Este post é assinado por Jessrael Fonseca Santos
TEXTO DE REFERÊNCIA
6 E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã disse no seu coração: De quem se agradaria o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
7 Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra o rei se agrada,
8 Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça.
9 E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
10 Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste.
11 E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
12 Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta.
Ester 6. 6 – 12
VERSÍCULO DO DIA
E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar! Ester 6.11
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- Compreender que Mardoqueu era um verdadeiro adorador.
- Entender que Deus está no controle.
- Saber que cada um sempre receberá recompensa por suas atitudes.
INTRODUÇÃO
0 livro de Ester leva o nome de sua personagem principal, uma judia chamada Hadassa (“murta”), mas que foi renomeada Ester (“uma estrela”). Um nome provavelmente escolhido como um reconhecimento de sua beleza, após tornar-se rainha. A história pertence cronologicamente ao período entre o retorno de Zorobabel e Esdras, ou seja, entre o sexto e o sétimo capítulo de Esdras.
Os estudiosos chegaram à conclusão de que o rei Assuero a que se refere, é identificado como Xerxes. Assuero ou Akhashverosh equivale no hebraico ao persa Khshayarsha, e é denominado Xerxes em grego. O escritor foi meticuloso ao datar seus acontecimentos. O banquete de casamento em que Ester tomou posse como rainha, ocorreu no sétimo ano do reinado de Assuero (479 a.C.), quatro anos depois da celebração que resultou no divórcio de Vasti.
“Acreditava-se que entre estes acontecimentos, Assuero (Xerxes) tenha feito sua malsucedida expedição à Grécia. Assim, ele retornou da sua derrota vergonhosa em Salamina (480 a.C.) e encontrou consolo nos braços de Ester”. Os acontecimentos indicados no livro variam do terceiro ao décimo segundo ano do reinado de Xerxes, ou de 483 a 474 a.C.
1 – ESTER, O LIVRO DA PROVIDÊNCIA
Nas duas lições anteriores nós vimos de que modo a Providência guardou os judeus que haviam retomado do cativeiro, e que grandes e bondosos atos foram feitos em seu favor; mas houve muitos que ficaram para trás, não tendo zelo suficiente pela casa de Deus, e pela terra e cidade santas, para conduzi-los pelas dificuldades da retirada de lá. Estes, pensar-se-ia, deveriam ter sido excluídos da proteção especial da Providência, como indignos do nome de israelitas; mas nosso Deus não lida conosco de acordo com nossa tolice e fraqueza.
Descobrimos, neste livro, que tanto aos judeus que se encontravam espalhados pelas províncias pagãs, quanto aos que se encontravam reunidos na terra de Judá, foi dispensado cuidado, tendo sido maravilhosamente preservados, quando condenados à extinção e sentenciados como ovelhas ao matadouro.
Ester trata da narração de um plano arquitetado contra os judeus, com o intuito de liquidá-los; plano que foi maravilhosamente frustrado por um concerto de providências. Sua exposição mais concisa será a leitura da narrativa inteira de uma só vez, dado que os fatos posteriores iluminam os iniciais, e mostram a intenção que a Providência tinha neles.
Não se encontra o nome de Deus nesse livro; mas a adição apócrifa (que não está em hebraico, e que os judeus nunca incluíram no cânon), tendo seis capítulos, começa assim: Então Mardoqueu disse: Deus fez estas coisas.
Ainda que o nome de Deus não se encontre nele, o mesmo não se pode dizer da sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo.
Os detalhes não são apenas surpreendentes e muito cativantes, mas também edificantes e encorajadores para o povo de Deus, quando este se encontra em tempos de perigo e dificuldade. Não podemos esperar que tais milagres, como os operados em favor de Israel, tendo em vista sua libertação do Egito, sejam operados em nosso favor nestes dias; mas podemos esperar que, do mesmo modo como Deus frustrou o plano de Hamã, Ele continuará a proteger o seu povo.
1.1 – O rei Assuero e sua esposa
Foi no terceiro ano de Assuero (Xerxes), rei da Pérsia, que nossa história teve início. Houve uma grande convocação dos governantes e nobres do vasto império para virem a Susã, capital persa. Esta grande festa deveria durar seis meses, durante os quais seriam apresentados a riqueza e esplendor do rei e a excelência do seu domínio do mundo, como uma revisão periódica. O poder da Pérsia e Média, ou seja, “os oficiais do exército Medo e Persa”.
Havia indubitavelmente um banquete para os visitantes nobres no início deste período, assim como para os cidadãos de Susã (desde o maior até ao menor), juntamente com seus nobres visitantes no final – com duração de sete dias.
As mulheres, conforme o costume oriental, eram separadas dos homens em tais ocasiões, mas também tinham a sua festa. A rainha Vasti oferecia um banquete na casa real que pertencia ao rei Assuero.
No último dia do banquete, enquanto o rei estava embriagado, enviou seus camareiros reais para trazer a rainha a fim de exibir sua beleza aos seus convidados, certamente de maneira orgulhosa. Porém, a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei. Esta recusa direta da rainha ocasionou muitos comentários favoráveis por parte dos críticos.
Eles sentem que podemos nos inclinar a glorificar a personalidade e coragem de Ester, porém, mediante o desprezo de Vasti, que pode ter mostrado, em alguns aspectos, maior coragem do que a judia.
“Se Ester veio ao reino com um propósito específico certamente podemos dizer que o nobre exemplo de modéstia feminina de Vasti não pode ser facilmente esquecido. Nosso mundo moderno precisa de mais mulheres como esta rainha, relutantes em expor seus corpos seminus para a contemplação da multidão”.
Talvez aumentemos nossa consideração por Vasti se pensarmos que não havia realmente uma lei ou costume, que tornasse inapropriado para as esposas estarem presentes em um banquete com seus maridos. Parece que ela se recusou a obedecer ao pedido do rei por motivos pessoais.
Provavelmente, percebeu que por causa de sua escolha poderia perder a sua posição, ou até mesmo a própria vida.
Por Jesrrael Fonseca Santos
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