CPAD Adultos – 4º Trimestre de 2018 – 23-12-2018 – Lição 12: Esperando, mas trabalhando no Reino de Deus



Este post é assinado por Eliel Goulart

Texto Áureo

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” – I Pedro 4.10.

Verdade Prática

Enquanto vigilantes aguardamos a volta de Cristo, devemos trabalhar diligentemente na causa do Mestre.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus  25.14 a 30
14 Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, 
15 e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. 
16 E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos. 
17 Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois. 
18 Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor. 
19 E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. 
20 Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles. 
21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
22 E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos. 
23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
24 Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25 e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 
26 Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; 
27 devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros. 
28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. 
29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Há uma conexão entre a Parábola das Dez Virgens e esta Parábola dos Talentos. A primeira, é um alerta contra a negligência na vida espiritual. A segunda, é uma advertência contra a indolência. A primeira, ensina-nos a aguardar com zelo. A segunda, exorta-nos a aguardar com perseverança ativa. A primeira, enfatiza a piedade espiritual. A segunda, o serviço no Reino de Deus.
Lucas 19.13b – “Negociai até que eu venha.”
Também há semelhanças com a Parábola das Dez Minas, de Lucas 19.12 a 27. Ambas as parábolas descrevem as decisões administrativas de um senhor, que está pronto a partir em viagem, e seus servos. As duas apresentam a prestação de contas pelos servos quando do retorno de seu senhor. Ambas têm em comum servos recompensados e um servo que é punido pela negligência e infidelidade.                                                     
A Parábola das Dez Minas é mencionada somente por Lucas.
As minas representam as oportunidades. Os talentos representam os dons dados por Deus.
As duas tratam de oportunidade, fidelidade e recompensa.
Esta Parábola dos Talentos ressalta o passado, o presente e o futuro do servo bom e fiel:
1 – Passado, quanto às habilidades próprias de cada um dadas por Deus;
2 – Presente: nossa dependência da Graça e do Poder de Deus;
3 – Futuro: nossa responsabilidade em prestar contas diante do Senhor.

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS 

1 – O Contexto da Parábola

A Parábola dos Dez Talentos é mencionada somente por Mateus.
O contexto desta Parábola está no sermão escatológico proferido por Jesus. Contexto é um texto que precede ou se segue determinado texto e que encadeia o discurso.
O Senhor Jesus a pronunciou quando estava com os seus discípulos no monte das Oliveiras.
“Porque isto é também…” Assim começa Mateus 25.14. “Isto é também” o que? Mateus indica que o texto precedente contribui para o significado do discurso escatológico do Senhor Jesus, ou seja, a Parábola das Dez Virgens. O “isto” refere-se à essência da Parábola: vigilância.
Então, esta Parábola dos Talentos está num contexto geral que enfatiza a necessidade de vigilância, e o expressa em outro aspecto: esperando com vigilância e com serviço.

2 – Conhecendo o sistema financeiro da época

William Mackergo Taylor (1829-1895) assim comenta sobre este assunto do sistema financeiro da época da narrativa da Parábola dos Talentos: “Quando um rico resolvia ficar fora de casa por algum tempo, ele procedia de duas maneiras quanto à administração de seus bens, durante a sua ausência. Transformava os seus escravos de confiança em seus representantes, ao confiar a eles o cultivo de sua terra e o seu dinheiro, para que o usasse no comércio; ou ele fazia uso do sistema que fora introduzido pelos fenícios, de troca e empréstimo de dinheiro, e que vigorava plenamente naquele tempo por todo o Império Romano. Nessa parábola, o Senhor adotou a primeira opção; e havia um contrato formal, ou no mínimo ficava subentendido que os servos seriam recompensados por sua fidelidade.”

3 – A motivação e o significado da Parábola

Tendo em mente que as Parábolas são comparações ilustrativas que nos revelam verdades divinas, nesta Parábola dos Talentos assim compreendemos a motivação e o significado:
“Senhor” – o senhor rico é o Filho do Homem, o próprio Senhor Jesus Cristo.
“A viagem” – a um país distante, trata-se de Sua ida para o Céu, na Sua Ascensão.
“Os servos” – por interpretação primária, os discípulos escolhido primariamente por Jesus: os doze nomeados. Por secundária, os discípulos regenerados de todas as eras.
“Talentos” – a palavra “talento” – latim talentum :”certo peso de matéria preciosa”. Na dinâmica das palavras, tomou a acepção de “aptidão, capacidade”. (Houais). Aqui entendemos que são os dons distribuídos por Jesus aos Seus servos.
“Ausência do senhor” – lembra-nos claramente o fato de Cristo estar invisível ao mundo, e a Sua promessa de voltar.
“Os negócios com os talentos” – os empreendimentos dos servos com os talentos no período de ausência do senhor rico revelam a fidelidade com que o povo de Deus deva tratar com as oportunidades, os dons espirituais, dons de serviços e dons ministeriais concedidas para Seu serviço.
“Bem está, servo bom e fiel” – estes elogios podem significar os galardões que serão efetivados quando do Tribunal de Cristo, no Arrebatamento.
“Mau e negligente servo” – esta condenação pelo serviço irresponsável contra duas coisas:
A – o não uso;
B – o uso indevido dos dons celestiais.

II – USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O REINO DE DEUS

Pastor Eliel Goulart
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