ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 11


Esgotamento físico e mental: prevenção e tratamento
17 de março de 2019


Texto Áureo
"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.", 1 Tm 4.16


Verdade Aplicada
Nosso envolvimento na obra de Deus deve ser com equilíbrio, pois somos limitados e dependentes do Espírito Santo.

Isaías 40:28-3128. Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento.
29. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
30. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão;
31. Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, trataremos de um assunto de grande importância: a Síndrome de Burnout. Uns a tratam como enfermidade, outros não. Ao longo do estudo, esclareceremos esta discordância e conheceremos melhor este mal.

1. CONCEITUANDO A SÍNDROME DE BURNOUT
Em 1974, o psicólogo alemão Herbert Freudenberg, ao observar seu comportamento e de alguns outros funcionários da clínica de recuperação para dependentes químicos que trabalhava, desenvolveu o conceito da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, do qual falaremos nesta lição.

1.1. Apresentando a enfermidade
A Síndrome de Burnout não é citada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais nº5 (DSM V) como doença. Ela aparece na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) com o código Z173.0 (esgotamento). Este fato causa uma discordância  em meio aos profissionais, levando uns a reconhecerem-na como importante distúrbio psiquiátrico ocupacional, resultante do estresse na vida profissional, e outros apenas como sintomas relacionados a outras enfermidades. No nosso caso, vamos apresenta-la como enfermidade da alma, devido à sua relevância no meio eclesiástico, pois muitos tem apresentado seus sintomas de maneira cada vez mais frequente.
1.2. O perigo da síndrome nos médicos
A Síndrome de Burnout é apresentada como uma forma de estresse psicológico, que se caracteriza pela falta de entusiasmo e motivação, frustração, afetividade e pela exaustão. Quando os sintomas se desenvolvem, o portador passa a evidenciar uma redução de eficácia no seu local de trabalho. Alguns médicos principalmente os que trabalham com doentes terminais, experimentam a exaustão emocional, que os leva a despersonalização, fazendo com que passem a tratar seus pacientes e as pessoas em geral como se fossem objetos. Isto é um agravante, pois se trata de um profissional que lida diariamente com vidas. Como Igreja, estamos guardados pelo Senhor, mas em algum momento certamente precisaremos estar nas mãos de homens que serão responsáveis pela nossa vida. Devemos orar por todos que sofrem com essa enfermidade, pedindo a Deus que opere, renovando as forças e dando solução para o problema (2Co 4.16).

1.3. A Síndrome e outros profissionais
Policiais e bombeiros também são profissionais que lidam diariamente com a proteção e salvamento do ser humano. As situações de estresse as quais são expostos levam os mesmos a desenvolverem sintomas relativos à síndrome, como fatiga, distúrbio do sono, cansaço constante, irritabilidade, alteração de humor e perda de iniciativa. Tais sintomas comprometem o bom serviço destes profissionais e os tornam perigosos para a população. Sempre que verificamos tais sintomas em profissionais destas áreas, sejam eles membros de nossas igrejas ou não, devemos buscar encaminhá-los para um tratamento.

2. PROFESSORES ADOECIDOS
A Síndrome de Burnout tem acometido uma categoria de grande importância para a comunidade eclesiástica. Professores estão sofrendo de forma terrível com este mal, comprometendo a educação formal de nossas crianças e as relações interpessoais da igreja de Cristo.

2.1. Como os professores são afetados
A Síndrome de Burnout tem sido um dos principais problemas que afetam os professores atualmente. Veremos os sintomas e as consequências, e abordaremos alguns possíveis tipos de tratamentos. Esta síndrome irá surgir a partir de uma estratégia inadequada de lidar com a forma crônica do estresse ocupacional e aumenta quando os meios utilizados para o tratamento falham. A exaustão provocada pelo excesso de preocupação que é gerada por vários fatores, como horas de trabalho em demasia, violência escolar e cobrança dos pais, irá culminar na desumanização e no sentimento de falta de realização profissional, tornando o seu trabalho penoso e doloroso.
2.2. O perigo do desequilíbrio psicofisiológico
A Síndrome de Burnout pode se desenvolver em qualquer atividade profissional. Porém profissionais que lidam diretamente com relacionamentos pessoais e afetivos são mais propensos ao seu aparecimento. Assim esses profissionais tem se tornado um alvo certo. Nos últimos tempos, tem sido veiculado pela mídia muitos professores sendo atacados dentro de sala por alunos violentos e descontrolados (Pv 16.29). Estes episódios  são responsáveis pelo desequilíbrio psicofisiológico destes profissionais, os quais, na maioria das vezes, não tem a quem recorrer. Os membros da igreja local devem se esforçar para produzir um ambiente no qual as pessoas encontrem suporte emocional e espiritual, para que eles não percam o equilíbrio (Sl 37.8).

