INTRODUÇÃO
Podemos considerar o Tabernáculo como o primeiro templo judeu. Segundo relata o Antigo Testamento, Moisés recebeu ordem de Deus para que construísse um local de culto, com característica de fácil montagem e desmontagem, pois naquela época o povo israelita era nômade.
Êxodo 25 dá início à seção mais comprida da Bíblia e talvez menos lida e entendida do Livro de Êxodo. Do início do capítulo 25 até o capítulo 40 - com exceção do 32 ao 34 - temos uma excelente descrição detalhada do Tabernáculo. Fala sobre sua estrutura, equipamentos e o sacerdócio. É compreensível que o leitor das Escrituras Sagradas se surpreenda ao comparar o tamanho do relato sobre a Criação e a preparação para que Terra ficasse pronta para a habitação humana, e depois verificar que estão separados 12 capítulos sobre o Tabernáculo. Compreende-se isso: todas as coisas referentes ao Tabernáculo apontam para Cristo e são de alguma maneira um arquétipo de Cristo.
I - A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
Êxodo 25 dá início à seção mais comprida da Bíblia e talvez menos lida e entendida do Livro de Êxodo. Do início do capítulo 25 até o capítulo 40 - com exceção do 32 ao 34 - temos uma excelente descrição detalhada do Tabernáculo. Fala sobre sua estrutura, equipamentos e o sacerdócio. É compreensível que o leitor das Escrituras Sagradas se surpreenda ao comparar o tamanho do relato sobre a Criação e a preparação para que Terra ficasse pronta para a habitação humana, e depois verificar que estão separados 12 capítulos sobre o Tabernáculo. Compreende-se isso: todas as coisas referentes ao Tabernáculo apontam para Cristo e são de alguma maneira um arquétipo de Cristo.
I - A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
Deus revelou-se a Israel e fez do Tabernáculo o seu lugar de habitação. Estabeleceu uma parceria com seu povo para construir o Tabernáculo.
A sessão de versículos 1 ao 7 de Êxodo 25 mostra a conclamação do Senhor ao seu povo para a construção do Tabernáculo por meio de ofertas alçadas:
"O SENHOR disse a Moisés: Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração o mover para isso, dele vocês receberão a minha oferta. Esta é a oferta que dele vocês receberão: ouro, prata e bronze; pano azul, púrpura e carmesim; linho fino; pelos de cabra; peles de carneiro tingidas de vermelho e peles finas; madeira de acácia; azeite para a iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral".1. Por que construir um tabernáculo no deserto?
A resposta a essa pergunta é clara e objetiva. Uma das lições que se aprende em Teologia acerca de Deus é que "Deus é Espírito e, assim, Ele é autoexistente, não criado por outro ser, atemporal, autossuficiente, não restrito a nenhum determinado ponto geográfico. O fato de Deus manifestar seu desejo de habitar com o seu povo não o limita a nada. Ele tem origem em si mesmo, Ele existe por si mesmo quando diz: "Eu Sou o Que Sou" (Êxodo 3.14).
A ordem dada a Moisés para construir uma morada para Ele tinha por objetivo mostrar o seu Espírito, fazendo-se sentir pelas exibições especiais da natureza no lugar da sua presença, a shekinah: a manifestação do fogo, da nuvem, da água, dos relâmpagos e trovões.
2. A materialização da obra de Deus.
Nós devemos nos atentar para a ideia de que a oferta, entregue pelos judeus para a construção da Arva, teve orientação divina. Foi o próprio Deus quem pediu ao povo que contribuísse para o grande projeto do Tabernáculo.
► Lição 2: Os artesãos do Tabernáculo
► Dízimo no judaísmo e na Igreja de Cristo
► Lição 2: Os artesãos do Tabernáculo
► Dízimo no judaísmo e na Igreja de Cristo
3. Três verdades bíblicas que o ofertante deve saber (Êxodo 25.2).
Em primeiro lugar, a oferta foi um plano de Deus para o sustento de sua obra; em segundo, a contribuição deveria ser feita como ato voluntário; terceiro, a fidelidade na ação de contribuir trazia ao povo hebreu abundância.
