“Acabou a doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil,” diz Damares ao assumir Ministério dos Direitos Humanos

Julio Severo
A advogada e pastora evangélica Damares Alves assumiu nesta quarta-feira (2) o cargo de ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. No discurso, ela afirmou: “Acabou a doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil.”
Damares Alves é educadora, advogada e foi assessora da Frente Parlamentar Evangélica durante muitos anos. Ela nasceu no Paraná, mas mudou-se aos seis anos para o Nordeste, onde morou em Alagoas e na Bahia.
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos foi criado por Bolsonaro para coordenar as políticas e as diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos.
O ministério vai defender os direitos da mulher, da família, do idoso, da criança e do adolescente, da pessoa com deficiência, do índio e das minorias.
O ministério terá oito secretarias e 12 conselhos ou comitês. A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tiveram status de ministério nos governos Lula e Dilma, estarão debaixo do comando do ministério de Damares Alves.

Discurso

Durante o discurso desta quarta-feira, a nova ministra afirmou que a base da estruturação das políticas públicas do governo Jair Bolsonaro será a família.
“Todas as políticas públicas neste país terão que ser construídas com base na família. A família vai ser considerada em todas as políticas públicas,” enfatizou.
Ao lembrar da filha, a ministra se emocionou. Segundo Damares Alves, a filha está fora de Brasília por conta das ameaças que ela vem sofrendo.
Outros assuntos prioritários na agenda de Damares são:
Vida desde a concepção: Damares afirmou que gostaria que o ministério se chamasse “Ministério da Vida e da Alegria.” “E por falar em vida, eu falo vida desde a concepção,” destacou ela.
Violência contra a mulher: Damares Alves citou denúncias de violência contra a mulher e afirmou que, no governo de Jair Bolsonaro, nenhuma será ignorada.
Doutrinação ideológica: A nova ministra também afirmou que um dos desafios do governo será acabar com o “abuso da doutrinação ideológica.” “Acabou a doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil,” disse ela. “Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Está dado o recado. Ninguém vai nos impedir de chamar nossas meninas de princesas e nossos meninos de príncipes,” acrescentou ela.

Riscos à família

Em uma palestra de 2014, cujo tema era “Riscos que corre a família brasileira,” Damares Alves disse que, à época, estava preocupada com um decreto editado em 2009 pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, o texto apontava na direção de que a família brasileira tem que ser destruída.
O decreto mencionado na palestra pela ministra trata do Programa Nacional de Direitos Humanos e estabelece a “desconstrução da heteronormatividade” — em outras palavras, a desconstrução da normalidade sexual homem/mulher — sob o argumento de que é preciso “incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.”
“Eles querem muito mais que construir no Brasil a homonormatividade [isto é, a homossexualidade como coisa normal]. Eles querem, pior, destruir a heteronormatividade. Isso me preocupa muito, mas eu gostaria que esta nação tivesse outro decreto. Sou cristã, pastora e a minha regra de fé é a Bíblia,” disse Damares na ocasião.
As declarações pró-família de Damares estão em sintonia com a vasta maioria de milhões de brasileiros, que preferem o bem-estar da família à imposição de doutrinação homossexual nas crianças nas escolas.
Os brasileiros estão batendo palmas para as posturas que Damares adotou no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Agora, ela precisa das orações de todos os brasileiros para cumprir seus objetivos pró-família.
Com informações do G1 da Globo.