Lição 7, CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS

  
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio.” (Ef 2.14)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Ao morrer na Cruz do Calvário, CRISTO reconciliou os eleitos desfazendo a inimizade entre DEUS e os homens.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 2.14 CRISTO derrubou a parede de separação entre DEUS e o homem
Terça - At 21.28-30 CRISTO desfez a separação entre o povo judeu e os gentios
Quarta - Mt 5.17 CRISTO se fez carne e cumpriu a Lei na sua integralidade
Quinta - Cl 2.11 DEUS ama a todos de igual modo e, por isso, não faz acepção de pessoas
Sexta - Gl 3.13; 1 Pe 2.24 CRISTO se fez maldição em nosso lugar, acabando com toda inimizade
Sábado - 2 Co 5.18-20 O ministério de reconciliação foi efetivado por meio do sacrifício da cruz
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 2.14-19
14 - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, 15 - na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,  16 - e, pela cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades. 17 - E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto; 
18 - porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo ESPÍRITO. 19 - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de DEUS.
 
 
OBJETIVO GERAL - Conscientizar que por meio do sacrifício vicário, CRISTO desfez a inimizade e, entre dois povos, criou um - a Igreja.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pontuar sobre a inimizade que existia entre DEUS e os homens;
Explicar que pela paz, CRISTO fez um "Novo Homem";
Evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com DEUS.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
DEUS estava em CRISTO reconciliando o mundo consigo mesmo. Essa é a boa nova do Evangelho que tem sua consumação no Calvário por meio da obra de CRISTO. Essa verdade nos mostra que, se outrora o pecador estava numa situação caótica, desoladora e perdida; agora sua condição mudou por causa da obra de CRISTO no Calvário. Nele, somos instados a propagar o ministério da reconciliação a todos os homens. Somos embaixadores da parte de CRISTO e precisamos conclamar aos seres humanos que se arrependam de seus pecados e sejam reconciliados com DEUS. Eis a boa nova de salvação. Como educadores cristãos, é o nosso desafio incutir nos alunos tal necessidade.
 
 
PONTO CENTRAL - Foi na cruz que CRISTO desfez a inimizade entre DEUS e os homens.
 
Resumo da Lição 7, CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS
I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
1. A parede de separação entre os homens.
2. A derrubada da parede da separação.
3. O conceito da lei dos mandamentos.
4. A revogação da lei dos mandamentos.
II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM”
1. O conceito bíblico de paz.
2. CRISTO é o motivo da nossa paz.
3. A nova humanidade formada pela paz.
III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO
1. CRISTO se fez maldição por nós.
2. Reconciliados pela cruz de CRISTO.
3. Reconciliados na cruz em um corpo.
 
 
 
 
Comentários do Pr. Henrique - Lição 7, CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS
 
INTRODUÇÃO
 
Deve-se tomar o cuidado nesta lição de colocar Judeus que aceitaram a JESUS como Salvador e Senhor e Gentios que assim também fizeram. A separação entre ambos foi removida por JESUS CRISTO na cruz, pois DEUS encerrou a todos debaixo do pecado para usar de  miseriórdia com todos.. todos agora sao pecadores precisando de um salvador, nao existe privilegios para quem nao aceita a JESUS e os privilegios sao os mesmos para quem aceita a JESUS CRISTO como unico salvador e Senhor.
A Igreja é o povo de DEUS formada pelos Judeus que aceitaram a JESUS como Salvador e Senhor e Gentios que assim também fizeram. Todos são templo de DEUS, morada do ESPÍRITO SANTO.
 
Reconciliar é cobrir a separação. No AT o sangue de um cordeiro era derramado uma vez por ano no dia da expiação para cobrir o pecado do povo. Esse sacrifício perdurou desde a lei até que começou o reinado em Israel e dentro da Arca não havia mais nem a vara de Arão e nem o vaso contendo o Maná. No Novo Testamento, quando JESUS CRISTO morreu por nós, o pecado não mais voltou a ser coberto, mas, agora, removido pelo sangue de JESUS CRISTO. Não mais pelo sangue de um animal cordeiro que nem escolheu morrer por alguém, mas pelo cordeiro de DEUS que tira ao pecado do mundo e que a si mesmo se ofereceu por nós e derramou seu sangue para nos purificar de todo pecado.
 
Quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo? Hebreus 9:14
mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; Hebreus 9:7
Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio. Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. Hebreus 9:24-28
No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. João 1:29
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS CRISTO, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1 João 1:7
 
DEUS olha para nós via JESUS CRISTO e seu sacrifício na cruz.
 
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de CRISTO.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
Colossenses 2:11,16
DEUS não aceitou nenhum dos 613 preceitos da Torá como condição de salvação e encerrou a todos, judeus e gentios debaixo do pecado para usar de misericórdia com todos. Pela graça são salvos todos os que aceitarem a JESUS como salvador e senhor. A parece (613 preceitos) foi quebrada. Tanto Judeus como Gentios passaram a serem pecadores e precisavam agora ouvirem o evangelho e crerem nele para serem salvos. Depois de salvos tanto judeus como gentios são iguais em direitos e promessas e aliança com DEUS, pois todos formam um novo povo, não mais são judeus ou gentios, mas IGREJA.
Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui. Isaías 65:1
Porque DEUS encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos. Rm 11.32
E o ESPÍRITO e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida. Ap 22:17
 
Situação em Éfeso - Barreiras à comunhão ou parede de separação.
 
A Igreja em Éfeso estava vivendo problemas de separação entre seus membros devido ao número de judeus convertidos terem que conviver com o alto número de gentios convertidos.
Enquanto os judeus guardavam o sábado, a circuncisão, as festas judaicas tradicionais e as leis dietéticas (tentavam seguir os 613 preceitos da Lei); os gentios, por sua vez, nada disso incorporavam em seu novo viver na fé em JESUS CRISTO.
Havia então essas barreiras de separação entre os dois povos dentro da Igreja.
Paulo ensina que após a conversão não existem mais dois povos e sim um povo só - a Igreja de JESUS CRISTO, cuja cabeça é CRISTO.
A circuncisão ou qualquer outro rito não acrescenta nada ou invalida a salvação. Somos salvos pela graça de DEUS, mediante a fé no sacrifício de JESUS.
As barreiras, explica Paulo, foram retiradas por JESUS - cravadas na Cruz. Para pertencermos ao povo de DEUS, herdarmos as promessas, estarmos em aliança com DEUS, nada mais estava em evidência, senão a fé, pois somos justificados pela fé ao ouvirmos o evangelho de nossa salvação (Ef 1.13). Todos herdamos a promessa do ESPÍRITO SANTO morando em nós, nos tornando filhos de DEUS. A barreira do pecado nos separava de DEUS, porém JESUS levou na cruz todos nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições (Is 53; Gl 3.13,14). Glória a DEUS, não existem mais barreiras entre nós e DEUS e nem entre os salvos de todas tribos, etnias, raças, línguas e nações.
 
 “vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto” (2.13).
Lembrando que a carta seria lida pela igreja em éfeso, mas também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo. Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do judaísmo!
Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte.
 
 
 
I – CRISTO DESFEZ A INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
O exclusivismo religioso criou inimizade entre judeus e gentios. Nesse ponto veremos o que CRISTO fez para dar fim a esse litígio entre os homens (2.14,15).

1. A parede de separação entre os homens.
A parede de separação entre os judeus e os gentios na Igreja de Éfeso, por parte dos judeus, consistia em estatutos, ordenanças; leis, mandamentos e festas judaicas. A parede era formada principalmente por circuncisão, guarda do sábado, leis dietéticas e festas judaicas, dos quais os gentios não praticavam.
A parede de separação entre os judeus e os gentios na Igreja de Éfeso, por parte dos gentios, consistia em saberem que não precisavam seguir as ordenaças judaicas, mas eram cobrados diariamente por isso. Veja a decisão do concílio de Jerusalém sobre o assunto e quais suas exigências:
Na verdade, pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Atos 15:28,29
 
Talvez Paulo tenha usado o termo "parede de separação" em referência ao muro chamado Soreg que separava os gentios dos judeus na adoração, no templo em Jerusalém.
O Templo de Jerusalém é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios. Situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), no leste da cidade de Jerusalém. A edificação possuía vários átrios. O átrio dos gentios (os não-judeus) rodeava todo o santuário e era acessível também aos judeus. Havia também o Soreg, que era uma parede baixa em volta do templo, formado uma área sagrada que nenhum gentio podia pisar. Havia o átrio das mulheres e também o átrio de Israel. Este era exclusivamente para judeus jovens e adultos do sexo masculino. Era grande e aberto, enquanto o átrio das mulheres era estreito, coberto e rodeado de colunas. Acima do piso do átrio de Israel havia um espaço reservado exclusivamente aos sacerdotes.
 
Paulo corrige tudo isto isentando os gentios de viverem presos às ordenaças judaicas e deseja que os judeus também sejam, libertos para a Liberdade que há em CRISTO. Todos agora são Igreja e não necesitam mais destas coisas para serem filhos de DEUS.
 
no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de CRISTO. Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dos mortos. E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de CRISTO. Colossenses 2:11-17
 
Lembrando que a carta seria lida pela igreja em éfeso, mas também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo. Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do judaísmo!
Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte.
 
 
2. A derrubada da parede da separação.
 
“a parede de separação que estava no meio” (2.14b). 
A igreja em Éfeso deveria se portar como corpo de CRISTO, onde a Liberdade no ESPÍRITO SANTO deveria prevalecer. Todos agora eram filhos de DEUS, iguais em promessa e aliança. Não havia mais diferença entre eles já que os judeus foram condenados por não conseguirem cumprir a lei e os gentios estavam na mesma condenação, pois nunca obedeceram a DEUS.
Eram agora iguais, pois, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Romanos 8:1
Não havia mais privilégios para os judeus e nem condenação para os gentios. Todos estavam em CRISTO na Igreja em Éfeso, portanto, todos eram salvos e co-herdeiros das promessas.
Assim, os gentios não eram mais forasteiros, mas da família de DEUS, com livre acesso à presença do Pai (2.18) e, pelo sangue de CRISTO, com livre entrada no santuário de DEUS (Hb 10.19).
Antes eram dois povos, mas agora, são um povo só.
 
Lembrando que a carta seria lida pela igreja em Éfeso, mas também, pelas outras igrejas, como hoje estamos lendo. Imagine a carta sendo lida em Jerusalém, berço do judaísmo!
 
Paulo era mesmo um homem de coragem. Por isso mesmo DEUS o chamou. Não temia a morte.
 

3. O conceito da lei dos mandamentos.
Não há divisão da lei por parte de DEUS, são 613 preceitos escritos no Antigo Testamento, Desse número, 365 são mandamentos negativos, proibições (mitzvot taaseh) e 248 são prescrições, mandamentos positivos (mitzvot aseh). Dentre esses preceitos encontramos a lei civil que diz respeito ao israelita como cidadão, a lei moral como padrão de conduta, mas não como meio de salvação (2.8,9) ea lei cerimonialreferindo-se a “circuncisão”, “sacrifícios”, “comida e bebida”, “dias de festas, lua nova e sábados” (Cl 2.11,16). Esses ritos identificavam a posição do povo judeu diante de DEUS e demonstrava a hostilidade deles para com os gentios.
 
Qualquer um que deixasse de cumprir um só dos mandamento já estava condenado.
E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor o que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo, será ela culpada e levará a sua iniquidade. Levítico 5:17
Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos. Tiago 2:10
 
Se alguém desejar se justificar pela lei e não pela fé, já está condenado.
Separados estais de CRISTO, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Gálatas 5:4
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO; Romanos 5:1
 
 
De que depende a lei e os profetas segundo JESUS?
Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E JESUS disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Mateus 22:36-40
 
 

4. A revogação da lei dos mandamentos.
 
Quando JESUS cumpre toda a lei, a lei perde seu objetivo que é mostrar que o homem necessita de um salvador por não cumprir a lei. A velha aliança não foi capaz de salvar o homem, pois exigia a guarda da lei, portanto foi necessária uma nova Aliança, agora baseada na fé e não nas obras.. 
Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo. Hebreus 8:6,7
Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar. Hebreus 8:13 
 
JESUS colocou todos debaixo da mesma exigência para a entrada na graça de DEUS. A fé. 
A Igreja de JESUS é formada por judeus e gentios que ouviram o evangelho e creram nele. A fé foi o instrumento de entrada na graça de DEUS, a salvação em CRISTO.
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Romanos 5:1,2
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13 
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Efésios 2:8
 
 
 
A eliminação das barreiras que dividiam judeus e gentios se deu pela revogação da “lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças” (2.15b). Essa revelação não contradiz o que JESUS disse: “não vim para revogar, mas cumprir a lei” (Mt 5.17 – NAA). Visto que, ao entregar seu corpo para ser crucificado, CRISTO cumpriu a Lei oferecendo-se como sacrifício em favor de ambos os povos (Hb 7.27). Desse modo, a revogação aqui aludida é a da lei cerimonial, que resultava em separação entre judeus e gentios. O ato de CRISTO, oferecido a DEUS em cheiro suave, aboliu a necessidade dessas ordenanças ritualísticas e assim a inimizade foi desfeita (5.2).
 
