O BEM CONTRA O MAL: CONFLITOS NA CAMINHADA
31 de Janeiro de 2021
Texto Áureo
"Então disse. Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus." Ester 4.13Verdade Aplicada
Aqueles que cumprem os mandamentos de Deus e fazem a Sua vontade alegram o coração do Pai.
Objetivos da Lição
- Apresentar o conflito entre o bem o mal.
- Ensinar sobre o perigo de confiar em pessoas erradas.
- Reafirmar que só Deus é o Senhor.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ester 3
8. E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos, em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as leis de todos os povos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar.
9. Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.
10. Então tirou o rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeos.
11. E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
Introdução
O livro de Ester narra um enfrentamento: Hamã, um homem mau, acusa injustamente, persegue, mente e difama Mardoqueu e o seu povo. Entretanto, veremos mais uma vez que o bem sempre triunfa sobre o mal.
1. O conflito
Hamã tinha consciência de que Mardoqueu jamais se curvaria diante dele, pois sua firmeza demonstrava o seu temor e a sua fé em Deus. Agora, para Hamã, era questão de honra a morte não só de Mardoqueu, mas também de "todos os judeus, desde o moço até ao velho, crianças e mulheres" [Et 3.13]. No entanto, para o Senhor, a história teria outro epílogo! Não importa o que o inimigo planeja, porque a última resposta vem do Senhor. Cabe ao cristão se abrigar no lugar onde Deus está [Sl 84.4] e obter proteção de um Deus que pode todas as coisas [Sl 62.11].
1.1 A luta contra o mal.
O apóstolo Paulo deixou registrado que a nossa luta não é tão simples: "Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." [Ef 6.12]. Punir apenas a Mardoqueu não lhe daria suficiente alegria. Ele determinou acabar com todos os judeus que se achavam dentro do gigantesco reino persa. Sem dúvida, estava sendo induzido pelo príncipe das trevas, a quem Paulo menciona, cuja intenção é e sempre foi destruir o povo de Deus.
1.2 Não devemos nos prostrar diante do opressor.
Hamã, usado pelo diabo, diz ao rei: "Existe espalhado e dividido entre os povos, em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixa-lo ficar" [Et 3.8]. Notamos aqui uma conversa mentirosa por parte de Hamã. Na verdade, os judeus tinham uma lei própria e diferente de todos os outros povos, porém a única ordem do rei não acatada foi o fato de Mardoqueu não se curvar perante Hamã [Et 3.2]. Ele se valeu do artifício da mentira e colocou na conta de todo o povo o fato de Mardoqueu não se curvar a ele, dando a entender que todo o povo judeu era um povo insurgente, ameaçador.
1.3 O perigo de confiar em pessoas erradas.
A confiança de Assuero em Hamã era tal que não lhe perguntou mais nada, simplesmente tirou o anel de sua mão e o deu a Hamã, dizendo que ficasse com a prata e fizesse com o povo o que achasse mais cômodo [Et 3.11]. Hamã se vestiu de arrogância, por ter recebido do rei o salvo-conduto para enunciar um decreto de aniquilamento de todos os judeus [Et 3.13]. Antes de ter dado tal poder a Hamã, o rei deveria ter mandado averiguar os fatos. Devemos pedir a Deus que os nossos líderes não ajam por impulso, mas com prudência, para que, por suas atitudes, o nome do Senhor seja glorificado [Mt 5.16].
2. A loucura de Hamã
Deificar segundo o dicionário significa divinizar, endeusar, se pôr entre os deuses. Hamã estava sob uma possessão demoníaca. Ele queria ser cultuado semelhante a um deus. Seu prazer era ver todos se prostrando e se inclinando perante ele [Et 3.2]. Considerava-se uma uma divindade e senhor absoluto dos que o cercavam. Há pessoas que esquecem ou ignoram que Deus não divide a Sua glória com ninguém [Is 42.8]. Isto é o que diz as Escrituras. Não há como dar glória a outro a não ser ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
2.1 Mardoqueu não era guiado pela vista e sim pela fé.
Mardoqueu tinha aprendido que Deus ouve nossas orações se achegarmos diante dEle com fé. Sua história nos ensina que temos que crer em Deus insistentemente e confiar na Sua Palavra. Devemos ser fiéis e reconhecer os feitos do Senhor por nós [Sl 19.1]. Ele passou por situações nas quais precisou se manter firme, sem abdicar da fé, mesmo quando parecia que havia sido nocauteado pelo inimigo. Mesmo nas adversidades Mardoqueu honrou o Senhor.
