Lição 6, Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS 4º Trimestre de 2018 - As Parábolas de JESUS: As Verdades e Princípios Divinos para uma Vida Abundante
Comentarista: Wagner Tadeu Gaby, pastor presidente da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR)
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
AJUDA - Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-parabolas-realizandoavontadedopai.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-2tr10-jer-ocuidadocomasovelhas.htm
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2018/10/slides-da-licao-5-amando-e-resgatando.html
Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=0t0IUZgP50w
Slides slideshare – Lição 5, Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada, 4Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV
https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-da-lio-5-amando-e-resgatando-a-pessoa-desgarrada-4tr18-pr-henrique-ebd-na-tv
TEXTO ÁUREO
“E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt 23.12) VERDADE PRÁTICA
Cuidado com o orgulho e a arrogância espiritual, pois ambos são pecados perante DEUS e devem ser confessados e abandonados. LEITURA DIÁRIASegunda – Pv 16.18 A destruição é antecedida pelo orgulho, e a queda, pela altivez
Terça – Pv 29.23 A soberba é uma armadilha para os que a cultivam
Quarta – Mc 7.21-23 Na lista dos pecados, a soberba ocupa um lugar especial
Quinta – Tg 4.6 DEUS também se opõe ao soberbo
Sexta – 1 Pe 5.5-7 Pedro repete o que disse Tiago, mas acrescenta uma promessa
Sábado – Rm 12.16 Não ambicionar coisas altas, mas contentar-se com as humildes LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 18.9-149 – E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 – Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 – O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó DEUS, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 – Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 – O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador! 14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. OBJETIVO GERALRessaltar a sinceridade e o arrependimento como duas virtudes importantíssimas para o cristão. OBJETIVOS ESPECÍFICOSInterpretar a parábola do fariseu e do publicano;
Apontar os males do farisaísmo e da hipocrisia;
Contrastar a postura do publicano em relação à do fariseu. INTERAGINDO COM O PROFESSORAté mesmo as pessoas que não professam a fé cristã sabem do que se trata quando alguém é chamado de “fariseu”. Farisaísmo é sinônimo de hipocrisia, postura altamente reprovável por JESUS durante todo o seu ministério terreno. É importante entender que JESUS não reprovava o que era certo do ensinamento dos fariseus (Mt 23.1-3), mas desabonava a conduta deles. Portanto, as boas virtudes devem ser cultivadas, pois estas também são parte da transformação operada pelo ESPIRITO SANTO em nós (Ef 2.10). Como aprenderemos nesta lição, as coisas que o fariseu dizia fazer não eram, em si mesmas, erradas, mas a motivação com que ele agia, isto sim, era algo altamente arrogante e mesquinho. PONTO CENTRAL - A sinceridade e o arrependimento vão além da religiosidade. Resumo da Lição 6, Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
1. O fariseu. 2. O publicano. 3. A oração. II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
1. A postura do fariseu no momento da oração. 2. Uma “oração comum”. 3. A oração arrogante. III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. 2. Sinceridade e arrependimento. 3. A oração aceita. SÍNTESE DO TÓPICO I - Os dois, fariseu e publicano, estavam no Templo e também orando, mas as motivações eram muito diferentes. SÍNTESE DO TÓPICO II - O fariseu praticava coisas certas não por isto ser o correto, mas como forma de autojustificação. SÍNTESE DO TÓPICO III - O publicano, a despeito de exercer uma atividade nada honrosa entre os judeus, foi justificado por sua sinceridade e arrependimento. PARA REFLETIR - A respeito de “Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS”, responda:O que significa dizer que estamos diante de uma “parábola narrativa indireta simples”? Uma comparação entre dois personagens opostos o fariseu e o publicano, colocando-os lado a lado.
Além de perseverarmos na oração, o que é necessário fazer? Além de perseverarmos na oração, é preciso cultivar uma atitude correta.
Qual foi, de fato, o erro do fariseu? Sua arrogância.
O que era possível notar pelas palavras do fariseu e do publicano? É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador.
Qual é o princípio por trás de toda essa parábola? O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p39. RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE INTRODUÇÃO Estudaremos hoje a parábola conhecida como "Parábola do fariseu e do publicano. JESUS revela a diferença de atitude de dois homens quando em oração diante de DEUS. Um se justifica a si mesmo enquanto outro pede misericórdia a DEUS para que seja justificado. Existe uma "Teologia do Merecimento" que mais afasta o homem de DEUS do que o aproxima. É a teologia adotada pela maioria das religiões. é uma tentativa de comprar o favor de DEUS.
1. O fariseu. O Fariseu era um ator. representava um papel de perfeito por fora sendo impuro por dentro. Todo aquele que tenta se justificar pela lei acaba se condenando e se afastando da graça. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Gálatas 5:4 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:20. Estamos nos últimos dias da igreja na terra onde as pessoas confundem vida santa com farisaísmo.
Fariseus não eram salvos, não eram espirituais, não conheciam JESUS como Messias, não praticavam o que ensinavam, não amavam as pessoas, não possuiam nenhum dom do ESPÍRITO SANTO, não realizaram nenhum milagre, não levavam ninguém a salvação.
Paulo, Pedro, contavam o que JESUS faziam entre eles, não para se exaltarem, mas para levarem outros a serem instrumentos de DEUS. Para levarem outros a se esforçarem por darem suas vidas em sacrifício para a salvação das pessoas.
At 15:4 E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto DEUS fizera por meio deles. Ver Mais
At 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes uma por uma as coisas que por seu ministério DEUS fizera entre os gentios
Lc 2:37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a DEUS noite e dia em jejuns e orações.
At 14:23 E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
2Co 6:5 em açoites, em prisões, em tumultos, em trabalhos, em vigílias, em jejuns,
2Co 11:27 em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Jejuns, orações, estudos bíblicos, esmolas, ofertas, dízimos, tudo isso, devem ser normais na vida de todo crente.
Lc 12:33 Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não envelheçam; tesouro nos céus que jamais acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói.
At 9:36 Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
At 10:2 piedoso e temente a DEUS com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a DEUS,
At 10:4 Este, fitando nele os olhos e atemorizado, perguntou: Que é, Senhor? O anjo respondeu-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de DEUS;
At 10:31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de DEUS.
At 24:17 Vários anos depois vim trazer à minha nação esmolas e fazer oferendas; FARISEU - Claudionor Correia de Andrade; Dicionário Teológico - [Do heb. pharush; do gr. pharisaios; do lat. pharisaeu] Partidário de uma das principais seitas rabínicas dos tempos de Cristo. Tendo como líderes espirituais os escribas, sublimavam a letra da Lei Mosaica em detrimento do espírito desta. Por causa de seu formalismo e exterioridades, foram energicamente combatidos pelo Senhor Jesus.
O fariseu caracterizava-se ainda pela ferrenha oposição aos outros religiosos, fugindo-lhes a qualquer contato. Ao contrário dos saduceus, acreditavam na existência dos anjos, espíritos, ressurreição dos mortos. Eles alimentavam uma forte expectativa messiânica.
Hoje em dia, fariseu tornou-se sinônimo de orgulho e hipocrisia. E a perfeita figura de quem, apesar da santidade que ostenta, leva uma vida intimamente dissoluta e ímpia. FARISEU - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Acredita-se que o termo fariseu deriva do verbo hebraico parask, isto é, “dividir ou separar”. Portanto, os fariseus eram “o povo separado”. Porém, tanto a origem desse grupo judeu como do nome que recebeu ainda são incertos. A “separação” da qual o nome está falando poderia referir-se a uma separação geral das impurezas ou do mundo, ou poderia estar ligada a alguma situação histórica em particular. Por exemplo, os fariseus poderiam ter surgido como a expressão de uma rígida abstenção dos costumes pagãos na época de Esdras e de Neemias (ç.u.), ou da recusa de adotar costumes gregos mesmo sob a ameaça de morte na época ae Antíoco Epifânio (q.v.), ou da ruptura que aconteceu em 165 a.C,, após a reconquista do Templo, entre os macabeus (q.v) e os “piedosos” ou Chasidim, que estavam dispostos a lutar pela liberdade religiosa, mas não pela independência política. Todas essas possibilidades foram levantadas como teorias, e todas podem ser consideradas como a personificação de alguns aspectos do espírito farisaico; mas as evidências não são conclusivas para nenhuma delas.
A primeira referência aos fariseus, como um grupo existente em Israel, foi feita durante o reinado de João Hircano (135-104 a.C.). De acordo com Josefo, nessa época eles exerciam grande influência junto às massas. Hircano foi um de seus discípulos, mas por causa de desentendimentos ele separou-se e juntou-se aos saduceus (Ant. xiii.10. 5. f.). Em uma observação repleta de presságios, Josefo acrescenta: “Por causa disso, naturalmente, cresceu o ódio das massas por ele e seus filhos” (ibid). Consta, também, que Hircano deixou de observar certos “regulamentos” que os fariseus haviam estabelecido para o povo. Josefo explica que “os fariseus haviam transmitido ao povo certos regulamentos (nomima) herdados das gerações anteriores, mas que não haviam sido registrados na lei de Moisés (ttonwi) ׳, por essa razão eles foram rejeitados pelo grupo saduceu” (10. xiii.6).
Esse relato serve para realçar o principal fator que existe em qualquer definição do farisaísmo - o conceito da tradição, de uma contínua expansão da lei oral. Ele também indica que, na época de Hircano, o farisaísmo já era um florescente movimento com grande influência sobre a população. Além disso, a referência à transmissão de regulamentos que haviam sido herdados das gerações anteriores sugere alguma continuidade com o passado. Portanto, aqueles que têm procurado acompanhai os fariseus desde os Chasidim, que lutaram ao lado de Judas Macabeu, até a nova dedicação do Templo (1 Mac 2.42ss.; 7.13ss.; 2 Mac 14.6) podem ter chegado muito próximo da verdade. Embora algumas de suas características tenham raízes que se estendem até tempos remotos, o farÍ8aísmo que conhecemos a partir de fontes disponíveis parece ter se originado como uma resposta judaica ao desafio da cultura grega no início do segundo século a.C.
Em uma época bastante posterior, quando o farisaísmo já havia se tornado a expressão normativa do judaísmo, os hiatos históricos foram preenchidos de forma a fazer crer que a lei oral havia sido estabelecida pelo próprio Moisés, via Josué, os anciãos, os profetas, os homens da Grande Sinagoga fundada por Esdras, e também por homens como Simeão, o Justo, e Antígono de Socho (séculos IV e III a.C.) até os “pares” (zugoth) de mestres investidos de autoridade (por exemplo, Semaías e Abtalion, Hilel e Shammai) e o rabinos que vieram depois deles (veja o tratado de Mishna, conhecido como PirkeAboth, capítulo 1), Vale a pena notar que a origem dos “pares” coincide aproximadamente com o momento em que os fariseus começaram a constar em nossas fontes. É muito provável que a era dos macabeus tenha marcado o seu verdadeiro aparecimento, embora eles afirmassem que seus ancestrais espirituais haviam sido homens como Esdras, que haviam confirmado e explicado a Torá. Eles podem até ter possuído algumas tradições orais que remontavam até o início da época posterior ao Exílio.
Depois da ruptura com a casa real hasmo- neana, representada por João Hircano, o destino político dos fariseus sofreu algumas flutuações. Eles tornaram-se os líderes de uma contínua oposição popular ao seu sucessor, Alexandre Janeu (10376־ a.C.), de forma que em seu leito de morte, impressionado pela influência que exerciam sobre as massas, Alexandre insistiu com sua esposa Salomé Alexandra (76-67 a.C.) que trabalhasse mais próxima deles (Josefo, Ant. xiii. 15.5.). Os tradicionais regulamentos herdados “dos pais” foram restabelecidos, e os fariseus tornaram-se o poder por detrás do trono, livres para vingar as injustiças que acreditavam ter sido feitas contra eles por Alexandre (ibid., xiii. 16.1; cf. Wars i.5. 2. f.). Na luta pelo poder que se seguiu à morte de Alexandra, parece que os fariseus tornaram-se um terceiro partido que não apoiava nenhum de seus dois filhos; eles requisitaram aos romanos que abolissem o reinado judaico (que os sacerdotes haviam usurpado depois da revolta dos macabeus) e o retomo ao antigo tipo de regulamento sacerdotal (Ant. xiv. 3.2). Essa expectativa não se realizou, mas os romanos realmente puseram um ponto final a essa disputa entre facções quando Pompeu capturou o Templo, invadiu o santuário, exilou um dos filhos de Alexandra e indicou o outro (Hircano II) como sumo sacerdote e representante do rei. A independência política, conquistada de maneira tão nobre no século anterior, foi novamente perdida quando o povo judeu passou a sofrer o domínio romano em 63 a.C.
Os Salmos de Salomão representam a expressão mais refinada da piedade farisaica pré-cristã. A data da sua autoria corresponde ao período tumultuado que se seguiu à conquista de Pompeu, pois articulavam a ira piedosa dos fariseus contra os “pecadores^ de Israel, cujos atos haviam provocado o terrível castigo de Deus (isto é, os últimos governantes da casta sacerdotal dos hasmoneus e os saduceus que os apoiaram), e contra os gentios que haviam invadido os limites impostos por Deus sobre eles ao castigar o seu próprio povo (Salmos de Salomão 2.16-29). O desconhecido autor desses Salmos delineou claramente a situação (“Nações estrangeiras ascenderam ao teu altar, eles orgulhosamente pisotearam sobre ele com suas sandálias”, 2.2), e se mostrou jubiloso com a subseqüente morte violenta de Pompeu em 48 a.C. (“Deus me mostrou o insolente assassinado nas montanhas do Egito”, 2.30). Os fariseus encontravam nestes versos a ilustração de um de seus temas clássicos, o conceito da retribuição; Deus vingando os *justos” (isto é, os próprios fariseus) e punindo os “pecadores”. A doutrina de uma futura ressurreição, tão uniformemente atribuída aos fariseus (cf. Act 23.6ss.; Josefo, Ant. xviii. 1.3ss.. Wars ii.8.
14), é simplesmente o produto da consistente aplicação de seu princípio da retribuição (cf. Salmos de Salomão 3.16).
A esperança messiânica dos fariseus foi estabelecida de uma forma bela na última parte do Salmo de Salomão 17. O Senhor “levantará entre eles o seu rei, o filho de Davi” (17.23) que “destruirá as nações Ímpias com a palavra de sua boca” (v. 27).
Sobre Davi diziam: “Será um rei justo sobre eles, ensinado por Deus, e não haverá injustiças nesses dias em seu meio, pois todos serão santos e seu rei será o ungido do Senhor” (w. 35ss.). Embora o rei e o reino que os fariseus estavam buscando fossem terrenos, eles também eram espirituais e não seriam alcançados “pela confiança no cavalo, no cavaleiro e no arco” (v. 37).
Depois da conquista de Pompeu, os fariseus, em sua maior parte, tomaram-se politicamente conformados. Embora houvesse alguns zelotes destacando-se entre eles, os fariseus formavam um grupo que procurava evitar conflitos com Roma, e somente depois de muita relutância foram finalmente arrastados para a malograda revolta do ano 70 d.C. Depois da destruição de Jerusalém, foram os fariseus que se incumbiram de recolher os fragmentos da fé e da vida judaica e reconstruir o judaísmo que conhecemos por meio dos escritos dos rabinos. A situação era análoga àquela que havia prevalecido após o exílio na Babilônia; não havia uma nação judaica e a unidade do povo expressava-se através da lei, da sinagoga e das boas obras. A esperança escatológica não estava ligada à atividade revolucionária, mas à intervenção divina, e isso em seu momento oportuno. Dessa forma, desde o ano 70 d.C. o judaísmo tomou-se o rebento daquilo que previamente havia sido apenas um grupo entre vários outros — os fariseus.
Se os Salmos de Salomão mostram o farisaísmo sob o seu melhor aspecto, o NT mostra o que de pior havia nele. Na época de Jesus, parece que os fariseus formavam um grupo de laicos (isto é, homens que nào eram sacerdotes), em que alguns de seus membros haviam sido especialmente treinados no estudo das Escrituras. Havia os escribas, e foi contra estes e contra os fariseus que o Senhor Jesus dirigiu algumas de suas mais severas denúncias. O Senhor não contestava categoricamente aquilo que aqueles homens ensinavam na sinagoga: “Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.2ss.); seus ensinos deveriam ser seguidos. Mas eles eram hipócritas porque não viviam de acordo com seus elevados padrões de justiça. Colocavam sobre o povo um jugo que eles próprios não estavam dispostos a suportar (Mt 23.4) e faziam uso da casuística para fugir ao espírito da lei, enquanto exigiam que ela fosse cumprida à risca (Mt 23.16-22; cf. Mc 7.9-13). Osíariseus gloriavam-se em sua justiça própria e só faziam boas obras para serem vistos pelos homens (cf. Mt 23.5-12; 6.1-6,16-18; Lc 18.9-14). João Batista havia chamado os fariseus de “raça de víboras” que se apoiavam de forma complacente sobre a filiação deles à Abraão (Mt 3.7ss.). O Senhor Jesus confirmou esse veredicto (Mt 23.33) acrescentando que eram como “sepulcros caiados” (23.27) e filhos, não dos “profetas e dos justos”, para quem haviam construído túmulos bem elaborados, mas daqueles que haviam assassinado esses mesmos profetas e homens justos, desde Abel até Zacarias (23.29-36). Eram “condutores cegos” de outros cegos, que procuravam encontrar muitos prosélitos, mas na realidade deixavam os homens fora do Reino dos céus (Mt 15.14; 23.13-15).
Esse pensamento do NT é bem conhecido, mas não devemos nos esquecer de que naquela ocasião os fariseus eram vistos sob uma luz um pouco mais favorável (por exemplo, Lc 7.36ss.; 13.3 lss.). Foram atribuídas a Gamaliel (.q.v.) algumas das boas qualidades que Josefo encontrou nos fariseus - moderação, renúncia a castigos severos, consciência da soberania divina e também da responsabilidade humana (Act 5.33-39; cf. Josefo, Ant. xiii. 5.9; 10.6; Wars ii.8.14). Paulo tinha sido um fariseu antes de sua conversão e aparentemente considerava esse grupo como a mais elevada expressão da “justiça que há na lei” (Fp 3.4-6; cf. Gl 1.14). Também nào devemos nos esquecer de que mesmo sendo denunciados por Jesus, os fariseus eram capazes de pesquisar e de fazer uma rigorosa autocrítica. O Talmude descreve, de forma jocosa, sete classes de fariseus. Entre eles existiam os “fariseus de ombro” que levavam as suas boas obras em seus ombros, para que pudessem ser vistos pelos homens; os “fariseus pilão”, cuja cabeça era curvada como o pilão em um almofariz como um sinal de falsa humildade. Porém, existiam aqueles que verdadeiramente amavam a Deus, e que eram como Abraão (veja, por exemplo, Ber. 9,14b; Sot. 5,20c; Sot. 22b, explicados de forma muito conveniente na obra de C. G. Montefiore e H. Loewe A Rabbinic Anthology, p. 1385).