 
II – PELA PAZ*, CRISTO FEZ UM “NOVO HOMEM”
A partir da expiação na cruz, a paz foi proclamada e de ambos os povos, judeus e gentios, CRISTO fez uma nova humanidade (2.14-17). 
1. O conceito bíblico de paz.
De forma geral, a paz é a descrição de boas relações (At 24.2,3), do fim de um conflito (Lc 14.32), do estado de tranquilidade (1 Rs 4.24) e de uma qualidade espiritual (Gl 5.22). Na passagem em apreço, o apóstolo ressalta a paz conferida por meio de CRISTO. Sua morte na cruz desfez a nossa inimizade com DEUS e com os homens, tornando possível a reconciliação entre ambos e, promovendo assim, a paz (Cl 1.20).
2. CRISTO é o motivo da nossa paz.
Paulo declara que CRISTO “é a nossa paz” (2.14b). Essa expressão aponta para uma conotação mais profunda, pois CRISTO não é apenas o “autor da paz”, mas literalmente “a nossa paz”. Isso implica o conceito de “comunhão espiritual”, ou seja, CRISTO habita em nós sendo Ele mesmo a nossa paz (Jo 14.23-27). Desse modo, essa paz repousa na igreja, entre o crente e DEUS e entre judeus e gentios, agora um único povo em CRISTO JESUS (2.14.b).
3. A nova humanidade formada pela paz.
CRISTO uniu os povos que outrora se hostilizavam, para criar “em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (2.15c). Essa unidade não foi o resultado de algum acordo firmado entre os homens. Ela foi realizada “em si mesmo”, ou seja, o único modo possível era “em CRISTO” e “por meio de CRISTO”. A partir desse ato surge uma nova humanidade: a Igreja, “onde não há circuncisão e nem incircuncisão” (Cl 3.11). Foi CRISTO quem criou esse novo povo “fazendo a paz” (2.15c). Nele, as desigualdades foram eliminadas, a acepção de pessoas desfeita, a etnia e a classe social desapareceram (Rm 2.11; Gl 3.28).
III – PELA CRUZ, RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO
O ministério da reconciliação desfez a inimizade entre o homem e DEUS, bem como entre os homens. Essas dádivas foram possíveis por causa da cruz de CRISTO.
1. CRISTO se fez maldição por nós. Ser condenado à morte de cruz era um sinal de maldição e de profunda humilhação (Hb 12.2). O réu era açoitado por um chicote de várias tiras de couro, acompanhado de chumbo ou ossos nas pontas (Mc 15.15). Em seguida, era obrigado a carregar publicamente sua cruz até ao local da execução (Jo 19.7). Por essas razões a cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1 Co 1.23). Apesar disso, CRISTO suportou a afronta, levou a nossa culpa, entregou seu corpo para a crucificação e se fez maldição em nosso lugar (Gl 3.13). 
2. Reconciliados pela cruz de CRISTO. Foi o sacrifício vicário de CRISTO na cruz e sua consequente vitória sobre a morte que possibilitaram nossa reconciliação com DEUS e com os homens (Cl 1.20). Nessa perspectiva que CRISTO “é a nossa paz” (2.14), que pela sua carne um novo homem foi criado “fazendo a paz” (2.15) e que também “evangelizou a paz a vós”, proclamando ao mundo as boas novas da cruz (2.17). A mensagem da cruz apregoa a paz entre DEUS e os homens, isto é, o ministério da reconciliação (2 Co 5.18-20). 
3. Reconciliados na cruz em um corpo. O apóstolo Paulo reforça que o propósito de CRISTO foi o de “reconciliar ambos [judeus e gentios] com DEUS em um corpo” (2.16b). A ênfase aqui recai sobre a inimizade existente na vertical, isto é, entre os homens e DEUS. No versículo 14, o destaque era a inimizade horizontal, quer dizer, entre os judeus e os gentios. De forma que a reconciliação deve ser duplamente compreendida. As duas inimizades foram desfeitas quando CRISTO levou nossos pecados no madeiro (1 Pe 2.24). A ira de DEUS, que por causa dos pecados estava sobre nós, foi cravada na cruz (Cl 2.13,14). Assim, a reconciliação foi concretizada pela cruz, gerando um novo povo, num único corpo: a “família de DEUS”; a “Igreja de CRISTO” (2.19; 3.6; 4.4; 5.23,30).
CONCLUSÃO
Em obediência ao plano divino, CRISTO cumpriu as demandas da lei na cruz. Em seu sacrifício derrubou as barreiras e aboliu as ordenanças cerimoniais que serviam de divisão. Por meio da paz conquistada no madeiro desfez a inimizade, criou uma nova humanidade e a reconciliou com DEUS. A partir dela, formou um novo povo: a Igreja, o Corpo de CRISTO.
 
 
 
UNIDADE NO CORPO DE CRISTO
1. Antes estávamos “longe”; agora chegamos “perto” (v.13). É o paralelo entre a velha vida e a nova (vv.11,12). Antes “sem CRISTO”, agora “em CRISTO” (v.13) “longe” e “perto”; antes “separados na carne”, agora “unidos no ESPÍRITO” (v.18). Esse contraste foi possível, graças à obra expiatória de CRISTO. Isto é, pelo “sangue de CRISTO” as barreiras foram quebradas.
2. Antes, sem reconciliação; agora temos paz com DEUS (vv.14-16). Em Cl 1.20 aprendemos que a paz vem através do sangue da cruz, porque CRISTO, através da sua morte, reconciliou todas as coisas consigo mesmo, nos céus e na terra. Não tínhamos paz com DEUS, mas CRISTO uniu o homem a DEUS e propiciando-nos essa paz reconciliadora. Através dessa paz, Ele desfez “as inimizades” (v.16).
3. Antes éramos dois povos; agora, somos um só (v.15). O sentido da palavra “homem” neste versículo não é individual, mas genérico. A unidade espiritual de dois homens, judeu e gentio, isto é, dois povos, foi feita por CRISTO “em si mesmo”. Agora, todos os que são salvos em CRISTO formam “um só corpo”, o corpo de CRISTO. Por isso, não pode haver mais diferenças, nem privilégios, mas todos somos um só em CRISTO.
4. Antes não tínhamos acesso ao Pai; agora, em CRISTO isto é possível (vv.18,19). Nossos pecados eram a barreira de acesso ao Pai, mas JESUS expiou nossos pecados e abriu a porta à comunhão com o Pai. Esse glorioso acesso tem a garantia da obra expiatória de CRISTO e é o ESPÍRITO SANTO quem o possibilita ao Pai. O ESPÍRITO SANTO dá testemunho dentro do crente perante o Pai e JESUS CRISTO. Vemos aqui a Trindade Santíssima em ação na realização da salvação no ser humano, trazendo a unidade espiritual entre os povos como uma de suas bênçãos. Todos temos bênçãos e privilégios comuns no corpo de CRISTO (1Co 12.12).
 
DEUS nos uniu em CRISTO para formar um novo povo, a Igreja. Todos nós, os crentes, somos um povo especial, e, hoje, representamos e cuidamos dos interesses de DEUS no mundo.
 
RECONCILIAÇÃO - As palavras no NT significando reconciliação são todas baseadas na raiz grega allag, com diferentes prefixos preposicionais, e o mais comum deles é kata, O significado etimológico é “mudança”, mas o uso sempre inclui a união de duas ou mais partes pela remoção de bases ou causas de desarmonia. A reconciliação é necessária para pôr fim à inimizade existente.
A doutrina da reconciliação está relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e DEUS, o SANTO Criador, através de JESUS CRISTO, o Redentor. Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo de DEUS (Rm 5.8; Cl 1.21; Tg 4.4). Teólogos liberais que negam a satisfação penal, propiciatória e substitutiva da justiça divina pela provisão objetiva da expiação, mostram que no NT DEUS nunca é o objeto da reconciliação. Eles negam a necessidade de vindicação da justiça divina, e insistem que tudo o que é necessário para a reconciliação entre DEUS e o homem é uma mudança no homem, Eles se opõem ao grande hino de Wesley; “Eleve-se, Minha Alma”, e especialmente às palavras “Meu DEUS está reconciliado”.
O fato do pecador ser aquele que precisa ser reconciliado com DEUS (2 Co 5.20) não constitui um argumento contra a necessidade da propiciação (q.v.) em relação a DEUS, Isto deveria ser evidente a partir de uma das passagens do NT, na qual a palavra é usada em um sentido não-soteriológico. Em Mateus 5.23,24, aquele a quem DEUS ordenou que se reconciliasse com seu irmão era o ofensor contra quem o irmão tinha uma queixa. A única reconciliação possível era através da remoção objetiva da queixa ou a satisfação da justiça.
Há uma mudança na atitude de DEUS quando o pecador é reconciliado com ele. Este fato é abundantemente evidenciado pelas muitas Escrituras que declaram a ira de DEUS em relação ao pecador não arrependido, e a remoção de sua ira quando o pecador é justificado (veja, por exemplo, Jo 3.36).
Talvez um motivo pelo qual os escritores bíblicos falam do homem como o objeto da reconciliação, seja que na mudança da ira para o favor, o amor de DEUS e seu caráter ético não mudam. Sua natureza santa é imutável. As passagens centrais que apresentam a doutrina da reconciliação são Romanos 5.8- 11; 2 Coríntios 5.18-21; Efésios 2.16-18; Colossenses 1.20-22. Em cada caso, a natureza objetiva e propiciatória da expiação é claramente indicada.
Bibliografia, F. Büchsel, *Katallasso״, TDNT, 1,254-258. James Denney, The Christian Doctrine of Reconciliatíon, Londres. Hodder & Stoughton, 1917. Leon Morris, The Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans, 1956, pp. 186-223.
J. O. B.
 
[Do lat. reconciliatio] Reatamento de relações entre partes litigantes. O Senhor JESUS, com a sua morte vicária, reconciliou- nos com DEUS de maneira definitiva, clara e eficiente (Ef 2.16; Cl 1.20). Dicionário Teológico - CPAD
 

