Texto Áureo
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Salmos 46
1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
2. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
3. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
4. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
5. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.
11. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio
Introdução
Esta lição fala sobre a segurança do povo de Deus por ter o refúgio, a fortaleza e a proteção de Deus. Enfatiza a grandeza e soberania do Senhor e, por fim, destaca a inspiração de Lutero ao compor o hino "Castelo Forte".
1. Deus é o nosso refúgio e a fragilidade humana
O Salmo 46 traz lições profundas aos servos de Deus no que se refere à proteção e às ameaças que ocorrem ao longo da vida. Também nos mostra a ação do Senhor e a fragilidade humana.
O Salmo 46 traz lições profundas aos servos de Deus no que se refere à proteção e às ameaças que ocorrem ao longo da vida. Também nos mostra a ação do Senhor e a fragilidade humana.
1.1. Deus é o nosso refúgio.
A primeira estratégia para se proteger dos momentos de perigo é procurar um lugar de escape, que sirva de amparo e proteção. Há diversos exemplos na Bíblia, entre eles, as cidades de refúgio. Tratava-se de lugares para onde pessoas que estavam correndo risco de vida se abrigavam [Nm 35.6-7]. É interessante o fato de o salmo iniciar com a declaração de que Deus é "nosso refúgio" [v.1] antes de relatar as calamidades; depois, no meio dos relatos [v.7] e no fim do salmo [v.11]. Deus é nosso refúgio forte [Sl 71.7].
A primeira estratégia para se proteger dos momentos de perigo é procurar um lugar de escape, que sirva de amparo e proteção. Há diversos exemplos na Bíblia, entre eles, as cidades de refúgio. Tratava-se de lugares para onde pessoas que estavam correndo risco de vida se abrigavam [Nm 35.6-7]. É interessante o fato de o salmo iniciar com a declaração de que Deus é "nosso refúgio" [v.1] antes de relatar as calamidades; depois, no meio dos relatos [v.7] e no fim do salmo [v.11]. Deus é nosso refúgio forte [Sl 71.7].
1.2. Deus é nossa fortaleza.
O que adianta ter um abrigo se ele é facilmente invadido, se os soldados inimigos podem destruí-lo? Nesse enfoque, o abrigo precisa ser protegido das interferências externas. Naquele tempo, as cidades eram protegidas com muros, torres e portões. Por exemplo, Davi fortificou a cidade de Jerusalém [2 Sm 5.9]. Salomão fortificou várias cidades [2 Cr 8.5]. Mas o Senhor também é a fortaleza do nosso interior [Sl 73.26]. Neste presente século tão marcado pelas enfermidades da alma - angústia, complexos, traumas, esgotamentos - bem aventurado aquele que enfrenta estes e outros tantos desafios com a confiança de que Deus é "a fortaleza do necessitado na sua angústia" [Is 25.4]. Quem está em Cristo e tem uma experiência pessoal com Ele, pode afirmar que Deus é "a minha fortaleza" [Sl 91.2].
1.3. Socorro bem presente na angústia.
São vários os termos que podem expressar "angústia" no hebraico: "dificuldade; aflição". De acordo com o Dicionário VINE, pode representar um estado psicológico ou espiritual. Em alguns textos bíblicos está no plural [2 Co 6.4; 12.10], podendo estar indicando diversos tipos de sofrimento. Contudo, aquele que está em Cristo, pode afirmar e experimentar da parte de Deus "socorro bem presente na angústia" [Sl 46.1], nos "tempos de aflição" (NTLH), nas "tribulações" (RA) ou "na adversidade" (BKJ). Como encontramos na Bíblia de Estudo Palavras-Chave: "A expressão "bem presente", no texto hebraico, origina-se de (duas palavras no hebraico). Estas palavras enfatizam a rapidez, a perfeição e o poder do socorro do Senhor".
O que adianta ter um abrigo se ele é facilmente invadido, se os soldados inimigos podem destruí-lo? Nesse enfoque, o abrigo precisa ser protegido das interferências externas. Naquele tempo, as cidades eram protegidas com muros, torres e portões. Por exemplo, Davi fortificou a cidade de Jerusalém [2 Sm 5.9]. Salomão fortificou várias cidades [2 Cr 8.5]. Mas o Senhor também é a fortaleza do nosso interior [Sl 73.26]. Neste presente século tão marcado pelas enfermidades da alma - angústia, complexos, traumas, esgotamentos - bem aventurado aquele que enfrenta estes e outros tantos desafios com a confiança de que Deus é "a fortaleza do necessitado na sua angústia" [Is 25.4]. Quem está em Cristo e tem uma experiência pessoal com Ele, pode afirmar que Deus é "a minha fortaleza" [Sl 91.2].
