Betel Adultos – 3º Trimestre de 2018 – 15/07/2018 – Lição 3: Moisés, um Líder Excelente



Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Deuteronômio 34:10
10 E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera face a face; (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA

Êxodo 3:1-4
​1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar o cuidado de Deus para com Moisés desde o seu nascimento;
  • Apresentar o comissionamento de Deus para Moisés;
  • Extrair lições para efetuar uma liderança debaixo da vontade de Deus.

INTRODUÇÃO

Paz seja convosco!
Neste tópico estudaremos acerca de Moisés, um dos maiores vultos do povo hebreu, instrumento de Deus responsável pelo Êxodo e considerado o grande legislador do A.T.
Moisés é a resposta do clamor aflito de um povo sob regime de escravidão.
Ele nasceu em meio a uma grande conturbação social, estimulada pela servidão egípcia e por leis de proteção interna que ordenavam, sem misericórdia, a morte de todos os recém-nascidos de sexo masculino, filhos de estrangeiros existentes no Egito.
Foi neste momento crítico da história dos filhos de Israel que lhes surgiu um libertador nacional na pessoa de Moisés!
A narrativa bíblica informa que Moisés era uma criança formosa (Êx 2.2), filho de Anrão e Joquebede, descendentes de Levi (Êx 2.1; 6.20), servos piedosos e que tinham uma fé viva em Deus a ponto de verem que aquela criança tinha algo peculiar em sua vida (Êx 2.2).
Mesmo escolhido por Deus por tão grande propósito, foi necessário ser lapidado, a fim de que estivesse preparado e ao nível de tão nobre finalidade.
Quando há uma obra nos aguardando, Deus não se preocupa com o que podemos oferecer hoje, pois Ele providenciará os moldes para que estejamos prontos amanhã!

1 – O NASCIMENTO DE MOISÉS

Ele nasceu exatamente na época em que os filhos dos hebreus estavam condenados à morte por ordens de Faraó!
Flavio Josefo, historiador hebreu, nos conta que um dos escribas sagrados de Faraó, homem astuto para prever eventos futuros, disse ao sumo governante do Egito que por aquele tempo nasceria um menino israelita que, ao se tornar adulto, derrubaria o domínio dos egípcios e exaltaria os israelitas. Este nascido dos hebreus, superaria todos os homens em virtudes e obteria uma glória que duraria para sempre. Faraó ficou tão apavorado que, de acordo com a opinião desse escriba, ordenou a matança de todos os meninos que nascessem israelitas, lançando-os no rio Nilo.
O seu nascimento retrata o fracasso de Satanás e a confirmação de que os intentos do Senhor sempre prevalecem sobre qualquer outra força, autoridade, domínio ou poder, por isso Jó afirmou: “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2)
A Bíblia narra que após o seu nascimento, seus pais criaram secretamente a criança durante três meses. Então Anrão, por causa da ordem do rei, temendo ser descoberto e sofrer juntamente com o filho a pena de morte, julgou conveniente abandonar o pequeno Moisés à providência de Deus. Pensou que poderia conservar o filho em oculto, mas viveriam, ele e o menino, em perigo constante, ao passo que, entregando-o nas mãos de Deus, a criança estaria em segurança! Que fé!
Após tomar essa resolução, ele e a mulher fizeram um berço de juncos do tamanho da criança e, para impedir que a água nele penetrasse, revestiram-no de betume. Puseram dentro o menino e colocaram o berço sobre as águas do rio, “abandonando-o” à providência divina (Ex 2.3).
Miriã, irmã do menino, por ordem de sua mãe, foi para o outro lado do Nilo ver o que aconteceria (Êx 2.3).
Deus então mostrou claramente que todas as coisas se realizariam, não segundo os planos da sabedoria humana, mas conforme os sublimes desígnios de sua vontade.
A mão de Deus conduzia o cesto de junco onde Moisés jazia dentro, desviando dos famintos crocodilos e das mais fortes corredeiras, colocando-o por fim, a vista da princesa egípcia, filha de Faraó.
O plano de Deus sempre é perfeitamente executado e os do inimigo, sempre perfeitamente desbaratado!

