Esse post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
TEXTO ÁUREO
Salmos 42:11
Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus. (ARC)
Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus. (ARC)
TEXTO DE REFERÊNCIA
Romanos 5:1-5
1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
2 pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
4 e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. (ARC)
5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. (ARC)
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Ensinar o que é a desesperança;
- Revelar tudo acerca de um hospedeiro perigoso;
- Mostrar como tratar a desesperança.
INTRODUÇÃO
Paz seja convosco meus nobres companheiros(as) do ministério de Ensino.
Chegamos ao final do nosso primeiro trimestre de 2019 e junto, uma grande satisfação pela oportunidade de aprendermos muito sobre as enfermidades da alma!
Temos ciência que os assuntos abordados pouco se relacionaram com a teologia que estamos acostumados a tratar em nossas EBDs, no entanto, estavam intimamente conectados a pessoas. Pessoas ficam enfermas e pessoas sempre devem ser prioridade no exercício de qualquer ministério e principalmente na vida de todos que professam a vida cristã, pois entendemos que estar atento ao que ocorre com o nosso próximo é cumprir o segundo maior mandamento deixado por nosso Senhor Jesus Cristo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39b).
Neste último estudo sobre as enfermidades da alma, iremos abordar a DESESPERANÇA, que apesar de não constar oficialmente na DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), como sendo um transtorno de ordem psicológica, está corriqueiramente agregada a diversos transtornos mentais caracterizados como tais no mesmo documento (DSM-5), como por exemplo, alguns que já abordamos aqui anteriormente: Transtornos de Estresse Pós-Traumático, Transtorno Bipolar; Transtorno Borderline, Distimia (Transtorno Depressivo Persistente), Síndrome de Burnout, os transtornos alimentares (Anorexia e Bulimia), Ansiedade (sintoma bastante comum em diversos transtornos da alma), sentimento de solidão e tantos outros…
Em um mundo de alta competitividade, de uma cultura relativista acentuada, de injustiças sociais crescentes, de valores morais e éticos tão baixos, onde se predomina o politicamente correto, distorcendo princípios elementares de uma sociedade saudável, a desesperança do mundo e da vida tem feito muitas vítimas. Propomos entender sobre esta tão nociva enfermidade, a desesperança.
1 – DESESPERANÇA, UMA ENFERMIDADE REAL
Ultimamente temos lido, visto e até convivido com pessoas que por algum motivo, tiveram suas vidas abaladas ao ponto de se prostrarem e passarem a viver de forma infeliz e desanimadas quanto ao futuro.
O sentimento predominante em sua mente é de que são incapazes de lidar com as diferentes dificuldades apresentadas durante a vida. Tal sentimento é prevalecente sobre qualquer outro que aponte para outra direção. A sensação de derrota triunfa sobre a emoção da vitória. São pessoas cuja mente ou os seus sentimentos estão sempre focados no insucesso e nas perdas.
O bloqueio de se perceber os altos da vida nos permite afirmar que a desesperança é de fato uma enfermidade da alma.
1.1 – O vazio gerado pela desesperança
O sentimento de esperança é um dos mais importantes na receita da felicidade. A esperança se refere a algo bom que está por chegar.
Explica-se que essa ilusão está no futuro que se materializa através de um desejo concreto em um plano de ação em função de um objetivo. Entretanto, o ser humano também pode experimentar o sentimento oposto à esperança. Trata-se da desesperança do coração, um sentimento que pode surgir em vários graus e em diferentes contextos.
Alguns exemplos: uma pessoa pode sentir-se desesperançada em sua relação conjugal quando atravessa uma grave crise; um indivíduo apaixonado pode não ter esperanças de ser correspondido por um amor idealizado; um sujeito que sofre um período de desemprego de longa duração pode perder a esperança de encontrar um novo trabalho, entre outros.
A desesperança mostra uma visão negativa da realidade para cada contexto. E esta visão negativa pode trazer tristeza, influencia de forma negativa a autoestima, traz solidão, raiva por causa da falta de esperança, cansaço psicológico e esgotamento físico (a conexão corpo e mente são constantes). O sentimento da desesperança causa uma dor interior, a pessoa se fecha para o mundo e por isso a desesperança se mostra no pensamento negativo recorrente, que por sua vez, traz sentimentos desagradáveis.
