ESCOOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 13
O Sacerdócio Celestial
30 de Junho 2019
TEXTO ÁUREO
“Porque nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus” (Hb 7.26).
VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote perfeito, porque, sendo Ele a Oferta e o Ofertante, garantiu-nos, no Calvário, uma salvação eficaz e eterna.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4.
Hebreus 9
11 — Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 — nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 — Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 — quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 — E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Apocalipse 21
1 — E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 — E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 — E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 — E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
HINOS SUGERIDOS
106, 219 e 365 da Harpa Cristã.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito Espírito. É possível viver uma vida cheia do Espírito Santo de Deus. É possível ter experiências gloriosas com o nosso Deus. Foi o que vimos na lição passada. Tudo isso foi possível porque o Sacerdote Celestial está conosco. Nele, somos o sacerdócio real, o Corpo de Cristo chamado para servir. No Sacerdócio Celestial de Cristo é que está fundamentado o sacerdócio universal dos crentes. Esse é o assunto desta lição.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a dieta e os dias sagrados são “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). O autor aos Hebreus reafirma que a lei era “a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição, podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do “Tabernáculo Celestial”. E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.
I. O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento.
O ministério do Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único mediador entre nós e o Pai Celeste.
2. O sacerdócio coletivo dos cristãos.
Por outro lado, segundo o ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do “sacerdócio real” (1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifícios espirituais (1Tm 2.5; 1Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1Pe 2.9).
Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém” (Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante e ao Movimento Pentecostal.
3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu.
Atente, querido irmão, para o seguinte versículo: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8.1,2).
Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Chegamos ao final de mais um trimestre. Antes de iniciar a aula, separe um tempo para fazer uma revisão panorâmica do trimestre. É importante que você faça um pequeno resumo das 12 lições. Lembre-se de que esse o período de revisão, junto ao conteúdo novo, garante o processo de ensino-aprendizagem. Enfatizamos aqui ser necessário a cada lição que o aluno tenha a noção do todo do trimestre. Mostre a ele que as lições estão ordenadas logicamente. Assim, você pode iniciar a última lição trimestral.
II. O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo.
Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a respeito da “pedra” que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”. Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo Sacerdote.
2. Distinguindo “a pedra”, que é Cristo, de “pedras vivas” que são os crentes.
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas edificadas sobre a Pedra Angular — Jesus, o Cordeiro de Deus.
Essa metáfora bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes. Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um templo espiritual. E cada “pedra viva” constitui esse edifício.
Por isso, você é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito. Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da graça.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Na adoração pentecostal, mormente através da manifestação de todos os dons do Espírito, transcendemos a rotinização que tão facilmente ocorre em nossa vida. Nossas tendências à racionalização devem ser contrabalançadas por encontros genuínos com Deus que nos deixam ministrar no Espírito. Nessa arena da ‘transcendência vivida na prática’, conhecemos o Bom Pastor, e alcançamos intimidade com Ele, pois sua própria natureza é da interação com a sua criação, e leva-nos em direção aos seus propósitos no ministério da reconciliação.
A comunidade pentecostal, na adoração, está, na realidade, envolvendo-se num ministério a Deus, por reconhecer a sua soberania sobre o Universo. Através do batismo no Espírito Santo e do envolvimento contínuo no falar noutras línguas, os pentecostais participam de uma atividade de adoração que edifica os alicerces de um ministério cristo-cêntrico” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, p.599).
III. O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre.
No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).
2. O santuário celestial.
Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.
3. O sacrifício perfeito de Cristo.
A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício!
Diferentemente do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A Bíblia declara que Nosso Senhor, “na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Que mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora!
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“O Fundamento
Se desejamos progredir na vida com Deus, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé. Todos os nossos movimentos e todas as coisas que nos chegam — que tenham alguma importância —, acontecerão porque estamos sobre uma rocha. Se você está na Rocha, nenhum poder pode movê-lo. A necessidade hoje é que nossa fé esteja firmada na Rocha.
Sua fé tem de ter algo em que se firmar.
Se você construir sobre qualquer outro fundamento que não seja sobre a Palavra de Deus — em imaginações, em sentimentalismos, em alguma alegria especial ou qualquer outro tipo de emoção —, não significará nada para você sem o fundamento da Palavra de Deus” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, p.96).
CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).
PARA REFLETIR
A respeito da lição “O Sacerdócio Celestial”, responda:
A quem se refere a palavra “sacerdote” no Novo Testamento?
A palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido.
O que o texto de Hebreus 8.1,2 revela?
Ele revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial.
De acordo com Paulo e Pedro quem é a pedra?