1.1 – A educação de Moisés

O menino Moisés ficou em perigo mortal enquanto esteve “navegando” no rio Nilo, mas o Deus que cumpre promessas a seu povo, nunca dorme (Sl 121.4), e estava cuidando do nenê, de Israel e do mundo!
A Bíblia não dá o nome da princesa que encontrou Moisés, mas a história diz que foi Hatsepsute, filha de Tutimose I, sua filha favorita, mulher de personalidade forte e muito dinâmica.
Enquanto ela se banhava no rio, uma de suas donzelas avistou o cesto flutuando no Nilo e ao apanhar e levar até a sua senhora, lá estava Moisés (tirado das águas), choroso. Choro este que comoveu Hatsepsute (Êx 2.5-6).
É a irmã mais velha do bebê Moisés que acompanha toda a cena e então sugere a filha de Faraó, chamar uma das mulheres hebreias para cuidar da criança (Êx 2.7). Então a própria mãe de Moisés é encarregada de criar o seu próprio filho (Êx 2.8).
É impressionante a sucessão de acontecimentos que convergem de forma maravilhosa para os propósitos divinos.
Jamais se poderá aceitar o acaso, ao contrário, vemos nitidamente, como o Senhor dirige o enredo da história e faz com que tudo ocorra de forma harmoniosamente perfeita para que os seus objetivos se concretizem.
Os estudiosos afirmam que Hatsepsute era estéril, portanto, não tinha filhos. Ela se afeiçoou tanto ao menino que prontamente o adotou.
Deus providenciou que Moisés adquirisse formação espiritual através da educação dos seus pais biológicos (Anrão e Joquebede), convivência com a sua própria família, e mais tarde, adquiriu formação acadêmica nas escolas do Egito (At 7.22).
Como o pai de Hatsepsute, não tinha filhos, afirmam os eruditos que ela se tornou praticamente em supremo governante do país de 1505 a 1474 a.C. e Moisés, seu filho adotivo, foi criado na condição e status de príncipe do Egito, e estaria sendo preparado para ser o futuro Faraó.
Sobre o fato, Flávio Josefo, citando a tradição judaica diz que à medida que Moisés crescia, demonstrava muito mais espírito e inteligência que o permitido pela sua idade. Mesmo brincando, dava sinais de que um dia seria alguém extraordinário. Quando completou três anos, Deus fez brilhar em seu rosto uma tão grande beleza que as pessoas, mesmo as mais austeras, ficavam arrebatadas. Ele atraía sobre si os olhares de todos os que o encontravam e, por mais pressa que tivessem, eram obrigados a parar para contemplá-lo.
Ele continua ao afirmar que a filha de Faraó o levou ao rei, seu pai, e, depois de falar-lhe da beleza do menino e da inteligência que já se manifestava nele, disse: “Foi um presente que o Nilo me fez, de maneira admirável. Recebi-o em meus braços, resolvi adotá-lo e vo-lo ofereço como sucessor, pois não tendes filhos”.
Com essas palavras, ela o colocou entre os braços do rei, que o recebeu com prazer e, para obsequiar a filha, estreitou-o nos braços, colocando-lhe o diadema sobre a cabeça. Moisés, como uma criança, que se diverte, tirou-o e o jogou ao chão, pisando-lhe em cima.
Essa ação foi considerada de péssimo augúrio, e o doutor da lei que predissera o quanto seria funesto o nascimento daquele menino para o Egito ficou tão nervoso que desejou matá-lo imediatamente. “Eis aí, majestade”, disse ele, dirigindo-se ao rei, “este menino, do qual Deus nos faz saber que a morte deve garantir a vossa paz. Vede que o fato confirma a minha predição, pois apenas nasceu e já despreza a vossa grandeza, calcando aos pés a vossa coroa. Matando-o, todavia, fareis perder aos hebreus a esperança que nele depositam e salvareis o vosso povo de um grande temor”.
A filha de Faraó, ouvindo-o falar desse modo, levou o menino sem que o rei se opusesse, porque Deus afastava do espírito de Faraó o pensamento de fazê-lo morrer.
A princesa fê-lo educar com grande desvelo, e quanto mais os hebreus se alegravam tanto mais os egípcios se atemorizavam. Entretanto, como a ninguém viam que pudesse suceder o rei no trono ou de quem pudessem esperar um governo mais feliz quando Moisés não existisse mais, abandonaram a ideia; de fazê-lo morrer.
A educação de Moisés se resumiu em três fases e lugares:
1 – No lar com seus pais, recebeu a instrução religiosa dos hebreus (Êx 2.9);
2 – Na corte de faraó aprendeu toda a ciência do Egito (At 7.22), recebeu a mais alta educação secular, tornando-o poderoso em palavras traduzida nos compêndios que formam os 5 primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), e conforme Flavio Josefo, foi também um grande líder, herói militar que comandou um exército egípcio contra a invasão Etíope;
3 – No deserto de Midiã (Êx 2.15), onde aprendeu com o próprio Deus a dependência, a paciência, a humildade e a suficiência divina!
O pastor Antônio Veras de Souza conclui o conhecimento recebido por Moisés em duas fases:
1 – Instrução intelectual – como decorrência do conjunto de conhecimento adquiridos “em toda ciência dos egípcios”, logo, ele detinha o conhecimento secular do mundo de então. Era um cientista na acepção da palavra;
2 – Instrução espiritual – como resultado da educação no lar e de uma vida santa, em Midiã e Horebe (monte da oração)!
Todas as fases de instrução foram importantes para os planos que Deus tinha a realizar através de Moises, portanto, esteja atento a “escola” que o Senhor te matriculou agora, pois nela contém ensinamentos relevantes para a obra que Ele desempenhará através da sua vida!

1.2 – A fuga de Moisés

Por Cláudio Roberto de Souza
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