Central Gospel Jovens e Adultos – 1º Trimestre – 11/03/2018 – Lição 10: Armagedon: O confronto final
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 16.12-16
12 – E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.
13 – E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs,
14 – porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-Poderoso.
15 – (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.)
16 – E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.
TEXTO ÁUREO
Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis (Ap 17.14)
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- Compreender a revelação bíblica acerca da batalha do Armagedom;
- Verificar as etapas dessa batalha escatológica e suas consequências;
- Conhecer as principais características da conversão de Israel, por ocasião dessa grande batalha escatológica.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Paz do Senhor.
Chegamos a um assunto muito importante, associado ao destino daqueles que não serão arrebatados na volta de Jesus.
Os capítulos 15 e 16 do livro do Apocalipse nos mostra o que acontecerá antes do retorno triunfal de Jesus, juntamente com os santos, conforme Judas escreveu:
“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd 1.14,15 – ACF).
O texto bíblico utilizado pelo comentarista nos mostra que antes do sétimo anjo derramar sua taça sobre a terra, fazendo com que a ira de Deus tenha seu cumprimento cabal, os espíritos demoníacos prepararão os exércitos do mundo todo para pelejarem contra o Senhor no conhecido dia do Deus Todo Poderoso ou o Dia do Senhor.
O comentário Beacon nos traz lições interessantes sobre estes espíritos:
“Esses espíritos saíram da boca do dragão […] da besta […] do falso profeta. A palavra grega para “espírito” é pneuma, cujo significado principal é “fôlego”. Esses demônios são exalados da boca de Satanás e de seus colegas, da mesma forma que Jesus “assoprou” o Espírito Santo sobre os seus discípulos (Jo 20.22).
“Os espíritos impuros são espíritos de demônios (daimonion), que fazem prodígios — literalmente, “realizando sinais”.
“Os três demônios vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso. Que essas forças satânicas são responsáveis por muitas guerras é inquestionável. Swete observa: “Houve épocas em que nações foram dominadas por uma paixão por guerras, fato que os historiadores têm dificuldade em explicar. O vidente está antevendo esse tipo de situação, mas será uma época diferente de todas as outras, porque o mundo inteiro estará envolvido na guerra”.
Após congregarem todos os exércitos da terra (imaginem…), os mesmos partirão para Israel e farão guerra contra os judeus.
Existem outros nomes para este terrível dia, vejamos alguns:
- Dia da vingança (Is 61.2);
- Dia da angústia (Jr 16.19);
- Dia da indignação (Ez 22.24);
- Dia de ânsia, de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas (Sf 1.15).
De acordo com a Bíblia esta batalha será realizada em um local conhecido com Armagedon (vv.16).
Leiamos o que o Pr. Antônio Gilberto explica sobre este local:
“A palavra Armagedon significa monte de Megido, por causa da primitiva fortaleza situada na elevação de Megido, a qual dominava o vale do mesmo nome. Tem sido um famoso e histórico campo de batalha onde exércitos de muitas nações resolveram suas disputas. Fica próximo ao monte Carmelo, no Sudoeste da Galiléia. Aí se concentrará o grosso das forças ao chegarem a Israel.
O comentário Beacon relata o seguinte:
“Foi nessa planície que Débora e Baraque derrotaram os exércitos de Jabim, rei de Canaã (Jz 5.19,20). Faraó Neco matou Josias no “vale de Megido” (2 Cr 35.22; cf. Zc 12.11). Swete sugere: “Assim, Megido simboliza adequadamente a angústia mundial das nações na derrota dos seus reis na guerra final”.
Por fim, leiamos o que Adolf Pohl escreve sobre o assunto no Comentário Bíblico Esperança:
“Quem desejar interpretar o texto assim como foi transmitido poderá acompanhar a seguinte leitura: em primeiro lugar levamos a sério o elemento ―monte, abrindo mão, portanto, da ideia de um campo de batalha. Grandes batalhas não acontecem no alto de montes, mas nas planícies. Nas correlações do livro, é plausível que esse monte seja oposto ao ― monte Sião de Ap 14.1. Assim como lá o Cordeiro se postou com os seus, aqui a besta reúne-se aos seus. Com bastante frequência― monte é usado em lugar de reino. Consequentemente, forma-se aqui o reino contrário, a máxima concentração do poder da besta contra Cristo.
Agora também se faz justiça às recordações de Israel em relação a Megido: o poder concentrado da besta chega justamente ao seu ápice, experimentando seu ― Megido, é, uma batalha milagrosa, na qual sequer se chega ao embate porque o céu intervém milagrosamente. Em Jz 4.15 lê-se: ― “O Senhor derrotou (assustou) a Sísera, e todos os seus carros… e Sísera saltou do carro e fugiu a pé”. Jz 5.20,21: ― “Desde os céus pelejaram as estrelas… o ribeiro Quisom os arrastou”. Jz 7.22:― O Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial. Esse quadro combina muito bem com o paralelo de nossa passagem em Ap 19.17-21.
