Peculiaridades da Autoridade Espiritual
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Lições Bíblicas nº 58
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 2:42-47
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
45 - E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
TEXTO ÁUREO
Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.", Mt 7.28,29
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Averiguamos que a Igreja foi edificada sob a Palavra de Cristo (Cl 3.16), o evangelho (Mt 4.23), e capacitada para utilizar os dons espirituais (1 Co 14.12).
Analisamos como o corpo de Cristo tornou-se o instrumento principal por meio do qual se estabelece o Reino de Deus (Ap 1.6). Vimos as potestades derrotadas enquanto aguardamos a volta de Cristo!
Neste derradeiro estudo, depreenderemos do perfil da Igreja primitiva algumas características que se constituem marcas genuínas de autoridade espiritual para os cristãos hodiernos.
1. PERSEVERANÇA NOS IDEAIS APOSTÓLICOS
No texto bíblico básico, encontram-se os pilares pedagógicos da Igreja primitiva: os apóstolos (1 Co 12.28). Desse modo, depreenderemos a importância dada ao dever cristão de perseverar na doutrina dos apóstolos (At 2.42a), a primeira característica que marca uma geração de cristãos cheios da autoridade e do poder de Deus (Mt 24.13; Mc 13.13).
Dentre as razões que podemos enumerar para a perseverança nessa marca espiritual, estão:
1.1 As aspirações apostólicas são as de Cristo
Lucas ressalta, em Atos 5.14, que essa doutrina ensinada por eles era falar no nome de Jesus. A base do ensino apostólico procede de Cristo (At 1.2) e, inclusive, hábito salutar que eles praticavam era a prestação de contas ao Mestre acerca de tudo que faziam e ensinavam (Mc 6.30; Lc 9.10).
1.2. O testemunho padrão pela pregação
Os apóstolos foram colocados em primazia por Deus na Igreja para testemunhar de Cristo, Sua morte na cruz e Sua ressurreição (At 4.33; Ap 21.14).
1.2. O testemunho padrão pela pregação
Os apóstolos foram colocados em primazia por Deus na Igreja para testemunhar de Cristo, Sua morte na cruz e Sua ressurreição (At 4.33; Ap 21.14).
Essa mensagem ideal continha tanto as profecias messiânicas quanto o mandamento do Senhor e Salvador (2 Pe 3.2), além das instruções preparatórias sobre as duras provas que seguiriam a decisão por Jesus (Jd 1.17). Assim, a Igreja crescia, edificada sobre o fundamento de sua mensagem salvífica (Ef 2.20).
2. ÊNFASE NA COMUNHÃO COM OS IRMÃOS
2.1. Relações comuns
2.2. Identidade de crenças
A uniformidade da crença em relação ao Senhor Jesus, baseada no testemunho de Seus seguidores, era tão essencial à comunhão da Igreja primitiva como o é hoje. Os cristãos tem em comum o fato de desfrutar da relação direta e íntima com Deus, pela fé em Cristo (Jo 17.23). Essa identidade evangélica foi proposta por Jesus aos apóstolos e, depois, por meio destes, estendeu-se a cada cristão.
3. APETITE PELA ORAÇÃO
Lucas evidencia o importante papel da oração na vida comunitária da Igreja, que se reunia cotidianamente no templo com essa finalidade (At 2.42c). De fato, o poder de Deus manifesta-se como marca indelével na vida do cristão que ora continuamente (Lc 21.36).
3.1. A intercessão do Espírito
Os cristãos devem orar com eficácia (Rm 8.26; Jd 1.20). Para que tal qualidade ocorra em nossas orações, precisamos ter apetite por essa atividade (1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8); e crer na ininterrupta ajuda do Espírito, pois o Consolador atua em intercessão constante por nós (Rm 8.26,27).
4. CULTIVO PERMANENTE DO TEMOR AO SENHOR
3.1. A intercessão do Espírito
Os cristãos devem orar com eficácia (Rm 8.26; Jd 1.20). Para que tal qualidade ocorra em nossas orações, precisamos ter apetite por essa atividade (1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8); e crer na ininterrupta ajuda do Espírito, pois o Consolador atua em intercessão constante por nós (Rm 8.26,27).
