Lição 5 – Enfrentando gigantes, conquistando vitórias




TEXTO ÁUREO

“Porém todos os homens de Israel, vendo aquele homem, fugiam de diante dele e temiam grandemente.” 1 Samuel 17.24

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 SAMUEL 17.32,37,45,51 
32 E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu. 
37 Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja contigo. 
45 Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
51 Pelo que correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça. Vendo então os filisteus que o seu campeão era morto, fugiram.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar que Deus sempre nos socorre na hora da crise. 
  • Explicar que nossos inimigos não são maiores que Deus. 
  • Mostrar que precisamos ter atitude diante do inimigo.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição, uma das histórias mais marcantes de toda Bíblia, o acontecimento envolvendo um gigante chamado Golias e o jovem Davi.
Algumas pessoas dizem que Golias não era realmente um gigante, porém, a Bíblia nos fornece exatamente o tamanho deste homem no texto de 1 Samuel, vejamos:
“Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo”. (1 Sm 17.4 – ARC)
Existem vários tipos de côvados, mas de forma geral, utilizamos a medida de 45 cm, que praticamente era a medida do côvado romano.
A Wikipedia traz algumas informações interessantes sobre o côvado, vejamos:
  • O Côvado Romano é uma medida de seis “palmos” – cerca de 444.5 mm, 17,5 polegadas.
  • O pēchys Grego tinha também 24 “dígitos”. Assim, kyrēnaikos pēchys (“côvado de Cirenaica”) média cerca de 463.1 mm e ometrios pēchys (“côvado médio”) cerca de 474.2 mm; respectiva e aproximadamente 25/24 e 16/15 do côvado Romano. Outros Côvados Gregos com base em diferentes medidas e de outras cidades são menos importantes. A medida Grega de 4o “dígitos”, chamada bēma, corresponde ao gradus latino, o passo ou meio “passus”.
  • Côvado Hashimi de cerca de 650,2 mm (25.6 polegadas) é considerado como medindo dois pés franceses. Considerando que relação entre o pé francês e o “pé (foot) Britânico é de 16 para 15, temos que: 5 Côvados Hashimi ≈ 10 pés franceses ≈ 128 polegadas (britânicas). Também 256 Cúbitos Romanos equivalem aproximadamente a 175 Côvados Hashimi.
  • O Côvado de guarda (Árabe: ammatu rabitu) média cerca de 555,6 mm; 5/4 do Côvado Romano. Assim: 96 côvados guarda ≈ 120 Roman côvados ≈ 175 English feet.
  • O côvado nil Árabe (ou côvado negro) media cerca de 540,2 mm. Isso implica 28 (mais tarde chamado) “dígitos” gregos do kyrēnaikos pēchys ≈ 25/24 do pé Romano ou apenas 308,7 mm. Assim 175 côvados Romanos ≈ 144 “côvados negros”.
  • O côvado Mesopotamio media cerca de 533.4 mm, 6/5 do côvado Romano. Assim: 20 côvados Mesopotamios ≈ 24 côvados Romanos ≈ 35 “feet” britânicos.
  • O côvado Babilônio (ou côvado de Lagash) media cerca de 496,1 mm. Existiu também um côvado Babilônio de Negócios, nove décimos do côvado normal, ou seja 446,5 mm. O côvado Babilônio é 15/16 do côvado Real Egípcio; 160 côvados Babilônios de egócios ≈ 144 côvado Babilônio ≈ 135 côvados Reais Egípcios (esse côvado ≈ 529,2 mm).
  • O côvado de Pérgamo 520,9 mm ou 75/64 do côvado Romano.
  • O côvado Salamis 484,0 mm ou 98/90 do côvado Romano.
  • O côvado Persa de cerca de 500.1 mm ou 9/8 do côvado Romano, o qual por sua vez é 9/10 do côvado guarda.
Sendo assim, o gingante Golias media entre 2,83 e 2,92 metros.
Em outra tradução bíblica, nós temos a altura de Golias em metros, leiamos:
“Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura”. (NVI)
“Golias, um grande guerreiro, originário de Gate, avançou, vindo das fileiras dos filisteus e pôs-se diante das forças militares israelitas. Tratava-se de um verdadeiro gigante, media para cima de três metros de altura”. (O Livro) 
“Então Golias, um guerreiro filisteu de Gate, saiu das fileiras do exército filisteu. Ele tinha 2,90 metros de altura”. (NVT)
O escritor Daniel Conegero nos traz informações importantes sobre este assunto, leiamos:
“Há pelo menos três palavras hebraicas principais que aparecem no Antigo Testamento e que podem ser traduzidas como “gigante”. A primeira delas é a palavra hebraica repha’im, que a Septuaginta traduz muitas vezes com o termo grego gigas, “gigante” (Gênesis 14:5; Josué 12:4; 13:12; 1 Coríntios 11:15; etc.). Os refains eram um povo que vivia na região de Canaã e dentre os quais estavam muitos gigantes. A segunda palavra que pode ser traduzida por “gigante” é o hebraico gibbor (Jó 16:14). Essa palavra pode tanto se referira a um homem grande em estatura como também a um homem grande em feitos. Nesse último caso seu significado diz respeito a um guerreiro ou a uma pessoa valente. A terceira palavra que também foi traduzida como “gigante” na Septuaginta é o hebraico nephilim. Essa palavra aparece somente duas vezes no texto bíblico do Antigo Testamento (Gênesis 6:4; Números 13:33). O significado exato desse termo é incerto, mas acredita-se que ele seja derivado de uma raiz que significa “cair” e seu sentido mais apropriado seja “caídos” ou “poderosos”. Dessa forma, a palavra não apenas indicaria uma pessoa grande em estatura, mas, principalmente, uma pessoa grande em poder que “cai” sobre outras pessoas com tirania. 
Há ainda outras palavras na Bíblia que designam certos grupos associados ao conceito de pessoas de grande estatura, como: os anaquins, emins e zanzumins – estes dois últimos parecem ser um nome alternativo para os refains (cf. Gênesis 14:5; Deuteronômios 2:11,21)”.
A história também nos mostra homens e mulheres que existiram e tiveram tamanhos desproporcionais.
Vejamos uma imagem do homem mais alto do mundo (dados de 2014) e o mais baixo do mundo:
Existe uma doença chamada “gigantismo” que é uma enfermidade hormonal causada pela excessiva secreção do hormônio do crescimento durante a idade do crescimento; se ocorrer na fase adulta é denominada de acromegalia. Os indivíduos que sofrem desta doença alcançam estaturas entre 2,30m e 2,75m.
O comentarista desta lição usou a passagem que nos conta a história de Davi e Golias para comparar algumas de nossas lutas e tribulações aos gigantes, ou seja, coisas fora do normal que nos assustam.
Vamos estudar sobre este assunto nos próximos tópicos.