Uma definição do farisaísmo poderia começar insistindo que ele era legal, mas não literal. Era uma religião que “construiu uma cerca em volta da lei” (Pirke Aboth 1.1), selecionando os regulamentos legais do AT, muitos dos quais eram dirigidos aos sacerdotes levitas e tornando-os relevantes e aplicáveis a cada judeu. Isso foi feito através de seu sistema de interpretação oral da tradição. Eles levaram a lei ao alcance de cada homem, de forma que em um sentido diferente de Martinho Lutero, o farisaísmo representou o *sacerdócio do crente”. Para o fariseu sincero, a lei não representava uma “letra morta”, como havia sido explicada e interpretada pelos escribas, mas a sua própria vida.
Então, por que o Senhor Jesus denunciou o farisaísmo? Em parte pOT causa da hipocrisia de alguns de seus representantes, que “diziam, mas não praticavam” (Mt 23.3), e em parte porque o farisaísmo, em sua honesta tentativa de adaptar a eterna lei de Deus às mutáveis condições humanas, havia comprometido a justa e absoluta exigência divina (Mt 15.3). Ao aplicarem a si mesmos e a seus seguidores certos deveres exteriores, eles haviam realmente dado uma forma mais fácil à justiça, um objetivo que seria alcançável através de uma certa obediência, para que quando esses atos fossem realizados os fariseus pudessem pensar que haviam feito tudo o que deles era exigido. Contra essa atitude, Jesus disse que mesmo quando tais exigências tivessem sido cumpridas, o servo de Deus ainda não poderia permanecer seguro. A exigência ética ainda estava presente; ele ainda seria um “servo inútil” (Lc 17.10). Portanto, Jesus disse aos seus discípulos: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).
Bibliografia. I. Abrahams, Studies in Pharisaism and the Gospels, Nova York. Ktav Pub. House, 1967. W. D. Davies, Introãuction to Pharisaism, Brecou. J. Colwell and Sons, 1954, A. Finkel, The Pharisees and the Teacher of Nazareth, Leiden. E. J. Brill, 1964. L. Finkelstein, The Pharisees, 3 rd ed., Filadélfia, Jewish Pub. Society, 1962, R. T. Herford The Pharisees, Boston. Beacon Press, 1962. Joachim Jeremias, - Jerusalem in the Time of Jesus, Filadélfia. Fortress Press, 1969, pp. 246-267. J, Z. Lauterbach, Rabbinic Êssa.ys, Cin.cinn.ati. Hebrew Union College Press, 1951. G. F. Moore, Judaism in the First Three Centuries of the Christian Era, Cambridge. Harvard Union Press, 1932-40. Jacob Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees, Leiden. Brill, 1971. - J. R. M. 2. O publicano. (Lc 3.12,13; 19.8). Os publicanos sempre eram classificados entre os pecadores (Mt 9.10,11), os pagãos e as meretrizes (Mt 21.31). O povo murmurava pelo fato de JESUS comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2). Chama a atenção o fato de JESUS ter escolhido um publicano, Mateus, para segui-lo, tornando-se apóstolo (Mt 9.9) Publicano - “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5.46).
Mas por que eles eram tão mal vistos pelos judeus?
Em primeiro lugar, as pessoas os viam como uma espécie de traidores, pois trabalhavam para o império Romano, que as dominava com violência. Em segundo lugar, temos a questão dos impostos abusivos que eram cobrados pelo império, trazendo muitas dificuldades à população e não trazendo benefícios ao povo, antes, apenas enriquecendo cada vez mais o império e seus governantes. Isso revoltava o povo trabalhador. Um último ponto ainda tem a ver com o fato de que a maioria dos publicanos eram corruptos, cobrando além do que era taxado pelo império. Com isso, muitos publicanos enriqueciam explorando seu próprio povo e atraindo o ódio deles para si. Mateus era Publicano - Era cobrador de impostos. Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Mateus 10:3 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega (coletoria) um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Mateus 9:9 PUBLICANO - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD- Do grego “telõ-nês” (de “telos”, imposto); do latim “publicanus” (de “publi-cus”, público). Era o cobrador dos rendimentos públicos nas províncias romanas.
Quanto mais difíceis se apresentarem os problemas, tanto maiores serão os esforços exigidos para solucioná-los. Quanto mais profundos e mais elevados forem os temas a serem desenvolvidos e esclarecidos, tanto maiores serão as atividades exigidas para explicá-los satisfatoriamente. Tratando-se de dificuldades bíblicas, de pontos obscuros, a solução para eles é a própria Bíblia.
Publicano é um dos termos menos conhecidos entre os cristãos, isto é, uma das palavras cujo significado exato não é esclarecido quando é focalizada nos comentários ou nas pregações.
Publicano nada tem a ver com publicidade, embora os publicanos fossem bem populares e bem conhecidos em sua época. Tem algo a ver com o público, pois era com ele que os publicanos trabalhavam. Publicano era usado pelos romanos para designar duas classes de funcionários da Fazenda Pública, que tinham a seu cargo a arrecadação das contribuições, licenças e impostos devidos ao tesouro do império.
As duas classes de publicanos do império romano eram compostas de funcionários categorizados que podiam ser até generais, e de outra categoria menos elevada, constituída de pessoas de inteira confiança dos primeiros, isto é, uma classe que correspondia à função que entre nós designamos de fiéis do tesoureiro, pessoas de confiança dos tesoureiros, sem serem tesoureiros oficializados. Os primeiros eram responsáveis junto aó imperador pelas rendas sob sua jurisdição e prestavam contas diretamente a ele. Viviam em Roma, em contato permanente com o governo. Os outros eram enviados às províncias ou designados, nàs próprias províncias. Os publicanos da primeira categoria desfrutavam de grande consideração do governo romano e, segundo afirmou Cícero, somente os cavalheiros romanos pertencentes à alta sociedade, reconhecidamente dignos', eram admitidos nessa categoria. Entretanto, o segundo grupo de publicanos era inteiramente diverso. Os publicanos das províncias, os subco-letores, eram considerados ladrões e desonestos. Essa reputação eles tinham na própria Roma.
Para avaliar o conceito de que gozavam os publicanos das províncias, atente-se para esta declaração de Teócrito, ao ser interrogado acerca das feras mais cruéis que conhecia: “Nas matas, os animais mais cruéis são o urso e o leão; entre os animais das cidades, os mais temíveis são os publicados e os parasitas”.
As taxas sobre as mercadorias importadas eram conhecidas em Israel desde o tempo do domínio persa (Ed 4.13-20). Começaram a ser cobradas sis tematicamente quando da expansão do império romano. Todas as províncias romanas eram sujeitas a tais taxas ou impostos; algumas cidades, ou príncipes amigos de Roma podiam cobrar taxas para si mesmos. O lucro das taxas devia ser superior ao custo do arrendamento e das demais despesas, e as tarifas, estabelecidas pelas autoridades, eram aplicadas arbitrariamente; por essas razões os publicanos eram odiados.
No Novo Testamento, somente é usada a expressão publicano em relação aos subalternos judeus, aos arrecadadores que ficavam diretamente ligados ao público, e não se aplica aos arrecadadores gerais. Entre os judeus, a profissão de publicano era desprezada. Os galileus tinham tanta aversão a essa classe de pessoas que chegavam a considerar ilegal o pagamento de impostos (Mt 22.17). A razão da repugnância dos judeus pelos publicanos baseava-se no fato de os publicanos cobrarem impostos dos judeus para o governo romano, considerado por eles um governo estrangeiro que os dominava pela força; além disso, os publicanos cobravam mais do que lhes era ordenado e embolsavam o resto, isto é, furtavam parte do que recebiam do povo. Qualquer judeu que aceitasse o cargo de preposto do governo para receber impostos, o cargo de publicano, ficava proibido de entrar no templo e nas sinagogas; não lhe era permitido exercer cargos de judicatura, nem era aceito como testemunha nos tribunais de justiça. Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publicanos, havia muitos na Judéia no tempo de Jesus, que pertenciam ao povo judeu.
Os publicanos eram olhados como traidores e apóstatas, instrumentos do opressor e classificados como pessoas de mais vil caráter (Mt 9.11; 11.19; 18.17; 21.31,32), sendo seus únicos amigos os desterrados. Por isso, os contérrâneos de Jesus o desprezavam, uma vez que comia com os publicanos. As esmolas desses cobradores de impostos não eram aceitas na caixa para os pobres da sinagoga. Era um escândalo conviver com os publicanos; eles eram associados com os pecadores e com as meretrizes. Luciano de Samosata os menciona juntamente com os adúlteros e com outras pessoas de vida duvidosa.
Jesus acomodou-se ao modo de pensar da sociedade de então, unindo os publicanos com os pecadores e com as prostitutas (Mt 5.46; 10.3 e as passagens já citadas). Pecador tem nessas passagens o sentido de legalmente impuro, de um que não cuida das formalidades da Lei, daquele que é considerado com não sendo verdadeiro israelita pelos fariseus. Mateus é o evangelista que melhor expressa os sentimentos judeus acerca dos publicanos, talvez por ter sido ele mesmo um publicano a sentir na própria vida os efeitos do desprezo.
Apesar de seu estado pecaminoso, eles atenderam à mensagem de arrependimento de João Batista (Mt 21.32), com mais boa vontade do que os fariseus orgulhosos de si mesmos; por isso os publicanos e as meretrizes estavam mais perto do reino de Deus. Quando os publicanos interrogaram João Batista, este não exigiu que eles abandonassem seu ofício, mas que “não exigissem mais do que o estipulado” (Lc 3.12,13).
Jesus deu uma interpretação mais ampla à palavra publicano, até então restrita aos coletores de impostos. Instruindo seus discípulos, acerca de como tratar um irmão faltoso, recomendou que se procurasse ganhar o irmão aconselhando-o pessoalmente, antes de tornar público o assunto. Se não fosse possível demover o irmão, então o caso seria tratado por uma comissão e, fínalmen-te, se necessário, pela igreja. Se todos os recursos para ganhar o irmão extraviado falhassem, então Jesus recomendou o seguinte: "Se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mt 18.17). Como se vê, os membros desordenados da igreja ou da comunidade, de acordo com o ensino de Jesus, deviam ser incluídos no rol dos publicanos e gentios.
Outro fato que demonstra haver entre os publicanos homens desejosos de servir a Deus, como também os havia entre as demais classes, é a parábola do fariseu e do publicano, a história dos dois homens que foram ao templo para orar. Jesus destacou ali a atitude do publicano e do fariseu, e acentuou que o fariseu justificou-se diante de Deus declarando que não era como o publicano que estava a seu lado, isto é, afirmou que era cumpridor de seus deveres e que merecia mais favores de Deus do que o publicano. Entretanto, Jesus declarou que o publicano nem ao menos ousava levantar a cabeça, tal era o poder de sua contrição, por haver ofendido a Deus. Na apreciação da conduta do fariseu religioso e do publicano desprezado, Jesus declarou que o publicano voltou para sua casa justificado e perdoado, e não o fariseu que o julgava e acusava de injusto.
Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publica-nos, os evangelhos registram a conversão de dois deles, cujos nomes passaram à história como exemplo do poder transformador da graça divina. Os dois exerciam a função de publicano na categoria de pre-postos dos romanos, e praticavam os mesmos atos fraudulentos de seus colegas em outras províncias, isto é, furtavam o quanto podiam, exigiam mais do que a lei romana ordenava, e enriqueceram ilicitamente. Esses nomes são Mateus ou Levi, e Zaqueu, cuja história é das mais conhecidas e divulgadas dos evangelhos.
Mateus foi escolhido como um dos doze apóstolos e Jesus comeu com ele, em sua casa (Mc 2.13-17), ele que também havia sido um publicano. Zaqueu, outro publicano, teve a honra de receber Jesus em sua casa e foi bastante sincero em seu arrependimento, a ponto de restituir quadruplicado aquilo que havia tirado ilicitamente dos outros, conforme a lei mosaica estabelecera.
Se entre os publicanos houve aqueles que se tomaram cristãos, entre os cristãos, muitas vezes, há aqueles que se assemelham aos publicanos, por sua desonestidade ou porque se afastam da comunhão da igreja.
Jesus foi bem aceito entre os publicanos e muitos deles ouviram os ensinos do Mestre da Galiléia
Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus afirma que o primeiro não foi atendido e o segundo foi justificado, quando oravam juntos no Templo. Lucas 18.9-14
Zaqueu, o publicano, teve a honra de receber Jesus em sua casa e foi bastante sincero em seu arrependimento
Mateus, evangelista, também era publicano PUBLICANO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Subalterno coletor de impostos ou fiscal dos romanos. Os publicanos, mencionados apenas nos Evangelhos Sinóticos, devem ser distinguidos dos publicani romanos, que nunca aparecem no NT. Os publicani, que geralmente viviam em Roma, eram capitalistas que, individual ou conjuntamente, compravam nos leilões os proventos de uma região ou província através do pagamento de uma quantia definida ao tesouro público (in publicum), e por isso receberam esse nome.
Havia dois tipos de impostos romanos, o direto e o indireto. Na época do NT, a coleta dos impostos diretos, sobre a terra e os indivíduos, não era atribuição de terceiros, mas era feita diretamente por agentes imperiais regulares. Porém os impostos indiretos eram gerados pela importação e exportação, tarifas rodoviárias e baías, e pelo pedágio das pontes etc. Estes ainda eram distribuídos àqueles que faziam a melhor oferta. A cobrança de impostos era geralmente executada por empregados nativos, sendo que empreiteiros nativos também podem ter sido usados. Zaqueu, chamado de “chefe dos publicanos” (architelones), pode ter sido o encarregado dos proventos de Jericó e devia ter um outro coletor abaixo dele. Ele era no mínimo o supervisor de um distrito de coletas.
A maioria dos publicanos do NT, como Levi (Mt 9.9; Mc 2,14; Lc 5.27), era composta por empregados aduaneiros. Suas coletorias, possivelmente, situavam-se nos portões da cidade, nas estradas públicas ou nas pontes. Aparentemente, o posto de Levi (telonium) em Cafarnaum era próximo ao mar, e cobrava impostos sobre a importante rota comercial que entrava na Galiléia vinda de Damasco.
Os publicanos eram odiados e desprezados pelos escribas e também pelo povo. Essa hostilidade torna-se evidente nas expressões: “publicanos e pecadores” (Mt 9.10ss.; Mt 11.19; Mc 2.15ss.; Lc 5.30; 7.34; 15.1), “publicanos e meretrizes” (Mt 21.31), e nas várias ocasiões em que eram comparados com os gentios (Mt 18.17). Esse antagonismo tinha sua origem em várias circunstâncias. Eram vítimas de uma inata aversão humana ao pagamento de impostos. Os agentes aduaneiros nunca foram muito populares. A própria natureza de seu trabalho oferecia muitas oportunidades para extorsão, seu principal pecado, como foi mencionado por João Batista (Lc 3.12ss.).
Como o pagamento de impostos a uma nação estrangeira era algo excessivamente odioso, e geralmente entendido como ilegal (Mt 22.17), os publicanos eram considerados traidores de sua nação e agentes voluntários de seus opressores. Esse ódio aos publicanos também era fortalecido por considerações religiosas. Como seu trabalho constantemente os colocava em contato com os gentios, eles eram considerados impuros, e portanto deveriam ser evitados.
A associação de Cristo com os publicanos não tinha o propósito de purificar totalmente seu caráter destas avaliações (cf. Mt 5.46ss.; Mt 18.17). Sua extorsão e opressão eram tão abomináveis para o Senhor quanto o formalismo e a hipocrisia dos escribas e fariseus. Porém eles também precisavam da salvação (Lc 19.9ss.). Embora participar de refeições junto com eles fosse considerado um ato incompatível com o caráter de um rabino, o Senhor Jesus justificou essa associação baseando-se na necessidade deles (Mt 9.12; Mc 2.17; Lc 5,30ss.), e as queixas mais amargas dirigidas a Ele foram provocadas por essa associação (Lc 7.34; 15.1ss.). Cristo os considerava agradavelmente livres da hipocrisia e da falsidade dos fariseus (Lc 18.9-14). Qualquer sentimento moral que tivessem era real, e não convencional, e quando Ele escolheu Mateus para ser um de seus discípulos, esse fato causou uma profunda impressão (Mc 2.14-17), embora essa escolha não tivesse provocado nenhum sinal de desagrado nos demais discípulos. Detestados pelos outros, os publicanos sentiram-se atraídos por Jesus porque Ele mostrava-se “amigo dos publicanos” (Lc 15.1ss.; cf. 7.34).
Bibliografia, Otto Michel, “Telones”, TDNT, VIII, 88-105. - D. E. H. 3. A oração. Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9 da manhã e 15 da tarde). Daniel orava três vezes ao dia, provavelmente 1 hora por vez. Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no Templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao Templo com o fim de orar à mesma hora. Havia grande distância entre essas duas classes do povo. Fariseu, dizia cumprir a Lei com rigor exemplar. O outro, publicano, era considerado pelo povo em geral, uma pessoa que vivia em grandes pecados e vícios, até sendo mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntas à mesma hora no Templo. É o que informa a parábola. II – A HIPOCRISIA DO FARISEU O fariseu orava em pensamento (Não falava com DEUS), o que é errado. O Publicano falava com DEUS (Oração é diálogo), o que é correto.
1. A postura do fariseu no momento da oração. Em pé para aparecer diante do homens (Não tem a ver com a posição do corpo, mas do interior). O publicano também estava de pé por fora, mas estava de joelhos por dentro). O fariseu, antes de tudo, agradece a DEUS por estar isento dos vícios dos outros homens, e em seguida porque é rico em obras meritórias.
2. Uma “oração comum”. Tudo indica que o tipo de oração que encontramos no texto, apesar de transparecer arrogante, não era completamente desconhecido, pois há relatos na literatura rabínica do judaísmo de que tal comportamento era comum. Alguns autores mostram exemplos de orações cujo teor é similar à do fariseu da parábola. Isso, porém, não justifica a atitude e nem a torna aceitável.
3. A oração arrogante. O fariseu diz a respeito de si mesmo o que era rigorosamente verdadeiro, mas o que o motivava a orar era completamente errado. Não existe nenhuma consciência do pecado, nem da necessidade, nem da humilde dependência de DEUS. O fariseu quase que comete a loucura de “parabenizar” a DEUS por ter um servo tão excelente como ele! Depois de suas primeiras palavras, não se lembra mais de DEUS, mas apenas de si mesmo. O centro de sua oração é o que ele faz. A oração do fariseu inicialmente mostra quem ele é. Em seguida, ele passa a destacar as obras excedentes, ou seja, “a mais” que ele realiza. Excedia o jejum prescrito na Lei, o “Dia da Expiação”, acrescentando à prática anual (Lv 16.29,31; 23.27), mais dois jejuns semanais. Excedia o dízimo normatizado pela Lei (Lv 27.30,32; Nm 18.21,24), chegando a separar o dízimo dos “temperos” ou condimentos (Mt 23.23). Ele realmente “agradece” por ser quem é, mas, não contente com isso, “agradece” também pelo que supostamente faz para DEUS. Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF). Isaías 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas como um vento nos arrebatam. דע Ìed ou (plural) עדים - imundícia
procedente de uma raiz não utilizada significando estabelecer um período.
1) menstruação
1a) trapo imundo, veste manchada (fig. dos melhores feitos de pessoas culpadas)
Uma Confissão Humilde - Isaias 64. 6-12 - TRAPOS DE IMUNDÍCIE - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF).
