Esse poste é assinado por Cláudio Roberto de Souza
TEXTO ÁUREO
Deuteronômio 17:14
14 Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim, (ARC)
TEXTO DE REFERÊNCIA
1 Samuel 8:1,3-6
1 E sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel.
3 Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.
4 Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5 e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
6 Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. (ARC)
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar a instituição da monarquia através da vida dos três primeiros reis;
- Apresentar a divisão do reino e as lições decorrentes desse período;
- Enfatizar que, apesar da desobediência da nação, Deus levantou homens para transmitir Suas mensagens ao povo.
INTRODUÇÃO
Paz seja convosco nobres professores(as) e vocacionados(as) da EBD!
Após o conturbado período dos Juízes para Israel, o último a ocupar tal posição, foi também profeta e sacerdote. Me refiro a Samuel, filho de Ana e Elcana (1Sm 1.19-20).
A passagem do período dos Juízes para o período dos Reis é marcada pelo ministério de Samuel que reorganizou e restabeleceu o sacerdócio levítico que estava falido nas mãos de Eli e seus filhos (1Sm 2.22-25, 27-36).
Essa mudança na vida nacional de Israel gira principalmente em torno de três nomes: Samuel, Saul e Davi. Samuel foi o último dos juízes. Saul foi o primeiro rei de Israel, e Davi, o segundo.
1 – A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA
O tempo passa e a idade chega para todos, tornando a velhice uma realidade na vida de todo ser humano (Sl 90.10). Samuel alcançou esta realidade.
Preocupado com o povo, constituiu seus filhos juízes para dar continuidade ao propósito divino (1Sm 8.1).
Ao colocar os seus filhos no ofício de juízes, Samuel estava de acordo com a lei (Dt 16.18,19). Cabia aos filhos de Samuel, conforme a palavra do Senhor, administrar o sacerdócio e julgar o povo (Nm 18.7).
É desejo dos pais que os filhos sejam uma benção e possam dar continuidade à obra de Deus em seu lugar, mas desde que sejam devidamente chamados pelo Senhor (Hb 5.4).
No entanto, o relato bíblico acerca dos filhos de Samuel é desalentador: “Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo” (1Sm 8.3).
Infelizmente os filhos de Samuel não souberam honrar o ministério do pai e o próprio ministério. A Bíblia afirma que: “O filho insensato é tristeza pra seu pai, e amargura para quem o deu à luz” (Pv 17.25). Os filhos que honram os pais têm sobre si a promessa de Deus (Ef 6.2-3).
Neste contexto, a velhice de Samuel, os filhos que não correspondiam a responsabilidade e santidade exigidas pelo ministério, mais uma vez, o povo de Israel desejou imitar as nações pedindo que Samuel constituísse um rei sobre eles (1Sm 8.5).
Esta atitude não agradou ao Senhor, pois Israel estava com este pedido, desprezando o governo de Deus sobre eles (teocracia – 1Sm 8.7).
Desde os dias de Moisés que os anciãos de Israel tinham influência sobre o povo (Nm 11.16,17). Estes homens, vendo a situação espiritual degradante, o juízo pervertido e os inimigos afligindo Israel, foram a Samuel com um pedido: “Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos pois agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações” (1Sm 8.5).
1.1 – Saul o primeiro rei de Israel
O pedido de Israel por um rei, aparentemente tinha alguma coisa de racional, em vista, de como estavam agindo os filhos de Samuel, mas o Senhor conhecia as intenções dos seus filhos; o Senhor sabia que eles queriam ser como as demais nações da terra.
Samuel se entristeceu e se sentiu rejeitado, porém a atitude de pedir um rei foi interpretada por Deus de forma mais profunda: “E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele” (1Sm 8.7)
Não rejeitavam o homem Samuel, mas a Deus, o Senhor!
Em Sua palavra, Deus já havia dado a Israel mandamentos acerca dos deveres de um rei (Dt 17.14-20), e chegara o momento disto se tornar realidade na vida de Israel, mas o Senhor manda Samuel protestar ao povo, declarando o costume do rei que haverá de governar. (1Sm 8.9,10).
Diante do Senhor, Samuel relembra ao povo o que diz a Lei (1Sm 8.11-18), mas Israel não quis ouvir a voz de Samuel (1Sm 8.19).
Samuel, como homem de Deus, diante da situação foi buscar a orientação do Senhor a fim de apresentar o escolhido de Deus para a nação.
É desta maneira que surge Saul, procurando as jumentas de seu pai, errante na terra onde estava Samuel (1Sm 9.3); Deus já havia preparado todas as coisas e separado Saul para ser o primeiro rei de Israel (1Sm 9.16).
Saul sai em busca de jumentas perdidas e retorna com um reino inteiro em suas mãos!
Saul é descrito como homem Benjamita da casa de Matri, filho de Quis (1 Sm 10.21); belo e o mais alto de Israel (1Sm 9.2); a Bíblia narra o seu encontro com Samuel (1Sm 9.14); sua prudência em não falar sobre o reino (1Sm 9.15-16); o medo de assumir o reinado que o fez esconder-se entre as bagagens (1Sm 10.21-23).
