ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 7

 


O Drama da depressão
15 de Novembro de 2020


Texto Áureo
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?"
                                                                                                  Salmo 42.11a
Verdade Aplicada
Investir no relacionamento com Deus muito contribui, também, no tratamento da nossa vida emocional.
 
Objetivos da Lição
- Conceituar e apresentar o que é depressão.
- Apresentar o atual quadro clínico da sociedade.
- Demonstrar como é possível livrar-se da depressão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Salmo 18
2. O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.
6. Na angústia, invoquei ao Senhor e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.

Salmo 40
1. Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
2. Tirou-me de um lago horrível, de um charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.

Introdução
Esta lição abordará de modo específico o tema depressão, conceituando-o, bem como trazendo seus sintomas e causas. Noutra ponta, apontará informações, atitudes e princípios bíblicos que muito contribuirão no tratamento desta doença.

1. O que é a depressão?
A depressão resulta de pressões biológicas e sociais que exercem funções que deprimem o sistema nervoso da pessoa, enfraquecendo-o. É um mau funcionamento do cérebro, relacionado a um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores (mensageiros químicos do impulso nervoso), responsáveis pelo controle do estado de humor. Em síntese, é uma doença que desorganiza as reações emocionais e deixa o indivíduo sem motivação, com pouca concentração e lapsos de memória.

1.1. Os sintomas da depressão.
Os sintomas vão de manifestações leves a delírios psicóticos, incluindo risco até de suicídio. Um dos sintomas da depressão é a redução ou perda da capacidade de ter prazer. São suas características principais: dificuldades para tomar decisões, ansiedade, desânimo, insônia, apatia, falta de desejo sexual, falta de apetite, boca seca, falta de cuidado pessoal, ansiedade, excesso de suor nas mãos e pés, diminuição da autoestima, irritabilidade, complicações estomacais e intestinais, pressão abdominal e choro constante.

1.2. As causas da depressão.
Perdas relacionadas com a morte de um ente querido, desemprego, perda de status na vida profissional, aposentadoria sem o devido preparo para esse novo momento da vida. Também traumas e bloqueios de infância não resolvidos e que se manifestam na vida adulta, com sentimento de culpa transformado em complexo. Qualquer acidente traumático, como a morte de uma pessoa amada ou mesmo de um animal de estimação, poderá gerar angústia intensa que fará que um indivíduo regrida a um modelo passado, atualizando fantasias e defesas daquele ponto de fixação. Disso poderá surgir um surto melancólico ou crise histérica.

1.3. A depressão pós-parto.
Esta tem início 4 semanas após o parto e ocorre com variações de humor e preocupações exageradas com o bebê; está associada a características psicóticas, com a associação de ideias de infanticídio. Nesse caso, a mãe tem alucinações e se sente até motivada a matar o recém-nascido, sob delírios que fazem entender que algo ruim está ocorrendo, justificando assim esse tipo de morte. As mulheres com esse tipo de ansiedade podem mostrar excessivo cuidado ou  desinteresse completo, deixando de amamentar ou cuidar da higiene do bebê. Essa depressão não está associada à tristeza e ocorre nos 10 primeiros dias após o parto.

2. Quadro clínico da sociedade.
Em Romanos 1.21-25, o apóstolo Paulo nos dá um panorama do quadro clínico da sociedade sem Deus. Ele afirma que o homem tendo o conhecimento de Deus, não o glorifica como Deus, sendo sábios, tornaram-se loucos e a consequência é que Deus os entregou às concupiscências do seu coração. A troca do certo pelo errado, do moral pelo imoral, dominou a sociedade.

2.1. Causas externas.
A situação atual do mundo leva mais e mais à prática da cura da alma. De acordo com a previsão dos profissionais de medicina, psicologia, sociologia, esta necessidade irá aumentar com o decorrer do século, pois nossa civilização aumenta a neurose coletiva de ano em ano. Este desassossego cresce favorecido por causa de certas tendências que hoje se fizeram universais e que são resultado típico da civilização em que vivemos: agitação dos centros urbanos, esgotamento intelectual, mundo materialista, regime competitivo, incompetência para defender-se de situações caóticas e gigantescas, aumento da agressividade e da violência etc.   

