TEXTO ÁUREO
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12)
VERDADE PRÁTICA
Tal como as lâmpadas do Tabernáculo brilhavam continuamente, assim devemos nós resplandecer neste mundo de apostasias, iniquidades e trevas.
LEVÍTICO 24.1-4
1 - E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 - Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para a luminária, para acender as lâmpadas continuamente.
3 - Arão as porá em ordem perante o SENHOR continuamente, desde a tarde até à manhã, fora do véu do Testemunho, na tenda da congregação; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações.
4 - Sobre o castiçal puro porá em ordem as lâmpadas perante o SENHOR continuamente.
INTRODUÇÃO
O candelabro era o objeto de maior destaque no interior do Tabernáculo, por ser todo de ouro e pela luz que emitia. Se levarmos em conta a sua simbologia, concluiremos que ele representava o testemunho e o serviço do ministério levítico. O seu brilho singular e constante indicava que todas as obrigações sacerdotais e congregacionais estavam sendo rigorosamente cumpridas de acordo com a orientação divina.
A Igreja de Cristo, como a luz do mundo, tem a obrigação de luzir sempre nas trevas. Mas, se ela vier a perder o seu fulgor, que diferença haverá entre nós e o mundo? É chegada a hora, pois, de mantermos nossos candelabros acesos, pois o Cordeiro de Deus anda por entre eles, exigindo, de cada um de nós, perfeito brilho.
I – O CANDELABRO DE OURO
Didaticamente, o Senhor ordenou o fabrico do candelabro, a fim de que os filhos de Israel se conscientizassem de sua missão profética, sacerdotal e real no mundo. Era plano de Deus que, por intermédio dos israelitas, todos os povos viessem a ser abençoados com a vinda do Messias: Jesus Cristo.
1. O fabrico do candelabro. Segundo a determinação divina, os artífices fizeram um candelabro de ouro puro e batido (Êx 25.31). A mobília foi de tal forma trabalhada, que formava uma só peça com o seu pedestal, hastes, cálices, maçanetas e flores. Em seu feitio Bezaleel e Aoliabe precisaram de um talento de ouro, de 35 a 40 quilos aproximadamente (Êx 25.39).
Toda a peça era rigorosamente simétrica e harmônica (Êx 25.31-36). Doutra forma, a sua luz jamais viria a brilhar com a intensidade e a perfeição que Deus requer de cada um de seus filhos (Mt 5.16).
2. A luz do candelabro. O azeite para as lâmpadas foi trazido, voluntária e generosamente, pela congregação de Israel (Êx 25.6). Tendo em vista o significado do candelabro para o culto sagrado, o azeite teria de ser puro e batido; o moído era de qualidade inferior. Sem essas qualidades, o Tabernáculo do Senhor ficaria na penumbra ou até mesmo em trevas. Que simbologia extraímos daqui? Jesus requer de cada um de nós uma luz de comprovada excelência (Mt 6.23). Nós somos a luz do mundo.
3. O seu lugar no tabernáculo. Para quem entrava no lugar santo, o candelabro de ouro ficava no lado esquerdo, ou na parte sul do Tabernáculo (Êx 26.35). Nessa posição, o candelabro, plenamente aceso, proporcionava uma visão única e emblemática da glória de Deus. Se por um lado, lembrava o próprio Cristo, por outro, fazia uma clara referência à Jerusalém Celeste (Ap 1.12,13; 21.18,21).
Mas para que este brilho perdurasse, era imperioso que Arão e seus filhos cuidassem diariamente do candelabro (Êx 30.7,8). À luz do dia, limpavam-no, provendo-o de azeite. E, quando a noite chegava, ele já estava pronto a reluzir novamente. Assim devemos nós agir em relação ao mundo. Só viremos a reluzir se nos dermos à leitura da Bíblia Sagrada, à oração e ao jejum.
SÍNTESE DO TÓPICO I
O candelabro de ouro deveria permanecer aceso
II – JESUS, A LUZ ETERNA E PERFEITA
O candelabro simbolizava Jesus Cristo, a sua Igreja e cada um de nós.
1. Jesus, a luz do mundo. No Apocalipse, o Senhor Jesus anda livremente entre os candelabros (Ap 1.12,13). Na descrição do Evangelista, observamos que somente a luz do Cordeiro é capaz de levar os castiçais a refulgirem. Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). Portanto, só podemos brilhar se estivermos em perfeita comunhão com o Filho de Deus. Ele veio a este mundo exatamente para iluminar as regiões da sombra e morte (Is 9.2).
2. A Igreja é a luz do mundo. Aos seus discípulos, o Senhor Jesus foi claro e decisivo: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14). Enquanto Ele estava no mundo, Ele era de fato a luz do mundo (Jo 9.5). Mas após a sua ascensão ao Céu, a missão de iluminar este século passou a ser nossa. E, agora, somos exortados a brilhar não somente como um candelabro, mas como verdadeiros astros (Fp 2.15). Portanto, quanto mais anunciarmos o Evangelho e ensinarmos a justiça divina, mais glorificaremos a Deus com a luz de nosso testemunho e confissão (Dn 12.3).
3. O crente como luz do mundo. Individualmente, o Senhor Jesus exorta cada crente a agir como luz do mundo (Lc 11.35). A luz da confissão de Estêvão brilhou de tal forma, que os seus algozes viram-lhe o rosto como se fosse a face de um anjo (At 6.15). Apesar de apedrejado, o seu testemunho ainda hoje reluz, legando-nos um exemplo de pureza, fé e coragem. Ele foi de fato, em todas as coisas, como um candelabro reluzente e glorioso nas mãos do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O candelabro de ouro apontava para Jesus Cristo, a luz eterna e perfeita.
III – MANTENDO A LUZ BRILHANDO CONTINUAMENTE
A fim de que a nossa luz brilhe continuamente, mantenhamos estas três coisas básicas: nossa união com Cristo, nossa comunhão fraternal e nosso testemunho diário.
1. Nossa união com Cristo. Para reluzirmos como luz do mundo, nossa união com Cristo é imprescindível. O candelabro visto por Zacarias ardia de forma ininterrupta, pois estava ligado a um vaso de azeite, e este, por sua vez, achava-se conectado a duas oliveiras (Zc 4.1-3). Dessa forma, havia um fluxo contínuo de azeite àquele candelabro, que, naquela hora tão difícil para o povo de Deus, brilhava para sempre.
Jesus é a “oliveira”, na qual fomos enxertados (Rm 11.17-24). Unidos a Ele, jamais nos faltará o precioso azeite, para vivermos uma vida plena e vitoriosa (1 Jo 2.20).
2. Nossa comunhão fraternal. O candelabro, embora se destacasse por seus ricos e variados detalhes, formava uma única peça (Êx 25.31). O mesmo podemos dizer da Igreja de Cristo. Embora formada por membros de várias procedências e origens, constitui um único corpo (1 Co 12.13). Agora, todos somos um em Cristo (Rm 12.5). E, por esse motivo, temos de preservar o vínculo do amor fraternal (Ef 4.3; Cl 3.14). Se nos amarmos como Cristo nos recomenda, seremos conhecidos como seus discípulos (Jo 13.34).
A Igreja, como o candelabro de Cristo, deve ser reconhecida por sua unidade, por seu amor e por sua comunhão no Espírito Santo (2 Co 13.13). Não há luz tão intensa como a comunhão cristã.
3. Nosso testemunho diário. Nosso testemunho cotidiano não deixa de ser uma expressão profética, pois, de forma veemente, protesta contra o pecado. Lembremo-nos de que o candelabro era adornado por figuras de amendoeiras, nas quais brotavam a luz gloriosa (Êx 25.33). Esta foi a árvore que marcou o chamamento do profeta Jeremias (Jr 1.11,12). Na tipologia profética, ela é árvore despertador, por ser a primeira a florescer na primavera.
Quando o mundo vê o bom testemunho de um cristão, o nome do Pai Celeste é glorificado (Mt 5.16). Nosso testemunho diário está intimamente relacionado à luz. Se for realmente bom, nosso candelabro cumpre fielmente a sua missão. Eis por que cada um de nós deve ser um padrão de boas obras (Tt 2.7).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos manter a luz de Cristo brilhando continuamente em nós.
CONCLUSÃO
Jesus anda por entre os castiçais. Ele vê nossas obras, sonda nossas intenções e mede a intensidade de nossa luz. Supervisionando-nos, o Senhor remove e tira castiçais (Ap 2.5). Como está a nossa lâmpada? Ela tem de estar rigorosamente limpa, a fim de brilhar intensamente neste mundo tenebroso. Que Deus nos ajude.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 11 – A lâmpada arderá continuamente. I – O candelabro de ouro. 1. O fabrico do candelabro. 2. A luz do candelabro. 3. O seu lugar no tabernáculo. II – Jesus, a luz eterna e perfeita. 1. Jesus, a luz do mundo. 2. A Igreja é a luz do mundo. 3. O crente como luz do mundo. III – Mantendo a luz brilhando continuamente. 1. Nossa união com Cristo. 2. Nossa comunhão fraternal. 3. Nosso testemunho diário. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
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