Este post é assinado por: Pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram.” – Hebreus 2.3
Verdade Prática
A salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente. O cristão é exortado a ser vigilante e não negligente em relação a essa dádiva recebida.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 2.1-18
1 Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3 como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
4 testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e ou distribuições dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
5 Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo 2Pe 3.13futuro, de que falamos;
6 mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
7 Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras de tuas mãos.
8 Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas;
9 vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
10 Porque convinha que aquele para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições, o Príncipe da salvação deles.
11 Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos filhos que Deus me deu.
14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
15 e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
16 Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.
17 Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
18 Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
INTRODUÇÃO
Comentário do Blog
Paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revisa e Corrigida, e as exceções são mencionadas as referidas traduções.
A Carta aos Hebreus tem 13 capítulos e 303 versículos.
O capítulo 2 abre uma nova seção exortando contra o desvio.
Hebreus 1.1 – “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.”
Quando o autor diz “convém-nos atentar”, não significa aqui que ele está exortando contra uma mera desatenção, ou num crente que se recusa a não prestar atenção no ensinador. Esta expressão é mais profunda: ele se refere a um desvio deliberado. Ele exorta a ser cauteloso, ter cuidado e manter a mente aplicada em definir um curso e segui-lo. ( Strong e Léxíco Grego de Thayer ).
Na tradução RSV – Versão Padrão Revisada, diz assim: “a fim de não flutuarmos para longe.” O verbo grego prosécho, usado aqui, literalmente tem sua origem na visão de uma madeira à deriva, flutuando num rio.
Este capítulo 2 inicia-se com uma admoestação e uma advertência.
A Almeida Revista e Atualizada traduz assim o início deste versículo primeiro: “Por esta razão, importa que nos apeguemos com mais firmeza, às verdades ouvidas…”.
Westcott, Comentário da Epístola aos Hebreus: “A ideia não é simplesmente de esquecimento, mas a de ser arrebatado quando se estava perto de ancoradouro seguro. A imagem é singularmente expressiva. Todos nós estamos continuamente expostos à ação de correntes de opinião, de hábitos, de ações, que tendem a arrebatar-nos da posição em que devíamos manter-nos.”
Os crentes judeus, sempre recorriam às tradições judaicas, e faziam associações entre a fé cristã e o judaísmo, voltando a ele. Mas eles haviam renunciado ao judaísmo e seu sistema religioso ritualístico, detalhado em Levítico, e agora crido em Cristo, vivendo na fé em Cristo.
O final do versículo diz: “nos desviemos delas.”
Pararreo, verbo grego, com a definição de alguém que circula perdido, que se afasta do dever, que flutua, afastando-se do destino, porque é empurrado pela correnteza. Este termo grego, somente ocorre aqui, em todo o Novo Testamento. É a ideia de alguém que vai à deriva espiritualmente, afastando-se aos poucos da âncora de Deus. Afastando-se lentamente das amarras de Cristo, usando emprestada a linguagem da arte da navegação.
Qual a aplicação a nós para os dias de hoje?
Tomemos para nós a advertência deste primeiro versículo.
Quando o crente, aos poucos e lentamente, torna-se inerte na vida da igreja, sua alma vai sendo removida aos poucos da salvação, sem que ele perceba; dos hábitos de oração, da meditação na Palavra de Deus, dos hinos espirituais que elevam a nossa alma ao Senhor, da alegria e prazer de ter comunhão com o Senhor e com os Seus santos, por fim, vai perdendo a consciência da presença de Deus.
Se não formos diligentes, ou seja, se não formos cuidadosos e aplicados em servir a Cristo, nossa vida vai desbotando qual um quadro velho…
Sem prestar atenção, ou seja, sem dar valor consagrado à vida espiritual, vamos vagando gradualmente para longe de Deus e mais para perto do mundo.
