Lição 01 - 4º trimestre de 2020 - A necessidade de restauração da alma

 

 Lição 01 – 04 de outubro de 2020 – Editora BETEL

A necessidade de restauração da alma

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Esta semana não poderemos publicar a pré-aula referente a esta lição, recebemos a revista do 4º trimestre de 2020 só na terça-feira passada (29/09). Se Deus assim o permitir, semana que vem estaremos publicando a pré-aula referente à Lição 2.

Sobre alma do ser humano e suas escolhas

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra...” Gn 2.7.

Qual parte do homem Deus formou do pó da terra? Seu corpo. Essa é a razão dos elementos do corpo humano poderem ser encontrados na terra. Então uma parte do primeiro ser humano foi o corpo.

Nós vimos que Deus formou o corpo do homem da poeira do chão. Contudo, este corpo não tinha vida. Somente foi formado, sem vida. Assim, a Palavra de Deus nos diz que Deus “respirou em suas narinas o fôlego da vida e o homem foi feito alma vivente". Portanto, o que é alma? Alma é o que dá vida ao corpo. O fato de que as pessoas não entendem as simples verdades da Palavra de Deus descritas nesse ponto não causou nenhum final de confusão. Aqui a Palavra de Deus nos conta que a alma é aquilo que dá vida ao corpo. Sem a alma o corpo está morto.

“E disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" Gn 1.26-27.

De acordo com esta passagem, Deus criou o homem “à sua imagem”. Aqui está um ponto muito crítico, um ponto chave, se nós quisermos entender não somente o que aconteceu no dia em que Adão e Eva comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal, mas também outras passagens da Bíblia que são afetadas pelo que é dito aqui. Lendo a passagem acima, a questão que tem que ser perguntada é o que é a imagem de Deus? Com o que Ele se parece? João 4: 24 nos diz: “Deus é Espírito”.

Deus não é carne, mas Espírito. Essa é a Sua imagem. Portanto, quando a Palavra de Deus nos diz que Deus criou o homem de acordo com Sua imagem, isso quer dizer que em acréscimo ao corpo e alma o homem também tinha isso que é a imagem de Deus, isto é, o espírito.

O homem foi criado depois de todas as coisas: isto representava para ele tanto uma honra como um favor. Contudo, o homem foi criado no mesmo dia em que os animais o foram; o seu corpo foi feito da mesma terra da qual eles foram feitos. E enquanto o homem está em seu corpo físico, habita a mesma terra com os animais. Não permita Deus que, agradando a nosso próprio corpo e aos seus desejos, façamo-nos como os animais que perecem!

O homem foi criado para ser uma criatura diferente de todas aquelas que haviam sido feitas até então. Nele deveriam ser unidos a carne e o espírito, o céu e a terra. Deus disse: "Façamos o homem", o homem, quando foi feito, foi criado para glorificar ao Pai, ao Filho e ao Espírito santo. Neste grandioso nome somos batizados, pois a este grande nome devemos o nosso ser.

É a alma do homem que leva especialmente a imagem de Deus. O homem foi criado reto, conforme Eclesiastes 7.29. O seu entendimento via clara e verdadeiramente as coisas divinas; não havia erros e nem equívocos em seu conhecimento; a sua vontade consentia imediatamente com a vontade de Deus em todas as coisas. Os seus afetos eram normais, e não tinha maus desejos e nem paixões desordenadas, seus pensamentos eram facilmente levados a assuntos sublimes e permaneciam focados neles. Assim eram os nossos primeiros pais, santos e felizes, quando tinham em si mesmos a imagem de Deus. Porém, quão desfigurada está a imagem de Deus no homem! Queira o Senhor, por sua graça, renová-la em nossa alma!

Depois que Deus formou Adão, colocou-o no Jardim. Deste modo, toda a jactância ficou excluída. Somente Aquele que nos criou é capaz de fazer-nos felizes; Aquele que formou os nossos corpos é o Pai de nosso espírito, e ninguém mais além d’Ele é capaz de prover plenamente para a felicidade do corpo e da alma. Mesmo estando no paraíso, o homem tinha que trabalhar. Nenhum de nós foi enviado ao mundo para estar ocioso. Aquele que criou a nossa alma e o nosso corpo concede-nos algo em que trabalhar; e Aquele que nos deu esta terra como habitação concede-nos algo sobre o que devemos fazer.

