Sim, é. É pecado. E é um pecado revoltante. E o que o torna tão revoltante é que, naquele momento mais sagrado – eu me pergunto se nosso questionador ainda tem um conceito de sexualidade sagrada – naquele momento sagrado, a corrupção se faz abundante em três direções: em direção a Cristo, em direção à esposa – e o que eu assumo aqui é que esposa esteja sendo solicitada para fazer isso – e em direção ao casamento, e também em direção às pessoas no filme pornográfico. Em outras palavras, em muitas direções, a contaminação está acontecendo na mente que vai carregar essas imagens pecaminosas por toda a vida, dia e noite. Esse ato de união sexual entre marido e mulher é o ápice dos prazeres conjugais, que representam os prazeres puros e santos entre Cristo e sua igreja. Esse é o significado da relação sexual.
Quando a Bíblia diz: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja” (Ef 5.25), é inconcebível que os prazeres que Cristo tem na igreja sejam despertados e estimulados a imaginar uma prostituta para manter sua energia fluindo. Esse ato de união sexual conjugal é uma das expressões mais intensas do próprio significado do casamento; ou seja, a verdade das palavras – e refiro-me às palavras ditas, eu oro para isso, no abraço sexual com seus olhos a quinze centímetros dos dela – “Você me escolheu acima de todos os outros. Você é a única a quem eu celebro com prazer puro e imaculado. Não tenho olhos para ninguém além de você. Não corro atrás de outras mulheres na minha mente ou no meu corpo. Sou totalmente dedicado a você com minha mente, com meus olhos, com meu corpo. Só você é meu prazer”. Isso é casamento. É assim que o Senhor Jesus se relaciona com sua noiva. É isso que você faz no altar. Ele tem olhos para ela, Jesus não tem olhos para nenhuma outra.
O que dizer sobre Cristo e seu amor pela igreja se você alimenta o momento da união mais doce e pura com o veneno da comida podre do pecado sexual pornográfico? E não se engane, a realização e filmagem de atos pornográficos é pecado. O que eles estão fazendo é pecado. Eles não estão agindo para a glória de Deus enquanto você os observa. Eles não estão agindo de acordo com o Evangelho. Eles não estão buscando a santidade sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Eles não estão agindo com fé em Cristo, e o que não vem da fé é pecado (Rm 14.23). Eles não estão fazendo morrer a natureza terrena (Cl 3.5) e buscando as coisas do alto, onde Cristo vive (Cl 3.1-2). Eles não inspiram retidão, pureza e amor abnegado a ninguém. Eles estão dando forma à indulgência egoísta, à servidão à carne, à rebelião contra Deus e ao desejo de sugar o maior número possível de pessoas para seus pecados. E este é o vinho que você beberia para se manter na encenação sagrada dos mais puros prazeres conjugais, exaltando a Cristo.
Não sei se você é um marido ou uma esposa que fez essa pergunta. É difícil imaginar uma esposa pedindo isso ao marido. Então, deixe-me dizer ao homem: Este é um grande insulto à sua esposa. Marido, se você tentou sua esposa, a persuadiu, a atraiu, a convenceu, a seduziu a essa ilusão pornográfica de amor conjugal, você deveria ter vergonha. Você deve se arrepender agora diante de Deus e dizer a ela o quanto você está arrependido por contaminar algo tão puro, tão terno, tão profundo, tão sagrado com algo tão vil. E sim, você deve dizer “vil”. Você precisa ter uma palavra como “vil” em seu vocabulário. Ela não é honrada por essa prática. Ela é degradada. E um marido que insiste nisso está agindo como um animal, não como um marido.
Então sim, isso é um pecado, um pecado revoltante. Revolta porque blasfema de Cristo como se ele precisasse de pecados para ajudá-lo a amar sua noiva, porque celebra a doença e o pecado da indústria da pornografia, e porque insulta a preciosidade do coração e do corpo de uma esposa por alguém que, acima de todos, deveria amar e nutrir sua alma.