Assim como temos as Lamentações de Jeremias, aqui temos as Lamentações de Isaías; o assunto de ambas é o mesmo: a destruição de Jerusalém pelos caldeus e o pecado de Israel que trouxe esta destruição, somente com esta diferença: que Isaías a vê de longe e a lamenta pelo Espírito de profecia, enquanto Jeremias a vê cumprida. Nesses versículos:
I
O povo de Deus, em sua aflição, confessa e lamenta seus pecados, justificando assim a Deus em suas angústias, reconhecendo-se indignos de sua misericórdia, e desse modo enfatizam os seus problemas e se preparam para o livramento. Agora que eles estavam sob as repreensões divinas pelo pecado, não tinham nada em que confiar além da preciosa misericórdia de Deus e a sua continuidade; porque entre eles não há ninguém que ajude, ninguém que sustente, ninguém que fique na brecha e faça intercessão, porque todos eles estão corrompidos pelo pecado. Portanto, são indignos de interceder; todos são negligentes e descuidados no dever, incapazes e inadequados para interceder.
1. Havia uma corrupção geral de costumes entre eles (v. 6): “... todos nós somos como o imundo”, ou como uma pessoa imunda, como alguém infestado pela lepra, que deveria ser expulso do acampamento. O corpo do povo estava como que debaixo de uma contaminação cerimonial, que não era admitida nos pátios do Tabernáculo, ou como alguém atacado por alguma doença repugnante, do topo da cabeça até a sola dos pés; não tinham nada além de feridas e machucados (Isaias 1.6). Todos nós, pelo pecado, nos tornamos não só abomináveis à justiça de Deus, mas odiosos à sua santidade; porque o pecado é a coisa abominável que o Senhor odeia, e não pode contemplar. Até mesmo todas as nossas justiças são imundas, como trapos de imundícia. (1) “Nossas melhores pessoas são assim; todos nós somos tão corruptos e contaminados que até mesmo aqueles entre nós que são considerados homens justos, em comparação com o que os nossos pais eram (e se alegravam por praticar a justiça, v. 5), são exatamente como trapos de imundícia, próprios para serem rejeitados como esterco. O melhor deles é como uma sarça espinhosa”. (2) “As melhores das nossas realizações são assim. Não só há uma corrupção geral dos costumes, mas também uma deserção geral dos exercícios de devoção. Aqueles que passam na qualificação para os sacrifícios de justiça, quando são verificados se mostram rasgados, mancos, e doentes. Portanto, são provocação a Deus, e tão repugnantes quanto trapos de imundícia”. Nossas realizações, embora sejam sempre muito plausíveis aos nossos olhos, estão aquém do padrão requerido. Se dependermos delas como a nossa justiça e pensarmos que mereceremos por elas a aceitação de Deus, serão como trapos de imundícia – trapos, e não nos cobrirão – trapos de imundícia, e apenas nos contaminarão. Os verdadeiros penitentes jogam fora os seus ídolos como trapos de imundícia (Isaias 30.22), pois são odiosos à sua vista. Aqui eles reconhecem até a sua justiça como imunda aos olhos de Deus, se Ele os tratar com uma justiça severa. Nossas melhores obrigações são tão deficientes, e tão distantes da lei, que são como trapos de imundícia. São tão cheias de pecado, e há tanta corrupção ligada a elas, que são como trapos de imundícia. Quando queremos fazer o bem, o mal está presente conosco. E a iniqüidade das nossas coisas santas seria a nossa ruína se estivéssemos debaixo da lei.
2. Havia uma frieza geral quanto à devoção deles (v. 7). A medida foi cheia pela iniqüidade abundante do povo e nada foi feito para esvaziá-la. (1) A oração foi de certo modo negligenciada: “Não há ninguém que invoque o teu nome, ninguém que busque a ti para obter a graça para nos corrigir e remover o pecado, ou para obter a misericórdia para nos aliviar e remover os juízos que os nossos pecados trouxeram sobre nós”. Portanto, o povo é muito mau, porque não ora. Compare a situação com o Salmo 14.3,4; Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. Eles não invocam ao Senhor. A falta de oração faz mal ao povo. (2) As orações eram feitas com muita negligência. Se houvesse aqui e ali alguém que invocasse o nome de Deus, isto era feito com muita indiferença: Não há ninguém que se esforce para ter uma vida com Deus. Observe que: [1] A oração representa um esforço para nos apegarmos a Deus. É agarrar, pela fé, as promessas e as declarações que Deus fez da sua boa vontade para conosco, fazendo súplicas a Ele – é agarrá-lo como a alguém que está pronto a partir, implorando ardentemente que Ele não nos deixe, ou pedir o retorno de alguém que já partiu – agarrá-lo como alguém que luta; porque a semente de Jacó luta com Ele e prevalece em oração. Mas quando nos agarramos a Deus, agimos como o marinheiro que agarra a praia com o seu gancho, como se ele puxasse a praia para junto de si, quando, na verdade, ele está levando a si mesmo para junto da praia. Assim, oramos, não para trazer Deus ao nosso pensamento, mas para que possamos ir a Ele. [2] Aqueles que querem agarrar a Deus em oração, de forma a prevalecer na sua excelsa presença, devem se esforçar para fazer isso; tudo o que está dentro de nós deve ser empregado no dever (até mesmo as menores qualidades); os nossos pensamentos devem ser dirigidos e fixados em Deus, e os nossos sentimentos devem ser inflamados. Para esse propósito, tudo o que está dentro de nós deve ser empenhado e concentrado no serviço. Devemos mover o dom que está em nós através de uma consideração real da importância do trabalho que está diante de nós, aplicando o nosso pensamento a Ele; mas como podemos esperar que Deus venha até nós por caminhos de misericórdia, quando não há ninguém que nos ajude nisto, quando aqueles que professam ser intercessores não passam de pessoas levianas?
II
Eles reconhecem as suas aflições como o fruto e o produto dos seus próprios pecados e da ira de Deus. 1. Eles trouxeram os seus problemas sobre si mesmos por sua própria loucura: “…todos nós somos como o imundo […] e todos nós caímos como a folha (v. 6). Nós não só murchamos e perdemos a nossa beleza, mas caímos e desaparecemos” (este é o significado da palavra) “como folhas no outono. Nossa profissão de religião murcha, e assim secamos e ficamos sem vigor. Nossa prosperidade murcha e desaparece. Caímos no chão, como criaturas vis e desprezíveis. E então as nossas iniqüidades como os ventos nos arrebataram e nos levaram para o cativeiro. Tornamo-nos como os ventos do outono, que sopram para longe as folhas murchas, e elas desaparecem” (Sl 1.3,4). Os pecadores são soprados e então carregados para longe, pelo vento pernicioso e violento da nossa própria iniqüidade. Ele os faz murchar, e então os destrói. 2. Deus trouxe sobre eles, através da sua ira, os problemas que granjearam para si mesmos (v. 7): “…escondes de nós o teu rosto”; ficaste desgostoso conosco e te recusaste a nos conceder qualquer ajuda. Quando eles se fizeram uma coisa imunda, não é de admirar que Deus tenha escondido o seu rosto deles, como nos escondemos de algo abominável. No entanto, isto não é tudo: Tu “…nos fazes derreter, por causa das nossas iniqüidades”. Esta queixa é igual a uma outra (Sl 90.7,8): Somos consumidos pela tua ira; tu nos fazes derreter (assim a palavra é traduzida). Deus os havia colocado em uma fornalha, não para consumi-los como escória, mas para derretê-los como ouro, para que pudessem ser purificados e moldados de novo.
III
Eles reivindicam o relacionamento com Deus como seu Deus, e humildemente suplicam a Ele. E, quanto a isso, entregam-se alegremente a Ele (v. 8): “Mas, agora, ó SENHOR, tu és o nosso Pai! Embora tenhamos agido de forma muito desobediente e ingrata em relação a ti, ainda assim te reconhecemos como o nosso Pai. E, embora tenhas nos corrigido, não nos expulsaste. Loucos e negligentes como somos, pobres, desprezados e pisados como somos pelos nossos inimigos, ainda assim tu és o nosso Pai. A ti, portanto, nos voltamos em nosso arrependimento, como o filho pródigo se levantou e voltou para o seu pai. A ti nos dirigimos em oração. De quem iríamos esperar alívio e socorro além do nosso Pai? Estamos sob a ira de um Pai que se reconciliará e não manterá a sua ira para sempre”. Deus é o Pai deles: 1. Pela criação. Ele lhes deu a sua existência, formou-os como um povo, e os fez como desejou: “Somos o barro e tu és o nosso oleiro”, portanto, não discutiremos contigo. No entanto, tens prazer em tratar conosco (Jr 18.6). Portanto, esperaremos que nos trates bem, que nos faças de novo aquilo que nos fizeste, embora tenhamos nos desfeito e nos deformado: Todos nós nos tornamos como o imundo, mas originalmente fomos obra das tuas mãos; portanto, remova a nossa imundícia, para que possamos ser adequados para o teu uso, o uso para o qual fomos feitos. Somos as obras das tuas mãos; portanto, não nos abandone (Sl 138.8). 2. Pela aliança. Esta é a alegação (v. 9): Contempla, nós te pedimos. Todos nós somos o teu povo, todo o povo que tu tens no mundo, o povo que faz uma confissão aberta do teu nome. Somos chamados como teu povo. E os nossos vizinhos nos consideram como tais. Portanto, aquilo que sofremos reflete sobre ti, e o alívio que o nosso caso requer é esperado unicamente de ti. Somos o teu povo. E será que um povo não deveria buscar o seu Deus? (Isaias 8.19). “Nós somos teus. Salva-nos” (Sl 119.94). Observe que quando estamos sob as repreensões providenciais de Deus, é bom nos mantermos firmes na relação de aliança com Ele.
IV
Eles insistem com Deus para que Ele desvie a sua ira, e perdoe os pecados deles (v. 9): “Não te enfureças tanto, ó SENHOR, embora mereçamos que ajas assim; nem te lembres perpetuamente da nossa iniqüidade”. Eles não oram expressamente pela remoção do juízo sob o qual estavam; quanto a isso, eles se entregam a Deus. Mas: 1. Eles oram para que Deus se reconcilie com eles, e então possam ficar tranqüilos se a aflição continuar ou for removida: “Não te enfureças ao extremo, mas que a tua ira seja mitigada pela clemência e compaixão de um pai”. Eles não dizem: Senhor, não nos repreenda; isto pode ser necessário, mas não o faça em tua ira, não em teu desprazer impetuoso. Eles poderiam pedir que Deus apenas ocultasse a sua face em meio a uma pequena ira. 2. Eles oram para que não sejam tratados de acordo com aquilo que o seu pecado merecia: “... nem perpetuamente te lembres da iniqüidade”. O mal do pecado é tão grande que merece ser lembrado para sempre. E é isto que eles desaprovam, a conseqüência do pecado, que dura para sempre. Estas coisas fazem parecer que eles estão verdadeiramente humilhados debaixo da mão de Deus; que eles têm mais medo do terror da ira de Deus, e das conseqüências fatais do seu próprio pecado, do que de qualquer juízo, seja qual for, considerando estas coisas como o aguilhão da morte.
V
Eles apresentam na corte do céu uma representação muito melancólica, ou um memorial da condição lamentável em que se encontravam, e as ruínas sob as quais estavam gemendo. 1. Suas próprias casas estavam em ruínas (v. 10). As cidades de Judá foram destruídas pelos caldeus e os seus habitantes foram levados para longe, de forma que não havia ninguém para repará-las ou notá-las, o que em alguns anos fez com que parecessem perfeitos desertos: As tuas santas cidades estão como um deserto. As cidades de Judá são chamadas de cidades santas, porque o povo era para Deus um reino de sacerdotes. As cidades tinham sinagogas nas quais Deus era servido; portanto, eles lamentavam pelas suas ruínas, e insistiam nisso ao suplicarem a Deus por elas, nem tanto por serem cidades grandiosas, cidades ricas ou antigas, mas por serem cidades santas, cidades nas quais o nome de Deus era conhecido, professado, e invocado. “Estas cidades estão como um deserto. A beleza delas está manchada. Elas não estão habitadas nem são visitadas, como no passado. Eles queimaram todas as sinagogas de Deus na terra” (Sl 74.8). As cidades menores não foram as únicas deixadas como um deserto desabitado, mas até “Sião está feita um deserto. A própria cidade de Davi está em ruínas; Jerusalém, que era bela pela situação e que era a alegria de toda a terra, está agora assolada, e se tornou o escárnio e o escândalo de toda a terra. Aquela cidade nobre agora é uma assolação, um monte de entulho”. Veja quanta devastação o pecado traz sobre um povo. E uma confissão exterior de santidade não será uma proteção contra ela. Se as cidades santas se tornarem cidades ímpias, logo se transformarão em um deserto (Am 3.2). 2. A casa de Deus estava em ruínas (v. 11). O que eles mais lamentam é o fato de o templo ter sido queimado; mas logo que este foi edificado, eles foram informados daquilo que o seu pecado traria (2 Cr 7.21). Esta casa, tão elevada, será um espanto. Observe como eles lamentam de forma comovente as ruínas do templo. (1) Ele era a casa santa e gloriosa deles. Era um edifício muito suntuoso, mas a sua santidade era, aos seus olhos, a maior beleza dela. Conseqüentemente, a sua profanação era a parte mais triste de sua assolação, e que mais os atormentava. Eles ficaram extremamente entristecidos pelo fato de os serviços sagrados que costumavam ser executados naquele lugar terem sido descontinuados. (2) Era o lugar onde os seus pais louvavam a Deus com os seus sacrifícios e cânticos. Era uma pena que aquilo que por muitos anos foi a glória de sua nação estivesse em cinzas! Isto agravava o desuso dos cânticos de Sião com os quais os seus pais tinham louvado a Deus tão freqüentemente. Eles atraíam o interesse de Deus para a sua causa quando alegavam que ela era a casa onde Ele havia sido louvado. E também o lembraram de sua aliança com seus pais, mencionando que seus pais o adoravam. (3) Com isso, todas as suas coisas mais aprazíveis foram assoladas, todos os seus desejos e prazeres, todas as coisas que eram empregadas por eles no serviço a Deus, nas quais eles tinham grande prazer; não só os móveis do templo, os altares e a mesa, mas especialmente os sábados e as luas novas, e todas as suas festas religiosas, as quais eles costumavam realizar com alegria, seus ministros e reuniões solenes, todas estas coisas eram, agora, uma desolação. Observe que o povo de Deus julga as suas coisas sagradas como as suas coisas mais deleitáveis; tire deles as santas ordenanças e os meios da graça, e você assolará todas as suas coisas mais aprazíveis. O que mais eles têm? Observe agora como Deus e o seu povo têm seu interesse entretecido; quando eles falam de suas cidades para a sua própria habitação, eles as chamam de “tuas cidades santas”, porque a Deus elas foram dedicadas; quando eles falam do templo em que Deus habitava, eles o chamam de a nossa santa e gloriosa casa e os seus móveis as nossas coisas mais aprazíveis, porque eles a haviam desposado vigorosamente, como também a todos os seus interesses. Se assim despertarmos o interesse de Deus por tudo aquilo que nos diz respeito, dedicando tudo ao seu serviço, e despertarmos o nosso interesse por tudo o que lhe diz respeito, colocando tudo junto aos nossos corações, poderemos com satisfação deixar todas as coisas em suas mãos, pois Ele as aperfeiçoará.
VI
Eles concluem com um afetuoso protesto, argumentando humildemente com Deus a respeito de suas atuais desolações (v. 12): “Conter-te-ias tu ainda sobre estas calamidades? Tu vês o teu templo destruído e não ficas ressentido com isso? Tu não vingarás isso? Será que o Deus zeloso se esqueceu de ser zeloso? (Sl 74.22): Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa. Senhor, tu foste insultado, tu foste blasfemado. E tu manterás a paz e não notarás isto? Ficarão sem repreensão as maiores afrontas que podem ser feitas ao Céu?” Quando sofremos abusos mantemos a nossa paz porque a vingança não nos pertence, e porque temos um Deus a quem entregamos a nossa causa. Quando Deus é ofendido em sua honra pode-se, com justiça, esperar que Ele fale na sua vingança; o seu povo não dita o que Ele deverá dizer, mas a sua oração (como aqui): “Ó Deus, não estejas em silêncio!” (Sl 83.1) e: “Ó Deus do meu louvor, não te cales!” (Sl 109.1), solicita a condenação dos inimigos, e que o Senhor se manifeste para a consolação e o alívio do seu povo. “Tu, pois, nos afligirás de uma forma angustiante, ou nos afligirás para sempre?” É uma aflição angustiante para as pessoas boas ver o santuário de Deus assolado e nada sendo feito para levantá-lo do meio de suas ruínas. Mas Deus disse que não contenderia perpetuamente; portanto, o seu povo pode confiar que as suas aflições não serão extremas nem eternas, mas leves e momentâneas. III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. O cobrador de impostos parece não estar à vontade no local de culto. Ele não está apto nem mesmo para assumir o comportamento normal de quem ora. Bate no peito como aquele que está numa situação de desespero, suplica com a fórmula do pecador que não sabe fazer o elenco de seus pecados (Sl 51.3). É a oração do pobre que confia totalmente em DEUS. Com profunda dor ele exclama: “DEUS, tem misericórdia de mim, pecador!” Nessa breve, porém, sincera e humilde oração, a ênfase recai sobre a palavra “pecador”.
2. Sinceridade e arrependimento. Além de golpear o próprio peito, o publicano nem conseguia levantar os olhos. O termo grego utilizado é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida, tal como aparece em Lucas 23.48. O publicano sequer consegue formular muitas palavras. Nem mesmo fazendo promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. Ele tem consciência de sua condição, por isso, prostra-se em sinal de sinceridade e arrependimento. A sua condição o permite apenas render-se inteiramente às mãos de DEUS. É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador. Nisto também vemos a comparação entre ambos. Na verdade, estamos diante de uma oração que saía das profundezas de um coração completamente dilacerado pela dor.