Gostaria de inserir aqui uma outra palavrinha interessante que bem se aplica a tudo isso – resiliência.
Resiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. Em outras palavras, em quanto tempo nos recompomos ou nos levantamos da lona após sofrermos um nocaute causado pelos intempéries da vida? Há pessoas que depois de passar por uma frustração cai na lona e não consegue mais se levantar. A sua mente fica presa a derrota, lhe consumindo dia após dia.
Vamos trazer aqui um exemplo prático, uma história real de enfrentamento dos fracassos e de resiliência inspiradora. Gostaria de me referir ao fundador da Honda Motors, sr. Soichiro Honda.
Quantas vezes você se sentiu fracassado? Quantas vezes você sentiu vontade de jogar tudo para o alto, de desistir? Com certeza, Soichiro Honda, desconhecia a palavra desesperança; a persistência e a resiliência foram a chave do seu sucesso.
Apesar de todas as adversidades que encontrou em seu caminho, ele se tornou dono de um grande império, uma das maiores fábricas de autos e motores, a Honda.
Em 17 de novembro de 1906, nascia na aldeia de Komyo, na cidade de Hamamatsu, no Japão, o filho mais velho de um ferreiro. Seu nome, Soichiro Honda. Era uma criança curiosa, que desde muito cedo ficava observando os motores, encantado com seus barulhos, cheiros e segredos! Nunca foi um bom aluno, mas nem por isso não era inteligente, pois apesar de não se interessar pelas teorias dos livros, ele preferia a prática das coisas!
Aos 8 anos, já havia construído uma bicicleta e, aos 13 já tinha uma série de pequenas “invenções”! Aos 16 anos, Honda vai para Tóquio como aprendiz numa oficina mecânica, e poucos anos mais tarde, volta para Hamamatsu e abre a sua própria oficina.
Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as joias da própria esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.
Sr. Honda desiste? Não! Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o tachavam de “visionário“.
Sr. Honda fica chateado? Não! Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída.
Sr. Honda se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa.
Essa é a gota d’água e o homem desiste? Não! Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.
Ele entra em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai as ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas“. A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria.
Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a ideia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: hoje a Honda Motor Company é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente (Nm 14.24).
Mesmo diante de tantas frustrações e decepções, Soichiro Honda, não se entregou a desesperança, antes foi resiliente e creu que o futuro não seria sombra do que havia sido o seu passado.
O pastor Israel Maia, exemplifica o caso bíblico do cego Bartimeu (Lc 18.35.43) que desde o seu nascimento conviveu com uma limitação e frustração causadas pela deficiência visual – Bartimeu era cego; portanto, completamente tolhido de fazer o que pessoas comuns fazem. Podemos imaginar o grau de insatisfação e de desencantamento pela vida que havia naquele homem, suas emoções certamente o flagelava todos os dias, lançado a beira do caminho, era um pedinte sem perspectivas de ver melhoras em sua triste e melancólica vida, fadado a terminar os seus dias envolto da mais alta decepção, excluso da sociedade e cerceado de ao menos ver a cor do mundo. Bartimeu não tinha esperança alguma de mudança até que o inusitado aconteceu.
Cristo em sua compaixão pelos homens, se deteve ante aos gritos daquele cego que ao saber que Jesus passava por lá, teve em seu coração e mente, a esperança recriada.
Lucas 18:38
38 Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! (ARC)
38 Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! (ARC)
Ele clama por misericórdia e é atendido, porque o Senhor é misericordioso e se importa com as nossas frustrações. Ele é a luz na escuridão da desesperança, é a água na sede do desesperado, é o pão na fome do desenganado e é tudo para o desiludido. Jesus devolveu a visão ao cego e a sua vida foi resetada a partir daquele dia.
Lucas 18:41-42
41 dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja.
41 dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja.
42 E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. (ARC)
A indagação de Cristo para todos os desesperançados ainda é a mesma: “O que queres que eu te faça?”
