Betel Adultos – 1º Trimestre de 2018 – 11/03/2018 – Lição 10: O Dia da Expiação



Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
TEXTO ÁUREO
Levítico 16:3
3 Com isto Arão entrará no santuário: com um novilho para expiação do pecado e um carneiro para holocausto. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA
Levítico 16:16-18
16 Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias.
17 E nenhum homem estará na tenda da congregação, quando ele entrar a fazer propiciação no santuário, até que ele saia; assim, fará expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel.
18 Então, sairá ao altar, que está perante o SENHOR, e fará expiação por ele; e tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá sobre as pontas do altar ao redor. (ARC)
INTRODUÇÃO
Paz seja convosco!
Estudaremos nesta lição – O Dia da Expiação, o grande dia do perdão nacional para Israel!
O dia 10 do mês de Tisri (setembro/outubro) marcava o Dia da Expiação (Lv 16), o mês dos grandes festivais religiosos de Israel. Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu.
A palavra deriva do hebraico ‘yõm hakkippürim’, é o grande dia de expiação e penitência geral para o povo judeu. Ainda era chamado ou conhecido como ‘dia do perdão’. No Talmude, a data é chamada de ‘grande festa’ ou meramente ‘o dia’.
O Dia da Expiação era também considerada uma festa israelita. Essa grande festividade, tal como todos os demais dias festivos dos judeus, começava ao pôr-do-sol do dia anterior, prolongando-se por 24 horas, isto é, de pôr-do-sol a pôr-do-sol, ou então conforme os rabinos recomendavam, até que três estrelas fossem visíveis no horizonte.
Emilio Conde afirma que o Dia da Expiação é celebrado no momento exato que marca o início da primavera em setembro; era um dia de penitência solene instituído para expiar todas as faltas cometidas no ano e que não haviam sido perdoadas. Era o tempo quando, simbolicamente, o mês sagrado ou sabático havia atingido a plenitude. Somente nesse dia, o sumo sacerdote podia entrar na parte do templo chamado o Santo dos Santos e devia apresentar-se com roupas brancas, diferentes das demais roupas dos sacerdotes em geral.
O fato de se exigir que o sumo sacerdote se apresentasse com vestes brancas, em contraste com as roupas douradas que usava em outras ocasiões, indicava que naquele dia ele não representava um simples oficiante de todos os dias, mas como o escolhido do Senhor, como que a apontar para aqueles que estão perto de Deus, os quais possuem vestiduras brancas (Ap 4.4).
1 – ENTRANDO NO LUGAR SANTÍSSIMO
Dentre as festas judaicas, o Dia da Expiação era a única que era comemorada com dois sentimentos presentes:
1 – Tristeza – Pelos pecados e rebeldias contra Deus;
2 – Alegria – Por ter as transgressões perdoadas pelo próprio Deus!
O Dia da Expiação é uma data singular no calendário judaico, pois nela encontramos o excelente simbolismo de um arrependimento em nível nacional, onde todo o povo se reúne para um propósito único – Alcançar o perdão divino!
O perdão alcançaria a todos invariavelmente, apontando para o perdão universal achado no sacrifício de Jesus!
A própria cidade santa destinada aos salvos em Cristo possui 12 portas apontadas cada uma para os quatro cantos da terra:“Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas” (Ap 21.13), sendo perfeitamente possível que o fato das portas apontarem para os quatro pontos cardeais subentenda aquilo que é dito diretamente em Ap 5:9, onde se lê que os eleitos consistem de povos provenientes de cada recanto da terra, de cada raça em que se divide a humanidade. Há uma porta de admissão para todas as variedades humanas; porque o evangelho não tem qualquer atitude exclusivista, racialmente falando. O Evangelho é para todos os creem!
Como cantou John Oxenham:
“Em Cristo não há Oriente e nem Ocidente. Nele não há nem Sul e nem Norte, mas uma só grande companhia que viverá por toda a espaçosa terra.”
Aqui está presente o perfeito simbolismo de quando Cristo, através do Seu sacrifício único e, também perfeito, congregará para si todas as gentes!
1.1 – A ordem de Deus para Arão
Levítico 16:1-2
1 E falou o SENHOR a Moisés, depois que morreram os dois filhos de Arão, quando se chegaram diante do SENHOR e morreram.
2 Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque eu apareço na nuvem sobre o propiciatório. (ARC)
Encontramos logo no início de Levítico 16 uma mensagem da direção de Deus, que se aplica e tem sentido de guiar o Sumo Sacerdote Arão em seus deveres sagrados; pois Ele vai mostrar o bom e o jeito certo de como fazer a Sua vontade, admoestando ainda, que Ele é rápido para repreender aqueles que se aventuram a agir presunçosamente em Sua presença sagrada.
As orientações de Deus eram bastante detalhadas:
1 – Os preparativos deveriam seguir os ditames do capítulo 16 sem que houvesse nenhum acréscimo ou decréscimo daquilo que estava mencionado;
2 – Jejum absoluto, pois era dia do descanso sabático;
3 – O dia era um sábado santo, e nenhum trabalho podia ser feito durante o mesmo;
4 – O povo precisava manter-se em atitude de aflição e reflexão espiritual. Em caso contrário, alguém podia ser cortado do meio do povo de Israel (Lv 23.27-32);
5 –  Santidade era a ordem do dia. Somente uma alma limpa podia aproximar-se de Deus naquele espantoso dia (Lv 16.1,2).
Mais uma vez não vamos encontrar aqui qualquer espaço para criatividade ou imaginação humanas. Tudo deveria ser realizado conforme prescrito para que corresse bem, pois ao menor desvio das regulamentações determinadas por Deus, o sacrificador seria morto imediatamente!