2.2. A causa fundamental.
O afastamento de Deus e a desobediência às suas leis têm sido a causa fundamental que o homem na sua tolice faz [Jr 2.13,19]. A pretensão de edificar uma sociedade sem Deus resulta nestas consequências trágicas. È necessário afirmar que o ser humano precisa voltar-se para Deus, mediante arrependimento e fé ao Seu nome, sujeitando-se à Sua autoridade; renunciar ao pecado e sua influência em sua vida.  
 
2.3. Decepção e desesperança.
Uma leitura psicodinâmica afirmaria que a sociedade atual provoca sentimentos de decepção e desesperança nas pessoas. Os cidadãos experimentam decepção ao convencer-se de que a sociedade à qual pertencem não vela por seu bem-estar. Em consequência, estas pessoas reagem desenvolvendo altos níveis de ansiedade e sentimento de perda, o que pode motivar que assumam um comportamento de alto consumo religioso, quando ainda em sua ignorância recorrem a curandeiros, espiritualistas, gurus, yoga, meditação transcendental e outras práticas de ocultismo. Em termos psicológicos, esta conduta pode identificar-se como uma "defesa maníaca", desenvolvida com o fim de aliviar a desesperança. 

3. Como livrar-se da depressão?
Para nós, cristãos alicerçados na Palavra, os recursos da ciência também são importantes no tratamento da depressão, sendo, às vezes, usados por Deus, em Sua soberania, para cuidar dos Seus. Contudo, seja como for o tratamento, não substituem o relacionamento com Deus, pois Ele conhece o ser humano em sua totalidade, como ninguém mais conhece; e ama e cuida de maneira ímpar [Sl 40.17;139]. 
 
3.1. O bom senso.
É preciso haver bom senso no tratamento da depressão. Não se pode desconhecer que muitos problemas que comprometem a vida psíquica precisam de tratamento paralelo, com o uso de medicamentos e de outras terapias. Há situações de certa gravidade que não se revolvem apenas com remédios ou somente com terapias alternativas.
 
3.2. Diagnóstico e terapia.
Especialistas afirmam que 80% das enfermidades físicas são causadas por problemas psíquicos. Vasculhar o subconsciente não significa necessariamente conseguir mudanças. Em todo tipo de situação na nossa vida, se não encaramos a verdade, nós não recebemos a cura. Deus nos conhece. Ele nos criou e como um médico cirurgião sabe onde seu bisturi deve cortar para arrancar nossa doença e nos curar. Jesus afirma que Ele é o Ungido de Deus para trazer cura a todos os que precisam, consolá-los, dar óleo de alegria e vestes de louvor [Is 61.1-3;Lc 4.17-21].

3.3. O perigo da racionalização.
Freud, considerado o pai da psicanálise, disse que o sentimento de culpa é causado pela religião. Muitos eliminaram a religião e seus conflitos aumentaram (não consideram o pecado como algo existente, mas sim, causado pela religião que restringe certas condutas). Estas respostas não satisfazem o homem, pois no íntimo ele sabe que é culpado. O sentimento de culpa está no coração do homem. Toda culpa ou é perdoada ou é paga. A psicologia moderna tenta tirar o sentimento de culpa do paciente, dizendo que o culpado não é ele, mas as circunstâncias, o meio ambiente em que viveu é que o levou a ser ou fazer determinada ação.
 
CONCLUSÃO 
O cultivo de uma vida espiritual plena com Deus através de Jesus Cristo é fundamental para superar a depressão, qualquer que seja o tipo de tratamento a ser adotado. A busca em soluções místicas nunca resolve o problema, além de agravar a situação.


Fonte: Revista Betel

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