1.3. Socorro bem presente na angústia.
São vários os termos que podem expressar "angústia" no hebraico: "dificuldade; aflição". De acordo com o Dicionário VINE, pode representar um estado psicológico ou espiritual. Em alguns textos bíblicos está no plural [2 Co 6.4; 12.10], podendo estar indicando diversos tipos de sofrimento. Contudo, aquele que está em Cristo, pode afirmar e experimentar da parte de Deus "socorro bem presente na angústia" [Sl 46.1], nos "tempos de aflição" (NTLH), nas "tribulações" (RA) ou "na adversidade" (BKJ). Como encontramos na Bíblia de Estudo Palavras-Chave: "A expressão "bem presente", no texto hebraico, origina-se de (duas palavras no hebraico). Estas palavras enfatizam a rapidez, a perfeição e o poder do socorro do Senhor".
2. Completa confiança no agir de Deus
O salmista após descrever Deus como o seu refúgio e fortaleza, demonstra plena confiança no agir do Senhor [Sl 46.2-11].
2.1. A confiança prevalece em meio ao caos.
O salmista declara que, em decorrência de Deus ser o seu refúgio e fortaleza, ainda que a terra se mude e os montes transportem para o meio dos mares, não temeria [Sl 46.2]. Terra e monte lembram firmeza, mas o mar pode rompê-los. Há perigos que rompem as bases sólidas. O salmista expressa plena confiança, ainda que as bases sólidas sejam rompidas, ainda que os perigos sejam avassaladores, de tal modo que nada fique no lugar, pois, de alguma forma, Deus trará o livramento, Ele trará o escape [Jo 26.5-13; Sl 74.12; 89.8].
2.2. A cidade de Deus.
O salmista está identificando Jerusalém como "a cidade de Deus" [46.4; 87.3]. Também é identificada como "santa cidade" [Ne 11.1]. Lá estava o Templo e a arca da Aliança. Um outro salmista diz que o Senhor habita em Jerusalém [Sl 135.21]. Com a Nova Aliança estabelecida por Jesus Cristo, os escritos do Novo Testamento enfatizam a "Jerusalém que é de cima" [Gl 4.26], a esperança de que "nossa cidade está nos céus" [Fp 3.20], "a futura" [Hb13.14], "a nova Jerusalém" [Ap 12.2]. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: "A rigor, não há rio nenhum em Jerusalém; o rio mencionado aqui poderia ser uma metáfora para a influência vivificadora da adoração e do serviço que flui do santuário de Deus [Êx 47.1-12; Ap 22.1-2]". São muitas as lições e vários detalhes, contudo é relevante que o discípulo de Cristo tenha sempre em mente: rio que alegra; habitação de Deus; Deus no meio; Deus ajudará. São termos que lembram preciosas verdades acerca da relação de Deus com o Seu povo: presença, provisão, auxílio e senhorio.
2.3. A agitação das nações e o cessar das guerras.
O salmista também celebra a segurança e o agir de Deus para com o Seu povo em meio às agitações das nações e dos reinos com suas guerras [Sl 46.6-9]. O Salmo 2 também retrata os movimentos dos povos e governantes contra o governo divino [Sl 2.1-3]. O profeta Isaías menciona bramido e rugido das nações [Is 17.12]. Em nosso tempo, temos testemunhado esta "agitação" ou "revolta" das nações expressas em leis e costumes contrários aos princípios estabelecidos por Deus, portas que se fecham para a proclamação do Evangelho, perseguições contra aqueles que professam a fé em Jesus Cristo ou, ainda, uma profissão de fé meramente nominal. Contudo, o salmista permanece confiante na presença de Deus, em Seu auxílio e em Seu agir. O relato deste salmo é, também, como se antecipasse o resultado da batalha final: "Os reinos do mundo vieram a ser do nosso Senhor e do seu Cristo" [Ap 11.15-17; 19.15-16].
O salmista após descrever Deus como o seu refúgio e fortaleza, demonstra plena confiança no agir do Senhor [Sl 46.2-11].
