Vencendo os obstáculos
26 de Abril de 2020
TEXTO DO DIA
“Para que todos os povos da terra conheçam a mão do SENHOR, que é forte, para que temais ao SENHOR, vosso Deus, todo os dias” (Js 4.24).
SÍNTESE
Em Jesus Cristo já somos mais que vencedores.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 2Co 1.8
Quando tudo parece perdido
TERÇA — Jó 19.25
Fé em Deus, a chave da vitória
QUARTA — Sl 18.29
Saltando muralha
QUINTA — Ml 3.16
Um memorial diante de Deus
SEXTA — Fp 4.13
Não há obstáculo instransponível para aquele que confia em Deus
SÁBADO — Ef 3.20
Deus faz muito mais por nós
INTERAÇÃO
Dileto(a) professor(a), todos sabemos que se trabalharmos unidos, nossa força será maior. Esta verdade é particularmente importante para os que militam na seara do Mestre. Assim, seja proativo no melhoramento da conexão entre aqueles que ministram aulas para os jovens na Escola Dominical. Promova reuniões que visem o estreitamento de laços fraternais e familiares. Independente de quantos professores existam na classe, todos devem trabalhar com um só propósito, o que só é possível se houver um bom diálogo entre vocês. Assim, realizarão muito mais pela classe, uma vez que, ao estarem perto uns dos outros, as atividades do trimestre podem ser melhor planejadas, inclusive permitindo a divisão das tarefas entre todos e, dessa forma, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho fluirá melhor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em todas as aulas há uma chave disponível para que seja aberta a “porta do interesse” dos alunos, despertando-os para serem participantes ativos no processo ensino-aprendizagem. Assim, introdutoriamente, reflita com eles a respeito das impossibilidades que Deus colocou na vida de seus filhos, como por exemplos: Abraão (a esterilidade de Sara), Moisés (o Mar Vermelho), Elias (Jezabel e uma grande seca), a cegueira de nascença de um homem (João 9). Na reflexão, provoque-os para que falem a respeito da necessidade dessas provas, dificuldades. Por que Deus não os poupou da aflição antecedente aos milagres? Por fim, aborde sobre Josué e a impossibilidade da travessia do Jordão, questionando a razão desses personagens não agirem racionalmente, e o resultado alcançado.
TEXTO BÍBLICO
Josué 3.3-6,14-17.
3 — e ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca do concerto do SENHOR, vosso Deus, e que os sacerdotes levitas a levam, parti vós também do vosso lugar e segui-a.
4 — Haja, contudo, distância entre vós e ela, como da medida de dois mil côvados; e não vos chegueis a ela, para que saibais o caminho pelo qual haveis de ir; porquanto por este caminho nunca passastes antes.
5 — Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós.
6 — E falou Josué aos sacerdotes, dizendo: Levantai a arca do concerto e passai adiante deste povo. Levantaram, pois, a arca do concerto e foram andando adiante do povo.
14 — E aconteceu que, partindo o povo das suas tendas, para passar o Jordão, levavam os sacerdotes a arca do concerto diante do povo.
15 — E, quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão, e os pés dos sacerdotes que levavam a arca se molharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega),
16 — pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que está da banda de Sartã; e as que desciam ao mar das Campinas, que é o mar Salgado, faltavam de todo e separaram-se; então, passou o povo defronte de Jericó.
17 — Porém os sacerdotes que levavam a arca do concerto do SENHOR pararam firmes em seco no meio do Jordão; e todo o Israel passou em seco, até que todo o povo acabou de passar o Jordão.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O povo de Deus tinha se preparado para a entrada em Canaã, e os espias que foram enviados a Jericó voltaram sãos e salvos. Todos estavam animados, pois Israel entraria finalmente na Terra Prometida, porém, antes precisava atravessar o Rio Jordão, algo que era impossível aos olhos humanos. Tal fato nos mostra que na rota da vitória do povo de Deus, surgem muitas vezes, oposição humana, ataques de ordem espiritual, dificuldades financeiras e sociais, dentre outras, mas também há obstáculos naturais. Não criados pelos homens ou pelo Inimigo, mas permitidos por Deus, os quais podem interromper abruptamente a caminhada rumo ao ideal almejado. Esses últimos, talvez, sejam os entraves mais perigosos, pois podem ser interpretados como “Deus está dizendo não”. É preciso ter discernimento para, transpondo às barreiras, seguir em frente e alcançar tudo o que o Senhor prometeu. Há uma frase que sintetiza o segredo para o alcance dos objetivos: “As águas dos rios alcançam seus objetivos porque aprenderam a contornar os obstáculos”.