EXPIAÇÃO - RECONCILIAÇÃO - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
 
II. A Expiação no Novo Testamento
1. O fato da expiação.
A expiação que fora preordenada desde a eternidade e prefigurada tipicamente no ritual do Antigo Testamento cumpriu-se historicamente, na crucificação de JESUS, quando se consumou o divino propósito redentivo. "Está consumado!" Os escritores dos Evangelhos descreveram os sofrimentos e a morte de CRISTO com profusão de pormenores que não se vêm nas narrativas de outros eventos das profecias do Antigo Testamento, os quais indicam a grande importância do evento.  Segundo o seu testemunho, JESUS sabia desde o princípio que o sofrimento e a morte faziam parte do seu destino divina
mente ordenado. Em sua declaração, que o Filho do homem devia sofrer, a palavra "devia" indica a vocação divina e não a fatalidade imprevista e inevitável. No ato do seu batismo ele ouviu as palavras: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo" (Mat. 3:17). Essas palavras são extraídas de duas profecias, a primeira declarando a filiação do Messias e sua Divindade (Sal. 2:7), e a segunda descrevendo o ministério do Messias como o Servo do Senhor (Isa. 42:1). O servo mencionado em Isa. 42:1 é o Servo sofredor de Isa. 53. A conclusão à qual chegamos é que mesmo na hora do seu batismo, JESUS estava ciente do fato de que sofrimento e morte faziam parte de sua vocação. A rejeição das ofertas de Satanás no deserto implicava desfecho trágico de sua obra, pois ele escolheu o caminho duro da rejeição em vez do fácil e popular. O próprio fato de o SANTO estar no meio do povo (Luc. 3:21) que se batizava, e o submeter-se ao mesmo batismo foi um ato de identificação com a humanidade pecaminosa, a fim de levar os pecados desse mesmo povo. O Servo do Senhor, segundo Isaias 53, seria "contado com os transgressores" (ver. 12). O batismo de JESUS pode ser considerado como "o grande ato de amorosa comunhão com a nossa miséria", pois nessa hora ele identifica-se com os pecadores e, por conseguinte, em certo sentido sua obra de expiação jà começou. Muitas vezes durante o curso do seu ministério o Senhor, em linguagem oculta e figurada, referiu-se à sua morte (Mat.5:10-12; 23:37; Mar. 9:12,13; 3:6,20-30; 2:19), mas em Cesaréia de Filipo ele claramente disse aos discípulos que devia sofrer e morrer. Daquele tempo em diante ele procurou esclarecer-lhes as mentes sobre este fato, que teria que sofrer, para que, sendo avisados, não naufragassem em sua fé ante o choque da crucificação. (Mar. 8:31; 9:31; 10:32.) Ele também lhes explicou o significado de sua morte. não a deveriam considerar como tragédia imprevista e infeliz à qual teria que se resignar, e, sim, como sendo morte cujo propósito era fazer expiação. "O Filho do homem veio a dar a sua vida em resgate de muitos." Na última ceia JESUS deu instruções acerca da futura comemoração de sua morte, como sendo o supremo ato de seu ministério. Ele ordenou um rito que comemoraria sua redenção da humanidade, assim como a Páscoa comemorava a redenção de Israel do Egito. Seus discípulos, que ainda estavam sob a influência de idéias judaicas acerca do Messias e do reino, não podiam compreender a necessidade de sua morte e só com dificuldade podiam aceitar o fato. Mas após a ressurreição e a ascensão eles o entenderam e sempre depois disso afirmaram que a morte de CRISTO fora divinamente ordenada como o meio da expiação. "CRISTO morreu pelos nossos pecados", é seu testemunho de sempre.
2. A necessidade da expiação.
A necessidade da expiação é conseqüência de dois fatos: a santidade de DEUS e a pecabilidade do homem. A reação da santidade de DEUS contra a pecabilidade do homem é conhecida como sua ira, a qual pode ser evitada mediante a expiação. Portanto, os pontos-chave do nosso estudo serão os seguintes: Santidade, pecabilidade, ira e expiação.
(a) A santidade de DEUS. DEUS é santo por natureza, o que significa que ele é justo em caráter e conduta. Esses atributos do seu caráter manifestam-se em seus tratos com a sua criação. "Ele ama a justiça e o juízo" (Sal. 33:5). "Justiça e juízo são a base do teu trono" (Salm 89:14). DEUS constituiu o homem e o mundo segundo leis especificas, leis que formam o próprio fundamento da personalidade humana, escritos no coração e na natureza do homem. (Rom. 2:14, 15.) Essas leis unem o homem ao seu Criador pelos laços de relação pessoal e constituem a base da responsabilidade humana. "Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos" (Atos17:28), assim foi dito da humanidade em geral. O pecado perturba a relação expressa nesse verso, e ao fim o pecador impenitente será lançado eternamente da presença de DEUS. Esta é "a segunda morte". Em muitas ocasiões essa relação foi reafirmada, ampliada e interpretada sob outro sistema chamado aliança. Por exemplo, no Sinai DEUS reafirmou as condições sob as quais ele podia ter comunhão com o homem (a lei moral) e, então estabeleceu uma série de regulamentos pelos quais Israel poderia observar essas condições na esfera da vida nacional e religiosa. Guardar a aliança significa estar em relação com DEUS, ou estar na graça; pois aquele que é justo pode ter comunhão somente com aqueles que andam na justiça. "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). E estar em comunhão com DEUS significa vida. Do princípio ao fim, as Escrituras declaram esta verdade, que a obediência e a vida andam juntas. (Gên. 2:17; Apoc. 22:14.)
(b) A pecabilidade do homem. Essa relação foi perturbada pelo pecado que é um distúrbio da relação pessoal entre DEUS e o homem. E desrespeitar a constituição, por assim dizer, ação que afeta a DEUS e aos homens, tal qual a infidelidade que viola o pacto matrimonial sob o qual vivem o homem e sua mulher. (Jer. 3:20.) "Vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso DEUS" (Isa. 59:2). A função da expiação é fazer reparação pela lei violada e reatar a comunhão interrompida entre DEUS e o homem.
(c) Ira. O pecado é essencialmente um ataque contra a honra e a santidade de DEUS. É rebelião contra DEUS, pois pelo pecado deliberado, o homem prefere a sua própria vontade em lugar da vontade de DEUS, e por algum tempo torna-se "autônomo". Mas se DEUS permitisse que sua honra fosse atacada então ele deixaria de ser DEUS. Sua honra pede a destruição daquele que lhe resiste; sua justiça exige a satisfação da lei violada; e sua santidade reage contra o pecado sendo essa reação reconhecida como manifestação da ira. Mas essa reação divina não é automática; nem sempre ela entra em ação instantaneamente, como acontece com a mão em contato com o fogo. A ira de DEUS é governada por considerações pessoais; DEUS é tardio em destruir a obra de suas mãos. Ele insta com o homem; ele espera ser gracioso. Ele adia o juízo na esperança de que sua bondade conduza o homem ao arrependimento. (Rom. 2:4; 2 Ped. 3:9.) Mas os homens interpretam mal as demoras divinas e zombam do dia de juízo. "Visto como se não executa imediatamente o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal" (Ecl. 8:11). Mas, embora demore, a retribuição final virá, pois num mundo governado por leis tem de haver um ajuste de contas. "não erreis: DEUS não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gál. 6:7). Essa verdade foi demonstrada no Calvário, onde DEUS declarou "sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de DEUS" (Rom. 3:25). A crucificação revelou o caráter horrendo do pecado, e demonstra vivamente o terrível castigo sobre ele. A cruz de CRISTO declara que DEUS nunca foi, não é, e nunca poderia ser indiferente ao pecado dos homens. Assim comenta o assunto um erudito: DEUS deu provas de sua ira contra o pecado quando ocasionalmente castigou Israel e as nações gentílicas. Mas ele não infligiu a plena penalidade, caso contrário a raça humana teria perecido. Em grande parte ele "passou por alto" os pecados dos homens. Seria injusto o rei que deixasse de punir um crime ou mesmo que adiasse a punição. E na opinião de alguns. DEUS perdeu prestigio por causa de sua tolerância, a qual interpretam como um meio de escapar à punição divina. DEUS destinou CRISTO para morrer a fim de demonstrar a sua justiça em vista da tolerância dos pecados passados, tolerância que parecia ofuscar a justiça.
(d) Expiação. O homem tem quebrado as leis de DEUS e violado os princípios da justiça. O conhecimento desses atos está registrado em sua memória e a sua consciência o acusa. Que se pode fazer para remediar o passado e ter segurança no futuro? Existe alguma expiação pela lei violada? 
O Novo Testamento ensina que a expiação é tanto necessária como também possível; possível porque DEUS é benévolo, bem como justo; necessária porque DEUS é justo, bem como benévolo. A expiação faz justiça a ambos os aspectos de seu caráter, pois na morte de CRISTO, DEUS está agindo de modo justo como também benévolo. Ao tratar do pecado, ele precisa mostrar sua graça, pois ele não deseja o morte do pecador; mas, ao perdoar o pecado, ele precisa revelar a sua justiça, pois a própria estabilidade do universo depende da soberania de DEUS. Na expiação DEUS faz justiça a seu caráter como um DEUS benévolo. Sua justiça clamou pelo castigo do pecador, mas sua graça proveu um plano para o perdão. Ao mesmo tempo ele faz justiça a seu caráter como um DEUS justo e reto. DEUS não faria justiça a si mesmo se manifestasse compaixão para com os pecadores de maneira que fizesse do pecado uma coisa leve e que ignorasse sua trágica realidade. Poderíamos pensar que DEUS seria então indiferente ou indulgente quanto ao pecado. O castigo do pecado foi pago no Calvário, e a lei divina foi honrada; dessa maneira DEUS pôde ser benévolo sem ser injusto, e justo sem ser inclemente.
3. A natureza da expiação.
A morte de CRISTO é: "CRISTO morreu", expressa o fato histórico da crucificação; "por nossos pecados", interpreta o fato. Em que sentido morreu JESUS por nossos pecados? Como é explicado o fato no Novo Testamento? A resposta encontra-se nas seguintes palavras-chave aplicadas à morte de CRISTO: Expiação, Propiciação, Substituição, Redenção e Reconciliação.
(a) Expiação. A palavra expiação no hebraico significa literalmente 'cobrir', e é traduzida pelas seguintes palavras: fazer expiação, purificar, quitar, reconciliar, fazer reconciliação, pacificar, ser misericordioso. A expiação, no original, inclui a idéia de cobrir, tanto os pecados (Sal. 78:38;79:9; Lev. 5:18) como também o pecador. (Lev. 4:20.) Expiar o pecado é ocultar o pecado da vista de DEUS de modo que o pecador perca seu poder de provocar a ira divina. A exposição significa cobrir de tal maneira o pecador, que seu pecado era invisível ou inexistente no sentido de que já não podia estar entre ele e seu Criador. Quando o sangue era aplicado ao altar pelo sacerdote, o israelita sentia a segurança de que a promessa feita a seus antecessores se faria real para ele. "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós" (Êxo. 12:13). Quais eram o efeitos da expiação ou da cobertura? O pecado era apagado (Jer. 18:23; Isa. 43:25; 44:22); removido (Isa.6:7); coberto (Sal. 32:1); lançado nas profundidades do mar (Miq. 7:19); perdoado (Sal. 78:38). Todos esses termos ensinam que o pecado é coberto de modo que seus efeitos sejam removidos, afastados da vista, invalidados, desfeitos. DEUS já não vê nem sofre influência alguma dele. A morte de CRISTO foi uma morte expiatória, porque seu propósito era apagar o pecado. (Heb. 9:26, 28; 2:17; 10:12-14; 9:14.) Foi uma morte sacrificial ou uma morte que tinha relação com o pecado. Qual era essa relação? "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1Ped. 2:24). "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Cor. 5:21) Expiar o pecado significa levá-lo embora, de modo que ele é afastado do transgressor, o qual é considerado, então, como justificado de toda a injustiça, purificado de contaminação e santificado para pertencer ao povo de DEUS. Uma palavra hebraica usada para descrever a purificação significa, literalmente, "quitar o pecado". Pela morte expiatória de CRISTO os pecadores são purificados do pecado e logo feitos participantes da natureza de CRISTO. Eles morrem para o pecado a fim de viverem para CRISTO.
(b) Propiciação. Crê-se que a palavra propiciação tem sua origem em uma palavra latina "propõe", que significa "perto de". Assim se nota que a palavra significa juntar, tornar favorável. O sacrifício de propiciação traz o homem para perto de DEUS, reconcilia-o com DEUS fazendo expiação por suas transgressões, ganhando a graça e favor. (Em sua misericórdia, DEUS aceita o dom propiciatório e restaura o pecador a seu amor. Esse também é o sentido da palavra grega como é usada no Novo Testamento. Propiciar é aplacar a ira de um DEUS santo pela oferenda dum sacrifício expiatório. CRISTO é descrito como sendo essa propiciação (Rom. 3:25: 1 João 2:4; 4). O pecado mantém o homem distanciado de DEUS; mas CRISTO tratou de tal maneira o assunto do pecado, a favor do homem, que o seu poder separador foi anulado. Portanto, agora o homem pode "chegar-se" a DEUS "em seu nome". O acesso a DEUS, o mais sublime dos privilégios, foi comprado por grande preço: o sangue de CRISTO. A palavra "propiciação" em Romanos 3:25 é tradução da palavra grega "hilasterion", que se encontra também em Heb. 9:5 onde é traduzida como "propiciatório". No hebraico, "propiciatório" significa literalmente "coberta", e, tanto no hebraico como no grego, a palavra expressa o pensamento de um sacrifício. Refere-se à arca da aliança (Êxo. 25:10-22) que estava composta de duas partes: primeira, a arca, representando o trono do justo governante de Israel, contendo as tábuas da lei como a expressão de sua justa vontade (o PAI), um vaso contendo o Maná (JESUS, nosso alimento espiritual) e a Vara de Arão que floresceu (O ESPÍRITO SANTO, tendo o poder de DEUS); segunda, a coberta, ou tampa, conhecida como "propiciatório", coroada com figuras angélicas chamadas querubins. Duas lições salientes eram comunicadas por essa mobília: primeira, as tábuas da lei ensinavam que DEUS era um DEUS justo que não passaria por alto o pecado e que devia executar seus decretos e castigar os ímpios. Como podia uma nação pecaminosa viver ante sua face? O propiciatório, que cobria a lei, era o lugar onde se aspergia o sangue uma vez por ano para fazer expiação pelos pecados do povo. Era o lugar onde o pecado era coberto, e ensinava a lição de que DEUS, que é justo, pode perfeitamente perdoar o pecado por causa dum sacrifício expiatório. Por meio do sangue expiatório, aquilo que é um trono de juízo se converte em trono de graça. A arca e o propiciatório ilustram o problema resolvido pela expiação. O problema e sua solução são declarados em Rom. 3: 24-26, onde lemos: "sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS, ao qual DEUS propôs para propiciação (um sacrifício expiatório) pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos (demonstrar que a aparente demora em executar o juízo não significa que DEUS passou por alto o pecado) sob a paciência de DEUS; para demonstração da sua justiça, neste tempo presente (sua maneira de fazer justos os pecadores), para que ele seja justo (infligir o devido castigo pelo pecado), e justificador (remover o castigo pelo pecado) daquele que tem fé em JESUS". Como pode DEUS realmente infligir o castigo do pecado e ao mesmo tempo cancelar esse castigo? DEUS mesmo tomou o castigo na pessoa de seu Filho, e desta maneira abriu o caminho para o perdão do culpado. Sua lei foi honrada e o pecador foi salvo. O pecado foi expiado e DEUS foi propiciado. Os homens podem entender como DEUS pode ser justo e castigar, ser misericordioso e perdoar; mas a maneira como pode DEUS ser justo no ato de justificar ao culpado, é para eles um enigma. O Calvário resolve o problema. É preciso esclarecer o fato de que a propiciação foi uma verdadeira transação, porque alguns ensinam que a expiação foi simplesmente uma demonstração do amor de DEUS e de CRISTO, com a intenção de comover o pecador ao arrependimento. Esse certamente é um dos efeitos da expiação (1 João 3:16), mas não representa o todo da expiação. Por exemplo, poderíamos pular para dentro dum rio e afogarmo-nos à vista de uma pessoa muito pobre a fim de convencê-la do nosso amor por ela; mas esse ato não pagaria o aluguel da casa nem a conta do fornecedor que ele devesse! A obra expiatória de CRISTO foi uma verdadeira transação que removeu um verdadeiro obstáculo entre nós e DEUS, e pagou a dívida que não podíamos pagar.