Ambos os apóstolos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”.
Se Cristo é a pedra de esquina, o que são os crentes?
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1Pe 2.4).
Foi preciso haver mais de um Calvário? Justifique a sua resposta.
Não. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Sacerdócio Celestial
Chegamos ao final de mais um trimestre. É o momento de você fazer algumas reflexões sobre sua atividade pedagógica ao longo desse período.
Após fazer uma revisão geral do trimestre, você deve mostrar que o tema desenvolvido ao longo destes meses tinha como propósito conscientizar a igreja de que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito. Esse é o objetivo da presente lição.
O resumo da lição
Apresente à classe a estrutura da lição 13: (I) O Sacerdócio Celestial tem um Único Sumo Sacerdote; (II) O Sacerdócio Universal da Igreja; (III) O Maior e Mais Perfeito Tabernáculo.
O primeiro tópico explica que Jesus é o Sumo Sacerdote do Novo Testamento, e os cristãos são seus sacerdotes. Ou seja, o nosso ministério como sacerdotes da Nova Aliança está fundamentado no Sumo Sacerdócio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.
O tópico segundo tem o objetivo de explicitar o Sacerdócio Universal da Igreja como uma doutrina bíblica fundamental. Por causa dessa doutrina houve a Reforma Protestante, os movimentos de despertamentos espirituais na Europa e nos EUA e, mais tarde, o Movimento Pentecostal no mundo.
O último tópico tem como propósito afirmar que o santuário terrestre, o Tabernáculo, apontava para o celestial em que o sacrifício de Cristo é perfeito. Assim, há a sedimentação do conteúdo deste trimestre: o Tabernáculo aponta para Cristo e seu sacrifício no Calvário.
Aplicações da lição
O pastor Smith Wigglesworth diz: “Se desejamos progredir na vida com Deus, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé” (Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal, p.96). Nesta lição, apresentamos o fundamento da nossa fé: Cristo, o sacerdote perfeito. Portanto, aplique a lição aos alunos mostrando:
1. Que Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito, e por isso, o esteio do sacerdócio dos crentes da Nova Aliança. Tudo o que fizermos na obra de Deus tem como fundamento a noção do sumo sacerdócio perfeito de Jesus Cristo.
2. O sacerdócio universal da Igreja está fundamentado no sumo sacerdócio perfeito, Jesus. Por isso é uma doutrina fundamental a ser observada nos dias de hoje. Como Igreja de Deus, continuamos o ministério de Cristo aqui na Terra.
Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4.
Hebreus 9
11 — Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 — nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 — Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 — quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 — E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Apocalipse 21
1 — E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 — E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 — E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 — E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
HINOS SUGERIDOS
106, 219 e 365 da Harpa Cristã.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito Espírito. É possível viver uma vida cheia do Espírito Santo de Deus. É possível ter experiências gloriosas com o nosso Deus. Foi o que vimos na lição passada. Tudo isso foi possível porque o Sacerdote Celestial está conosco. Nele, somos o sacerdócio real, o Corpo de Cristo chamado para servir. No Sacerdócio Celestial de Cristo é que está fundamentado o sacerdócio universal dos crentes. Esse é o assunto desta lição.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a dieta e os dias sagrados são “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). O autor aos Hebreus reafirma que a lei era “a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição, podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do “Tabernáculo Celestial”. E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.
I. O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento.
O ministério do Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único mediador entre nós e o Pai Celeste.
2. O sacerdócio coletivo dos cristãos.
Por outro lado, segundo o ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do “sacerdócio real” (1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifícios espirituais (1Tm 2.5; 1Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1Pe 2.9).
Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém” (Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante e ao Movimento Pentecostal.
3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu.
Atente, querido irmão, para o seguinte versículo: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8.1,2).
Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Chegamos ao final de mais um trimestre. Antes de iniciar a aula, separe um tempo para fazer uma revisão panorâmica do trimestre. É importante que você faça um pequeno resumo das 12 lições. Lembre-se de que esse o período de revisão, junto ao conteúdo novo, garante o processo de ensino-aprendizagem. Enfatizamos aqui ser necessário a cada lição que o aluno tenha a noção do todo do trimestre. Mostre a ele que as lições estão ordenadas logicamente. Assim, você pode iniciar a última lição trimestral.
II. O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo.
Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a respeito da “pedra” que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”. Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo Sacerdote.
2. Distinguindo “a pedra”, que é Cristo, de “pedras vivas” que são os crentes.
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas edificadas sobre a Pedra Angular — Jesus, o Cordeiro de Deus.
Essa metáfora bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes. Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um templo espiritual. E cada “pedra viva” constitui esse edifício.