I. ATRAVESSANDO O JORDÃO
1. Um dia marcante para o povo.
O dia 10 de abibe era um dia magnífico para os israelitas, pois foi nesse dia que Deus anunciou que seria comemorada a Páscoa — o dia da saída ( exodus ) do Egito. Agora, no mesmo dia, 40 anos após o êxodo, o Senhor promoveu a entrada ( eisodus ) do povo em Canaã. Deus valoriza os detalhes; toda a natureza, obra de suas mãos, é uma prova cabal desta verdade. Assim, em qualquer dia poderia ter havido o exodus e o eisodus , mas Ele quis que esses fatos da libertação do povo e da entrada na Terra Prometida acontecessem na Páscoa, porque tal acontecimento apontava para o Calvário. O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, durante a Páscoa, séculos depois, seria imolado. Outro detalhe interessante é que Deus criou as circunstâncias políticas no mundo para que a vinda do seu Filho Unigênito fosse o marco para o estabelecimento de um novo calendário, dividido em “a.C” e “d.C”, fazendo relembrar o episódio de Êxodo 12.1-3. O Altíssimo achou por bem que toda a humanidade, nas gerações seguintes, se lembrasse de que um dia Deus se fez homem, morreu numa cruz na Páscoa e mudou a história da humanidade para sempre.
2. A Arca do Concerto aponta o caminho a seguir.
Durante 40 anos Deus guiou seu povo por intermédio de uma nuvem ou coluna de fogo. Agora porém, os hebreus seriam guiados pela Arca do Concerto que era levada pelos sacerdotes levitas (Js 3.3). Mas somente em três oportunidades ela foi conduzida pelos sacerdotes: neste episódio, ao circundarem Jericó e quando a levaram para o interior do templo de Salomão. Outro aspecto interessante é que a Arca sempre seguia no meio do acampamento, mas agora ela estaria na frente, a quase um quilômetro de distância. Tal mudança tinha a ver com as novas circunstâncias: Os hebreus não seriam mais peregrinos, teriam sua terra, habitariam não mais em tendas, porém em casas. A Arca, que representava a presença de Deus, deveria guiar daqui pra frente suas mentes e corações.
3. A providência mais importante para a conquista da Terra Prometida.
De todas as ordens que Josué passou ao povo a mais significativa foi: “Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós” (Js 3.5). Ele deixou claro que não seria possível apresentar-se à peleja sem as “vestes da santidade”, pois Deus é “Santo, Santo, Santo” (Is 6.3). Essa é uma das características que mais demonstram a essência do caráter divino. As Escrituras Sagradas nos exortam: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16). O povo de Israel, assim como a Igreja, foi chamado para a santidade, que significa separação. Para que a entrada na Terra Prometida ocorresse, os guerreiros precisavam estar santificados.
Pense!
Vale a pena viver uma vida com um alto padrão de santidade, mesmo quando isso aparenta ser irracional, ilógico ou ultrapassado?
Ponto Importante
Viver em santidade e fazer a vontade de Deus sempre é a melhor decisão para seu povo, sob quaisquer circunstâncias, pois o Senhor jamais se equivoca.
II. AS DIFICULDADES NO CAMINHO DA BÊNÇÃO
1. A prova, o Jordão transbordava.
Atravessar o Mar Vermelho rumo ao Sinai para não morrer pelas mãos de faraó era uma coisa, mas passar o Jordão para entrar numa guerra sangrenta contra dezenas de cidades-estados fortificadas há séculos, como era o caso de Jericó (cuja muralha, de acordo com estudos arqueológicos, estava intacta há uns 800 anos), exigia muito mais fé e coragem. Todavia, além dos grandes embates que os aguardavam, havia um obstáculo humanamente intransponível: O rio Jordão. Era impossível a travessia de pessoas e animais na época da cheia, somente a fé no Deus Todo-Poderoso faria possível tal façanha.
