Este post é assinado por Pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
Texto Áureo
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” – I Coríntios 10.23
Verdade Prática
As Escrituras Sagradas ensinam o que convêm à virtude do bem-viver cristão em sociedade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
I Coríntios 10.1-13
1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,
2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
3 e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
4 e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
5 Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.
8 E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil.
9 E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.
10 E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.
11 Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia.
13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
INTRODUÇÃO
A paz do Senhor!
Ilustre professor e professora e vocacionados, iniciamos mais um trimestre, e importa-nos ouvir os mandamentos: “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino” – Romanos 12.7. E também: “Servi ao Senhor com alegria.” – Salmo 100.2.
Sabemos pela revelação das Escrituras, que “Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação.” – I Coríntios 14.10. E há tantos pontos de vista sobre o que fundamenta as decisões éticas. E são tão variadas em significados. Então qual é o fundamento válido para nós que somos crentes em Jesus Cristo? A revelação divina!
Com muita simplicidade respondemos: o que Deus revela é o fundamento de nossas decisões éticas.
E há duas vertentes da revelação de Deus para nós:
1 – A revelação geral na Natureza;
2 – A revelação especial na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.
Quanto à revelação geral, dizemos que há uma lei gravada no coração, no homem interior, na consciência de cada pessoa. Por certo sabemos que nem todos tem oportunidade de conhecer as verdades fundamentais das Escrituras. Paulo respondeu a esta questão em Romanos 2.14 e 15:
“Porque, quando os gentios, que não tem lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.”
Tomás de Aquino (1225-1274), descrevia a revelação geral de Deus pela Natureza, como “uma inclinação natural.”
Por esta revelação geral na Natureza, o apóstolo Paulo afirmou que há um modelo, um marco explicativo que abrange todos os povos: “a obra da lei escrita no seu coração” – Romanos 2.15 – e que, portanto, conclui em Romanos 1.20 – “…para que eles fiquem inescusáveis.”
Quanto a revelação especial, esta vem a todos pelas Escrituras Sagradas.
A Bíblia é a revelação infalível da vontade de Deus para salvação de toda a humanidade. E este escrito infalível fundamenta a nossas decisões morais.
II Timóteo 3.16 e 17 – “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir (repreender – anotação nossa), para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”
As características da revelação especial pelas Escrituras Sagradas são:
1 – É escrita.
II Pedro 1.21 – “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”
2 – Tem o propósito de salvação.
NVI – Romanos 8.3 e 4 – “Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne ( a nossa natureza decaída – anotação nossa ), Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”
3 – As Escrituras são infalíveis.
Mateus 5.18 – “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.”
NVI – “Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou menor traço, até que tudo se cumpra.”
I – O CONCEITO DE ÉTICA CRISTÃ
1 – Definição Geral
O comentarista houve por bem resumir o subtópico 1. Definição Geral. Concordamos e vamos segui-lo. São brevíssimos conceitos etimológicos:
Ética – adjetivo grego ethos, significando “modo de ser”.
Moral – do latim “mores”, “costumes por normas”.
2 – Ética e Moral
Ética – Trata-se do conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação a outros homens na sociedade. Ética define como o homem deve comportar-se no seu meio social.
Moral – do latim mores, definido como o conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade. E estas regras são adquiridas pela educação, tradição e o cotidiano. O sociólogo Émile Durkheim (1858-1917), ensinava que a Moral é “a ciência dos costumes.” Que a Moral tem caráter obrigatório, pois é antes da sociedade, acreditando que todo o homem tem consciência moral, que o capacita a diferenciar entre o bem e o mal.
3 – Ética Cristã
Considerando a perfeita harmonia entre a lei moral de Deus revelada no Antigo Testamento e expressa vividamente no Novo Testamento, cremos que um único Deus sustenta todas as expressões de Sua natureza moral única.
A Ética Cristã reflete os princípios morais da natureza santa de Deus, e estes princípios encontram-se tanto na Lei de Moisés quanto na Revelação Geral na natureza. Não há questão de vantagem ou desvantagem entre elas. Mas a Lei escrita tem as características superiores por ser:
a – Escrita;
b – Infalível;
c – Absoluta ( contrário de relativa );
d – Explícita.
Como nem todos tem acesso à Lei escrita de Deus, proveu o Senhor os meios naturais. Salmo 19.1 – “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Portanto, eles são inescusáveis diante da Revelação Geral, que os torna responsáveis de maneira moral e racional diante de Deus.
Romanos 1.20 e 21 – “Porque as suas ( de Deus – anotação nossa ) coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.”
4 – Princípios da Ética Cristã
Princípios são a base de sustentação da Ética Cristã.
Considerando que o fundamento da Ética Cristã é a revelação de Deus, e de Deus imutável.
Malaquias 3.6 – “Eu, o Senhor, não mudo.”
Tiago 1.17 – “…do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação.”
Considerando ainda que a revelação de Deus vem de Deus Santo.
Levítico 11.44 – “…para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.”
I Pedro 1.16 – “Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”
I Samuel 2.2 – “Não há santo como é o Senhor.”
Concluímos que os princípios da Ética Cristã, por conseguinte, são santos e imutáveis.
O padrão divino é mais elevado. Nosso padrão de conduta é mais elevado, portanto.
Leia, por favor, Efésios 5.5 a 14.
Ética do mundo – versículo 5 – fornicador, impuro, avarento, idólatra, sem herança em Deus.
Ética do mundo – versículo 6 e 7 – filhos da desobediência, filhos das trevas.
Ética Cristã – luz no Senhor, andam como filhos da luz.
Ética Cristã – versículo 9 – Três critérios para saber se nossa conduta ( nossa Ética Cristã ) é aprovada e agradável ao Senhor:
Pergunte-se a si mesmo se a sua conduta é fundamentada na
1 – Bondade;
2 – Justiça;
3 – Verdade.
Se vai agir sobre algo, pergunte-se antes: O que eu vou fazer é bondoso, justo e verdadeiro? O que eu vou falar é bondoso, justo e é verdade?
Efésios 5.10 – “Aprovando o que é agradável ao Senhor.”
Se é justo, bondoso e verdade, então é Ética Cristã aprovada e agradável ao Senhor.
Versículo 11 – Ética Cristã não é cúmplice com as obras das trevas, que nunca produzem consequências ( frutos ) boas.
Três características das “obras infrutuosas das trevas”:
1 – Versículo 11 – são trevas;
2 – Versículo 12 – é torpe ( repulsivo, indecente, que fere a moral );
(*) a pronúncia é com o /ô/ – “tôrpe”. Torpe com o /ó/ aberto é aquilo que entorpece.
3 – Versículo 13 – condenadas pela luz.
Pastor Eliel Goulart
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