3. A oração aceita. As pessoas que ouvem atentamente a narração de JESUS talvez tivessem esboçado sinais de aprovação inclinando-se para a atitude do fariseu. Porém, num dado momento, o Mestre desconcerta a todos os ouvintes com uma conclusão inesperada. O publicano, que era odiado por todos, isto é, o pecador, recebe o dom de DEUS, a justiça, ou seja, o perdão e a misericórdia divina. Já o fariseu, que ostentava a justiça perante DEUS como conquista pessoal, não obteve o mesmo favor. O publicano recebeu o favor divino como dom misericordioso de DEUS. Esta é a verdadeira justiça, posto ser proveniente de DEUS (Rm 1.17). Assim, a oração aceita é a do publicano. Ela vem permeada de sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Por isso, ele voltou para casa “justificado”, ou seja, perdoado e “inocentado” dos seus pecados. O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará. CONCLUSÃONa parábola que aprendemos na lição de hoje, o fariseu representa aquele tipo de pessoa que ora bastante, mas não tem uma atitude sincera. O publicano, apesar da classe a que pertence, no momento da oração representa aquele tipo de pessoa que, com sinceridade e arrependimento, se prostra diante do Pai e, por isso, encontra favor. Será que o nosso coração, naturalmente, não é sempre semelhante ao do fariseu? Vê severamente os pecados de outras pessoas, mas esquece dos próprios. O fariseu deixou o Templo da mesma maneira que entrou nele. Devemos orar como publicanos, pois todos somos pecadores. Devemos orar com sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Quem se humilhando, curva-se até ao pó, será amorosamente conduzido ao coração do Pai (Sl 51.17). Ajuda extra
O Fariseu e o Publicano - Lucas 18. 9-14 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
O alcance desta parábola está igualmente prefixado, e somos informados (v. 9) sobre quem eles eram, a quem ela foi dirigida, e por quem foi avaliada. Ele a criou para o convencimento de alguns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros. Eles agiam como se tivessem: 1. Uma grande presunção a respeito de si mesmos, e de sua própria bondade; eles se achavam tão santos quanto precisavam ser, e mais santos do que todos os seus vizinhos. E achavam que poderiam servir de exemplo a todos eles. Mas isto não era tudo; 2. Eles tinham uma grande confiança em si mesmos diante de DEUS, e não só tinham uma opinião muito elevada de sua própria justiça, mas contavam com seus supostos méritos, sempre que se dirigiam a DEUS, como quando faziam as suas súplicas. Eles confiavam em si mesmos crendo que eram justos; eles pensavam que haviam feito de DEUS seu devedor, e que poderiam exigir qualquer coisa dele; e: 3. Eles desprezavam os outros, e olhavam para eles com superioridade, como se os outros não fossem dignos de serem comparados com eles. Agora, CRISTO, através desta parábola, iria mostrar a loucura deles, e que desse modo eles se excluíam da aceitação do Senhor DEUS. Esta pregação é chamada de parábola, embora não haja nenhuma semelhança nela; mas é, antes, uma descrição dos diferentes temperamentos e linguagens de dois grupos: (a) daqueles que orgulhosamente justificam a si mesmos, e (b) daqueles que humildemente condenam a si mesmos diante de DEUS. Aqui também fica patente a diferença da postura destes dois grupos diante de DEUS. E vemos isto todos os dias.
I
Aqui estão os dois, dirigindo-se a DEUS no dever de oração no mesmo lugar e hora (v. 10). Dois homens subiram ao templo (porque o templo ficava sobre a colina) para orar. Não era a hora da oração pública, mas eles foram ali para oferecer as suas devoções pessoais, como era costume das pessoas boas naquela época, quando o templo não era apenas o lugar, mas o meio de adoração. E o Senhor DEUS havia prometido, em resposta ao pedido de Salomão, que, qualquer que fosse a oração feita de modo correto dentro daquela casa, ela seria aceita. CRISTO é o nosso templo, e é a Ele que devemos ter em vista em todas as súplicas que dirigirmos a DEUS. O fariseu e o publicano foram ambos ao templo, orar. Note que entre os adoradores de DEUS, na igreja invisível, há uma mistura de bons e maus, de alguns que são aceitos por DEUS, e de alguns que não são; e assim tem sido desde que Caim e Abel levaram as suas ofertas para o mesmo altar. O fariseu, orgulhoso como era, não podia pensar em ficar sem a oração; nem o publicano, humilde como era, poderia sequer pensar em se excluir dos benefícios da oração; mas temos motivos para pensar que eles se apresentavam ao Senhor com opiniões diferentes. 1. O fariseu foi ao templo para orar porque era um lugar público, mais público que as esquinas das ruas. Portanto, ele deveria ter muitos olhos sobre si, que elogiariam a sua devoção, algo que seria talvez mais do que o esperado. O caráter dos fariseus que foi exposto por CRISTO – de que todas as obras que eles faziam visavam que eles fossem vistos pelos homens – nos dá motivos para esta suspeita. Note que os hipócritas mantêm as demonstrações externas somente para acumular ou ganhar crédito. Há alguns a quem vemos todos dias no templo, e que, podemos temer, não veremos no grande dia à mão direita de CRISTO. 2. O publicano foi ao templo porque este lugar fora designado como a casa de oração para todos os povos, Isaías 56.7. O fariseu foi ao templo em busca de um elogio; o publicano, para tratar de seus interesses; o fariseu, para fazer a sua exibição; o publicano, para fazer os seus pedidos. Agora, DEUS vê com que disposição e objetivo nós o servimos nas santas ordenanças, e nos julgará de forma adequada.
II
Aqui estão as palavras do fariseu a DEUS (porque não podemos chamar isto de oração): Estando em pé, orava consigo... (vv. 11,12). Em algumas versões, lemos: Colocando-se de pé, orava assim... Aquele homem estava totalmente centrado em si mesmo, não via nada além de si mesmo, de seu próprio louvor, e não enxergava a glória de DEUS. É possível que ele se colocasse em pé em algum lugar visível, onde se destacasse; ou, colocando-se em grande pompa e formalidade, ele orava. Agora o que ele aqui tinha a dizer mostra:
1. Que ele confiava em si mesmo, crendo ser justo. O fariseu disse muitas coisas boas a respeito de si mesmo, e supunha que fossem verdadeiras. Ele pensava que estava livre dos pecados grosseiros e escandalosos; achava que não era roubador, nem explorador, que não oprimia os devedores ou inquilinos, mas que era justo e bondoso com todos os que dependiam dele. Ele alegava que não era injusto em nenhum dos seus assuntos; ele não agia mal com ninguém; ele pensava que podia dizer, como Samuel, De quem tomei boi ou jumento? Ele não era adúltero, mas possuía seu vaso em santificação e honra. No entanto, isso não era tudo; ele jejuava duas vezes por semana, em parte por obrigação, em parte por devoção. Os fariseus e seus discípulos jejuavam duas vezes por semana, segunda-feira e quinta-feira. Assim ele glorificava a DEUS com o seu corpo: no entanto, isso não era tudo. Ele dava os dízimos de tudo quanto possuía, de acordo com a lei, e assim glorificava a DEUS com os seus bens terrenos. Agora, tudo isto era muito bom e recomendável. Miserável é a condição daqueles que não alcançam a justiça deste fariseu: no entanto, ele não foi aceito; e por que não? (1) O fato de dar graças a DEUS por isso, embora seja em si uma coisa boa, parece ser uma mera formalidade. Ele não diz, “Pela graça de DEUS eu sou o que sou,” como Paulo disse, mas desaponta com um desrespeitoso, “Ó DEUS, graças te dou”, que tem como objetivo apenas introduzir uma ostentação orgulhosa e vangloriosa de si mesmo. (2) Ele se vangloria disto, e se estende com prazer nesse assunto, como se todo o seu interesse no templo fosse dizer ao DEUS Todo-poderoso o quanto ele mesmo era bom; e ele está pronto a dizer, com estes hipócritas de quem lemos (Is 58.3), “Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?” (3) Ele confiava nisto como sendo justiça, e não só mencionava, mas pleiteava, como se através disso fosse merecedor de algo das mãos de DEUS, tendo-o tornado seu devedor. (4) Aqui não há sequer uma palavra de oração em tudo o que ele disse. Ele subiu ao templo a orar, mas se esqueceu dessa tarefa; estava tão cheio de si mesmo e de sua própria bondade que pensava que não precisava de nada, não, nem mesmo do favor e da graça de DEUS, que, ao que parece, ele não julgava valer a pena pedir.
2. Que ele desprezava os outros. (1) Ele considerava toda a humanidade insignificante, exceto a si mesmo: Graças te dou, porque não sou como os demais homens. Ele fala indistintamente, como se ele fosse melhor que qualquer outra pessoa. Podemos ter motivos para agradecer a DEUS por não sermos como alguns homens, que são notoriamente iníquos e vis. Mas falar indiscriminadamente assim, como se apenas nós fôssemos bons, e todos à nossa volta fossem réprobos, é julgar de forma genérica. (2) Ele considerava este publicano particularmente insignificante, um homem a quem ele havia deixado para trás, provavelmente, no pátio dos gentios, e a cuja companhia se juntou por acaso ao entrar no templo. Ele sabia que este era um publicano, e, assim, concluiu sem compaixão que ele era um roubador, injusto, e tudo o que era desprezível. Supondo que tivesse sido assim, e que ele soubesse disso, o que ele tinha a ver com isso? Será que ele não poderia pronunciar as suas orações (e isto era tudo o que os fariseus faziam) sem reprovar o seu próximo? Ou isto fazia parte do seu “Ó DEUS, graças te dou?” Tinha ele tanto prazer na maldade do publicano quanto na sua própria bondade? Não poderia haver uma evidência mais clara do que esta, não só da necessidade de humildade e caridade, mas de grande orgulho e malícia.
III
Aqui estão as palavras do publicano a DEUS, que eram o contrário das palavras do fariseu. Elas estavam tão repletas de humildade e humilhação, quanto as palavras do fariseu estavam repletas de orgulho e ostentação; tão cheias de arrependimento pelo pecado, e de um sincero desejo da presença de DEUS, quanto as do outro eram cheias de confiança em si mesmo e em sua própria justiça e suficiência.
1. O publicano expressou seu arrependimento e humildade no que fez; e seu gesto, quando se referiu às suas devoções, foi expressivo de grande seriedade e humildade, e a demonstração própria de um coração quebrantado, penitente e obediente. (1) Ele estava de pé, de longe. O fariseu estava de pé, mas cercou-se do maior número de pessoas possível, na parte superior do pátio; o publicano manteve distância debaixo de um senso de sua indignidade para se aproximar de DEUS, e talvez por medo de ofender o fariseu, a quem ele observou olhar desdenhosamente para ele, e de perturbar as suas devoções. Com isso, aquele homem reconheceu que DEUS poderia de forma justa vê-lo de longe, e mandá-lo a um estado de distância eterna de si, e que foi um grande favor que DEUS se agradasse em admiti-lo tão perto de si. (2) Ele nem ainda queria levantar os olhos ao céu, quanto mais as mãos, como era costume na oração. Ele na verdade levantou o seu coração a DEUS nos céus, em desejos santos, mas, através da vergonha e da humilhação dominantes, ele não levantou os seus olhos em santa confiança e coragem. As suas iniqüidades são mais numerosas do que os cabelos de sua cabeça, como uma carga pesada, de forma que ele não é capaz de olhar para cima, Salmos 40.12. O abatimento de seu semblante é uma indicação do abatimento de sua mente, que foi levada a pensar a respeito do pecado. (3) Ele batia no peito, em uma santa indignação contra si mesmo, pelo pecado: “Assim queria bater neste meu coração perverso, a fonte venenosa da qual fluem todas as correntes de pecado, se eu pudesse chegar perto dela”. O coração do pecador primeiro bate nele em uma reprovação penitente, 2 Samuel 24.10. O coração de Davi o abateu. Pecador, o que tu fizeste? E então ele bate em seu coração com remorso penitente: Ó homem desgraçado que sou! Foi dito que Efraim bateu em sua coxa, Jeremias 31.19. Os grandes pranteadores são representados batendo em seus peitos, Naum 2.7.
2. Ele expressou isto no que disse. A sua oração foi curta. O medo e a vergonha impediram que ele dissesse muito; suspiros e gemidos sufocaram as suas palavras; mas o que ele disse tinha um propósito: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. E bendito seja DEUS por termos esta oração registrada como uma oração respondida, e por termos a certeza de que aquele que orou assim foi para a sua casa justificado. E nós também o seremos, através de JESUS CRISTO, se fizermos esta oração, como ele fez: “Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. Que o DEUS de infinita misericórdia tenha misericórdia de mim, porque, se Ele não tiver, estarei perdido para sempre, e serei infeliz para sempre. Senhor DEUS, tenha misericórdia de mim, porque tenho sido cruel para mim mesmo.” (1) Ele reconhece que é um pecador por natureza, por prática, culpado diante de DEUS. Eis que sou mau, o que responderei a ti? O fariseu nega ser um pecador; nenhum de seus vizinhos pode acusá-lo, e ele não vê motivo algum para acusar-se de qualquer coisa errada; ele está limpo, ele está puro em relação ao pecado. Mas o publicano não dá a si mesmo nenhum outro caráter além de pecador, um réu confesso no tribunal de DEUS. (2) Ele não depende de nada além da misericórdia de DEUS, que é a única coisa em que ele confia. O fariseu havia insistido no mérito de seus jejuns e dízimos; mas o pobre publicano rejeita todo pensamento de mérito, e corre para a misericórdia como a sua cidade de refúgio, e se apodera das pontas dos chifres deste altar. “A justiça me condena; nada irá me salvar exceto a misericórdia, e somente a misericórdia”. (3) Ele sinceramente ora rogando o benefício desta misericórdia: “Ó DEUS, tenha misericórdia, de mim, seja favorável a mim; perdoe meus pecados; reconcilie-se comigo; coloque-me em seu favor; receba-me misericordiosamente; ame-me pela sua bondade e graça”. Ele vem como um mendigo pedindo esmolas, que está pronto a morrer de fome. Ele provavelmente repetiu esta oração com sentimentos renovados, e talvez tenha dito mais com o mesmo sentido, talvez tenha feito uma confissão específica de seus pecados, e mencionado as misericórdias específicas de que necessitava, e que esperava de DEUS; mas ainda assim este era o refrão da canção: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador.
IV
Aqui está a aceitação do publicano por parte do Senhor DEUS. Nós temos visto como estes dois homens se dirigiram a DEUS de forma diferente; vale a pena agora perguntar como eles se saíram. Havia aqueles que iriam enaltecer o fariseu, pelos quais ele iria para a sua casa aplaudido, e que iriam olhar com desprezo para este publicano desprezível e lamurioso. Mas nosso Senhor JESUS, a quem todos os corações estão abertos, de quem todos os desejos são conhecidos, e de quem nenhum segredo está oculto, que está perfeitamente familiarizado com todos os procedimentos na corte do céu, nos assegura que este pobre publicano, penitente e de coração quebrantado, foi para a sua casa justificado, enquanto o fariseu, não. O fariseu pensava que se um deles, e não o outro, devia ser justificado, certamente devia ser ele em vez do publicano. “Não”, disse CRISTO, “Digo-vos, eu afirmo com a máxima segurança, vos declaro com a máxima consideração, digo-vos, é o publicano em vez do fariseu”. O fariseu orgulhoso vai embora, rejeitado por DEUS. Suas ações de graças estão longe de serem aceitas, pois são uma abominação. Ele não é justificado, seus pecados não são perdoados, e ele não é liberto da condenação. O fariseu não é aceito como justo à vista de DEUS, porque ele é muito justo aos seus próprios olhos; mas o publicano, ao se dirigir humildemente ao céu, obtém a remissão de seus pecados, e aquele a quem o fariseu não colocaria com os cães de seu rebanho, DEUS coloca com os filhos de sua família. O motivo para isso é que a glória de DEUS consiste em resistir ao soberbo, e a dar graça ao humilde. 1. Os homens orgulhosos, que a si mesmos se exaltam, são adversários de DEUS, e, portanto, serão certamente humilhados. DEUS, em seu diálogo com Jó, recorre a essa prova de que Ele é DEUS, que Ele olha para todo soberbo, e humilha-o, Jó 40.12. 2. Os homens humildes, que a si mesmos se humilham, estão sujeitos a DEUS, e serão exaltados. DEUS tem uma preferência reservada para aqueles que consideram as suas bênçãos como favores, não para aqueles que as exigem como dívidas. Aquele que for humilde será exaltado no amor de DEUS, e na comunhão com Ele. Será exaltado na satisfação que terá em si mesmo, e será, finalmente, exaltado até o céu. Veja como o castigo é a resposta ao pecado: Qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado. Veja como a recompensa é a resposta ao dever: Qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado. Veja também o poder da graça de DEUS ao trazer o bem a partir do mal; o publicano havia sido um grande pecador, e da grandeza do seu pecado foi trazido à grandeza de seu arrependimento; “Do comedor saiu comida” (Jz 14.4). Veja, ao contrário, que o poder da maldade de Satanás traz o mal a partir do bem. Era bom que o fariseu não fosse roubador, nem injusto; mas o diabo o tornou orgulhoso disso, e esta foi a sua ruína SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 6 - REVISTA CPAD - 2018 SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL TOP1“Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano (10). Eles não entraram no santuário, mas em um dos átrios do templo onde eram oferecidas as orações. Este era o pátio das mulheres. Ao escolher um fariseu e um publicano para esta ilustração, JESUS escolheu dois extremos. Os fariseus eram a mais rígida, mais conservadora e mais legalista de todas as facções dos judeus. Os publicanos eram oficiais judeus do governo romano, cujo trabalho era recolher taxas para Roma. Eles eram odiados pelos judeus tanto pelas taxas recolhidas para os dominadores estrangeiros, como por serem geralmente desonestos” (CHILDERS, Charles L. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.467,468). CONHEÇA MAIS - TOP1 - *Quem Eram os Fariseus“Os fariseus, ou perushim, isto é, do ‘hebraico parash, separar, interpretar’, expressão que literalmente significa ‘separados ou separadores’ e pode ser entendida, como ‘intérpretes ou comentadores’, isto é, aqueles que distinguem, separam e expõem a lei’, eram judeus piedosos e, pela sua popularidade, considerados ‘mentores religiosos da ‘ralé’’”.
Para conhecer mais, leia O Sermão do Monte, CPAD, p.100. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2“O tríplice uso da expressão ‘hipócritas’ [hypokritēs] ([utilizada por JESUS em Mateus 6] vv.2,5,16), termo grego originalmente utilizado no teatro para os atores que representavam, denota a seriedade com que são encarados os que fazem o bem com motivações escusas. É impossível não lembrar-se de Mateus 25.31-46, quando as ovelhas forem separadas dos bodes, justamente por causa das boas obras executadas. Obras que, vale ressaltar, eram praticadas sem nenhum outro interesse por parte de quem praticava a não ser o bem da pessoa necessitada. Aliás, os benfeitores estavam fazendo ao próprio Filho de DEUS, mas eles sequer sabiam disso! Nada fora feito para representar, pois eles sequer sabiam que estavam sendo observados e suas obras anotadas e contabilizadas. É assim que, conforme observa Dumais, uma ‘ação praticada diante do Pai ‘em segredo’ (vv. 4.6.18) não significa uma ‘ação secreta’; designa toda ação, até pública, que se faz de verdade diante do Pai, ‘que vê o que está oculto’, isto é, que penetra a intenção profunda dos corações’. O feito de qualquer um, isto é, qualquer obra, jamais será ‘oculta’ diante dos olhos de quem tudo vê e conhece. Inclusive as ações, não precisam ser necessariamente ocultas, escondidas, pois se não houver outra forma ou local, elas podem ser realizadas publicamente” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.102-03).
SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3A oração que o pecador faz com humildade e arrependimento leva à conversão genuína, que, por sua vez, se evidencia pela conversão comprovada, pela reparação dos erros cometidos e a volta às atividades que honram a obra de DEUS e o glorificam. Os atos falam mais alto que as palavras. São os atos da pessoa que atestam a sinceridade da sua conversão. Se você está em falta diante de DEUS, quanto maior for seu erro, tanto maior deve ser a humildade e o arrependimento demonstrados em sua oração. Você estará orando a um DEUS vivo que conhece tudo que é rico em misericórdias” (SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.124,125-26).