(c) Substituição. (Vicário) Os sacrifícios do Antigo Testamento eram substitutos por natureza; eram considerados como algo a que se procedia, no altar, para o israelita, que não podia fazê-lo por si mesmo. O altar representava o pecador; a vitima era o substituto do israelita para ser aceita em seu favor. Da mesma forma CRISTO, na cruz, fez por nós o que não podíamos fazer por nos mesmos, e qualquer que seja a nossa necessidade, somos aceitos "por sua causa". Se oferecemos a DEUS nosso arrependimento, gratidão ou consagração, fazemo-lo "em seu nome", pois ele é o Sacrifício por meio do qual chegamos a DEUS o Pai. O pensamento de substituição é saliente nos sacrifícios do Antigo Testamento, onde o sangue da vitima é considerado como uma coberta ou como fazendo expiação pela alma do ofertante. No capítulo em que os sacrifícios do Antigo Testamento alcançam seu maior significado (Isa. 53) lemos: "Verdadeiramente" ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados, (vers. 4, 5). Todas essas expressões apresentam o Servo de DEUS como levando o castigo que devia cair sobre outros, a fim de "justificar a muitos"; e "levar as iniqüidades deles". CRISTO, sendo o Filho de DEUS, pôde oferecer um sacrifício de valor eterno e infinito. Havendo assumido a natureza humana, Pôde identificar-se com o gênero humano e assim sofrer o castigo que era nosso, a fim de que pudéssemos escapar. Isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Ele que era sem pecado por natureza, que nunca havia cometido um pecado sequer em sua vida, se fez pecador (ou tomou o lugar do pecador). Nas palavras de Paulo: "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2 Cor. 5:21). Nas palavras de Pedro: "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Ped. 2:24).

(d) Redenção. A palavra redimir, tanto no Antigo como no Novo Testamento, significa tornar a comprar por um preço; livrar da servidão por preço, comprar no mercado e retirar do mercado. O senhor JESUS é um Redentor e sua obra expiatória é descrita como uma redenção. (Mat. 20:28; Apoc. 5:9; 14:3, 4; Gál. 3:13; 4:5; Tito 2:14; 1 Ped. 1:18.) A mais interessante ilustração de redenção se encontra no Antigo Testamento, na lei sobre a redenção dum parente. (Lev. 25:47-49.) Segundo essa lei, um homem que houvesse vendido sua propriedade e se houvesse vendido a si mesmo como escravo, por causa de alguma dívida, podia recuperar, tanto sua terra como sua liberdade, em qualquer tempo, sob a condição de que fosse redimido por um homem que possuísse as seguintes qualidades: Primeira, deveria ser parente do homem; segunda deveria estar disposto a redimi-lo ou comprá-lo novamente; terceira, deveria ter com que pagar o preço. O Senhor JESUS CRISTO reuniu em si essas três qualidades: Fez-se nosso parente, assumindo nossa natureza; estava disposto a dar tudo para redimir-nos (2 Cor. 8:9); e, sendo divino, pôde pagar o preço... seu próprio sangue precioso. O fato da redenção destaca o alto preço da salvação e, por conseguinte, deve ser levado em grande consideração. Quando certos crentes em Corinto se descuidaram de sua maneira de viver, Paulo assim os admoestou: "não sabeis... que não sois de vós mesmos? porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS" (1 Cor. 6:19. 20). Certa vez JESUS disse: "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" (Mar. 8:36, 37). Com essa expressão ele quis dizer que a alma, a verdadeira vida do homem, podia perder-se ou arruinar-se; e perdendo-se não podia haver compensação por ela, porque não havia meios de tornar a comprá-la. Os homens ricos poderão jactar-se de suas riquezas e nelas confiar, porém o poder delas é limitado. O Salmista disse: "Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a DEUS o resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes) por isso tão pouco viver para sempre ou deixar de ver a corrupção" (Sal 49: 7-9). Mas uma vez que as almas de multidões já foram "confiscadas", por assim dizer, por viverem no pecado, e não podem ser redimidas por meios humanos, que se pode fazer em favor delas? O Filho do homem veio ao mundo "para dar a sua vida em resgate (ou para redenção) de muitos (Mat. 20:28). O supremo objetivo de sua vinda ao mundo foi dar sua vida como preço de resgate para que aqueles, cujas almas foram "confiscadas", pudessem recuperá-las. As vidas (espirituais) de muitos, "confiscadas", são libertadas pela rendição da vida por parte de CRISTO. Pedro disse a seus leitores que eles foram resgatados de sua vã maneira de viver, que por tradição (pela rotina ou costumes), receberam dos seus pais (1 Pedro 1:18). A palavra "vã" significa "vazia", ou aquilo que não satisfaz. A vida, antes de entrar em contato com a morte de CRISTO, é inútil e vã é andar às apalpadelas, procurando uma coisa que nunca poderá ser encontrada. Com todos os esforços não logra descobrir a realidade; não tem fruto permanente. "Que adianta tudo isso?" exclamam muitas pessoas. CRISTO nos redimiu dessa servidão. Quando o poder da morte expiatória de CRISTO tem contato com a vida de alguém, essa vida desfruta de grande satisfação, não está mais escravizada às tradições de ancestrais ou limitada à rotina ou aos costumes estabelecidos. Antes, as ações do cristão surgem duma nova vida que veio a existir pelo poder da morte de CRISTO. A morte de CRISTO, sendo uma morte pelo pecado, liberta e "toma a criar" a alma.
(e) Reconciliação. "Tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2 Cor. 5: 18, 19.) Quando éramos inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte do seu Filho (Rom. 5:10). Homens que em outro tempo eram estranhos entre si e inimigos no entendimento pelas suas obras más, agora no corpo da sua carne, pela morte, foram reconciliados (Col. 1:21). Muitas vezes a expiação é mal entendida e, por conseguinte, mal interpretada. Alguns imaginam que a expiação significa que DEUS estava irado com o pecador, e que se afastou, mal-humorado, até que se aplacasse a ira, quando seu Filho se ofereceu a pagar a pena. Em outras palavras, pensam eles, DEUS teve que ser reconciliado com o pecador. Essa idéia, entretanto é uma caricatura da verdadeira doutrina. Através das Escrituras vemos que é DEUS, a parte ofendida, quem toma a iniciativa em prover expiação pelo homem. Foi DEUS quem vestiu nossos primeiros pais; é o Senhor quem ordena os sacrifícios expiatórios; foi DEUS quem enviou e deu seu Filho em sacrifício pela humanidade. O próprio DEUS é o Autor da redenção do homem. Ainda que sua majestade tenha sido ofendida pelo pecado do homem, sua santidade, naturalmente, deve reagir contra o pecado, contudo, ele não deseja que o pecador pereça (Ezeq. 33:11), e, sim, que se arrependa e seja salvo. Paulo não disse que DEUS foi reconciliado com o homem, mas sim que DEUS fez algo a fim de reconciliar consigo o homem. Esse ato de reconciliação é uma obra consumada; é uma obra realizada em beneficio dos homens, de maneira que, à vista de DEUS, o mundo inteiro está reconciliado. Resta somente que o evangelista a proclame e que o indivíduo a receba crendo nela. A morte de CRISTO tornou possível a reconciliação de todo o gênero humano com DEUS; cada indivíduo deve torná-la real. Essa, em essência, é a mensagem do evangelho; a morte de CRISTO foi uma obra consumada de reconciliação, efetuada independente de nós, a um custo inestimável, para a qual são chamados os homens mediante um ministério de reconciliação.

4. A eficácia da expiação.
Que efeito tem para o homem a obra expiatória de CRISTO? Que produz ela em sua experiência?
(a) Perdão da transgressão. Por meio de sua obra expiatória, JESUS CRISTO pagou a dívida que nós não podíamos saldar e assegurou a remissão dos pecados passados. Assim, o passado pecaminoso para o cristão não é mais aquele peso horrendo que conduzia, pois seus pecados foram apagados, carregados e cancelados. (João 1:29; Efés. 1:7; Heb. 9:22-28; Apo. 1:5.) Começou a vida de novo, confiando em que os pecados do passado nunca o encontrarão no juízo. (1João 1:7.)

(b) Livramento do pecado. Por meio da expiação o crente é liberto, não somente da culpa dos pecados, mas também pode ser liberto do poder do pecado. O assunto é tratado em Romanos, caps. 6 a 8. Paulo antecipa uma objeção que alguns dos seus oponentes judeus devem ter suscitado muitas vezes a saber, que se a pessoa fosse salva meramente por crer em JESUS, essa pessoa teria opinião leviana sobre o pecado, dizendo: "Se permanecermos no pecado, sua graça abundará" (Rom. 6:1). Paulo repudia tal pensamento e assinala que aquele que verdadeiramente crê em CRISTO, rompeu com o pecado. O rompimento é tão decisivo que é descrito como "morte". A viva fé no Salvador crucificado resulta na crucificação da velha natureza pecaminosa. O homem que crê com todos os poderes de sua alma (é essa a verdadeira crença) que CRISTO morreu por seus pecados, terá uma tal convicção sobre a condição terrível do pecado, e o repudiará com todo o seu ser. A cruz significa a sentença de morte sobre o pecado. Mas o tentador está ativo e a natureza humana é fraca; por isso é necessária uma vigilância constante e uma crucificação diária dos impulsos pecaminosos. (Rom. 6:11.) E a vitória é assegurada "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rom. 6:14.) Isto é, a lei significa que algo deve ser feito pelo pecador; não podendo pagar a dívida ou cumprir a exigência da lei, ele permanece cativo pelo pecado. Por outro lado, graça significa que algo foi feito a favor do pecador... a obra consumada do Calvário. Conforme o pecador crê no que foi feito a seu favor, assim ele recebe o que foi feito. Sua fé tem um poderoso aliado na Pessoa do ESPÍRITO SANTO, que habita nele. O ESPÍRITO SANTO ajuda-o a repudiar as tendências pecaminosas; ajuda-o na oração e dá-lhe a certeza de sua liberdade e vitória como um filho de DEUS. (Rom. 8). Na verdade, CRISTO morreu para remover o obstáculo do pecado, para que o ESPÍRITO de DEUS possa entrar na vida humana (Gál. 3:13, 14). Sendo salvo pela graça de DEUS, revelada na cruz, o crente recebe uma experiência de purificação e vivificação espiritual (Tito 3: 5-7). Havendo morrido para a antiga vida de pecado, a pessoa nasce de novo, para uma nova vida... nasce da água (Palavra de DEUS pregada) e nasce do ESPÍRITO (recebendo a vida divina). (João 3:5.)

