Central Gospel Jovens e Adultos – 2º Trimestre de 2019 – 07-04-2019 – Lição 1: Fundamentos da autoridade



Este post é assinado por Carlos Henrique Soares

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 OBEDEÇAM AO governo, porque Deus foi quem o estabeleceu. Não há governo, em parte alguma, que Deus não tenha colocado no poder.
2 Portanto, aqueles que se recusam a obedecer às leis da terra estão se recusando a obedecer a Deus, e o castigo sobrevirá.

3 Pois o policial não amedronta as pessoas que fazem o bem; mas aqueles que praticam o mal, sempre terão medo dele. Assim, se você não quiser ter medo, guarde as leis e tudo irá sempre bem.
4 O policial é enviado por Deus para ajudar você. Mas se você estiver fazendo algo errado, é natural que deve ter medo, pois ele terá de castigá-lo. Ele é enviado por Deus exatamente para esse fim.
5 Assim, vocês precisam obedecer às leis por duas razões: para evitar o castigo e porque sabem que devem obedecê-las. Rm 13.1-5

TEXTO ÁUREO

13 Pelo amor que vocês têm ao Senhor obedeçam a todas as leis do governo: aquelas que são do rei, como chefe de Estado,
14 e aquelas que são dos oficiais do rei, pois ele os enviou para castigar todos os que fazem o mal e louvar aqueles que fazem o bem.
15 É da vontade de Deus que a vida correta de vocês faça calarem-se aqueles que insensatamente condenam o Evangelho sem saberem o que ele pode fazer por eles, pois nunca experimentaram o seu poder.
16 Vocês estão livres da lei, porém isso não quer dizer que estão livres para fazer o mal. Vivam como aqueles que são livres para fazer somente a vontade de Deus em todas as ocasiões.
17 Mostrem respeito para com todos. Amem aos cristãos em toda parte. Temam a Deus e respeitem o governo. 1Pe 2.13-17

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Conhecer o significado da palavra e aplica-lo à própria experiência de vida;
  • Identificar os princípios bíblicos para o exercício da autoridade em nível familiar, social e também espiritual;
  • Entender como relacionar-se com as autoridades constituídas a luz dos ensinos bíblicos.

PALAVRA INTRODUTÓRIA

Paz do Senhor nobres professore(as).
Iniciamos mais um novo trimestre e temos grandes expectativas quanto ao aprendizado e ensino sobre a autoridade espiritual. Vamos em frente…
Pais e líderes espirituais e governantes, são autoridades constituídas por Deus. Esse princípio de governo é bíblico e inegociável. Você pode odiar esse princípio você pode cuspir nesse princípio. Pode quebrar tripudiar, zombar, ridicularizar esse princípio por toda a tua vida. Pode até negá-lo e rechaçá-lo, mas mesmo assim continuará sendo um princípio estabelecido por Deus.
Há bênçãos especiais garantidas na Palavra para aqueles que se submetem a cada uma dessas autoridades. O contrário também é verdadeiro. Honrar os pais, líderes espirituais e governadores, pode parecer um simples ato de civismo, porém no mundo espiritual revela submissão a soberania divina.
Deus em sua onisciência e sabedoria, quando da criação do Universo, planejou uma ordem natural para todas as coisas, criando, por conseguinte, a ordem hierárquica, como meio de viabilizar sua implantação.

1 – O QUE É AUTORIDADE 

1 Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares por Ele. Rm 13.1
Conceito de autoridade (Dic. Português)
  1. Direito ou poder de mandar;
  2. Poder político ou administrativo;
  3. Pessoa que representa o poder público;
  4. Pessoa cuja opinião é ponto pacífico;
  5. Prestígio ou influência que uma pessoa exerce sobre os outros, por seus méritos.

1.1 – Exercício de poder delegado

11 Jesus respondeu: — O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior. Jo 19.11
Para colocar Pilatos no seu devido lugar, respondeu Jesus: ”Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11).
A palavra para poder é exousia, que significa “liberdade ou poder para agir; direito, autoridade”. O direito de exercer autoridade de Pilatos era derivado e não inerente (delegado). O governo humano só é válido como expressão da vontade divina.
Bernard diz: “Não é um poder arbitrário que pode ser exercido caprichosamente sem culpa moral”. Comparando Jesus e Pilatos a esse respeito, Strachan diz: “Jesus faz mais do que simplesmente afirmar o seu divino poder e a sua origem. Ele os assume. Em um contraste chocante, Pilatos afirma o seu poder”.

