Em apenas 3 dias uma das maiores matanças de cristãos dos últimos tempos na Nigéria ocorreu no estado de Plateau. No último final de semana ocorreram seis atentados suicidas do grupo extremista Boko Haram além de assassinatos em massa dos jihadistas da etnia muçulmana fulani.
Apesar de o governo admitir apenas 86 óbitos, há imagens circulando no país comprovando que nem as crianças foram poupadas na sanha assassina. Aldeias foram invadidas, saqueadas e queimadas. O número de mortos pode aumentar, uma vez que em várias localidades todos saíram de suas casas e existem centenas de deslocados.
Segundo Emmanuel Ogebe, ativista cristão que fundou a Jubilee Campaign, campanha para garantir a liberdade religiosa em seu país, o maior massacre da história foi em março de 2010, quando morreram 500 pessoas numa onda de violência no mesmo estado. Já em fevereiro de 2016, 300 foram mortos no estado de Benue.
As mortes do último final de semana mostram que o governo não tem mais controle da situação, embora alegue o contrário.
“É desconcertante que uma pequena minoria muçulmana possa aterrorizar os cristãos, que são em maior número nos estados de Benue e Plateau!”, lamente Ogebe. Ele lamentou que as autoridades pouco estão fazendo para impedir novos ataques. Ainda segundo o ativista, os grupos fulani estão cada vez melhor armados, o que comprova que estão sendo patrocinados por algum grupo terrorista estrangeiro.
“Os ataques foram cometidos por grupos de atiradores que portavam armas sofisticadas, inclusive fuzis de assalto”, declarou ao jornal “Nigerian Tribune” o parlamentar Peter Ibrahim Gyendeng.
“Pior ainda, algumas das comunidades atacadas neste fim de semana já haviam sido atacadas anteriormente”, revela Ogebe. Ele lembra que muito se fala sobre o Boko Haram, que é reconhecido como um grupo terrorista, mas os fulani hoje são mais violentos. Mesmo assim, a imprensa mundial continua tratando como se eles estivessem em um conflito étnico. Embora não seja possível afirmar com toda a certeza que todas as vítimas morreram somente por causa da sua religião.
A denúncia do ativista torna-se mais assustadora quando ele afirma que as autoridades estão escondendo os verdadeiros números de mortos porque o presidente Muhammadu Buhari, um muçulmano da etnia fulani, já está fazendo campanha para ser reeleito.
Fonte: Gospel Prime via http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com/