2.1. A confiança prevalece em meio ao caos.
O salmista declara que, em decorrência de Deus ser o seu refúgio e fortaleza, ainda que a terra se mude e os montes transportem para o meio dos mares, não temeria [Sl 46.2]. Terra e monte lembram firmeza, mas o mar pode rompê-los. Há perigos que rompem as bases sólidas. O salmista expressa plena confiança, ainda que as bases sólidas sejam rompidas, ainda que os perigos sejam avassaladores, de tal modo que nada fique no lugar, pois, de alguma forma, Deus trará o livramento, Ele trará o escape [Jo 26.5-13; Sl 74.12; 89.8].
2.2. A cidade de Deus.
O salmista está identificando Jerusalém como "a cidade de Deus" [46.4; 87.3]. Também é identificada como "santa cidade" [Ne 11.1]. Lá estava o Templo e a arca da Aliança. Um outro salmista diz que o Senhor habita em Jerusalém [Sl 135.21]. Com a Nova Aliança estabelecida por Jesus Cristo, os escritos do Novo Testamento enfatizam a "Jerusalém que é de cima" [Gl 4.26], a esperança de que "nossa cidade está nos céus" [Fp 3.20], "a futura" [Hb13.14], "a nova Jerusalém" [Ap 12.2]. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: "A rigor, não há rio nenhum em Jerusalém; o rio mencionado aqui poderia ser uma metáfora para a influência vivificadora da adoração e do serviço que flui do santuário de Deus [Êx 47.1-12; Ap 22.1-2]". São muitas as lições e vários detalhes, contudo é relevante que o discípulo de Cristo tenha sempre em mente: rio que alegra; habitação de Deus; Deus no meio; Deus ajudará. São termos que lembram preciosas verdades acerca da relação de Deus com o Seu povo: presença, provisão, auxílio e senhorio.
2.3. A agitação das nações e o cessar das guerras.
O salmista também celebra a segurança e o agir de Deus para com o Seu povo em meio às agitações das nações e dos reinos com suas guerras [Sl 46.6-9]. O Salmo 2 também retrata os movimentos dos povos e governantes contra o governo divino [Sl 2.1-3]. O profeta Isaías menciona bramido e rugido das nações [Is 17.12]. Em nosso tempo, temos testemunhado esta "agitação" ou "revolta" das nações expressas em leis e costumes contrários aos princípios estabelecidos por Deus, portas que se fecham para a proclamação do Evangelho, perseguições contra aqueles que professam a fé em Jesus Cristo ou, ainda, uma profissão de fé meramente nominal. Contudo, o salmista permanece confiante na presença de Deus, em Seu auxílio e em Seu agir. O relato deste salmo é, também, como se antecipasse o resultado da batalha final: "Os reinos do mundo vieram a ser do nosso Senhor e do seu Cristo" [Ap 11.15-17; 19.15-16].
3. Relações importantes e inspirações
Após refletirmos sobre a segurança e a completa confiança em Deus, cabe destacarmos algumas relações importantes entre os Salmos 46, 47 e 48.
Após refletirmos sobre a segurança e a completa confiança em Deus, cabe destacarmos algumas relações importantes entre os Salmos 46, 47 e 48.
3.1.Relação entre os Salmos 46 e 47.
Os Salmos 46 e 47 possuem muitas ideias afins. No Salmo 46, verificamos a ação de Deus em fazer cessar as guerras, ou seja, o triunfo sobre as guerras. Essa ideia é reforçada no Salmo 47, o qual celebra o reino vitorioso de Deus sobre a terra. Retrata a soberania do Senhor e as vitórias finais do nosso Deus. As nações reconhecem que o Deus de Israel é o Grande Rei [Sl 47.9]. Conclama os povos a louvar pela Sua majestade; o Rei de todas as terras, os Seus grandes feitos [Sl 47.3-5]. Percebemos, nestes salmos, que devemos louvar o nosso Deus, pela Sua majestade, pela Sua maravilha e pelos Seus grandes feitos.