Os filhos e herdeiros do céu, enquanto estão no mundo, têm algo a fazer por esta terra, o que deve ter a sua quota de tempo e preocupação por parte deles. E devem fazê-lo olhando para Deus, servindo-o tão verdadeiramente por meio desta atividade como quando estão de joelhos.

Observe que a vocação do agricultor é uma chamada antiga e honrada; ela é necessária até mesmo no paraíso. Além do mais, existe verdadeiro prazer nas tarefas às quais Deus nos chama e naquelas em que Ele nos emprega. Adão não poderia ter sido feliz se tivesse estado ocioso: a Palavra de Deus declara que aquele que não trabalha não tem o direito de comer (2Ts 3.10).

Jamais coloquemos o nosso próprio desejo contra a santa vontade de Deus. Não foi outorgada ao homem somente a liberdade para tomar dos frutos do paraíso, mas também foi-lhe assegurada a vida eterna por sua obediência. Havia sido estabelecida uma prova para a sua obediência. Pela transgressão, ele perderia o favor do seu Criador, e tornar-se-ia merecedor do seu desagrado, com todos os espantosos efeitos provenientes deste fato. Deste modo, o homem tornar-se-ia propenso à dor, à enfermidade e à morte. Pior do que isto, ele perderia a santa imagem de Deus, e todo o consolo de sua aprovação; e sentindo o tormento das paixões pecaminosas e o terror da vingança de seu Criador, a qual o homem teria que suportar para sempre com a sua alma que nunca morre. A proibição de comer o fruto de uma árvore em particular era sabiamente adequada ao estado de nossos primeiros pais.

Em seu estado de inocência, e separados dos demais, que ocasião, ou que tentação teriam para que viessem a transgredir um dos dez mandamentos? O desenrolar dos acontecimentos prova que toda a raça humana estava comprometida pela prova e queda de nossos primeiros pais. Argumentar contra estas coisas é como lutar contra fatos irrefutáveis, e contra a revelação divina; porque o homem é pecador e mostra através de seus primeiros atos e por sua conduta posterior, que está sempre inclinado a fazer o mal. Está submetido ao desagrado divino, exposto ao sofrimento e à morte. As Escrituras referem-se sempre ao homem como alguém que possui um caráter pecador e encontra-se neste estado de miséria; e estas coisas valem para os homens de todas as épocas e de todas as nações.

O homem recebeu o poder sobre as criaturas e, como prova disto, deu nome a todas as coisas. Este fato mostra, além do mais, o seu discernimento em relação às obras de Deus. Mesmo sendo o Senhor das criaturas, nada neste mundo era capaz de ser uma ajuda idônea para o homem. Todo o nosso auxílio pertence a Deus.

Se descansarmos em Deus, Ele trabalhará em todos os aspectos para o nosso bem. Deus fez com que um sono profundo caísse sobre Adão; pelo fato de o homem ainda não conhecer o pecado, Deus cuidou para que não sentisse dor e, como o Pai da mulher, trouxe-a ao homem para ser sua companheira e auxiliadora idônea. Esta esposa, criada por Deus por uma graça especial e produto da providência especial divina, provavelmente demonstrou ser a ajuda idônea para o homem.

Observe-se que grande necessidade existe tanto de prudência como de oração ao escolher esta relação, que é tão próxima e tão duradoura. Era necessário fazer bem, aquilo que seria feito para a vida toda. Os nossos primeiros pais não precisavam de roupas para abrigarem-se do frio, ou durante o calor, pois estes não podiam causar-lhes danos. Tampouco precisavam de roupas para ataviarem-se. Assim, a vida do homem no estado de inocência era desafogada, uma vida feliz. Quão bom era Deus para com ele! Com quantos favores o beneficiou!

Quão benéficas eram as leis que lhe foram dadas! Contudo, o homem, em meio a toda esta honra, não compreendeu o que era melhor para si, e prontamente tornou-se como os animais que perecem.

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano – Pr. Isaqueu Mendes e Freitas.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -  William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.  VIA https://www.revistaebd.com/