2.2 A verdadeira paz só encontramos em Jesus
Um homem perverso como Hamã não pode contemplar coisas boas, pois em seu coração só há maldade e engano. As cartas enviadas pelos mensageiros às províncias do reino da Pérsia mandavam matar todos os judeus, moços, velhos, crianças e mulheres em um mesmo dia [Et 3.13]. Que coração perverso, querer a morte dos judeus pelo simples fato de não ter sido adorado por um membro deste povo. Hamã poderia ter tudo, só não tinha o mais importante: a paz.. Os ímpios não têm paz [Is 48.22], enquanto o justo desfruta de plena paz por amar a Palavra de Deus [Sl 119.165]. Só em Jesus, podemos encontrar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz [Is 9.6].
2.3 Sem Deus, o poder conquistado é inútil.
Para Hamã não bastava ter sido nomeado por Assuero para ocupar o cargo de primeiro ministro [Et 3.1 - NTLH]. Ele queria que todos se curvassem diante dele em sinal de reverência e de submissão. Como consta no livro de Provérbios: "A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda." [Pv 16.18]. Hamã se sentia merecedor de maiores poderes já oferecidos pelo soberano. O seu grau de ambição indicava que ele era um narcisista clássico. Quando a ambição se excede, ela é transformada em arrogância, e a sua propensão é questão de tempo. O orgulho é uma coisa horrível, pois os que cultivam esse sentimento pensam estar acima de tudo e de todos. Porém, as Escrituras Sagradas revelam que Deus exalta e abate [1Sm 2.7] e que o salário do pecado é a morte [Rm 6.23].
3 Uma presença que nos guia
Quando somos resgatados por Deus nos tornamos seus filhos e herdeiros de Suas promessas. Muitos discípulos do Senhor por acreditarem nesta certeza se mantiveram fiéis; aceitando a própria morte. Precisamos analisar o tempo todo como estamos vivendo como templo do Espírito Santo, para que não vivamos de forma irreverente. O rei Davi descobriu que a presença de Deus é constante em nossa vida: "quando acordo, ainda estou contigo" [Sl 139.18].
3.1. Não devemos nos acomodar.
Mardoqueu sabia o tamanho do ódio de Hamã por todos os judeus, por isso ele mandou o eunuco do rei a Ester: "Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mas do que todos os outros judeus" [Et 4.14]. Com isso, Mardoqueu queria dizer: "Deus te colocou aí não apenas para ser esposa do rei, mas te incumbiu de uma missão, então não se exima! Não tire o corpo fora. Você faz parte do plano de Deus para salvar o seu povo da morte". Busquemos ao Senhor em todo o tempo [Sl 34.6], na certeza de que Ele nos ouve [Sl 102.2].
3.2. Devemos ser mensageiros de bênção para alguém.
Você é uma benção para alguém? Desde a criação que o Senhor se revela como Abençoador [Gn 1.28]. E ao longo da história humana e das páginas da Bíblia encontramos Deus fazendo dos Seus servos instrumentos de bênçãos. Quando Deus convocou a Abraão disse-lhe: "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção." [Gn 12.2]. Assim como Abraão, onde quer que você se encontre tenha a certeza de que Deus o colocou neste lugar para auxiliar alguém. Ele lhe colocou naquele emprego, ou naquela faculdade, ou naquela igreja, ou naquele bairro para você abençoar alguém. Assim como Ele colocou Ester no palácio para abençoar o seu povo. É momento de se produzir frutos dignos [Mt 3.8]. Brilhe a vossa luz onde Deus tem permitido que você esteja, para que outros vejam e glorifiquem a Deus [Mt 5.16].
3.3. Devemos causar boa impressão.
O que é ser uma bênção? Qual é o caráter de vida de um indivíduo abençoado? Estudando a vida de Ester temos as respostas sobre estas perguntas. O caráter de Ester era dotado das seguintes virtudes: discrição, obediência, amizade, solidez, submissão, lealdade e humildade. Suas atitudes como serva do Senhor inspiram homens e mulheres nos dias de hoje, pois suas ações foram irrepreensíveis na presença do Senhor. Olhe para suas atitudes e reflita se têm sido agradáveis a ponto de causar boa impressão nas pessoas que o cercam ou têm servido de escândalo para muitos.
Conclusão
Diante da guerra entre o bem e o mal, temos um Deus que intercede por nós; fazendo com que descansamos em Seus braços. E, mesmo que apareçam obstáculos e conflitos em nossa caminhada, o Senhor estará conosco; fazendo-nos mais que vencedores [Rm 8.37].
Fonte: Revista Betel via https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com/