doze militares iranianos foram mortos em um ataque aéreo israelense contra uma base iraniana instalada na Síria na noite de sexta-feira, informou a mídia do Oriente Médio.
Segundo relatos do canal de televisão Al-Mustaqbal, do Líbano, e da rede saudita da Al-Arabiya, a Guarda Revolucionária do Irã admitiu as mortes em grupos privados do Telegram, mas não fez nenhum comunicado oficial ainda.
Embora nem Teerã nem Damasco admitam, o local atacado foi uma base que o Irã vem construindo perto da cidade de al-Qiswa, que foi fotografada por satélites e revelado ao mundo recentemente em reportagem da emissora britânica BBC. O local fica a 50 quilômetros da fronteira norte de Israel.
Nas fotos divulgadas pela BBC é possível identificar que surgiram várias construções no local entre janeiro e outubro deste ano. Seriam cerca de 20 edifícios grandes, mas de baixa altura – provável habitação de soldados e veículos.
O regime do presidente Bashar al-Assad e o grupo terrorista libanês Hezbollah inicialmente relataram que caças israelenses invadiram o espaço aéreo da Síria e bombardearam um depósito de munições.
Embora o governo de Israel, em geral, não comente sobre ataques “não oficiais”, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece ter quebrado o protocolo e publicou um vídeo com um aviso claro ao mundo, dizendo que o Estado judeu não tolerará uma presença militar iraniana na Síria.
Na breve mensagem, Netanyahu diz: “Deixe-me reiterar a política de Israel: não permitiremos que um regime maligno que promete a aniquilação do Estado judeu tenha armas nucleares. Não permitiremos que esse regime se estabeleça militarmente na Síria, como pretende fazer, com o propósito expresso de erradicar nosso estado”.
Há meses Israel vem alertando que o Irã está tentando estabelecer uma presença permanente na Síria dentro de seus esforços para controlar um corredor terrestre do Irã até o Mar Mediterrâneo, que poderia expandir grandemente sua influência em todo o Oriente Médio. Com informações de Times of Israel e Aljazeera