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
fonte http://www.apazdosenhor.org.br/
“E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt 23.12) VERDADE PRÁTICA
Cuidado com o orgulho e a arrogância espiritual, pois ambos são pecados perante DEUS e devem ser confessados e abandonados. LEITURA DIÁRIASegunda – Pv 16.18 A destruição é antecedida pelo orgulho, e a queda, pela altivez
Terça – Pv 29.23 A soberba é uma armadilha para os que a cultivam
Quarta – Mc 7.21-23 Na lista dos pecados, a soberba ocupa um lugar especial
Quinta – Tg 4.6 DEUS também se opõe ao soberbo
Sexta – 1 Pe 5.5-7 Pedro repete o que disse Tiago, mas acrescenta uma promessa
Sábado – Rm 12.16 Não ambicionar coisas altas, mas contentar-se com as humildes LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 18.9-149 – E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 – Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 – O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó DEUS, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 – Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 – O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador! 14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. OBJETIVO GERALRessaltar a sinceridade e o arrependimento como duas virtudes importantíssimas para o cristão. OBJETIVOS ESPECÍFICOSInterpretar a parábola do fariseu e do publicano;
Apontar os males do farisaísmo e da hipocrisia;
Contrastar a postura do publicano em relação à do fariseu. INTERAGINDO COM O PROFESSORAté mesmo as pessoas que não professam a fé cristã sabem do que se trata quando alguém é chamado de “fariseu”. Farisaísmo é sinônimo de hipocrisia, postura altamente reprovável por JESUS durante todo o seu ministério terreno. É importante entender que JESUS não reprovava o que era certo do ensinamento dos fariseus (Mt 23.1-3), mas desabonava a conduta deles. Portanto, as boas virtudes devem ser cultivadas, pois estas também são parte da transformação operada pelo ESPIRITO SANTO em nós (Ef 2.10). Como aprenderemos nesta lição, as coisas que o fariseu dizia fazer não eram, em si mesmas, erradas, mas a motivação com que ele agia, isto sim, era algo altamente arrogante e mesquinho. PONTO CENTRAL - A sinceridade e o arrependimento vão além da religiosidade. Resumo da Lição 6, Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
1. O fariseu. 2. O publicano. 3. A oração. II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
1. A postura do fariseu no momento da oração. 2. Uma “oração comum”. 3. A oração arrogante. III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. 2. Sinceridade e arrependimento. 3. A oração aceita. SÍNTESE DO TÓPICO I - Os dois, fariseu e publicano, estavam no Templo e também orando, mas as motivações eram muito diferentes. SÍNTESE DO TÓPICO II - O fariseu praticava coisas certas não por isto ser o correto, mas como forma de autojustificação. SÍNTESE DO TÓPICO III - O publicano, a despeito de exercer uma atividade nada honrosa entre os judeus, foi justificado por sua sinceridade e arrependimento. PARA REFLETIR - A respeito de “Sinceridade e Arrependimento Diante de DEUS”, responda:O que significa dizer que estamos diante de uma “parábola narrativa indireta simples”? Uma comparação entre dois personagens opostos o fariseu e o publicano, colocando-os lado a lado.
Além de perseverarmos na oração, o que é necessário fazer? Além de perseverarmos na oração, é preciso cultivar uma atitude correta.
Qual foi, de fato, o erro do fariseu? Sua arrogância.
O que era possível notar pelas palavras do fariseu e do publicano? É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador.
Qual é o princípio por trás de toda essa parábola? O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p39. RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE INTRODUÇÃO Estudaremos hoje a parábola conhecida como "Parábola do fariseu e do publicano. JESUS revela a diferença de atitude de dois homens quando em oração diante de DEUS. Um se justifica a si mesmo enquanto outro pede misericórdia a DEUS para que seja justificado. Existe uma "Teologia do Merecimento" que mais afasta o homem de DEUS do que o aproxima. É a teologia adotada pela maioria das religiões. é uma tentativa de comprar o favor de DEUS.
A confissão mais pesada da Bíblia acha-se no livro de Isaías: “Todos nós nos tornamos impuros. As nossas boas ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de ‘trapos imundos’” (Is 64.6, NBV). Outras versões chegam mais perto do que o profeta quer dizer e mencionam “roupa ‘manchada’” (BP) e “panos ‘repugnantes’” (TEB). “Nossa justiça toda é como ‘sangue menstrual’” (CNBB). Esses trapos imundos são os absorventes da época.
É um choque quando o véu da auto-avaliação equivocada é removido e o culpado chega a ponto de saber que suas possíveis boas obras são como trapos de imundícia.
Porém, se existe sangue menstrual, existe também sangue remidor e purificador!Com a obra do Senhor JESUS, o seu sangue branqueou nossas vestes, Ap 7.14, e as obras de justiça dos santos, são as vestes de linho puro e resplandecente que a noiva, a igreja, se vestirá nas bodas do Cordeiro, Ap 19.8, nisto aprendemos que as obras de justiça que fazemos em CRISTO, são vestes resplandecentes e não mais trapos de imundícia, e toda a virtude pertence ao Senhor, para a glória de DEUS Pai, Mt 5.16 e Mt 25.31-46.
Muitos crentes não conseguem ser batizados no ESPÍRITO SANTO, por exemplo, por se chegarem diante de DEUS acreditando que merecem receber.
Outros não são curados porque se chegam a DEUS exigindo a cura por merecerem.
DEUS não dá nada por merecimento, mas sim, pela sua infinita misericórdia, por seu amor, por sua graça conquistada na cruz, por JESUS.
Somos totalmente dependentes de DEUS. ELE pode tudo, nós devemos nos chegar a ELE em humildade. JESUS ensina que são felizes os humildes de espírito (Mt 5.3), aqueles que reconhecem a sua real condição diante de DEUS. Por isso, hoje vamos falar sobre a sinceridade e o arrependimento para com o Senhor.
JESUS não está ensinando nesta parábola que será justificado quem não jejua, quem não dá esmolas, quem não dá dízimos, mas uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros.
Deve-se prestar atenção ao fato de que JESUS está se referindo a atitude de dois homens em oração diante de DEUS.
O fariseu que parecia ser santo, perfeito, separado para DEUS era profano, pecador, longe de DEUS e o publicano que parecia ser o pior dos pecadores era humilde diante de DEUS e se arrependia de seus pecados. JESUS não está dizendo que todo fariseu estava condenado e enem que todo publicano estava justificado.
SERÁ QUE EXISTE NESTA PARÁBOLA DOIS EXTREMOS, SE CONSIDERARMOS NOSSO TEMPO?
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO1. O fariseu. O Fariseu era um ator. representava um papel de perfeito por fora sendo impuro por dentro. Todo aquele que tenta se justificar pela lei acaba se condenando e se afastando da graça. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Gálatas 5:4 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:20. Estamos nos últimos dias da igreja na terra onde as pessoas confundem vida santa com farisaísmo.
Fariseus não eram salvos, não eram espirituais, não conheciam JESUS como Messias, não praticavam o que ensinavam, não amavam as pessoas, não possuiam nenhum dom do ESPÍRITO SANTO, não realizaram nenhum milagre, não levavam ninguém a salvação.
Paulo, Pedro, contavam o que JESUS faziam entre eles, não para se exaltarem, mas para levarem outros a serem instrumentos de DEUS. Para levarem outros a se esforçarem por darem suas vidas em sacrifício para a salvação das pessoas.
At 15:4 E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto DEUS fizera por meio deles. Ver Mais
At 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes uma por uma as coisas que por seu ministério DEUS fizera entre os gentios
Lc 2:37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a DEUS noite e dia em jejuns e orações.
At 14:23 E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
2Co 6:5 em açoites, em prisões, em tumultos, em trabalhos, em vigílias, em jejuns,
2Co 11:27 em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Jejuns, orações, estudos bíblicos, esmolas, ofertas, dízimos, tudo isso, devem ser normais na vida de todo crente.
Lc 12:33 Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não envelheçam; tesouro nos céus que jamais acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói.
At 9:36 Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
At 10:2 piedoso e temente a DEUS com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a DEUS,
At 10:4 Este, fitando nele os olhos e atemorizado, perguntou: Que é, Senhor? O anjo respondeu-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de DEUS;
At 10:31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de DEUS.
At 24:17 Vários anos depois vim trazer à minha nação esmolas e fazer oferendas; FARISEU - Claudionor Correia de Andrade; Dicionário Teológico - [Do heb. pharush; do gr. pharisaios; do lat. pharisaeu] Partidário de uma das principais seitas rabínicas dos tempos de Cristo. Tendo como líderes espirituais os escribas, sublimavam a letra da Lei Mosaica em detrimento do espírito desta. Por causa de seu formalismo e exterioridades, foram energicamente combatidos pelo Senhor Jesus.
O fariseu caracterizava-se ainda pela ferrenha oposição aos outros religiosos, fugindo-lhes a qualquer contato. Ao contrário dos saduceus, acreditavam na existência dos anjos, espíritos, ressurreição dos mortos. Eles alimentavam uma forte expectativa messiânica.
Hoje em dia, fariseu tornou-se sinônimo de orgulho e hipocrisia. E a perfeita figura de quem, apesar da santidade que ostenta, leva uma vida intimamente dissoluta e ímpia. FARISEU - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Acredita-se que o termo fariseu deriva do verbo hebraico parask, isto é, “dividir ou separar”. Portanto, os fariseus eram “o povo separado”. Porém, tanto a origem desse grupo judeu como do nome que recebeu ainda são incertos. A “separação” da qual o nome está falando poderia referir-se a uma separação geral das impurezas ou do mundo, ou poderia estar ligada a alguma situação histórica em particular. Por exemplo, os fariseus poderiam ter surgido como a expressão de uma rígida abstenção dos costumes pagãos na época de Esdras e de Neemias (ç.u.), ou da recusa de adotar costumes gregos mesmo sob a ameaça de morte na época ae Antíoco Epifânio (q.v.), ou da ruptura que aconteceu em 165 a.C,, após a reconquista do Templo, entre os macabeus (q.v) e os “piedosos” ou Chasidim, que estavam dispostos a lutar pela liberdade religiosa, mas não pela independência política. Todas essas possibilidades foram levantadas como teorias, e todas podem ser consideradas como a personificação de alguns aspectos do espírito farisaico; mas as evidências não são conclusivas para nenhuma delas.
A primeira referência aos fariseus, como um grupo existente em Israel, foi feita durante o reinado de João Hircano (135-104 a.C.). De acordo com Josefo, nessa época eles exerciam grande influência junto às massas. Hircano foi um de seus discípulos, mas por causa de desentendimentos ele separou-se e juntou-se aos saduceus (Ant. xiii.10. 5. f.). Em uma observação repleta de presságios, Josefo acrescenta: “Por causa disso, naturalmente, cresceu o ódio das massas por ele e seus filhos” (ibid). Consta, também, que Hircano deixou de observar certos “regulamentos” que os fariseus haviam estabelecido para o povo. Josefo explica que “os fariseus haviam transmitido ao povo certos regulamentos (nomima) herdados das gerações anteriores, mas que não haviam sido registrados na lei de Moisés (ttonwi) ׳, por essa razão eles foram rejeitados pelo grupo saduceu” (10. xiii.6).
Esse relato serve para realçar o principal fator que existe em qualquer definição do farisaísmo - o conceito da tradição, de uma contínua expansão da lei oral. Ele também indica que, na época de Hircano, o farisaísmo já era um florescente movimento com grande influência sobre a população. Além disso, a referência à transmissão de regulamentos que haviam sido herdados das gerações anteriores sugere alguma continuidade com o passado. Portanto, aqueles que têm procurado acompanhai os fariseus desde os Chasidim, que lutaram ao lado de Judas Macabeu, até a nova dedicação do Templo (1 Mac 2.42ss.; 7.13ss.; 2 Mac 14.6) podem ter chegado muito próximo da verdade. Embora algumas de suas características tenham raízes que se estendem até tempos remotos, o farÍ8aísmo que conhecemos a partir de fontes disponíveis parece ter se originado como uma resposta judaica ao desafio da cultura grega no início do segundo século a.C.
Em uma época bastante posterior, quando o farisaísmo já havia se tornado a expressão normativa do judaísmo, os hiatos históricos foram preenchidos de forma a fazer crer que a lei oral havia sido estabelecida pelo próprio Moisés, via Josué, os anciãos, os profetas, os homens da Grande Sinagoga fundada por Esdras, e também por homens como Simeão, o Justo, e Antígono de Socho (séculos IV e III a.C.) até os “pares” (zugoth) de mestres investidos de autoridade (por exemplo, Semaías e Abtalion, Hilel e Shammai) e o rabinos que vieram depois deles (veja o tratado de Mishna, conhecido como PirkeAboth, capítulo 1), Vale a pena notar que a origem dos “pares” coincide aproximadamente com o momento em que os fariseus começaram a constar em nossas fontes. É muito provável que a era dos macabeus tenha marcado o seu verdadeiro aparecimento, embora eles afirmassem que seus ancestrais espirituais haviam sido homens como Esdras, que haviam confirmado e explicado a Torá. Eles podem até ter possuído algumas tradições orais que remontavam até o início da época posterior ao Exílio.
Depois da ruptura com a casa real hasmo- neana, representada por João Hircano, o destino político dos fariseus sofreu algumas flutuações. Eles tornaram-se os líderes de uma contínua oposição popular ao seu sucessor, Alexandre Janeu (10376־ a.C.), de forma que em seu leito de morte, impressionado pela influência que exerciam sobre as massas, Alexandre insistiu com sua esposa Salomé Alexandra (76-67 a.C.) que trabalhasse mais próxima deles (Josefo, Ant. xiii. 15.5.). Os tradicionais regulamentos herdados “dos pais” foram restabelecidos, e os fariseus tornaram-se o poder por detrás do trono, livres para vingar as injustiças que acreditavam ter sido feitas contra eles por Alexandre (ibid., xiii. 16.1; cf. Wars i.5. 2. f.). Na luta pelo poder que se seguiu à morte de Alexandra, parece que os fariseus tornaram-se um terceiro partido que não apoiava nenhum de seus dois filhos; eles requisitaram aos romanos que abolissem o reinado judaico (que os sacerdotes haviam usurpado depois da revolta dos macabeus) e o retomo ao antigo tipo de regulamento sacerdotal (Ant. xiv. 3.2). Essa expectativa não se realizou, mas os romanos realmente puseram um ponto final a essa disputa entre facções quando Pompeu capturou o Templo, invadiu o santuário, exilou um dos filhos de Alexandra e indicou o outro (Hircano II) como sumo sacerdote e representante do rei. A independência política, conquistada de maneira tão nobre no século anterior, foi novamente perdida quando o povo judeu passou a sofrer o domínio romano em 63 a.C.
Os Salmos de Salomão representam a expressão mais refinada da piedade farisaica pré-cristã. A data da sua autoria corresponde ao período tumultuado que se seguiu à conquista de Pompeu, pois articulavam a ira piedosa dos fariseus contra os “pecadores^ de Israel, cujos atos haviam provocado o terrível castigo de Deus (isto é, os últimos governantes da casta sacerdotal dos hasmoneus e os saduceus que os apoiaram), e contra os gentios que haviam invadido os limites impostos por Deus sobre eles ao castigar o seu próprio povo (Salmos de Salomão 2.16-29). O desconhecido autor desses Salmos delineou claramente a situação (“Nações estrangeiras ascenderam ao teu altar, eles orgulhosamente pisotearam sobre ele com suas sandálias”, 2.2), e se mostrou jubiloso com a subseqüente morte violenta de Pompeu em 48 a.C. (“Deus me mostrou o insolente assassinado nas montanhas do Egito”, 2.30). Os fariseus encontravam nestes versos a ilustração de um de seus temas clássicos, o conceito da retribuição; Deus vingando os *justos” (isto é, os próprios fariseus) e punindo os “pecadores”. A doutrina de uma futura ressurreição, tão uniformemente atribuída aos fariseus (cf. Act 23.6ss.; Josefo, Ant. xviii. 1.3ss.. Wars ii.8.
14), é simplesmente o produto da consistente aplicação de seu princípio da retribuição (cf. Salmos de Salomão 3.16).
A esperança messiânica dos fariseus foi estabelecida de uma forma bela na última parte do Salmo de Salomão 17. O Senhor “levantará entre eles o seu rei, o filho de Davi” (17.23) que “destruirá as nações Ímpias com a palavra de sua boca” (v. 27).
Sobre Davi diziam: “Será um rei justo sobre eles, ensinado por Deus, e não haverá injustiças nesses dias em seu meio, pois todos serão santos e seu rei será o ungido do Senhor” (w. 35ss.). Embora o rei e o reino que os fariseus estavam buscando fossem terrenos, eles também eram espirituais e não seriam alcançados “pela confiança no cavalo, no cavaleiro e no arco” (v. 37).
Depois da conquista de Pompeu, os fariseus, em sua maior parte, tomaram-se politicamente conformados. Embora houvesse alguns zelotes destacando-se entre eles, os fariseus formavam um grupo que procurava evitar conflitos com Roma, e somente depois de muita relutância foram finalmente arrastados para a malograda revolta do ano 70 d.C. Depois da destruição de Jerusalém, foram os fariseus que se incumbiram de recolher os fragmentos da fé e da vida judaica e reconstruir o judaísmo que conhecemos por meio dos escritos dos rabinos. A situação era análoga àquela que havia prevalecido após o exílio na Babilônia; não havia uma nação judaica e a unidade do povo expressava-se através da lei, da sinagoga e das boas obras. A esperança escatológica não estava ligada à atividade revolucionária, mas à intervenção divina, e isso em seu momento oportuno. Dessa forma, desde o ano 70 d.C. o judaísmo tomou-se o rebento daquilo que previamente havia sido apenas um grupo entre vários outros — os fariseus.
Se os Salmos de Salomão mostram o farisaísmo sob o seu melhor aspecto, o NT mostra o que de pior havia nele. Na época de Jesus, parece que os fariseus formavam um grupo de laicos (isto é, homens que nào eram sacerdotes), em que alguns de seus membros haviam sido especialmente treinados no estudo das Escrituras. Havia os escribas, e foi contra estes e contra os fariseus que o Senhor Jesus dirigiu algumas de suas mais severas denúncias. O Senhor não contestava categoricamente aquilo que aqueles homens ensinavam na sinagoga: “Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.2ss.); seus ensinos deveriam ser seguidos. Mas eles eram hipócritas porque não viviam de acordo com seus elevados padrões de justiça. Colocavam sobre o povo um jugo que eles próprios não estavam dispostos a suportar (Mt 23.4) e faziam uso da casuística para fugir ao espírito da lei, enquanto exigiam que ela fosse cumprida à risca (Mt 23.16-22; cf. Mc 7.9-13). Osíariseus gloriavam-se em sua justiça própria e só faziam boas obras para serem vistos pelos homens (cf. Mt 23.5-12; 6.1-6,16-18; Lc 18.9-14). João Batista havia chamado os fariseus de “raça de víboras” que se apoiavam de forma complacente sobre a filiação deles à Abraão (Mt 3.7ss.). O Senhor Jesus confirmou esse veredicto (Mt 23.33) acrescentando que eram como “sepulcros caiados” (23.27) e filhos, não dos “profetas e dos justos”, para quem haviam construído túmulos bem elaborados, mas daqueles que haviam assassinado esses mesmos profetas e homens justos, desde Abel até Zacarias (23.29-36). Eram “condutores cegos” de outros cegos, que procuravam encontrar muitos prosélitos, mas na realidade deixavam os homens fora do Reino dos céus (Mt 15.14; 23.13-15).
