LIÇÃO 11 - ÉTICA CRISTÃ, VÍCIOS E JOGOS
TEXTO ÁUREO
Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro (Pv 15.16)
VERDADE PRÁTICA
Deus não criou o ser humano para ser escravo dos vícios nem dos jogos, pois segundo a Palavra de Deus, não podemos ser dominados por coisa alguma.
Provérbios 28.1-10
1 – Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas qualquer justo está confiado como o filho do leão.
2 – Por causa da transgressão da terra, muitos são os seus príncipes, mas, por virtude de homens prudentes e sábios, ela continuará.
3 – O homem pobre que oprime os pobres é como chuva impetuosa, que não deixa nenhum trigo.
4 – Os que deixam a lei louvam o ímpio; mas os que guardam a lei pelejam contra eles.
5 – Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam o SENHOR entendem tudo.
6 – Melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico.
7 – O que guarda a lei é filho sábio, mas o companheiro dos comilões envergonha a seu pai.
8 – O que aumenta a sua fazenda com usura e onzena ajunta-a para o que se compadece do pobre.
9 – O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
10 – O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele mesmo cairá na sua cova; mas os sinceros herdarão o bem.
INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada enaltece a vida moderada, o trabalho honesto e a boa administração da família (1 Co 10.23; 1 Tm 5.8). Desse modo, as Escrituras eliminam a possibilidade de o cristão envolver-se na prática dos vícios ou jogos de azar. No entanto, as estatísticas indicam dados alarmantes acerca dos prejuízos provocados pela prática desse mal em nossa sociedade.
I – VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA
Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus valores é denominado de vícios que resultam na degradação da essência humana.
1. O pecado do alcoolismo. O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 5.18; 1 Co 6.10). Como consequência, a embriaguez altera o raciocínio e o bom senso (Pv 31.4,5). Além de retirar a inibição da pessoa, o álcool faz com que ela perca “a motivação para fazer o que é certo” (Os 4.11), levando-a a pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no mundo. Pesquisas de 2015 indicam que no Brasil a cada 36 horas um jovem morre vítima do consumo abusivo do álcool. Cerca de 60% dos índices de cirrose hepática entre os brasileiros têm relação com o álcool. Diante desses fatos a igreja deve posicionar-se contra o alcoolismo e trabalhar na prevenção ao vício. O problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. Infelizmente, muitas pessoas fazem uso da bebida alcoólica como um meio de fugir de seus problemas. Por isso, precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que Cristo produz vida (Jo 10.10) e concede paz à alma (Jo 14.27).
2. A escravidão das drogas. As drogas são substâncias químicas que provocam alterações no organismo. Essas substâncias causam dependência e o consumo excessivo provoca morte por overdose. As drogas afetam também o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro. As drogas ilícitas mais comuns são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. As chamadas drogas lícitas como o álcool e o cigarro são igualmente prejudiciais à saúde. Em 2016, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime divulgou que quase 200 mil pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido ao consumo de drogas. O Brasil apresenta uma média de 30 mil mortes por ano devido ao tráfico de drogas. As pessoas usam drogas principalmente para alterar o estado de espírito em busca de paz. Entretanto, as drogas agridem o corpo, que é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19,20). O cristão não deve usar nem participar de movimentos que visam legalizar as drogas. Seria uma tragédia generalizada!
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os vícios levam a degradação física, emocional e espiritual.
II – JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA A FAMÍLIA
Tudo o que abarca investimento sem retorno garantido, descomprometido com a ética e a moral, resulta em sérios prejuízos para a família.
1. A ilusão do ganho fácil. A sedução dos jogos de azar ocorre pela esperança de se obter lucro instantâneo. As pessoas são atraídas pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho. Jogam na expectativa de tirar a sorte grande e, assim, resolver problemas financeiros. Ciente dessa realidade, o Estado não consegue ser eficaz no combate à jogatina. E ainda existem os jogos eletrônicos, bem como os ilegais como caça-níqueis e o jogo do bicho, entre outros. É um sistema que lucra e lucra muito. Mas os jogadores tornam-se compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria vida. Depositar a esperança na sorte é pecado e implica não confiar na providência divina (Jr 17.5-7).