1 – CRISES QUE SURGEM COMO GIGANTES

Se não conhecêssemos a história de Davi e Golias e observássemos a imagem acima, que tem mais ou menos a proporção da altura dos dois personagens, pensaríamos que o garoto seria destroçado pelo gigante e foi exatamente isto que Golias pensou, leiamos: 
“Golias, com seu escudeiro à frente, caminhava em direção a Davi, rindo com desprezo do belo jovem ruivo. Gritou para Davi: “Por acaso sou um cão para que você venha a mim com um pedaço de pau?”. E amaldiçoou Davi em nome de seus deuses. “Venha cá, e darei sua carne às aves e aos animais selvagens!”, berrou Golias”. (1 Sm 17.41-44 – NVT)
Nenhum soldado israelita teve coragem de confrontar aquele homem, pois estavam apavorados, porém, Davi teve um tipo de fé que foi criticado por muitas pessoas, afirmando que aquele garoto não teve fé, mas alucinações e agiu de uma forma insensata.
Vejamos o que aconteceu:
“E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade. Então, disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, e eu saía após ele, e o feria, e a livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava lhe mão da barba, e o feria, e o matava. Assim, feria o teu servo o leão como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja contigo”. (1 Sm 17.32-37 – ARC)
Davi confiava plenamente que o mesmo Deus que esteve com ele durante a luta contra o leão e o urso, também estaria na batalha contra o filisteu incircunciso.
O Teólogo americano Norman Champlim explica este texto da seguinte forma:
“Certa ocasião, um urso veio e tomou um cordeiro. Davi não hesitou. Tomou o pobre animal de dentro da boca do urso. Então, em outra ocasião, um leão fizera a mesma coisa, e Davi repetira o bravo feito. O texto não indica quais armas Davi usava nessas aventuras. Sansão, com sua imensa força física, havia usado suas mãos nuas, mas não há nenhum a reivindicação de que Davi fosse outro Sansão.
No tempo de Davi a área em redor de Belém era densamente arborizada, e havia ali tanto leões quanto ursos em abundância. Esses animais perseguiam os rebanhos. Até hoje, há ursos em algumas áreas da Palestina. O gigante filisteu seria adicionado aos grandes feitos de Davi. O elemento divino far-se-ia presente, visto que Yahweh estava sendo alvo de zombarias por parte de Golias. A identificação entre Yahweh e Israel era tão próxima que o que acontecesse a um automaticamente acontecia ao outro. Deus não somente criou o mundo, mas está presente para intervir, recompensar e dirigir, para abençoar e amaldiçoar.
Este incircunciso filisteu. Ou seja, um pagão que não tinha parte no Pacto Abraâmico (ver as notas em Gên. 15.18), cujo sinal era a circuncisão. Um homem incircunciso não contava com o favor de Deus, como os hebreus. Portanto, Golias seria divinamente desfavorecido, mas Davi seria divinamente favorecido, e isso faria toda a diferença em tempos de crise. “Ele, o idólatra, deveria reconhecer que não estava tratando com um mero homem, mas com Deus; e com um Deus vivo, e não um ídolo sem vida” (Bíblia de Berlegurger). “… ele era um selvagem, cruel e imundo… e seria morto como eles (os animais) tinham sido” (John Gill, in loc.). O Senhor me livrou. Não era pouca coisa entrar em com bate pessoal com um urso ou um leão. Yahweh recebeu o crédito por ter livrado Davi daquelas feras. Por semelhante modo, Davi seria libertado daquele terror, o gigante. Se a tarefa é de Deus, então o sucesso está garantido, pois não há tarefa difícil demais para Ele. Os homens tornam -se recebedores do que Ele provê. Eles compartilham dos feitos divinos. É grande confiar no braço de Deus. Saul havia participado desse tipo de confiança e assim foi convencido pelos argumentos de Davi. Então proferiu sua bênção sobre Davi, implorando a ajuda divina para a tarefa. Os textos sagrados insistem em informar que houve algo de divino na coragem de Davi, ficando entendido que era assim que a vida humana deveria ser preservada”.
Precisamos reforçar que era praticamente impossível que Davi conseguisse vencer o gigante, pois, além dele ser extremamente forte, utilizava uma armadura muito pesada que o protegia dos ataques.
Existem dúvidas quanto ao fato da pedra que Davi utilizou na funda ter atravessado a armadura e atingido a fronte do gigante, porém, o que nos importa é que ele caiu e, após cair, foi morto por Davi.
Voltando para o aprendizado do tópico, algumas situações surgem em nossa vida como se fossem gigantes e nos apavoram tanto que agimos da mesma forma que os israelitas, ficando apavorados, porém, precisamos crer no Senhor e acreditar que Ele pode resolver QUALQUER tipo de problema ou situação.
Independentemente do tamanho do nosso problema, o Senhor pode resolvê-lo, porém, além de crer, precisamos esperar pelo tempo Dele.
Vale a pena lembrarmos que existem problemas que nós mesmos criamos, mas, apesar disto, podemos orar pedindo misericórdia ao Senhor.
Para não esquecermos, os problemas (crises) podem se apresentar a nós por três formas:
  • O diabo
  • O pecado original
  • O estilo de vida
A maioria dos problemas são causados pelo estilo de vida que levamos, ou seja, pelo nosso comportamento.
Precisamos lembrar que somos responsáveis pelos nossos atos e que a lei da semeadura é rígida.
Existe um ditado que diz: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.”

1.1 – Conheça o Deus que você serve

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Conhecer o Deus que servimos é acreditar que Ele é poderoso para fazer grandes coisas e a Bíblia é recheada de experiências sobre este assunto.
A história de Davi e Golias é uma destas e tal história nos enche de alegria e esperança.
As histórias bíblicas são como testemunhos que nos alcançam e nos fazem crer que aquele que fez tais maravilhas, também pode nos ajudar.
É importante compreendermos o que a palavra “testemunha” significa, pois, isto faz muita diferença quando lemos o texto de At 1.8.
O escritor do livro de Atos nos descreve as palavras de Jesus após ser morto e ressuscitar:
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. (At 1.8 – ARC) 
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa conceitua a palavra “testemunha” da seguinte forma:
  1. Pessoa que presenciou ou ouviu algum fato ou dito e que dele pode dar pormenores. 
  1. Pessoa que dá testemunho em justiça. 
  1. Pessoa que assiste a certos atos para os tornar autênticos e válidos. 
  1. Espectador.
No tocante ao versículo de Atos, o que Jesus estava dizendo é: “Após vocês serem batizados pelo Espírito Santo, estarão preparados para contar para todas as pessoas o que eu fiz”.
Desta forma, precisamos deixar claro que o testemunho em si não tem poder para produzir fé, pois a fé é produzida pela Palavra (Rm 10.17), porém, ele nos ajuda a compreender e ficar mais perto das coisas que o Senhor faz, bem como, desejar ser alcançado, da mesma forma que outras pessoas foram.
Os testemunhos aproximam as pessoas que desejando saber mais sobre o que aconteceu, terminam por conhecer aquele que foi o responsável pela vitória testemunhada.
Davi conhecia seu Deus e sabia que era poderoso para lhe dar a vitória sobre o leão e o urso, bem como para lhe dar a vitória sobre Golias.
Conforme estudamos na lição passada, a Bíblia conceitua a fé da seguinte forma:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”. (Hb 11.1 – ARC)
Sendo assim, aqueles que estão vivenciando situações que para os homens é impossível de ser resolvida, precisam crer que para Deus não há impossíveis.
Antes de Jesus nascer, um anjo aparece a uma mulher chamada Maria e lhe diz que era daria a mãe a um filho, porém, como ela era virgem, disse ao anjo que tal coisa não poderia acontecer, vejamos:
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. Porque para Deus nada é impossível”. (Lc 1.26-37 – ARC)
Aos olhos daquela mulher e de qualquer pessoa, era impossível que ela ficasse grávida, pois ainda não havia se casado e, como os costumes judaicos eram rígidos sobre a virgindade, tal gravidez não poderia acontecer, mas o anjo lhe disse: “Para Deus nada é impossível.”
As experiências são a forma de Deus nos ensinar a confiar Nele acima de todas as coisas.

1.2 – Davi sabia quem era seu Deus

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O Salmo 20 nos traz um texto que está intimamente ligado à confiança que precisamos ter no Senhor, leiamos:
“Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé”. (Sl 20.7,8 – ARC)
Faraó confiava em seus magos, em seu poderio e em seu exército, mas quando viu seu reino se desfazer por causa das pragas que o Senhor enviara, teve que reconhecer que existia um Deus maior do os seus.
Vejamos o que Champlin escreve sobre este Salmo:
“A vitória caracterizava-se pela queda do inimigo e pelo levantamento triunfal de Israel (vs. 8). Carros de combate de metal, especialidade de alguns dos adversários de Israel, e excelentes cavalos de guerra, que combatiam da mesma maneira que os homens, não traziam bem algum a esses adversários. O nome obtinha sempre a vitória. Esse nome era representado nos pendões (vs. 5), e a presença de Deus honrava a fé dos israelitas ali exibida. Note-se o nome divino no vs. 8: Yahweh-Elohim, o Deus Eterno e Todo-poderoso. Os homens iníquos, ou meramente ignorantes, são cheios de falsas motivações e jactâncias. Mas a batalha depende do Ser divino, e não de coisas que as pessoas transformam em pequenos deuses. Tradicionalmente, o exército de Israel era de infantaria. Sendo fraco por si mesmo, se alguma vitória chegasse a ser obtida, a Yahweh seria dado todo o crédito. Em contraste, os inimigos de Israel desenvolviam modos superiores e armas de guerra mais sofisticadas, e jactavam-se nessas coisas. Aos reis de Israel foi ordenado que não multiplicassem cavalos; mas Salomão ignorou o mandato divino (ver Deu. 17.16). Em breve, Israel saía a combate com excelentes carros de combate de metal e cavalos de guerra treinados. Contudo, se Yahweh não concedesse a vitória, esta não seria obtida. Algumas vezes um exército mal treinado e mal equipado obtém grande vitória sobre uma força superior, pela pura necessidade e pelo desejo feroz de sobreviver, embora isso seja um tanto raro. Quase sempre é o exército bem treinado e bem equipado que vence. Atualmente, uma explosão atômica bem planejada é mais decisiva do que um exército inteiro. E nós, os crentes, possuímos o Poder do alto para as nossas batalhas. A alma tem de estar preparada e disciplinada na guerra espiritual. O apóstolo Paulo usou a metáfora do boxe (ver I Cor. 9.26), e é admirável que muitas pessoas religiosas apreciem uma boa luta de boxe. No boxe há os elementos da disciplina, coragem e bravura masculina, e todos admiram essas qualidades. Ocasionalmente, temos de admitir tristemente que fomos derrubados. O adversário nos atingiu com algum golpe de sorte? Fomos derrubados, mas não derrotados. Levantamo-nos para continuar lutando. O fim da boa luta para o vencedor é ser posto no pedestal do triunfo. Até mesmo um campeão é derrotado vez por outra, mas sempre volta à carga. Certa ocasião, vi uma luta de boxe de um campeão contra outro. No quinto round um deles foi terrivelmente castigado. Mas no sexto, aquele que quase fora derrotado voltou e ganhou a luta. Nunca me esquecerei de suas palavras, ao descrever a luta alguns anos mais tarde: “Aquele foi meu momento mais excelente!”. Também precisamos de horas excelentes e, algumas vezes, de horas as m ais excelentes. Oh, Senhor, concede-nos tal graça”! 
Precisamos exercitar nossa fé quando não pudermos resolver algum tipo de situação. Precisamos pedir ao Senhor e crer que Ele fará o que for necessário e que após o acontecido, cantaremos o hino da vitória.
Fé é ter certeza que aquilo que precisamos acontecerá e Davi tinha esta fé.

1.3 – Deus não decepciona os que Nele confiam

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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