Esse pensamento do NT é bem conhecido, mas não devemos nos esquecer de que naquela ocasião os fariseus eram vistos sob uma luz um pouco mais favorável (por exemplo, Lc 7.36ss.; 13.3 lss.). Foram atribuídas a Gamaliel (.q.v.) algumas das boas qualidades que Josefo encontrou nos fariseus - moderação, renúncia a castigos severos, consciência da soberania divina e também da responsabilidade humana (Act 5.33-39; cf. Josefo, Ant. xiii. 5.9; 10.6; Wars ii.8.14). Paulo tinha sido um fariseu antes de sua conversão e aparentemente considerava esse grupo como a mais elevada expressão da “justiça que há na lei” (Fp 3.4-6; cf. Gl 1.14). Também nào devemos nos esquecer de que mesmo sendo denunciados por Jesus, os fariseus eram capazes de pesquisar e de fazer uma rigorosa autocrítica. O Talmude descreve, de forma jocosa, sete classes de fariseus. Entre eles existiam os “fariseus de ombro” que levavam as suas boas obras em seus ombros, para que pudessem ser vistos pelos homens; os “fariseus pilão”, cuja cabeça era curvada como o pilão em um almofariz como um sinal de falsa humildade. Porém, existiam aqueles que verdadeiramente amavam a Deus, e que eram como Abraão (veja, por exemplo, Ber. 9,14b; Sot. 5,20c; Sot. 22b, explicados de forma muito conveniente na obra de C. G. Montefiore e H. Loewe A Rabbinic Anthology, p. 1385).
Uma definição do farisaísmo poderia começar insistindo que ele era legal, mas não literal. Era uma religião que “construiu uma cerca em volta da lei” (Pirke Aboth 1.1), selecionando os regulamentos legais do AT, muitos dos quais eram dirigidos aos sacerdotes levitas e tornando-os relevantes e aplicáveis a cada judeu. Isso foi feito através de seu sistema de interpretação oral da tradição. Eles levaram a lei ao alcance de cada homem, de forma que em um sentido diferente de Martinho Lutero, o farisaísmo representou o *sacerdócio do crente”. Para o fariseu sincero, a lei não representava uma “letra morta”, como havia sido explicada e interpretada pelos escribas, mas a sua própria vida.
Então, por que o Senhor Jesus denunciou o farisaísmo? Em parte pOT causa da hipocrisia de alguns de seus representantes, que “diziam, mas não praticavam” (Mt 23.3), e em parte porque o farisaísmo, em sua honesta tentativa de adaptar a eterna lei de Deus às mutáveis condições humanas, havia comprometido a justa e absoluta exigência divina (Mt 15.3). Ao aplicarem a si mesmos e a seus seguidores certos deveres exteriores, eles haviam realmente dado uma forma mais fácil à justiça, um objetivo que seria alcançável através de uma certa obediência, para que quando esses atos fossem realizados os fariseus pudessem pensar que haviam feito tudo o que deles era exigido. Contra essa atitude, Jesus disse que mesmo quando tais exigências tivessem sido cumpridas, o servo de Deus ainda não poderia permanecer seguro. A exigência ética ainda estava presente; ele ainda seria um “servo inútil” (Lc 17.10). Portanto, Jesus disse aos seus discípulos: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).
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Mas por que eles eram tão mal vistos pelos judeus?
Em primeiro lugar, as pessoas os viam como uma espécie de traidores, pois trabalhavam para o império Romano, que as dominava com violência. Em segundo lugar, temos a questão dos impostos abusivos que eram cobrados pelo império, trazendo muitas dificuldades à população e não trazendo benefícios ao povo, antes, apenas enriquecendo cada vez mais o império e seus governantes. Isso revoltava o povo trabalhador. Um último ponto ainda tem a ver com o fato de que a maioria dos publicanos eram corruptos, cobrando além do que era taxado pelo império. Com isso, muitos publicanos enriqueciam explorando seu próprio povo e atraindo o ódio deles para si. Mateus era Publicano - Era cobrador de impostos. Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Mateus 10:3 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega (coletoria) um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Mateus 9:9 PUBLICANO - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD- Do grego “telõ-nês” (de “telos”, imposto); do latim “publicanus” (de “publi-cus”, público). Era o cobrador dos rendimentos públicos nas províncias romanas.
Quanto mais difíceis se apresentarem os problemas, tanto maiores serão os esforços exigidos para solucioná-los. Quanto mais profundos e mais elevados forem os temas a serem desenvolvidos e esclarecidos, tanto maiores serão as atividades exigidas para explicá-los satisfatoriamente. Tratando-se de dificuldades bíblicas, de pontos obscuros, a solução para eles é a própria Bíblia.
Publicano é um dos termos menos conhecidos entre os cristãos, isto é, uma das palavras cujo significado exato não é esclarecido quando é focalizada nos comentários ou nas pregações.
Publicano nada tem a ver com publicidade, embora os publicanos fossem bem populares e bem conhecidos em sua época. Tem algo a ver com o público, pois era com ele que os publicanos trabalhavam. Publicano era usado pelos romanos para designar duas classes de funcionários da Fazenda Pública, que tinham a seu cargo a arrecadação das contribuições, licenças e impostos devidos ao tesouro do império.
As duas classes de publicanos do império romano eram compostas de funcionários categorizados que podiam ser até generais, e de outra categoria menos elevada, constituída de pessoas de inteira confiança dos primeiros, isto é, uma classe que correspondia à função que entre nós designamos de fiéis do tesoureiro, pessoas de confiança dos tesoureiros, sem serem tesoureiros oficializados. Os primeiros eram responsáveis junto aó imperador pelas rendas sob sua jurisdição e prestavam contas diretamente a ele. Viviam em Roma, em contato permanente com o governo. Os outros eram enviados às províncias ou designados, nàs próprias províncias. Os publicanos da primeira categoria desfrutavam de grande consideração do governo romano e, segundo afirmou Cícero, somente os cavalheiros romanos pertencentes à alta sociedade, reconhecidamente dignos', eram admitidos nessa categoria. Entretanto, o segundo grupo de publicanos era inteiramente diverso. Os publicanos das províncias, os subco-letores, eram considerados ladrões e desonestos. Essa reputação eles tinham na própria Roma.
Para avaliar o conceito de que gozavam os publicanos das províncias, atente-se para esta declaração de Teócrito, ao ser interrogado acerca das feras mais cruéis que conhecia: “Nas matas, os animais mais cruéis são o urso e o leão; entre os animais das cidades, os mais temíveis são os publicados e os parasitas”.
As taxas sobre as mercadorias importadas eram conhecidas em Israel desde o tempo do domínio persa (Ed 4.13-20). Começaram a ser cobradas sis tematicamente quando da expansão do império romano. Todas as províncias romanas eram sujeitas a tais taxas ou impostos; algumas cidades, ou príncipes amigos de Roma podiam cobrar taxas para si mesmos. O lucro das taxas devia ser superior ao custo do arrendamento e das demais despesas, e as tarifas, estabelecidas pelas autoridades, eram aplicadas arbitrariamente; por essas razões os publicanos eram odiados.
No Novo Testamento, somente é usada a expressão publicano em relação aos subalternos judeus, aos arrecadadores que ficavam diretamente ligados ao público, e não se aplica aos arrecadadores gerais. Entre os judeus, a profissão de publicano era desprezada. Os galileus tinham tanta aversão a essa classe de pessoas que chegavam a considerar ilegal o pagamento de impostos (Mt 22.17). A razão da repugnância dos judeus pelos publicanos baseava-se no fato de os publicanos cobrarem impostos dos judeus para o governo romano, considerado por eles um governo estrangeiro que os dominava pela força; além disso, os publicanos cobravam mais do que lhes era ordenado e embolsavam o resto, isto é, furtavam parte do que recebiam do povo. Qualquer judeu que aceitasse o cargo de preposto do governo para receber impostos, o cargo de publicano, ficava proibido de entrar no templo e nas sinagogas; não lhe era permitido exercer cargos de judicatura, nem era aceito como testemunha nos tribunais de justiça. Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publicanos, havia muitos na Judéia no tempo de Jesus, que pertenciam ao povo judeu.
Os publicanos eram olhados como traidores e apóstatas, instrumentos do opressor e classificados como pessoas de mais vil caráter (Mt 9.11; 11.19; 18.17; 21.31,32), sendo seus únicos amigos os desterrados. Por isso, os contérrâneos de Jesus o desprezavam, uma vez que comia com os publicanos. As esmolas desses cobradores de impostos não eram aceitas na caixa para os pobres da sinagoga. Era um escândalo conviver com os publicanos; eles eram associados com os pecadores e com as meretrizes. Luciano de Samosata os menciona juntamente com os adúlteros e com outras pessoas de vida duvidosa.
Jesus acomodou-se ao modo de pensar da sociedade de então, unindo os publicanos com os pecadores e com as prostitutas (Mt 5.46; 10.3 e as passagens já citadas). Pecador tem nessas passagens o sentido de legalmente impuro, de um que não cuida das formalidades da Lei, daquele que é considerado com não sendo verdadeiro israelita pelos fariseus. Mateus é o evangelista que melhor expressa os sentimentos judeus acerca dos publicanos, talvez por ter sido ele mesmo um publicano a sentir na própria vida os efeitos do desprezo.
Apesar de seu estado pecaminoso, eles atenderam à mensagem de arrependimento de João Batista (Mt 21.32), com mais boa vontade do que os fariseus orgulhosos de si mesmos; por isso os publicanos e as meretrizes estavam mais perto do reino de Deus. Quando os publicanos interrogaram João Batista, este não exigiu que eles abandonassem seu ofício, mas que “não exigissem mais do que o estipulado” (Lc 3.12,13).
Jesus deu uma interpretação mais ampla à palavra publicano, até então restrita aos coletores de impostos. Instruindo seus discípulos, acerca de como tratar um irmão faltoso, recomendou que se procurasse ganhar o irmão aconselhando-o pessoalmente, antes de tornar público o assunto. Se não fosse possível demover o irmão, então o caso seria tratado por uma comissão e, fínalmen-te, se necessário, pela igreja. Se todos os recursos para ganhar o irmão extraviado falhassem, então Jesus recomendou o seguinte: "Se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mt 18.17). Como se vê, os membros desordenados da igreja ou da comunidade, de acordo com o ensino de Jesus, deviam ser incluídos no rol dos publicanos e gentios.
Outro fato que demonstra haver entre os publicanos homens desejosos de servir a Deus, como também os havia entre as demais classes, é a parábola do fariseu e do publicano, a história dos dois homens que foram ao templo para orar. Jesus destacou ali a atitude do publicano e do fariseu, e acentuou que o fariseu justificou-se diante de Deus declarando que não era como o publicano que estava a seu lado, isto é, afirmou que era cumpridor de seus deveres e que merecia mais favores de Deus do que o publicano. Entretanto, Jesus declarou que o publicano nem ao menos ousava levantar a cabeça, tal era o poder de sua contrição, por haver ofendido a Deus. Na apreciação da conduta do fariseu religioso e do publicano desprezado, Jesus declarou que o publicano voltou para sua casa justificado e perdoado, e não o fariseu que o julgava e acusava de injusto.
Apesar do trato severo e do desprezo votado aos publica-nos, os evangelhos registram a conversão de dois deles, cujos nomes passaram à história como exemplo do poder transformador da graça divina. Os dois exerciam a função de publicano na categoria de pre-postos dos romanos, e praticavam os mesmos atos fraudulentos de seus colegas em outras províncias, isto é, furtavam o quanto podiam, exigiam mais do que a lei romana ordenava, e enriqueceram ilicitamente. Esses nomes são Mateus ou Levi, e Zaqueu, cuja história é das mais conhecidas e divulgadas dos evangelhos.
Mateus foi escolhido como um dos doze apóstolos e Jesus comeu com ele, em sua casa (Mc 2.13-17), ele que também havia sido um publicano. Zaqueu, outro publicano, teve a honra de receber Jesus em sua casa e foi bastante sincero em seu arrependimento, a ponto de restituir quadruplicado aquilo que havia tirado ilicitamente dos outros, conforme a lei mosaica estabelecera.
Se entre os publicanos houve aqueles que se tomaram cristãos, entre os cristãos, muitas vezes, há aqueles que se assemelham aos publicanos, por sua desonestidade ou porque se afastam da comunhão da igreja.
Jesus foi bem aceito entre os publicanos e muitos deles ouviram os ensinos do Mestre da Galiléia
Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus afirma que o primeiro não foi atendido e o segundo foi justificado, quando oravam juntos no Templo. Lucas 18.9-14
Zaqueu, o publicano, teve a honra de receber Jesus em sua casa e foi bastante sincero em seu arrependimento
Mateus, evangelista, também era publicano PUBLICANO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Subalterno coletor de impostos ou fiscal dos romanos. Os publicanos, mencionados apenas nos Evangelhos Sinóticos, devem ser distinguidos dos publicani romanos, que nunca aparecem no NT. Os publicani, que geralmente viviam em Roma, eram capitalistas que, individual ou conjuntamente, compravam nos leilões os proventos de uma região ou província através do pagamento de uma quantia definida ao tesouro público (in publicum), e por isso receberam esse nome.
Havia dois tipos de impostos romanos, o direto e o indireto. Na época do NT, a coleta dos impostos diretos, sobre a terra e os indivíduos, não era atribuição de terceiros, mas era feita diretamente por agentes imperiais regulares. Porém os impostos indiretos eram gerados pela importação e exportação, tarifas rodoviárias e baías, e pelo pedágio das pontes etc. Estes ainda eram distribuídos àqueles que faziam a melhor oferta. A cobrança de impostos era geralmente executada por empregados nativos, sendo que empreiteiros nativos também podem ter sido usados. Zaqueu, chamado de “chefe dos publicanos” (architelones), pode ter sido o encarregado dos proventos de Jericó e devia ter um outro coletor abaixo dele. Ele era no mínimo o supervisor de um distrito de coletas.
A maioria dos publicanos do NT, como Levi (Mt 9.9; Mc 2,14; Lc 5.27), era composta por empregados aduaneiros. Suas coletorias, possivelmente, situavam-se nos portões da cidade, nas estradas públicas ou nas pontes. Aparentemente, o posto de Levi (telonium) em Cafarnaum era próximo ao mar, e cobrava impostos sobre a importante rota comercial que entrava na Galiléia vinda de Damasco.
Os publicanos eram odiados e desprezados pelos escribas e também pelo povo. Essa hostilidade torna-se evidente nas expressões: “publicanos e pecadores” (Mt 9.10ss.; Mt 11.19; Mc 2.15ss.; Lc 5.30; 7.34; 15.1), “publicanos e meretrizes” (Mt 21.31), e nas várias ocasiões em que eram comparados com os gentios (Mt 18.17). Esse antagonismo tinha sua origem em várias circunstâncias. Eram vítimas de uma inata aversão humana ao pagamento de impostos. Os agentes aduaneiros nunca foram muito populares. A própria natureza de seu trabalho oferecia muitas oportunidades para extorsão, seu principal pecado, como foi mencionado por João Batista (Lc 3.12ss.).
Como o pagamento de impostos a uma nação estrangeira era algo excessivamente odioso, e geralmente entendido como ilegal (Mt 22.17), os publicanos eram considerados traidores de sua nação e agentes voluntários de seus opressores. Esse ódio aos publicanos também era fortalecido por considerações religiosas. Como seu trabalho constantemente os colocava em contato com os gentios, eles eram considerados impuros, e portanto deveriam ser evitados.
A associação de Cristo com os publicanos não tinha o propósito de purificar totalmente seu caráter destas avaliações (cf. Mt 5.46ss.; Mt 18.17). Sua extorsão e opressão eram tão abomináveis para o Senhor quanto o formalismo e a hipocrisia dos escribas e fariseus. Porém eles também precisavam da salvação (Lc 19.9ss.). Embora participar de refeições junto com eles fosse considerado um ato incompatível com o caráter de um rabino, o Senhor Jesus justificou essa associação baseando-se na necessidade deles (Mt 9.12; Mc 2.17; Lc 5,30ss.), e as queixas mais amargas dirigidas a Ele foram provocadas por essa associação (Lc 7.34; 15.1ss.). Cristo os considerava agradavelmente livres da hipocrisia e da falsidade dos fariseus (Lc 18.9-14). Qualquer sentimento moral que tivessem era real, e não convencional, e quando Ele escolheu Mateus para ser um de seus discípulos, esse fato causou uma profunda impressão (Mc 2.14-17), embora essa escolha não tivesse provocado nenhum sinal de desagrado nos demais discípulos. Detestados pelos outros, os publicanos sentiram-se atraídos por Jesus porque Ele mostrava-se “amigo dos publicanos” (Lc 15.1ss.; cf. 7.34).
Bibliografia, Otto Michel, “Telones”, TDNT, VIII, 88-105. - D. E. H. 3. A oração. Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9 da manhã e 15 da tarde). Daniel orava três vezes ao dia, provavelmente 1 hora por vez. Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no Templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao Templo com o fim de orar à mesma hora. Havia grande distância entre essas duas classes do povo. Fariseu, dizia cumprir a Lei com rigor exemplar. O outro, publicano, era considerado pelo povo em geral, uma pessoa que vivia em grandes pecados e vícios, até sendo mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntas à mesma hora no Templo. É o que informa a parábola. II – A HIPOCRISIA DO FARISEU O fariseu orava em pensamento (Não falava com DEUS), o que é errado. O Publicano falava com DEUS (Oração é diálogo), o que é correto.
1. A postura do fariseu no momento da oração. Em pé para aparecer diante do homens (Não tem a ver com a posição do corpo, mas do interior). O publicano também estava de pé por fora, mas estava de joelhos por dentro). O fariseu, antes de tudo, agradece a DEUS por estar isento dos vícios dos outros homens, e em seguida porque é rico em obras meritórias.
2. Uma “oração comum”. Tudo indica que o tipo de oração que encontramos no texto, apesar de transparecer arrogante, não era completamente desconhecido, pois há relatos na literatura rabínica do judaísmo de que tal comportamento era comum. Alguns autores mostram exemplos de orações cujo teor é similar à do fariseu da parábola. Isso, porém, não justifica a atitude e nem a torna aceitável.
3. A oração arrogante. O fariseu diz a respeito de si mesmo o que era rigorosamente verdadeiro, mas o que o motivava a orar era completamente errado. Não existe nenhuma consciência do pecado, nem da necessidade, nem da humilde dependência de DEUS. O fariseu quase que comete a loucura de “parabenizar” a DEUS por ter um servo tão excelente como ele! Depois de suas primeiras palavras, não se lembra mais de DEUS, mas apenas de si mesmo. O centro de sua oração é o que ele faz. A oração do fariseu inicialmente mostra quem ele é. Em seguida, ele passa a destacar as obras excedentes, ou seja, “a mais” que ele realiza. Excedia o jejum prescrito na Lei, o “Dia da Expiação”, acrescentando à prática anual (Lv 16.29,31; 23.27), mais dois jejuns semanais. Excedia o dízimo normatizado pela Lei (Lv 27.30,32; Nm 18.21,24), chegando a separar o dízimo dos “temperos” ou condimentos (Mt 23.23). Ele realmente “agradece” por ser quem é, mas, não contente com isso, “agradece” também pelo que supostamente faz para DEUS. Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF). Isaías 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas como um vento nos arrebatam. דע Ìed ou (plural) עדים - imundícia
procedente de uma raiz não utilizada significando estabelecer um período.
1) menstruação
1a) trapo imundo, veste manchada (fig. dos melhores feitos de pessoas culpadas)
Uma Confissão Humilde - Isaias 64. 6-12 - TRAPOS DE IMUNDÍCIE - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores ações eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento. (DIF).
