Lição 1 - Livres do Egito



2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Êxodo 3.1-10; 14.1-31.
Prezado(a) professor(a), 
Estamos iniciando mais um trimestre e com ele preciosos ensinamentos da Palavra de Deus aguardam por seus alunos. O assunto deste trimestre diz respeito às “vitórias do povo de Deus”, e na aula desta semana sua classe terá a oportunidade de aprender como Deus livrou o seu povo da casa da servidão no Egito.

Deus escolheu um servo muito especial para livrar a Israel da escravidão. Moisés, o homem mais manso da terra recebeu a incumbência de ir até a casa de Faraó e entregar a mensagem de Deus que dizia que o rei deveria deixar o povo hebreu adorar ao Senhor no deserto. No entanto, a reação de Faraó mostra o quanto seu coração estava endurecido, ele nem mesmo quis saber quem era o Deus dos hebreus. Mesmo assim o Senhor glorificou o seu Nome sobre todo o Egito, libertando o seu povo da escravidão com mão forte e braço estendido.
Na noite em que Deus havia de enviar a última praga sobre a terra do Egito, aos hebreus foi ordenado que realizassem uma festa que seria comemorada pelas futuras gerações em memória aquele grande feito que o Deus de Israel operara em favor do seu povo:
A Páscoa.
No terreno religioso, a Páscoa era uma recordação do período em que Deus livrou os judeus do cativeiro no Egito. Um cordeiro fora morto para cada família judia e, como resultado, o ‘anjo da morte’ passou por cima de suas casas (veja Hb 11.28). Os pães asmos era uma lembrança da mesma época, quando não houvera tempo para fermentar a massa por causa da pressa (Êx 12.7; 13.3-10). Era também um festival da colheita em que se fazia oferta das primícias da cevada (Lv 23.11).
Nos dias do Novo Testamento essas ocasiões se haviam tornado uma grande festa da primavera. Antes da festa em si, as estradas eram consertadas e os túmulos caiados para que as pessoas pudessem evitar as contaminações acidentais que ocorriam quando uma sepultura era tocada (Mt 23.27). Os preparativos eram também grandes nas casas. Todos os utensílios de cozinha tinham de ser completamente lavados ou comprados outros novos.
No 13º dia do mês de Nisã, o chefe da família fazia uma busca na casa inteira para certificar-se de que não havia pão fermentado em lugar algum. As casas em Jerusalém ficavam preparadas para receber visitantes, por que era esperado que cada família recebesse hóspedes. Cordeiros ou bodes eram comprados no 14º dia e levados ao templo para o sacrifício, um animal para cada dez ou doze pessoas. A gordura era queimada e o sangue oferecido sobre o altar antes de as carcaças serem penduradas à espera de quem as fosse buscar, em cuja ocasião elas eram assadas num espeto com romãzeira. As pessoas usavam as melhores roupas, mas ficavam preparadas como se fossem partir para uma viagem. Todavia, elas se reclinavam em divãs quando possível, porque Deus lhes dera descanso.
Um ritual era seguido liderado pelo chefe da família, no qual todos se lembravam dos eventos da partida do Egito, ajudados pelo membro mais novo da família que fazia as principais perguntas. O pão asmo, as frutas amargas e um chutney saboroso (charoseth, conserva picante), que simbolizava a pressa, a amargura e o trabalho (o charoseth era como a argamassa) dos ancestrais, tudo os fazia relembrar o passado. Graças eram dadas a Deus com taças de vinho. As quatro taças usadas tinham de ser adquiridas, mesmo que isso significasse penhorar os bens do indivíduo. Só pão asmo podia ser comido na semana que se seguia e, durante esse período, ofertas públicas e sacrifícios adicionais eram feitos.
(Texto extraído da obra Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 317, 318). 
Aproveite e converse com seus alunos sobre a importância de lembrarmo-nos da páscoa como o evento que marcou o grande dia em que os hebreus foram libertos da escravidão no Egito. Assim como Deus libertou o seu povo no sábado, Ele continua a libertar nos dias atuais. A verdadeira páscoa para nós é a santa ceia que lembra a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Mostre para os seus alunos que devemos nos lembrar deste evento como a causa da nossa salvação. Se possível, leve para a sala de aula os elementos da ceia (suco de uva e pão) e simule o momento da ceia com seus alunos. Ressalte que este momento, embora seja uma simulação, deve ser tratado com muita seriedade e respeito.