Em consequência, Armagedom se revela como um termo criado artificialmente pela linguagem da proclamação. Talvez a expressão visa evocar correlações espirituais, pelo fato de ser deixada na antiga linguagem sagrada da Bíblia. A tradução para a língua franca grega poderia ser um condicionamento para que se falasse desse monte no sentido de outros montes quaisquer e dessa Megido no sentido de outros lugares quaisquer da geografia. Somente à primeira vista a besta conduz ― a um lugar. Se olharmos mais detidamente, ela conduz a um destino. A concentração semelhante em um monte vem a ser uma derrocada semelhante a uma Megido. Isso é ―Armagedom”.
Esta batalha representa o desfecho eterno que a nação de Israel viverá, pois, o mundo inteiro estará contra os judeus e o Senhor Jesus, o Cristo, revelar-se-á a eles, que o reconhecerão como o Messias prometido.
Um ponto que merece destaque é descrito no versículo 12 do capítulo 16 de Apocalipse, mostrando que com a ação do sexto anjo, fará com que o Rio Eufrates fique completamente seco e isto ocorrerá para que os exércitos convocados para a guerra consigam chegar até o lugar determinado para a mesma.
Vejamos algumas informações sobre o Rio Eufrates:
Localização geográfica e curso
O Eufrates é um rio localizado na Ásia Ocidental, na região da Mesopotâmia (formada também pelo rio Tigre). O rio Eufrates nasce na região oriental do território da Turquia. Suas águas fluem em direção ao território da Síria para depois atravessar o território do Iraque. No sul deste país, o Eufrates se une ao rio Tigre para formar o rio Shatt al-Arab, que irá desembocar no Golfo Pérsico.
Dados e características do rio Eufrates:
- Comprimento: 2.780 km
- Nascente: confluência dos rios Murat e Karasu (leste da Turquia)
- Países que atravessa: Turquia, Síria e Iraque.
- Altitude da nascente: 2.520 metros
- Extensão da bacia: cerca de 500.000 km²
- Vazão média: 360 m³/s
- Principais afluentes: rio Khabur, rio Balikh e rio Sajur.
- Principais cidades em suas margens: Birecik, Ar-Raqqah, Mayadin, Ramadi, Fallujah, Kufa e Samawah.
Importância histórica
A região dos rios Tigre e Eufrates, conhecida como Mesopotâmia, foi uma das mais importantes da Antiguidade. Foi ali que se desenvolveram várias civilizações e povos da antiguidade como, por exemplo, sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus. A Mesopotâmia é considerada, pelos historiadores, um dos berços da civilização. Muitas cidades antigas surgiram e se desenvolveram às margens destes dois rios, pois suas enchentes fertilizavam a região, que também é conhecida como “crescente fértil”.
Leiamos o que o Comentário Bíblico Esperança nos ensina sobre o Rio Eufrates e o assunto descrito no versículo 12.
“As águas (do Eufrates) secaram. Há uma referência histórica para esse processo. No passado, a Babilônia estava protegida de todos os lados pelos braços das águas do Eufrates, sendo considerada como inexpugnável. Contudo, quando Ciro sitiou a cidade, ele desviou a água para um vale, penetrou na cidade pelos portões fluviais, assim impressionando toda a Antiguidade de maneira duradoura. Era muito fácil desvincular esse desaparecimento das águas protetoras do Eufrates da origem histórica e essa apavorante invasão do poder inimigo, e inseri-los, como conceito, na proclamação do juízo. Agora ela se refere à ―Babilônia escatológica (cap. 17,18), que consumiu a longanimidade de Deus e que está sendo entregue totalmente ao dragão e a seus espíritos, para que – como consta aqui – se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Também essa última expressão ― reis do nascente impõe-se claramente como termo técnico para um terrível poder inimigo, quando levamos em conta que o país babilônico era ladeado, em toda a sua extensão a Leste, por uma poderosa e escarpada cadeia montanhosa, de onde em todos os tempos povos selvagens invadiam a tentadora terra de civilização. Também o rei persa Ciro veio do ― nascimento do sol (Is 41.25)”.
1 – A VERDADE BÍBLICA SOBRE A BATALHA DO ARMAGEDOM
O que precisamos deixar claro é que a Bíblia AFIRMA que a batalha acontecerá e existem textos tanto no A.T., como no N.T. sobre este assunto.
O Dia do Senhor foi profetizado e será a maneira de Deus colocar fim aos povos ímpios e salvar Israel.
O versículo 17 do capítulo 16 do Apocalipse nos mostra que o sétimo anjo derramará a sétima taça da ira de Deus e o versículo tem um tom de “basta”.
Leiamos em algumas traduções:
“O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e do santuário saiu uma forte voz que vinha do trono, dizendo: “Está feito! ” (NVI).
“O sétimo anjo derramou o vaso dele no ar; e do trono do templo do céu veio um poderoso clamor, dizendo: “Está terminado!” (BV).
Podemos nos lembrar do que Jesus, o Cristo disse quando entregou seu espírito, morrendo e pagando o preço pelo pecado da humanidade: “Está consumado”, fazendo um paralelo com o versículo 17, onde o anjo, através do último juízo de Deus diz: “Acabou, O Senhor colocará um fim em tudo isto”.
Por Leonardo Novais de Oliveira
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