Central Gospel – 2º Trimestre 2020 – 14-06-2020 – Lição 11 – Não cobice os bens alheios



Miquéias 2:1-5 
​1 Ai daqueles que, nas suas camas, intentam a iniquidade e maquinam o mal; à luz da alva o praticam, porque está no poder da sua mão!
2 E cobiçam campos, e os arrebatam, e casas, e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
3 Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que projeto um mal contra esta geração, do qual não tirareis os vossos pescoços; e não andareis tão altivos, porque o tempo será mau.
4 Naquele dia, se levantará um provérbio sobre vós, e se levantará pranto lastimoso, dizendo: Nós estamos inteiramente desolados! A porção do meu povo, ele a troca! Como me despoja! Tira os nossos campos e os reparte!
5 Portanto, não terás tu na congregação do SENHOR quem lance o cordel pela sorte. (ARC)


Habacuque 2:9
9 Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar da mão do mal! (ARC)

Lucas 12:15
15 E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. (ARC)

TEXTO ÁUREO

Êxodo 20:17
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Entender que a cobiça é o pecado dos olhos e está alinhada à inveja e à avareza;
  • Compreender que a cobiça é idolatria;
  • Concluir que os cobiçosos não entrarão no céu.

PALAVRA INTRODUTÓRIA

Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
Chegamos ao último mandamento do Decálogo. Devemos lembrar que os escritos contidos nas tábuas da lei, sintetiza os 613 preceitos que organizava o estado de Israel nos aspectos morais, civis e religiosos.
Êxodo 20.17 retrata uma condição residente no coração humano, isto é, um estado interno de indivíduos desprovidos do verdadeiro amor que fundamenta todos os demais mandamentos.
Concordo com o pastor Walter Brunelli, quando afirma que enquanto os outros mandamentos vistos até aqui, apresentam os pecados que são vislumbrados exteriormente, a cobiça, acende uma luz no âmago de cada ser humano e revela o pecado internalizado.
Hans Ulrich Reifler diz que este mandamento inibe a cobiça em geral. Especificamente, proíbe a cobiça da mulher, dos empregados, dos animais e de todos os bens materiais e ideais do próximo. A versão positiva deste mandamento tornar-se-á existencialmente possível quando meu próximo for defendido e promovido.
A cobiça infecta pobres e ricos nas suas mais diversas formas, mas o último mandamento protege o ser humano de ambições erradas.
Vejamos adiante mais detalhes em torno deste tão terrível pecado.

1 – O QUE É A COBIÇA

Reifler define que a palavra hebraica que traduzimos por “cobiça” deriva dechamad. Na teologia bíblica recente, compreende-se como “possuir no coração uma intenção oculta que mais tarde se manifesta em ações concretas de furto e roubo”. O verbo chamad refere-se também aos desejos íntimos que se revelam como intrigas para se apoderar dos bens do próximo.
Existem três palavras gregas que traduzem a idéia de cobiça. Uma épleonexia, que significa o desejo incontrolável de possuir o mundo e seus bens materiais, poder, influência e prestígio. Agostinho definiu a cobiça com a frase plus velle quam sat est (“desejar mais do que é suficiente”). Outra palavra é philarguna, que significa amor desordenado pelo mundo. Este termo expressa que o mundo é o objeto da cobiça, o ídolo do qual o homem cobiçoso não se pode separar. A terceira palavra grega no Novo Testamento é epithumia, que pode ser traduzida por cobiça, intenção impura, ambição, desejo intenso, desejo ardente, aspiração.
Calvino interpretou este mandamento de maneira tão construtiva que logo se percebe o espírito do evangelho de Jesus Cristo: “O propósito (deste mandamento) é: visto que Deus quer que a alma toda seja possuída do afeto do amor, de (nossas) disposições se deve alijar todo desejo contrário à caridade. Portanto, a síntese será que se nos não insinue qualquer pensamento que nos mova o espírito com uma concupiscência danosa e tendente ao detrimento de outrem. A que corresponde o preceito oposto, que tudo quanto concebemos, deliberamos, queremos, intentamos, seja isto associado com o bem e proveito do próximo.”

