CPAD Adultos – 2º Trimestre de 2019 – 30-06-2019 – Lição 13: O sacerdócio celestial





Esse post é assinado por Eliel Goulart

Texto Áureo

“Porque nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus.” – Hebreus 7.26

Verdade Prática

Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote perfeito, porque, sendo Ele a Oferta e o Ofertante, garantiu-nos, no Calvário, uma salvação eficaz e eterna.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4
Hebreus 9.11-15
11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. 
Apocalipse 21.1-4 
E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. 

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Chegamos à última lição do estudo sobre O Tabernáculo – Símbolos da Obra Redentora de Cristo. 
Os sacerdotes levíticos eram limitados pelas fraquezas e, por fim, pela morte. Eram imperfeitos, sujeitos às corrupções, transitórios.
Há três palavras que se repetem ao longo da Carta aos Hebreus, dando ênfase ao sacerdócio celestial de Cristo: melhor, superior, mais excelente.
Cristo é o único Sumo Sacerdote celestial. E Sumo Sacerdote com realeza.
A igreja é o sacerdócio real, por Cristo Jesus.
O sacerdócio universal dos cristãos é um dos princípios basilares da Reforma Protestante do Século XVI.

I – O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE

1 – Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento

O Novo Testamento não ensina e nem menciona sobre o ofício de sacerdote na igreja cristã. Este conceito apareceu posteriormente, e talvez primeiramente com Clemente (150-215), que propôs um ministério eclesiástico com sumo sacerdote, sacerdote e levita.
No curso da história da igreja cristã, chegando à Idade Média (Séculos V e XV), o clero católico assumiu a ideia de sacerdócio, como uma classe diferenciada dos leigos, revestida de dignidades, direitos e vantagens especiais.
Argumentavam que a eucaristia (o ato da celebração da morte e ressurreição de Cristo, denominada pelos católicos de Sagrada Comunhão) era um sacrifício e deveria ser celebrada por um sacerdote. E que a graça de Deus flui através dos sacramentos católicos, portanto, exigem serem ministrados por um sacerdote, dando assim domínio sobre as vidas dos seus seguidores. Até o recebimento da própria salvação de suas almas dependiam da ministração do tal sacerdote…
Foi contra isso também que Lutero (1483-1546) conflitou e enfrentou ao deparar-se com a graça de Deus segundo as Escrituras. Ao ler a Bíblia, ele compreendeu a graça de Deus, a igreja do Senhor e o santo ministério cristão.
Em 1520, Martinho Lutero escreveu o livro A Liberdade do Cristão. Diz Lutero: “De posse da primogenitura e de todas as suas honras e dignidade, Cristo divide-a com todos os cristãos para que por meio da fé todos possam ser também reis e sacerdotes com Cristo, tal como diz o apóstolo Pedro em 1 Pedro 2.9… Somos sacerdotes; isto é muito mais que ser reis, porque o sacerdócio nos torna dignos de aparecer diante de Deus e rogar pelos outros.”
Mais adiante ele pondera: “Tu perguntas: ‘Que diferença haveria entre os sacerdotes e os leigos na cristandade, se todos são sacerdotes?’ A resposta é: as palavras ‘sacerdote’, ‘cura’, ‘religioso’ e outras semelhantes foram injustamente retiradas do meio do povo comum, passando a ser usadas por um pequeno número de pessoas denominadas agora ‘clero.’ A Escritura Sagrada distingue apenas entre os doutos e os consagrados, chamando-os de ministros, servos e administradores, que devem pregar aos outros a Cristo, a fé e a liberdade cristã. Já que, embora sejamos todos igualmente sacerdotes, nem todos podem servir, administrar e pregar. Como disse Paulo em 1 Coríntios 4.1: ‘Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.´” (A Liberdade do Cristão, cap. 17). 
Fizemos esta explanação um pouco longa para afirmar categoricamente que a nenhuma pessoa é aplicada a exclusividade de ser sacerdote, em termos de uma classe distinta.
Cristo é o Sumo Sacerdote da Nova Aliança.                     

2 – O sacerdócio coletivo dos cristãos

I Pedro 2.9 – “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
Este versículo é uma citação de Êxodo 19.6: “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo.” Um reino de sacerdotes, similar a Apocalipse 1.6: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai…”. Ou seja, o Reino organizado de Deus, sendo cada súdito (membro) um sacerdote.
O fato de ser ´real´ significa que pertencemos ao Senhor Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Não implica que todo crente é um rei, mas que pertence em submissão ao nosso Deus.
Significa a dignidade de rei e a santidade de sacerdote.
Isaías 61.6 diz-nos assim: “Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus.”
A nação de Israel, no propósito de Deus, era chamada a ser um reino de sacerdotes. No sentido espiritual, e não secular. Este propósito abrange agora a Igreja de Jesus Cristo. Cada crente é um sacerdote, tendo pleno direito de entrar à presença de Deus, no Santo dos Santos, pela fé no sacrifício expiador do Senhor Jesus.
Este princípio do sacerdócio coletivo dos cristãos aponta a excelência do privilégio que desfrutamos como filhos de Deus. Cada um é sacerdote. Cada um tem livre acesso a Deus. Cada um aproxima-se diretamente à presença de Deus, na mediação exclusiva de Jesus Cristo!
Sacerdócio real para anunciar as virtudes de Deus, “a fim de proclamardes as virtudes” (ARA) do Senhor.  Testemunho e conduta santa, para expressar o poder de Deus em nós.
Que o Senhor Jesus nos dê abundante graça para praticarmos e vivermos este princípio do sacerdócio universal dos crentes, que os Reformadores redescobriram

3 – Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu

Pastor Eliel Goulart
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