ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7


Deus espera de nós uma resposta
13 de maio de 2018


Texto Áureo

“Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram”. Hb 4.2


Verdade Aplicada
Nossas respostas e atitudes para com Deus precisam estar de acordo com a Sua Palavra, que nos revela o que Ele espera de nós.

Glossário
Autossuficiência: Autonomia, independência;
Pagão: Que não é cristão;
Transcender: Ser superior a; ir além de.

Textos de Referência.
Gênesis 3.8-9 Isaías 5.1-2
Gênesis 3.8-9
8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9 E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás?
Isaías 5.1-2
1 Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.
2 E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.

Hinos sugeridos.
166, 303, 419

Introdução
Fomos criados para vivermos em comunhão com Deus. Porém o pecado distanciou o homem do Seu Criador. Então, o senhor tomou a iniciativa para restaurar esta comunhão. Como o ser humano tem reagido a esta ação divina?

1. Por Deus e para Deus.
Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1). Ele é o Princípio, a Causa, a Fonte de tudo o que existe. Contudo, no momento da criação do ser humano, Deus o distingue de todos os demais seres criados (Gn 1.26; 2.7). O homem foi criado à imagem de Deus, com capacidade de relacionamento com o Senhor e constituído como mordomo da criação de Deus (Sl 8). “Porque dele, e por ele, e para ele...” (Rm 11.36).

1.1. A revelação de Deus.
O Senhor Deus sempre transcenderá a capacidade intelectual do ser humano. Só é possível conhecermos Deus porque Ele decidiu Se revelar. Ao criar o homem e a mulher. Ele falou com eles, os abençoou e lhe deu instruções (Gn 1.28; 2.8, 25-17). É nítido na Bíblia o interesse de Deus em ser conhecido pela humanidade. O apóstolo Paulo fala sobre o perigo de se ter pensamentos equivocados a respeito de Deus (Rm 1.18-21). Por que razão surgiram tantas ideias erradas sobre Deus? Porque os homens rejeitaram o conhecimento acerca de Deus, que Ele próprio tornou acessível, fechando suas mentes.

1.2. Fomos criados para Deus.
Desde o livro de Gênesis é nítida a ênfase do persistente interesse de Deus em se relacionar com os seres humanos. Mesmo após colocar o homem no jardim do Éden e lhe dar instruções, o texto sagrado indica que o relacionamento do Criador com o ser humano permanecia por intermédio de contatos e observações divinas (Gn 2.18-21). No relato da queda do primeiro casal, a iniciativa de aproximação foi de Deus (Gn 3.8).

1.3. O exemplo das diferentes gerações de Israel.
Como estamos reagindo à iniciativa de Deus em conduzir-nos conforme Seus propósitos para nossa vida? Infelizmente, nem todos reagem ou respondem favoravelmente. Um exemplo bíblico dessa realidade são diferentes gerações de Israel: a que saiu do Egito, a que entrou e conquistou a Terra Prometida e a que se levantou após a geração de Josué e dos anciãos. As duas primeiras tinham promessas de Deus; testemunharam os milagres do Senhor; tinham líderes que viviam em profunda comunhão com Deus. O que as diferenciava foi a reação ao agir de Deus.

2. A importância da atitude humana.
É necessário que a atitude ou resposta humana esteja de acordo com a revelação de Deus, como se encontra na Bíblia, nossa regra de fé e conduta. Por isso o princípio bíblico, visto no tópico anterior, nos mostra que a iniciativa é de Deus e que Ele estabeleceu condições e instruções quanto ao relacionamento do ser humano com Ele (Êx 8.27).

2.1. Não é qualquer atitude que Deus aceita.
Não é de qualquer maneira ou baseados tão somente no nosso conhecimento e criatividade que nossas atitudes ou respostas para Deus serão aceitas por Ele. Vide o exemplo de Caim, considerado o primeiro ato de adoração registrado na história humana, pois, antes de Abel, foi ele que teve a iniciativa de apresentar uma oferta ao Senhor. Contudo, Deus não atentou para ele e para sua oferta (Gn 4.3-5). A reação de Caim demonstrou desinteresse em conhecer os motivos de Deus para não o aceitar, mesmo depois de o Senhor ter falado com ele (Gn 4.5-7).

