Este post é assinado por: Rafael Cruz
Texto do dia
“E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?.” (Mateus 24.3)
Texto bíblico
Mateus 24.1-4,37,45,46; 25.1,2,14,15,31-33
24.1 E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem.
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
46 Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.
25.1 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2 E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.
14 Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens,
15 e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
32 e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.
33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
INTRODUÇÃO
A Paz do Senhor querido leitor do nosso blog!
Chegamos a lição 9 pela graça e misericórdia do nosso Senhor Jesus Cristo.
Na nossa primeira lição, mostramos um pouco da estrutura do livro de Mateus. Vamos lembrar que o público alvo do evangelista é o judeu, então a forma em que o livro foi estruturado lembra muito o TORÁ: 5 livros (pentateuco) e no Evangelho segundo Mateus 5 discursos de Jesus. Relembrando esses discursos:
Primeiro Discurso (Mateus 3-7)
Narrativa: Com Jesus o Reino de Deus chegou. (3-4)
Discurso: O Reino de Deus é justiça que liberta. (O Sermão da Montanha) (5-7)
Segundo Discurso (Mateus 8-10)
Narrativa: Os sinais concretos os milagres do Reino de Deus. (8-9)
Discurso: Jesus precisa e escolhe colaboradores. (10)
Terceiro Discurso (Mateus 11,1-13,52)
Narrativa: Os conflitos que surge por causa do Reino. (11-12)
Discurso: As Parábolas explicam o Reino. (13,1-52)
Quarto Discurso (Mateus 13,53-18,34)
Narrativa: Seguimento de Jesus. (13,53-17,27)
Discurso: O Povo de Deus vive a mensagem do Reino. (18,1-35)
Quinto Discurso (Mateus 19-25)
Narrativa: O Reino de Deus é Universal. Deve atingir a todos. (19-23)
Discurso: O julgamento. (24-25)
Chegamos então no Quinto Discurso de Jesus onde ele vai discursar sobre o fim de todas as coisas. Jesus inicia o discurso depois de receber uma pergunta dos discípulos sobre o “fim dos tempos” (o “fim do mundo” e o início do mundo que virá), sua mais longa resposta à qualquer pergunta no Novo Testamento. O discurso é geralmente visto como sendo uma referência à destruição futura do Templo em Jerusalém e também ao fim do mundo e à Segunda Vinda de Cristo.
Vamos a lição!
I – O ANÚNCIO DA DESTRUIÇÃO DO TEMPLO E OS SINAIS DO FIM DOS TEMPOS
1 – Cristo anuncia a destruição do Templo (Mt 24. 1,2)
Pela história nós sabemos que a cidade de Jerusalém passou por 3 destruições:
- A primeira destruição ocorreu na segunda deportação pelos babilônios no ano 587 a.c, pelos exércitos da Babilônia, comandados pelo rei Nabucodonosor que em 605/604 a.C. sitiou Jerusalém, segundo o livro bíblico de Daniel Cap.1:1, no seu primeiro ano e depois em mais duas ocasiões.
- A segunda destruição veio com a derrota da Grande Revolta Judaica contra o domínio romano, em 70, Jerusalém foi tomada pelas forças do comandante romano, Tito. Outra vez, as muralhas e o templo (que o rei Herodes, o Grande, ampliara e embelezara, tornando-o portentoso) foram destruídos, e o resto da cidade voltou a ficar em ruínas.
- A terceira destruição aconteceu em 135, quando o imperador Adriano mandou arrasar a cidade, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão bar Kokhba. Sobre os restos de Jerusalém, edificou-se uma cidade helênica (Élia Capitolina) e sobre o monte onde se erguera o santuário de Iahweh, erigiu-se um templo dedicado a Júpiter Capitolino.
Como vimos, percebemos que a citação de Jesus sobre a destruição do templo se cumpriu, mas devemos ter a visão mais ampliada para entender a parte profética desse evento.
O texto não está falando do arrebatamento, quando Jesus virá para buscar Sua Igreja, mas trata da volta de Jesus em grande poder e glória para Seu povo Israel, após a Grande Tribulação (Mt 24.29-31). Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsêmani, como está registrado em João 14. Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17.22-37).
A época que o Senhor Jesus se refere, trata-se do tempo em que Deus começará a agir novamente com Seu povo Israel de maneira coletiva, levando o povo da Aliança ao seu destino final, que é a vinda do seu Messias e o estabelecimento de Seu reino. O centro de todas as profecias de Mateus 24 e 25 é ocupado pelos sete anos que são os últimos da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27). Devemos estar cientes de que esse período é a consumação do século, o encerramento de uma era, e não apenas o transcorrer de um tempo. O sinal do fim dos tempos é a última semana, a 70ª semana de Daniel.
Todos os sinais que o Senhor Jesus predisse em Mateus 24, que conduzirão à Sua vinda visível, têm seus paralelos no Apocalipse, nos capítulos de 6 a 19. Mas nessa ocasião a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada, guardada da “hora da provação” (Apocalipse 3.10).
Ele menciona a destruição do templo e de Jerusalém em Lucas 21, fazendo então a ligação com os tempos finais. Aliás, este é o sentido dos quatro Evangelhos: apresentar ênfases diferenciadas dos relatos. Os Evangelhos tratam da profecia como também nós devemos fazê-lo, manejando bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).
Em Lucas 21.20 e 24 o Senhor diz: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.” Isso cumpriu-se em 70 d.C.
Mas Mateus 24 menciona algo que não aparece no Evangelho de Lucas, pois cumprir-se-á apenas nos tempos do fim: “o abominável da desolação”.
No Evangelho de Lucas, que trata primeiro da destruição do templo em 70 d.C., está escrito: “…haverá grande aflição na terra”(Lc 21.23) (não está escrito: “grande tribulação”). Mas em Mateus 24, que em primeira linha fala dos tempos do fim, lemos sobre uma “grande tribulação” “como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. A expressão “grande tribulação” diferencia nitidamente a angústia de 70 d.C. da “grande tribulação” no final dos tempos.
2 – O princípio das dores e os sinais do fim dos tempos
Após esses fatos houve uma preocupação dos discípulos a respeito da sua segunda vinda de Jesus. E quando tocamos nesse assunto, o que nos vem a memória é justamente: Escatologia.
A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é, que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”. Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A escatologia estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
O estudo da escatologia bíblica mostra que devemos estar sempre alertas, vigilantes, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.
Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o fim não virá.
Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. (2 Pedro 3:3,4)
Princípio das dores no seu sentido original traz uma ideia de “primeiras dores” ou “princípio das dores de parto”, como se este fosse o início de um longo caminho de dores de parto e tribulações que os cristãos enfrentariam.
Muitos estudos indicam que o Princípio das Dores é apenas o início da era das igrejas, que passou por várias eras (ou igrejas) e que se acabará na Grande Tribulação. A primeira era foi a era de Éfeso; a segunda foi a era de Esmirna; a terceira, Pérgamo; a quarta, Tiatira; a quinta, Sardes; a sexta, Filadélfia; e a sétima, Laodiceia.
Dessa forma não podemos compreender que o princípio das dores é algo que vai acontecer somente antes da Grande Tribulação, mas algo que vem ocorrendo desde o nascimento da igreja. Desde o início os irmãos têm sofrido com aflições, perseguições, tormentos e muitos até entregaram a própria vida por Jesus. É claro que não houve arrebatamento desde então: isto acontecerá em algum momento futuro no tempo do fim. Mas certamente todos nós vivemos no período de dores da Igreja.
Por Rafael Cruz
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