II - O TABERNÁCULO FOI UM PROJETO DE DEUS
"E farão para mim um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu mostrar a você como modelo do tabernáculo e como modelo de todos os seus móveis, assim mesmo vocês o farão" - Êxodo 25.8-9.
1. Deus arquitetou o Tabernáculo (Êxodo 25.8).
O modelo era divino, mas era feito com elementos materiais e teria caráter temporário. Deus elaborou a engenharia e arquitetou toda a construção do Tabernáculo, dando a Moisés a relação dos peças e equipamentos que deveriam ser utilizados. Desde o início, é perceptível o caráter provisório do projeto divino, pois o povo de Israel não faria uma peregrinação perpétua no deserto. A efetivação do Tabernáculo aconteceu mediante a participação do povo de Deus através de ofertas alçadas e voluntárias como ouro, prata, cobre, pano azul, e púrpura, e carmesim.
O livro de Êxodo descreve detalhadamente a execução e aparência de todos os utensílios litúrgicos da tenda religiosa, apresenta uma descrição arquitetônica e construtiva minuciosa dos espaços que comporiam o complexo da tenda religiosa.
O livro de Êxodo descreve detalhadamente a execução e aparência de todos os utensílios litúrgicos da tenda religiosa, apresenta uma descrição arquitetônica e construtiva minuciosa dos espaços que comporiam o complexo da tenda religiosa.
2. O Tabernáculo foi um projeto de Deus.
O Tabernáculo foi um projeto segundo um modelo especial, era um plano divino, mas destinado à montagem com elementos naturais pois teria um caráter temporal, necessitada praticidade para armar e ser desarmando sempre que houvesse a necessidade de transportá-lo Embora Moisés haja sido formado academicamente no Egito, nenhum item do Tabernáculo era fruto de sua mente engenhosa e disciplinada. Recebendo instruções direta de Deus, Moisés persuadiu o povo hebreu a envolver-se na construção, enfatizando que se tratava de uma proposta celestial.
O Tabernáculo era um retângulo descoberto, delimitado por um acortinado. No pátio, orientado para o leste, estava o altar em bronze onde eram realizados os sacrifícios e a pia onde Aarão e seus filhos lavavam as mãos antes de realizar os sacrifícios.
Logo depois da pia estava o santuário, uma tenda coberta por uma série de camadas de cortinas sustentadas por grandes colunas de madeira revestidas em ouro. Dentro do volume, uma cortina dividia o espaço em dois, de maneira que o espaço mais sagrado fosse um cubo perfeito, conhecido como Santo dos santos. Neste recinto estava a Arca da Aliança, receptáculo das Tábuas da Lei, pedaços da primeira edição quebrada por Moisés quando da sua ira ao ver os hebreus adorando a imagem do bezerro de ouro. A parte aberta do santuário, entre o Santo dos santos e a entrada pelas cortinas, abrigava um pequeno altar para incenso, um candelabro de ouro e a mesa sobre a qual deveria estar o pão da apresentação.
O Tabernáculo era um retângulo descoberto, delimitado por um acortinado. No pátio, orientado para o leste, estava o altar em bronze onde eram realizados os sacrifícios e a pia onde Aarão e seus filhos lavavam as mãos antes de realizar os sacrifícios.
Logo depois da pia estava o santuário, uma tenda coberta por uma série de camadas de cortinas sustentadas por grandes colunas de madeira revestidas em ouro. Dentro do volume, uma cortina dividia o espaço em dois, de maneira que o espaço mais sagrado fosse um cubo perfeito, conhecido como Santo dos santos. Neste recinto estava a Arca da Aliança, receptáculo das Tábuas da Lei, pedaços da primeira edição quebrada por Moisés quando da sua ira ao ver os hebreus adorando a imagem do bezerro de ouro. A parte aberta do santuário, entre o Santo dos santos e a entrada pelas cortinas, abrigava um pequeno altar para incenso, um candelabro de ouro e a mesa sobre a qual deveria estar o pão da apresentação.
3. O plano térreo do Tabernáculo (Êxodo 25.9).
O Tabernáculo de Moisés foi um projeto de Deus assim como a Igreja o é no mundo. O fato de o Tabernáculo ter existido no período da peregrinação dos hebreus pelo deserto e ter sido um santuário portátil por causa das constantes mudanças realizadas por Israel, ele e seus móveis apontavam à revelação de um plano salvífico por intermédio de Jesus.
