Lição 4 - Defensores da Fé

 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 4.1-5

OBJETIVOS: 
#Relacionar os grandes apologistas da fé cristã no início da igreja;
#Destacar a importância de defender a fé cristã em todos os tempos, e especialmente em nossos dias; 
#Promover o entendimento das Sagradas Escrituras para enriquecimento espiritual e para defesa diante dos ataques das seitas e heresias de nossos dias.

Olá caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão a história de um dos maiores nomes da igreja cristã. 

O apóstolo Paulo foi um homem que viveu intensamente as verdades do evangelho e não teve a própria vida por preciosa. Depois de um bom tempo vivendo na religiosidade e no extremismo do judaísmo, Paulo entregou-se completamente à vontade de Deus após ter um encontro com Jesus Cristo no caminho para Damasco. 

A experiência do apóstolo com o Senhor foi tão intensa que ele ficou sem poder enxergar durante três dias. Depois de restaurada a sua visão, Ananias - servo do Senhor, levou Paulo e o apresentou aos demais discípulos e já anunciava Jesus aos judeus que havia em Damasco (cf. At 9). Ali começava uma grande história na vida daquele que seria o instrumento de Deus para escrever a base doutrinária para a igreja até os dias atuais.

Além de se tornar um grande pregador do evangelho, missionário, apóstolo, estudioso das Sagradas Escrituras, Paulo recebeu de Deus a incumbência de escrever Cartas para as igrejas das regiões da Ásia e Macedônia que foram de grande valia para o crescimento e desenvolvimento da fé dos irmãos. 

Essas mesmas Cartas serviram para fundamentar a base doutrinária das igrejas cristãs dos dias atuais, mais especificamente, as protestantes. Fato é que “a Palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12). Não seria diferente através do seu servo que havia escolhido para a realização desta obra especifica. 

De acordo com o Dicionário Wycliffe (2006, pp. 1480, 1481), Paulo trata de pontos específicos que sustentam os pilares da teologia sistemática moderna:

Na tentativa de reunir entre seus escritos as idéias principais, merecem destaque, em particular, as que seguem:

A doutrina da justificação pela fé. Esta grande verdade foi experimentada pela primeira vez pelo próprio Paulo (cf. Gl 2.16), formando o ponto central de sua mensagem missionária (cfr. At 13.38,39), e tornou-se o fundamento em suas cartas para as igrejas. Ela é central particularmente nas cartas aos Gálatas (3—4) e Romanos (3.21—5.21), e até mesmo onde não foi repetidamente elaborada supõe-se que seja a base para a experiência cristã (1 Co 6.11; 2 Co 5.16-21; Ef 2.8,9). A justiça de Deus é atribuída ao homem pela fé, e não como resultado de suas obras ou méritos (Rm 3.22; 10.4; Gl 2.16; 3.22; Fp 3.9).

[...] O conceito de estar em Cristo. Ao julgar pela ocorrência frequente desta sentença nos relatos de Paulo — mais de 160 vezes — ela deve ter formado uma parte importante do pensamento do apóstolo. [...] Para Paulo, estar ‘em Cristo’ significava ser liberto da escravidão do pecado e da lei. Um exemplo poderoso desta verdade encontra-se em Romanos 6—8. Uma pessoa torna-se viva ‘para Deus, em Cristo Jesus’ (6.11); ela recebe a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor’ (8.1); e nada pode nos separar do amor de Deus ‘que está em Cristo Jesus’ (8.39). Tudo isto contrasta com estar ‘na carne’ (8.8) e experimentar a escravidão do pecado ‘que habita’ em cada um de nós (7.17). O resultado da verdade é que Cristo está em nós pelo seu Espírito, para nos dar esta vitória (8.9-11).

O ponto de vista escatológico de Paulo. [...] ‘Da primeira até a última carta, o pensamento de Paulo está sempre uniformemente dominado pela expectativa do retorno imediato do Senhor Jesus, do julgamento e da glória messiânica’ (A. Schweitzer, The Mysticism of St. Paul, p. 52). Porém, muitos ainda reagem contra os excessos deste ponto de vista. Não havia apenas uma mudança da ênfase da esperança da parousia à felicidade presente [...]. É possível que a distinção entre a escatologia e aquilo que é apocalíptico tenha um propósito aqui. Paulo, na verdade acreditava firmemente na segunda vinda de Cristo como é evidente em muitas passagens de suas cartas (1 Ts 4.13-5.11; 2 Ts 1-2; 1 Co 15; Rm 13.11,12).

Deve-se considerar que os escritos de Paulo contribuíram significativamente para pesquisas na área teológica no que diz respeito às verdades que serviram de pilar para o amadurecimento da teologia da salvação, da vida cristã terrena e para a escatologia. 

Boa aula!  http://www.escoladominical.com.br/