(c) Libertação da morte. A morte tem um significado tanto físico como espiritual. No sentido físico denota a cessação da vida física, conseqüente de enfermidade, decadência natural ou de causa violenta. é porém, mais usada no sentido espiritual, isto é, como o castigo imposto por DEUS sobre o pecado humano. A palavra expressa a condição espiritual de separação de DEUS e do desagrado divino por causa do pecado. O impenitente que morrer fora do favor de DEUS permanecerá eternamente separado dele no outro mundo, sendo conhecida essa separação como a "segunda morte". Este aviso: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás", não se teria cumprido se a morte fosse apenas o ato físico de morrer, pois Adão e Eva continuaram a viver depois daquele dia. Mas o decreto é profundamente certo quando recordamos que a palavra "morte" implicava todas as conseqüências penais do pecado — separação de DEUS, iniqüidade, inclinação para o mal, debilidade física, e, finalmente, a morte física e as suas conseqüências. Quando as Escrituras dizem que CRISTO morreu por nossos pecados, querem dizer que CRISTO se submeteu, não somente à morte física mas também à morte que significa a pena do pecado. Ele se humilhou a si mesmo no sofrimento da morte "para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos" (Heb. 2:9). Por causa de sua natureza e pela disposição divina, ele pôde efetuar esse plano, não podemos compreender o "como" da questão, porque evidentemente nisto nos defrontamos com um grande mistério divino. A verdade, porém, é que aceitamos muitos fatos neste universo sem entender o "como" de tais fatos. Nenhuma pessoa ajuizada recusa os benefícios da eletricidade somente porque não a entende plenamente ou porque não compreende as leis do seu funcionamento.
Da mesma forma, ninguém precisa recusar os benefícios da expiação pelo fato de não poder, pelo raciocínio, reduzir essa expiação à simplicidade de. um problema matemático. Visto que a morte é a penalidade do pecado, e CRISTO deu-se a si mesmo pelos nossos pecados, ele realizou esse ato ao morrer. Concentrado naquelas poucas horas de sua morte sobre a cruz estava todo o horrendo significado da morte e a negrura do castigo, e isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Essas não são palavras de um mártir, porque os mártires são geralmente sustentados pelo conhecimento interno da presença de DEUS; são palavras de Um que efetuou um ato que implica separação divina. Esse ato consumou-se quando ele levou os nossos pecados. (2 Cor. 5:21.) Embora seja verdade que também os que crêem nele tenham que sofrer a morte física (Rom. 8:10), mesmo assim, para eles o estigma (ou a pena) é tirado da morte, e esta se toma uma porta para outra vida mais ampla. Neste sentido JESUS afirmou: "Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá" (João 11:26).

(d) O dom da vida eterna. CRISTO morreu para que nos não perecêssemos (a palavra é usada no sentido bíblico de ruína espiritual), mas "tenhamos a vida eterna" (João 3:14-16. Vide Rom. 6;23.) A vida eterna significa mais do que mera existência; significa vida no favor de DEUS e comunhão com ele. Morto em transgressões e pecados, o homem está fora do favor de DEUS; pelo sacrifício de CRISTO, o pecado é expiado e ele restaurado à plena comunhão com DEUS. Estar no favor de DEUS e em comunhão com ele é ter vida eterna, pois é a vida com ele que é o Eterno. Essa vida é possuída agora porque os crentes estão em comunhão com DEUS (Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. João 6:47); a vida eterna é também descrita como futura (Tito 1:2; Rom. 6:22), porque a vida futura trará perfeita comunhão com DEUS. "E verão o seu rosto" (Apo. 22:4).

(e) A vida vitoriosa. A cruz é o dínamo que produz no coração humano essa resposta que constitui a vida cristã. A expressão "eu viverei para ele que morreu por mim", diz bem o dinamismo da cruz. A vida cristã é a reação da alma ante o amor de CRISTO. A cruz de CRISTO inspira o verdadeiro arrependimento, o qual é arrependimento para com DEUS. O pecado muitas vezes é seguido de remorso, vergonha e ira; mas somente quando houver tristeza por ter ofendido a DEUS, há verdadeiro arrependimento. Esse conhecimento interno não se produz por vontade própria, pois a própria natureza do pecado tende a obscurecer a mente e a endurecer o coração. O pecador precisa de um motivo poderoso para arrepender-se — algo que o faça ver e sentir que seu pecado ofendeu e injuriou profundamente a DEUS. Mas o decreto é profundamente certo quando recordamos que a palavra "morte" implicava todas as conseqüências penais do pecado — separação de DEUS, iniqüidade, inclinação para o mal, debilidade física, e, finalmente, a morte física e as suas conseqüências. Quando as Escrituras dizem que CRISTO morreu por nossos pecados, querem dizer que CRISTO se submeteu, não somente à morte física mas também à morte que significa a pena do pecado. Ele se humilhou a si mesmo no sofrimento da morte "para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos" (Heb. 2:9). Por causa de sua natureza e pela disposição divina, ele pôde efetuar esse plano, não podemos compreender o "como" da questão, porque evidentemente nisto nos defrontamos com um grande mistério divino. A verdade, porém, é que aceitamos muitos fatos neste universo sem entender o "como" de tais fatos. Nenhuma pessoa ajuizada recusa os benefícios da eletricidade somente porque não a entende plenamente ou porque não compreende as leis do seu funcionamento.
Da mesma forma, ninguém precisa recusar os benefícios da expiação pelo fato de não poder, pelo raciocínio, reduzir essa expia à simplicidade de um problema matemático. Visto que a morte é a penalidade do pecado, e CRISTO deu-se a si mesmo pelos nossos pecados, ele realizou esse ato ao morrer. Concentrado naquelas poucas horas de sua morte sobre a cruz estava todo o horrendo significado da morte e a negrura do castigo, e isso explica a exclamação: "DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?" Essas não são palavras de um mártir, porque os mártires são geralmente sustentados pelo conhecimento interno da presença de DEUS; são palavras de Um que efetuou um ato que implica separação divina. Esse ato consumou-se quando ele levou os nossos pecados. (2 Cor. 5:21.)
Embora seja verdade que também os que crêem nele tenham que sofrer a morte física (Rom. 8:10), mesmo assim, para eles o estigma (ou a pena) é tirado da morte, e esta se torna uma porta para outra vida mais ampla. Neste sentido JESUS afirmou: "Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá" (João 11:26). A cruz de CRISTO fornece esse motivo, pois ela demonstra a natureza horrenda do pecado, pelo fato de ter causado a morte do Filho de DEUS. Ela declara o terrível castigo sobre o pecado; mas revela também o amor e a graça de DEUS. 
Está escrito acerca de certos santos que virão da grande tribulação, que "Lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro" (Apoc. 7:14). A referência é ao poder santificador da morte de CRISTO. Eles resistirão ao pecado, e serão puros. De onde receberão a força para vencer o pecado? O poder do amor de CRISTO revelado no Calvário os constrangerá. O poder da cruz, descendo em seus corações, os capacitará para vencerem o pecado. (Vide Gál. 2:20.) "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte" (Apoc. 12:11). O amor de DEUS os constrangerá e os ajudorá a vencer. A pressão sobre eles será grande, mas, com o sangue do Cordeiro como o motivo que os impulsionava, serão invencíveis. 
A vida vitoriosa inclui a vitória sobre Satanás. O Novo Testamento declara que CRISTO venceu os demônios. (Luc. 10:17-20; João 12:31, 32; 14:30; Col. 2:15; Heb. 2:14, 15; Apoc. 12: 11.) Os crentes têm a vitória sobre o diabo enquanto tiverem o Vencedor sobre o diabo!
 
 
Reconciliação - (Strong Português) - καταλλαγη katallage
1) troca (Sangue de JESUS colocado em lugar do cordeiro do AT para expiar pecado)
1a) do negócio de cambistas, que troca valores equivalentes
2) ajuste de uma diferença, reconciliação, restauração à situação favorável anterior 
2a) no NT, da restauração da graça de DEUS aos pecadores que se arrependem e colocam sua confiança na morte expiatória de CRISTO
 
 (Strong Português) - καταλλασσω katallasso
1) trocar; cambiar, por exemplo, moedas por outras de valor equivalente 
1a) reconciliar (aqueles que estão em divergência) 
1b) voltar a ter o favor de, ser reconciliado com alguém 
1c) receber alguém em favor, reconciliar
 
 
 (Strong Português) - αποκαταλλασσω apokatallasso
1) reconciliar completamente
2) reconciliar outra vez
3) trazer de volta um estado de harmonia anterior
 
 
Lição 7 - CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS (Revista Digital - CPAD)

A Palavra de DEUS diz que somos embaixadores da parte de CRISTO para exercer o ministério da reconciliação. Como embaixadores de CRISTO, a nossa missão é proclamar que, em CRISTO, DEUS reconciliou-se com o mundo. Nessa perspectiva, a presente lição quer conscientizar o aluno de que por meio do sacrifício vicário, CRISTO JESUS desfez a inimizade entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios, e, entre dois povos, criou um: a Igreja. Para desdobrar essa ideia geral que permeia a lição, você deve pontuar sobre a inimizade que existia entre DEUS e os homens; explicar que pela paz, CRISTO fez um “Novo Homem”; e evidenciar que pela cruz fomos reconciliados com DEUS. A lição desta semana traz uma reflexão sobre a reconciliação entre DEUS e os homens por intermédio de CRISTO JESUS, o Nosso Senhor.
Resumo da lição
A cruz foi o lugar em que CRISTO desfez a inimizade entre DEUS e os homens. Todo o argumento da lição caminha para essa maravilhosa verdade. Ali, DEUS estava em CRISTO reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o primeiro tópico pontua que CRISTO desfez a inimizade entre os homens, mostrando que a obra expiatória da cruz de CRISTO retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios.
O segundo tópico explica que pela paz, CRISTO fez um “Novo Homem”, deixando claro que a paz conquistada por CRISTO possibilitou a comunhão com DEUS e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com DEUS e uns com os outros. Nesse sentido, a mensagem dos cristãos deve ser uma proclamação de boas novas de paz, conforme Atos 10.36: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por JESUS CRISTO (este é o Senhor de todos)”. 
O terceiro tópico evidencia que pela cruz fomos reconciliados com DEUS, uma verdade que traduz o ministério da reconciliação entre dois povos ao restaurar a comunhão e estabelecer a Igreja, a nova família de DEUS. Logo, a reconciliação entre os homens passava primeiramente pela reconciliação com DEUS por meio de CRISTO.
 

