Lição 4 - O Amigo Impulsivo – Lucas 5.1-11; Mateus 14.22-33.



1º Trimestre de 2018
Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos conhecerão um pouco mais a respeito de um discípulo que viveu muito próximo de Jesus. Ele tinha uma característica que talvez muito de nós também tenha e isso nos identifica com ele. Seu nome era Pedro, um discípulo do Senhor que viveu momentos difíceis nos primeiros anos de sua caminhada com Cristo. Pedro era extremamente impulsivo, alguém que não conseguia administrar as suas emoções. Mas o exemplo desse discípulo tem muito a nos ensinar, tendo em vista que nós também, em algum momento da vida, já demonstramos impulsividade.


Então, o que significa impulsividade? Quais são as características de uma pessoa impulsiva? Vamos entender melhor este conceito. De acordo com o Dicionário Houaiss, uma pessoa impulsiva é aquela que atua e reage sob o impulso do momento, de maneira irrefletida; em outras palavras, aquele(a) que se enraivece com facilidade. Geralmente, a pessoa que é impulsiva toma decisões no calor das emoções. É o tipo de pessoa que age primeiro para pensar depois, ou seja, na maioria das vezes não pensa nas consequências da sua decisão. Essa era uma característica marcante na vida de Pedro que ele teve que aprender a administrar.

Não é difícil de identificar esse aspecto em vários episódios da vida do apóstolo. O exemplo mais expressivo pode ser visto quando o Senhor ordenou que os discípulos atravessassem para o outro lado da margem do Mar da Galileia. Durante a travessia uma grande tempestade agitava as águas de tal maneira que o barco onde os discípulos estavam era lançado de um lado para o outro. A sensação era desesperadora, até que em dado momento os discípulos avistaram Jesus, vindo ao encontro deles, andando por cima das águas.

É óbvio que, àquela altura, os discípulos jamais imaginavam que o seu Mestre surgiria para socorrê-los, ainda mais vindo sobre as águas. Eles se apavoraram muito pensando que era um fantasma. Então, o impulsivo Pedro entra em cena e pergunta: — Se é o Senhor, ordena que eu vá ao teu encontro, andando por cima das águas. Certamente, Pedro não pensou nas consequências da sua petição. Então o Senhor o autorizou a ir ao seu encontro. Foi quando Pedro caminhando sobre as águas, temeu o forte ímpeto das ondas e começou a afundar. Naquele momento ele clamou ao Senhor que o socorresse e foi prontamente atendido.

Há muitas lições que podemos extrair do exemplo de Pedro, mas uma é muito especial: é preciso lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade. E quem diria que o mesmo Pedro, futuramente, ensinaria essa mesma lição aos mais jovens? Na primeira Carta que escreveu aos crentes dispersos na Ásia Menor, mais precisamente no capítulo 5, Pedro exorta aos mais jovens que se humilhem perante o Senhor e lancem sobre Ele toda a ansiedade (v. 7). Em outras palavras, Pedro estava dizendo que deviam entregar todas as preocupações a Deus, pois Ele é quem cuida de nós de um modo todo especial.

Pedro havia aprendido a lidar com os seus impulsos, com as suas ansiedades e podia agora, perfeitamente, ensinar esta mesma verdade aos mais inexperientes. Que exemplo maravilhoso, caro professor! Do mesmo modo, você também está apto a ensinar as verdades do Reino de Deus aos seus alunos. Aproveite a oportunidade e mostre para eles que é possível controlar a ansiedade. Explique que às vezes desejamos ter as coisas rápido demais, mas é preciso esperar o tempo certo para conquistá-las. Outro ensinamento interessante é a respeito da decisão. É preciso aprender pensar bem antes de decidirmos alguma coisa. Não agir precipitadamente é um exercício que seus alunos terão de aprender a cada nova etapa da vida, e é bom começar desde cedo. Converse com eles sobre isso e pergunte no que pensam quando se veem tentados a agir movidos pela situação.

Para reforçar a lição, sugerimos a seguinte atividade: coloque um bombom sobre a mesa de cada aluno e explique que eles não podem tocar naquele bombom até o término da aula. Inicie a lição naturalmente e, após abordar o texto da lição, pergunte qual foi a sensação de estudar com um bombom em sua mesa e não poder comê-lo. Certamente, alguns dirão que foi muito difícil estudar nesta situação, outros terão mais facilidade ou a situação não fará a menor diferença. Então explique que a ansiedade impede-nos de aproveitar muitas coisas boas que o Senhor coloca à nossa disposição. É preciso aprender controlar a ansiedade!            
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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