Brasil sediará evento mundial de liberdade religiosa, sob a direção de um adepto do bruxo islâmico René Guénon. O que pode dar errado?

 Julio Severo

O governo brasileiro anunciou na ONU em 19 de março de 2021 que irá sediar no final de 2021 uma cúpula sobre religião no país, de acordo com informações do site brasileiro UOL.



Esse esforço se parece com evento semelhante que o governo Trump realizou em 2019, inclusive premiando religiosos por suspostos serviços destacados pela liberdade religiosa. Foi a maior condecoração de liberdade religiosa do mundo.

No evento de Trump, conduzido pelo ex-Secretário de Estado Mike Pompeo, o único brasileiro condecorado foi Ivanir dos Santos, um pai-de-santo que é conhecido por perseguir pastores pentecostais negros. Sua única atividade de suposta tolerância religiosa é um movimento que ele conduzia junto com o Rev. Marcos Amaral, um pastor ultra-esquerdista da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Ivanir dos Santos era muito elogiado e apoiado pelos governos esquerdistas do Brasil, inclusive Lula e Dilma Rousseff.

É de estranhar então que o governo mais conservador de Trump tenha dado ao pai-de-santo esquerdista uma condecoração para coroar toda a glória que ele já recebia de outros governantes esquerdistas.

O mais chocante é que o homem encarregado de dar a condecoração ao pai-de-santo se considera um evangélico conservador. Mike Pompeo frequentemente cita a Bíblia.

Do ponto de vista cristão e conservador, o evento mundial de liberdade religiosa de Pompeo e Trump foi um fracasso, pois condecorou um feiticeiro que persegue cristãos conservadores e só se alia a pastores esquerdistas.

Se o evento original de Trump e Pompeo fracassou, o que esperar de sua imitação brasileira?

Quem realizará o evento no Brasil é o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que está sob a direção de Ernesto Araújo.

Araújo é adepto declarado de René Guénon, Julius Evola e Olavo de Carvalho.

Guénon era um ocultista islâmico que buscava a união de todas as grandes religiões (catolicismo, islamismo, budismo, etc.) em torno de tradições universais.

Evola, que era o discípulo mais destacado de Guénon, era guru do ditador fascista italiano Benito Mussolini. Evol escreveu vários livros defendendo o ocultismo e a ideologia diretista.

Carvalho é outro adepto de Guénon. Ele é o Evola brasileiro.

Araújo costumava elogiar Trump. Mas para ele, Trump era apenas um instrumento para ajudar a avançar os interesses dos tradicionalistas — como são chamados Guénon e seus adeptos e ideias.

Otradicionalistas estão usando líderes católicos e pretendem usar evangélicos, que são a base do governo do presidente de Jair Bolsonaro, embora ele seja um católico nominal.

Como adepto do tradicionalismo de Guénon, Araújo entende que políticos e movimentos conservadores devem ser usados para espalhar esse ocultismo político. Ele é tão comprometido com suas ideias ocultistas que ele escolheu para trabalhar no Ministério das Relações Exteriores um especialista em Julius Evola.

A pergunta que faço é: Se um evangélico conservador como Pompeo, sob a presidência do evangélico nominal Donald Trump, fez confusão ao condecorar um feiticeiro esquerdista do Brasil no maior evento mundial de liberdade religiosa, o que esperar do maior evento desse tipo no Brasil realizado pelo adepto de um bruxo islâmico?

Versão em inglês deste artigo: Brazil will host world event of religious freedom, under the direction of an adherent of the Islamic witch René Guénon. What can go wrong?

Fonte: www.juliosevero.com