SEPARAÇÃO E RECONCILIAÇÃO COM OS POVOS E COM DEUS
Na segunda metade de Efésios 2 (vs. 11-22), que é o nosso texto no presente capítulo, os seres humanos são retratados como estando alienados uns dos outros. Em especial, os gentios são descritos como estando “separados da comunidade de Israel” (v. 12). É quase impossível para nós, perto do fim do século XX, imaginarmo-nos de volta àqueles dias em que a humanidade era profundamente dividida entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios. A Bíblia começa com uma declaração clara da unidade da raça humana. Depois da queda, no entanto, e depois do dilúvio, segue a história das origens da divisão e separação humana. Pode parecer que o próprio DEUS contribuiu para esse processo quando escolheu Israel dentre as nações para ser o seu povo santo ou “separado”. Devemos, no entanto, lembrar que, ao chamar Abraão, DEUS prometeu, através da posteridade de Abraão, abençoar todas as famílias da terra e que, ao escolher Israel, pretendia que
esta nação se tornasse luz para as nações. A tragédia é que Israel se esqueceu da sua vocação, interpretou mal o seu privilégio, achando-se o favorito de DEUS, e acabou desprezando, e até mesmo detestando os pagãos, tratando-os como “cachorros”.
DEUS, diziam os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) , ama somente a Israel dentre todas as nações que fez... Não era nem sequer lícito prestar ajuda a uma mãe gentia na sua necessidade mais urgente, porque isto seria apenas trazer outro gentio para o mundo. Até a vinda de CRISTO, os gentios eram um objeto de desprezo para os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) . A barreira entre eles era total. Se um rapaz judeu se casasse com uma moça gentia, ou uma moça judia se casasse com um rapaz gentio, era realizado o enterro simbólico da moça ou do rapaz judeu. Semelhante contato com um gentio era equivalente à morte.” Desta dupla alienação gentia — de DEUS e de Israel, povo de DEUS — a assim chamada “parede de separação” (v. 14) era o símbolo permanente. Era um aspecto notável do magnífico templo edificado em Jerusalém por Herodes, o Grande. O prédio do templo propriamente dito era construído sobre uma plataforma elevada. Ao redor dele havia o pátio dos sacerdotes. A leste havia o pátio de Israel e, mais além, o pátio das mulheres. Estes três pátios para os sacerdotes, para os leigos e para as mulheres de Israel, respectivamente — estavam todos no mesmo nível do templo. Deste nível descia-se por cinco degraus a uma plataforma murada, no outro lado do muro, havia uma descida de mais de quatorze graus para uma parede do outro lado da qual estava o pátio externo, ou o pátio dos gentios. Este era um pátio espaçoso localizado ao redor do templo e dos seus pátios internos. De qualquer parte dele os gentios podiam olhar para cima e ver o templo, mas não tinham licença de aproximar-se dele. Eram impedidos pela parede que o cercava, uma barreira de pedra de um metro e meio de altura (Soreg), na qual estavam afixadas, em intervalos regulares, notificações de advertência em grego e em latim. A advertência não era “os transgressores serão punidos pela lei” mas, sim, “os que ultrapassarem
a barreira serão mortos”. O famoso historiador judaico Josefo descreve esta barreira nas suas duas obras. Em Antigüidades escreve que o templo era “cercado por uma parede de pedra para formar uma divisão, com uma inscrição que proibia qualquer estrangeiro entrar sob pena de morte”. Em Guerras dos Judeus, é um pouco mais explícito. Havia, escreve ele, “uma divisão feita de pedra, inteiramente ao redor, cuja altura era de três côvados. Sua construção era muito elegante; sobre ela havia pilares a distâncias iguais, declarando a lei da pureza, alguns com letras gregas, outros com letras romanas, alertando que “nenhum estrangeiro entrasse naquele santuário”. Durante os últimos cem anos, duas das notificações gregas foram descobertas, uma em 1871 e outra em 1935. A primeira, à mostra no museu
de Istambul, é uma tábua de calcário branco, com a largura de quase um metro. Seu texto é precisamente o seguinte: “Nenhum estrangeiro poderá  passar além da barreira e do recinto ao redor do templo. Quem for achado assim fazendo terá que culpar a si mesmo pela sua morte que se seguirá!’ 
Paulo conhecia bem o fato por experiência própria. Cerca de três anos antes ele mesmo quase foi linchado por uma turba judaica furiosa que pensou ter ele levado um gentio consigo para dentro do templo. Embora todos os seres humanos estivessem alienados de DEUS por causa do pecado, os gentios também estavam alienados do povo de DEUS. E pior até mesmo do que esta dupla alienação (da qual a parede do templo era um símbolo) era a “inimizade” ou “hostilidade” (echthra) ativa em que ela irrompia continuamente — a inimizade entre o homem e DEUS, e a inimizade entre os gentios e os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) .
Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso DEUS, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. Isaías 59:2. Evidente que Paulo se referia a divisão que o pecado causava entre os homens e DEUS.
O grande tema de Efésios 2 é que JESUS CRISTO destruiu as duas inimizades.
Ambas estão mencionadas na segunda metade do capítulo, embora na ordem inversa: v. 14 “Ele... de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade (echthra)'.' v.16 “E reconciliasse ambos em um só corpo com DEUS, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (echthra)'.' Lado a lado com a destruição dessas duas inimizades, JESUS conseguiu
criar, de fato, uma nova sociedade, uma nova humanidade, em que a alienação cedeu lugar à reconciliação, e a hostilidade à paz. E esta nova união humana em CRISTO é o penhor e uma antevisão daquela união final sob a soberania de CRISTO, que Paulo já predissera em 1:10.
Depois desta introdução, que diz respeito ao seu pano de fundo e tema, estamos prontos para estudar o texto propriamente dito:
"Portanto, lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem DEUS no mundo. Mas agora em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de CRISTO. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com DEUS, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe, e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um ESPÍRITO. Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS: edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, CRISTO JESUS, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de DEUS no ESPÍRITO".

É útil, antes de entrarmos numa exposição mais detalhada, entender a estrutura da passagem como um todo. Paulo segue a biografia espiritual dos seus leitores gentios em três etapas Este é o sentido da sua mensagem a eles:
(1) Em certo tempo estáveis alienados de DEUS e do seu povo, Israel.
(2) Mediante a morte na cruz, CRISTO JESUS reconciliou judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios entre si, e eles com DEUS, criando “um só Homem Novo” (v. 15, BJ).
(3) Já não estão alienados mas, sim, são membros integrais com Israel do “povo” e da “ família” de DEUS (BLH). As três etapas são marcadas pelas expressões “outrora” (v. 11), “Mas agora” (v. 13) e “assim já ” (v. 19).
E a seqüência corre assim: Portanto, lembrai-vos de que outrora vós... estáveis longe... Mas agora em CRISTO JESUS... fostes aproximados... Porque ele é a nossa paz... Assim já não sois estrangeiros... mas concidadãos dos santos... Darei os seguintes títulos às etapas do plano de DEUS que se desdobram:
1. O retrato de uma humanidade alienada, ou o que éramos outrora (vs. 11- 12);
2. O retrato do CRISTO que faz a paz, ou o que JESUS CRISTO fez (vs. 13-18);
3. O retrato da nova sociedade de DEUS, ou o que agora viemos a ser (vs. 19-22).

1. O retrato de uma humanidade alienada, ou o que éramos outrora (vs. 11- 12)
Nos versículos 1-3, Paulo retratou a totalidade da raça humana (judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios igualmente) no pecado e na morte. Aqui, nos versículos 11 e 12, refere-se particularmente ao mundo gentio ou pagão antes de CRISTO, àqueles aos quais os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  (a circuncisão) chamavam, com desprezo, de incircuncisão. A circuncisão naturalmente foi dada por DEUS a Abraão como o sinal exterior dos membros do seu povo da aliança. Mas tanto o rito físico quanto a palavra tinham chegado a assumir uma importância exagerada. Os gentios e os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  se chamavam comumente com nomes ofensivos. Paulo enfatiza este fato aqui. Os gentios eram chamados de “a incircuncisão” por aqueles que se intitulam “circuncisos, na carne, por mãos humanas”. É como se Paulo declarasse a insignificância de nomes e etiquetas, em comparação com a realidade por trás deles, e dando a entender que, por trás “daquilo que é chamado a circuncisão que é feita na carne
por mãos humanas” há outro tipo, uma circuncisão do coração, espiritual e não física, que era necessária tanto aos judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  como aos gentios, e disponível a todos eles.
No versículo 12, ele deixa a questão das ofensas trocadas entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios, e passa para a realidade séria da alienação gentia. Em Romanos, relacionou os privilégios judaicos (9:3-5); aqui, apresenta as incapacitações gentias. Primeiro, estavam sem CRISTO. A expressão é tanto mais trágica porque no capítulo 1 ele desdobrara as grandes bênçãos espirituais de estar em CRISTO, e na primeira parte do capítulo 2 explicou como DEUS nos deu vida, nos ressuscitou e nos fez assentar com CRISTO. Mas naquele tempo, isto é, durante todo o período antes de CRISTO, os gentios não estavam em CRISTO nem com CRISTO mas, sim, separados de CRISTO,
nem sequer tinham a expectativa de um Messias vindouro. A segunda e a terceira incapacitação dos gentios eram muito semelhantes
entre si. Eram tanto separados da comunidade de Israel quanto estranhos às alianças da promessa (a referência é provavelmente à promessa fundamental feita por DEUS a Abraão). Israel era uma comunidade ou nação debaixo de DEUS, uma teocracia, e um povo da aliança ao qual o Senhor se obrigara por um juramento solene. Assim, DEUS vinculara-se a esse povo, e reinava sobre ele. Os gentios, no entanto, eram excluídos dessa aliança e desse reino. A quarta e quinta incapacitação dos gentios são declaradas de modo rígido: não tendo esperança, e sem DEUS no mundo. Estavam sem esperança, porque, embora DEUS planejasse incluí-los um dia, e assim prometera, eles não o sabiam e, portanto, não tinham esperança para sustentálos. E estavam sem DEUS (atheoi) porque, embora DEUS se revelara a toda a humanidade na natureza e, portanto, não a deixava sem um testemunho, mesmo assim os gentios suprimiam a verdade que conheciam e voltavam-se à idolatria. Não era exagero, portanto, descrever o mundo antigo não-judaico como sendo sem esperança e sem DEUS. A era de ouro dos gregos já se passara; não tinham nenhum futuro promissor para esperar. Além disso, os deuses da Grécia e de Roma deixaram totalmente de satisfazer a fome dos corações humanos. As pessoas eram atheoi, não no sentido de que descriam (pelo contrário, tinham deuses em excesso), mas, sim, no sentido de que não tinham qualquer conhecimento verdadeiro
de DEUS tal qual ele dera a Israel, e (por causa da rejeição do conhecimento que tinham) nenhuma comunhão pessoal com ele.
Esta era, então, a terrível situação do antigo mundo gentio antes de CRISTO. Era separado do Messias, da teocracia e da aliança, da esperança e do próprio DEUS. Os gentios estavam sem CRISTO, sem estado, sem amigos, sem esperança e sem DEUS”. Numa frase única de Paulo, estavam longe (13), alienados de DEUS e do povo de DEUS.
Nós mesmos, em nossos dias, antes de sermos cristãos, é necessário acrescentar, estávamos exatamente nessa mesma situação desalentadora. Estávamos alienados de DEUS e do seu povo. Pior, havia em nosso coração a inimizade à qual Paulo se refere mais tarde, de modo que nos rebelávamos contra a autoridade de DEUS e conhecíamos pouco ou nada acerca da verdadeira comunidade humana. A situação não é a mesma no mundo atual sem CRISTO. Os homens ainda edificam muros de separação e divisão como o terrível muro de Berlim, e levantam cortinas invisíveis de ferro ou de bambu, ou constroem barreiras de raça, de cor, de casta, de
tribo ou de classe. A tendência para a discriminação é uma característica constante de toda comunidade sem CRISTO. Nós mesmos tivemos experiência dela. Agora, o apóstolo diz: Portanto, lembrai-vos (v. 11). Há algumas coisas que as Escrituras nos mandam esquecer (tais como as injúrias de outras pessoas contra nós). Há, porém, uma coisa em particular que somos ordenados a nos lembrar e não esquecer nunca. É o que éramos antes do amor de DEUS se estender para baixo e nos alcançar. Pois somente se nos lembrarmos da nossa antiga alienação (por mais desagradável que ela seja para nós), poderemos nos lembrar, da grandeza da graça que nos
perdoou e que está nos transformando.