3.2. Relação entre os Salmos 46 e 48.
Há paralelos entre os Salmos 46 e 48. Ambos, assim como o Salmo 47, são cânticos de triunfo. Trata-se de mais um cântico que contribui para solidificar no povo de Deus a consciência da grandeza do Senhor, o privilégio de desfrutar de Sua presença e auxílio [vs. 3,7-8], bem como da alegria por contemplar Seus feitos, benignidade e Sua justiça [vs. 8-11]. Interessante os dois últimos versos - 13-14 - pois é um chamado para observar com atenção os detalhes para narrar "à geração seguinte", pois o nosso Deus nos "guia até a morte". Uma importante lição a ser aplicada aos membros do Corpo de Cristo: não apenas desfrutar de tantas bênçãos e louvar, mas, também, proclamarmos a outros, começando por nossa família, "as virtudes daquele que nos chamou" [1 Pe 2.9] e de Seu glorioso agir em favor de todos que Nele confiam e esperam, mesmo após a morte.
3.3. A inspiração de Lutero.
Lutero, além de teólogo, era músico e compositor. Tocava alaúde, um instrumento de cordas. Entre as diversas músicas que compôs, a mais célebre é "Castelo Forte". Essa música foi inspirada na convicção do salmista de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza [Sl 46.1]. Em sua composição, Lutero afirma: "Ainda que este mundo, repleto de demônios, ameace destruir-nos, não temeremos, pois Deus quer que a sua verdade triunfe por meio de nós". O hino foi composto em uma das épocas mais sombrias da Igreja. Acredita-se que essa composição ocorreu por volta de 1521. Neste período, Lutero foi intimado para defender suas teses teológicas e estava correndo o risco de morte, porém manteve-se firme nos seus propósitos.
Os Salmos 46 e 47 possuem muitas ideias afins. No Salmo 46, verificamos a ação de Deus em fazer cessar as guerras, ou seja, o triunfo sobre as guerras. Essa ideia é reforçada no Salmo 47, o qual celebra o reino vitorioso de Deus sobre a terra. Retrata a soberania do Senhor e as vitórias finais do nosso Deus. As nações reconhecem que o Deus de Israel é o Grande Rei [Sl 47.9]. Conclama os povos a louvar pela Sua majestade; o Rei de todas as terras, os Seus grandes feitos [Sl 47.3-5]. Percebemos, nestes salmos, que devemos louvar o nosso Deus, pela Sua majestade, pela Sua maravilha e pelos Seus grandes feitos.
3.2. Relação entre os Salmos 46 e 48.
Há paralelos entre os Salmos 46 e 48. Ambos, assim como o Salmo 47, são cânticos de triunfo. Trata-se de mais um cântico que contribui para solidificar no povo de Deus a consciência da grandeza do Senhor, o privilégio de desfrutar de Sua presença e auxílio [vs. 3,7-8], bem como da alegria por contemplar Seus feitos, benignidade e Sua justiça [vs. 8-11]. Interessante os dois últimos versos - 13-14 - pois é um chamado para observar com atenção os detalhes para narrar "à geração seguinte", pois o nosso Deus nos "guia até a morte". Uma importante lição a ser aplicada aos membros do Corpo de Cristo: não apenas desfrutar de tantas bênçãos e louvar, mas, também, proclamarmos a outros, começando por nossa família, "as virtudes daquele que nos chamou" [1 Pe 2.9] e de Seu glorioso agir em favor de todos que Nele confiam e esperam, mesmo após a morte.
3.3. A inspiração de Lutero.
Lutero, além de teólogo, era músico e compositor. Tocava alaúde, um instrumento de cordas. Entre as diversas músicas que compôs, a mais célebre é "Castelo Forte". Essa música foi inspirada na convicção do salmista de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza [Sl 46.1]. Em sua composição, Lutero afirma: "Ainda que este mundo, repleto de demônios, ameace destruir-nos, não temeremos, pois Deus quer que a sua verdade triunfe por meio de nós". O hino foi composto em uma das épocas mais sombrias da Igreja. Acredita-se que essa composição ocorreu por volta de 1521. Neste período, Lutero foi intimado para defender suas teses teológicas e estava correndo o risco de morte, porém manteve-se firme nos seus propósitos.
CONCLUSÃO
Aprendemos na presente lição que, por mais que as circunstâncias seja contrárias, o povo de Deus permanece confiante e esperançoso, pois o Senhor Deus está conosco e é o Nosso Refúgio, Fortaleza e Auxílio. Por isso, sabemos que, no final, a vitória é de Deus e Seu povo.
Fonte: Revista Betel
Fonte: Revista Betel
Para fazer doações a essa obra: Clique aqui! https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com