2. Os males dos jogos na família. Os jogos de azar causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os recursos de uma família para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Nele, o benefício de um depende diretamente do prejuízo do outro e, normalmente, são as pessoas de baixa renda que sustentam a jogatina. Esses jogos fomentam a preguiça, a corrupção, a marginalidade, a agiotagem, a violência e a criminalidade. Os jogadores compulsivos descem ao nível mais baixo para continuar alimentando o vício da jogatina. Em muitos casos tais jogadores perdem seus empregos, o respeito de seus amigos e até o amor de suas famílias. As Escrituras nos advertem a zelar pela família (1 Tm 3.4,5) e não cair em armadilhas, pois “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7).
3. As consequências para a saúde. Os jogos de azar, assim como o álcool, o cigarro e as demais drogas causam dependência psíquica e química respectivamente. Em 1992, a OMS concluiu que jogar os jogos de azar faz mal a saúde, incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideação suicida como uma forma de fugir da vergonha moral e de suas dívidas. Tal como outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Maltratar o próprio corpo é insensatez e afronta contra o dom da vida outorgado por Deus (1 Sm 2.6; Ef 5.29,30).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os jogos de azar são uma armadilha e levam a disfunção familiar.
III – VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS
A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, a honestidade e a fidelidade ao autor da vida.
1. A bênção da sobriedade. A expressão grega nephálios refere-se à sobriedade em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O dicionário indica que, ao contrário de embriagado, a palavra se aplica a pessoa que está esperta, consciente e capacitada a discernir. O termo também é usado para identificar a vida equilibrada. Trata-se da virtude do que controla as paixões da carne (Gl 5.24). Desse modo a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o bom juízo e a prudência (Rm 12.3; 1 Tm 1.5; 2 Tm 1.7). A orientação bíblica é de abstinência de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e a dos jogos de azar (Tt 2.12). Observemos a exortação do apóstolo quanto ao vinho (Ef 5.18).
2. Honestidade e fidelidade. Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios temendo ao Senhor (Sl 112.1-5). Não retira seu sustento da jogatina à custa de quem perde dinheiro nos jogos de azar, enganando-o e defraudando-o (1 Ts 4.6). O verdadeiro cristão não busca amparo na sorte, mas provê a si e sua família por meio do trabalho honesto, com o “suor do rosto” (Gn 3.19). A fidelidade do cristão é com a Palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam lícitos pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e os princípios bíblicos devem pautar a vida dos que são fiéis ao Senhor (Sl 119.105).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O crente deve viver uma vida sóbria, honesta e fiel a Deus.
CONCLUSÃO
Os vícios e os jogos de azar, legais ou ilegais, são práticas reprováveis e prejudiciais à sociedade. Os vícios escravizam e destroem as vidas e as famílias. De igual modo o fazem os jogos de azar. Portanto, o cristão deve abster-se da prática de qualquer vício, dedicando-se ao trabalho honesto para o sustento de sua casa. Cabe ao salvo resistir ao pecado e não se deixar dominar por coisa alguma (1 Co 6.12).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. VALORES CRISTÃOS, Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Lição 11 – Ética cristã, vícios e jogos. I – Vícios: a degradação da vida humana. 1. O pecado do alcoolismo. 2. A escravidão das drogas. II – Jogos de azar: uma armadilha para a família. 1. A ilusão do ganho fácil. 2. Os males dos jogos na família. 3. As consequências para a saúde. III – Vivamos uma vida sóbria, honesta e fiel a Deus. 1. A benção da sobriedade. 2. Honestidade e fidelidade. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2018.
Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
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