1.2 – Quem delega dá liberdade

A autoridade delegada gera uma liberdade na ação ao que foi delegado, porém, se exigirá responsabilidade e lealdade sobre pena de duras sanções por parte do Senhor, que outorgou a autoridade. Um grande exemplo foi o rei Saul no V.T.
13 – O que você fez foi uma loucura! —respondeu Samuel. — Você não obedeceu à ordem do SENHOR, nosso Deus. Se tivesse obedecido, ele teria deixado que você e os seus descendentes governassem o povo de Israel para sempre.
14 Mas agora você não continuará a governar. Você desobedeceu ao SENHOR, e por isso ele vai encontrar um homem do tipo que ele quer e o fará chefe deste povo. 1 Sm 13.13,14
Proceder nesciamente é uma condenação mais pesada do que poderíamos supor, pois nas Escrituras o tolo é moral e espiritualmente culpável, não apenas alguém desprovido de inteligência.
Saul vira o Senhor sair em sua defesa na guerra amonita; ouvira, por meio de Samuel, a palavra divina de segurança: “Tudo correrá bem para vocês se temerem o SENHOR, nosso Deus, se o adorarem, se o ouvirem, se obedecerem às suas ordens, e se vocês e o seu rei o seguirem.” 1 Sm 12.14), mas no primeiro momento de tensão deixou de ser obediente ao Senhor seu Deus. A penalidade é severa: “não subsistirá o teu reino”; ou seja, Saul não dará origem a uma dinastia. Foi um juízo pesado, e poderíamos ser tentados a pensar que Samuel exagerou em sua reação, tendo sujeitado Saul a um período desnecessariamente longo de espera para, finalmente, condená-lo.
O que Samuel está lutando para deixar claro de uma vez por todas é a diferença essencial entre a monarquia de Israel e a das nações. Em Israel, o Senhor é rei, e a obediência a Ele deve ser suprema. Consequentemente, qualquer sinal de desejo de independência para agir torna-se uma desqualificação: equivale à rebelião contra o Senhor. O Senhor já havia escolhido o sucessor de Saul; seria “um homem segundo o seu coração” (IBB; “um homem que lhe agrada”, ARA), preparado para deixar que a vontade do Senhor, exposta por Seu profeta, dirija sua vida.

1.1.2 – Quem delega exerce controle

2 Portanto, aqueles que se recusam a obedecer às leis da terra estão se recusando a obedecer a Deus, e o castigo sobrevirá. Rm 13.2
Deus é maravilhoso nada neste mundo foge do controle soberano de Deus, nada pode acontecer por acaso tudo é e tem sido supervisionado pelo Eterno criador e sustentador, do universo e de nossas vidas.
16 Pois, por meio dele, Deus criou tudo, no céu e na terra, tanto o que se vê como o que não se vê, inclusive todos os poderes espirituais, as forças, os governos e as autoridades. Por meio dele e para ele, Deus criou todo o Universo Cl 1.16

1.2 – Autoridade pressupõe legalidade

Uma outra relação que é comumente feita é a da legitimidade com o poder. Legitimidade é uma qualidade do poder, enquanto legalidade se refere ao exercício do mesmo.
O princípio da legalidade é um conceito jurídico, parte dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo, e estabelece que não existe crime se não estiver previsto em lei.
Legalidade vem de legal, que significa a característica daquilo que está dentro da lei. Toda ação criada em conformidade com a legislação integra a legalidade.
Pois eu também sou homem sujeito à autoridade, com soldados sob o meu comando. Digo a um: ‘Vá’, e ele vai; e a outro: ‘Venha’, e ele vem. Digo a meu servo: ‘Faça isto’, e ele faz”. Mt 8.9
Um centurião era um militar de carreira no exército romano que tinha uns cem soldados sob seu mando. Os judeus odiavam aos soldados romanos por sua tirania e desprezo. Entretanto a fé daquele homem maravilhou a Jesus! A fé genuína daquele odiado gentil envergonhou a piedade estancada de muitos judeus que eram líderes religiosos.

1.3 – Ato que implica legitimidade

Por Carlos Henrique Soares
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