Norman Russel Champlin explica que o décimo sexto capítulo de Levítico descreve as cerimônias muito laboriosas, mormente no caso do sumo sacerdote. Ele precisava preparar-se durante os sete dias anteriores, vivendo quase solitário, abstendo-se rigorosamente de qualquer coisa que pudesse torná-lo imundo ou que viesse a perturbar o seu estado mental espiritual. Chegado o dia da expiação, ele entrava no Santo dos Santos, ato esse vedado até mesmo a ele, em qualquer outro dia do ano (ver Heb. 9:7).
De fato, nesse dia ele entrava no Santo dos Santos por quatro vezes.
1 – Na primeira vez, ele trazia o incensário de ouro e o vaso cheio de incenso. Após ter entrado, ele punha o incensário entre as duas extremidades do Santo dos Santos e o incenso sobre os carvões acesos. Então retirava-se, andando de costas, para nunca voltar as costas ao Santo dos Santos;
2 – Em sua segunda entrada, levava consigo o sangue do animal que havia sido oferecido em expiação por seus próprios pecados e pelos pecados dos demais sacerdotes; colocava-se entre as duas extremidades do Santo dos Santos, imergia um dedo no sangue e o aspergia por sete vezes embaixo e por uma vez em cima do propiciatório. Tendo feito isso, deixava a bacia com sangue e retirava-se novamente;
3 – Na terceira vez, o sumo sacerdote entrava com o sangue do carneiro que havia sido oferecido pelos pecados da nação, com o qual aspergia na direção do véu do Santo dos Santos por oito vezes, e tendo-o misturado com o sangue do novilho, aspergia novamente na direção dos chifres do altar de incenso por sete vezes, e uma vez mais na direção Leste, após o que derramava todo o sangue no soalho do altar das ofertas queimadas, tendo novamente saído, levando para fora as bacias com sangue.
4 – Na quarta vez em que adentrava o Santo dos Santos, o sumo sacerdote meramente vinha buscar o incensário e o vaso de incenso.
Outra coisa que todos devem conhecer acerca do Dia da Expiação é que o sumo sacerdote não podia dormir durante a noite toda. A fim de não ser apanhado pelo sono, passava a noite lendo e comentando as Escrituras.
O Dr. Antonio Neves de Mesquita, é mais detalhista, pois afirma que nos últimos anos da nação hebraica, esta festividade passou a ter um caráter meramente tradicional. É que o sinédrio tomou a si a responsabilidade de legislar rigorosamente quanto às observâncias da solenidade.
Ainda segundo este comentador, o sacerdote ficava separado da esposa dez dias antes da cerimônia e enclausurado num compartimento do templo para que não se poluísse. Os anciãos liam diante dele textos do Antigo Testamento, especialmente de Jó, Daniel e parte do capítulo 16 de Levítico. Na noite anterior ao Grande Dia, não lhe era permitido dormir para que por um descuido se não viesse poluir. Por isto era vigiado pelos outros sacerdotes e beliscado ininterruptamente e obrigado a andar descalço no pavimento frio do templo. Chegada a manhã em que devia ser iniciado o ritual, eram removidas as cinzas do altar; o sacerdote chefe ou sumo sacerdote era levado ao batistério, onde era imerso. Assim estava concluído o primeiro ato do rito do Grande Dia, do ano Santo.
Que o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos por mais de uma vez torna-se claro em face da variedade dos ritos por ele realizados, conforme as descrições de Levítico 16.12,14,15. A expressão “uma vez por ano”, em Hebreus 9.7, mostra que ele entrava ali “uma vez por ano”, não dizendo respeito às várias entradas que constituíam a entrada coletiva anual.
Nota-se claramente a determinação para que Arão observasse o sacrifício para si mesmo a fim de que não fosse fulminado por Deus!
Levítico 16:3
3 Com isto Arão entrará no santuário: com um novilho para expiação do pecado e um carneiro para holocausto. (ARC)
Não podia haver equívocos. O sumo sacerdote tinha de ser um especialista sobre tais questões, a fim de agir corretamente. Se o sumo sacerdote se aproximasse do Santo dos Santos sem ter aprendido a lição dada a Nadabe e Abiú, também poderia morrer, como eles morreram. O Sumo Sacerdote garantiria a sua vida na presença de Deus, mediante a observação dos preceitos dispostos pelo Senhor!
Emílio Conde ressalta que era tão importante a cerimônia do Dia da Expiação, que não se podia admitir que o sumo sacerdote errasse ou esquecesse qualquer ponto da execução. A fim de evitar qualquer falha, na véspera desse grande dia, o sumo sacerdote devia fazer demonstração real do que ia realizar no dia seguinte, a fim de evitar qualquer equívoco. Após esta demonstração, ele prestava juramento perante os anciãos, de que não alteraria qualquer dispositivo dos ritos daqueles dias.
Quando havia Sinédrio em Israel, ele tinha o encargo de examinar o sumo sacerdote, no tocante ao conhecimento do ritual e da significação do serviço que ia realizar. Essa comissão devia instrui-lo no caso de notar deficiência no sumo sacerdote.
Tratar com a presença de Deus era um negócio sério. Para tanto, era mister ter sido nomeado para esse fim. Ele precisava estar preparado na mente e no corpo.
As gerações modernas têm perdido o respeito profundo pela presença de Deus, por isso há muitos espiritualmente mortos. Negligenciam a Palavra de Deus, outros a ela acrescentam o que não existe, enfeitam e a remodelam segundo as suas próprias vontades (Mc 7.7; Cl 2.18-23)!
A finalidade dos tais não é a glorificação de Deus em Sua Palavra, mas a glorificação própria, humana e vaidosa! Estes nunca aprenderam como entrar e permanecer na presença de Deus!
Por Cláudio Roberto de Souza
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