O apóstolo Pedro compara, em sua primeira carta, no capítulo 2 e versículo 11, os cristãos aos hebreus, diz que os crentes são peregrinos e forasteiros, isto é, subentende-se que ele quis dizer que não temos residência fixa neste mundo, somos gente estrangeira cujo destino final é o lar que está no céu.
O uso de qualquer objeto do Tabernaculo na Igreja não passa de decoração estética. A Arca da Aliança como se vê representada em alguns púlpitos utilizada como forma de afirmar que Deus está naquele objeto é desvio doutrinário. Nossa Arca é o Senhor Jesus, e Ele mesmo, como Sacerdote e Cordeiro se apresentou diante do Pai para mostrar o fruto da expiação que fez por todos.
III - A RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA
O modo especial de Deus revelar-se ao seu povo era através de tipos e figuras materiais que ilustrassem as verdades celestiais. Esta linguagem figurada expressa a relação de Deus, o Criador e Senhor, o Todo-Poderoso, com a sua criação e com as suas criaturas.
1. A importância dos aspectos tipológicos do Tabernáculo.
A tipologia bíblica constitui-se uma das maiores riquezas de proveito espiritual para o crente que deseja conhecer a Bíblia profundamente, pode ser explorada sem receio, desde que as regras de interpretação de texto seja respeitada. É bom lembrar que um tipo sempre é inferior ao tipificado.
A tipologia é muito rica em si mesma, pode ser definida como o estabelecimento de conexões históricas entre fatos, pessoas e coisas do Antigo Testamento com o que existe no Novo. Por isso, ao lidarmos com a tipologia do Tabernáculo, é necessário considerar que ela é manifestada na pessoa de Cristo e em sua obra expiatória. Deus tinha a Arca, o Castiçal de Ouro, o Altar do incenso e a mesa dos pães da proposição como peças da liturgia de culto. No Novo Testamento, o modo de adorar a Deus tornou-se diferente e especial, porque o lugar da adoração é um Pessoa, o próprio Senhor Jesus Cristo.
De acordo com os parâmetros da hermenêutica bíblica, a estrutura física dos objetos usados no Tabernáculo é descrito detalhadamente. São metais e madeiras, tecidos e bordados, peles e cores. Tais peças estavam na mente de Deus como significados simbólicos voltados para revelar o seu caráter e glória.
O Tabernáculo era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Êxodo 29.43-46). O apóstolo Paulo demonstrou considerar a relação tipológica muito importante quando escreveu a seguinte declaração: "Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança (Romanos 15.4).
A tipologia é muito rica em si mesma, pode ser definida como o estabelecimento de conexões históricas entre fatos, pessoas e coisas do Antigo Testamento com o que existe no Novo. Por isso, ao lidarmos com a tipologia do Tabernáculo, é necessário considerar que ela é manifestada na pessoa de Cristo e em sua obra expiatória. Deus tinha a Arca, o Castiçal de Ouro, o Altar do incenso e a mesa dos pães da proposição como peças da liturgia de culto. No Novo Testamento, o modo de adorar a Deus tornou-se diferente e especial, porque o lugar da adoração é um Pessoa, o próprio Senhor Jesus Cristo.
De acordo com os parâmetros da hermenêutica bíblica, a estrutura física dos objetos usados no Tabernáculo é descrito detalhadamente. São metais e madeiras, tecidos e bordados, peles e cores. Tais peças estavam na mente de Deus como significados simbólicos voltados para revelar o seu caráter e glória.
O Tabernáculo era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Êxodo 29.43-46). O apóstolo Paulo demonstrou considerar a relação tipológica muito importante quando escreveu a seguinte declaração: "Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança (Romanos 15.4).
2. A Igreja de Cristo é Tabernáculo de Deus na Terra
O estudo do Tabernáculo constitui-se a descoberta da maior riqueza da tipologia bíblica. O tabernáculo de Moisés era material, e Deus habitava nele; a Igreja é o tabernáculo espiritual onde habita e se manifesta gloriosamente (Efésios 2.22).