2.2. O fracasso das tentativas humanas.
Encontramos, ainda, em Gênesis, o relato da construção de uma torre com os seguintes objetivos: tocar no céu; fazer um nome; e não ser espalhado (Gn 11.1-9). Um exemplo de seres humanos conscientes de suas próprias capacidades, dominados pelo orgulho e pela autossuficiência. Este acontecimento ilustra bem o pensamento de chegar ao céu pelos próprios esforços e recursos (Sl 49.6-8 – “seus recursos se esgotariam antes”); a busca pela glória humana (Ef 2.8-9); e a insubmissão aos planos de Deus (“para que não sejamos espalhados” – Gn 9.1-7; 11.4).

2.3. A importância de seguir as instruções divinas.
Deus não apenas chamou Abraão, lhe fez promessas e o abençoou, más, também lhe deu mandamentos, estatutos, preceitos e leis (Gn 18.19; 26.5). Quando Deus enviou Moisés para libertar o povo de Israel do Egito, Faraó propôs a Moisés que o povo sacrificasse e adorasse a Deus na própria terra do Egito. A resposta de Moisés foi: “Deixa-nos ir...para que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus, como ele nos dirá” (Êx 8.27). Por isso o povo teve que parar no Sinai e esperar até que as instruções divinas chegassem. A impaciência e rebeldia do povo levaram-no a adorar segundo padrões das outras nações (Êx 32.1-8).

3. Respostas ou atitudes do ser humano.
Neste último tópico refletiremos sobre três respostas ou atitudes que Deus espera de todos que têm conhecido as boas novas de salvação. Evidentemente não se esgota o assunto, uma vez que o espaço não permite abordar outros aspectos. Que o Espírito Santo nos ajude a desfrutarmos de todas as bênçãos que o Senhor Deus tem para nós.

3.1. Fé como resposta para Deus.
A Bíblia registra que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Não é crer apenas no início do relacionamento com Deus, mas até a nossa partida para a eternidade. Não é crer apenas em algumas circunstâncias, mas continuar crendo em qualquer situação. Foi o que faltou aos israelitas que pereceram no deserto e não entraram na Terra Prometida. O texto sagrado diz que a “pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.” (Hb 4.2). Viram as manifestações sobrenaturais na terra do Egito, testemunharam os acontecimentos no Sinai, desfrutaram da providência divina no deserto, porém não creram que o Altíssimo era poderoso para lhes dar vitória sobre os povos que habitavam em Canaã (Nm 13.31-33; 14.11).

3.2. Obediência como resposta para Deus.
O texto bíblico de Romanos 10.16 enfatiza mais uma resposta necessária da parte humana: obediência. Na resposta humana a Deus, mais importante do que o ato de sacrificar em si, está a obediência (1Sm 15.22). A genuína fé conduz à obediência. A Bíblia relata: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu...” (Hb 11.8). O povo de Israel, que no Egito e no deserto testemunhou a glória de Deus e os Seus sinais, deveria ter respondido a deus com obediência, porém, disse o Senhor: “não obedeceram à minha voz” (Nm 14.22).

3.3. Frutos como resposta para Deus.
Jesus Cristo disse: “vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). Estamos frutificando? É interessante atentar para o texto bíblico de Isaías 5.1-7, que compara Israel a uma vinha que pertence a Deus e o cuidado e providência do Senhor para com Sua vinha. A seguir, o texto diz que Deus, o Senhor da vinha, “esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.” (Is 5.1-7) Ao contar a parábola da figueira estéril (Lc 13.6-9), Jesus mencionou que, apesar de todo o cuidado, o proprietário da figueira procurava fruto e não achava.

Conclusão.
Quais têm sido nossas respostas e atitudes diante da ação e da Palavra do Senhor em nossa direção? Deus espera de nós uma resposta. Quanto mais reagimos positivamente ao agir de Deus em nós, mais recebemos dEle e prosseguimos no processo de aperfeiçoamento (Rm 8.29).

Questionário.

1. No relato da queda do primeiro casal, de quem foi a iniciativa de aproximação?
R: De Deus (Gn 3.8).

2. O que a reação de Caim demonstrou?
R: Desinteresse em conhecer os motivos de Deus para não o aceitar (Gn 4.5-7).

3. O que a Bíblia registra em Hebreus 11.6?
R: Que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

4. Qual a resposta necessária da parte humana Romanos 10.16 enfatiza?
R: Obediência (Rm 10.16).

5. Ao contar a parábola da figueira estéril, o que Jesus mencionou?
R: Que, apesar de todo o cuidado, o proprietário da figueira procurava o fruto e não achava (Lc 13.6-9).

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