Por isso, você é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito. Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da graça.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Na adoração pentecostal, mormente através da manifestação de todos os dons do Espírito, transcendemos a rotinização que tão facilmente ocorre em nossa vida. Nossas tendências à racionalização devem ser contrabalançadas por encontros genuínos com Deus que nos deixam ministrar no Espírito. Nessa arena da ‘transcendência vivida na prática’, conhecemos o Bom Pastor, e alcançamos intimidade com Ele, pois sua própria natureza é da interação com a sua criação, e leva-nos em direção aos seus propósitos no ministério da reconciliação.
A comunidade pentecostal, na adoração, está, na realidade, envolvendo-se num ministério a Deus, por reconhecer a sua soberania sobre o Universo. Através do batismo no Espírito Santo e do envolvimento contínuo no falar noutras línguas, os pentecostais participam de uma atividade de adoração que edifica os alicerces de um ministério cristo-cêntrico” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, p.599).
III. O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre.
No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).
2. O santuário celestial.
Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.
3. O sacrifício perfeito de Cristo.
A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício!
Diferentemente do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A Bíblia declara que Nosso Senhor, “na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Que mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora!
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“O Fundamento
Se desejamos progredir na vida com Deus, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé. Todos os nossos movimentos e todas as coisas que nos chegam — que tenham alguma importância —, acontecerão porque estamos sobre uma rocha. Se você está na Rocha, nenhum poder pode movê-lo. A necessidade hoje é que nossa fé esteja firmada na Rocha.
Sua fé tem de ter algo em que se firmar.
Se você construir sobre qualquer outro fundamento que não seja sobre a Palavra de Deus — em imaginações, em sentimentalismos, em alguma alegria especial ou qualquer outro tipo de emoção —, não significará nada para você sem o fundamento da Palavra de Deus” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, p.96).
CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).
PARA REFLETIR
A respeito da lição “O Sacerdócio Celestial”, responda:
A quem se refere a palavra “sacerdote” no Novo Testamento?
A palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido.
O que o texto de Hebreus 8.1,2 revela?
Ele revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial.
De acordo com Paulo e Pedro quem é a pedra?
Ambos os apóstolos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”.
Se Cristo é a pedra de esquina, o que são os crentes?
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1Pe 2.4).
Foi preciso haver mais de um Calvário? Justifique a sua resposta.
Não. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Sacerdócio Celestial
Chegamos ao final de mais um trimestre. É o momento de você fazer algumas reflexões sobre sua atividade pedagógica ao longo desse período.
Após fazer uma revisão geral do trimestre, você deve mostrar que o tema desenvolvido ao longo destes meses tinha como propósito conscientizar a igreja de que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito. Esse é o objetivo da presente lição.
O resumo da lição
Apresente à classe a estrutura da lição 13: (I) O Sacerdócio Celestial tem um Único Sumo Sacerdote; (II) O Sacerdócio Universal da Igreja; (III) O Maior e Mais Perfeito Tabernáculo.
O primeiro tópico explica que Jesus é o Sumo Sacerdote do Novo Testamento, e os cristãos são seus sacerdotes. Ou seja, o nosso ministério como sacerdotes da Nova Aliança está fundamentado no Sumo Sacerdócio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.
O tópico segundo tem o objetivo de explicitar o Sacerdócio Universal da Igreja como uma doutrina bíblica fundamental. Por causa dessa doutrina houve a Reforma Protestante, os movimentos de despertamentos espirituais na Europa e nos EUA e, mais tarde, o Movimento Pentecostal no mundo.
O último tópico tem como propósito afirmar que o santuário terrestre, o Tabernáculo, apontava para o celestial em que o sacrifício de Cristo é perfeito. Assim, há a sedimentação do conteúdo deste trimestre: o Tabernáculo aponta para Cristo e seu sacrifício no Calvário.
Aplicações da lição
O pastor Smith Wigglesworth diz: “Se desejamos progredir na vida com Deus, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé” (Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal, p.96). Nesta lição, apresentamos o fundamento da nossa fé: Cristo, o sacerdote perfeito. Portanto, aplique a lição aos alunos mostrando:
1. Que Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito, e por isso, o esteio do sacerdócio dos crentes da Nova Aliança. Tudo o que fizermos na obra de Deus tem como fundamento a noção do sumo sacerdócio perfeito de Jesus Cristo.
2. O sacerdócio universal da Igreja está fundamentado no sumo sacerdócio perfeito, Jesus. Por isso é uma doutrina fundamental a ser observada nos dias de hoje. Como Igreja de Deus, continuamos o ministério de Cristo aqui na Terra.
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