1.1 – A cobiça e a inveja

As palavras “cobiça” e “inveja” muitas vezes são confundidas. Há inclusive, dicionários que apresentam tais termos como sendo sinônimos um do outro. A psicóloga Clarice Ebert explica a diferença entre cobiça e inveja.
“COBIÇA é a necessidade de ter o que o outro tem. A pessoa se empenha em ter o que o outro tem para se igualar ao outro. Mobiliza seus esforços por um entendimento equivocado de que se é pelo que se tem. Quem cobiça acaba trazendo um prejuízo significativo para si próprio, pois vivencia altos níveis de estresse gastando muita energia em ter cada vez mais, seja bens materiais, fama ou prestígio. Apesar de competir com o outro, geralmente não é o tipo que ameaça tirar o que o outro tem. O que importa é ter também. 
Já a INVEJA é diferente. O invejoso não só cobiça as coisas que o outro tem, mas esmera-se especialmente em minar a felicidade que o outro tem. A pessoa se empenha em eliminar a alegria do outro destruindo o que produz sua felicidade. O invejoso segue, sem medir esforços, tirando o que deixa o outro feliz, não importando se é um objeto, um relacionamento ou mesmo seu prestígio e reputação. Enquanto não puxar o tapete do outro não sossega, pois não aguenta a felicidade e o prestígio do outro. A fofoca geralmente é seu recurso favorito para minar seu “amigo” feliz. Destruir a reputação do outro geralmente é um dos seus objetivos, mesmo que não admita isso. Conviver com pessoas assim pode ser extremamente perigoso para a integridade psicológica e até mesmo para a saúde física. Porque, lamentavelmente, “mal afamar” uma pessoa é uma das formas mais eficazes de roubar a alegria de uma pessoa, podendo corroer sua esperança e energia para seguir adiante. Dessa forma, se apresenta como uma das formas mais perversas de expressão da inveja, podendo ser considerada até mesmo uma espécie de assédio moral.” 
Já vimos o significado da palavra “cobiça”, agora vejamos da palavra inveja apresentados no texto adaptado de Jefferson Tavares (https://jovensjdl.wordpress.com/2013/02/27/ebd-qual-a-diferenca-entre-inveja-e-cobica/) por Kelly Oliveira Barbosa.
No hebraico (qin´ah) significa, originalmente, uma queimadura no rosto, e então a cor produzida no rosto por uma profunda emoção, ou seja, ardor, zelo, inveja.
No latim (invídia) significa “espiar de perto para”; “olhar com intenção maliciosa”.
No Grego (zelos) é usualmente trazido no bom sentido como zelo, entretanto é usado no mau sentido, como inveja.
A intenção do verbo é expressar a forte emoção com que o sujeito deseja algum aspecto do objeto ou sua posse. Quando a pessoa tem zelo (interesse, atenção…) pela propriedade ou posição dos outros, esperando poder obtê-las. Uma malevolência (hostilidade, birra, aversão…) com respeito às vantagens que outros possam desfrutar.
Existem versões bíblicas que substituem inveja por ciúmes, porém essas palavras não são sinônimas. O ciúme nos faz temer perder aquilo que possuímos, enquanto a inveja provoca tristeza pelo fato dos outros possuírem aquilo que não temos.
Infelizmente em palestras motivacionais, ou mesmo em situações informais, muitos são orientados a compreenderem que a inveja pode ser a centelha capaz de provocar o “fogo” que os iluminará o caminho para alcançarem o êxito que veem em outros. Porém, admirar e imitar é diferente de cobiçar e invejar. Quando admiramos, emitimos sinais de prestígio e apoio, mas quando invejamos, emitimos sinais de pesar e aborrecimento.
O décimo mandamento reprova a inveja categoricamente, pois o conselho de Deus manifesta que o teor contido neste sentimento destrói principalmente quem o irradia. Leiamos:
Provérbios 14:3030 O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos. (ARC)
Outra tradução diz que “uma mente tranquila dá vida ao corpo” (RSV), mas a inveja, o ressentimento e outras atitudes mentais doentias são prejudiciais para a saúde da pessoa. O invejoso, mesmo inconscientemente auto sabota a própria vida.

1.2 – A inveja dos antepassados

A Bíblia registra no A.T. alguns casos em que indivíduos foram dominados pela inveja.
O primeiro homicídio da humanidade teve a inveja como agente inspirador para o ato. Caim, por inveja, matou o seu irmão (Gn 4.5-9). Caim não soube gerenciar as suas emoções; ter a sua oferta rejeitada enquanto a do seu irmão foi aceita, tornou-se demais para ele. Muitos são incapazes, no seio da igreja, de se alegrarem com as conquistas de outros. O semblante, em semelhança ao de Caim, descai e não se mata como antes (tirando a vida), mas praticando toda a sorte de males para prejudicar o outro.
A Bíblia enfatizada claramente que os irmãos de José o venderam por inveja. Os sonhos do filho caçula (até então) de Jacó, aborreciam os demais irmãos (Gn 37.5) e culminou em um ato sórdido contra aquele que possuía o mesmo sangue, aquele que comia a mesma mesa diariamente.
Moisés, do mesmo modo fora vítima da inveja do seu irmão Arão (braço direito no movimento de libertar o povo de Israel) e sua irmã Miriã (Nm 12.2). Outra vez a condição espiritual de um foi o motivo da inveja de outros. Essa história revela que Deus contempla o coração de todos os homens, sabe o que está em seu interior. A inveja de Arão e Miriã não passaram despercebida. O primeiro clamou por misericórdia e foi poupado, no entanto, Miriã, ficou leprosa (Nm 12.10-11). A lepra trazia consigo a vergonha e o desprezo, e Miriã, sofreu as duras penas da sua transgressão causada pela inveja.
Há outros casos na Bíblia, como citados pelo pastor Walter Brunelli, de invejosos e vítimas da inveja, como Davi em referência aos seus irmãos. Ele era desprezado e de estima pouco considerada.
Note que a inveja tanto de Caim, como dos irmãos de José, dos irmãos de Moisés, dos irmãos de Davi, não respeitou a condição familiar, pois trata-se de um sentimento tão forte que coloca todas as demais coisas para detrás dele; O invejoso simplesmente não enxerga outra coisa, senão, a eliminação daquele a quem inveja.
Confiamos em Deus para nos proteger e nos guardar até o fim de tais pessoas, do mesmo modo, que preservou Mardoqueu, quando Hamã, por inveja, chegou ao ponto de construir uma forca para matá-lo, porém o Senhor não somente o livrou daquele instrumento de morte, como fez morrer por ele, o invejoso (Et 5.9-14).

1.3 – A cobiça e a ambição

Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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