A mesma tipologia aponta para um povo futuro, a Igreja, a pessoas de Jesus Cristo. Não apenas o Tabernáculo, o Templo de Salomão também simboliza a Igreja de Cristo edificada para "morada de Deus em Espírito" (Efésios 2.22).
A Igreja é apresentada na Bíblia como a Casa de Deus, de caráter familiar, porque a palavra "casa", nesse contexto, refere-se à família que mora na casa (1 Timóteo 3.15). Além disso, a Igreja é descrita como Templo de Deus (1 Corintios 3.16).
Alguns textos do Novo Testamento fazem da tipologia modo de comparação entre o Tabernáculo e a Igreja. Paulo tipificou a Igreja como edifício de Deus para falar de crescimento coerente e organizado da comunidade cristã (1 Corintios 3.9). Neste edifício, os crentes em Cristo são identificados como "pedras vivas", as quais são edificadas umas sobre as outras.
O Pai desejou habitar entre os homens e derrubar a parede de separação erguida pelo pecado no Éden. Esse plano glorioso alcançou o objetivo máximo na encarnação e crucificação de Jesus Cristo, seu amado Filho "na plenitude dos tempos" (Gálatas 4.4; Efésios 1.5-10). Na Pessoa gloriosa de Jesus Cristo, Deus encontrou-se com o ser humano, e este com Deus.
Desde a geração de Moisés, Tabernáculo indica algo futuro que mudaria o destino do ser humano caído: a Obra Expiatória de Cristo representada em todo o santuário em ao meio ao deserto. Foi concebido para que o homem dos tempos atuais compreenda a sua figura representada na pessoa de Jesus Cristo, o qual expiou a nossa culpa, fazendo-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Na Obra Expiatória do Senhor, a imagem do Tabernáculo relaciona-se com a Igreja fundada pelo Senhor Jesus Cristo. Tal qual o Tabernáculo, a Igreja de Cristo é um planejamento de Deus posto em curso com o objetivo de abençoar o mundo, convidar toda alma a achegar-se diante do Senhor com o coração contrito.
E.A.G.
Compilação
A mesma tipologia aponta para um povo futuro, a Igreja, a pessoas de Jesus Cristo. Não apenas o Tabernáculo, o Templo de Salomão também simboliza a Igreja de Cristo edificada para "morada de Deus em Espírito" (Efésios 2.22).
A Igreja é apresentada na Bíblia como a Casa de Deus, de caráter familiar, porque a palavra "casa", nesse contexto, refere-se à família que mora na casa (1 Timóteo 3.15). Além disso, a Igreja é descrita como Templo de Deus (1 Corintios 3.16).
Alguns textos do Novo Testamento fazem da tipologia modo de comparação entre o Tabernáculo e a Igreja. Paulo tipificou a Igreja como edifício de Deus para falar de crescimento coerente e organizado da comunidade cristã (1 Corintios 3.9). Neste edifício, os crentes em Cristo são identificados como "pedras vivas", as quais são edificadas umas sobre as outras.
CONCLUSÃO
O Pai desejou habitar entre os homens e derrubar a parede de separação erguida pelo pecado no Éden. Esse plano glorioso alcançou o objetivo máximo na encarnação e crucificação de Jesus Cristo, seu amado Filho "na plenitude dos tempos" (Gálatas 4.4; Efésios 1.5-10). Na Pessoa gloriosa de Jesus Cristo, Deus encontrou-se com o ser humano, e este com Deus.
Desde a geração de Moisés, Tabernáculo indica algo futuro que mudaria o destino do ser humano caído: a Obra Expiatória de Cristo representada em todo o santuário em ao meio ao deserto. Foi concebido para que o homem dos tempos atuais compreenda a sua figura representada na pessoa de Jesus Cristo, o qual expiou a nossa culpa, fazendo-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Na Obra Expiatória do Senhor, a imagem do Tabernáculo relaciona-se com a Igreja fundada pelo Senhor Jesus Cristo. Tal qual o Tabernáculo, a Igreja de Cristo é um planejamento de Deus posto em curso com o objetivo de abençoar o mundo, convidar toda alma a achegar-se diante do Senhor com o coração contrito.