4. CULTIVO PERMANENTE DO TEMOR AO SENHOR
Em Atos 2.43a, Lucas afirma que em cada alma havia temor (Gr. phobos, reverência). Essa é a outra marca distintiva da autoridade e do poder de Deus na vida do cristão: ele reverencia a trindade santa: Deus Pai (Lc 5.26), Deus Filho (Cl 2.9) e Deus Espírito Santo (Rm 8.15).
4.1. Fonte da sabedoria
No primeiro capítulo de Provérbios, Salomão afirma que o temor do Senhor é o princípio da ciência (Pv 1.7), a qual tem sua expressão nos atos de discernir (Pv 1.2), administrar (Pv 1.3) e proceder (Pv 1.4, sempre de maneira hábil, com bom senso e pureza de coração (Tg 3.17).
A religião cristã e espiritualidade individual tem seu começo, meio e fim no temor do Senhor (Sl 111.10). Um homem néscio (Hb. nabhal, que não usa a razão) não pode temer a Deus, pois vive como se Deus não existisse (Sl 14.1) concentrado em pensamentos vãos (1 Co 3.20; Tg 1.5).
O culto a Deus não pode ser minimizado nem menosprezado (Cl 3.16; Dt 30.20). Uma igreja carnal será, por definição, um corpo enfermo (1 Co 3.1-3). Entretanto, a partir da conversão pela fé e arrependimento dos pecados (At 20.21), o corpo de Cristo tem a possibilidade de trilhar um caminho segura em direção a saúde mental e espiritual (At 2.42), bem como buscar o amadurecimento e crescimento espirituais (Ef 4.16).
5. ESPÍRITO SOLIDÁRIO
A solidariedade é a marca identitária daqueles que se preocupam com os outros (At 4.32-35). Esse sentimento foi amplamente divulgado por Jesus aos discípulos sob a égide do amor (Jo 13.34; 1 Ts 5.15).
A caridade compõe a estrutura da vida cristã. O fracasso em desenvolvê-la conduz a desintegração do corpo de Cristo, o que pode ocorrer devido à pressão das perseguições e da ignomínia do mundo. Por isso são necessárias repetidas exortações à vigilância e ao cuidado mútuo, uma vez que o amor fraternal mantém a Igreja pura e forte (WILEY, Central Gospel, 2008, p. 538).
Atos 2.44,45 narra um testemunho histórico do trabalho desenvolvido pela Igreja desde seus primórdios, caracterizado pela cordialidade, pela compaixão e pelo amor cristão. Tal comportamento era resultado do poderoso revestimento que os primeiros cristãos receberam do Espirito Santo (At 2.1-4).
Na Igreja primitiva as necessidades econômicas de grande parte dos convertidos provocou um movimento solidário, a partir do qual os apóstolos puderam exercer o cuidado pastoral (At 2.45). Demonstrações de generosidade e altruísmo, como as que estão descritas no texto bíblico básico de Atos 2, ilustram bem os laços de união fraternal que une os cristãos.
6. INTREPIDEZ PARA EVANGELIZAÇÃO
4.1. Fonte da sabedoria
No primeiro capítulo de Provérbios, Salomão afirma que o temor do Senhor é o princípio da ciência (Pv 1.7), a qual tem sua expressão nos atos de discernir (Pv 1.2), administrar (Pv 1.3) e proceder (Pv 1.4, sempre de maneira hábil, com bom senso e pureza de coração (Tg 3.17).
A religião cristã e espiritualidade individual tem seu começo, meio e fim no temor do Senhor (Sl 111.10). Um homem néscio (Hb. nabhal, que não usa a razão) não pode temer a Deus, pois vive como se Deus não existisse (Sl 14.1) concentrado em pensamentos vãos (1 Co 3.20; Tg 1.5).
O culto a Deus não pode ser minimizado nem menosprezado (Cl 3.16; Dt 30.20). Uma igreja carnal será, por definição, um corpo enfermo (1 Co 3.1-3). Entretanto, a partir da conversão pela fé e arrependimento dos pecados (At 20.21), o corpo de Cristo tem a possibilidade de trilhar um caminho segura em direção a saúde mental e espiritual (At 2.42), bem como buscar o amadurecimento e crescimento espirituais (Ef 4.16).
5. ESPÍRITO SOLIDÁRIO
A solidariedade é a marca identitária daqueles que se preocupam com os outros (At 4.32-35). Esse sentimento foi amplamente divulgado por Jesus aos discípulos sob a égide do amor (Jo 13.34; 1 Ts 5.15).