2. O retrato do CRISTO que faz a paz, ou o que JESUS CRISTO fez (vs. 13-18)
O paralelo entre duas seções de Efésios 2 é óbvio. Primeiro vem, em embos os casos, uma descrição da vida sem CRISTO: mortos (vs. 1-3) e alienados (vs. 11-12). Segue-se, também em ambos os casos, os grandes adversativos: Mas DEUS (v. 4) e Mas agora (v. 13). A distinção principal é que na segunda seção Paulo ressalta a experiência gentia. Duas vezes emprega o pronome enfático vós (hymeis): “Lembrai-vos de que outrora vós...estáveis separados... Mas agora em CRISTO JESUS, vós... fostes aproximados!’ Esta, pois, em essência, é a diferença que CRISTO fez: vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de CRISTO. Semelhante linguagem em termos de distância (“longe” e “próximo”) não era incomum no Antigo Testamento. Sabia-se que DEUS e Israel estavam perto um do outro, visto que DEUS prometera que seria o DEUS de Israel e que o tornaria seu povo. Assim, Moisés pôde dizer: “Que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor nosso DEUS?” Tal exclusividade é repetida no Salmo 148:14, onde os israelitas são chamados de “os filhos de Israel, povo que lhe é chegado“. Por contraste, as nações gentias estavam longe, eram povos que tinham de ser conclamados de longe. DEUS porém, prometeu que um dia falaria “Paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto”, promessa esta que foi cumprida em JESUS CRISTO e que é citada aqui por Paulo com referência ao Senhor. E esta “proximidade com DEUS” que todos os cristãos desfrutam através de CRISTO é um privilégio que com muita freqüência tomamos como certo. Nosso DEUS não mantém distância nem se esconde atrás da sua dignidade, como algum potentado oriental, nem insiste em qualquer ritual ou protocolo complicado. Pelo contrário, mediante JESUS CRISTO e pelo ESPÍRITO SANTO temos imediato acesso a ele como nosso Pai (v. 18). Precisamos exortar uns aos outros para fazer uso deste privilégio.
O versículo 13 é mais do que uma declaração de que nós que estávamos longe agora fomos aproximados, contém, além disso, duas referências importantes a CRISTO. Declara que a nossa proximidade de DEUS é em CRISTO JESUS e pelo sangue de CRISTO. É essencial, se desejamos ser fiéis ao ensino do apóstolo, manter estas duas expressões num mesmo nível, e não enfatizar uma à custa da outra. Pois o sangue de CRISTO (como em 1:7) significa sua morte sacrificial na cruz por nossos pecados, através da qual nós reconciliou com DEUS e uns aos outros, ao passo que em CRISTO JESUS significa a união pessoal com CRISTO hoje, mediante a qual a reconciliação conseguida por ele é recebida e desfrutada. Assim, as duas expressões dão testemunho às duas etapas pelas quais os que estavam longe são aproximados. A primeira delas é o evento histórico da cruz, e a segunda, a conversão cristã, ou a experiência contemporânea da união com CRISTO. O que JESUS CRISTO realizou por meio da cruz será explicado por Paulo nos próximos versículos. Entrementes, será uma atitude sábia para nós observarmos bem a exposição completa da obra reconciliadora de CRISTO. Não é uma reconciliação universal que CRISTO realizou ou que Paulo proclamava: pelo contrário, é uma proximidade de DEUS e de uns aos outros experimentada com gratidão por aqueles que estão perto de CRISTO, até mesmo em CRISTO numa união vital e pessoal.
Isso é o princípio divino de integração para unir os seres humanos que nem é intelectual (pela filosofia), como no catolicismo romano,
nem político (pela conquista), como no islamismo ou no marxismo, mas, sim, espiritual (pela redenção por CRISTO, que envolve a união entre os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e os gentios, entre o homem e DEUS e, finalmente, entre o céu e a terra). A ação integradora de DEUS aparece em três níveis: o primeiro, da mente; o segundo, da força; e o terceiro, do reino de DEUS.
O apóstolo passa a desenvolver a descrição da obra de CRISTO, em termos do que ele fez e de como ele o fez. O que ele fez está claro: Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio... (v. 14). Ele (autos) é fortemente enfático.
É ele, CRISTO JESUS, que derramou o seu sangue na cruz e que se oferece ao seu povo hoje para ser unido com ele; é ele quem, pelo que fez no passado e que agora oferece, é a nossa paz, ou seja, é o pacificador entre nós e DEUS. O ambos de quem fez um parece claramente significar os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e os gentios, mas a reconciliação era mais ampla do que aquela porque, conforme vimos anteriormente, a parede da separação que estava no meio, que ele derrubou, simbolizava a alienação gentia de DEUS e não somente de Israel (O pecado - Isaías 59.2).
Esta proclamação que Paulo faz da derrubada da parede por JESUS CRISTO é extremamente notável. Falando de modo literal e histórico, a parede não foi derrubada até as legiões romanas entrarem em Jerusalém, em 70 d.C. Portanto ainda estava em pé, ainda cercava o templo, enquanto Paulo escrevia esta carta. Mas embora permanecesse materialmente, espiritualmente já fora destruída em 30 d.C., aproximadamente, quando JESUS morreu na cruz. 
Voltamo-nos agora à questão de como CRISTO o fez. O que fez quando morreu na cruz, para afastar a inimizade entre os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e os gentios, entre o homem e DEUS? A resposta é dada nos versículos 15 e 16. Estão carregados de teologia, e precisam ser esclarecidos.
Talvez a melhor maneira de esclarecer a seqüência de pensamento do apóstolo seja isolar os três sucessivos verbos principais que ele emprega: aboliu... para que dos dois criasse... e reconciliasse... Somos informados que aboliu a lei de mandamentos a fim de criar uma, e uma só, nova humanidade, e reconciliar com DEUS as duas partes dela. 
a. A abolição da lei dos mandamentos (v. 15a)
A primeira afirmação que Paulo faz é que CRISTO derrubou a parede, a hostilidade, quando aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças. À primeira vista, esta é uma declaração surpreendente, para não dizer assustadora. Como o apóstolo pôde declarar que CRISTO aboliu a lei, quando CRISTO mesmo, no sermão da montanha, especificamente declarou o oposto, que não veio para aboli-la mas, sim, para cumpri-la? Veremos que a discrepância é apenas verbal; em substância, eles estavam se referindo à lei em dois sentidos diferentes.
No sermão da montanha, o contexto demonstra que JESUS estava se referindo a lei moral. Estava ensinando a diferença entre a justiça farisaica e a justiça cristã, e insistindo que a justiça cristã envolve uma obediência profunda e radical à lei. A referência primária de Paulo aqui, no entanto, parece ser à lei cerimonial e àquilo que a BLH chama de “seus mandamentos e regulamentos”, ou seja, à circuncisão (a principal distinção física entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios, v. 11), aos sacrifícios materiais, aos regulamentos dietéticos, e às regras acerca de “pureza” e “impureza” que regiam os relacionamentos sociais. A passagem correlata em Colossenses alude à circuncisão, e também a “comida e bebida” e regulamentos acerca de “dia de festa, ou lua nova, ou sábados” (2:11,16-21); portanto parece provável que estes fossem os mandamentos, na forma de ordenanças, que Paulo tinha em mente aqui. Levantaram uma barreira séria entre os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) 
e os gentios, mas JESUS deixou de lado esta parte cerimonial. E o fez na sua carne (decerto uma referência à sua morte física), porque na cruz cumpriu todas as prefigurações do sistema cerimonial do Antigo Testamento.
Parece provável, no entanto, que Paulo esteja fazendo uma outra referência, embora secundária, agora à lei moral, não à cerimonial. JESUS certamente não aboliu a lei moral como um padrão de comportamento (ainda está em vigor e é obrigatória para os seus seguidores); mas realmente a aboliu como caminho da salvação. Sempre que a lei é vista a esta luz, apresenta uma divisão. Não conseguimos, pois, obedecê-la, por mais que tentemos. Separa-nos, portanto, de DEUS, e uns dos outros. O próprio JESUS, porém, obedecia perfeitamente à lei na sua vida, e na sua morte carregou sobre si as conseqüências da nossa desobediência. Tomou sobre si
“a maldição da lei” (o julgamento que paira sobre aqueles que a desobedecem) a fim de nos livrar dela. Ou, conforme o paralelo em Colossenses, DEUS pode perdoar todas as nossas transgressões porque “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (2:13-14). A aceitação com DEUS agora é através do CRISTO crucificado, exclusivamente, seja para judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) , seja para gentios. A lei era uma barreira entre nós, mas a fé nos une, visto que todos nós devemos chegar a DEUS da mesma maneira, através de CRISTO. Esta fôra uma das ênfases principais de Paulo em Gálatas, a saber: que todos nós fomos colocados no mesmo nível ao pé da cruz de CRISTO.
Resumindo, JESUS aboliu tanto os regulamentos da lei cerimonial como a condenação da lei moral. Ambas eram divisórias. Ambas foram deixadas de lado pela cruz.
b. A criação de uma nova humanidade (v. 15b).
É impossível deixar de perceber a maneira como Paulo avança do negativo para o positivo, da abolição de alguma coisa velha (a tendência separadora da lei) para a criação de alguma coisa nova (uma única humanidade, sem divisões). Nos dois sentidos já considerados, a lei fizera uma profunda divisão na humanidade. Os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e os gentios estavam alienados uns dos outros e havia inimizade entre eles. Uma vez que a lei separadora foi deixada de lado, nada havia para manter as duas divisões da humanidade separadas. Pelo contrário, CRISTO as trouxe juntas mediante um ato soberano de criação. Literalmente: “criou os dois em um só homem
novo, fazendo assim a paz!’ “O novo homem aqui”, “como o homem plenamente desenvolvido de Efésios 4:13, é a comunidade
cristã vista em conjunto! a Igreja’ O que Paulo está mencionando, na realidade, não é um “novo homem” mas, sim, uma “nova raça humana”, unida por JESUS CRISTO na sua própria Pessoa. Pois, embora a nova humanidade fosse criada potencialmente quando JESUS aboliu na cruz a lei divisória, na realidade ela passa a existir e a se desenvolver somente pela união pessoal com ele mesmo.
Esta nova unidade em e através de CRISTO faz mais do que terminar com o abismo entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios. Noutras passagens Paulo diz que também abole distinções sexuais e sociais, “...onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém CRISTO é tudo e em todos!’ Não é que os fatos da segregação humana sejam removidos. Os homens permanecem sendo homens e as mulheres permanecem mulheres, os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  permanecem judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) , e os gentios, gentios. A desigualdade diante de DEUS, porém, é abolida. Há uma nova unidade em CRISTO pelo ESPÍRITO SANTO que habita em todos os membros da Igreja.
c. A reconciliação de judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios com DEUS (v. 16)
Depois da abolição da lei divisória e da criação da humanidade não dividida veio a reconciliação dos dois blocos da antiga humanidade com DEUS, destruindo por ela a inimizade. Aqui a inimizade é claramente entre DEUS e os homens, assim como no versículo 14 era principalmente entre os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e os gentios. E assim como ali a hostilidade era mútua, penso que devemos ver também uma certa hostilidade natural dos homens para com DEUS. Não se trata de ter sido somente uma rebeldia a nossa atitude para com ele; trata-se também de sua ira ter estado sobre nós por causa do nosso pecado (v. 3). E somente por intermédio da cruz é que as duas inimizades terminaram, porque quando CRISTO carregou o nosso pecado e o nosso julgamento na cruz, DEUS deixou sua ira, e nós, vendo o seu grande amor, cessamos a nossa rebeldia. CRISTO matou (literalmente) a inimizade.
E, cessando a nossa rebeldia e também a ira de DEUS por ela ocasionada, o resultado é a reconciliação.
Esta, pois, foi a realização da cruz de CRISTO. Primeiro, aboliu a lei (seus regulamentos cerimoniais e sua condenação moral) como instrumento de divisão entre os homens e DEUS, e entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios. Em segundo lugar, criou uma, e uma só, nova humanidade das duas profundas divisões anteriores, fazendo a paz entre elas. Em terceiro lugar, reconciliou com DEUS esta nova humanidade unida, tendo matado por intermédio da cruz toda a inimizade entre nós. O CRISTO crucificado trouxe à existência, desta maneira, nada menos do que uma nova raça humana, unida consigo mesma e unida com o seu Criador.
Não se quer dizer com isto que a totalidade da raça humana esteja agora unida e reconciliada. Sabemos pela observação e pela experiência que não é assim. E tampouco Paulo está alegando tal coisa. Há mais uma etapa na obra de CRISTO que ele passa a mencionar. É que CRISTO vindo, evangelizou paz (v. 17). Já fomos informados que ele é a nossa paz (v. 14) e que criou uma nova humanidade, fazendo a paz (v. 15). Mas agora ele evangelizou paz, publicando as boas novas da paz que fizera na cruz. Primeiro, realizou-a; depois, anunciou-a. E visto que a realização estava na cruz, e como logicamente a proclamação deve vir após a realização,
esta pregação não pode referir-se ao seu ministério público. Deve referir-se, pelo contrário, aos seus aparecimentos após a ressurreição, em que a primeira de todas as palavras que falou aos apóstolos foi: “Paz seja convosco!”, e à sua proclamação do evangelho da paz para o mundo através dos apóstolos e através de gerações subseqüentes de cristãos. Hoje JESUS CRISTO ainda está pregando a paz no mundo, através dos lábios dos seus seguidores. É verdadeiramente um fato maravilhoso que, sempre que proclamamos a paz, é CRISTO quem a proclama através de nós. Além disso, estas boas novas foram dirigidas desde o início aos que estavam longe bem como perto, ou seja, aos gentios e judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  igualmente: paz a vós outros que estáveis longe, e paz também aos que estavam perto. E muitos membros de cada comunidade a receberam, e assim acharam-se unidos com DEUS e uns com os outros. Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um ESPÍRITO (v. 18). Embora a reconciliação seja um evento; o acesso é o relacionamento contínuo ao qual ela leva. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com DEUS, por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso..!’ Prosagõgeê (acesso) faz pensar numa corte oriental, onde é outorgada aos súditos uma audiência com o rei ou com o imperador, e então são apresentados a ele. O sabor da palavra permanece, mas a ênfase é alterada, porque nosso acesso não é a um rei mas, sim, a um Pai, diante de quem temos ousadia e acesso (3:12). E ao desfrutar deste livre acesso a DEUS, descobrimos que não temos qualquer dificuldade prática com o mistério da eterna Trindade. Nosso acesso, pois, é ao Pai, por ele (o Filho que fez a paz e a pregou), e em ou por um ESPÍRITO, o ESPÍRITO que regenera, sela e habita em seu povo, que testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS, que nos socorre em nossa fraqueza e que nos ensina a orar, e que nos une enquanto oramos. Somos, pois, ambos, judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios, membros da nova sociedade de DEUS, e agora abordamos nosso Pai conjuntamente.
Assim, a realização mais alta e plena do CRISTO pacificador é este acesso trino do povo de DEUS, enquanto por ele e em um ESPÍRITO chegamos com confiança ao nosso Pai.

