ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 3

 


Panorama do Evangelho de Mateus
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Texto de Referência: Mateus: 9.9-13
 
VERSÍCULO DO DIA
“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus Conosco”. Mt 1.23
 
VERDADE APLICADA
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como Messias prometido no Antigo Testamento.
 
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos a fim de que povos e nações reconheçam Jesus como Rei dos Reis, o soberano de toda a História.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer sobre o autor do Evangelho;
Entender o contexto e propósito de Mateus;
Enumerar os eixos temáticos de Mateus. 
 
LEITURA SEMANAL
Segunda: Mt 1.21 O nome do Salvador será Jesus.
Terça: Mt 16.16 Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo.
Quarta: Mt 7.29 Jesus ensinava com autoridade.
Quinta: Mt 12.1-8 Jesus como Senhor do sábado.
Sexta: Mt 26.15 Jesus vendido por moedas de prata.
Sábado: Mt 28.18 Jesus tem todo o poder.
 
INTRODUÇÃO
O Evangelho de Mateus nos convida a entender a validade das profecias messiânicas, pois em todos os acontecimentos na trajetória de Jesus percebemos o cumprimento das profecias em mínimos detalhes.
 
Ponto Chave
“O Evangelho de Mateus revela o Messias profetizado pelos profetas”.
 
1. O CONCEITO MESSIÂNICO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, encontramos as profecias que formam o perfil do Messias, falando sobre Seu ofício, Seu nascimento, nome, ministério e a abrangência de Seu Reino. No Evangelho de Mateus vemos Jesus como Rei, aquele cujo Reino será eterno.

1.1. Jesus como a semente da mulher.
A primeira profecia, onde começa a se desenrolar todo o fio messiânico nas Escrituras, está registrado em Gênesis 3.15; passagem esta que fala claramente sobre a semente da mulher que feriria a cabeça da serpente. Mais tarde, o profeta Isaías, vaticina que o Messias viria de uma virgem (7.14). Jesus entra na História através do ventre de Maria, tornando-se um homem com todas as características inerentes ao ser humano. Mateus registra e conecta o nascimento de Jesus com a profecia (Mt 1.22-23). Esse evento é uma evidência de que Jesus era homem também.

1.2. Jesus, o rei do trono de Davi.
Encontramos nos Salmos uma alusão ao Pacto de Deus com Davi sobre a permanência de sua descendência no trono (89.3-4). O profeta Jeremias chega a profetizar sobre o rebento de Davi (33.14-15). Quando Jesus nasce, surge a esperança do rei libertador que voltaria a reinar sobre o seu povo. Sabemos, pelas Escrituras, que o Reino de Cristo será universal (Sl 72.8), e que as bases do seu trono são justiça e juízo (Sl 89.14).
Em Daniel 2.44, está registrada uma profecia relatando que o Deus dos Céus levantará um Reino que não será jamais destruído, e este Reino não passará para outro povo. A interpretação desta profecia fala claramente sobre o Reino que será estabelecido por Cristo quando vier com poder e grande glória para estabelecer seu Reino para sempre.
 
Refletindo
“O maior erro dos discípulos de Jesus foi achar que seu Reino era terreno e temporal”. (Sidlow Baxter)
 
2. A EXPECTATIVA DO REI PARA OS JUDEUS
Após o período de independência nacional com o período dos Macabeus (164 a 65 a.C.), os judeus, agora, estavam sob o regime de Roma. Neste ambiente conflituoso, houve a esperança de que o Messias vinha para livrá-los do julgo do império romano, sendo assim, um Messias político.

2.1. O Messias no Judaísmo.
A expressão Messias significa “ungido”, pois faz alusão ao rei de Israel. Esta afirmativa é reforçada quando olhamos o período monárquico em que os reis eram considerados ungidos. Em Isaías 45.1, vemos um exemplo clássico disto quando Ciro é chamado de ungido. No cativeiro babilônico, a noção de messias ganha contornos escatológicos, porém, com a dominação grega e romana, o messias ficou limitado a um rei terreno e político.
Um dos maiores problemas é quando conceituamos Cristo a partir de nossa necessidade. Foi justamente isto que a teologia da prosperidade fez, criou-se um deus de Deus Senhor e Salvador. A Bíblia diz que Deus é o Senhor de toda a terra (1Cr 29.11). Mateus salienta que este Messias sentará no trono da Sua glória (Mt 25.31). Em Seu discurso, Jesus afirma que o Seu Reino não é deste mundo. No momento de Sua crucificação, encontramos uma inscrição colocada em Sua cruz, que dizia: JESUS, REI DOS JUDEUS (Mt 27.37). Embora no presente momento, o Reino seja espiritual, retenhamos a certeza de que um dia ele será real e eterno.