E perdemos os vínculos de amor que nos prendia ao porto seguro da salvação em Cristo: amor a Deus, amor à vida da Igreja, amor à comunhão com os irmãos, amor à Bíblia, a Palavra de Deus!
Meus amados, um grande número de irmãos em Cristo, vão se arruinando sutilmente ao desviar-se, com descuido e até sem percepção disso, de sua âncora em Cristo, muito mais do que aqueles que são diretamente e frontalmente tentados pelo inimigo de nossas almas.
Reproduzo aqui o hino, já considerado antigo, gravado por Oséias de Paula, que o professor e vocacionado pode recordar no endereço (https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=R-GPm_fjRC4)
Canção do Nauta
Ozéias de Paula
I
Que ternura
São calmas as ondas do mar
Meu barquinho desliza sutil
Sobre o lume solar.
Tal qual aventureiro
Que vaga no mar aquém
O meu barquinho deslizando vai
Pois descanso e dulçor
Há no porto além.
II
Se algum dia
Feroz temporal açoitar
Prontamente eu sei que Jesus
Há de vir me amparar.
Tal qual aventureiro
Que vaga no mar aquém
O meu barquinho deslizando vai
Pois descanso e dulçor
Há no porto além.
III
Entre as ondas
Levanto os meus olhos pra o céu
E suplico vem Cristo Jesus
Pilotar meu batel.
Tal qual aventureiro
Que vaga no mar aquém
O meu barquinho deslizando vai
Pois descanso e dulçor
Há no porto além.
I – UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1 – Testemunhada pelo Senhor
Comentário do Blog
Hebreus 2.2 - “Porque, se a palavra falada pelos anjos permanece firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição.”
Na expressão do versículo falada pelos anjos, entenda-se falada através dos anjos, pois a Palavra era de Deus, e os anjos foram o meio pelo qual era dado aos homens. As ordenanças divinas foram entregues pelos anjos, referindo-se especialmente aos mandamentos da lei mosaica.
Atos 7.53 - “Vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos e não a guardastes.”
Gálatas 3.19 – “Logo, para que é a lei? (…) e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.”
Desta mediação dos anjos, é deduzida como marca da inferioridade da lei.
Há aqui uma comparação entre o ministério de Cristo e o dos anjos, e, portanto, a lei era a palavra falada pelos anjos, e o Evangelho foi pregado primeiramente por Jesus Cristo, superior e exaltado acima dos anjos.
A palavra transgressão, significa passar deliberadamente sobre a linha, passar do limite posto por Deus. Refere-se a um desrespeito voluntário, como alguém que quebra a lei porque quer.
E a palavra desobediência, significa recusar-se a fazer as exigências da lei.
A expressão a justa recompensa, significa uma recompensa proporcional à transgressão e desobediência.
Hebreus 3.18 e 19 - “E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.”
Portanto, o justo castigo foi para aqueles que cruzaram a linha e transgrediram. E contra os que ouviram com desrespeito e negligência a palavra falada através dos anjos.
Que contraste entre a palavra falada pelos anjos e a pregada por Cristo. Está aqui a ideia de a Lei e a Graça. Considerando que a Lei foi o guia para levar a Cristo, o ministério dos anjos, que introduziu a Lei com as suas sanções, preparava os ouvintes para a Obra superior, melhor e mais excelente de Cristo Jesus.
Se a lei dada através dos anjos, quando transgredida e desobedecida, resultou em execução de castigos, quanto mais devemos atentar para o Evangelho pregado primeiramente por Cristo Jesus?
Ele é o Senhor dos anjos, e Atos 10.36 diz-nos que Ele é Senhor de todos, portanto, é Dele a Soberania e o Poder de recompensar aos que Lhe obedecem, concedendo a salvação – Salmo 3.8 – “A salvação vem do Senhor.” e Jonas 2.9b – “Do Senhor vem a salvação.” – E castigando com punição eterna aos desobedientes e incrédulos.
É o que veremos a seguir.
Pastor Eliel Goulart
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