Este post é assinado pelo pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” – Romanos 13.7
Verdade Prática
A política faz parte da vida em sociedade. Como o cristão não vive isolado, ele deve ter consciência política, sendo sal e luz neste mundo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-7
1 Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
INTRODUÇÃO
Paz do Senhor!
As citações de versículos são da edição Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a fonte é mencionada.
Hoje, nestes dias difíceis que estamos a viver, a maioria entre nós, na minha percepção, tem resistência à prática política.
O cristão pergunta se é possível harmonizar a vida cristã e a política?
É possível ao crente, ao mesmo tempo, conciliar sua vida cristã e a carreira política?
Seria possível ao cristão participar e envolver com as lides políticas?
Há uma frase atribuída ao filósofo Platão: “Quem não gosta de política, é governado por quem gosta.”
Em geral, nós avaliamos ser impossível ao cristão não se corromper na política. Porque está cristalizado na nossa mente que o poder corrompe.
Alguém disse que o poder não corrompe em si mesmo. O poder revela os corrompidos.
Nós vivemos em duas dimensões: a celestial e a terrena.
Salmo 73.25 – “A quem tenho eu no céu senão a ti? ( dimensão celestial ) E na terra ( dimensão terrena ) não há quem eu deseje além de ti.” (acréscimo meu).
Quando nos convertemos a Cristo, tornamo-nos cidadãos dos céus.
Filipenses 3.20 – “Mas a nossa cidade está nos céus…” Na versão em inglês, a palavra que em português está “cidade”, foi traduzida como “citizenship” – cidadania. No original grego trata-se do substantivo politeuma. Com a definição de “cidadania”, “uma comunidade de cidadãos.” ( Strong e Léxico Grego de Thayer ).
Até ao arrebatamento da Igreja, nós continuamos a viver nesta dimensão terrena. E afetados e envolvidos no contexto político de nossa nação. Como o crente deve viver estando inserido e sofrendo as consequências das relações de poder político?
I – UMA PERSPECTIVA BÍBLICA DA POLÍTICA
1 – Deus governa todos os aspectos da vida humana, inclusive o político
Gênesis 1.26 – “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine…”
Deus concedeu ao homem o exercício do poder. E, conjuntamente, a responsabilidade do poder, através do livre arbítrio. A relação do homem com todas as situações da vida, são relações políticas. Se entendido a política como conceito de atos sociais que envolvam as relações de poder, sinônimo de domínio, na sociedade através do Estado.
Portanto, o governo, no aspecto político da vida em sociedade, tem sua origem na permissão de Deus. Está no contexto da ordenação divina. O fato de existir governo e dominação humana não é contrário ao propósito de Deus, revelado na Bíblia. O que é contrário é o exercício pecaminoso e abusivo desse poder.
2 – Deus levanta homens que o glorifiquem na política
Um dos homens levantados por Deus, foi Neemias.
Três princípios são necessários para vivenciar a vida política:
1 – Vocação política;
2 – Capacidade administrativa;
3 – ética cristã.
Neemias foi um exemplo nestes três aspectos acima. E um homem assim, nas mãos de Deus, é uma bênção para o povo.
Deus não usa máquinas. Deus usa pessoas, como eu e você, para cumprir os seus propósitos. E Neemias, no seu tempo, cumpriu os propósitos divinos.
Provérbios 29.2 – “Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama.” – NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
Neemias foi um governador justo que agiu honestamente, motivado por dois princípios:
1 – Temor de Deus;
2 – Amor ao povo de Israel.
Ele assim expressou-se em Neemias 5.15 – “Antes de mim, os governadores tinham sido uma carga para o povo e haviam exigido que o povo pagasse quarenta barras de prata por dia a fim de comprar comida e vinho. Até os seus empregados exploravam o povo. Mas eu agi de modo diferente porque temia a Deus.” – Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH.
A explicação está ao final do versículo: “Mas eu agi de modo diferente…”.
Esta é, em termos humanos, a palavra chave para o cristão praticar a política: diferença. Agir diferente dos mundanos nas lides políticas.
Por Eliel Goulart
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