Assim como temos as Lamentações de Jeremias, aqui temos as Lamentações de Isaías; o assunto de ambas é o mesmo: a destruição de Jerusalém pelos caldeus e o pecado de Israel que trouxe esta destruição, somente com esta diferença: que Isaías a vê de longe e a lamenta pelo Espírito de profecia, enquanto Jeremias a vê cumprida. Nesses versículos:
I
O povo de Deus, em sua aflição, confessa e lamenta seus pecados, justificando assim a Deus em suas angústias, reconhecendo-se indignos de sua misericórdia, e desse modo enfatizam os seus problemas e se preparam para o livramento. Agora que eles estavam sob as repreensões divinas pelo pecado, não tinham nada em que confiar além da preciosa misericórdia de Deus e a sua continuidade; porque entre eles não há ninguém que ajude, ninguém que sustente, ninguém que fique na brecha e faça intercessão, porque todos eles estão corrompidos pelo pecado. Portanto, são indignos de interceder; todos são negligentes e descuidados no dever, incapazes e inadequados para interceder.
1. Havia uma corrupção geral de costumes entre eles (v. 6): “... todos nós somos como o imundo”, ou como uma pessoa imunda, como alguém infestado pela lepra, que deveria ser expulso do acampamento. O corpo do povo estava como que debaixo de uma contaminação cerimonial, que não era admitida nos pátios do Tabernáculo, ou como alguém atacado por alguma doença repugnante, do topo da cabeça até a sola dos pés; não tinham nada além de feridas e machucados (Isaias 1.6). Todos nós, pelo pecado, nos tornamos não só abomináveis à justiça de Deus, mas odiosos à sua santidade; porque o pecado é a coisa abominável que o Senhor odeia, e não pode contemplar. Até mesmo todas as nossas justiças são imundas, como trapos de imundícia. (1) “Nossas melhores pessoas são assim; todos nós somos tão corruptos e contaminados que até mesmo aqueles entre nós que são considerados homens justos, em comparação com o que os nossos pais eram (e se alegravam por praticar a justiça, v. 5), são exatamente como trapos de imundícia, próprios para serem rejeitados como esterco. O melhor deles é como uma sarça espinhosa”. (2) “As melhores das nossas realizações são assim. Não só há uma corrupção geral dos costumes, mas também uma deserção geral dos exercícios de devoção. Aqueles que passam na qualificação para os sacrifícios de justiça, quando são verificados se mostram rasgados, mancos, e doentes. Portanto, são provocação a Deus, e tão repugnantes quanto trapos de imundícia”. Nossas realizações, embora sejam sempre muito plausíveis aos nossos olhos, estão aquém do padrão requerido. Se dependermos delas como a nossa justiça e pensarmos que mereceremos por elas a aceitação de Deus, serão como trapos de imundícia – trapos, e não nos cobrirão – trapos de imundícia, e apenas nos contaminarão. Os verdadeiros penitentes jogam fora os seus ídolos como trapos de imundícia (Isaias 30.22), pois são odiosos à sua vista. Aqui eles reconhecem até a sua justiça como imunda aos olhos de Deus, se Ele os tratar com uma justiça severa. Nossas melhores obrigações são tão deficientes, e tão distantes da lei, que são como trapos de imundícia. São tão cheias de pecado, e há tanta corrupção ligada a elas, que são como trapos de imundícia. Quando queremos fazer o bem, o mal está presente conosco. E a iniqüidade das nossas coisas santas seria a nossa ruína se estivéssemos debaixo da lei.
2. Havia uma frieza geral quanto à devoção deles (v. 7). A medida foi cheia pela iniqüidade abundante do povo e nada foi feito para esvaziá-la. (1) A oração foi de certo modo negligenciada: “Não há ninguém que invoque o teu nome, ninguém que busque a ti para obter a graça para nos corrigir e remover o pecado, ou para obter a misericórdia para nos aliviar e remover os juízos que os nossos pecados trouxeram sobre nós”. Portanto, o povo é muito mau, porque não ora. Compare a situação com o Salmo 14.3,4; Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. Eles não invocam ao Senhor. A falta de oração faz mal ao povo. (2) As orações eram feitas com muita negligência. Se houvesse aqui e ali alguém que invocasse o nome de Deus, isto era feito com muita indiferença: Não há ninguém que se esforce para ter uma vida com Deus. Observe que: [1] A oração representa um esforço para nos apegarmos a Deus. É agarrar, pela fé, as promessas e as declarações que Deus fez da sua boa vontade para conosco, fazendo súplicas a Ele – é agarrá-lo como a alguém que está pronto a partir, implorando ardentemente que Ele não nos deixe, ou pedir o retorno de alguém que já partiu – agarrá-lo como alguém que luta; porque a semente de Jacó luta com Ele e prevalece em oração. Mas quando nos agarramos a Deus, agimos como o marinheiro que agarra a praia com o seu gancho, como se ele puxasse a praia para junto de si, quando, na verdade, ele está levando a si mesmo para junto da praia. Assim, oramos, não para trazer Deus ao nosso pensamento, mas para que possamos ir a Ele. [2] Aqueles que querem agarrar a Deus em oração, de forma a prevalecer na sua excelsa presença, devem se esforçar para fazer isso; tudo o que está dentro de nós deve ser empregado no dever (até mesmo as menores qualidades); os nossos pensamentos devem ser dirigidos e fixados em Deus, e os nossos sentimentos devem ser inflamados. Para esse propósito, tudo o que está dentro de nós deve ser empenhado e concentrado no serviço. Devemos mover o dom que está em nós através de uma consideração real da importância do trabalho que está diante de nós, aplicando o nosso pensamento a Ele; mas como podemos esperar que Deus venha até nós por caminhos de misericórdia, quando não há ninguém que nos ajude nisto, quando aqueles que professam ser intercessores não passam de pessoas levianas?
II
Eles reconhecem as suas aflições como o fruto e o produto dos seus próprios pecados e da ira de Deus. 1. Eles trouxeram os seus problemas sobre si mesmos por sua própria loucura: “…todos nós somos como o imundo […] e todos nós caímos como a folha (v. 6). Nós não só murchamos e perdemos a nossa beleza, mas caímos e desaparecemos” (este é o significado da palavra) “como folhas no outono. Nossa profissão de religião murcha, e assim secamos e ficamos sem vigor. Nossa prosperidade murcha e desaparece. Caímos no chão, como criaturas vis e desprezíveis. E então as nossas iniqüidades como os ventos nos arrebataram e nos levaram para o cativeiro. Tornamo-nos como os ventos do outono, que sopram para longe as folhas murchas, e elas desaparecem” (Sl 1.3,4). Os pecadores são soprados e então carregados para longe, pelo vento pernicioso e violento da nossa própria iniqüidade. Ele os faz murchar, e então os destrói. 2. Deus trouxe sobre eles, através da sua ira, os problemas que granjearam para si mesmos (v. 7): “…escondes de nós o teu rosto”; ficaste desgostoso conosco e te recusaste a nos conceder qualquer ajuda. Quando eles se fizeram uma coisa imunda, não é de admirar que Deus tenha escondido o seu rosto deles, como nos escondemos de algo abominável. No entanto, isto não é tudo: Tu “…nos fazes derreter, por causa das nossas iniqüidades”. Esta queixa é igual a uma outra (Sl 90.7,8): Somos consumidos pela tua ira; tu nos fazes derreter (assim a palavra é traduzida). Deus os havia colocado em uma fornalha, não para consumi-los como escória, mas para derretê-los como ouro, para que pudessem ser purificados e moldados de novo.
III
Eles reivindicam o relacionamento com Deus como seu Deus, e humildemente suplicam a Ele. E, quanto a isso, entregam-se alegremente a Ele (v. 8): “Mas, agora, ó SENHOR, tu és o nosso Pai! Embora tenhamos agido de forma muito desobediente e ingrata em relação a ti, ainda assim te reconhecemos como o nosso Pai. E, embora tenhas nos corrigido, não nos expulsaste. Loucos e negligentes como somos, pobres, desprezados e pisados como somos pelos nossos inimigos, ainda assim tu és o nosso Pai. A ti, portanto, nos voltamos em nosso arrependimento, como o filho pródigo se levantou e voltou para o seu pai. A ti nos dirigimos em oração. De quem iríamos esperar alívio e socorro além do nosso Pai? Estamos sob a ira de um Pai que se reconciliará e não manterá a sua ira para sempre”. Deus é o Pai deles: 1. Pela criação. Ele lhes deu a sua existência, formou-os como um povo, e os fez como desejou: “Somos o barro e tu és o nosso oleiro”, portanto, não discutiremos contigo. No entanto, tens prazer em tratar conosco (Jr 18.6). Portanto, esperaremos que nos trates bem, que nos faças de novo aquilo que nos fizeste, embora tenhamos nos desfeito e nos deformado: Todos nós nos tornamos como o imundo, mas originalmente fomos obra das tuas mãos; portanto, remova a nossa imundícia, para que possamos ser adequados para o teu uso, o uso para o qual fomos feitos. Somos as obras das tuas mãos; portanto, não nos abandone (Sl 138.8). 2. Pela aliança. Esta é a alegação (v. 9): Contempla, nós te pedimos. Todos nós somos o teu povo, todo o povo que tu tens no mundo, o povo que faz uma confissão aberta do teu nome. Somos chamados como teu povo. E os nossos vizinhos nos consideram como tais. Portanto, aquilo que sofremos reflete sobre ti, e o alívio que o nosso caso requer é esperado unicamente de ti. Somos o teu povo. E será que um povo não deveria buscar o seu Deus? (Isaias 8.19). “Nós somos teus. Salva-nos” (Sl 119.94). Observe que quando estamos sob as repreensões providenciais de Deus, é bom nos mantermos firmes na relação de aliança com Ele.
IV
Eles insistem com Deus para que Ele desvie a sua ira, e perdoe os pecados deles (v. 9): “Não te enfureças tanto, ó SENHOR, embora mereçamos que ajas assim; nem te lembres perpetuamente da nossa iniqüidade”. Eles não oram expressamente pela remoção do juízo sob o qual estavam; quanto a isso, eles se entregam a Deus. Mas: 1. Eles oram para que Deus se reconcilie com eles, e então possam ficar tranqüilos se a aflição continuar ou for removida: “Não te enfureças ao extremo, mas que a tua ira seja mitigada pela clemência e compaixão de um pai”. Eles não dizem: Senhor, não nos repreenda; isto pode ser necessário, mas não o faça em tua ira, não em teu desprazer impetuoso. Eles poderiam pedir que Deus apenas ocultasse a sua face em meio a uma pequena ira. 2. Eles oram para que não sejam tratados de acordo com aquilo que o seu pecado merecia: “... nem perpetuamente te lembres da iniqüidade”. O mal do pecado é tão grande que merece ser lembrado para sempre. E é isto que eles desaprovam, a conseqüência do pecado, que dura para sempre. Estas coisas fazem parecer que eles estão verdadeiramente humilhados debaixo da mão de Deus; que eles têm mais medo do terror da ira de Deus, e das conseqüências fatais do seu próprio pecado, do que de qualquer juízo, seja qual for, considerando estas coisas como o aguilhão da morte.
V
Eles apresentam na corte do céu uma representação muito melancólica, ou um memorial da condição lamentável em que se encontravam, e as ruínas sob as quais estavam gemendo. 1. Suas próprias casas estavam em ruínas (v. 10). As cidades de Judá foram destruídas pelos caldeus e os seus habitantes foram levados para longe, de forma que não havia ninguém para repará-las ou notá-las, o que em alguns anos fez com que parecessem perfeitos desertos: As tuas santas cidades estão como um deserto. As cidades de Judá são chamadas de cidades santas, porque o povo era para Deus um reino de sacerdotes. As cidades tinham sinagogas nas quais Deus era servido; portanto, eles lamentavam pelas suas ruínas, e insistiam nisso ao suplicarem a Deus por elas, nem tanto por serem cidades grandiosas, cidades ricas ou antigas, mas por serem cidades santas, cidades nas quais o nome de Deus era conhecido, professado, e invocado. “Estas cidades estão como um deserto. A beleza delas está manchada. Elas não estão habitadas nem são visitadas, como no passado. Eles queimaram todas as sinagogas de Deus na terra” (Sl 74.8). As cidades menores não foram as únicas deixadas como um deserto desabitado, mas até “Sião está feita um deserto. A própria cidade de Davi está em ruínas; Jerusalém, que era bela pela situação e que era a alegria de toda a terra, está agora assolada, e se tornou o escárnio e o escândalo de toda a terra. Aquela cidade nobre agora é uma assolação, um monte de entulho”. Veja quanta devastação o pecado traz sobre um povo. E uma confissão exterior de santidade não será uma proteção contra ela. Se as cidades santas se tornarem cidades ímpias, logo se transformarão em um deserto (Am 3.2). 2. A casa de Deus estava em ruínas (v. 11). O que eles mais lamentam é o fato de o templo ter sido queimado; mas logo que este foi edificado, eles foram informados daquilo que o seu pecado traria (2 Cr 7.21). Esta casa, tão elevada, será um espanto. Observe como eles lamentam de forma comovente as ruínas do templo. (1) Ele era a casa santa e gloriosa deles. Era um edifício muito suntuoso, mas a sua santidade era, aos seus olhos, a maior beleza dela. Conseqüentemente, a sua profanação era a parte mais triste de sua assolação, e que mais os atormentava. Eles ficaram extremamente entristecidos pelo fato de os serviços sagrados que costumavam ser executados naquele lugar terem sido descontinuados. (2) Era o lugar onde os seus pais louvavam a Deus com os seus sacrifícios e cânticos. Era uma pena que aquilo que por muitos anos foi a glória de sua nação estivesse em cinzas! Isto agravava o desuso dos cânticos de Sião com os quais os seus pais tinham louvado a Deus tão freqüentemente. Eles atraíam o interesse de Deus para a sua causa quando alegavam que ela era a casa onde Ele havia sido louvado. E também o lembraram de sua aliança com seus pais, mencionando que seus pais o adoravam. (3) Com isso, todas as suas coisas mais aprazíveis foram assoladas, todos os seus desejos e prazeres, todas as coisas que eram empregadas por eles no serviço a Deus, nas quais eles tinham grande prazer; não só os móveis do templo, os altares e a mesa, mas especialmente os sábados e as luas novas, e todas as suas festas religiosas, as quais eles costumavam realizar com alegria, seus ministros e reuniões solenes, todas estas coisas eram, agora, uma desolação. Observe que o povo de Deus julga as suas coisas sagradas como as suas coisas mais deleitáveis; tire deles as santas ordenanças e os meios da graça, e você assolará todas as suas coisas mais aprazíveis. O que mais eles têm? Observe agora como Deus e o seu povo têm seu interesse entretecido; quando eles falam de suas cidades para a sua própria habitação, eles as chamam de “tuas cidades santas”, porque a Deus elas foram dedicadas; quando eles falam do templo em que Deus habitava, eles o chamam de a nossa santa e gloriosa casa e os seus móveis as nossas coisas mais aprazíveis, porque eles a haviam desposado vigorosamente, como também a todos os seus interesses. Se assim despertarmos o interesse de Deus por tudo aquilo que nos diz respeito, dedicando tudo ao seu serviço, e despertarmos o nosso interesse por tudo o que lhe diz respeito, colocando tudo junto aos nossos corações, poderemos com satisfação deixar todas as coisas em suas mãos, pois Ele as aperfeiçoará.
VI
Eles concluem com um afetuoso protesto, argumentando humildemente com Deus a respeito de suas atuais desolações (v. 12): “Conter-te-ias tu ainda sobre estas calamidades? Tu vês o teu templo destruído e não ficas ressentido com isso? Tu não vingarás isso? Será que o Deus zeloso se esqueceu de ser zeloso? (Sl 74.22): Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa. Senhor, tu foste insultado, tu foste blasfemado. E tu manterás a paz e não notarás isto? Ficarão sem repreensão as maiores afrontas que podem ser feitas ao Céu?” Quando sofremos abusos mantemos a nossa paz porque a vingança não nos pertence, e porque temos um Deus a quem entregamos a nossa causa. Quando Deus é ofendido em sua honra pode-se, com justiça, esperar que Ele fale na sua vingança; o seu povo não dita o que Ele deverá dizer, mas a sua oração (como aqui): “Ó Deus, não estejas em silêncio!” (Sl 83.1) e: “Ó Deus do meu louvor, não te cales!” (Sl 109.1), solicita a condenação dos inimigos, e que o Senhor se manifeste para a consolação e o alívio do seu povo. “Tu, pois, nos afligirás de uma forma angustiante, ou nos afligirás para sempre?” É uma aflição angustiante para as pessoas boas ver o santuário de Deus assolado e nada sendo feito para levantá-lo do meio de suas ruínas. Mas Deus disse que não contenderia perpetuamente; portanto, o seu povo pode confiar que as suas aflições não serão extremas nem eternas, mas leves e momentâneas. III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1. A oração do publicano. O cobrador de impostos parece não estar à vontade no local de culto. Ele não está apto nem mesmo para assumir o comportamento normal de quem ora. Bate no peito como aquele que está numa situação de desespero, suplica com a fórmula do pecador que não sabe fazer o elenco de seus pecados (Sl 51.3). É a oração do pobre que confia totalmente em DEUS. Com profunda dor ele exclama: “DEUS, tem misericórdia de mim, pecador!” Nessa breve, porém, sincera e humilde oração, a ênfase recai sobre a palavra “pecador”.
2. Sinceridade e arrependimento. Além de golpear o próprio peito, o publicano nem conseguia levantar os olhos. O termo grego utilizado é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida, tal como aparece em Lucas 23.48. O publicano sequer consegue formular muitas palavras. Nem mesmo fazendo promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. Ele tem consciência de sua condição, por isso, prostra-se em sinal de sinceridade e arrependimento. A sua condição o permite apenas render-se inteiramente às mãos de DEUS. É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e “apenas” ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, “somente” ele era o pecador. Nisto também vemos a comparação entre ambos. Na verdade, estamos diante de uma oração que saía das profundezas de um coração completamente dilacerado pela dor.