2.2. Quem era Jesus?
Mateus, em seu relato, mostra um momento em que Cristo interroga os Seus discípulos sobre a verdadeira identidade do Cristo (16.13-17). Esta pergunta é feita depois de três anos andando com seus discípulos; e é impressionante que, se não fosse uma ação reveladora de Deus, talvez os discípulos ficassem sem respostas. Precisamos nos policiar para não correr o risco de andar com Jesus e não saber de fato quem Ele é.
A fala de Pedro direcionada pelo Espírito de Deus é bastante enfática: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, Mt 16.16. É, portanto, uma alusão clássica da deidade de Jesus, ou seja, Ele é o próprio Deus. No batismo de Jesus, encontramos o testemunho do próprio Pai, dizendo: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo”, Mt 3.17. Jesus era o cumprimento cabal de todas as profecias messiânicas. Era o Rei dos judeus e se tornou o Salvador da humanidade.
 
3. CARACTERÍSTICAS DO REINO DE CRISTO
Jesus veio para oferecer a salvação a todos aqueles que aceitarem o Seu sacrifício e O confessarem como Salvador. Por esta razão, estabelece parâmetros em Seu Reino e exige lealdade de Seus súditos todos os dias.

3.1 Um Reino espiritual de aplicação prática.
O próprio Cristo deixou claro que o Reino de Deus não vem com aparência exterior, mas está entre nós (Lc 17.20). Na oração do Pai Nosso, vemos o anelo do súdito pela implantação do reino de maneira visível (Mt 6.10). Assim, precisamos estar todos os dias conectados com o Rei para que possamos viver de maneira sábia diante de um mundo tão difícil e perverso.
A aplicabilidade da palavra do Rei em nossa vida nos fortalece a batalhar contra as hostes das trevas; é o antídoto contra o pecado que nos rodeia de perto e as armaduras para lutar o bom combate, e assim sermos vitoriosos, levantando o estandarte do nosso Rei Jesus. Deus estabelece parâmetros para nos portamos diante do Reino, um deles é descrito em Mateus 5.48, onde somos exortados a sermos perfeitos, como o nosso Rei é Perfeito. O poder que recebemos de nosso Rei, nos leva a grandes responsabilidades.

3.2. Um Reino onde impera o sobrenatural.
O Rei dos reis, Jesus Cristo, rege o Seu Reino com poder e autoridade. Mateus faz questão de relatar os milagres efetuados pelo Rei Jesus: Ele ensinava com autoridade (Mt 7.29), tinha poder sobre a lepra (Mt 8.1-4), evidenciou Seu poder e domínio sobre os demônios (Mt 8.28-34), Seu poder em suspender as leis da gravidade andando sobre as águas (Mt 14.22-36), bem como na multiplicação de alimentos (Mt 15.29-39).
No Reino de Deus, as leis naturais são suspensas e o sobrenatural de Deus acontece, por isso, o rei exige de seus súditos o exercício da fé. Hebreus 11.6 diz que sem fé é impossível agradar a Deus, pois os que se aproximam de Deus precisam crer que Ele existe. Deus nos chama para viver um tempo sobrenatural e de milagres. Em meio as descrenças e a dúvida de muitos, somos chamados para experimentar o Reino de Deus em nossa vida.
 
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR

Subsídios Teológico e Histórico
Sendo Mateus, o Evangelho do Reino, é também o Evangelho do Rei. Nele, a palavra reino ocorre 50 vezes, e só se pensa em reino, quando se pensa no rei. Convém lembrar que o vocábulo rei e seus derivados, como: reino, reinar, em sentido de governar, ocorrem nas Escrituras cerca de 3.300 vezes. Mateus destina sua literatura aos judeus, a fim de mostrar, pelo Espírito Santo, o Messias prometido pelos profetas do Antigo Testamento. Por isso começou traçando a genealogia de Abraão, pai da raça hebraica, e terminou com José, dando assim, a descendência legal a Jesus.
A ordem genealógica de Jesus Cristo, com a qual se abre o primeiro Evangelho, constitui o vínculo da união entre o Antigo e o Novo Testamentos. Os que esperavam um revestido de grande pompa, seguido por um grande exército, se enganaram. O Reino de que falou Jesus em várias de Suas prédicas deixou bem claro que Seu Reino não era político, físico ou material, mas sim, espiritual. (Extraído Betel Dominical/4 trimestre de 1992).
 
CONCLUSÃO
Entender que Jesus é o nosso Rei é saber que temos um Senhor, que fazemos parte de um Reino Celestial e que nossa vida precisa ser devotada inteiramente a Ele.
Complementando
Isaías profetizou que do tronco de Jessé brotaria um rebento e de suas raízes um renovo frutificará (Is 11.1-5). O profeta foca na genealogia de Cristo, onde a criança nasceria da descendência de Davi e remetendo às raízes aos patriarcas de Israel. A profecia se cumpriu em Jesus, o renovo prometido por Deus.
 
Eu ensinei que:
Reconhecer o messianismo de Cristo é a garantia de uma vida eterna em um Reino que não terá fim.

Fonte: Revista Betel Conectar

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