A caridade compõe a estrutura da vida cristã. O fracasso em desenvolvê-la conduz a desintegração do corpo de Cristo, o que pode ocorrer devido à pressão das perseguições e da ignomínia do mundo. Por isso são necessárias repetidas exortações à vigilância e ao cuidado mútuo, uma vez que o amor fraternal mantém a Igreja pura e forte (WILEY, Central Gospel, 2008, p. 538).
Atos 2.44,45 narra um testemunho histórico do trabalho desenvolvido pela Igreja desde seus primórdios, caracterizado pela cordialidade, pela compaixão e pelo amor cristão. Tal comportamento era resultado do poderoso revestimento que os primeiros cristãos receberam do Espirito Santo (At 2.1-4).
Na Igreja primitiva as necessidades econômicas de grande parte dos convertidos provocou um movimento solidário, a partir do qual os apóstolos puderam exercer o cuidado pastoral (At 2.45). Demonstrações de generosidade e altruísmo, como as que estão descritas no texto bíblico básico de Atos 2, ilustram bem os laços de união fraternal que une os cristãos.
6. INTREPIDEZ PARA EVANGELIZAÇÃO
Deus confirmava as ações evangelísticas realizadas pela igreja dos apóstolos com maravilhas e sinais (At 2.43). A alegria de ser uma igreja multiplicadora os encorajava a prosseguir, a despeito de todas as barreiras culturais (At 23.11), sociais (At 4.13), políticas (At 4.29) e, principalmente, os impedimentos de ordem espiritual (1Ts 2.18).
Aquele mesmo poder, tão evidente na Igreja primitiva, ainda atua no mundo (2 Co 9.8).
6.1. Ousadia no falar de Cristo
Deus concede autoridade aos Seus servos, independentemente de sua condição social ou formação cultural. Pedro e João, apóstolos muito próximos do Mestre, eram homens iletrados e indoutos, mas cheios do poder e da autoridade do Espírito Santo para proclamar, com muita ousadia, Cristo aos pecadores (At 4.13). Essa mesma coragem acompanhava o ministério do apóstolo de Cristo que possuía maior conhecimento da Lei, Paulo de Tarso (2 Co 3.12).
A autoridade espiritual produz coragem coletiva, pois os cristãos são conduzidos por Deus em poder, não em timidez (2 Tm 1.7; Ag 2.4). Debaixo da autoridade espiritual, cristãos não podem deixar de falar do que têm visto e ouvido (At 4.20). Para tal, devem orar a Deus e pedir-lhe que os conduza neste mister (At 4.29).
CONCLUSÃO
Aquele mesmo poder, tão evidente na Igreja primitiva, ainda atua no mundo (2 Co 9.8).
6.1. Ousadia no falar de Cristo
Deus concede autoridade aos Seus servos, independentemente de sua condição social ou formação cultural. Pedro e João, apóstolos muito próximos do Mestre, eram homens iletrados e indoutos, mas cheios do poder e da autoridade do Espírito Santo para proclamar, com muita ousadia, Cristo aos pecadores (At 4.13). Essa mesma coragem acompanhava o ministério do apóstolo de Cristo que possuía maior conhecimento da Lei, Paulo de Tarso (2 Co 3.12).
A autoridade espiritual produz coragem coletiva, pois os cristãos são conduzidos por Deus em poder, não em timidez (2 Tm 1.7; Ag 2.4). Debaixo da autoridade espiritual, cristãos não podem deixar de falar do que têm visto e ouvido (At 4.20). Para tal, devem orar a Deus e pedir-lhe que os conduza neste mister (At 4.29).
CONCLUSÃO
A Igreja cristã é a noiva de Cristo (Ap 19.7), selada com o Espírito Santo (2 Co 1.22), ataviada para as bodas do Cordeiro (Ap 19.9). Portanto, todos os esforços para marcar esta geração com ações embasadas na autoridade divina serão tremendamente abençoadores. Devemos ser conduzidos pela certeza de que não há autoridade espiritual sem fidelidade doutrinária, espírito solidário, verdadeira adoração e uma comunhão viva, com Deus e com nossos irmãos, para a glória e honra de Cristo, nosso Senhor.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são as duas realidades produzidas pelo temor a Deus, na Igreja?
1. Quais são as duas realidades produzidas pelo temor a Deus, na Igreja?
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 58
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