3. A oração aceita. As pessoas que ouvem atentamente a narração de JESUS talvez tivessem esboçado sinais de aprovação inclinando-se para a atitude do fariseu. Porém, num dado momento, o Mestre desconcerta a todos os ouvintes com uma conclusão inesperada. O publicano, que era odiado por todos, isto é, o pecador, recebe o dom de DEUS, a justiça, ou seja, o perdão e a misericórdia divina. Já o fariseu, que ostentava a justiça perante DEUS como conquista pessoal, não obteve o mesmo favor. O publicano recebeu o favor divino como dom misericordioso de DEUS. Esta é a verdadeira justiça, posto ser proveniente de DEUS (Rm 1.17). Assim, a oração aceita é a do publicano. Ela vem permeada de sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Por isso, ele voltou para casa “justificado”, ou seja, perdoado e “inocentado” dos seus pecados. O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de DEUS. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de DEUS, certamente, a encontrará. CONCLUSÃONa parábola que aprendemos na lição de hoje, o fariseu representa aquele tipo de pessoa que ora bastante, mas não tem uma atitude sincera. O publicano, apesar da classe a que pertence, no momento da oração representa aquele tipo de pessoa que, com sinceridade e arrependimento, se prostra diante do Pai e, por isso, encontra favor. Será que o nosso coração, naturalmente, não é sempre semelhante ao do fariseu? Vê severamente os pecados de outras pessoas, mas esquece dos próprios. O fariseu deixou o Templo da mesma maneira que entrou nele. Devemos orar como publicanos, pois todos somos pecadores. Devemos orar com sinceridade e arrependimento diante de DEUS. Quem se humilhando, curva-se até ao pó, será amorosamente conduzido ao coração do Pai (Sl 51.17). Ajuda extra
O Fariseu e o Publicano - Lucas 18. 9-14 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
O alcance desta parábola está igualmente prefixado, e somos informados (v. 9) sobre quem eles eram, a quem ela foi dirigida, e por quem foi avaliada. Ele a criou para o convencimento de alguns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros. Eles agiam como se tivessem: 1. Uma grande presunção a respeito de si mesmos, e de sua própria bondade; eles se achavam tão santos quanto precisavam ser, e mais santos do que todos os seus vizinhos. E achavam que poderiam servir de exemplo a todos eles. Mas isto não era tudo; 2. Eles tinham uma grande confiança em si mesmos diante de DEUS, e não só tinham uma opinião muito elevada de sua própria justiça, mas contavam com seus supostos méritos, sempre que se dirigiam a DEUS, como quando faziam as suas súplicas. Eles confiavam em si mesmos crendo que eram justos; eles pensavam que haviam feito de DEUS seu devedor, e que poderiam exigir qualquer coisa dele; e: 3. Eles desprezavam os outros, e olhavam para eles com superioridade, como se os outros não fossem dignos de serem comparados com eles. Agora, CRISTO, através desta parábola, iria mostrar a loucura deles, e que desse modo eles se excluíam da aceitação do Senhor DEUS. Esta pregação é chamada de parábola, embora não haja nenhuma semelhança nela; mas é, antes, uma descrição dos diferentes temperamentos e linguagens de dois grupos: (a) daqueles que orgulhosamente justificam a si mesmos, e (b) daqueles que humildemente condenam a si mesmos diante de DEUS. Aqui também fica patente a diferença da postura destes dois grupos diante de DEUS. E vemos isto todos os dias.
I
Aqui estão os dois, dirigindo-se a DEUS no dever de oração no mesmo lugar e hora (v. 10). Dois homens subiram ao templo (porque o templo ficava sobre a colina) para orar. Não era a hora da oração pública, mas eles foram ali para oferecer as suas devoções pessoais, como era costume das pessoas boas naquela época, quando o templo não era apenas o lugar, mas o meio de adoração. E o Senhor DEUS havia prometido, em resposta ao pedido de Salomão, que, qualquer que fosse a oração feita de modo correto dentro daquela casa, ela seria aceita. CRISTO é o nosso templo, e é a Ele que devemos ter em vista em todas as súplicas que dirigirmos a DEUS. O fariseu e o publicano foram ambos ao templo, orar. Note que entre os adoradores de DEUS, na igreja invisível, há uma mistura de bons e maus, de alguns que são aceitos por DEUS, e de alguns que não são; e assim tem sido desde que Caim e Abel levaram as suas ofertas para o mesmo altar. O fariseu, orgulhoso como era, não podia pensar em ficar sem a oração; nem o publicano, humilde como era, poderia sequer pensar em se excluir dos benefícios da oração; mas temos motivos para pensar que eles se apresentavam ao Senhor com opiniões diferentes. 1. O fariseu foi ao templo para orar porque era um lugar público, mais público que as esquinas das ruas. Portanto, ele deveria ter muitos olhos sobre si, que elogiariam a sua devoção, algo que seria talvez mais do que o esperado. O caráter dos fariseus que foi exposto por CRISTO – de que todas as obras que eles faziam visavam que eles fossem vistos pelos homens – nos dá motivos para esta suspeita. Note que os hipócritas mantêm as demonstrações externas somente para acumular ou ganhar crédito. Há alguns a quem vemos todos dias no templo, e que, podemos temer, não veremos no grande dia à mão direita de CRISTO. 2. O publicano foi ao templo porque este lugar fora designado como a casa de oração para todos os povos, Isaías 56.7. O fariseu foi ao templo em busca de um elogio; o publicano, para tratar de seus interesses; o fariseu, para fazer a sua exibição; o publicano, para fazer os seus pedidos. Agora, DEUS vê com que disposição e objetivo nós o servimos nas santas ordenanças, e nos julgará de forma adequada.
II
Aqui estão as palavras do fariseu a DEUS (porque não podemos chamar isto de oração): Estando em pé, orava consigo... (vv. 11,12). Em algumas versões, lemos: Colocando-se de pé, orava assim... Aquele homem estava totalmente centrado em si mesmo, não via nada além de si mesmo, de seu próprio louvor, e não enxergava a glória de DEUS. É possível que ele se colocasse em pé em algum lugar visível, onde se destacasse; ou, colocando-se em grande pompa e formalidade, ele orava. Agora o que ele aqui tinha a dizer mostra:
1. Que ele confiava em si mesmo, crendo ser justo. O fariseu disse muitas coisas boas a respeito de si mesmo, e supunha que fossem verdadeiras. Ele pensava que estava livre dos pecados grosseiros e escandalosos; achava que não era roubador, nem explorador, que não oprimia os devedores ou inquilinos, mas que era justo e bondoso com todos os que dependiam dele. Ele alegava que não era injusto em nenhum dos seus assuntos; ele não agia mal com ninguém; ele pensava que podia dizer, como Samuel, De quem tomei boi ou jumento? Ele não era adúltero, mas possuía seu vaso em santificação e honra. No entanto, isso não era tudo; ele jejuava duas vezes por semana, em parte por obrigação, em parte por devoção. Os fariseus e seus discípulos jejuavam duas vezes por semana, segunda-feira e quinta-feira. Assim ele glorificava a DEUS com o seu corpo: no entanto, isso não era tudo. Ele dava os dízimos de tudo quanto possuía, de acordo com a lei, e assim glorificava a DEUS com os seus bens terrenos. Agora, tudo isto era muito bom e recomendável. Miserável é a condição daqueles que não alcançam a justiça deste fariseu: no entanto, ele não foi aceito; e por que não? (1) O fato de dar graças a DEUS por isso, embora seja em si uma coisa boa, parece ser uma mera formalidade. Ele não diz, “Pela graça de DEUS eu sou o que sou,” como Paulo disse, mas desaponta com um desrespeitoso, “Ó DEUS, graças te dou”, que tem como objetivo apenas introduzir uma ostentação orgulhosa e vangloriosa de si mesmo. (2) Ele se vangloria disto, e se estende com prazer nesse assunto, como se todo o seu interesse no templo fosse dizer ao DEUS Todo-poderoso o quanto ele mesmo era bom; e ele está pronto a dizer, com estes hipócritas de quem lemos (Is 58.3), “Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?” (3) Ele confiava nisto como sendo justiça, e não só mencionava, mas pleiteava, como se através disso fosse merecedor de algo das mãos de DEUS, tendo-o tornado seu devedor. (4) Aqui não há sequer uma palavra de oração em tudo o que ele disse. Ele subiu ao templo a orar, mas se esqueceu dessa tarefa; estava tão cheio de si mesmo e de sua própria bondade que pensava que não precisava de nada, não, nem mesmo do favor e da graça de DEUS, que, ao que parece, ele não julgava valer a pena pedir.
2. Que ele desprezava os outros. (1) Ele considerava toda a humanidade insignificante, exceto a si mesmo: Graças te dou, porque não sou como os demais homens. Ele fala indistintamente, como se ele fosse melhor que qualquer outra pessoa. Podemos ter motivos para agradecer a DEUS por não sermos como alguns homens, que são notoriamente iníquos e vis. Mas falar indiscriminadamente assim, como se apenas nós fôssemos bons, e todos à nossa volta fossem réprobos, é julgar de forma genérica. (2) Ele considerava este publicano particularmente insignificante, um homem a quem ele havia deixado para trás, provavelmente, no pátio dos gentios, e a cuja companhia se juntou por acaso ao entrar no templo. Ele sabia que este era um publicano, e, assim, concluiu sem compaixão que ele era um roubador, injusto, e tudo o que era desprezível. Supondo que tivesse sido assim, e que ele soubesse disso, o que ele tinha a ver com isso? Será que ele não poderia pronunciar as suas orações (e isto era tudo o que os fariseus faziam) sem reprovar o seu próximo? Ou isto fazia parte do seu “Ó DEUS, graças te dou?” Tinha ele tanto prazer na maldade do publicano quanto na sua própria bondade? Não poderia haver uma evidência mais clara do que esta, não só da necessidade de humildade e caridade, mas de grande orgulho e malícia.
III
Aqui estão as palavras do publicano a DEUS, que eram o contrário das palavras do fariseu. Elas estavam tão repletas de humildade e humilhação, quanto as palavras do fariseu estavam repletas de orgulho e ostentação; tão cheias de arrependimento pelo pecado, e de um sincero desejo da presença de DEUS, quanto as do outro eram cheias de confiança em si mesmo e em sua própria justiça e suficiência.
1. O publicano expressou seu arrependimento e humildade no que fez; e seu gesto, quando se referiu às suas devoções, foi expressivo de grande seriedade e humildade, e a demonstração própria de um coração quebrantado, penitente e obediente. (1) Ele estava de pé, de longe. O fariseu estava de pé, mas cercou-se do maior número de pessoas possível, na parte superior do pátio; o publicano manteve distância debaixo de um senso de sua indignidade para se aproximar de DEUS, e talvez por medo de ofender o fariseu, a quem ele observou olhar desdenhosamente para ele, e de perturbar as suas devoções. Com isso, aquele homem reconheceu que DEUS poderia de forma justa vê-lo de longe, e mandá-lo a um estado de distância eterna de si, e que foi um grande favor que DEUS se agradasse em admiti-lo tão perto de si. (2) Ele nem ainda queria levantar os olhos ao céu, quanto mais as mãos, como era costume na oração. Ele na verdade levantou o seu coração a DEUS nos céus, em desejos santos, mas, através da vergonha e da humilhação dominantes, ele não levantou os seus olhos em santa confiança e coragem. As suas iniqüidades são mais numerosas do que os cabelos de sua cabeça, como uma carga pesada, de forma que ele não é capaz de olhar para cima, Salmos 40.12. O abatimento de seu semblante é uma indicação do abatimento de sua mente, que foi levada a pensar a respeito do pecado. (3) Ele batia no peito, em uma santa indignação contra si mesmo, pelo pecado: “Assim queria bater neste meu coração perverso, a fonte venenosa da qual fluem todas as correntes de pecado, se eu pudesse chegar perto dela”. O coração do pecador primeiro bate nele em uma reprovação penitente, 2 Samuel 24.10. O coração de Davi o abateu. Pecador, o que tu fizeste? E então ele bate em seu coração com remorso penitente: Ó homem desgraçado que sou! Foi dito que Efraim bateu em sua coxa, Jeremias 31.19. Os grandes pranteadores são representados batendo em seus peitos, Naum 2.7.
2. Ele expressou isto no que disse. A sua oração foi curta. O medo e a vergonha impediram que ele dissesse muito; suspiros e gemidos sufocaram as suas palavras; mas o que ele disse tinha um propósito: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. E bendito seja DEUS por termos esta oração registrada como uma oração respondida, e por termos a certeza de que aquele que orou assim foi para a sua casa justificado. E nós também o seremos, através de JESUS CRISTO, se fizermos esta oração, como ele fez: “Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador. Que o DEUS de infinita misericórdia tenha misericórdia de mim, porque, se Ele não tiver, estarei perdido para sempre, e serei infeliz para sempre. Senhor DEUS, tenha misericórdia de mim, porque tenho sido cruel para mim mesmo.” (1) Ele reconhece que é um pecador por natureza, por prática, culpado diante de DEUS. Eis que sou mau, o que responderei a ti? O fariseu nega ser um pecador; nenhum de seus vizinhos pode acusá-lo, e ele não vê motivo algum para acusar-se de qualquer coisa errada; ele está limpo, ele está puro em relação ao pecado. Mas o publicano não dá a si mesmo nenhum outro caráter além de pecador, um réu confesso no tribunal de DEUS. (2) Ele não depende de nada além da misericórdia de DEUS, que é a única coisa em que ele confia. O fariseu havia insistido no mérito de seus jejuns e dízimos; mas o pobre publicano rejeita todo pensamento de mérito, e corre para a misericórdia como a sua cidade de refúgio, e se apodera das pontas dos chifres deste altar. “A justiça me condena; nada irá me salvar exceto a misericórdia, e somente a misericórdia”. (3) Ele sinceramente ora rogando o benefício desta misericórdia: “Ó DEUS, tenha misericórdia, de mim, seja favorável a mim; perdoe meus pecados; reconcilie-se comigo; coloque-me em seu favor; receba-me misericordiosamente; ame-me pela sua bondade e graça”. Ele vem como um mendigo pedindo esmolas, que está pronto a morrer de fome. Ele provavelmente repetiu esta oração com sentimentos renovados, e talvez tenha dito mais com o mesmo sentido, talvez tenha feito uma confissão específica de seus pecados, e mencionado as misericórdias específicas de que necessitava, e que esperava de DEUS; mas ainda assim este era o refrão da canção: Ó DEUS, tem misericórdia de mim, pecador.
IV
Aqui está a aceitação do publicano por parte do Senhor DEUS. Nós temos visto como estes dois homens se dirigiram a DEUS de forma diferente; vale a pena agora perguntar como eles se saíram. Havia aqueles que iriam enaltecer o fariseu, pelos quais ele iria para a sua casa aplaudido, e que iriam olhar com desprezo para este publicano desprezível e lamurioso. Mas nosso Senhor JESUS, a quem todos os corações estão abertos, de quem todos os desejos são conhecidos, e de quem nenhum segredo está oculto, que está perfeitamente familiarizado com todos os procedimentos na corte do céu, nos assegura que este pobre publicano, penitente e de coração quebrantado, foi para a sua casa justificado, enquanto o fariseu, não. O fariseu pensava que se um deles, e não o outro, devia ser justificado, certamente devia ser ele em vez do publicano. “Não”, disse CRISTO, “Digo-vos, eu afirmo com a máxima segurança, vos declaro com a máxima consideração, digo-vos, é o publicano em vez do fariseu”. O fariseu orgulhoso vai embora, rejeitado por DEUS. Suas ações de graças estão longe de serem aceitas, pois são uma abominação. Ele não é justificado, seus pecados não são perdoados, e ele não é liberto da condenação. O fariseu não é aceito como justo à vista de DEUS, porque ele é muito justo aos seus próprios olhos; mas o publicano, ao se dirigir humildemente ao céu, obtém a remissão de seus pecados, e aquele a quem o fariseu não colocaria com os cães de seu rebanho, DEUS coloca com os filhos de sua família. O motivo para isso é que a glória de DEUS consiste em resistir ao soberbo, e a dar graça ao humilde. 1. Os homens orgulhosos, que a si mesmos se exaltam, são adversários de DEUS, e, portanto, serão certamente humilhados. DEUS, em seu diálogo com Jó, recorre a essa prova de que Ele é DEUS, que Ele olha para todo soberbo, e humilha-o, Jó 40.12. 2. Os homens humildes, que a si mesmos se humilham, estão sujeitos a DEUS, e serão exaltados. DEUS tem uma preferência reservada para aqueles que consideram as suas bênçãos como favores, não para aqueles que as exigem como dívidas. Aquele que for humilde será exaltado no amor de DEUS, e na comunhão com Ele. Será exaltado na satisfação que terá em si mesmo, e será, finalmente, exaltado até o céu. Veja como o castigo é a resposta ao pecado: Qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado. Veja como a recompensa é a resposta ao dever: Qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado. Veja também o poder da graça de DEUS ao trazer o bem a partir do mal; o publicano havia sido um grande pecador, e da grandeza do seu pecado foi trazido à grandeza de seu arrependimento; “Do comedor saiu comida” (Jz 14.4). Veja, ao contrário, que o poder da maldade de Satanás traz o mal a partir do bem. Era bom que o fariseu não fosse roubador, nem injusto; mas o diabo o tornou orgulhoso disso, e esta foi a sua ruína SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 6 - REVISTA CPAD - 2018 SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL TOP1“Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano (10). Eles não entraram no santuário, mas em um dos átrios do templo onde eram oferecidas as orações. Este era o pátio das mulheres. Ao escolher um fariseu e um publicano para esta ilustração, JESUS escolheu dois extremos. Os fariseus eram a mais rígida, mais conservadora e mais legalista de todas as facções dos judeus. Os publicanos eram oficiais judeus do governo romano, cujo trabalho era recolher taxas para Roma. Eles eram odiados pelos judeus tanto pelas taxas recolhidas para os dominadores estrangeiros, como por serem geralmente desonestos” (CHILDERS, Charles L. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.467,468). CONHEÇA MAIS - TOP1 - *Quem Eram os Fariseus“Os fariseus, ou perushim, isto é, do ‘hebraico parash, separar, interpretar’, expressão que literalmente significa ‘separados ou separadores’ e pode ser entendida, como ‘intérpretes ou comentadores’, isto é, aqueles que distinguem, separam e expõem a lei’, eram judeus piedosos e, pela sua popularidade, considerados ‘mentores religiosos da ‘ralé’’”.
Para conhecer mais, leia O Sermão do Monte, CPAD, p.100. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2“O tríplice uso da expressão ‘hipócritas’ [hypokritēs] ([utilizada por JESUS em Mateus 6] vv.2,5,16), termo grego originalmente utilizado no teatro para os atores que representavam, denota a seriedade com que são encarados os que fazem o bem com motivações escusas. É impossível não lembrar-se de Mateus 25.31-46, quando as ovelhas forem separadas dos bodes, justamente por causa das boas obras executadas. Obras que, vale ressaltar, eram praticadas sem nenhum outro interesse por parte de quem praticava a não ser o bem da pessoa necessitada. Aliás, os benfeitores estavam fazendo ao próprio Filho de DEUS, mas eles sequer sabiam disso! Nada fora feito para representar, pois eles sequer sabiam que estavam sendo observados e suas obras anotadas e contabilizadas. É assim que, conforme observa Dumais, uma ‘ação praticada diante do Pai ‘em segredo’ (vv. 4.6.18) não significa uma ‘ação secreta’; designa toda ação, até pública, que se faz de verdade diante do Pai, ‘que vê o que está oculto’, isto é, que penetra a intenção profunda dos corações’. O feito de qualquer um, isto é, qualquer obra, jamais será ‘oculta’ diante dos olhos de quem tudo vê e conhece. Inclusive as ações, não precisam ser necessariamente ocultas, escondidas, pois se não houver outra forma ou local, elas podem ser realizadas publicamente” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.102-03).
SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3A oração que o pecador faz com humildade e arrependimento leva à conversão genuína, que, por sua vez, se evidencia pela conversão comprovada, pela reparação dos erros cometidos e a volta às atividades que honram a obra de DEUS e o glorificam. Os atos falam mais alto que as palavras. São os atos da pessoa que atestam a sinceridade da sua conversão. Se você está em falta diante de DEUS, quanto maior for seu erro, tanto maior deve ser a humildade e o arrependimento demonstrados em sua oração. Você estará orando a um DEUS vivo que conhece tudo que é rico em misericórdias” (SOUZA, Estevam Ângelo de. Guia Básico de Oração. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.124,125-26).
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP