ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 4

 


A suficiência de Cristo para restaurar a totalidade do ser humano
25 de Outubro de 2020


Texto Áureo
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.", João 14.27a
 
Verdade Aplicada
Somente em Jesus conseguiremos obter a restauração em nossa alma.
 
Objetivos da Lição
- Mostrar o mapa de nossa personalidade.
- Ensinar que é preciso se desprender do passado.
- Explicar que o diabo não quer que alcancemos a cura.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Colossenses 2
10. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;
12. Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
13. E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
14. Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
15. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.

Introdução
Esta lição tem o objetivo de demonstrar que é possível a restauração da totalidade do ser humano pelo poder de Jesus Cristo. Contudo, é necessário que o nascido de novo viva segundo os princípios da Palavra de Deus para desfrutar das bênção que o Bom Deus tem reservado já para a vida nesta terra.

1. O mapa de nossa personalidade
As experiências vivenciadas participam da formação da personalidade, refletindo, assim, na maneira de agir de uma pessoa. Nosso relacionamento com os outros é influenciado por nossas experiências passadas. Dizem os psicólogos que as coisas que nos acontecem nos primeiros anos de vida passam a constituir uma base que determina o modo como agimos ou reagimos diante de todas as situações, pelo resto da vida. 

1.1. A restauração é para todos.
Lemos na Palavra de Deus: "O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau, do mau tesouro, tira coisas más." [Mt 12.35]. Os psicólogos já chegaram à conclusão de que empregamos cinquenta por cento de nossa energia mental e emocional reprimindo lembranças penosas. Todos nós precisamos de restauração da alma, uns mais, outros menos. Naturalmente, não podemos mais modificar aquela situação, mas quando nascemos de novo, o Senhor Jesus nos liberta do domínio, também, daquele senso de vergonha das práticas pecaminosas que tenta paralisar a pessoa e sufocá-la com tristeza e desânimo [2 Co 5.17; Fp 3.13-14].

1.2. Em Jesus obtemos a restauração.
Isaías 53 nos apresenta várias características de Jesus. O texto cita: sem parecer nem formosura, homem de dores, experimentado nos trabalhos, desprezado e que nós não fizemos dele caso algum. Jesus conhecia com precisão a dor e o sofrimento, sabia o que era desprezo e rejeição. Todas as mazelas do ser humano Ele tomou sobre si, bem como enfermidades e doenças, por fim toda maldição e pelo Seu sacrifício na cruz trouxe restauração, libertação e cura. Seu sangue derramado tornou-se a garantia da remoção da maldição para que possamos desfrutar de todas as bênçãos.

1.3. Paz de espírito e de coração.
Encontramos em Isaías 26.3 um exemplo quanto à participação divina e humana no processo de se desfrutar de paz: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti...". A expressão "conservarás" se refere à ação divina, ou seja, preserva, guarda. Enquanto que "mente firmada", é ação humana - "algo pensado na mente; ou algo entesourado ou guardado no coração". A pessoa que já passou pela experiência do novo nascimento precisa se exercitar e vigiar para ocupar sua mente e seu coração com o que edifica, além de levar a Deus em oração, com confiança, o que preocupa ou inquieta, para, assim, desfrutar dessa paz. [Pv 4.23; Fp 4.6-9].
 
2. É preciso se desprender do passado
Não podemos viver o hoje preso às experiências negativas do passado, é preciso mudar o foco. Precisamos compreender que devemos dar liberdade para que o Espírito Santo nos leve à cura. Se realmente quisermos ser integralmente restaurados e desfrutarmos de paz interior, Ele pode concedê-la a nós, e assim fará [Cl 1.13-14]. 
 
2.1. Remova as recordações indesejáveis.
É possível que, quando examinamos a consciência, ainda encontremos resquícios de culpa que precisa ser tratada. Essa culpa pode proceder de coisas pequenas ou grandes que fizemos no passado, mas que ainda não nos arrependemos e nem confessamos ao Senhor. É produto de pequenas coisas como mentiras ou palavras ferinas. Provém do egoísmo da infância, rebelião da adolescência, individualismo do adulto, ou de confrontos violentos e ressentimentos ocultos - cuja lembrança produz um sentimento de tristeza e dor. Não podemos manter essas coisas guardadas por mais tempo. 

2.2. Tratamento direto na causa e não no sintoma.
Esconder o problema não é a solução. Negá-lo muito menos. É preciso reconhecer o pecado, confessar, crer no poder de Jesus para perdoar e não mais cometê-lo. Arranjar desculpas ou se esconder atrás da hipocrisia não traz libertação. O que necessitamos não é uma razão para continuar pecando, mas a libertação que vem pelo conhecimento da verdade. Devemos reconhecer que nossa carne é fraca e vivemos numa sociedade pecaminosa, que fará de tudo para nos seduzir e fazer-nos pecar. Porém, não necessitamos ceder à tentação. Foi Martinho Lutero quem disse: Você não pode evitar que pássaros voem sobre a sua cabeça, mas você pode evitar que eles façam ninho nela." Certamente que você não poderá evitar que à tentação venha em à sua mente. Contudo, você poderá evitar que ela o domine.  
 
2.3. A paz que cura.
O Espírito Santo ajuda a desfrutar da paz que excede todo entendimento e que produz cura de toda de toda experiência amarga e frustrante que possamos ter vivido. Quando recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal, adquirimos também um relacionamento com o Espírito Santo, que cooperou para que fossemos alcançados pela graça salvadora. Ele nos ajuda a desfrutar da bênção de Deus de três maneiras: habitando em nós, intercedendo por nós e ungindo-nos com o poder de Deus [Rm 8.26-27]. Tenha a consciência da presença do Espírito Santo na vida do nascido de novo. Receba com alegria a Sua presença todas as vezes que o inimigo quiser te acusar e use a unção que está sobre ti para despedaçar todo jugo e caminhar em triunfo sempre. 

3. O inimigo não quer que alcancemos a cura
Satanás tem um arquivo organizado com todas as nossas fraquezas, nossos pontos mais "doloridos", nossos fracassos e temores. Ele é o acusador e tem todo interesse em manter uma pessoa prisioneira de seus pecados e suas culpas , buscando destruí-la.  
 
3.1. Não dê ouvido às mentiras do diabo.
Ele é um mentiroso! A Bíblia nos diz: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." [Mt 6.14-15]. Só poderemos obter uma cura completa, se perdoarmos àqueles que nos magoaram de alguma forma.
 
3.2. Devemos confiar em nosso pastor.
A humildade se acha intimamente ligada à sinceridade. Temos que buscar a Deus com humildade. Betty Tapscott afirma: "A principal razão por que muitas pessoas não buscam auxílio espiritual é que são orgulhosas. Não querem que os outros saibam de sua vida passada; não querem que os outros percebam que elas se acham espiritualmente presas, devido a certas lembranças dolorosas, que elas estão passando por um sofrimento terrível bem no fundo de sua alma". Por isso é necessário confiar em quem Deus estabeleceu como pastor em nossas vidas, devemos vencer as barreiras e abrir nosso coração a este guia que nos ministra, entender que é ele quem vela por nossa alma, pois um dia há de dar conta dela, conforme Hebreus 13.7,17. 

3.3. Vida com abundância.
O Senhor Jesus, o bom pastor, revelou que, enquanto há os que procuram roubar, matar e destruir, Ele veio para que Suas ovelhas desfrutem de vida com abundância - "vida completa"; "vida em plenitude"; "superabundância" [Jo 10.10]. Afinal, Deus, por intermédio de Jesus Cristo, nos reconciliou consigo mesmo [2 Co 5.18]. Tal verdade não significa uma existência na terra sem adversidades e aflições, mas, sim, que é possível aos que permanecem em Cristo, já vivenciar alegria, paz, esperança, amor, fé, segurança e tantas outras bênçãos reservadas para os que pertencem à família de Deus [Ef 2.19].
 
CONCLUSÃO 
Que o Espírito Santo nos ajude a permanecermos em Cristo, para que, mesmo estando ainda em um mundo repleto de aflições, possamos desfrutar de paz, alegria e vida abundante. Permaneçamos em oração e vigilância constantes, guardando coração e mente para não sermos sufocados com o que não edifica e impede nosso crescimento em Cristo.


Fonte: Revista Betel

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