2. A bênção, tempo da ceifa.
Os israelitas chegariam a Canaã no tempo da bênção, pois naqueles dias estavam sendo colhidos abundantes frutos. Deus já tinha preparado uma farta colheita, tendo em vista que os hebreus comeriam dela (Js 5.11,12). O Senhor surpreende o seu povo com frequência, pois enquanto os israelitas se preparavam para atravessar o Jordão, Deus, do outro lado, aprontava um faustoso banquete de boas-vindas para seus filhos, certamente com os mais excelentes frutos da terra de Canaã. Está escrito que o Senhor “[…] ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, e o dê ao bom perante sua face […]” (Ec 2.26). O Altíssimo, como um pai amoroso, tinha lhes prescrito inclusive os alimentos que poderiam ou não ser ingeridos. Canaã tinha praticamente de tudo, mas o povo de Deus deveria se abster de alguns tipos de comida, pois nem tudo que apresenta um bom sabor e uma boa aparência é saudável.
Deus provou o seu povo no deserto, para que fosse digno de experimentar das finas iguarias da Terra Prometida. Sem dúvida, a dieta deles, doravante, seria muito melhor do que aquela disponibilizada “de graça” pelos egípcios (Êx 3.7). Sabemos que há um tempo para todas as coisas, por esse motivo o cristão deve esperar com paciência no Senhor (Sl 40.1).
3. O milagre da travessia do Jordão.
Quando os pés dos sacerdotes que levavam a Arca, tocaram as águas do rio, Deus começou a realizar o milagre (Js 3.15), mas não como na travessia do Mar Vermelho, em que foi aberto um caminho no mar, tendo as águas se ajuntado de um lado e doutro (Êx 15.8), fazendo-se dois muros. O Altíssimo, neste caso, criou uma enorme represa no curso do Jordão, interrompendo o curso d'água. Quando o leito do rio ficou seco, o povo passou (Js 3.17), isso faz lembrar a providência de Deus em remover obstáculos. Há situações em que Ele intervém abruptamente (como no milagre do Mar Vermelho), noutros momentos, porém, como aqui, o Senhor age com mais vagar.
Pense!
Por que Deus varia na realização de milagres?
Ponto Importante
O Todo-Poderoso trata seus filhos com as peculiaridades que lhes são inerentes. Ele é soberano e não segue nenhum padrão humano.
III. UM EVENTO PARA NÃO ESQUECER
1. O memorial de Deus.
Deus falou a Josué (Js 4.1) para que chamasse um homem de cada tribo, a fim de que tomasse uma pedra do leito do rio e erigisse um memorial em Gilgal (Js 4.2-5) para que, no futuro, quando os filhos dos hebreus perguntassem o que significavam aquelas pedras, eles lhes narrassem a história da travessia do Jordão para a glória de Deus (Js 4.6,7). O lugar da impossibilidade, na vida do crente, é o lugar da vitória, por isso, Deus mandou que tomassem as pedras do meio do Jordão.
Interessante como na vida de cada cristão, Deus faz grandes milagres, com livramentos extraordinários e de forma pontual. Nesses casos, devem ser erigidos memoriais, culto em ação de graças, testemunhos na igreja, dentre outros.
2. O memorial de Josué.
Josué, por seu turno, também decidiu levantar outro memorial, sendo que esse ficaria dentro do leito do rio, no local onde os sacerdotes seguravam a Arca do Concerto. Tempos depois (não se sabe quando), por ocasião do registro do episódio, aquelas pedras ainda resistiam à correnteza do Jordão.
Havia naquele lugar, na verdade, um lajedo com pedras soltas que somente Deus conhecia, pois as águas do Jordão estavam barrentas. Aqueles dois montes de pedras testemunhavam que as doze tribos estavam unidas e entrariam em Canaã juntas em um mesmo ideal.
3. O propósito dos memoriais.
Vemos nas Escrituras, diversas menções sobre ocasiões especiais em que o povo levantou memoriais de pedras, como por exemplo, em casos de votos ou alianças, homenagens a pessoas ou tribos e mesmo em acontecimentos sobrenaturais como neste episódio. A arqueologia confirma tal costume, tendo sido descobertos diversos monumentos com essas características nas terras bíblicas.
Josué explicou que as gerações futuras, por meios dos memoriais, deveriam saber o que Deus fez no passado. Ou seja, eles foram erguidos para a glória de Deus, nunca para a do homem, mas sempre nos alegramos com os homens a quem Deus usa. Depois de mencionar que o Senhor que abrira o Mar Vermelho era o mesmo que deu passagem pelo Jordão (Js 4.23), Josué também mostra que os monumentos serviriam para que os povos da terra conhecessem a mão do Senhor (Js 4.24).
Pense!
Por que Josué resolveu erigir outro memorial além do que foi determinado por Deus?
Ponto Importante
Deus aceita os memoriais que partem de um coração puro e que tem como objetivo expressarem gratidão.