2.3. Fatores de risco
São vários os fatores que podem desencadear o processo de aparecimento da enfermidade . A associação do excesso de atividades exigido pela profissão, com variados episódios provenientes do ambiente onde essas atividades são desenvolvidas, poderá ser listadas como agentes causadores da síndrome. Na sua maioria, os professores sofrem com alunos com dificuldades de aprendizado, baixos salários, confrontos com os responsáveis de alunos, carga horária e de trabalho excessivas. Muitos não conseguirão vencer sem tratamento profissional. Daqueles que estão sofrendo com esta síndrome a igreja deve estar atenta para não exigir dos mesmos que se envolvam em atividades eclesiásticas que exijam alto grau de concentração. A igreja deve ser para eles um lugar onde sintam prazer em estar (Sl 16.11; 122.1-2).

3. PASTORES COM A SÍNDROME DE BURNOUT
Neste tópico, falaremos sobre a Síndrome de Burnout em pastores. O pastor não é um "super-herói". Como qualquer outro ser humano, é possível que o pastor enfrente momentos de crise em sua vida. Infelizmente muitos querem passar a imagem de fortaleza, esquecendo que a nossa força vem do Senhor (Fp 4.13).

3.1. O pastor de hoje
As exigências das funções pastorais têm sofrido uma mudança o longo do tempo. Atualmente, assuntos outrora impensados são apresentados ao pastor para que ele decida qual a melhor posição a ser tomada. Por exemplo, o aumento de divórcios entre membros de igrejas tem causado um desajuste familiar que pesa sobre o pastor, no que concerne ao aconselhamento dos filhos e do casal. Inseminação artificial, violência familiar, desigualdade social, entre outros, são assuntos que muitos esperam uma opinião por parte do pastor. Isso tem levado muitos líderes a sofrerem com a Síndrome de Burnout.

3.2. Pastores sofrendo com este mal
Muitos pastores estão sofrendo com esta síndrome devido ao estresse ocasionado pela função pastoral. Alguns tem se deixado levar por um posicionamento obstinado e compulsivo, promovendo assim, desgaste psicofisiológico. O estresse vivido pelos pastores tem aumentado o número de morte por doenças cardiovasculares. A Bíblia nos orienta a mantermos a nossa confiança em Deus, pois Ele tem cuidado de nós (Sl. 37.3-5).

3.3. Ministérios fadados ao fracasso
Um ministério pautado na produção quantitativa, sem tempo para férias, lazer e atividades prazerosas, está fadado ao fracasso, Fomos chamados para servir ao Senhor da obra e não à obra. Isto quer dizer que as coisas vão acontecer de acordo com a vontade de Deus, na hora que Ele determinar (Rm 11.36a). A negação impede que haja o reconhecimento da necessidade de uma consulta com um médico ou terapeuta, dificultando, ainda mais, a cura. Uma boa orientação médica e terapêutica aliada a uma vida de oração e meditação na Palavra de Deus é o procedimento ideal para a solução da questão.

CONCLUSÃO
E preciso uma posição adequada profissional e eclesiasticamente, para que não desanimemos diante das dificuldades ao longo da caminhada. Cuidado! Zelo excessivo e dedicação exagerada podem desencadear sintomas gravíssimos. Permaneçamos em Cristo, pois Ele nunca irá nos desamparar (Is 42.16).

Questionário 
1. O que devemos pedir a Deus?
R.: Que opere renovando as forças e dando a solução para o problema (2Co 4.16).

2 . O que, nos últimos tempos, tem sido veiculado na mídia?
R.: Que muitos professores estão sendo atacados dentro de sala por alunos violentos e descontrolados (Pv 16.29).

3. Qual a função da Igreja? 
R.: Dar suporte emocional e espiritual (Sl 37.8).

4. O que a Bíblia nos orienta?
R.: A mantermos a nossa confiança e segurança em Deus, pois Ele tem cuidado de nós (Sl 37.3-5).

5. A quem fomos chamados para servir? 
R.: Ao Senhor da obra (Rm 11.36a).

Fonte: Revista Betel

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