3. O retrato da nova sociedade de DEUS, ou o que agora viemos a ser (vs.19-22).
Assim, Paulo começa o seu resumo. Explicou passo a passo o que CRISTO tem feito para aproximar, de DEUS e do seu povo, aqueles que anteriormente no mundo gentio estavam longe. CRISTO aboliu a lei dos mandamentos, criou uma única nova humanidade no lugar das duas, reconciliou ambas com DEUS, e pregou a paz para aqueles que estavam perto e longe. Assim, qual é o resultado da realização de CRISTO e da sua proclamação da paz? É este: “vós” (os gentios) já não sois aquilo que éreis, estrangeiros e peregrinos, “estrangeiros nem estranhos” (BLH), visitantes sem direitos legais. Pelo contrário, vossa condição mudou dramaticamente. Agora “sois de casa” de uma maneira como nunca fostes antes. Éreis refugiados; agora tendes um lar.
A fim de indicar a riqueza da sua nova posição, e de seus novos privilégios em CRISTO, Paulo apela para três modelos familiares da igreja, que se desenvolvem em muitas outras passagens das Escrituras.
Retrata a nova comunidade de judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios como sendo o reino de DEUS, a família de DEUS e o templo de DEUS.
a. O reino de DEUS (v. 19 a)
Conforme o versículo 12, os gentios eram forasteiros sem cidadania nem voto, “separados da comunidade (politeia) de Israel”. Agora, porém, segundo Paulo lhes diz, sois concidadãos (sunpolitai) dos santos, que parece significar aqui o povo judaico, os santos ou a nação santa. Poucos anos antes a palavra politeia tinha sido usada acerca da cidadania romana na conversa entre Paulo e o tribuno em Jerusalém. Agora trata-se de outra cidadania. Embora não desenvolva a metáfora, parece que está aludindo à cidadania do reino de DEUS. O reino de DEUS não é uma jurisdição territorial nem sequer uma estrutura espiritual. O reino de DEUS é o próprio DEUS regendo o seu povo, e outorgando-lhe os privilégios e as responsabilidades que o seu domínio subentende. Gentios e judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  pertencem em igualdade a esta nova comunidade inter-racial, governada por DEUS, que substituíra a teocracia nacional do Antigo Testamento. Enquanto Paulo escreve, o Império Romano encontra-se no auge do seu esplendor. Não havia surgido, por enquanto, qualquer sinal do seu futuro declínio, muito menos da sua queda. Mesmo assim, Paulo vê este outro reino, nem judaico nem romano, mas, sim, internacional e inter-racial, como sendo algo mais esplêndido e duradouro do que qualquer império terrestre. E exulta por ser um cidadão desse reino muito mais do que por sua cidadania romana. Seus cidadãos são livres e seguros. As palavras já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos enfatizam o contraste entre a falta de raízes de uma vida fora de CRISTO e a estabilidade de fazer
parte da nova sociedade de DEUS. “Já não vivemos com passaporte, mas, sim... realmente temos as nossas certidões de nascimento..:’
b. A família de DEUS (v. 19b)
A metáfora altera-se e torna-se mais íntima: sois da família de DEUS. Em CRISTO, judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios são mais do que concidadãos sob o governo divino; vivem juntos como filhos em uma família. Paulo acabava de escrever no versículo anterior acerca do novo e privilegiado acesso ao Pai, do qual judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos) e gentios desfrutam por meio de CRISTO (v. 18) e, anteriormente na carta, desenvolvera o tema das bênçãos da adoção na família de DEUS (1:5). Dentro em breve, terá mais para dizer sobre a paternidade arquetípica de DEUS (3:14-15) e sobre “um só DEUS e Pai de todos” (4:6). Aqui, porém, sua ênfase parece recair mais sobre a fraternidade humana do que sobre a paternidade de DEUS. Os filhos do Pai, ultrapassando as barreiras raciais, são introduzidos nesta vida fraterna. Irmãos (no sentido de “irmãos e irmãs”) é a palavra mais comum para os cristãos no Novo Testamento. Expressa um estreito relacionamento de afeição, de cuidado e de apoio. Philadelphia, “amor fraternal”, sempre deve ser uma característica especial da nova sociedade de DEUS (judeus salvos e gentios salvos, formando a Igreja).
c. O templo de DEUS (vs. 20-22)
Paulo agora chega ao seu terceiro quadro. Essencialmente, a igreja é uma comunidade de pessoas. Mesmo assim, assemelha-se em vários aspectos a um edifício, e particularmente a um templo. O templo em Jerusalém — primeiro o de Salomão, depois o de Zorobabel, depois o de Herodes — tinha sido, por quase mil anos, o ponto central da identidade de Israel como povo de DEUS. Agora havia um novo povo. Haveria então um novo templo, conforme a alusão indireta de JESUS? O novo povo não era uma nova nação, mas uma nova humanidade, inter-racial e de alcance mundial.
VEREMOS NA PRÓXIMA SEMANA O ESTUDO NESTE TEMA, NA LIÇÃO 8 - Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Conclusão
É maravilhoso olhar para trás e seguir a seqüência do ensino do apóstolo.
Ele pinta uma grande tela com pinceladas firmes. Antes, conforme relembra aos seus leitores gentios, estáveis alienados de DEUS e do seu povo. CRISTO, porém, morreu para reconciliar-vos com ambos. É por isto que já não sois os estrangeiros que éreis, mas, sim, o reino sobre o qual DEUS reina, a família que ele ama e o templo em que ele habita. De modo mais simples ainda: estáveis alienados, fostes reconciliados, e CRISTO vos trouxe para casa.
Seria difícil enxergar a grandeza desta visão. A nova sociedade que DEUS fez existir é nada menos do que uma nova criação, uma nova raça humana, cuja característica já não é a alienação mas, sim, a reconciliação já não é a divisão e a hostilidade mas, sim, a união e a paz. DEUS reina sobre esta nova sociedade, ama-a e vive nela.
A MENSAGEM DE EFÉSIOS, A Nova Sociedade de DEUS, JOHN STOTT
 
 
Subsídios da Lição 7, CRISTO é a Nossa Reconciliação com DEUS - 2º Trimestre de 2020
SÍNTESE DO TÓPICO I - A obra expiatória da cruz de CRISTO retirou a barreira que existia entre os povos e aboliu as ordenanças que eram agentes da inimizade entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A paz conquistada por CRISTO possibilitou a comunhão com DEUS e a união entre os povos. Essa nova humanidade tem paz com DEUS e uns com os outros.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O ministério da reconciliação ao restaurar a comunhão estabeleceu a Igreja, a nova família de DEUS.
 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TIP1
Introduza a presente lição mostrando o quanto é difícil a existência de um “muro” numa via pública. A liberdade de ir e vir é negada. Tome exemplos como a questão humanitária da Coreia do Sul e Coreia do Norte em que parentes não podem conviver juntos por causa do muro. O quanto tudo isso traz sofrimento, dor e angústia para as pessoas. 
Mostre aos alunos que a obra do Calvário, em primeiro lugar, derrubou o muro que separava DEUS dos homens e, consequentemente, dividia judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios (salvos). Em CRISTO, fomos feitos herdeiros das mesmas bênçãos espirituais destinadas aos judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  por meio da promessa de Abraão: “Em ti todas as famílias da terra serão benditas”. CRISTO derrubou o muro que separava os povos. É uma grande oportunidade relembrar essa verdade e vivê-la.
 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, DEUS planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em CRISTO.
(1) Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas promessas do AT a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de DEUS governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6). Ezequiel predisse que o novo concerto que DEUS se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miqueias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: ‘E este será a nossa paz’ (Mq 5.5).
(2) Por ocasião do nascimento de JESUS, os anjos proclamaram que a paz de DEUS acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio JESUS veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). JESUS deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 4.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, JESUS desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em JESUS CRISTO, se é justificado mediante a fé e se tem paz com DEUS (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7)” (STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.1120-21).
 

CONHEÇA MAIS TOP2
*Sobre a Paz 
“eirene, paz. Ocorre em cada um dos livros do Novo Testamento, salvo em 1 João. O termo descreve paz como: relações harmoniosas entre homens, entre nações; amizade ; as relações harmonizadas enre DEUS e os homens, satifeitas pelo Evangelho; sensação de descanso e satisfação que lhe é consequente.” (Texto adaptado) Para saber mais leia: Dicionário Vine, CPAD, pp.856-57.
 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“A paz e a unidade entre judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios exigia que ambos fossem reconciliados ‘pela cruz... com DEUS em um corpo (2.16). Isso pressupõe que tanto judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  como gentios eram pecadores separados de DEUS (2.3) e necessitavam da morte expiatória de CRISTO a fim de serem reconciliados com DEUS (2.17,18). Sua ‘inimizade (2.16), que foi condenada à morte na cruz, era tanto horizontal como vertical - isto é, uma hostilidade entre povos não regenerados e DEUS (Rm 5.10), e entre grupos hostis, tais como judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios. O milagre da reconciliação resultou em uma nova entidade espiritual chamada ‘um corpo’ de CRISTO (2.16). Esse assunto tornar-se o foco de Paulo 2.19-22” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.417-18).
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “CRISTO é a nossa Reconciliação com DEUS”, responda:
• O que o extremismo judaico fez com Paulo? O extremismo judaico levou Paulo à prisão quando ele foi acusado de permitir um grego ultrapassar essa barreira (At 21.28-30).
• Cite as três esferas da lei mosaica. A Lei Moral, a Lei Cerimonial e a Lei Civil.
• Qual é a conotação da expressão “CRISTO é nossa paz”? Essa expressão aponta para uma conotação mais profunda, pois CRISTO não é apenas o “autor da paz”, mas literalmente “a nossa paz”. 
• O que a cruz era para judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios? A cruz era escândalo para os judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e loucura para os gentios (1 Co 1.23).
• Qual foi o propósito de CRISTO reforçado pelo apóstolo Paulo? O apóstolo Paulo reforça que o propósito de CRISTO foi o de “reconciliar ambos [judeus (Que aceitaram a JESUS, são salvos)  e gentios] com DEUS em um corpo” (2.16b).
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Ele Escolheu os Cravos, Simplesmente como JESUS e Quando a Reconciliação Falha.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 82, p. 39. 
 
 
Bibliografia
A MENSAGEM DE EFÉSIOS, A Nova Sociedade de DEUS, JOHN STOTT
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1998
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD - Bibliografia. L. H. Gr ay, L. Spence, G. Foucart, D. S. Margoliouth, G. A. Barton, “Circumcision”, Encyclopaedia of Religion and Ef Aí cs, III (1910), 659-680. Rudolf Meyer, “Peritemno etc.”, TDNT, VI, 72-84. J. D. W. W.
Dicionário Teológico - Pr. Claudionor Correia de Andrade - CPAD
Dicionário de JESUS e Evangelhos - Bíblia TheWord
 fonte http://www.apazdosenhor.org.br