CONCLUSÃO
A travessia dos filhos de Israel pelo Jordão constitui-se em um marco histórico para os hebreus, pois demonstrava a boa vontade de Deus para com o seu povo ao conceder-lhe uma terra que manava leite e mel. Esse evento nunca deveria ser esquecido por aqueles que passaram a pé enxutos, assim como as gerações futuras, e também por aqueles que eram inimigos de Israel. Com visão espiritual aguçada e fé, todos os obstáculos naturais serão transpostos para glória do Senhor.
ESTANTE DO PROFESSOR
BUENO, Telma. Igreja Saudável: Ensinando para uma Vida Plena. RJ: CPAD, 2019.
HORA DA REVISÃO
1. Qual a tradução das palavras exodus e eisodus? O que significam?
Saída e entrada, respectivamente. Encerram em si a representação dos episódios da “saída de Israel do Egito” e da “entrada de Israel na Terra Prometida”.
2. Qual festa foi celebrada no dia do exodus e também deveria ser celebrada no dia do eisodus?
A festa da Páscoa.
3. Israel entrou em Canaã em que dia e mês?
Dia 10 de abibe ou nisã.
4. Qual o lugar de onde foram extraídas as pedras para os memoriais?
Do leito do Jordão, debaixo dos pés onde estavam os sacerdotes com a Arca.
5. Em quais locais foram erigidos memoriais de pedra?
No leito do Jordão e em Gilgal.
SUBSÍDIO I
“Como Jericó situava-se além do Jordão, era preciso, para atacá-la, que o exército atravessasse o rio, então muito aumentado por causa das enchentes e da chuva. Josué encontrou-se em grande aflição, porque não tinha barcos para fazer uma ponte, e, mesmo se isso viesse a ser possível, os inimigos tê-los-iam impedido de construí-la. E, diante de tão grande contratempo, Deus prometeu-lhe tornar o rio vadeável. Josué esperou dois dias e depois atravessou-o, deste modo: os sacerdotes por primeiro, com a arca, seguidos pelos levitas, que levavam o Tabernáculo e todos os vasos sagrados. Os que pertenciam ao exército marchavam junto com as respectivas tribos, colocadas as mulheres e as crianças no meio, a fim de não serem levadas pela correnteza.
Quando os sacerdotes entraram no rio, perceberam que a água não era mais tão movimentada, tendo baixado de nível, e que o fundo estava firme. Assim, podiam atravessá-lo a pé. Depois desse primeiro efeito da promessa de Deus, todos os outros passaram sem receio. Os sacerdotes ficaram no meio do rio até que todos passassem, e mal eles mesmos chegaram ao outro lado imediatamente o rio tornou-se cheio e impetuoso como antes. O exército avançou ainda uns cinquenta estádios e acampou a dez estádios de Jericó” (JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. RJ: CPAD, 2012, pp.238,239).
SUBSÍDIO II
“A verdadeira aventura da vida só começa quando reunimos força para fazer aquilo que temos medo. Pode ser qualquer coisa: começar uma nova carreira, escrever um livro, voltar a estudar ou buscar um relacionamento. Pode ser qualquer coisa que nos leve a um lugar onde nossos sonhos não realizados tornam-se reais. Na verdade, a aventura de viver começa quando saltamos sobre o grande abismo do que está nos detendo. A maioria de nós anda na ponta dos pés à beira do precipício e vislumbra o que é possível no outro lado. Podemos até ficar empolgados com o que vemos até olharmos para baixo e decidirmos retroceder. O que nos impede de dar aquele salto? Medo do que poderia não acontecer, certo? Vemos o salto como grande demais, pelo menos por enquanto.
Seja qual for a nossa lógica, adiamos o grande salto. Esperamos nosso tempo com a rotina de uma vida que aguardamos finalmente nos levar para o outro lado do precipício. Um dia se sobrepõe ao outro, e com o passar do tempo, pensamos no grande abismo em nossos momentos mais tranquilos. Nós nos perguntamos se deveríamos saltar logo. Mas a agitação dos nossos dias novamente nos faz retroceder da extremidade, e continuamos adiando o salto. Por quê? Porque temos medo de não ter força para conseguir” (PARROT, Dr. Les. Você é Mais Forte do que Pensa. RJ: CPAD, 2014, p.13).
Para ofertar nessa obra clique aqui!
Pr Marcos André - Contatos para palestras, aulas e pregações: 48 998079439(Claro e zap). https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com/