Somente Jesus pode fazer esta pergunta. Qualquer outro homem jamais poderia perguntar ao seu semelhante como Jesus o fez a Bartimeu, pois os nossos recursos são limitados e haverá sempre uma barreira que não poderemos transpor para atender a desesperança de alguém, mas Jesus retém em si mesmo todo o poder nos céus e na terra (Mt 28.18) e para Ele não há absolutamente nada demasiadamente difícil (Gn 18.14; Mt 9.5) para realizar em prol do ser humano – Aleluia!
1.2 – Sentimentos paralisantes
A desesperança é uma enfermidade da alma que atual na mente humana. As emoções e sentimentos são alterados e o individuo doente passa a ter reflexões distorcidas acerca da vida. Suas ponderações sempre estarão contaminadas pelos insucessos do passado.
O pastor Israel Maia exemplifica que eles questionam as suas lidas e realizações. É como se tudo perdesse o sentido e então passam a viver sempre cogitando a possibilidade de abandonar os empreendimentos que estão envolvidos.
Desistir é para eles, é a melhor opção e também mais vantajosa do que perseverar ou insistir um pouco mais. Os projetos do presente estão infectados pelos fracassos do passado!
A Palavra de Deus contém a narrativa da história de uma mulher que por longos 12 anos conviveu com uma enfermidade física (fluxo de sangue, isto é, hemorragia). Em semelhança ao cego Bartimeu, esta mulher ouviu falar de Jesus (Mc 5.27).
De acordo com o historiador Eusébio de Cesareia, esta mulher residia em Cesareia de Filipo, uma região muito distante de onde Jesus estava. É provável que lá em Cesareia de Filipo, ela tenha ouvido a respeito de Jesus e teria caminhado esta longa distância em busca de seu objetivo (cerca de 80 km).
Em primeiro lugar gostaria de destacar que o seu caso tratava de um sofrimento prolongado. Aquela mulher hemorrágica buscou a cura durante 12 longos anos da sua vida; Foi um tempo de busca e de esperança frustrada; Foram 12 anos de enfraquecimento físico e emocional constantes; Anos de sombras espessas na alma, de lágrimas copiosas, de noites mal dormidas, de madrugadas de insônia, de sofrimento sem trégua. Por certo o que disse o sábio Salomão se aplicava perfeitamente a sua vida naqueles dias:
Provérbios 13:12
12 A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida. (ARC)
Em segundo lugar o sofrimento a consumia por completo. A Bíblia registra que ela havia padecido muito nas mãos de diversos médicos e por certo tenha até mesmos descido até o Egito, onde havia os melhores especialistas da saúde; a Bíblia diz também que ela havia gastado todo o seu dinheiro em busca de uma solução para o seu problema (Mc 5.26).
O Talmud (significa estudo: é uma coletânea de livros sagrados dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo) dava onze formas de cura para a hemorragia. Quase uma para cada ano do seu sofrimento. Ela buscou todas sem sucesso!
Em terceiro lugar, aquela enfermidade lhe destruía os sonhos. Aquela mulher perdia sangue diariamente, logo tinha uma anemia profunda e uma fraqueza constante. O sangue é símbolo da vida (Lv 17.11a).
Aos que padecem da desesperança tem seus sonhos engavetados, trancados e as chaves atiradas para longe. As dificuldades são tão duras que deixam de sonhar. Os sonhos e projetos são soterrados e sobre eles há muita terra e entulho.
Salmos 39:7
7 Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti. (ARC)
Jesus era para aquela mulher a última cartada, a última esperança, e isto a fez se mover em direção do Criador e mantenedor da vida. Ela toca na orla das vestes do Cristo e no mesmo instante recebe a cura da enfermidade!
O poder de Deus tira a terra e remove os entulhos. Faze-os voltarem a superfície. Ele reabre as gavetas e coloca os sonhos a mesa. Ele ressuscita o que está sem esperanças – Aleluia!
1.3 – Igreja, um ambiente acolhedor
Por Cláudio Roberto de Souza
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