O Senhor ao nos escolher, já conhece tudo a nosso respeito, pois ele é onisciente (Jo 1.46-50).
Diante de Samuel (1Sm 9.17) e depois diante do povo (1Sm 10.24), Saul foi confirmado como rei de Israel.
A unção que fora reservada aos reis, profetas e sacerdotes (1Rs 19.15-16) estava agora sobre a cabeça de Saul (1Sm 10.1).
Esta unção deu a Saul, autoridade para executar a vontade de Deus sobre os inimigos de seu povo e sobre Israel (1Sm 10.7).
O que vemos no desenvolvimento do ministério do primeiro rei de Israel é uma sucessão de equívocos, falhas, desvios de função e caráter, desobediência, insensatez e desvarios! 40 anos não foram suficientes para moldá-lo, pois este não possuía um coração voltado para o Senhor, senão voltado para o seu próprio deleite e aspirações.
O Senhor prova também os seus líderes e não somente os liderados. Aqueles que chegam aos cargos de liderança tendem a se acomodarem e a se esquecerem dAquele que o colocou ali para exercer uma condução sóbria e sobre a Sua orientação.
Saul foi provado e foi reprovado. Deus estava apenas mostrando que as escolhas humanas são sempre falíveis e que melhor é esperar nEle e deixar que Ele faça a separação (At 13.2).
A primeira grande falha de Saul
Diante de uma dura batalha contra os filisteus, os soldados de Israel estavam amedrontados e se escondiam onde fosse possível, pois o exército inimigo era numeroso como a areia da praia (1Sm 13.5).
Saul se perturbou pela demora de Samuel em chegar até o lugar a fim de sacrificar ao Senhor e vendo que o povo se afastava dele em fuga, decidiu ele mesmo, e por conta própria sacrificar ao Senhor: “Então, disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto” (1Sm 13.9).
Saul era rei e não sacerdote. Não era da alçada do rei oferecer o holocausto ao Senhor, mas Saul o fez. A precipitação do rei lhe custou o reino (1Sm 13.13-14)!
Existem atividades na obra do Senhor que o homem e a mulher de Deus até podem ter a habilidade necessária para executar, mas não é da sua competência ou jurisdição fazer (2Cr 26.16-21). Ultrapassar o limite de nossas atribuições no Reino é agir como néscio (1Sm 13.13) e correr riscos de colher graves consequências.
A segunda grande falha de Saul
Posteriormente, Saul, através de Samuel recebe a instrução de Deus para destruir os amalequitas, pois na ocasião que Israel saíra do Egito, eles se opuseram no caminho em Refidim (Êx 17.8-16).
1 Samuel 15:2-3
2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
3 Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos. (ARC)
Parece que nada adiantaram as recomendações divinas a Saul (1Sm 15.3). Ao povo ele destruiu a espada, mas ao rei, as ovelhas e as vacas, ele poupou com vida (1Sm 15.14-15).
A falsa intenção de Saul de poupar as ovelhas e vacas para oferecerem sacrifício ao Senhor, pode parecer justa, mas primeiro ela era enganosa e segundo, não existem boas intenções quando elas contrariam a palavra do Senhor! “Obedecer é melhor do que sacrificar” (1Sm 15.22). Lembra do caso de Uzá na condução da arca da aliança (2Sm 6.6-7).
Saul é duramente advertido por Samuel (1Sm 15.16-19,22,23) e é rejeitado pelo Senhor porque primeiramente rejeitou a Palavra de Deus.
Ao sair da presença de Saul, Samuel tem a sua capa agarrada pelo monarca e é rasgada (1Sm 15.27). Isto serve imediatamente como sinal de que o reino de Saul naquele momento fora rasgado de suas mãos para ser entregue a outro melhor que ele (1Sm 15.28).
Deus é quem levanta o homem e o capacita para o desempenho de Sua obra, porém todos aqueles que estão em eminência devem atentar para a Palavra do Senhor e o não fazê-lo resulta em prejuízos terríveis.
Rejeitar a Palavra de Deus é equivalente a rejeitar o Deus da Palavra.
Pela segunda vez, Saul é reprovado!
Saul comete outros diversos erros, revelando o seu verdadeiro caráter: fez um voto precipitado a Deus; demonstrou ser ciumento e invejoso em suas diversas investidas contra Davi; a unção do Espírito foi substituída pela presença de espíritos malignos que o importunavam; tornou-se necromante, isto é, consultou a pitonisa de En-Dor a fim de “falar com Samuel” que já estava morto (1Sm 28) e por fim no campo de batalha cometeu suicídio (1Sm 31.4).
Esta é a escada em declínio de todos aqueles a quem Deus elevou, mas que se esqueceram de Sua Palavra.
1.2 – Davi, homem segundo o coração de Deus
Por Cláudio Roberto de Souza
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