4º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno compreenda que deve praticar a misericórdia com o seu próximo.
Ponto central: A maior riqueza que podemos ter é a vida eterna.
Memória em ação: “[...] ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las” (Mt 6.20).
Querido (a) professor (a), nesse domingo vamos compartilhar com os Primários a “parábola do rico e o Lázaro”. Impressionante como a má distribuição de riquezas, as injustiças, desigualdades e demais mazelas sociais características do tempo e geografia do ministério terreno de Jesus também estão presentes em nosso espaço tempo e lugar hoje, infelizmente. Inclusive os que são imensamente ricos, indiferentes aos extremamente pobres. Portanto, reflitamos na relevância e minúcias de lições desta parábola no nosso contexto.
Os fariseus da época consideravam questões como saúde e riqueza uma prova do favor e recompensa de Deus sobre uma pessoa justa. Por isso, lemos as acusações que Jó enfrentou ao passar por aquelas provações.
Hoje, apesar de dispormos da Bíblia que, claramente evidencia que o justo também passa por aflições, muitos são os religiosos que ainda pregam a prosperidade material como evidência da bênção de Deus e que qualquer um pode obtê-la. Sob a ótica política a visão é muito semelhante a dos que cegamente defendem a “meritocracia” – defesa de que numa sociedade os grupos que possuem mais méritos, conquistas e capital é porque foram mais “merecedores” dela, mais trabalhadores, dedicados ou talentosos do que os mais pobres ou até miseráveis, que estão em tal condição por não terem batalhado tanto quanto sua antítese. Ambos sem explicar contundentemente, entretanto, porque há tantos corruptos de caráter questionável, nascidos em “berço de ouro” (com inúmeras oportunidades exclusivas) que embora desonestos estão ricos e prósperos ao passo que milhares de trabalhadores aguerridos, batalhadores e honestos e extremamente pobres, que por mais honestos e dedicados que sejam não ultrapassam as cruéis barreiras socioeconômicas.
Após a história converse com seus alunos sobre as coisas que tem verdadeiro valor, não uma roupa cara, um tênis de marca, um celular e videogame top de linha, etc. Se a pessoa não tiver um coração humilde voltado para o amor a Deus e ao próximo, nada disso adiantará quando sua eternidade for longe de Jesus, no inferno.
Pergunte às crianças de que maneira podemos ajudar os mais pobres, como o Lázaro da história. Deixe que falem e tente aproveitar algumas sugestões das crianças. O ideal é que, com a permissão prévia do pastor e diretoria da Escola Dominical, você possa propor a sua turma um trabalho social. Veja o que melhor se aplica à realidade próxima de sua igreja, localidade, etc. E, claro, para onde o Espírito Santo lhe direcionar a ajudar. Pode ser uma instituição voltada aos idosos ou a órfãos, etc. Necessitados não faltam. Proponha que a turma se engaje em idéias para arrecadação de sextas básicas, produtos de higiene pessoas ou outras carências da instituição escolhida. Se for possível, converse com os pais, para que possam se envolver e irem todos juntos com a classe no dia da entrega.
Ao final, orem juntos por esse trabalho a ser realizado e todos desse tipo. E, principalmente, orem por todas as pessoas que se encontram em situações de pobreza e abandono como vivia Lázaro, o personagem de nossa história que representa tantas vidas e sofrimentos reais.
Que o Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD http://www.escoladominical.com.br/